DIque Zimbulane

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e Mineralogia

SUPERFÍCIES QUADRÁTICAS

NOMES DOS ESTUDANTES:

• CASIMIRO LAZARA ZUNGUENI

• DIQUE MANUEL FRANCISCO:

• IVANDRO DA COSTA MACUGE;

• MOMEDE APOLINARIO CAETANO;

 CLEYTON ISIDTRO ESTEVÃO;


 RICARDO RANGEL;
 CHAQUIL JUSSUB;
 LOURENÇO GERALDO CUMBE;
 OWEN HERMENEGILDO FLORINDO.

Primeiro trabalho de investigação em grupo da cadeira de Algebra linear e Geometria


analítica do curso de Engenharia de Minas e Processamento Mineral, de período
Diurno, por orientação de docente da cadeira, Beula.

TETE

OUTUBRO DE 2021

Índice

1
Objetivos---------------------------------------------------------------------------------------------3

Geral--------------------------------------------------------------------------------------------------3

Específicos:------------------------------------------------------------------------------------------3

Metodologia-----------------------------------------------------------------------------------------3

SUPERFÍCIE QUADRÁTICA-------------------------------------------------------------------4

Quadráticas Cêntricas:-----------------------------------------------------------------------------4

Características:--------------------------------------------------------------------------------------5

b) Dois sinais positivam e negativo: Hiperbolóide de uma folha----------------------------6

Características---------------------------------------------------------------------------------------6

Quádricas não Cêntricas:--------------------------------------------------------------------------7

Características:--------------------------------------------------------------------------------------8

Os coeficientes dos termos de 2º grau tem sinais contrário: Paraboloide hiperbólico


(sela)--------------------------------------------------------------------------------------------------9

Características:--------------------------------------------------------------------------------------9

SUPERFÍCIE CÔNICA--------------------------------------------------------------------------10

Equação da Superfície Cônica de Revolução ou Circular-----------------------------------11

SUPERFÍCIE CILÍNDRICA--------------------------------------------------------------------12

Conclusão------------------------------------------------------------------------------------------15

Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------------16

2
INTRODUCAO

Tanto em um curso regular de Geometria Analítica quanto em um curso regular de


Álgebra Linear, em geral, não é feito o estudo do caso geral de superfícies Quádricas.
Pretendemos, com este trabalho, fazer um estudo detalhado destas superfícies.

O presente trabalho esta estruturados por seguintes: superfície quadrada que observamos
como a função de 2º grau; Superfície quadrática Centrica e não Centrica; Superfície
Cônica e superfície cilíndrica.

Objetivos

Geral
A cadeira de Álgebra linear e Geometria Analítica têm como objetivos:

 Buscar o conhecimento sobre a Superfície Quadrática.

Específicos:
 Identificar o espaço da superfície;
 Distinguir a superfície Centrica;
 Caracterizar a superfície cilíndrica;
 Anotar a superfície cônica.

Metodologia
A metodologia adotada para a execução deste trabalho é simples e estão relatadas nos
Cincos seções seguintes: Superfície quadrática, Cêntrica, não Cêntrica; cônicas e
cilíndricas.

3
SUPERFÍCIE QUADRÁTICA
Segundo Lehmann, refere-se uma equação geral do 2º grau em três variável é uma
equação do tipo:

2 2 2
Ax + By +Cz + Dxy + Exz+ Fyz +Gx+ Hy+ Iz + J =0

com pelo menos uma das constantes A, B, C, D, E ou F é diferente de zero.

Uma superfície cuja equação é do tipo (I) é chamado de superfície quadrática.

Obs: A interseção de uma superfície quadrática com um dos planos coordenados ou por
planos paralelos a eles é uma cônica. Em casos particulares, a interseção pode ser uma
reta, duas retas, um ponto ou conjunto vazio. Esses casos constituem as cônicas
degeneradas.

Através de uma rotação e/ou translação de eixos a equação (I) pode assumir uma das
seguintes formas:

(II) Ax2 + By2 +Cz 2=¿D (quadráticas cêntricas)

{
2 2
Ax +By =Cz
(III) Ax 2+ Bz 2=Cy (quadráticas não cêntricas )
Ay 2+ Bz 2=Cx

Quadráticas Cêntricas:
2 2 2
Ax + By +Cz =¿D

Segundo Boulos, diz-se Se as constantes A, B, C e D são não nulas, podemos escrever a


x 2 y 2 z2
equação (II) na forma canônica: ± ± ± =1 (IV), com a,b e c numero s reais
a2 b 2 c 2
positivos.

Se todos os sinais são negativos então o lugar geométrico da equação é vazio. Logo,
existem três possibilidades: todos os sinais são positivos, dois sinais positivos e um
negativos ou um positivos e dois negativos.

2 2 2
x y z
A) Todos os sinais positivos: Elipsóide: 2 + 2 + 2 =1
a b c

4
Características:
1) A superfície é simétrica em relação a todos os eixos coordenados, a todos os planos
coordenados e a origem.

2) Se duas das constantes a, b e c são iguais temos um elipsoide de revolução.

3) Interseções com os eixos coordenados:

 Eixo Ox: A (± a , o , o ¿
 Eixo: Oy: B (0,± b , 0 ¿
 Eixo Oz: C(0,0,± c )

4) Traços sobre os planos coordenados: elipses

{ { {
2 2 2 2 2 2
x y x z y z
2
+ 2 =1 , 2 + 2 =1 , 2 + 2 =1
a b a c a c
z=0 y =0 x=0

5) Seções por planos paralelos aos planos coordenados:

{
2 2 2
x y k
+ 2 =1− 2
c , elipses para −c <k < c .
b
a b
z =k

{
x2 z2 k2
+ =1−
a2 c 2 b2 , elipses para −b< k <b
y =k

{
y2 z2 k2
+ =1− 2
b 2 c2 a , elipses para −a< k <a .
x =k

5
b) Dois sinais positivam e negativo: Hiperbolóide de uma folha
x2 y 2 z 2
+ − =1(a¿b, superfície de revolução),
a2 b 2 c 2

x2 y 2 z 2
2
− 2 + 2 =1 (a¿c, superfície de revolução),
a b c

−x 2 y 2 z2
+ + =1(b¿c, superfície de revolução)
a2 b 2 c 2

Características
1. A superfície é simétrica em relação a todos os eixos coordenados, a todos os
planos coordenados e a origem.
2. A superfície est ao longo do eixo coordenado correspondente à variável cujo
x2 y 2 z 2
coeficiente é negativo na forma canônica de sua equação. + − =1
a2 b 2 c 2
3. Interseções com os deixo coordenados:
 Eixo Ox: A (± a , o , o ¿
 Eixo: Oy: B (0,± b , 0 ¿
 Eixo Oz: não existe
4. Tacos sobre os planos coordenados:

6
{ { {
2 2 2 2 2 2
x y x z y z
+ 2 =1 − 2 =1 − 2 =1
2
a b (Elipse), 2
a c (Hipérbole) 2
b c (Hipérbole)
z =0 y=0 x=0

5. Seções por planos paralelos aos planos:

{
2 2 2
x y k
+ 2 =1+ 2 ,
c elipses para qualquer k em R.
2
a b
z=k

{ {
2 2 2 2 2 2
x z k x z k
− 2 =1− 2 , − 2 =1− 2 ,
2
a c b hipérboles , a c
2
b hipérbole
z =k x=k

Esboço da superfície:

Quádricas não Cêntricas:

{
2 2
Ax + By =Cz
(III ) Ax 2+ Bz 2=Cy
Ay 2+Cx 2=Cx

7
Se as constantes A,B e C são não nulas, podemos escrever as equações (II) nas

{
2 2
x y
±
± =cz
a2 b 2
2 2
x z
formas canônicas: ± 2
± 2
=cy (IV), com a,b números reais positivos e c real não
a b
2 2
y z
± 2 ± 2 =cx
a b

nulo.

Temos duas possibilidades: os coeficientes dos termos 2º grau tm sinais iguais ou


contrários.

A) Os coeficientes dos termos de 2º grau tem sinais iguais: Parabolóide elíptico.


x2 y 2 x 2 z2 y2 z2
2
+ 2
=cz , 2
+ 2
=cy , 2
+ 2 =cx .
a b a b a b

Características:
1. Se a=b temos um parabolóide de revolução.
2. A interseção da superfície com os eixos coordenados é O(0,0,0).
3. A superfície se encontra ao longo do eixo correspondente à variável do primeiro
grau da forma canônica da equação.
x2 y 2
Analisando a equação 2 + 2 =cz ( c> o)
a b
4. Observe que para (c >o) temos z ≥ 0 . Logo, a superfície se encontra inteiramente
acima do plano xy.
5. A superfície é simetria em relação ao eixo Oz, aos planos xz e yz.
6. Traços sobre os planos coordenados:

{ {
2 2 2
x y x
2
+ 2 =0 ( 0,0,0 ) , 2 =cz (parábola)
a b a
z=0 y=0
7. Seções por planos paralelos aos planos coordenados:

{
2 2
x y
+ =ck
a2 b2 , elipses para k¿ 0.
z=k

8
{ {
2 2 2 2
x k y k
=cz− 2 =cz − 2
b , parábolas e b a , parábolas.
2 2
a
y=0 x=k

Os coeficientes dos termos de 2º grau tem sinais contrário: Paraboloide hiperbólico


(sela)
−x 2 y 2 −x 2 z 2 − y2 z2
2
+ 2 =cz , 2 + 2 =cy , 2 + 2 =cx .
a b a b a b

9
Características:
1. A interseção da superfície com os eixos coordenados é 0(0.0.0).
2. A superfície se encontra ao longo do eixo correspondente à variável do
primeiro grau da forma cônica da equação.
2 2
−x y
3. Analisando a equação + =cz ( c >0 ) .
a2 b 2
4. A superfície é simétrica em relação ao eixo Oz, aos planos xz e yz.
5. Traços sobre os planos:

{ {( )( ) {
2 2 2
−x y y x y x −x
+ 2 =0 = − + =0 =cz
a
2
b b a b a , par de reta concorrentes a
2 ,
z=0 z=0 y=0

{
y2
=cz
(parábola), b 2 (parábola)
x=0
6. Seções por paralelos aos planos coordenados:

{
2 2
−x y
+ 2 =ck ≠ 0.
a
2
b Hipérboles para k ≠ 0. k > 0, hipérboles no plano z=k, com
z =k
o eixo focal paralelo ao eixo Ou e para k¿ 0 , hipérboles no plano z=0 o eixo
focal paralelo ao eixo Ox.

{ {
2 2 2 2
−x k y k
=cz− 2 , =cz + 2
b paralelas e b a , parábolas.
2 2
a
y=k x=k

10
SUPERFÍCIE CÔNICA
Superfície Cônica ou simplesmente Cone é a superfície gerada por uma reta que gira
em torno de um dos eixos coordenados, passando sempre por um mesmo ponto,
denominado de vértice da superfície cônica.

Pierre de Fermat (1601-1665) estabeleceu o princípio fundamental da Geometria


Analítica, segundo o qual, uma equação do 1º grau, no plano, representa uma reta, e
uma equação do 2º grau, no plano, representa uma cônica. Portanto chamamos de
cônicas ao lugar geométrico dos pontos do ℝ2 cujas coordenadas (x,y), em relação à
base canônica, satisfazem à equação do 2º grau:

2 2
ax +by +2 cxy +dy +ey + f =0

Cônicas são curvas originadas de cortes de cones.

Exemplo: Obtenha a equação e faça o esboço do gráfico da superfície gerada pela


revolução da reta (r): 𝑎𝑥 +𝑏𝑦 +𝑐 = 0 em torno do eixo dos y (eixo das ordenadas).

Solução

Seja 𝑄(𝑥1, 𝑦, 0) um ponto pertencente à reta 𝑎𝑥 +𝑏𝑦 +𝑐 = 0 . Desta forma, 𝑎𝑥1 + 𝑏𝑦 +


by + c
𝑐=0 ⟹ 𝑥1¿−
a

Ao girar a curva (reta) em torno do eixo dos y, o ponto 𝑄(𝑥1, 𝑦, 0) descreverá uma
circunferência cujo centro é o ponto R(0, y, 0).

Sendo P(x, y, z) um ponto genérico dessa circunferência, tem-se que 𝑃𝑅 ̅̅ = 𝑄𝑅 ̅̅ = 𝑟𝑎𝑖𝑜


da circunferência.

𝑃𝑅 ̅̅ = √(𝑥 −0)2 +(𝑦 −𝑦)2 +(𝑧 −0)2 = √(𝑥1 −0)2 +(𝑦 −𝑦)2 +(0−0)2 = 𝑄𝑅 ̅̅ ∴ 𝑥2 + 𝑧2 =
𝑥12 (𝐼𝐼). (𝐼) em (𝐼𝐼), vem: 𝑥2 + 𝑧2 = (−𝑏𝑦 + 𝑐 𝑎 )2

∴ 𝑎2𝑥2 + 𝑎2𝑧2 = (𝑏𝑦 +𝑐)2 ⟹ 𝑎2𝑥2 +𝑎2𝑧2 −(𝑏𝑦 +𝑐)2 = 0

Equação da Superfície Cônica de Revolução ou Circular


A equação 𝑎𝑥2 +𝑏𝑧2 −𝑐𝑦2 = 0, com 𝑎 ≠ 𝑏, representa uma superfície cônica (ou
simplesmente cone) não de revolução, ou seja, uma superfície cônica elíptica com
vértice na origem O(0, 0, 0). A equação 𝑎𝑥2 +𝑏𝑧2 −𝑐𝑦2 = 0, com 𝑎 ≠ 𝑏, representa

11
uma superfície cônica (ou simplesmente cone) não de revolução, ou seja, uma superfície
cônica elíptica com vértice na origem O(0, 0, 0).

A equação 𝑎𝑥2 +𝑏𝑧2 −𝑐𝑦2 = 0, com 𝑎 ≠ 𝑏, representa uma superfície cônica (ou
simplesmente cone) não de revolução, ou seja, uma superfície cônica elíptica com
vértice na origem O(0, 0, 0).

SUPERFÍCIE CILÍNDRICA
Superfície Cilíndrica, ou simplesmente Cilindro, é a superfície gerada por um reto
móvel que se desloca ao longo de uma curva plana ou cônica mantendo-se
paralelamente a uma reta fixa não pertencente ao plano da curva plana ou cônica. A
curva plana ou cônica é denominada diretriz da superfície cilíndrica e a reta móvel é
chamada de geratriz da superfície.

Normalmente a reta fixa (e a geratriz) é perpendicular ao plano da curva plana ou cônica


e, neste caso, a equação da superfície cilíndrica (ou cilindro) é a mesma equação da
curva plana ou cônica.

Exemplo: Discuta, identifique e esboce o gráfico de cada uma das superfícies seguintes:

12
a) 4𝑥2 − 𝑧2 = 16

Solução

2 2
x z
4𝑥2 − 𝑧2 = 16 ou − =1 (𝑎2 = 4 𝑒 𝑏2 = 16 ∴ 𝑎 = 2 𝑒 𝑏 = 4)
4 16

Discussão: A equação 4𝑥2 − 𝑧2 = 16 representa, no plano, uma hipérbole com eixo


transverso ou real sobre o eixo dos x e eixo conjugado ou imaginário sobre o eixo dos z.
Portanto, no espaço, representa uma superfície cilíndrica hiperbólica, uma vez que a
equação da superfície cilíndrica é a mesma equação da curva plana ou cônica (diretriz).

2 2
x z
b) 4𝑥2 + 𝑧2 = 16 ou + =1 (𝑎2 = 16 𝑒 𝑏2 = 4 ∴ 𝑎 = 4 𝑒 𝑏 =2)
4 16

Discussão: A equação 4𝑥2 + 𝑧2 = 16 representa, no plano, uma elipse com eixo maior
sobre o eixo dos z e eixo menor sobre o eixo dos x. Portanto, no espaço, representa
uma superfície cilíndrica elíptica (cilindro elíptico), uma vez que a equação da
superfície cilíndrica é a mesma equação da curva plana ou cônica (diretriz).

13
14
Conclusão
Após o estudo do nosso trabalho tivemos as seguintes conclusões: uma superfície
quadrática é o gráfico de uma equação de segundo grau nas variáveis x, y e z:
2 2 2
Ax + By +Cz + Dxy + Eyz+ Fxz +Gx+ Hy+ Iz + J =0 ; onde A, B, C, D,...J são constantes.
São as correspondentes tridimensionais das cônicas no plano.

Para se esboçar o gráfico de uma superfície no espaço, determinam-se as curvas de


interseção da superfície com os planos coordenados e com planos paralelos aos planos
coordenados.

As interseções com planos paralelos ao plano xy são conhecidos como curvas de


contorno e suas projeções no plano xy as chamadas curvas de nível.

15
Bibliografia
Charles, L. Geometria Analítica, Editora Globo.

Ferma, P. (1601-1665). CÔNICAS.

Boulos, P. Geometria analítica um tratamento vetorial. MAKRON Boots.

Correia, J. M. (2010). Superfícies Quádricas. Rio Claro

16

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