Direito Previdenciário

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

- História – Linha de evolução

a) Família como primeiro respaldo e garantia à pessoa.


b) Instituições religiosas como um segundo elemento de respaldo à proteção do
indivíduo.
c) Instituições mutualistas. Forma privada de proteção aos participantes.
d) Estado como garantidor.

- Marcos históricos.

Inglaterra – 1601 – criação da Lei dos Pobres. Contribuição da sociedade para


finalidades sociais.

Alemanha – 1883 – criação do sistema previdenciário compulsório

Fase constitucional – 1917 (México) e Alemanha (1919) que colocava a previdência


como garantia.

Estados Unidos – 1935 – Seguro Social Americano

Inglaterra – 1942 – Plano Beveridge. Unificação do seguro; compulsório; fonte


tríplice de custeio.

- Marcos históricos da seguridade no Brasil

a) 1543 – Santas Casas – Caráter assistencial.


b) 1835 – Montepio Geral dos Servidores do Estado. Caráter mutualista.
c) 1891 – Constituição republicana – aposentadoria por invalidez aos
funcionários públicos.
d) 1919 – Seguro acidente do trabalho – incumbência do empregador.
e) 1923 – Lei Elói Chaves – Caixa de Aposentadoria e pensões para ferroviários.
f) 1926 – Extensão da Lei Elói Chaves para outras categorias.
g) 1930 – Getúlio Vargas – reformulação das regras trabalhistas e
previdenciárias. Criou os institutos de aposentadorias e pensões (IAP´s) por
categoria profissional, subordinadas aos controle do Estado.
h) 1934 – estabelecimento da forma tríplice de custeio.
i) 1960 – Criação da Lei 3.807 – Lei Orgânica da Previdência Social.
j) 1963 – FUNRURAL –
k) 1966 – Fusão dos IAP´s e criação do INPS.
l) 1967 – Criação do seguro-desemprego e integração do seguro acidente de
trabalho à previdência social.
m) 1971 – PRORURAL – aposentadoria por velhice após 65 anos de idade.
n) 1972 – Lei 5.859 – empregado doméstico (obrigatório)
o) 1976 – Decreto 77.077 – CLPS renovado pelo Decreto 89.312/84
p) 1977 – SINPAS - Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social
composto pelo IAPAS, INAMPS, DATAPREV, LBA, CEME e FUNABEM.
q) 1988 – CF – Norma que trouxe um olhar mais garantista
r) 1990 – Lei 8.029 – Criação do INSS
s) 1993 – Lei 8.689 – Criação do SUS e Lei 8.742 - LOAS
t) 1998 – Emenda Constitucional nº 20 – Reforma de Previdência.

- BENEFÍCIO DO RGPS – Lei 8.213/91

Amparo à subsistência é o foco do RGPS.

Quanto ao segurado:

a) Aposentadoria por incapacidade permanente (invalidez). Carência mínima de


12 contribuições; exceto nos casos de acidentes, doença grave ou moléstia
profissional.
b) Aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição (até 13/11/2019).
c) Aposentadoria especial (atividades nocivas, professores). Atualmente requer-
se idade mínima e tempo de contribuição.
d) Aposentadoria voluntária (criada a partir da EC 103/19).

Regra geral aposentadoria voluntária:

e) Auxílio-doença. Incapacidade temporária superior a 15 dias.


f) Salário-Família. Só recebe os de baixa renda.
g) Salário-maternidade.
h) Auxílio-acidente. Decorrente de acidente, sequela permanente consolidada e
redução de capacidade laboral.
Quanto ao dependente:

a) Pensão por morte.


b) Auxílio-reclusão.

Quanto ao segurado e dependente


a) Serviço social.
b) Reabilitação profissional.

SEGURIDADE SOCIAL

Ordem social primada no trabalho, bem-estar e justiça social (art. 193, CF).

Art. 194, CF – Seguridade é conjunto integrado de ações que visem a implementar e


assegurar direitos à saúde, à previdência e assistência social.

Busca erradicar as desigualdades sociais a partir de um sistema de garantias em


que o Estado é o protagonista.

14/10/2022

CARÊNCIA PARA OS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

Carência é o tempo mínimo de contribuição para direito ao benefício. Começa a


correr o prazo a partir da inscrição.

- Decreto 10.410/20

Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo


de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao
benefício, consideradas as competências cujo salário de contribuição seja
igual ou superior ao seu limite mínimo mensal.
A partir da reforma da previdência, só é possível contribuir sob o salário mínimo..
menos que isso não.

Art. 19-C § 1º - O tempo de contribuição será considerado se, após o retorno do


segurado ao trabalho, esse continuar a contribuir. Caso contrário, não será
computado. Ex. Pessoa se afastou pelo auxílio doença.. quando volta retorno com
as contribuições. Ai será computado o prazo de afastamento para aquisição de
outros benefícios. Contudo, se ao retornar a pessoa não mais contribuir, o tempo
contribuído não será levado em consideração.

Art. 19-E – Regra para todos os segurados!! Para computar-se o mês de


contribuição, só é valido se o recolhimento for sobre salário mínimo. Aquele que
recolher sobre menos que o salário mínimo, poderá fazer recolhimento
complementar ou agrupar os pgtos. Anteriores para aproveitamento em uma ou mais
competências até que atinjam o mínimo.

Morrendo o segurado, sua família poderá requerer junto ao INSS o agrupamento dos
valores recolhidos para recebimento de benefícios que lhe são devidos.

CARÊNCIAS PARA:

- Auxílio doença e aposentadoria: 12 contribuições mensais. A carência é


dispensada nos casos de acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do
trabalho. Doenças graves e afecções em lista do INSS (art. 30 §2º do Decreto 3048).

- Aposentadoria por idade acabou. Agora é aposentadoria voluntária. Carência de


180 contribuições prevalece para situações anteriores à reforma.

- Salário-maternidade para as seguradas contribuintes individual, especial e


facultativa: dez contribuições mensais.

Parto antecipado: carência também é antecipada proporcionalmente.

Segurado especial: comprova apenas 10 meses de exercício de atividade rural;


ainda que de forma descontinua.

- Auxílio-reclusão: 24 contribuições mensais.

Pago somente aos beneficiários do segurado de baixa renda. Mesmas regras da


pensão por morte.

- Pensão por morte: NÃO HÁ CARÊNCIA


Requisitos cônjuge/companheiro:

a) 18 contribuições mensais (se não cumprir, garante benefício por apenas 4


meses ao cônjuge/companheira).

b) Mais de 2 anos de casamento ou união estável.

Se o óbito for decorrente de acidente de qualquer natureza ou de doença


profissional ou do trabalho, mesmo que o segurado não tenha cumprido as 18
contribuições necessárias, deixará a pensão por morte por período variável, a
depender da idade do cônjuge sobrevivente.

Se o cônjuge ou companheiro for inválido ou deficiente, a pensão será concedida até


a duração desta condição.

- BENEFÍCIOS QUE NÃO EXIGEM CARÊNCIA: auxílio-acidente, salário-família e


salário-maternidade, para empregadas, avulsas e empregadas domésticas e, ainda,
as exceções já mencionadas do auxílio-doença e aposentadoria por invalidez e
pensão por morte.

- Presunção de recolhimento: toda vez que a obrigação de recolhimento for da


empresa, no caso de falha dela nesse sentido, o segurado/empregado não pode ser
prejudicado. Isso também vale para o contribuinte individual se trabalhando para
empresa. A partir da LC 150/2015, também os recolhimentos do empregado
doméstico são presumidos.

- Resgate da qualidade de segurado: passado o período de graça, perde a qualidade


de segurado. Para retomar a qualidade e fazer jus ao benefício que pleiteia, terá de
contar com metade dos períodos de carência exigidos (art 27-A, Lei 8.213/91). Isso
só serve para resgatar o período anteriormente contribuído (esses período, se
somados, tem que atingir a carência necessária para concessão do benefício).

Essa exigência acima só vale para casos anteriores à reforma.

O período de carência é contado:

a) Empregado, doméstico e trabalhador avulso, da data de filiação ao RGPS;

b) Contribuinte individual ou especial que opte por recolher como contribuinte


individual e facultativo, da data do efetivo recolhimento da primeira
contribuição sem atraso;

c) Segurado especial, da data do efetivo exercício da atividade rural;

d) Segurado contribuinte individual trimestral, da data da inscrição;


ORGANIZAÇÃO E CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL

Lei 8.080/90 (saúde); Lei 8.742/93 (assistência social); Lei 8.212 e 8.213 de 1991.

A seguridade tem proposta orçamentária própria. Com representante de três


segmentos (saúde, assistência social e previdência).

Art. 195, CF – a seguridade é financiada por toda sociedade. De forma direta ou


indireta. Orçamento de todos os entes (Estados, Município e DF) bem como
contribuições próprias.

Tributos próprios: folha de salário; receita ou faturamento e o lucro); trabalhadores e


demais segurados; concursos e prognósticos (loterias) e importadores.

- 1º SEGUIMENTO – SAÚDE

Art. 196 a 200, CF / Lei 8.080/90.

Direito a todos (universalidade);


Atendimento integral garantido pelo Estado (da mais simples à mais complexa
medida para atendimento);
Rede (SUS) descentralizada, hierarquizada e com direção única;
Participação da comunidade (conselhos de saúde);
Aberta à iniciativa privada;

- 2º SEGUIMENTO – ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 203/204, CF – Lei 8.742/93

Atendimento aos necessitados, independente de contribuição;


Benefícios, programas e projetos assistenciais (visam crias condições para que a
pessoa saia da vulnerabilidade);
Rede (SUAS) descentralização político-administrativa (delegação);
Participação da comunidade (conselhos de assistência social);
BPC LOAS (Direito subjetivo do cidadão) / Bolsa Família;

- 3º SEGUIMENTO – PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 201/202, CF – Leis 8.212 e 8.213 de 1991.

RGPS;
Vinculação obrigatória (regimes básicos) e contributiva (essência da previdência);
Cobertura aos riscos e às necessidades sociais do trabalhador;
Preservação do equilíbrio financeiro e atuarial;
Gestação descentralizada do RGPS (INSS – autarquia federal);

PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL

Art. 194, CF.

- Universalidade da cobertura e do atendimento:

Universalidade da cobertura: abarcar o maior número de indivíduos e riscos sociais.


Universalidade de atendimento: segurado facultativo/ vertente subjetiva.

- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações


urbanas e rurais.

Não Pode ter diferenças/distinções. Igualdade material.

- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços

Selecionar quais eventos merece proteção social.


Mitiga o princípio da universalidade. Baseia-se no princípio da reserva do possível.

Na prova os princípios da seletividade e distributividade são colocados como


sinônimo!

- Irredutibilidade do valor dos benefícios

Art. 201, § 4º, CF.

Correção para que o segurado não perca o pode de compra. Valor real.

STF – benefício não pode perder o seu valor nominal.

- Equidade na forma de participação do custeio

Quem ganha mais recolhe mais. Quem ganha menos recolhe menos.

- Diversidade da base de financiamento

Quanto maior o número de fontes de recursos, menor será o risco de a seguridade


sofrer.

Lei 8.212 Art. 16 - Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de


eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do
pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma
da Lei Orçamentária Anual.

Lei 8212: - Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social: VII - 40%
(quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo
Departamento da Receita Federal;

EC 103/2019 fez alteração no art 194, CF.

- Princípio da gestão quadripartite

Trabalhadores, empregadores, Governo, aposentados e pensionistas.

Caráter descentralizado.

O custeio é tríplice! Não confundir.

- Princípio do Direito Adquirido


Para a previdência importa o momento em que o segurado cumpriu os requisitos
para concessão do benefício e não quando este fez o requerimento.

- Princípio da pré-existência do custeio

É baseado no princípio da contrapartida. Visa não gerar “rombos” déficits no custeio.

PLANOS DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 28 a 32 da Lei 8.213/91


Art. 31 a 34 do Decreto nº 3.048/99
Art. 26 da EC 103/19

Salário de benefício é a base de cálculo para os benefícios. Não confundir com o


salário de contribuição, que é base para o cálculo das contribuições ao INSS.

Os únicos benefícios que não utilizam o salário-de-benefício para cálculo é o salário-


maternidade e o salário-família.

EC 103/19 - Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio
de previdência social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será
utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das
remunerações adotados como base para contribuições a regime próprio de
previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social, ou como base para
contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da
Constituição Federal, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% (cem
por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o
início da contribuição, se posterior àquela competência.

RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO

- Auxílio-doença: 91% do SB.


- Aposentadoria por invalidez: 100% do SB, por grupo de 12 contribuições mensais.
- Aposentadoria por idade: 70% do SB + 1% do SB por grupo de 12 contribuições
mensais.
- Aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do SB para mulher aos 30 anos de
contribuição.
- Aposentadoria especial: 100% do SB.
- Auxílio-acidente: 50$ do SB.
- Pensão por morte: 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou
daquele que teria direito se estivesse aposentado por invalidez, na data do seu
falecimento.
- Auxílio-reclusão: é o mesmo da pensão por morte.

Estas modalidades acima deixaram de existir após a EC 103/19

- Aposentadoria voluntária (EC 103/2019) – 60% do salário de benefício,


acrescentados de 2% por ano que ultrapassar 20 anos de contribuição para homens
e 15 anos para mulheres.

- Aposentadoria especial – 60% do salário de benefício. Acrescentados de 2% por


ano que ultrapassar 20 anos de contribuição para homens e 15 para mulheres.

Na aposentadoria por invalidez (desde que aposentado por isso, e não por
outras situações), em que o segurado precise de cuidados constantes de outra
pessoa, terá direito a receber acréscimo de 25%, podendo tal valor até ultrapassar o
teto do INSS. É uma exceção.

REAJUSTAMENTO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS

Fundamento do reajuste previsto na CF e Leis específicas.

Irredutibilidade dos benefícios está previsto no art. 194, IV da CF.

Reajuste anual (pelo INPC), em consonância com o reajuste do salário mínimo.

- Prazo para pagamento dos benefícios: Art. 41-A §§ 2º a 5º da Lei 8.213/91.

Se ganha mais de um salário mínimo, receberá no 1º ao 5º dia útil do mês


subsequente ao da competência.

Até um salário mínimo, receberá no 5º dia útil que anteceder o final do mês até
o 5º dia útil do mês subsequente (prazo mais largo porque é a maioria dos
casos).

O primeiro pgto do benefício será efetuado em até 45 dias após a data da


apresentação da documentação.

Quando dos pagamentos, caso o segurado não faça o saque do valor em até 60
dias, o crédito será devolvido ao INSS. O pgto permanecerá bloqueado até que o
segurado compareça ao INSS e regularize a situação.
Em regra, os benefícios do INSS não podem ser antecipados, salvo situações de
calamidade e outros que justifiquem tal medida. Isso só pode ser autorizado pelo
Ministro da Previdência Social. O valor adiantado poderá ser ressarcido de forma
parcelada.

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

A arrecadação é feita pela Receita Federal, mas a concessão dos benefícios é feita
pelo INSS.

INSS criado em 1990 (junção do INPS e IAPAS). Só em 2007 a arrecadação e


fiscalização passaram para a Receita Federal.

Caráter contributivo e filiação obrigatória.

Princípio do equilíbrio financeiro atuarial: primeiro se paga para depois receber.

Possibilidade de homens receberem salário-maternidade: 1) adoção 2) falecimento


da mãe.

O seguro desemprego é considerado um benefício previdenciário, contudo, é


concedido pelo Ministério do Trabalho.

Salário-família e auxílio-reclusão – princípio da distributividade – somente concedido


aos segurados de baixa-renda.

Compete privativamente à União legislar sobre seguridade social. Já sobre a


previdência é concorrente com os Estados e DF.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

- Segurado empregado

Maiores de 16 anos, salvo os aprendizes, que pode se filiar a partir dos 14 anos.

Segurado facultativo - O art. 11 do DEC 3.048/99 fala que a idade mínima é 16 anos.
A Lei 8.212 e 8.213/90 diz que é 14 anos. Vale o Decreto.

Características clássicas: PONES. Inclusive diretor da empresa.


Trabalhador temporário é empregado (prazo não superior a 180 dias prorrogável por
até 90 dias). (Lei 13.429/17).

Dica: trabalhador que vai para o exterior trabalhar para organismo oficial
internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado, é
contribuinte individual – salvo se tiver regime próprio, como um funcionário
público.

O estagiário, em uma empresa que não cumpre a lei do estágio, será considerado
empregado para todos os fins.

- Empregado doméstico

Aquele que presta serviço de forma contínua, onerosa, subordinada, por mais de
dois dias por semana.

Não precisa trabalhar necessariamente dentro de casa. Ex: Um motorista particular é


empregado doméstico; um piloto de jato particular; empregado de sítio ou casa de
praia.

Ao usar o empregado doméstico para fazer alguma atividade que gere lucro ao
patrão, este profissional passa a ser qualificado como empregado comum.

Não pode o marido registrar a mulher como empregada doméstica.

Idade mínima para doméstica: 16 anos.

- Contribuinte individual

Art. 9º, V, do Decreto 3.048/99

Empresários, autônomos e equiparados a autônomo.

Padre, pastor e todos os ministros de confissão religiosa.

Garimpeiro é contribuinte individual.


-> Todo aquele que não se encaixar nos quesitos do segurado especial, será
contribuinte individual.

Brasileiro que trabalha no exterior, em organismo oficial internacional do qual Brasil


é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por
regime próprio de previdência.

Sócio, sócio gerente, associado eleito.

Síndico que recebe remuneração: contribuinte individual


Síndico que está isento da taxa condominial: contribuinte individual
Síndico que não recebe remuneração: facultativo

Diarista, pintor, eletricista, profissional liberal.

Magistrado classista temporários da justiça do trabalho ou eleitoral

Cooperados, com taxistas, advogados, costureiras.

Médicos participantes do programa Mais Médicos.

Condutor autônomo de veículos rodoviários, operador de trator, colheitadeira, sem


vínculo empregatício.

Camelô e comerciante ambulante.

* Membro de conselho fiscal de sociedade por ações.

* Notário, tabelião, registrador, a partir de 1994.

Pedreiro, feirante, médico residente.

Pescador (médio ou grande embarcação) em regime de parceria, meação ou


arrendamento.

Bolsista do exército.

Árbitro e seus auxiliares.

Membro do conselho tutelar, quando remunerado.

Interventor, liquidante, administrado especial e direitos fiscal de instituição financeira.

Transportador autônomo de cargas e o auxiliar.


* Repentista, desde que não empregado.

Artesão, desde que não se enquadre em outras categorias.

- Contribuinte trabalhador avulso

Todo aquele intermediado por sindicato ou órgão gestor de mão de obra. Nenhum
trabalhador avulso presta serviço diretamente a empresas.

Pode ou não ser sindicalizado. Sem vínculo empregatício.

- Segurado especial

Art. 195, CF.

Regime de economia familiar para subsistência; não objetiva lucro. Não pode ter
empregado permanente. Pode contratar até 120 pessoas por dia, no ano. Não
precisa ser o dono da terra.

Sem obrigatoriedade de recolhimento mensal -> recolhe quando houve


comercialização.

Propriedade até 4 módulos fiscais.

Não comprova carência, mas o exercício da atividade.

Tem que ter mais de 16 anos.


Cadastro de segurados especiais a partir de 2023.

A outorga de até 50% da área a terceiros, não descaracteriza o segurado especial.

Não perde a qualidade de seguro especial ainda que receba pensão por morte,
auxílio-acidente, auxílio-reclusão.

Não pode trabalhar em outra atividade por prazo superior a 120 dias. (ocorrência
comum em períodos de entressafra)

Pode ser vereador, dirigente de cooperativa rural, sem perder a qualidade de


segurado especial.
Pode participar se sociedade empresária de âmbito agrícola ou agroturístico, desde
que mantida a atividade rural e que esta empresa esteja na região de atividade ou
em região limítrofe.

* Se não cumpre quaisquer das regras com relação aos prazos de120 dias, perde a
qualidade de segurado no primeiro dia do mês subsequente. Se descumprir outras
regras, sem relação ao prazo de 120 dias, perderá a qualidade no mês.

* É o único segurado que pode ser inscrito após a morte.

SEGURADO FACULTATIVO

Aquele que não exerce atividade remunerada, mas quer se filiar (caráter voluntário).
Ex: dona de casa; estudante; síndico (quando não remunerado); aquele que
acompanha o cônjuge que presta serviço no exterior; aquele que deixou de ser
segurado obrigatório da previdência; estagiário; bolsista que dedique tempo integral
à pesquisa; presidiário; brasileiro residente no exterior; presidiário que preste serviço
dentro ou fora da unidade prisional; atleta c/ bolsa.

Efeitos somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento.

Idade mínima: 16 anos, segundo o Decreto 3048/99 (a Lei 8212 fala em 14 anos).

Não pode estar vinculado a regime próprio de previdência social.

Pessoa participante de regime próprio de previdência afastada, sem remuneração, e


que não esteja contribuindo para o regime próprio.

Período de graça: 6 meses.

FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO

FILIAÇÃO: é o vínculo jurídico que une os segurados e a previdência social do qual


resulta direitos e obrigações. Surge com o início da atividade remunerada.
Portanto, é um vínculo subjetivo. Filiação é anterior à inscrição.

Para o facultativo, a filiação ocorre com o recolhimento da contribuição.

Aposentado permanece filiado ao RGPS.


Atividade voluntária ou ilegal não gera filiação.

INSCRIÇÃO: é o cadastro no RGPS. Ato formal e solene.

Inscrição somente a partir dos 16 anos; salvo menor aprendiz.

Um mesmo segurado pode ter várias inscrições por diferentes atividades.

A inscrição do dependente é efetuada no momento do requerimento do benefício a


que tiver direito.

Inscrição pós-morte: só para segurado especial.

MANUTENÇÃO E PERDA DE QUALIDADE DO SEGURADO

Período de graça: período pelo qual é garantido ao segurado o acesso aos


benefícios.

Sem limite de prazo para quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-
acidente (isso porque este tem caráter indenizatório). Se o segurado não mais
trabalhar e só receber o auxílio-acidente, perderá a qualidade de segurado.

Tendo mais de 120 contribuições, pode-se estender o período de graça de 12 meses


para 24 meses. Comprovado o desemprego, poderá ser estendido por até 36
meses.
O preso que foge, quando capturado, só gozará do período de graça restante,
abatido o período que ficou foragido. Ex: foi prezo, fugiu e ficou 4 meses foragido.
Quando recapturado e solto, gozará de apenas 8 meses de graça.

Militar terá três meses de graça após deixar as forças armadas.

Facultativo: 6 meses.

Aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial, o segurado cumprindo a


carência e contribuição, terá direito ao benefício, ainda que tenha perdido a
qualidade de segurado.
FINANCIAMENTO DO RGPS

Princípio da contrapartida (pré-existência do custeio)

Art. 195, CF: Seguridade é financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta (os entes), nos termos da lei. Recurso provenientes da União, Estados, DF e
Municípios.

Cota patronal: empresas arcam com as despesas do próprio bolso. Mesmo sem
vínculo empregatício.

Alíquotas progressivas (não cumulativas) de acordo com o salário de contribuição.


Não incidindo sobre aposentadoria e pensão.

Sobre apostas públicas ou privadas.

As contribuições previdenciárias são vinculadas, não podendo ser destinadas a


outras despesas (art. 167, CF).

A Lei poderá instituir outras fontes, mediante lei complementar, como por exemplo,
impostos.

Alíquotas progressivas e cumulativas:


O agrupamento de contribuições feitas sobre valor inferior ao salário mínimo, só
pode ser realizado durante o ano corrente.

CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS

Alíquotas progressivas (art. 195, II, CF) e cumulativas.

- Contribuinte individual:

Se prestar serviço a PJ: 11% (a empresa recolhe). Se o contribuinte já tiver recolhido


no mês sobre o teto do INSS e receber outros pgtos, não precisa recolher
novamente.
Se entidade beneficente: 20%
Se cooperativas: 20%

Se pessoa física: 20%

O contribuinte individual poderá contribuir trimestralmente.

MEI: 5% do salário mínimo.

Dona de casa baixa renda: 5%

- Segurado facultativo:

Recolher 20% sobre o valor declarado.

Também tem possibilidade de recolher 11% se quiser.. mas não terá aposentadoria..

Possibilidade de recolhimento trimestral

- Segurado especial

Alíquota de 1,5% (1,2 INSS + 0,1 SAT + 0,2 SENAR) sobre o bruto arrecadado com
a comercialização da produção. A obrigação da arrecadação é do adquirente da
produção, se pessoa jurídica.

Pode recolher, facultativamente, como contribuinte individual, 20%. Isso aumenta os


benefícios. Isso não o isenta de contribuir sobre a venda da produção.
CONTRIBUIÇÃO DOS TOMADORES DE SERVIÇO (EMPREGADORES)

Art. 14 da Lei 8.213/91 – Conceito de empresa para fins de Direito


Previdenciário.
A empresa poderá ou não ter fins lucrativos. Até mesmo entidades públicas, quando
contratam por CLT, são consideradas (equiparadas) a empresas para fins
previdenciários.

Pessoa física que contrata pedreiros para realização de uma obra, é considerado
empresa para fins previdenciários. Deve recolher a quota patronal.

Empregador de trabalhadores avulsos deve recolher (20%) sob o valor total do pgto,
não estando limitado ao teto do INSS.

Bancos e instituições financeiras recolher 22,5% a título de quota patronal.

Além da quota patronal, as empresas recolhem percentual para custeio do RAT (ou
SAT) que é o seguro para acidentes dos trabalhadores. Varia de 1% a 3%. Só para
trabalhadores empregados. Trabalhadores domésticos: 0,8 do salário de
contribuição.

É a própria empresa que faz o auto enquadramento indicando o risco! É pelo


número de funcionários na área preponderante que definirá o risco. A alíquota
poderá ser retificada pelo INSS após análise de estatísticas de acidentes na
empresa (é o FAP – fator acidentário de prevenção). Cabe recurso após intimação
da decisão em 30 dias.

Adicional RAT (SAT): devido sempre que houver trabalhadores sujeitos a


aposentadoria especial.

Cooperativa de produção segue a regra geral. Se for cooperativa de trabalho, os


percentuais RAT serão menores.

O empregador doméstico recolhe a quota patronal pelo SIMPLES DOMÉSTICO (8%


+ 0,8 do RAT).

Associação desportiva recolhe 5% sobre a receita bruta do valor do espetáculo.

Produtor rural pessoa física recolhe 2,6% de quota patronal sobre receita bruta da
comercialização.
** Macete para decorar as principais contribuições Patronais na hora do "branco"

É só contar as letras (Com alguns ajustes... é claro) rsrsrsr

Patrões contribuem com: (20 LETRAS) 20% sobre a remunerações pagas, devidas ou


creditadas a qualquer título no decorrer do mês. - Segurado empregado, trabalhador avulso
e contribuinte individual.

MEI: (3 LETRAS) 3%

Patrão do , domestic (8 LETRAS ANTES DA VIRGULA E 8 DEPOIS DA VIRGULA) 8,8% (deve


respeitar o teto do RGPS)

Condutor autônomo de VEHICULOS RODOVIÁRIOS: (20 LETRAS) 20% sobre o valor bruto.

COOPERATIVAS TEM: (15 LETRAS) 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura da


prestação de serviços.

RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO

Acréscimo de multa (0,33% por dia de atraso limitada a 20%) e juros de mora (1%)
com base na SELIC.

RECURSO ADMINISTRATIVO

Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS): Formado por quatro câmaras


de julgamento, localizadas em Brasília, que julgam em segunda e última instância
matéria de benefício; Em primeira instância há 29 Juntas de Recurso (JR)
espalhadas nos diversos estados.

Nada impede que o segurado judicialize a questão caso não concorde com a
decisão.

É de trinta dias o prazo comum para as partes para a interposição de recurso e para
o oferecimento de contrarrazões, contados:

- para o segurado e para a empresa, a partir da data da intimação da decisão; e


- para o INSS, da data de protocolização do recurso pelo interessado.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Segurança jurídica. Estabilizar relações sociais.

Benefício: é direito indisponível, não ocorrendo a prescrição. Contudo, as prestações


prescrevem. Prestações vencidas: prescrevem em cinco anos.

Regras de DIB (dia de início do benefício) impedem cobrança de parcelas vencidas.


Ex.: pensão por morte requerida dez anos depois do óbito. As parcelas vencidas não
serão pagas.

Decadência: dez anos. Contados do dia primeiro do mês seguinte ao do


recebimento da primeira prestação ou, do dia em que tomar conhecimento da
decisão indeferitória definitiva no âmbito adm.

Decadência se aplica aos atos concessórios, sendo distinto o pleito do segurado.

- Decadência para o INSS: para rever os próprios atos: dez anos da data em que
foram praticados; salvo má-fé.

Só mediante processo administrativo poder-se-á analisar questões decadenciais.

Quanto ao custeio – prescrição e decadência: 5 anos.

Se for relativo ao não pgto da contribuição, inicia-se no primeiro dia do exercício


seguinte.
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

Valor que serve de base de cálculo para a incidência da alíquota da contribuição


previdenciária.

Empregado e trabalhador avulso: salário, gorjetas, reajustes salarias adiantados.


Empregado doméstico: salário registrado em ctps.
Segurado facultativo: valor declarado (salário mínimo).
Segurado especial: não utiliza o salário-contribuição para cálculo. É sobre a receita...
Segurado contribuintes individual: salário mínimo é o mínimo.

Auxílio-acidente integra o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de


benefício de qualquer aposentadoria.

O salário-maternidade é considerado salário de contribuição. STF 576.967 –


inconstitucionalidade da contribuição! Empregador não precisa recolher a quota
patronal durante o pgto deste benefício. Nada foi falado sobre a contribuição por
parte do trabalhador.
O tempo de contribuição não é mais contado em dias, mas em competência mensal.
Se contribuir com o mínimo que é o salário mínimo e trabalhou dois dias, tá valendo.

O período de auxílio-doença considera-se tempo de contribuição se o trabalhar


voltar para o trabalho. Caso contrário, não.

É possível colocar o excedente de contribuição de um mês para outro em que houve


recolhimento inferior ao salário-mínimo.

É possível agrupar pgtos menores realizados em meses anteriores para um único


mês, para fechar a contribuição mínima. Isso pode ser requerido, inclusive, pelos
parentes, em caso de morte do segurado (no máximo até o dia 15 do mês
subsequente).

REGIMES COMPLEMENTARES DE PREVIDÊNCIA

Previdência privada é facultativa.

Plano de previdência privado – fechado.

Fiscalizados pela PREVIC (Ministério da Fazenda).

Se a empresa paga parte ou total, ela poderá abater no IRPJ, pois é patrocinadora.

Plano de previdência público - art 40, §§ 14 a 16, CF. Sistemas fechados para
servidores federais em cargos efetivos.

Lei 12.618/12 – criação das FUNPREP´s para o executivo, legislativo e judiciário. O


ente patrocina até 8,5% com base na remuneração do servidor.

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA

Dois fatores obrigatório: Idade mínima (65 h e 62 m ou 60 h e 55 m se rural e se


professor 60 e 57 + 25 anos contribuição) + tempo de contribuição.
O tempo de contribuição na regra geral poderá ser alterado por LEI ORDINÁRIA
Já o tempo de contribuição dos professores, só pode ser alterado por LEI
COMPLEMENTAR.

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