Alunos Com Deficiência Intelectual
Alunos Com Deficiência Intelectual
Alunos Com Deficiência Intelectual
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consideradas como limitações do contexto social em ofertar o apoio de que ela
necessita.
Pletsch (2009) e Pan (2008) comentam que, para a identificação da pessoa com
deficiência intelectual, a American Association on Intellectual and Developmental
Disabilities (AAIDD) adotou o conceito multidimensional que prioriza tanto os
atributos individuais como o contexto em que ele vive:
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Comportamento Adaptativo: São habilidades importantes para
Dimensão II a autonomia da pessoa, pois expressam independência pessoal e
responsabilidade no meio em que vive de acordo com o esperado
para a sua faixa etária e grupo social.
Participação, interação e papéis sociais: Participação na
Dimensão III vida comunitária, em ambientes típicos dos pares da mesma idade,
como o de casa, vizinhança, escola e trabalho.
Dimensão Saúde: Completar com a saúde física e mental e os fatores
IV etiológicos.
Contexto: Análise do local onde a pessoa se relaciona com a
Dimensão V
família, vizinhança e escola.
Fonte: Quadro da AAIDD (2002) adaptado pela professora.
Piaget (1972) elenca alguns estágios pelos quais o ser humano passa.
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Essas fases (e/ou estágios) são sucessivamente construídas, sendo:
sensório-motor;
pré-operatório;
operações concretas;
operações formais.
entre elas. Mantoan (1997) também relata que a deficiência intelectual seria da mesma
forma que a uma construção mental inacabada. Assim, uma criança com DI passará
pelos mesmos estágios de desenvolvimento, como propõe Piaget (1976) para outras
crianças sem deficiência, com diferenciação:
RITMO
TEMPO
MENOS ALCANCE
COGNITIVO
Mantoan (1997) ainda coloca que, enquanto em uma criança sem deficiência há
uma aceleração progressiva do pensamento operatório, na criança com deficiência
observa-se lentidão ou até estagnação que conduz à viscosidade no raciocínio e
limitações estruturais que dificultam a sua relação com o meio.
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- Reorganizar o espaço físico;
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fileiras do centro da classe;
Fazer uso do tangran, descobrindo as diversas formas de utilizá-lo;
Procurar fazer uma rotina de classe clara e previsível, se possível, com
roteiro no canto do quadro;
Intercalar atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de
concentrar o mesmo tipo de tarefa e em um só momento;
Procurar dar supervisão adicional aproveitando os intervalos entre as aulas
e durante as tarefas;
Trabalhar com livros, revistas, jornais, histórias sequenciais, para que ele
tenha noção de sequência, estruturação do pensamento, coerência, coesão,
criatividade e desenvolvimento do vocabulário;
Promover reforços positivos quando for bem sucedido;
Propor trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer
oportunidades sociais;
Desenvolver métodos variados utilizando apelos sensoriais
diferentes;
Estimular a criação de pequenos livros com desenhos necessários;
Favorecer a compreensão e interpretação de conteúdos de textos,
mensagens e histórias;
Repetir ordens e instruções; faça frases curtas e peça aos alunos para
repeti-las, certificando-se de que ele as entendeu;
Desenvolver atividades com formas geométricas e abstratas para
desenvolver sua capacidade visomotora;
Trabalhar com percepção de figura e fundo, em que o aluno com DI deverá
descobrir as partes, e ou personagens essenciais e não essenciais da figura;
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organizando atividades que envolvam quantificação, facilitando o
envolvimento do educando nas atividades;
Trabalhar com problemas da vida diária, principalmente os que envolvem
dinheiro, fazendo com que use raciocínio lógico;
Trabalhar o desenvolvimento sequencial das histórias contadas através de
fantoches, gravuras, livro, etc.;
Proporcionar atividades que desenvolvam a memória auditiva sequencial;
Propor atividades que favoreçam noções reais de tempo através de um
relógio na sala de aula, do calendário que deve ser trabalhado diariamente,
relacionando os dias da semana, estações e meses do ano.
Oferecer o manuseio do material concreto para contagem, envolvendo
dúzia, meia dúzia, dezena, metade de elementos;
Transmitir e receber recados, favorecendo a expressão adequada de seus
pensamentos, sentimentos, opiniões e necessidades;
Desenvolver seu raciocínio verbal e memória, reproduzindo histórias
ouvidas;
Trabalhar a orientação espacial na escrita correta de algarismos;
Trabalhar a organização temporal através do ritmo, respiração e
pontuação;
Promover atividades que favoreçam a distinção dos lados direito e
esquerdo e o domínio do emprego desses termos, iniciando com
orientações simples com pontos de referência, mudando-os e cruzando-os
até chegar à transposição.
O AEE para os alunos com deficiência intelectual refere-se à forma pela qual o
aluno trata todo o seu aprendizado. Esse aluno precisa ser estimulado e provocado, de
modo que o conhecimento possa se tornar consciente e interiorizado. Cabe a esse
professor assumir a posição de investigador, disposto a um aprendizado em conjunto
com seu aluno.
O AEE para alunos com deficiência intelectual deve organizar-se para ser
complementar aos serviços educacionais comuns, com vistas à autonomia e
independência do aluno na escola e fora dela. Este trabalho é desenvolvido nas
denominadas Salas de Recursos Multifuncionais.
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deve orientar-se para:
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do AEE é fundamental, uma vez que possibilita, através de intervenções pedagógicas
adequadas, responder às necessidades educacionais do aluno.
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Referências
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MANTOAN, M. T. E. Ser ou Estar, eis a questão: explicando o
Déficit Intelectual. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
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