Deficiencia Intelectual
Deficiencia Intelectual
Deficiencia Intelectual
O termo deficincia intelectual tambm mais apropriado por melhor diferenciar o que deficincia mental separando do que seria doena mental (rea da psiquiatria), ambos foram e ainda so confundidos.
Destacamos estas problemticas de uso dos termos porque afetam as prticas pedaggicas e a maneira de lidar com esse alunado, pois sua aprendizagem calcada na debilidade e nos atrasos, inclusive, na ideia de idade mental (com a qual no se trabalha nos dias de hoje). A pessoa com deficincia intelectual tem os interesses dos pares de sua faixa etria.
A deficincia intelectual no est dada apenas por fatores biolgicos, mas uma categoria historicamente construda, englobando tanto os referidos fatores biolgicos como os preconceitos do impacto dos usos e dos abusos de termos e de ideias que so produzidos socialmente. Da, a importncia da escola na vida desses sujeitos para no somente propiciar o desenvolvimento de habilidades como tambm desfazer esses equvocos que impedem a insero social.
Podemos entender o sujeito que possui uma deficincia intelectual como algum que possui uma organizao qualitativamente diferente e que capaz de realizar aprendizagens, porm, a construo de conceitos se d de forma diferenciada, necessitando para tal, de estratgias e procedimentos pedaggicos apropriados.
O aluno com deficincia intelectual necessita de interferncias planejadas que auxiliem na sua capacidade de autonomia e nos processos de relao com o mundo e este aspecto j apresenta uma diferena ntida em relao a pessoa com dificuldade de aprendizagem.
* de verificar o caminho j realizado com a famlia para ir sozinho at a quitanda; * de verificar a variedade de marcas e de elementos icnicos pela observao de rtulos para substituir um produto que no tenha achado; * de verificar por meio de perguntas as opes de compra ou de troco se dirigindo ao vendedor elaborando estas questes e lidando com as respostas.
Isso no significa em hiptese alguma que a criana com deficincia intelectual no aprender a resolver esses problemas na quitanda, mas ela precisar de mais situaes para vivenciar essa experincia e depois poder diversific-la para vrios locais (tambm poder precisar de mais pistas para dar conta dessas e de outras tarefas cotidianas). Para tanto a preocupao de que os contedos trabalhados na escola tenham impacto significativo no cotidiano e correspondncia clara com situaes problema do dia a dia.
Uma criana com dificuldade de aprendizagem grosso modo pode apresentar uma dificuldade extrema no processo de aquisio de leitura e de escrita e/ou nos clculos matemticos, mas a famlia relata que no mesmo episdio acima relatado, de ida a quitanda, o menino ou a menina safo. Mesmo que ele no saiba ler ou calcular o troco ou at mesmo se perde o dinheiro que levou para ir ao comrcio, esta criana sabe se virar com os contratempos lidando com as pistas ao seu redor.
Ao ingressar na escola que acontece o relato da dificuldade do menino ou da menina com a aprendizagem, no caso da dificuldade de aprendizagem, antes disso, no havia a queixa da/na famlia. Na escola que comeam esses problemas, isso comumente se caracteriza mais para a dificuldade de aprendizagem e/ou para metodologias de ensino.
No confundindo as situaes de comportamento de desateno ou de agitao, com as preocupaes com o aprender. Mesmo esses dados comportamentais influenciando o rendimento escolar, a eles so dados um relevo e um peso demasiadamente grande nos primeiros aspectos relatados em uma avaliao, o que no aconselhvel.
O que fazer ao me deparar com esses quadros de deficincia intelectual e de dificuldade de aprendizagem? Ambos so da Educao Especial?
Destacamos que a principal atitude da escola ao se deparar com um ou com outro caso, carece ser o de flexibilizar o currculo por meio de estratgias diferenciadas que auxiliem esta criana a aprender.
No caso de necessidade de maiores ajudas, o professor, em parceria com o coordenador pedaggico e/ou a direo, poder descrever as dificuldades e as possibilidades deste aluno, em relato de aspectos pedaggicos (e no clnicos), podendo solicitar a famlia a levar aos apoios de profissionais da sade de ordem teraputica (fonoaudilogo, psiclogo, psicopedagogo).
No caso da deficincia intelectual, o relatrio escrito da descrio das dificuldades e das possibilidades deste aluno, ou seja, de aspectos pedaggicos (e no clnicos) precisa ser encaminhado para o AEE da escola.
A solicitao de um relatrio dos profissionais da sade que verificam o estudo clnico do caso auxiliar aos profissionais da escola a fechar o enquadre de modo responsvel dentro da Deficincia Intelectual (DI). Portanto, ao se deparar com uma possvel morosidade do fechamento da avaliao do enquadre de DI, compreendamos que o rtulo errado causa transtornos a trajetria desse sujeito socialmente. Os profissionais da educao no so mdicos e no concluem diagnsticos, por isso, precisam avaliar o caso em parceria com a sade.
O aluno DI receber o encaminhamento para a sala de recursos na prpria escola e/ou a mais prxima a sua residncia. O aluno DI acompanhado pela Equipe da Unidade Escolar o qual est matriculado em parceria do Atendimento Educacional Especializado (AEE) do aluno. O acompanhamento e estudo de casos para melhor encaminhamento de metodologias pode ocorrer por meio de reunies de capacitao solicitao do AEE com os professores da escola.
O aluno com deficincia intelectual aprende a ler? E se ele no l, como faz os testes e provas?
Sem dvida o aluno com deficincia intelectual aprende a ler e a escrever. A criana com deficincia intelectual pode precisar de um tempo maior (em anos de escolaridade) para a alfabetizao.
O desenvolvimento da oralidade e de outras habilidades como a interpretao e resoluo de situaes-problema se d na escola, nos primeiros anos, e essencial para a vida da criana e do jovem. Mesmo antes da consolidao da leitura e da escrita, a oportunidade de vivenciar as variadas atividades escolares, colaboram com o desenvolvimento do aluno.
Portanto, direito do aluno pblico-alvo da Educao Especial ter testes e provas lidos por um ledor para que seja possvel a interpretao e a resoluo de questes que podem ser resolvidas com o uso de mltiplaescolha ou de respostas ditadas pelo aluno e registradas por um escriba. Isso no significa que a escola perder de vista o foco na alfabetizao do aluno.
H um nmero pequeno de alunos com deficincia intelectual que no consolida a alfabetizao. So capazes de reconhecer a logotipia de um jornal ou a marca de um produto, mas no tem condies de ler um texto. Esta constatao no feita por antecipao ou por previso de resultados.
A concluso sobre a no consolidao da alfabetizao s pode ocorrer aps um longo percurso de metodologias de ensino sempre oferecidas, ano aps ano ao aluno, no Ensino Fundamental, e de estratgias e de recursos de apoio pensados pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) e por TODA equipe da escola durante a escolarizao.