Trabalho de Sistema Financeiro - Docx 2
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Discentes
Cléria Cordeiro Simango – 993480
Laura Vitorino Chilundzo – 1100054
Vanessa Julieta Canda – 201712007
2 - PRINCIPAIS CONCEITOS..............................................................................................2
2.1 Risco............................................................................................................................2
2.2 Categoria de risco........................................................................................................2
3 - GESTÃO DE RISCO FINACEIRO..................................................................................3
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................18
1. INTRODUÇÃO
As instituições bancarias estão sujeita a vários riscos devido a natureza das suas actividades.
E necessário que as instituições mantenham parte dos seus fundos próprios para que em caso
de dificuldades financeiras continuem a operar.
Contudo, com a conectividade que se verifica entre essas instituições, estas tem mantido cada
vez menos fundos próprios para fazer face aos riscos inerentes, conduzindo assim a
fragilização do Sistema financeiro. Este facto leva as autoridades de supervisão bancaria a
obrigarem essas instituições a manterem níveis mínimos de fundos próprios.
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2. PRINCIPAIS CONCEITOS
2.1 Risco:
Podemos considerar o risco como qualquer situação que pode afectar a capacidade de atingir
objectivos. O risco está subjacente a qualquer actividade e decisão das organizações ou a
combinação entre a probabilidade de ocorrência de um evento e suas consequências.
As empresas defrontam-se com uma série de riscos que poderão ser classificados em quatro
categorias, nomeadamente:
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3. GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
Por isso, a gestão de riscos financeiros está ligada à administração de empresas e à gestão de
património, quando o assunto é Mercado Financeiro
A actividade bancaria envolve em suas operações diversas formas de riscos. Estes riscos
precisam ser explorados e entendidos pelos supervisores bancários para que possam realizar
uma avaliação e gestão eficaz das instituições financeiras.
É tarefa dos Bancos Centrais assegurar que os Bancos operem de maneira saudável e Segura
e que mantenham fundos próprios suficientes para suportar os custos inerentes as suas
actividades.
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Esse controle permite mapear e traçar estratégias de mitigação para cada risco, servindo como
uma referência nos momentos de crise e até de pânico.
Sem a gestão de riscos financeiros, é enorme a chance de que um evento inesperado provoque
um prejuízo impagável, tanto para empresas, como para investidores.
Toda empresa enfrenta certos tipos de riscos financeiros. Tais riscos têm a ver com as
operações financeiras da organização e envolvem retornos em investimentos e negociações
abaixo das expectativas, além de problemas na gestão do fluxo de caixa.
Os riscos financeiros podem ser classificados como: de crédito, operacional, cambial, de taxa
de juros e de financiamento.
a) Crédito
Um dos tipos de risco financeiro mais significativos é aquele relacionado ao crédito. Esse
risco tem a ver com a confiabilidade financeira que uma empresa apresenta diante de um
credor.
Outro risco do crédito ocorre em empresas que vendem através de facturamento por boleto:
elas podem entregar os pedidos e não receberem o pagamento, ou parte dele.
Em relação a crédito, a dica é construir uma boa reputação diante de fornecedores e outros
credores: mantenha as contas em dia.
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b) De Mercado
O risco de mercado está ligado às oscilações que ocorrem nas bolsas de valores, estando
relacionado às acções de empresas, moedas, commodities e economias (nacional e
internacional).
A flutuação dos preços na bolsa de valores impacta empresas e negócios causando lucro ou
prejuízo. Para os investimentos, nesse caso, o risco pode ser calculado directamente pela
variação do preço do activo que foi investido ou comparando com outro indicador de
referência
c) Cambial
Em termos de riscos financeiros de uma empresa, o mercado cambial não pode ser
minimizado, visto que é o maior mercado financeiro existente.
Este mercado realiza operações através dos maiores bancos comerciais do mundo, sendo a
taxa de câmbio correspondente ao valor obtido na troca de uma moeda por outra.
Riscos do mercado financeiro de câmbio são ligados às oscilações nas taxas de câmbio, que
ameaçam as finanças das empresas nacionais em negociações com o exterior ou seja, a
incerteza quanto ao valor de uma moeda é o maior risco.
d) Taxa de juros
Quem determina a rentabilidade dos fundos prefixados é o Banco Central, através da variação
dos preços dos títulos em carteira de cada fundo.
Quando a taxa de juros aumenta, o valor dos títulos prefixados diminui. Essa redução, por sua
vez, incide sobre o valor da cota e a rentabilidade do fundo.
e) De Liquidez ou Financiamento
Qualquer financiamento envolve riscos, tanto para quem o concede como para quem o
contrata. Por isso, esse é mais um dos tipos de risco financeiro que qualquer empresa
enfrenta.
É impossível evitar certos riscos financeiros de uma empresa, mas é possível gerenciá-los,
avaliá-los e mensurá-los. Esse processo pode ser realizado com probabilidades e estatísticas
que identifiquem processos e situações problemáticos.
f) Solvência
mencionados.
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4. ACORDO DE BASILEIA I
O (primeiro) Acordo de Basileia, agora conhecido como Basileia I, foi emitido durante a
convenção de 1988, e foi ratificado por mais de 100 países e a adesao em Moçambique só se
deu em 1994 através dos avisos 02/GGBM/94 que determinavam os elementos que podem
integrar nos Fundos Proprios, Aviso 03/GGBM/94 que fixou o racio de solvabilidade e os
ponderadores dos activos pelas Classes de risco e a adopcao, a partir de 1994 , de racios e
limites prudenciais segundo as recomendacoes de CSBB. Chamado oficialmente de
International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards, ele teve como
base três regras principais:
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4.1 Fundos Próprios
A tarefa inicial do comité foi definir o conceito de fundos próprios, o BM atraves do Aviso
2/GGBBM/94 fixou os elementos que podem integrar os funos proprios de uma instituicao de
credito dividindo-o em duas partes: os fundos próprios de base e os complementares.
i. O capital social
ii. As reservas
i. Reservas Ocultas
ii. Provisões gerais
iii. Instrumentos Híbridos De Capital
iv. Divida Subordinada
Por outro lado, o Acordo de Basileia I obriga a dedução de certos activos dos fundos próprios.
Estas deduções se referem as diferenças de consolidação positivas e aos investimentos em
subsidiárias que exercem actividade no sector financeiro.
Assim os fundos próprios são a soma dos fundos próprios de base e complementares. Sendo
que o total de fundos próprios deve ser compostos por no mínimo 50% de fundos próprios de
base.
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Precondições para uma supervisão bancária eficaz – Princípio 1
Autorizações e estrutura – Princípios 2 a 5
Regulamentos e requisitos prudenciais – Princípios 6 a 15
Métodos de supervisão bancária contínua – Princípios 16 a 20
Requisitos de informação – Princípio 21
Poderes formais dos supervisores – Princípio 22, e
Actividades bancárias internacionais – Princípios 23 a 25.
Os Princípios são requisitos mínimos que em muitos casos, poderão requerer Suplementação
mediante outras medidas definidas para atender a condições e riscos particulares dos sistemas
financeiros de cada país, individualmente.
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ii. Elementos do activo representativo de crédito sobre instituições de crédito países
membros da OCDE e créditos garantidos por instituições de crédito de países membros de
OCDE;
iii. Elementos do activo representativos de crédito sobre instituições de crédito de Países não
membros da OCDE com prazo de vencimento residual inferior ou igual a um ano que
gozem de garantias de instituições de crédito de Países não membros da OCDE.
iv. Elementos do active representativos de crédito sobre entidades do sector publico de
Países estrangeiros membros da OCDE (excluindo governos centrais), e crédito
garantidos por tais entidades;
v. Valores a cobrança.
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e) Activos Extrapatrimoniais
O Acordo de Basileia I admite garantias concluídas por títulos emitidos por governos centrais
e bancos centrais de países membros de OCDE, atribuindo uma ponderação de 0% aos
créditos garantidos nestes termos. No caso de créditos garantidos por entidades do sector
publico desses países, a ponderação atribuída é de 20%. Por último, a créditos garantidos por
instituições de crédito de países não membros da OCDE é aplicada a ponderação de 20%, no
caso de operações com prazo de vencimento residual ou igual a um ano. Quaisquer outras
garantias (como títulos de empresa) não são consideradas para efeitos de redução da
ponderação de risco.
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O sector bancário tem vindo a adoptar técnicas progressivamente mais sofisticadas de
avaliação dos riscos, em especial nas vertentes do risco de crédito, dos riscos de mercado e do
risco operacional. Neste contexto, têm surgido iniciativas de âmbito internacional centradas
na adaptação das regras de adequação de fundos próprios às novas realidades dos serviços
financeiros, nomeadamente as preconizadas pelo Acordo de Basileia II.
5. ACORDOS DE BASILEIA II
Criado em Julho de 2004 com o objectivo de aperfeiçoar o então vigente (Acordo de Basileia
I) e eliminar as suas deficiências.
Foi adoptado pelo Sistema Financeiro Moçambicano aos 01 de Janeiro de 2013, de acordo
com o Aviso do BM supracitado, o Acordo de Basileia II procura preservar a solidez dos
sistemas financeiros, aumentando o grau de sensibilidade ao perfil de risco efectivo das
instituições, e admitindo conceitos mais abrangentes de risco, como por exemplo a introdução
do conceito de risco operacional, visando também assegurar a convergência internacional de
mensuração de capitais e padrões de capital face aos riscos inerentes à actividade financeira e
assenta em 3 pilares:
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5.1 Pilar I:
b) Adoptar o método de indicador básico (BIA – Basic Indicator Approach), método padrão
(TSA – The Standardised Approach), este último mediante autorização do Banco de
Moçambique ou, ambos, para o cálculo dos requisitos de fundos próprios para o risco
operacional, nos termos definidos em Aviso próprio;
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5.2 Pilar II:
O terceiro pilar visa no aumento da transparência dos bancos para que os agentes do Mercado
sejam bem informados e possam entender melhor o perfil de riscos dos bancos. Para isso o
comité definiu algumas recomendações e exigências de divulgação de ordem quantitativa
como o valor de fundos próprios, e a distribuição das exposições de créditos por vencimento,
sector, pais, e de ordem qualitativa como a política de avaliação dos activos e passivos, os
aprovisionamentos, as estratégias e as práticas de gestão de riscos de crédito entre outras.
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Principais diferencas entre Basileia I e II:
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5.4 Impactos da adopção do Acordo da Basileia II
Uma das limitações do AB I e que também vale para o caso Moçambicano, deve-se ao facto
de apesar da exigência de 8% de fundos próprios mínimos, são ignorados os diferentes tipos
de riscos aos quais os bancos incorrem . Existe portanto, uma lacuna a comportamentos
mais arriscados, pois para um mesmo limite de fundos próprios mínimos e definida uma
ponderação de 100% para empréstimos a empresas independentemente de suas
características.
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6. CONCLUSÃO
Embora possa parecer simples a principio mitigar os riscos em uma instituição financeira é
uma actividade complexa que deve ser integrada no planeamento estratégico e aplicado dia-a-
dia no Banco.
Todos os tipos de gerenciamento de riscos devem ter como objectivo final a maximização do
resultado económico, isto é, contribuir para elevar o lucro da instituição. Para que possa ser
atingido um gerenciamento de rico satisfatório em uma em uma instituição financeira é
necessário um investimento inicial em banco de dados, equipamento e pessoal quilificado o
que não acontece em todas as instituições.
Um dos motivos que levam as instituições bancarias a investir na gestão de risco é devido a
actuação em um ambiente instável, no qual existe uma volatilidade, e também devidos aos
órgãos controladores que impõem padrões mínimos de identificação, medição e controle.
Cabe ressaltar que as instituições financeiras devem saber trabalhar com cenários futuros,
entretanto devido a incertezas das condições de mercado e outros factores externos, existe
apenas a condição de se trabalhar com noções de risco baseadas em probabilidades e
tendências, e nem sempre será possível avaliar todas as causas de efeitos.
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BIBLIOGRAFIA
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