Violência Escolar Conhecer para Prevenir

Violência Escolar:
Conhecer para
Prevenir
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DA PARAÍBA
CAMPUS JOÃO PESSOA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
04
5
Violência
06 Escolar: Conhecer para Prevenir
07
08 Autores
09Washington da Silva Carvalho - mestrando

Degmar Francisca dos Anjos - orientador
10
Imagens: Flaticon
1ª Edição
João Pessoa
2021
CARTILHA EDUCATIVA
SUMÁRIO
0 4 A P R E S E N TA Ç Ã O
05 VIOLÊNCIA ESCOLAR: O QUE É?
04
06 L5
OCAIS DE OCORRÊNCIA
07 A06
UTORES E VÍTIMAS
07
08 V08
IOLÊNCIA E VULNERABILIDADE
09 N09
AT U R E Z A S E F O R M A S
10
1 2 FAT O R E S A S S O C I A D O S
14 CONSEQUÊNCIAS
15 PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
16 LEGISLAÇÃO
17 NÃO FIQUE PARADO!
18 REFERÊNCIAS
CARTILHA EDUCATIVA
APRESENTAÇÃO
O objetivo desta cartilha é fornecer aos

servidores dos Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia
informações sobre a violência escolar.
A prevenção da violência nas escolas é

um dos principais desafios da Educação na
atualidade. Conhecer como esse fenômeno
se manifesta no cotidiano das instituições é
fundamental para o seu enfrentamento.
Além de esclarecer questões

relacionadas à temática, espera-se que esta
cartilha contribua para o debate sobre a
violência escolar nos Institutos Federais.
CARTILHA EDUCATIVA 04
VIOLÊNCIA ESCOLAR:
O QUE É?
A violência escolar pode ser definida
como toda ação ou omissão que cause ou
vise causar dano à escola, a comunidade
escolar ou a algum de seus membros
(UNESCO, 2019).
Essa violência se manifesta através de

diversos atos, atinge diferentes atores e
ocorre tanto dentro como fora dos muros
das escolas.
O enfrentamento da violência exige o

engajamento e participação de todos os
segmentos da comunidade escolar em ações
comprometidas com o diálogo, a tolerância e
o respeito às diferenças.
04
LOCAIS DE OCORRÊNCIA
A violência escolar ocorre em diferentes

locais, não estando limitada ao espaço físico
da escola (sala de aula, pátio, corredores,
quadras, banheiros etc.).
Há violências que são cometidas no

deslocamento e entorno da escola, em
passeios, encontros e atividades escolares
externas.
A violência escolar ocorre, também, no

ambiente virtual, utilizado pelos agressores
para atacar e desestabilizar emocionalmente
as vítimas.
AUTORES E VÍTIMAS
Alunos, docentes, técnico-administrativos,

pais de alunos ou responsáveis, gestores e
outras pessoas que trabalham ou participam
do cotidiano da escola podem ser autores ou
vítimas da violência escolar.
A escola também sofre e comete

violências. É vitima, por exemplo, quando
sofre atos de vandalismo e autora quando é
negligente com as violências que ocorrem no
seu meio.
Essa violência pode ser cometida, ainda,

por pessoas sem vínculo com a instituição,
como quando alguém externo invade a escola
para cometer crimes.
VIOLÊNCIA E
VULNERABILIDADE
Embora atinja diferentes atores, alguns

indivíduos e grupos (mulheres, negros,
LGBTQIA+, jovens, pessoas com deficiência
etc.) são mais vulneráveis à violência no
contexto escolar (UNESCO, 2019).
Gênero, raça/etnia, classe social, idade e
biotipo são exemplos de fatores que
influenciam na susceptibilidade à violência
dentro e fora das escolas.
A maior vulnerabilidade de certos
indivíduos e grupos à violência é um retrato
das desigualdades e dos sistemas de
opressão existentes na sociedade.
NATUREZA E FORMAS
Em relação à natureza, a violência

escolar pode ser classificada em física,
psicológica/moral, sexual, patrimonial e
negligência.
Violência Física
Violência
Psicológica/Moral Violência
VIOLÊNCIA Sexual
ESCOLAR
Violência
Patrimonial Negligência
X Violência física: engloba atos como
empurrar, bater e chutar, podendo, inclusive,
resultar em homicídio.
X Violência psicológica/moral: inclui os
insultos, ofensas, ameaças, discriminações,
humilhações e exclusão social.
X Violência sexual: abarca atos violentos
de cunho sexual, como o assédio, a
importunação e o estupro.
X Violência patrimonial: envolve atos
como furtos, roubos, destruição de bens,
vandalismo e depredação.
X Negligência: consiste na omissão, na
falta de cuidado e na inobservância de
deveres e obrigações.
Há, ainda, o bullying, o cyberbullying e o
trote violento, formas de violência escolar
que podem englobar atos de diferentes
naturezas.
X Bullying: atos violentos praticados de

maneira repetitiva por um ou mais indivíduos
contra um ou mais membros da comunidade
escolar.
X Cyberbullying: modalidade de bullying

praticada no meio virtual (redes sociais,
aplicativos, e-mail etc.), que visa
constranger, humilhar, assustar e enfurecer
as vítimas.
X Trote Violento: atos abusivos geralmente

praticados por veteranos contra calouros,
com o pretexto de promover a integração dos
alunos recém-ingressos.
FATORES ASSOCIADOS
A violência escolar não tem uma única

causa. Há uma série de fatores que
influenciam na manifestação do fenômeno.
Fatores
Pessoais
Fatores Violência Fatores

Familiares Escolares
escolar
Fatores
Sociais
04
Entre os fatores de risco associados a
ocorrência da violência no meio escolar
estão (KRUG et al., 2002):
❑ Fatores Individuais: impulsividade,

baixa autoestima e uso de álcool e/ou
outras drogas.
❑ Fatores Familiares: cuidados parentais
deficitários, baixa coesão familiar e
violência intrafamiliar.
❑ Fatores Escolares: estrutura escolar
precária, ausência de regras de
convivência claras e práticas pedagógicas
abusivas.
❑ Fatores Sociais: desigualdade social,
cultura patriarcal, sexismo, racismo e
individualismo.
04
CONSEQUÊNCIAS
Além de afetar o processo de ensino-

aprendizagem e a convivência nas escolas, a
violência escolar compromete a saúde e o
bem-estar dos indivíduos (UNESCO, 2019).
Ansiedade, depressão, estresse,

irritabilidade e pensamentos suicidas são
algumas das consequências associadas ao
problema na literatura.
A violência é apontada, também, como

uma das causas do baixo desempenho e do
fracasso escolar, da infrequência e da
evasão.
PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
Há várias medidas possíveis para
prevenir a violência no ambiente escolar,
entre as quais se destacam:
➢ Oferecer informações sobre esse tipo de

violência a toda comunidade escolar.
➢ Promover oficinas, projetos, palestras e

cursos sobre o assunto.
➢ Incentivar práticas respeitosas no

ambiente escolar.
➢ Oferecer suporte e apoio aos envolvidos

em situações de violência.
➢ Denunciar a violência através dos canais

disponíveis.
LEGISLAÇÃO
No Brasil, o enfrentamento à violência nas
escolas tem sido objeto de leis específicas,
entre as quais se destacam:
❑ Lei nº 13.185/2015: Institui o Programa

de Combate à Intimidação Sistemática
(Bullying) em todo território nacional
(BRASIL, 2015).
❑ Lei nº 13.277/2016: Cria o Dia Nacional de

Combate ao Bullying e à Violência na Escola
(BRASIL, 2016).
❑ Lei nº 13.663/2018: Inclui entre as

atribuições das escolas a promoção da cultura
da paz e de medidas de enfrentamento a
todos os tipos de violência (BRASIL, 2018).
❑ Lei nº 14.164/2021: Cria a Semana

Escolar de Combate à Violência contra a
Mulher e inclui o tema de violência contra a
mulher nos currículos da educação básica
(BRASIL, 2021).
NÃO FIQUE PARADO!
A participação dos servidores é
fundamental para a construção de uma
cultura de paz nos Institutos Federais, seja
através de ações de prevenção ou
denunciando violências.
O silêncio diante das diversas formas de
violências que ocorrem no meio escolar
contribui para a naturalização e banalização
destas no cotidiano das escolas.
Caso tenha sido vítima ou presenciado
alguma violência nesse meio, comunique
imediatamente o fato ao setor responsável
por apurar esse tipo de ocorrência no seu
Instituto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015.
Institui o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying). Brasília, DF, 2015.
_____. Lei nº 13.277, de 29 de abril de 2016. Institui

o dia 7 de abril como o Dia Nacional de Combate ao
Bullying e à Violência na Escola. Brasília, DF, 2016.
_____. Lei nº 13.663, de 14 de maio de 2018. Altera

o art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
para incluir a promoção de medidas de conscientização,
de prevenção e de combate a todos os tipos de violência
e a promoção da cultura de paz entre as incumbências
dos estabelecimentos de ensino. Brasília, DF, 2018.
_____. Lei nº 14.164, de 10 de junho de 2021. Altera

a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir
conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher
nos currículos da educação básica, e institui a Semana
Escolar de Combate à Violência contra a Mulher. Brasília,
DF, 2021.
KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e

saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2002.
UNESCO. Violência escolar e bullying: relatório sobre a

situação mundial. Brasília, DF, 2019.

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O objetivo desta cartilha é fornecer aos

A prevenção da violência nas escolas é

Além de esclarecer questões

Essa violência se manifesta através de

O enfrentamento da violência exige o

A violência escolar ocorre em diferentes

Há violências que são cometidas no

A violência escolar ocorre, também, no

Alunos, docentes, técnico-administrativos,

A escola também sofre e comete

Essa violência pode ser cometida, ainda,

Embora atinja diferentes atores, alguns

Em relação à natureza, a violência

X Bullying: atos violentos praticados de

X Cyberbullying: modalidade de bullying

X Trote Violento: atos abusivos geralmente

A violência escolar não tem uma única

Fatores Violência Fatores

❑ Fatores Individuais: impulsividade,

Além de afetar o processo de ensino-

Ansiedade, depressão, estresse,

A violência é apontada, também, como

➢ Oferecer informações sobre esse tipo de

➢ Promover oficinas, projetos, palestras e

➢ Incentivar práticas respeitosas no

➢ Oferecer suporte e apoio aos envolvidos

➢ Denunciar a violência através dos canais

❑ Lei nº 13.185/2015: Institui o Programa

❑ Lei nº 13.277/2016: Cria o Dia Nacional de

❑ Lei nº 13.663/2018: Inclui entre as

❑ Lei nº 14.164/2021: Cria a Semana

_____. Lei nº 13.277, de 29 de abril de 2016. Institui

_____. Lei nº 13.663, de 14 de maio de 2018. Altera

_____. Lei nº 14.164, de 10 de junho de 2021. Altera

KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e

UNESCO. Violência escolar e bullying: relatório sobre a

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