Fonética e Fonologia Das Linguas Bantu Jobh
Fonética e Fonologia Das Linguas Bantu Jobh
Fonética e Fonologia Das Linguas Bantu Jobh
Folha de feedback
Índice
Introdução..................................................................................................................................2
FONETICA E FONOLOGIA DAS LINGUAS BANTU..........................................................3
Diferença da fonética e fonologia..............................................................................................3
Aspectos fonéticos das linguas bantu.........................................................................................3
Tom das linguas Moçambicanas................................................................................................6
Descrição do tom lexical............................................................................................................7
Considerações finais...................................................................................................................8
Referências bibliográficas..........................................................................................................9
Introdução
Neste trabalho debruçar – se -á questão da fonética e fonologia das linguas bantu, onde dar -
se -a entender a diferença existe entre essas duas áreas e os aspectos que lhes caracteriza, para
além destes dois tópicos, abordará – se o tom das linguas bantu e fara – se a descrição do tom
lexical. Estes tópicos permitiram perceber de que forma são escritas e pronunciados as
palavras das linguas bantu, que aspectos apresentam que as tornam diferente em relação as
outras linguas do mundo. É um trabalho feita a partir da pesquisa bibliográfica dos autores:
Ngunga (2014); Mateus (1966); Andrade (1966).
Objectivo Geral
Objectivos específicos
"A fonologia tem como objetivos estudar os sistemas de sons de línguas particulares para
explicar o seu funcionamento" (MATEUS, 1996, p. 172) enquanto "a fonética se preocupa
com o estudo científico dos sons da fala humana, desde a sua produção até à sua percepção"
(ANDRADE; VIANA, 1996, p. 115). A fonética tem como objecto de estudo o fone que é a
realização concreta de um fonema em determinado contexto que nos permite distinguir
palavras. A fonética dependendo do objectivo pretendido, compreende três áreas: a fonética
acústica, articulatória, auditiva ou perceptiva, experimental.
De acordo com Ngunga (2014) na fonética os sons são produzidos pela anatomia e fisiologia
humanas. Estes sons são produzidos através de ondas sonoras, até serem recebidos pelos
ouvidos para que seja interpretado caso tenham intenção de comunicar.
Ngunga afirma que elemento principal que permite na produção dos sons e que não aparece
na tabela fonética é o que cujo o movimento permite a produção de sons implosivos e de sons
explosivos. Os sons implosivos são aqueles que são produzidos a partir do ar que entra pela
boca, dirige – se para os pulmões, podendo encontrar obstáculos ao longo do seu percurso,
em função do ponto onde fluxo do ar encontra obstáculo no aparelho fonador, podendo ter
sons bilabiais (os lábios), alveolares (arcada alveolar), palatais (palato duro), velares (zona
velar), entre outros.
Nem todas as linguas do mundo recorrem ao ar ingressivo no processo de produção dos sons
da fala. Alguma linguas bantu incluindo moçambicanas fazem parte deste grupo que
produzem os sons da fala por essa.
Ngunga refere o ar que passa dos pulmões antes de chagar a cavidade faringar que do acesso
a cavidade bucal ou cavidade nasal. Quando chega a glote cujo o ar deve passar por interior
estiver fechada, o ar força a sua passagem causando a vibração das cordas vocais que se
situam no interior da glote. E esta vibração vai permitir a produção dos sons vozeados tais
como: vogais, nasais e as consoantes b, d, j, g, z, v, entre outros.
Refere tambem que se passa pela glote e a mesma estiver aberta, isto é, com as cordas vocais
abertas, o ar passará livremente entre as cordas vocais sem lhe dar motivos para vibrar,
permitindo a produção dos sons não vozeados, tais como: as consoantes p, t, c, k, f, entre
outros. Por outro lado, refere que outro fenómeno é a questão da produção dos sons nasais em
contraste a produção dos sons orais.
De acordo com Ngunga (2014), os sons nasais são produzidos quando o ar passa proveniente
dos pulmões, passa pelas fossas nasais, em virtude da úvula ter baixado bloqueando o acesso
à cavidade bucal. E caso encontre a vula levantada, bloqueando o acesso à cavidade nasal, os
sós a serem produzidos são orais.
Para alem de do ponto da articulação o Ngunga também aborda sobre o modo de articulação,
onde que se refere – se ao tipo de obstrução que o ar vai sofre no processo de produção de
sons, esta obstrução pode ser total ou completa. (sons oclusivos: p, b, t, d, k, g, c, ɟ), parcial
(sons fricativos: [f,v,s,z,ʃ, Ʒ, h], total seguida de parcial (sons africados: ([pf, bv, ps, bz, ts,
dz]), intermitente (sons vibrantes: [ɾ,r]), nulos (os sons chamados vogais([a, e, i, o, u]) e
aproximantes que podem ser semivogais tambem chamados de glide ([w, j]); e as
semiconsoantes: (Ʋ).
Tom das linguas Moçambicanas
De acordo com Ngunga (2014), refere que muitas linguas moçambicanas são consideradas
tonias, ou seja, o nucleio da silaba de algumas palavras pode servir para fazer distinção de
significados. Assim sendo, nas linguas moçambicanas podem se encontrar palavras com
mesma sequência de vogais, consoantes, cujos os significados destas diferencem através
variação da altura de algumas silabas.
màvèlé ´milho´
cìtúùndù ´capoeira´
segundo Ngunga (2014), de acordo com o exemplo acima, as palavras em cada uma das
linguas seriam completamente ambíguas se o tom não tivesse sido marcado. Acabando assim,
estas duas palavras significando uma ou outra coisa. O que faz com nos exemplos acima os
(´) e (`) indicam o tom alto (A) e o tom baixo (B), que este autor revela que são formas
adoptadas para representação dos tons nas linguas moçambicanas. “se o tom mais frequente
numa língua bantu for baixo então haverá predominância do tom baixo, se o tom
predominante for alto em algumas lingas bantu, predominar – se -a o tom alto”. (Ngunga,
2014, pp, 97).
kwatsi ʻbemʼ
xìhlòka ʻmachadoʼ
nguúnda ʻpomboʼ
ditíinji ʻmataʼ
nota – se nos dados acima que o Changana apresenta tom alto, enquanto que o Yao apresenta
o tom baixo.
Contudo, de acordo este autor, refere que discutiu – se diversas tentativas nos seminários
sobre a padronização ortográfica das linguas bantu, com objectivo de reduzir a quantidade de
marcas tonais nos textos elaborados. O que fez com que se sugerisse que se desse a
relevância do tom com base na distinção que faz ele em termos do tom gramatical e o tom
lexical. Onde decidiria a relevância que tanto o tom gramatical assim como o lexical tem e
que pode evitar a ambiguidade que porem não se pode evitar com base no contexto.
Para Ngunga (2014), chama o tom lexical aquele que desempenha a função de distinção a
nível do léxico. Ou seja, é um tom lexical aquele que porta consigo o significado lexical. Esta
diferença pode ser vista quando há duas ou mais palavras que apresenta, uma sequência de
segmentos (vogais e consoantes) semelhantes, que porem a sua diferença pode ser vista a
partir da altura de uma ou mais moras de uma ou mais silabas. Portanto, há inclusão no
dicionário de duas palavras que portam sentidos diferentes que sejam diferentes a nível
suprassegmental embora sejam iguais a nível segmental, como o caso de:
b. kukhapà ʻtransbordarʼ
Considerações finais
Neste trabalho, pode se considerar que a fonética se preocupa no estudo de sons de forma
geral enquanto que a fonologia preocupa – se no estudo particular dos sons de uma
determinada língua. Estes dois ramos de estudos, são complementares pois, uma force base
para compreensão dos sons em uma determinada língua. No entanto, a fonética e fonologia
das linguas bantu a representação apresenta a tabela de alfabeto fonético diferente, isto
porque alguns sons que estão no alfabeto fonético das linguas bantu que não há na tabela de
alfabeto internacional, como o caso do bʼ e do dʼ. para além disso, a questão tonal das linguas
bantu pode ser representada com intuito de fazer distinção dos significados das palavras
dependo de contexto, portanto, o tom destas linguas podem ser marcadas na penúltima sibala
da palavra.
Em síntese: pode se compreender que o tom nestas linguas está representado de acordo com
frequência, visto que há certas linguas que apresentam com frequência o Tom baixo e outras
que apresentam um Tom alto. Portanto a inserção do tom nestas línguas pode ser marcada
com acentos tais como (´) e (`), e são esses acentos que podem permitir distinguir duas ou
mais palavras que apresentam uma sequência de segmentos de vogais e de consoantes.
Referências bibliográficas
Andrade. A & Viana. A. (1996) fonética. In Faria, et al. Introdução à linguística geral e
portuguesa. Lisboa: caminho.