Ext2023 Ped Tuberculose
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TUBERCULOSE
INTRODUÇÃO
● A tuberculose (TB) pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que
integram o complexo Mycobacterium tuberculosis.
● Transmissão
NA PEDIATRIA...
QUADRO CLÍNICO
○ Tríade:
▪ Perda de peso
▪ Tosse crônica
▪ Inapetência (a investigação de tuberculose faz parte
da abordagem inicial para febre de origem
indeterminada)
○ TB óssea:
▪ Mais comum em crianças (10% a 20% das lesões extrapulmonares
na infância). Mal de Pott (acometimento das vértebras pela infecção
por tuberculose)
○ TB ganglionar periférica
▪ É a forma mais frequente de TB extrapulmonar em pessoas vivendo com
HIV (PVHIV) e em crianças, sendo mais comum abaixo dos 40 anos.
▪ Sendo importante o exame dos linfonodos.
○ TB meningoencefálica
▪ É responsável por 3% dos casos de TB em pacientes não infectados
pelo HIV e por até 10% em PVHIV. A meningite basal exsudativa
é a apresentação clínica mais comum e é mais frequente em crianças
abaixo dos seis anos de idade.
▪ Nas crianças abaixo de 6 meses a gravidade é maior.
DIAGNÓSTICO
○ Identificação do patógeno
▪ Teste rápido molecular – Genexpert®
▪ Baciloscopia direta
▪ Cultura em escarro, lavado gástrico ou lavado bronco-alveolar
▪ Resposta imune após contato com patógeno (PPD, IGRA)
○ Epidemiologia
● Conceitos
○ Estado nutricional
▪ Desnutrição grave (<P10) = 10 pontos
▪ Peso >P10 = 0 pontos
○ PPD
▪ >10mm = 10 pontos
▪ 5-9mm= 5 pontos
▪ <5mm = 0 pontos
● TB latente e HIV
MANEJO DO RN EXPOSTO
○ Falsos positivos
▪ Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por
outras micobactérias ou vacinados com a BCG, principalmente se
vacinados ou revacinados após o primeiro ano de vida, quando a BCG
produz reações maiores e mais duradouras.
○ Falsos negativos
▪ Tuberculina mal conservada; leitor inexperiente ou com vício de
leitura; tuberculose grave ou disseminada/ outras doenças infecciosas
agudas virais, bacterianas ou fúngicas; imunodepressão avançada;
vacinação com vírus vivos em período menos que 15 dias; neoplasias;
desnutrição, DM, Insuficiência renal; gravidez; <3 meses; idosos; febre
durante o período da realização da PT.
TRATAMENTO
Isoniazida (H):
Reduz o risco de adoecimento em 60-90% (variação devido à adesão ao
tratamento - INTERNATIONAL, 1982; SMIEJA et al., 2000). Segue
como esquema preferencial, mas esquemas alternativos demonstraram se-
gurança semelhantes com menos efeitos adversos.
Considerações:
● Tempo de tratamento e dose:
270 doses que poderão ser tomadas de 9 a 12 meses (considerar 180 doses
6 a 9 meses se boa adesão)
Rifampicina (R):
É o esquema preferencial em indivíduos com mais de 50 anos de idade,
crianças (< 10 anos de idade), hepatopatas, contatos de pessoas que ti-
veram resistência à isoniazida ou se houver intolerância à isoniazida. A
rifampicina está contraindicada para pessoas vivendo com HIV que este-
jam em uso de inibidores de protease ou de Dolutegravir devido à intera-
ções medicamentosas.
● Em crianças (2 a 14 anos):
Isoniazida:
10 a 15kg: 300mg/semana
16 a 23 kg: 500mg/semana
24 a 30kg 600mg/semana
> 30kg: 700mg/semana
Rifapentina:
10 a 15kg: 300mg/semana
16 a 23 kg: 450mg/semana
24 a 30kg: 600mg/semana
> 30kg: 750mg/semana
QUESTÕES
1) (UNIFESP-2022) Menina, 6 anos de idade, previamente hígida,
apresenta artrite no joelho esquerdo há 3 meses, sem outros sintomas
associados. Exame físico: edema e calor em joelho esquerdo, com
limitação à flexão, sem alterações em outras articulações. A principal
hipótese é artrite idiopática juvenil, porém é necessário afastar outras
possibilidades diagnósticas. Qual das alternativas a seguir contém o
principal diagnóstico diferencial e exame complementar correspondente?
A) Artrite reativa e sorologias virais.
B) Lúpus eritematoso sistêmico e FAN.
C) Tuberculose articular e biópsia de tecido sinovial.
D) Artrite séptica e análise do líquido sinovial.
GABARITO
1) C
2) B
3) C
4) A
5) A
6) B
7) B
8) A
9) E
10) D
11) B