Gestao de Risco Itau
Gestao de Risco Itau
Gestao de Risco Itau
1. OBJETIVO
Estabelecer a Governança e o controle de Risco de Crédito do Itaú Unibanco Holding S.A., observando as
regulamentações aplicáveis e melhores práticas de mercado.
2. PÚBLICO-ALVO
Instituições financeiras controladas pelo Itaú Unibanco Holding S.A. (Itaú Unibanco), no Brasil e no
exterior, que incorram em risco de crédito, abrangendo todos os segmentos (pessoas física e jurídica).
3. INTRODUÇÃO
De acordo com o dicionário de riscos corporativo da instituição, entende-se como Risco de Crédito, o
risco de perdas decorrentes
- do não cumprimento pelo tomador, emissor ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras
nos termos pactuados,
O controle centralizado do risco de crédito é realizado, de forma independente, pela Área de Riscos (AR),
segregada das Unidades de Negócio e da área executora da atividade de auditoria interna.
Nas Unidades Internacionais, a estrutura independente responsável pelo controle dos riscos local está
sob responsabilidade dos Chief Risk Officer (CROs) locais, que reportam aos respectivos CEOs Locais e
aos CROs Regionais, atuando de forma coordenada e alinhada à Diretoria de Risco de Crédito e
Modelagem. Os CROs Regionais são responsáveis pela gestão integrada e preventiva dos riscos da
região, assegurando sua efetividade e reportando seu status ao CRO do Itaú Unibanco Holding. Os
papéis e responsabilidades dos CROs da Holding, Regionais e Locais estão definidos em procedimento
interno.
Essa estrutura possibilita o gerenciamento contínuo e integrado do risco de crédito e deve considerar
tanto as operações classificadas na carteira de negociação quanto as classificadas na carteira de não
negociação.
4. DIRETRIZES
O gerenciamento de riscos deve ser integrado, possibilitando a identificação, a mensuração, a avaliação,
o monitoramento, o reporte, o controle e a mitigação do Risco de Crédito.
As diretrizes acima devem ser aplicadas para os riscos de crédito, de contraparte, país, de ocorrência de
desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras operações de
natureza semelhante e de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações relativas à liquidação de
operações que envolvam fluxos bilaterais, incluindo a negociação de ativos financeiros ou de derivativos.
Finanças
Definir regras para realização de simulações e cálculos em linha com as normas e regulações aplicáveis,
além de publicar as demonstrações contábeis e outros relatórios que auxiliem e complementem o
Controle e Gestão do Risco de Crédito.
A mensuração do risco de crédito de contraparte envolve sua conversão em exposição de risco de crédito
equivalente, através de modelos específicos. Os modelos de mensuração do Risco de Crédito Potencial
(RCP) são utilizados para mensurar a exposição de crédito equivalente nas operações sujeitas ao risco
de crédito de contraparte. O desenvolvimento e a aprovação desses modelos seguem a governança
descrita em procedimento específico. O procedimento de Desenvolvimento de Modelos de Risco de
Mercado define a mensuração do risco de crédito de contraparte para determinados produtos e negócios,
de forma prioritária em relação aos modelos de RCP e visam:
- Considerar, na mensuração do risco de crédito, a presença de instrumentos mitigadores, desde que não
estejam explicitamente considerados nos modelos de RCP;
- Definir a mensuração do risco de crédito de contraparte para determinados produtos e negócios em que
há riscos materiais não capturados pelos modelos de RCP; e
- Definir a mensuração do risco para determinados produtos e negócios em que não há modelo específico
desenvolvido.
Com o intuito de avaliar consistentemente os riscos inerentes a cada país, o Itaú Unibanco define o rating
dos países observando tanto o risco soberano como o risco de transferência.
O rating soberano local reflete a capacidade de pagamento do emissor soberano (Tesouro e Banco
Central) frente às suas obrigações liquidadas em moeda local.
O rating soberano externo reflete a capacidade de um país de gerar divisas (moeda estrangeira) e, por
consequência, é o rating utilizado tanto para avaliar a capacidade do emissor soberano (Tesouro e Banco
Central) em honrar suas obrigações a serem liquidadas em moeda estrangeira, como para avaliar o risco
de transferência. A incapacidade de gerar divisas pode levar a duas consequências: (i) o default do
emissor soberano em suas dívidas em moeda estrangeira e/ou (ii) a imposição de controle de capitais que
impeçam a transferência de recursos privados entre jurisdições (restrições para conversão de moeda
nacional em moeda estrangeira).
O Itaú Unibanco estabelece limites baseados em ratings e prazos das operações, visando controlar a
exposição ao risco país.
Tais limites são revisados periodicamente, podendo ocorrer revisões extraordinárias à luz de algum novo
fato relevante.
Eventos de risco social, ambiental e climático, na contraparte podem resultar em perdas de crédito.
Devido a isso, o Itaú Unibanco definiu um conjunto de diretrizes para nortear o estabelecimento e
manutenção de relacionamento de crédito e operações com risco de crédito com Clientes, as quais se
encontram detalhadas em procedimento interno.
Com relação aos indicadores das Unidades Internacionais, o monitoramento é reportado no Comitê de
Riscos das Unidades Internacionais (CRUI-R)(HN e Conesul) e CIR – Comitê Integrado de Riscos (Itaú
Chile), com participação dos CROs da Holding, Regionais e Locais.
Para garantir baixa volatilidade de resultados é realizada a gestão do risco de concentração sobre diferentes
óticas dentro do banco, de modo a observar que a instituição não esteja exposta de maneira significativa a
uma única fonte de risco. Desta maneira, o Risco de Concentração é acompanhado por meio das visões:
individual, top10, por país, por setor da economia e por segmento de atuação da instituição, indicadores
estes acompanhados mensalmente pela Diretoria e Conselho de Administração, que são também
responsáveis pela calibragem e aprovação das métricas e seus limites.
Os limites são definidos conforme variáveis de cada dimensão. Para definir os limites de concentração
individual e do top 10 conglomerados avaliamos o risco de crédito inerente dos conglomerados, respeitando
limites máximos da resolução 4.677 do CMN. Para a concentração por país, a diversificação do risco é
feita com base no risco de crédito apresentado por cada país e pela estratégia do banco. Já para a
concentração por segmento a diversificação é feita a partir da estratégia do banco e da volatilidade do
resultado dos negócios de sua atuação, enquanto para a concentração setorial os limites são definidos
conforme perfil de risco da carteira de crédito do setor, rentabilidade do mesmo e relevância do setor na
economia. Os limites definidos para cada métrica, bem como maiores detalhes sobre as metodologias de
cálculo, estão contidos no Manual de Apetite de Riscos.
6.9 - RENDA
Determina os tipos de renda e a forma de definir os rendimentos para Pessoa Física.
Ao capturar qualquer informação de renda dos clientes (como renda comprovada, certificada, capacidade
de pagamento ou outra informação de renda aprovada em exceção) e utilizar para manutenção,
concessão de crédito ou qualquer outra finalidade de renda para pessoa física, é obrigatório seguir a
orientação de procedimento interno respeitando o tipo de documento, sua validade e exceções, no caso
de sazonalidade.
6.10 - FATURAMENTO
Determina os tipos de faturamento e a forma de obter rendimentos para pessoa Jurídica.
Ao capturar qualquer informação de faturamento dos clientes (como comprovado, certificado, capacidade
de pagamento ou outra informação aprovada em exceção) e utilizar para manutenção, concessão de
crédito ou qualquer outra finalidade, é obrigatório seguir a orientação de procedimento interno respeitando
os respectivos procedimentos, tipos de documentos, sua validade e eventuais exceções.
6.12 - GARANTIAS
Garantias são instrumentos que têm como objetivo reduzir a ocorrência de perdas em operações com
risco de crédito, abrangendo, indistintamente garantias financeiras, garantias reais, acordos para
compensação e liquidação de obrigações, garantias pessoais e fidejussórias, e derivativos de crédito.
Para que sejam consideradas como instrumento de redução de risco é necessário que cumpram as
exigências e determinações das normas que as regulam