Arte Helenística
Arte Helenística
Arte Helenística
da disciplina de História
Antiga, do 1º ano, Licenciatura
em História, no ano letivo
2021/2022
1
Índice
1. Introdução ................................................................................................................ 3
3. Principais características............................................................................................ 4
5. Conclusão.................................................................................................................. 5
Anexos.......................................................................................................................... 6
Bibliografia ................................................................................................................... 8
2
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é aprender mais sobre a arte da Grécia Antiga, aprofundando,
obviamente, o período Helenístico. A escolha do tema deve-se ao meu interesse pela História
das Artes, uma área que eu tenho extremo interesse e pretendo aprofundar futuramente na
minha vida académica.
O trabalho ao todo está organizado em quatros capítulos. O primeiro diz respeito ao período
helenístico, onde é feito uma contextualização do mesmo de forma a entender melhor em
que meio a arte helenística surgiu. No segundo capítulo, é abordado as características gerais
da arte helenística. E, por fim, o último capítulo fala um pouco dos tipos de arte mais
importantes da altura, como a escultura e a arquitetura.
2. O período Helenístico
Antes de entrarmos na arte helenística propriamente dita, é necessário, obviamente, fazer
uma contextualização do período em que se encontra a mesma, para isso é necessário
começar com duas perguntas essenciais: Quais são os séculos que embarcam esta época? E
quais acontecimentos que poderão ter influenciado a arte helenística?
É compreendido como período helenístico entre os séculos III a.C., mais concretamente o
ano de 323, sendo este o ano da morte de Alexandre, o Grande, rei do reino grego antigo da
Macedônia, e II a.C.. No artigo jornalístico escrito por George M. A. Hanfmann, o ano de 31
a.C. é escolhido como o ano em que terminou este período1, ano da Batalha do Áccio. Esta
batalha serve como marco do fim da República e o início do Império Romano.
Durante este período, é importante salientar que os gregos se encontravam sob o domínio
macedónio. É atingida uma “[…] estabilização na vida social e econômica dos países do
1
“In history, as in art history, it is often understood to encompass the time between the death of Alexander the
Great (323 B.C.) and the Battle of Actium (31 B.C.)” — HANFMANN, George M. A , “Hellenistic Art” in Dumbarton
Oaks Papers, Vol. 17, 1963, pág. 80.
3
Mediterrâneo oriental”2, no entanto continuam-se as lutas, entre Gregos e não-Gregos, ricos
e pobres, o que faz com que esse equilibro seja bastante instável.
Além de tudo isso, é importante notar que nacionalismo helénico é “mais cultural do que
racial”3 devido à grande diversidade de povos que constituíam os Helenos. A cultura
helenística é tanto a herança grega como o avanço na ciência e na técnica.
3. Principais características
A arte grega valorizava, de um modo geral, a proporção, a clareza, o sentido de harmonia, o
racionalismo e o realismo. Mas, obviamente, cada época (Arcaica, Clássica e Helenística) tinha
a sua peculiaridade. Na fase arcaica, é valorizado o esforço pelo inatingível, na clássica,
sentido de superação e, por fim, na arte helenística, o foco deste trabalho, era valorizado o
poder de observação individual, o singular.4 Também há uma atenção especial às emoções,
os heróis que são esculpidos agora apresentam feições de sofrimento, de brutalidade, por
exemplo.
4. Tipos de Arte
Através da arte, temos a possibilidade de podemos conhecer melhor o nosso passado,
descobrir hábitos e costumes de civilizações antigas e a arte helenística não escapa à regra.
Desde a literatura à cerâmica, todos eles contribuem na compreensão do que foi o nosso
passado, todavia, os dois tipos de arte que irei abordar a seguir com algum detalhe serão a
arquitetura e a escultura.
4.1. Arquitetura
Em qualquer das épocas mencionadas no capítulo três deste trabalho, a arquitetura tinha a
obrigação de ser funcional. As colunas eram utilizadas porque eram necessárias para suportar
a estrutura das construções, o que nem sempre acontece nos dias hoje, tendo em conta que
por vezes as colunas são utilizadas como mera decoração.
2
Vide FERREIRA, José Ribeiro, A Grécia Antiga: Sociedade e Política, 1ª edição, Lisboa, Edições 70, 1992, pág.
225
3
Vide FERREIRA, José Ribeiro, A Grécia Antiga: Sociedade e Política, 1ª edição, Lisboa, Edições 70, 1992, pág.
229
4
Informação vide PEREIRA, Maria Helena da Rocha, Estudos de História da Cultura Clássica, Vol. 1, Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian, 1998, pág. 537
4
Existem três tipo de ordens: a dórica5, a jónica5 e a coríntia5, cada uma com as suas próprias
características e diferenças. No período helenístico, a ordem coríntia, uma variante da jónica,
cuja única diferença entre as duas é o seu capitel6, passa a ser mais utilizada. Surgem também
o arco e a abóbada, apesar que não serem muito utilizados pelos gregos, foram utilizados de
forma generalizada pelo Império Romano.
4.2. Escultura
Fundamentalmente, a escultura grega é usada para quatro propósitos: religioso, atlético,
político e funerário. É na fase helenística que começam a surgir os primeiros retratos, a figura
do homem deixa de ser somente representada como o ideal de juventude, ao contrário dos
períodos anteriores, e começa a surgir representações dele tanto na infância quanto na
velhice.
O idealismo e a serenidade continuam presente nas obras, temos o grande exemplo Vénus
de Milo7. A sua face calma e forma como o seu corpo está posicionado de forma descontraída,
transmitem-nos essa ideia na perfeição. Mas não podemos nos esquecer que surgem nesta
altura o gosto pelo teatral e o patético. Na escultura Grupo de Laocoonte7, isto é
representado através do terror evidente dos seus rostos, sendo reforçado pelo contorcer dos
corpos das figuras e das próprias serpentes que as estão a atacar.
5. Conclusão
A arte helenística pode até ser considerada pouco criativa, segundo alguns autores, por não
ter muitas inovações face às outras fases da arte na Grécia antiga, mas definitivamente isso
não faz com que tenham menos valor. O realismo atingido na escultura junto com a adição
da teatralidade típica do helenismo, sem dúvida, cria obras que são lembradas até aos nossos
dias, como no caso de Laocoonte.
Assim, devido a este trabalho, foi-me permitido ter uma nova visão do que foi, não só do
período helenístico e a arte grega como um todo, mas saber mais detalhes sobre a arte
helenística e o que ela representa.
5
Nos anexos (pág. 6), nas figuras 1 e 2 estão presentes exemplos de cada ordem e os respetivos capitéis
6
Parte superior de coluna, pilastra, balaústre, etc in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2021,
https://dicionario.priberam.org/capitel [consultado em 27-11-2021].
7
Figuras 3 e 4, respetivamente, em Anexos na página 7
5
Anexos
6
Fig. 3 — Vénus de Milo, atribuído a Alexandre de Antioquia, cerca século II a.C., mármore,
202cm [Vista de trás, frente e lado direito.] Disponível em: https://artout.com.br/venus-
de-milo/ (consultado em 25/11/2021)
Fig. 4 — Laocoonte, Atenodoro e Polidoro, Mármore, 208 × 163 [Vista de frente] Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:DSCF1951.png (consultado em
25/11/2021)
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Bibliografia