Diário Oficial Da União: Portaria #672, de 8 de Novembro de 2021
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Diário Oficial Da União: Portaria #672, de 8 de Novembro de 2021
O MINISTRO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87,
caput, parágrafo único, inciso II da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 155 e art. 200 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de1943, e no
art. 48-A da Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019, resolve:
III - segurança e saúde dos motoristas profissionais do transporte rodoviário de cargas e coletivo
de passageiros;
V - embargos e interdições;
CAPÍTULO I
§ 1º Para fins deste Capítulo, considera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho, conforme o disposto na Norma Regulamentadora nº 6 (NR 06).
§ 2º O fabricante ou importador tem responsabilidade técnica, civil e penal quanto aos EPI por
ele fabricados ou importados, sendo que a emissão do Certificado de Aprovação não configura, em
nenhuma hipótese, transferência de responsabilidade ao Ministério do Trabalho e Previdência.
Seção I
Art. 3 O EPI deve ser concebido e avaliado segundo os requisitos técnicos estipulados nos
Anexos I, II e III desta Portaria.
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§ 2º Os demais EPI devem ser avaliados na modalidade de relatório de ensaio, por meio de
laboratórios de ensaio acreditados pelo Inmetro , em conformidade com os critérios estabelecidos nos
Anexos I, II e III desta Portaria.
§ 3º O EPI tipo meia de segurança terá sua conformidade atestada mediante termo de
responsabilidade emitido pelo próprio fabricante ou importador, no qual assegure a eficácia do
equipamento para o fim a que se destina e declare ciência quanto às consequências legais, civis e
criminais em caso de falsa declaração e falsidade ideológica.
§ 4º O EPI tipo colete à prova de balas terá sua conformidade comprovada por meio dos
seguintes documentos:
I - Relatório Técnico Experimental, emitido pelo Exército Brasileiro, que aprove o modelo de
colete à prova de balas e indique o nível de proteção correspondente; e
Seção II
Parágrafo único. Em caso de EPI importado, os documentos referidos no caput podem ser
apresentados em nome do fabricante estrangeiro.
Art. 6º Para fins do disposto no §2º do art. 4º, também serão aceitos relatórios de ensaio e
certificados de conformidade emitidos no exterior, observadas as seguintes condições:
I - o organismo certificador do país emissor deve ser acreditado por um organismo signatário de
acordo multilateral de reconhecimento (Multilateral Recognition Arrangement - MLA), estabelecido por
uma das seguintes cooperações:
II - o relatório de ensaio deve ter sido emitido por laboratório estrangeiro acreditado por um
organismo signatário de acordo multilateral de reconhecimento, estabelecido por uma das seguintes
cooperações:
Parágrafo único. Em caso de EPI de proteção respiratória, serão aceitos certificados emitidos
pelo National Institute for Occupational Safety and Health - NIOSH.
Seção III
Art. 7º A solicitação de Certificado de Aprovação de EPI deve ser realizada por pessoa jurídica
constituída segundo as leis brasileiras, de forma que, em qualquer caso, possa se responsabilizar pelo
equipamento a ser comercializado no território nacional.
§ 1º Deverá constar expressamente no contrato social da pessoa jurídica, dentre os seus objetos
sociais, a fabricação ou a importação de EPI.
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§ 2º Uma vez emitido o Certificado de Aprovação para determinado EPI, os direitos decorrentes
da sua titularidade não podem ser cedidos ou compartilhados com terceiros, observado o disposto neste
Capítulo.
II - Relatório Técnico Experimental, Título de Registro válido e respectiva Apostila, emitidos pelo
Exército Brasileiro, para o EPI tipo colete à prova de bala;
IV - para os demais equipamentos não listados nos incisos anteriores, relatório de ensaio
emitido por laboratório nacional acreditado pelo Inmetro, certificado de conformidade ou relatório de
ensaio emitido por organismos ou laboratórios estrangeiros acreditados nos termos do art. 6º.
§ 3º O documento referido no inciso IV do caput emitido por laboratório nacional deve ser
inserido por meio da ferramenta de laudo digital disponível no sistema Certificado de Aprovação de
Equipamento de Proteção Individual para laboratórios, ocasião em que deve ser encaminhado apenas o
recibo de importação de laudo, gerado pelo sistema ou, na impossibilidade de inserção direta no sistema,
o documento deve ser apresentado no formato indicado no § 2°.
§ 6º Em caso de equipamento de proteção contra queda com diferença de nível, deve ser
apresentado o certificado de conformidade do cinturão de segurança, acompanhado de relação dos
dispositivos talabartes ou trava-quedas, avaliados no âmbito do Sinmetro e que podem ser utilizados em
conjunto com o modelo de cinturão, observado o disposto no item 2.10 e subitens do Anexo I desta
Portaria.
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Art. 10. A documentação referida no art. 9º deve ser peticionada eletronicamente ao Ministério
do Trabalho e Previdência, por meio do Sistema Eletrônico de Informações - SEI.
Art. 11. Caso o Título de Registro, previsto no inciso II do art. 9º esteja com a validade expirada e
tenha sido solicitada sua revalidação junto ao Exército Brasileiro, de acordo com o Regulamento de
Produtos Controlados, aprovado pelo Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, o fabricante ou
importador do colete à prova de balas poderá solicitar a prorrogação da data de validade do respectivo
Certificado de Aprovação, por meio da comprovação de requisição tempestiva de revalidação do Título de
Registro.
Art. 12. Em caso de EPI fabricado ou importado pela matriz ou suas filiais, o fabricante ou o
importador nacional poderá solicitar a emissão de Certificado de Aprovação único no CNPJ da matriz,
mediante apresentação de relatório de ensaio que elenque todas as unidades que produzam ou importam
aquele equipamento.
Art. 13. Em caso de alteração das características do EPI deverá ser solicitada a alteração do
Certificado de Aprovação anteriormente concedido.
§ 2º O prazo de validade do Certificado de Aprovação para o qual foi requerida a alteração não
será alterado.
Art. 14. Será indeferido o requerimento cuja documentação esteja em desacordo com:
I - a legislação vigente;
Seção IV
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I - Certificado de Aprovação, caso o relatório de ensaio tenha sido emitido há menos de um ano;
ou
II - relatório de ensaio, caso o relatório de ensaio tenha sido emitido há mais de um ano.
Parágrafo único. Os relatórios de ensaio com mais de quatro anos não serão válidos para
emissão, renovação ou alteração de Certificado de Aprovação.
§ 2º Em caso de EPI de proteção contra queda de altura composto por cinturão de segurança,
talabarte ou trava-quedas, a data de validade do Certificado de Aprovação será equivalente àquela do
certificado de conformidade do cinturão de segurança.
Art. 17. O Certificado de Aprovação de EPI tipo colete à prova de balas terá validade equivalente
àquela do Título de Registro do produto, emitido pelo Exército Brasileiro.
Parágrafo único. Em caso de Título de Registro emitido com prazo de validade superior a cinco
anos, o prazo de validade do Certificado de Aprovação será de cinco anos.
Seção V
Art. 18. Em caso de alteração societária que resulte na sucessão de direitos e deveres, a
empresa sucessora poderá solicitar a migração dos Certificados de Aprovação da empresa sucedida,
apresentando os seguintes documentos:
III - declaração dos organismos certificadores de produto envolvidos, se for o caso, atestando a
ciência quanto à migração dos Certificados de Aprovação e informando como realizarão este
procedimento, em caso de equipamentos certificados no âmbito do Inmetro; e
Seção VI
Art. 19. O fabricante ou o importador deverá fornecer manual de instruções do EPI, em língua
portuguesa, quando da sua comercialização, conforme parâmetros estabelecidos nos requisitos técnicos
constantes no Anexo I desta Portaria.
Art. 20. O EPI deve possuir a marcação indelével do nome do fabricante ou do importador, do
lote de fabricação e do número do Certificado de Aprovação, conforme parâmetros estabelecidos nos
requisitos técnicos constantes no Anexo I desta Portaria.
§ 2º Em caso de EPI avaliado no exterior, conforme art. 6º, caberá ao próprio fabricante ou
importador garantir as marcações obrigatórias estabelecidas neste artigo.
Art. 21. O fabricante ou o importador que comercializar EPI sem o manual de instruções ou sem
as marcações obrigatórias previstas neste Capítulo ficará sujeito à suspensão ou ao cancelamento do
Certificado de Aprovação.
Seção VII
§ 2º Será aceita, para fins de apuração, a denúncia relativa a EPI, desde que formalmente
apresentada à Subsecretaria de Inspeção e instruída com documentos e subsídios quanto à alegação, não
sendo aceita, em nenhuma circunstância, denúncia anônima, resguardada a identidade do denunciante.
§ 3º A denúncia recebida pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho sobre EPI que possua
requisito de avaliação da conformidade em vigor no âmbito do Sinmetro, será encaminhada ao organismo
de certificação de produto responsável pela avaliação do equipamento para fins de apuração.
Art. 24. A amostra do EPI, a ser recolhida pela auditoria-fiscal do trabalho mediante lavratura de
termo de apreensão, deve:
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Art. 25. As amostras apreendidas pela auditoria-fiscal serão encaminhadas pela Subsecretaria
de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência ao laboratório
de ensaio responsável pela avaliação do EPI, para que promova nova avaliação, objetivando à verificação
da manutenção das condições originárias do equipamento.
§ 2º Em caso de EPI avaliado no exterior, além dos custos previstos no parágrafo anterior, o
fabricante ou importador do EPI é responsável também pelos custos de envio das amostras apreendidas
ao laboratório estrangeiro, sob pena de suspensão e cancelamento do respectivo Certificado de
Aprovação.
Art. 26. Em caso de denúncia quanto às marcações obrigatórias no EPI, dispostas na Norma
Regulamentadora nº 6 (NR 06), a avaliação da adequação será realizada pela Subsecretaria de Inspeção
do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, inclusive em caso de EPI
que possua Requisito de Avaliação da Conformidade em vigor no âmbito do Sinmetro.
Parágrafo único. Para a avaliação referida no caput, poderá ser aceita amostra do equipamento
encaminhada pelo denunciante, desde que acompanhada da embalagem original e da nota fiscal de
aquisição.
Art. 27. O fabricante ou o importador que tiver o EPI submetido a procedimento de fiscalização
deve prestar à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho
e Previdência, quando solicitado ou notificado administrativamente, todas as informações sobre o
processo de avaliação e sobre o processo interno de controle da qualidade da produção, no prazo máximo
de dez dias úteis, sob pena de suspensão e cancelamento do respectivo Certificado de Aprovação.
Seção VIII
Art. 29. A suspensão do Certificado de Aprovação de EPI pode ocorrer nos seguintes casos:
III - quando verificado que no contrato social da pessoa jurídica não consta dentre os seus
objetos sociais a fabricação ou a importação de EPI;
IV - quando constatada a comercialização do EPI sem o manual de instruções referido no art. 19,
ou sem marcação indelével no equipamento dos dados referidos no art. 20;
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VII - falta de pagamento dos custos decorrentes da avaliação das amostras de EPI apreendidas
pela fiscalização do trabalho, em caso de fiscalização para apuração da qualidade do EPI, de que trata o
art. 25; ou
Seção IX
Art. 32. O cancelamento do Certificado de Aprovação, nas situações previstas no art. 31, será
precedido de comunicação ao fabricante ou importador do EPI.
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Art. 35. O Certificado de Aprovação cancelado após decisão final de processo administrativo não
será reativado.
Parágrafo único. Para a continuidade da comercialização do produto, para outros fins que não
sejam como EPI, o fabricante ou importador deve providenciar, no prazo de noventa dias corridos, a
retirada do número do Certificado de Aprovação do produto, de sua embalagem e de toda a sua
documentação.
Seção X
Art. 37. Para fins de avaliação de EPI, serão aceitos, pelo período de vinte e quatro meses,
contado de 8 de maio de 2020, relatórios de ensaios elaborados por laboratórios de ensaio ainda não
acreditados pelo Inmetro e que já se encontram credenciados pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho
da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.
Art. 38. Os EPI submetidos à avaliação compulsória no âmbito do Sinmetro, referidos no §1º do
art. 4º, passarão a ser avaliados segundo regulamento do Ministério do Trabalho e Previdência, a ser
publicado:
Art. 40. O fabricante ou o importador de EPI denominado peça semifacial filtrante para
partículas, previsto na Portaria Inmetro nº 142, de 22 de março de 2021, deve apresentar à Secretaria de
Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, para fins de emissão ou renovação de Certificado de
Aprovação, os registros do cumprimento dos requisitos técnicos previstos por meio de ensaios realizados
em conformidade com o disposto na referida Portaria.
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Art. 42. A exigência referida no §1º do art. 7º será dispensada em caso de fabricação ou
importação de EPI para enfrentamento do coronavírus (COVID-19), enquanto durar a situação de
emergência de saúde pública a que se refere a Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020.
Art. 43. Os Certificados de Aprovação dos EPI listados abaixo, que estejam válidos até 30 de
junho de 2022, poderão ter sua validade prorrogada até 30 de junho de 2023:
II - respirador semifacial ou facial inteira, com filtros para material particulado, com filtros
químicos ou com filtros combinados;
CAPÍTULO II
Art. 44. O empregador deverá adotar um conjunto de medidas para adequar a utilização dos
equipamentos de proteção respiratória, quando necessário para complementar as medidas de proteção
coletiva implementadas, ou enquanto elas estiverem sendo implantadas, com a finalidade de garantir uma
completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes de trabalho.
II - a indicação do equipamento de acordo com os riscos aos quais o trabalhador está exposto;
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IV - o uso individual dos equipamentos, de acordo com a sua finalidade, salvo em situações
específicas em que for possível o uso por mais de um usuário;
VIII - o uso somente de respiradores aprovados e indicados para as condições em que devam
ser utilizados;
§ 2º Para a adequada observância dos princípios previstos neste artigo, o empregador deve
seguir, além do disposto nas normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho, no que couber,
as recomendações da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho -
Fundacentro, contidas na publicação intitulada "Programa de Proteção Respiratória - Recomendações,
Seleção e Uso de Respiradores", e também as normas técnicas oficiais vigentes, quando houver.
Art. 45. A seleção dos equipamentos de proteção respiratória deve observar, dentre outros, os
valores dos fatores de proteção atribuído, previstos no "Programa de Proteção Respiratória -
Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores", indicado no § 2º do art. 44.
CAPÍTULO III
Seção I
Das condições mínimas de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de repouso
e de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e de cargas
Art. 47. As condições mínimas de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de
repouso e de descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e de cargas
devem atender ao disposto neste Capítulo, nos termos da Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015.
III - dispor de lavatórios dotados de materiais para higienização e secagem das mãos;
§ 2º O local dos chuveiros pode ser separado daquele destinado às instalações com gabinetes
sanitários e lavatórios.
§ 4º As instalações sanitárias femininas podem ser reduzidas em até setenta por cento da
proporção prevista no inciso V, nos locais em que houver baixa demanda de usuárias, desde que
assegurada a existência de pelo menos uma instalação sanitária feminina.
I - ser individuais;
III - possuir ralos sifonados com sistema de escoamento que impeça a comunicação das águas
servidas entre os compartimentos e que escoe toda a água do piso; e
Art. 50. Medidas adequadas devem ser adotadas para garantir que o esgotamento das águas
utilizadas não seja fonte de contaminação.
Art. 51. Os ambientes para refeições, quando existirem, podem ser de uso exclusivo ou
compartilhado com o público em geral, devendo sempre:
Art. 52. Poderá ser permitido que os usuários dos locais de espera, de repouso e de descanso
utilizem a própria caixa de cozinha ou equipamento similar para preparo de suas refeições, desde que em
local que não comprometa as condições de segurança do estabelecimento.
Art. 53. Deve ser disponibilizada, gratuitamente, água potável em quantidade suficiente, por
meio de copos individuais, bebedouro ou outro equipamento similar que garanta as mesmas condições.
Art. 54. Todo local de espera, de repouso e de descanso deve conter sinalização informando as
áreas destinadas ao estacionamento de veículos, bem como a indicação da localização das instalações
sanitárias e, quando existirem, dos ambientes de refeição.
Art. 55. Todo local de espera, de repouso e de descanso deve possuir vigilância ou
monitoramento eletrônico.
Art. 56. O local de espera, de repouso e de descanso que exigir dos usuários pagamento de taxa
para permanência do veículo deve ser cercado e possuir controle de acesso.
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Art. 57. A venda, o fornecimento e o consumo de bebidas alcoólicas nos locais de espera, de
repouso e de descanso deve respeitar o disposto na Lei n° 11.705, de 19 de junho de 2008.
Art. 58. É vedado o ingresso e a permanência de crianças e adolescentes nos locais de espera,
de repouso e de descanso, salvo quando acompanhados pelos responsáveis ou por eles autorizados.
Seção II
Art. 60. A realização dos exames toxicológicos previstos nos § 6º e § 7º do art. 168 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, por motoristas
profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e do transporte rodoviário de cargas é
regulamentada por esta Seção.
Art. 61. Os exames toxicológicos serão realizados previamente à admissão e por ocasião do
desligamento.
I - ter janela de detecção para consumo de substâncias psicoativas, com análise retrospectiva
mínima de noventa dias, para substâncias que causem dependência ou, comprovadamente,
comprometam a capacidade de direção, podendo ser utilizado, para essa finalidade, o exame toxicológico
previsto na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado
nos últimos sessenta dias; e
Art. 62. A validade do exame toxicológico será de sessenta dias, a partir da data da coleta da
amostra, podendo seu resultado ser utilizado neste período para todos os fins de que trata o caput do art.
61.
Parágrafo único. O exame toxicológico previsto pela Lei nº 9.503, de 1997 - Código de Trânsito
Brasileiro, desde que realizado nos últimos sessenta dias, poderá ser utilizado para os fins do caput do art.
61.
Art. 63. É assegurado ao trabalhador que realiza exame toxicológico o direito à contraprova e à
confidencialidade dos resultados dos exames.
Art. 64. Os laboratórios devem disponibilizar médico revisor para proceder à interpretação do
laudo laboratorial e emissão do relatório médico, sendo facultado ao empregador optar por outro médico
revisor de sua escolha.
§ 1º Cabe ao médico revisor emitir relatório médico, concluindo pelo uso indevido, ou não, de
substância psicoativa.
§ 2º O médico revisor deve considerar, dentre outras situações, além dos níveis da substância
detectada no exame, o uso de medicamento prescrito, devidamente comprovado.
§ 5º O relatório médico deve concluir pelo uso indevido, ou não, de substância psicoativa, sem
indicação de níveis ou tipo de substância.
§ 6º O trabalhador deve entregar ao empregador o relatório médico emitido pelo médico revisor
em até quinze dias corridos após o recebimento.
CAPÍTULO IV
Art. 65. São estabelecidos por este Capítulo os procedimentos para análise das solicitações de
cadastramento de empresas e instituições que utilizam benzeno, conforme previsto na Norma
Regulamentadora nº 15 (NR 15) - Atividades e Operações Insalubres.
Art. 67. A solicitação de cadastramento, com a documentação pertinente, deve ser encaminhada
pela Coordenação-Geral de Segurança e Saúde no Trabalho à seção, setor ou núcleo de segurança e
saúde no trabalho da unidade descentralizada da inspeção do trabalho da unidade da Federação onde se
localiza o estabelecimento ou instalação objeto do pedido.
Art. 68. O resultado da inspeção prevista no art. 67 será informado pelo Auditor-Fiscal do
Trabalho à seção, setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho da unidade descentralizada da
inspeção do trabalho em relatório circunstanciado, com conclusão pela regularidade, ou não, das
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Art. 69. A seção, setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho da unidade descentralizada
da inspeção do trabalho deverá encaminhar o processo à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da
Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, com manifestação acerca do
cadastramento, que poderá ser:
Art. 71. Caso a empresa não promova a regularização dos itens nos prazos estabelecidos, a
seção, setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho da unidade descentralizada da inspeção do
trabalho encaminhará o processo à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do
Ministério do Trabalho e Previdência, acompanhado dos documentos pertinentes, com sugestão de
suspensão do cadastramento da empresa, sem prejuízo da lavratura dos autos de infração devidos pelo
descumprimento da legislação.
Art. 72. As empresas e instituições que deixam de utilizar benzeno podem solicitar a exclusão
voluntária do cadastro de que trata o art. 66.
Art. 73. A solicitação de exclusão do cadastro deve ser assinada pelo representante legal da
empresa, com anexação de cópia do contrato social e sua última alteração ou carta de preposto.
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III - a destinação dos produtos restantes, dos resíduos e dos materiais e equipamentos
contaminados; e
IV - a garantia do atendimento, pela empresa, dos requisitos constantes dos Anexos LXVIII, LXIX,
LXX e LXXI, da Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde, quanto à
vigilância à saúde de todos os trabalhadores incluídos no Programa de Prevenção da Exposição
Ocupacional ao Benzeno que trabalharam durante o período de seu cadastramento.
CAPÍTULO V
Art. 78. Os procedimentos previstos neste Capítulo revestem-se de caráter de urgência, tendo
em vista a natureza preventiva das medidas de embargo e interdição, que têm por objeto evitar o dano à
integridade física do trabalhador.
Art. 79. O embargo e a interdição são medidas de urgência, adotadas quando constatada
condição ou situação de trabalho que caracterize grave e iminente risco ao trabalhador.
§ 1º Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa
causar acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador.
Art. 81. Quando o Auditor-Fiscal do Trabalho constatar, em verificação física no local de trabalho,
grave e iminente risco que, nos termos da Norma Regulamentadora nº 3 (NR 03), justifique embargo ou
interdição, deverá lavrar, com a urgência que o caso requer, relatório técnico em duas vias, que contenha:
V - indicação clara e objetiva das medidas de proteção da segurança e saúde no trabalho que
deverão ser adotadas pelo empregador, identificando e fundamentando o risco atual (situação
encontrada), risco de referência (situação objetivo), e o excesso de risco, conforme estabelecido na Norma
Regulamentadora nº 3 (NR 03);
VII - indicação da relação de documentos que devem ser apresentados pelo empregador,
quando houver a necessidade de comprovação das medidas de proteção por meio de relatório, projeto,
cálculo, laudo ou outro documento.
Art. 82. Os termos e relatórios técnicos relativos a embargo ou interdição deverão descrever,
exclusivamente, as situações de trabalho que possam causar acidente ou doença com lesão grave ao
trabalhador.
§ 1º Para as demais irregularidades verificadas, que não caracterizem grave e iminente risco, o
Auditor-Fiscal do Trabalho deve adotar, em separado, os procedimentos legais cabíveis.
§ 3º Verificadas novas situações de grave e iminente risco não decorrentes das intervenções do
empregador geradoras de riscos adicionais, deverá ser elaborado novo termo de embargo ou interdição e
respectivo relatório técnico.
Art. 83. A gravidade e iminência que ensejam o embargo ou a interdição devem ser
caracterizadas a partir de elementos fáticos constatados na inspeção do local de trabalho, com alcance
limitado ao local inspecionado, os quais podem ou não ser acompanhados de análise de elementos
documentais.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica quando houver previsão expressa em norma
de segurança e saúde no trabalho de que a documentação, ou ausência desta, seja suficiente para
caracterização de condição de grave e iminente risco.
Art. 84. Os termos e relatórios técnicos relativos a embargo ou interdição, inclusive aqueles
referentes aos levantamentos ou manutenções, deverão ser lavrados e transmitidos por meio de sistema
eletrônico disponibilizado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do
Ministério do Trabalho e Previdência.
§ 1º A lavratura e a transmissão dos termos e relatórios técnicos no sistema eletrônico não supre
a necessidade de protocolo destes para formação de processo administrativo, prevista no inciso I do art.
85.
§ 3º Nas situações de termos lavrados de forma offline ou manual em que a transmissão dos
termos no sistema eletrônico não possa ocorrer em até vinte e quatro horas após sua lavratura, o Auditor-
Fiscal do Trabalho deverá dar ciência, dentro desse prazo, por escrito, por qualquer meio de comunicação,
à sua chefia imediata.
Art. 85. O termo de embargo ou termo de interdição será lavrado em duas vias, com a seguinte
destinação:
I - a primeira via formará processo administrativo, juntamente com a primeira via do relatório
técnico; e
II - a segunda via deverá ser entregue ao empregador, mediante aposição de recibo na primeira
via, no máximo em um dia útil após sua lavratura, juntamente com a segunda via do relatório técnico.
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Art. 86. O processo administrativo de embargo ou interdição deverá ter tramitação prioritária,
em todas as suas etapas.
Art. 87. O embargo ou a interdição produzirão efeitos desde a ciência, pelo empregador, do
termo respectivo.
§ 2º O termo de embargo ou interdição poderá ser remetido via postal, com Aviso de
Recebimento - AR ou por via eletrônica, mediante confirmação de recebimento, quando o
estabelecimento se situar em localidade de difícil acesso ou na hipótese de ação fiscal na modalidade
indireta.
§ 3º Nas hipóteses em que o termo de embargo ou interdição for remetido via postal, o
processo administrativo poderá ser formado com a primeira via do documento, independente da juntada
do Aviso de Recebimento, que poderá ser feita em momento posterior.
§ 5º Quando o termo de embargo ou interdição for remetido via postal e a entrega for frustrada
por quaisquer razões, à exceção da recusa por parte do empregador, deverá ser feita a notificação por
meio de edital, considerando-se a ciência feita na datada sua publicação no DOU.
Art. 88. Os documentos originais deverão ser inseridos no Sistema Eletrônico de Informações -
SEI, ou em outro sistema eletrônico que venha a ser criado para essa finalidade, em até cinco dias corridos
após a lavratura do documento fiscal, para formação de processo administrativo, devendo, na sequência,
ser encaminhado para a seção, setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho da unidade
descentralizada da inspeção do trabalho.
Parágrafo único. Independentemente do disposto no caput deste artigo, tão logo lavrado o
termo de embargo ou o termo de interdição e tendo ele produzido seus efeitos, o Auditor-Fiscal do
Trabalho responsável deverá comunicar imediatamente sua chefia imediata pelos meios à sua disposição.
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§ 2º A inspeção de que trata o caput deve ser realizada no prazo máximo de um dia útil a contar:
Art. 92. Após a inspeção de que trata o art. 91, o Auditor-Fiscal do Trabalho deverá elaborar novo
relatório técnico, conforme número de turnos indicados pela chefia na Ordem de Serviço Administrativa,
que conterá, dentre outras informações julgadas necessárias, as previstas nos incisos I, II, III e VI do art. 81,
e ainda:
II - indicação da permanência, ou não, dos fatores de risco, dos riscos a eles relacionados,
identificação do risco atual (nova situação encontrada), risco de referência (situação objetivo) e a
permanência, ou não, do excesso de risco que justifique o levantamento ou a manutenção do embargo
e/ou interdição, conforme estabelecido na Norma Regulamentadora nº 3 (NR 03); e
Art. 94. Em face dos atos relativos a embargo ou interdição, cabe a interposição de recurso
administrativo à Coordenação-Geral de Recursos da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e
Previdência, que poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso.
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I - embargo ou interdição;
§ 2º O recurso remetido via postal deve ser encaminhado para o endereço indicado no termo de
embargo ou interdição, no mesmo prazo previsto no caput, sendo considerada a data de postagem como
a de sua apresentação.
Art. 97. O recurso administrativo interposto deve ser submetido à análise de seus pressupostos
de admissibilidade e, em sendo conhecido o recurso, o processo deverá ser encaminhado para ciência do
Auditor-Fiscal do Trabalho responsável pelo embargo ou interdição para que, caso seja necessário, diante
dos argumentos apresentados pelo recorrente, preste informações complementares no prazo de quarenta
e oito horas.
§ 1º Toda a instrução do processo recursal previsto no caput deverá ser feita pela seção, setor
ou núcleo de segurança e saúde no trabalho da unidade descentralizada da Inspeção do Trabalho.
§ 4º Não conhecido o recurso, o processo deverá ser arquivado na unidade onde foi interposto.
Art. 98. O prazo para o cumprimento dos trâmites previstos nos art. 96 e art. 97 é de quatro dias
corridos, contados da data da interposição do recurso.
Art. 99. Após análise e encaminhamento previstos no art. 97, o processo referente ao recurso
administrativo de embargo e interdição deverá ser encaminhado à unidade descentralizada da inspeção
do trabalho responsável pela análise de sua legalidade e mérito.
§ 2º A análise de legalidade e mérito prevista no caput não poderá ser distribuída para Auditor-
Fiscal do Trabalho em exercício na mesma unidade descentralizada da inspeção do trabalho do local do
embargo ou interdição.
Art. 100. Após a análise prevista no art. 99, os processos deverão ser encaminhados à
Coordenação-Geral de Recursos da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência para
decisão.
Art. 101. O prazo para o cumprimento dos trâmites previstos no art. 99 é de nove dias corridos,
contados da data de encaminhamento do processo entre as unidades descentralizadas da inspeção do
trabalho.
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Art. 103. A decisão do recurso deve ser proferida pela Coordenação-Geral de Recursos da
Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência no prazo de sete dias corridos, contados do
recebimento do processo devidamente instruído.
Art. 104. O levantamento de embargo e interdição deverá ser comunicado, de imediato, pela
unidade de origem à Coordenação-Geral de Recursos da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho
e Previdência, que declarará a perda do objeto do recurso relativamente ao item corrigido.
Art. 106. O processo administrativo referente a embargo ou interdição deverá ser encerrado e
arquivado, dentre outras, nas seguintes situações:
Art. 107. Semestralmente, a chefia da seção, setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho
de unidade descentralizada da inspeção do trabalho deverá avaliar os processos referentes a embargo ou
interdição não encerrados, verificando a necessidade de nova inspeção ou de tomada de outras medidas
administrativas pertinentes ao caso.
Art. 108. Na hipótese prevista no art. 107, quando a chefia entender pela necessidade de nova
inspeção, deverá ser, preferencialmente, designado Auditor-Fiscal do Trabalho que participou da inspeção
inicial.
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judicial.
Art. 111. A imposição de embargo ou interdição não elide a lavratura de autos de infração por
descumprimento das normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho ou dos dispositivos da
legislação trabalhista relacionados à situação analisada.
CAPÍTULO VI
I - sumário;
II - objetivo;
II - glossário; e
Parágrafo único. Os dispositivos que tratam do mesmo assunto, sempre que possível, devem ser
agrupados em alíneas ou incisos.
Art. 117. As normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho são classificadas em:
I - normas gerais: normas que regulamentam aspectos decorrentes da relação jurídica prevista
em Lei, sem estarem condicionadas a outros requisitos, como atividades, instalações, equipamentos ou
setores e atividades econômicos específicos;
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Art. 118. Os Anexos das normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho são
classificados em:
Seção I
Art. 123. Em caso de conflito aparente entre dispositivos normativos, a solução se dará pela
aplicação das seguintes regras:
IV - anexo tipo 2, considerando o seu campo de aplicação, sobrepõe-se à parte geral de norma
regulamentadora.
Art. 125. As regras previstas nos art. 122, art. 123 e art. 124 não serão aplicadas quando houver
disposição expressa em sentido contrário no campo de aplicação de norma regulamentadora de
segurança e saúde no trabalho.
CAPÍTULO VII
Art. 126. Este capítulo estabelece os procedimentos para elaboração e revisão das normas
regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
de 2019.
§ 2º A agenda regulatória de que trata o caput será publicada em sítio específico no portal
gov.br e conterá o cronograma anual, podendo ser revista a qualquer tempo, observado o disposto no art.
129.
Art. 129. A revisão da agenda regulatória prevista no art. 128 poderá ser motivada nos seguintes
casos:
VI - demanda específica apresentada por qualquer das bancadas que compõem a Comissão
Tripartite Paritária Permanente.
Art. 130. A análise de impacto regulatório será iniciada após a avaliação pelo Ministério do
Trabalho e Previdência quanto à obrigatoriedade ou quanto à conveniência e à oportunidade para a
resolução do problema regulatório identificado, nos termos do art. 5º do Decreto n° 10.411, de 30 de junho
de 2020.
Art. 131. A análise de impacto regulatório deve observar as disposições contidas no Decreto nº
10.411, de 2020.
§ 2º A análise de impacto regulatório será concluída por meio de relatório aprovado pela
Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, observado o disposto no art. 6º do Decreto
nº 10.411, de 2020.
Art. 132. O relatório de análise de impacto regulatório previsto no § 2º do art. 131 será submetido
ao Ministro do Trabalho e Previdência que decidirá, nos termos do § 2º do art. 15 do Decreto n° 10.411, de
2020, pela:
III - adoção de alternativa diversa daquela sugerida no relatório, inclusive quanto às opções de
inação ou soluções não normativas.
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I - elaboração de texto técnico por grupo técnico composto por Auditores-Fiscais do Trabalho
indicados pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho
e Previdência, representantes da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho
- Fundacentro e, quando aplicável, por representantes de órgãos ou entidades de direito público ou
privado ligadas à área objeto da regulamentação pretendida;
III - elaboração de texto técnico final, após a análise das contribuições recebidas, por grupo
técnico coordenado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério
do Trabalho e Previdência;
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III - elaboração de texto técnico final, após a análise das contribuições recebidas, pelo grupo
técnico coordenado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério
do Trabalho e Previdência;
§ 2º Poderão ser constituídos grupos de trabalho ou comissões temáticas tripartites, nos termos
previstos nos art. 16 e art. 17 do Decreto nº 9.944, de 2019, formados por especialistas indicados pelas
bancadas de governo, trabalhadores e empregadores da Comissão Tripartite Paritária Permanente, para
auxiliar no processo de revisão de norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho, em especial
para fins da etapa prevista no inciso III do caput deste artigo, ouvida a Comissão Tripartite Paritária
Permanente.
Art. 135. Deve ser realizada a atualização do estoque regulatório em intervalos não superiores a
cinco anos, com o intuito de realizar o exame periódico das normas regulamentadoras de segurança e
saúde no trabalho, para averiguar a pertinência de sua manutenção ou a necessidade de sua atualização
ou revogação.
Art. 136. A Comissão Tripartite Paritária Permanente pode, a qualquer tempo, propor as ações
necessárias para implementação da norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho, que
podem incluir a elaboração de instrumentos e eventos para divulgação.
aquaviário, e para inclusão de anexo de ruído na Norma Regulamentadora nº 9 (NR 09) e revisão do anexo
de ruído da Norma Regulamentadora nº 15 (NR 15) - Atividades e operações insalubres, devem ser
observadas as seguintes etapas:
a) elaboração de análise de impacto regulatório, nos termos do § 2º do art. 131, devendo ser
observados os trâmites previstos no caput e § 1º do art. 132;
a) elaboração de Análise de Impacto Regulatório, nos termos do §2º do art. 131, devendo ser
observados os trâmites previstos no caput e §1º do art. 132;
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b) elaboração de texto técnico final, pelo grupo de trabalho tripartite coordenado pela
Coordenação-Geral de Segurança e Saúde no Trabalho da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da
Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência;
CAPÍTULO VIII
Art. 139. Este capítulo dispõe sobre o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT, instituído
pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, que tem por objetivo a melhoria da situação nutricional dos
trabalhadores, visando à promoção de sua saúde e prevenção das doenças profissionais.
Art. 140. Poderão participar, como pessoa jurídica beneficiária do PAT, as pessoas jurídicas de
direito público e privado e os empregadores que possuam Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa
Física - CAEPF ou Cadastro Nacional de Obras - CNO.
Parágrafo único. Para fins de execução do PAT, a pessoa jurídica beneficiária poderá:
II - distribuir alimentos; ou
Art. 141. Constituem entidades de alimentação coletiva a que se refere o inciso III do art. 140:
a) emissora PAT - facilitadora que exerça a atividade de emissão de moeda eletrônica para
atendimento dos pagamentos no âmbito do PAT; ou
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Seção I
Da Operacionalização do PAT
I - realizar sua inscrição no PAT por meio do portal gov.br para usufruir dos correspondentes
benefícios fiscais;
II - garantir que o benefício possua o mesmo valor para todos os seus trabalhadores;
III - contratar profissional legalmente habilitado em nutrição como responsável técnico pela
execução do PAT, o qual deverá se cadastrar por meio do portal gov.br e atuar mediante Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART, quando mantiver serviço de alimentação próprio;
VII - manter os documentos e registros relacionados aos gastos com o PAT, e aos incentivos
fiscais dele decorrente, discriminados por estabelecimento, à disposição da inspeção do trabalho, sendo
facultada a guarda em meio eletrônico; e
VIII - atualizar os dados constantes de sua inscrição sempre que houver alteração de
informações cadastrais.
I - implica na sujeição voluntária à integralidade das regras do PAT, inclusive àquelas relativas às
infrações e respectivas sanções;
II - poderá ser feita a qualquer tempo e terá validade por prazo indeterminado;
III - poderá ser cancelada por iniciativa da pessoa jurídica beneficiária ou pela Subsecretaria de
Inspeção do Trabalho da Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, em razão de
execução inadequada do PAT.
III - operacionalizar o PAT com participação do trabalhador superior a vinte por cento do custo
direto da refeição; e
IV - exigir ou receber, das entidades de alimentação coletiva de que trata o art. 141, qualquer
tipo de deságio ou imposição de descontos sobre o valor contratado, prazos de repasse que
descaracterizem a natureza pré-paga dos valores a serem disponibilizados aos trabalhadores, ou outras
verbas e benefícios diretos ou indiretos de qualquer natureza não vinculados diretamente à promoção de
saúde e segurança alimentar do trabalhador.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV aos contratos vigentes, até a data de
encerramento do contrato, ou até dezoito meses após a data de vigência desta Portaria, o que ocorrer
primeiro, proibida a prorrogação do referido contrato sem a devida adequação dos seus termos ao
disposto neste artigo.
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III - atualizar os dados constantes de seu registro sempre que houver alteração de informações
cadastrais.
II - atualizar os dados constantes de seu registro sempre que houver alteração de informações
cadastrais;
III - denunciar irregularidades na execução do PAT, por meio dos canais eletrônicos para o
recebimento de denúncias instituídos pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho da Secretaria de
Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência;
c) o uso de instrumentos de pagamento que lhes forem apresentados para qualquer outro fim
que não o de reembolso direto junto às facilitadoras de aquisição de refeições ou gêneros alimentícios; e
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Seção II
Das Penalidades
Art. 147. Desde que não haja reincidência e que não seja impossibilitado o fornecimento de
alimentação saudável aos trabalhadores, o Auditor-Fiscal do Trabalho concederá prazo de trinta dias para
correção das seguintes irregularidades:
I - não apresentação da documentação relacionada aos gastos com o PAT ou aos incentivos
fiscais dele decorrentes; ou
II - informações cadastrais inexatas ou desatualizadas, desde que não tenham sido mantidas
com objetivo fraudulento e que não comprometam o cumprimento da legislação do PAT.
Art. 148. A execução inadequada do PAT, a qual é configurada, isolada ou cumulativamente, pelo
descumprimento dos art. 142, art. 143, art. 144, art. 145 e art. 146, acarretará o cancelamento da inscrição da
pessoa jurídica ou do registro da empresa fornecedora ou facilitadora de aquisição de refeições ou
gêneros alimentícios no PAT pela Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, desde a
data da primeira irregularidade passível de cancelamento.
Art. 149. Em caso de irregularidade constada em ação fiscal da inspeção do trabalho, a pessoa
jurídica inscrita ou registrada no PAT terá prazo de dez dias para apresentação de defesa, contados do
recebimento da notificação.
Art. 150. Da decisão que aplicar penalidade, caberá recurso à Coordenação-Geral de Recursos
da Secretaria de Trabalho no prazo de dez dias, contados do recebimento da notificação da decisão.
Art. 152. A pessoa jurídica que tiver seu registro cancelado no PAT poderá apresentar novo
pedido de inscrição via protocolo digital do Ministério do Trabalho e Previdência à seção, setor ou núcleo
de segurança e saúde no trabalho da unidade descentralizada da inspeção do trabalho cuja circunscrição
abranja o estabelecimento matriz, devendo, para tanto, apresentar as provas de saneamento das
irregularidades determinantes da decisão de cancelamento.
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 154. A comunicação prévia, de que trata a Norma Regulamentadora nº 18 (NR 18), deverá ser
realizada, antes do início das atividades, por meio do Sistema de Comunicação Prévia de Obras, disponível
no portal gov.br, antes do início das atividades.
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1. DO DESEMPENHO TÉCNICO
1.1 Os Equipamentos de Proteção Individual-EPI devem ser avaliados de acordo com as normas
técnicas especificadas no Quadro I.
1.1.1 As normas técnicas devem ser adotadas na sua versão atualizada, salvo nos casos
expressamente identificados no Quadro I.
1.1.2 Em caso de revisão de norma técnica, a versão atualizada deve ser adotada em até um ano
de sua publicação.
1.1.2.1 Casos específicos de revisões envolvendo alterações de maior impacto, que podem
demandar maior prazo para sua adoção, serão decididos pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.
1.1.3 Em caso de ausência de previsão de norma técnica relacionada no Quadro I, serão aceitas
as normas técnicas adotadas pelos organismos e laboratórios estrangeiros previstos no art. 6º.
Quadro I
A - PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1. CAPACETE Proteção da cabeça contra:
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Para concentração de
oxigênio menor ou igual a
12,5%.
D.3.2. Proteção das vias respiratórias De demanda com pressão
em atmosferas imediatamente positiva tipo
perigosas à vida e peça facial inteira
-
à saúde (IPVS) e porcentagem de combinado com cilindro
oxigênio menor ou igual a 12,5% ao auxiliar.
nível do mar. Aceitas normas técnicas
adotadas pelos organismos e
laboratórios estrangeiros
previstos no art. 6º.
D.4.
RESPIRADOR
DE ADUÇÃO Proteção das vias respiratórias:
DE AR TIPO
MÁSCARA
AUTÔNOMA
Respiradores de circuito
D.4.1. Proteção das vias respiratórias aberto de demanda com
em atmosferas imediatamente pressão positiva.
perigosas à vida e à saúde (IPVS) e - Aceitas normas técnicas
porcentagem de oxigênio menor ou adotadas pelos organismos e
igual a 12,5% ao nível do mar. laboratórios estrangeiros
previstos no art. 6º.
Respiradores de circuito
D.4.2. Proteção das vias respiratórias fechado de demanda com
em atmosferas imediatamente pressão positiva.
perigosas à vida e à saúde (IPVS) e - Aceitas normas técnicas
porcentagem de oxigênio menor ou adotadas pelos organismos e
igual a 12,5% ao nível do mar. laboratórios estrangeiros
previstos no art. 6º.
D.5.1. Proteção das vias respiratórias Respirador de fuga tipo
contra agentes químicos (gases e bocal.
D.5. vapores e/ou material particulado)
RESPIRADOR em - Aceitas normas técnicas
DE FUGA condições de escape de atmosferas adotadas pelos organismos e
imediatamente perigosas à vida e à laboratórios estrangeiros
saúde. previstos no art. 6º.
E - PROTEÇÃO DO TRONCO
E.1.
VESTIMENTA
PARA Proteção contra:
PROTEÇÃO
DO TRONCO
E.1.1. Riscos de origem térmica ABNT NBR ISO Pequenas chamas, calor de
(calor) e chamas 11612 contato, convectivo, radiante
e metais fundidos.
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F.5. DEDEIRA F.5.1. Proteção dos dedos contra ABNT NBR 13599 -
agentes abrasivos e escoriantes
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ASTM F 1959 +
ASTM F 2621 +
ASTM F 1506 + Arco elétrico.
ou Observar o item 2.5 e subitens
ABNT NBR IEC 61482-2 deste Anexo.
(IEC 61482-1-1, método
A e IEC 61482-1-1
método B)
NFPA 2112 (ASTM F
1930 e ASTM D 6413)
Fogo repentino.
ou
Observar o item 2.5 e subitens
ABNT NBR ISO 11612 deste Anexo.
(ISO 13506-1; ISO
13506-2 e ISO 15025)
EN 469 Combate a incêndio de estruturas.
ISO 15384 Combate a incêndios florestais.
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EN 943 + EN 14594
ou Para vestimentas Tipo 2
ISO 16602
H.2.3. Riscos de origem Observar o item 2.9 e subitens
química (agrotóxicos) ISO 27065 deste Anexo.
H.2.4. Umidade proveniente BS 3546:1974 Observar o item 2.7 e subitem
de operações com água deste Anexo.
Vestimenta condutiva de
H.2.5. Choques elétricos ABNT NBR 16135 segurança para proteção de todo
o corpo para trabalho ao
potencial.
H.2.6. Umidade proveniente
de precipitação pluviométrica EN 343 -
2.2 EPIs destinados à proteção da face, olhos e vias respiratórias devem restringir o mínimo
possível o campo visual e a visão do usuário.
2.3 EPIs destinados à utilização em áreas classificadas devem ser concebidos e fabricados de
tal modo que não possam originar arcos ou faíscas de origem elétrica, eletrostática ou resultantes do
atrito, passíveis de inflamar uma mistura explosiva.
2.4 Todos os dispositivos de ligação, extensão ou complemento conexos a um EPI devem ser
concebidos e fabricados de forma que não diminuam o nível de proteção do equipamento.
2.4.1 Os EPIs conjugados, tais como calçado + vestimentas ou luvas + vestimentas para proteção
contra agentes meteorológicos, água e químicos, devem ter suas conexões e junções avaliadas de acordo
com os requisitos estabelecidos no Anexo B da norma ISO 16602:2007.
2.4.2 Os dispositivos de EPI conjugados devem oferecer proteção contra o mesmo risco.
2.5 O EPI tipo vestimenta de proteção contra os efeitos térmicos do arco elétrico e/ou fogo
repentino deve ser submetido à avaliação do(s) tecido(s) de composição e do desempenho da vestimenta
pronta.
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2.5.2 O relatório de ensaio do equipamento conjugado formado por capuz tipo carrasco com
lente e capacete para proteção contra agentes térmicos provenientes do arco elétrico deve conter o nome
do fabricante do capacete, o nome do fabricante da lente e o nome do fabricante do tecido, acompanhado
do seu respectivo Arc Thermal Performance Value e composição.
2.5.3 O relatório de ensaio do equipamento conjugado formado por capacete e protetor facial
para proteção contra os agentes térmicos provenientes do arco elétrico devem conter o nome do
fabricante do capacete e o nome do fabricante do protetor facial.
2.5.4 Os equipamentos conjugados formados por capuz tipo carrasco com lente e capacete e
por capacete e protetor facial, para proteção contra os agentes térmicos provenientes do arco elétrico,
devem ser ensaiados de acordo com as Normas ASTM 2178 + ANSI Z 87.1, ou alteração posterior.
2.5.4.1 Os ensaios laboratoriais referentes à Norma Técnica ANSI Z 87.1 devem ser realizados em
laboratórios nacionais acreditados pelo Inmetro ou que se enquadrem nas condições estabelecidas no art.
37 desta Portaria.
2.5.6 A conformidade das vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos do arco elétrico
em relação à Norma ABNT NBR IEC 61482 - 2 deve ser comprovada por relatórios de ensaio do
equipamento, de acordo com a Norma IEC 61482-1-1, método B.
2.5.6.1 A determinação do Arc Thermal Performance Value, nestes casos, deve ser comprovada
por relatórios de ensaio do tecido, de acordo com a Norma IEC 61482-1-1, método A.
2.5.7 A conformidade das vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos do fogo repentino
e dos respectivos tecidos de composição, em relação à Norma NFPA 2112, deve ser comprovada por
relatórios de ensaio, de acordo com as Normas ASTM F 1930 e ASTM D 6413.
2.5.8 A conformidade das vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos do fogo repentino
e dos respectivos tecidos de composição, em relação à Norma ABNT NBR ISO 11612, deve ser comprovada
por relatórios de ensaio, de acordo com as Normas ISO 13506-1, ISO 13506-2 e ISO 15025.
2.5.9 Para equipamentos que incluam capuz tipo carrasco com lente e capuz tipo carrasco com
protetor facial, para proteção contra agentes térmicos provenientes de soldagem ou processos similares
e/ou contra agentes térmicos (calor e chamas), deverá ser comprovada a proteção de lentes/protetores
faciais contra o mesmo risco.
2.6 As luvas de proteção contra vibração devem possuir na região dos dedos as mesmas
características de atenuação que a da região da palma das mãos.
2.6.1 EPIs destinados a proteger as mãos contra vibrações devem ter capacidade de atenuar
frequências compreendidas entre 16 Hz e 1600 Hz, conforme definições da Norma ISO 10819.
2.6.2 Os ensaios laboratoriais das luvas para proteção contra vibrações referentes às normas
técnicas EN 420 e EN 388 deverão ser realizados em laboratórios nacionais acreditados pelo Inmetro ou
que se enquadrem nas condições estabelecidas no art. 37 desta Portaria.
2.7 Os EPI destinados à proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água,
avaliados de acordo com a Norma BS 3546/1974, devem ser submetidos ao ensaio de resistência ao rasgo
da Norma ISO 16602, ficando dispensados da realização do ensaio de resistência ao rasgo que consta na
Norma BS 3546/1974.
2.7.1 Os equipamentos indicados no subitem 2.7 serão classificados de acordo com seu nível de
desempenho (Norma ISO 16602), sendo considerado aprovado somente aqueles que atingirem, no
mínimo, desempenho compatível com a classe 1.
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2.8 O relatório de ensaio laboratorial de EPI tipo creme protetor deve informar o número de
registro do referido produto no órgão de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, conforme previsto na
Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976.
2.9 O EPI tipo vestimenta de proteção contra riscos de origem química (agrotóxicos) deve ser
submetido à avaliação do tecido de composição e do desempenho da vestimenta pronta, segundo a
Norma Técnica ISO 27065.
2.9.1.2 O desempenho têxtil e os dados referidos nos subitens 2.9.1 e 2.9.1.1 quanto ao tecido de
composição da vestimenta devem ser comprovados segundo normas técnicas nacionais ou, na sua
ausência, normas internacionais, em relatório de ensaio emitido em nome do fabricante do tecido ou do
fabricante da vestimenta pronta.
2.10 Considera-se EPI contra queda o conjunto formado pelos componentes cinturão de
segurança e os dispositivos talabarte ou trava-queda.
2.10.2.1 A autorização de uso referida neste subitem deve ser emitida pelo fabricante do
cinturão de segurança de forma a contemplar, expressamente, a referência e a descrição do dispositivo, os
dados do fabricante ou importador do talabarte ou trava-quedas e a ciência da sua responsabilidade na
emissão dessa autorização.
2.10.2.1.1 A autorização de uso pode ser disponibilizada junto com o manual de instruções do
cinturão de segurança.
2.10.3 O talabarte para retenção de queda deve ser dotado de absorvedor de energia integrado,
ensaiado de acordo com as normas técnicas ABNT NBR 15834 e ABNT NBR 14629.
2.10.4 Os ensaios de conectores estabelecidos na Norma Técnica ABNT NBR 15837 devem ser
realizados pelo fabricante ou importador do cinturão de segurança, do talabarte ou do trava-queda,
conforme o caso.
a) manual de instruções;
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b) embalagem;
3.1.1 No caso de emissão de Certificado de Aprovação em que o importador ainda não tenha a
documentação de importação do EPI referida neste item, poderá ser apresentada declaração emitida pelo
fabricante estrangeiro atestando a origem do equipamento ou fatura comercial com indicação do país de
origem da mercadoria.
3.1.2 Em caso de EPI conjugado, cujos dispositivos são fabricados por empresas distintas, o
fabricante ou importador deverá apresentar ao laboratório de ensaio declaração emitida, há menos de dois
anos, pelo detentor do Certificado de Aprovação do equipamento que será conjugado com o equipamento
do requerente, autorizando a utilização do seu dispositivo para a fabricação do equipamento conjugado.
3.3 O manual de instruções do EPI deve ser elaborado em língua portuguesa e apresentar o
conteúdo exigido na norma técnica aplicável ao ensaio do equipamento.
e) vida útil ou periodicidade de substituição de todo ou das partes do EPI que sofram
deterioração com o uso;
3.4 O relatório de ensaio, emitido por laboratório de ensaio, deve conter, no mínimo:
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k) resultados que expressem todos os valores obtidos para cada amostra do equipamento em
todos os ensaios exigidos pela norma aplicável;
l) conclusão que ateste o ensaio da amostra nos termos da norma técnica de ensaio aplicável;
3.4.1 A conclusão do relatório de ensaio deve, ainda, indicar, quando aplicável, as não
conformidades constatadas durante a avaliação do equipamento, inclusive no que tange às marcações
referidas na alínea "i".
3.4.2 Para elaboração do relatório de ensaio, além dos demais requisitos legais aplicáveis, os
laboratórios devem observar que:
b) o relatório de ensaio deve indicar as cores e tamanhos das amostras ensaiadas, sendo que, se
um produto for fabricado em várias cores, todas deverão ser ensaiadas em todos os ensaios previstos na
norma aplicável, exceto quando houver disposição contrária específica na norma técnica de ensaio
aplicável, no Regulamento de Avaliação da Conformidade ou nos instrumentos legais da Secretaria de
Trabalho;
3.5.1 As informações das alíneas "a", "b", "f", "g", "h", bem como a descrição resumida do EPI,
deverão ser disponibilizadas no site do Inmetro.
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4.1 Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, ao longo de sua vida
útil, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do Certificado de
Aprovação ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do
Certificado de Aprovação.
4.2 A data de fabricação do EPI deve ser marcada conforme a norma técnica de ensaio aplicável
ou, na ausência de parâmetros, de forma indelével e legível, em cada exemplar ou componente do
equipamento.
4.2.1 A data de fabricação do EPI deve expressar, no mínimo, o mês e o ano de fabricação do
equipamento.
4.2.2 Se tecnicamente não for possível a marcação em cada EPI, o fabricante ou importador
deve disponibilizar essa informação na embalagem do equipamento.
4.3 Para fins desta Portaria, será considerado como nome comercial da empresa a razão social
ou o nome fantasia, que conste no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, emitido pela Receita
Federal do Brasil ou, ainda, marca registrada da qual o fabricante ou importador do EPI seja o detentor.
ANEXO II
1. OBJETIVO
1.1. Fixar os requisitos mínimos de identidade e qualidade para as luvas de borracha natural,
borracha sintética, mistura de borrachas natural e sintética, e de policloreto de vinila para proteção contra
agentes biológicos, não sujeitas ao regime da vigilância sanitária, com a finalidade de garantir um produto
seguro e eficaz quanto à finalidade a que se propõem.
2. DEFINIÇÃO
2.2.3. LUVA DE PROTEÇÃO CONTRA AGENTES BIOLÓGICOS: Produto feito de borracha natural,
borracha sintética, misturas de borracha natural e sintética, ou de policloreto de vinila, de uso único, para
proteção contra agentes biológicos.
3. CLASSIFICAÇÃO
3.2. Quanto à superfície: as luvas podem ser texturizadas e antiderrapantes, em partes ou na sua
totalidade ou lisas.
3.3. Quanto ao formato: no formato de uma palma da mão aberta (ambidestra) ou no formato
anatômico.
3.5. Quanto ao uso de pó ou outro lubrificante: quando houver pó ou quando não houver pó.
4. DESIGNAÇÃO
4.1. A designação das luvas será: "LUVA DE PROTEÇÃO CONTRA AGENTES BIOLÓGICOS"
seguida das expressões definidas no item 3 - Classificação.
5. REFERÊNCIAS
5.1. BRASIL, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, Código de Defesa do Consumidor, Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 12 set, 1990, Suplemento.
5.2. BRASIL, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, NBR nº 5426 - Planos de
Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos, 1985.
5.3. BRASIL, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, NBR ISO nº 11193-1 - Luva para
Exame Médico de uso Único, Parte1: Especificação para luvas produzidas de látex de borracha ou solução
de borracha, de 15 de fevereiro de 2009.
5.4. ISO 11193-2 "Single-use medical examination gloves, Part 2: Specification for gloves made
from poly (vinylchloride), 2006.11.01".
5.6. Norma Regulamentadora nº 6 (NR 06) Equipamento de Proteção Individual - EPI, aprovada
pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978.
6. PRINCÍPIOS GERAIS
b) ser avaliadas previamente quanto à segurança para uso em contato com a pele humana;
6.3. As luvas contendo borracha de látex natural devem ser submetidas a operações e
processamentos que garantam a redução do conteúdo de proteínas.
7.1. Amostragem
Nota: No caso de o(s) lote(s) estiver (em) sob suspeita ou houver denúncias de irregularidades, a
Secretaria do Trabalho poderá exigir níveis mais rigorosos de inspeção.
8. REQUISITOS MÍNIMOS
As dimensões da luva de proteção contra agentes biológicos devem seguir o estabelecido nas
Tabelas 2 e 3, quando ensaiadas de acordo com as Normas aplicadas ao produto.
(Fig. A.1)
Extra
£ 6,0 £ 82 pequeno £ 80 220 Área lisa: Área lisa:
(XP-PP) 0,08 2,00
6,5 83 ± 5 Pequeno (P) 80 ± 10 220
Área com Área com
7,0 89 ± 5 Médio (M) 95 ± 10 230 textura: textura:
0,11 2,03
7,5 95 ± 5 230
8,0 102 ± 6 Grande (G) 110 ± 10 230
8,5 109 ± 6 230
(Fig. A.1)
Extra
£ 6,0 £ 82 pequeno £ 80 220 Área lisa: Área lisa:
(XP-PP) 0,08 0,22
6,5 83 ± 5 Pequeno (P) 80 ± 10 220
Área com Área com
7,0 89 ± 5 Médio (M) 95 ± 10 230 textura: textura:
0,11 0,23
7,5 95 ± 5 230
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As propriedades mecânicas das luvas de proteção contra agentes biológicos devem seguir o
estabelecido na Tabela 4, quando ensaiadas de acordo com as Normas aplicadas ao produto.
Propriedades Requisitos
Luva Tipo Luva Tipo Luva Tipo
1 2 3
Força mínima na ruptura, antes do envelhecimento acelerado (N) 7,0 7,0 7,0
Alongamento mínimo na ruptura, antes do envelhecimento 650 500 350
acelerado (%)
Força mínima na ruptura, depois do envelhecimento acelerado (N) 6,0 7,0 7,0
Alongamento mínimo na ruptura, depois do envelhecimento 500 400 350
acelerado (%)
Quando as luvas de proteção contra agentes biológicos são ensaiadas com relação à
impermeabilidade, conforme descrito na Norma aplicada ao produto, o tamanho de amostra e o número
permissível de luvas não-conformes (vazando) na amostra devem ser determinados de acordo com o nível
de inspeção e nível de qualidade - NQA mostrados na Tabela 1.
8.2.1 A rotulagem das embalagens das luvas de borracha natural, de borracha sintética, de
mistura de borrachas natural e sintética, e de policloreto de vinila para proteção contra agentes biológicos
deve:
8.3.2 As luvas de proteção contra agentes biológicos que contenham borracha de látex natural
em qualquer proporção devem apresentar no rótulo de sua embalagem, em destaque e legível, a seguinte
advertência: "ESTE PRODUTO CONTÉM LÁTEX DE BORRACHA NATURAL, SEU USO PODE CAUSAR
REAÇÕES ALÉRGICAS EM PESSOAS SENSÍVEIS AO LÁTEX".
8.3.3 As luvas de proteção contra agentes biológicos fabricadas com policloreto de vinila devem
apresentar no rótulo de sua embalagem, em destaque e legível, a seguinte advertência: "ESTE PRODUTO
POSSUI MENOR RESISTÊNCIA AO ALONGAMENTO QUE AQUELES FABRICADOS COM BORRACHA
NATURAL, COM BORRACHA SINTÉTICA, OU COM MISTURA DE BORRACHAS NATURAL E SINTÉTICA".
9. REQUISITOS GERAIS
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9.3 Os métodos de ensaio para certificação são aqueles citados neste Regulamento Técnico,
aplicáveis às luvas de borracha natural, de borracha sintética, de mistura de borrachas natural e sintética, e
de policloreto de vinila para proteção contra agentes biológicos.
9.4 As luvas de proteção contra agentes biológicos devem apresentar, em caracteres bem
visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do Certificado de
Aprovação ou, no caso de equipamento importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número
do Certificado de Aprovação, conforme o subitem 6.9.3 da NR-06.
10. ARMAZENAMENTO
A.1.1 INSTRUMENTO
A.1.2. PROCEDIMENTO
Quando medido nos pontos mostrados na Figura A.1, a medida da largura da luva deve ser
realizada no ponto central entre a base do dedo indicador e a base do dedo polegar. A medida de largura
deverá ser tomada com a luva colocada em uma superfície plana.
A.2.1 INSTRUMENTO
A.2.2. PROCEDIMENTO
Quando medido nos pontos mostrados na Figura A.1, a medida do comprimento da luva deve
ser a menor distância entre a ponta do segundo dedo e a terminação do punho. A medida de comprimento
pode ser tomada pendurando a luva em um mandril apropriado com um raio de ponta de 5 mm.
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A.3.1 INSTRUMENTO
Medidor de espessura analógico ou digital, com resolução mínima de 0,001 mm, com pé-de-
medição com base reta circular e diâmetro entre 3 mm e 10 mm, e pressão exercida sobre o corpo-de-
prova com força de contato de 22 kPa ± 5 kPa.
A.3.2. PROCEDIMENTO
A espessura da parede dupla de uma luva intacta deverá ser medida com um medidor de
espessura capaz de garantir uma pressão no pé de medição de 22 kPa ± 5 kPa. A espessura deve ser
medida em cada um dos locais mostrados na Figura 2: um ponto de 13 mm ± 3 mm da ponta do segundo
dedo e outro ponto no centro aproximado da palma.
A espessura de parede única em cada ponto deverá ser reportada como a metade da
espessura de parede dupla medida e deverá estar de acordo com as dimensões mostradas nas Tabelas 2
ou 3, usando o nível de inspeção e o nível de qualidade - NQA mostrados na Tabela 1.
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Nota: Convém que a espessura da terminação do punho (bainha), medida de acordo com esse
Regulamento, de preferência, não exceda a 2,50 mm.
B.1.1 APARELHAGEM
B.1.1.1 Máquina universal de tração com capacidade para produzir um deslocamento uniforme
entre as garras de 500 mm/min, para uma distância de aproximadamente 750 mm. A máquina de ensaio
deve ter um dinamômetro apropriado e um dispositivo para indicar e registrar a força aplicada.
B.1.1.3 Matriz para preparação do corpo-de-prova com forma e dimensões conforme Tabela B.1.
B.1.1.4 Garras para fixação do corpo-de-prova que devem fixar e exercer uma pressão uniforme
ao longo de toda a superfície de fixação, para evitar deslizamentos e favorecer desvios a cada incremento
de tensão na seção reduzida do corpo-de-prova. Garras pneumáticas com pressão constantes também
são satisfatórias. Na extremidade de cada garra é recomendado um dispositivo que permita a fixação do
corpo-de-prova na mesma profundidade e alinhamento com a direção de tração.
B.1.1.5 Marcação para leitura: são as duas marcas situadas no corpo-de-prova e utilizadas para
medir o alongamento. A marcação para leitura deve ter duas marcas retas paralelas sobre a superfície lisa
do corpo-de-prova e no mesmo plano. As superfícies devem ter entre 0,05 mm e 0,08 mm de largura e
comprimento mínimo de 15 mm. O ângulo entre as superfícies de marcação e as laterais deve ser de pelo
menos 75°. A distância entre os centros das superfícies de marcação deve estar dentro da tolerância de 1%
da distância requerida.
B.1.2.1 As seções obtidas para ensaio devem estar livres de superfícies rugosas ou texturizadas,
bem como de revestimento interno ou camadas.
B.1.2.2 Todo corpo-de-prova deve ser cortado no sentido do comprimento, paralelo à estrutura
e ao sentido de imersão, a uma distância de 75 mm a 85 mm, a partir da extremidade aberta da luva.
NOTA: No caso das luvas com superfície texturizada na região do corte, os corpos-de-prova
devem ser obtidos de qualquer área não texturizada.
B.1.2.3. Os corpos-de-prova devem ser cortados com um único golpe de matriz para garantir
uma superfície de corte lisa e uniforme.
B.1.2.4 A marcação para leitura deve ser feita na seção reduzida do corpo-de-prova,
equidistante do centro e perpendicular ao eixo longitudinal. A distância entre os centros das marcas deve
ser de 20,00 mm ± 0,5 mm.
B.1.2.5 Três medições devem ser efetuadas para determinação da espessura, uma no centro e
uma em cada extremidade da seção reduzida do corpo-de-prova. A mediana das três determinações deve
ser usada como a espessura no cálculo da área da seção transversal. Corpos-de-prova com diferenças
entre as leituras máxima e mínima que excedam 0,08 mm devem ser descartados. A largura do corpo-de-
prova deve ser tomada como a distância perpendicular entre as extremidades cortantes da seção reduzida
da matriz para preparação do corpo-de-prova.
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B.1.3 PROCEDIMENTO
B.1.3.2 Iniciar o ensaio e observar a distância entre as duas marcações para leitura, tomando
cuidado para evitar paralaxe.
B.1.3.3 Tomar três amostras para ensaio de cada luva, e usar o valor mediano como resultado do
ensaio. As amostras para ensaio devem ser tiradas da palma ou do dorso das luvas.
Onde:
T = tensão de ruptura;
A = e. l
Onde:
B.2.1 APARELHAGEM
B.2.1.1 Estufa com circulação de ar forçada que apresente as seguintes dimensões internas ou
volumes equivalentes:
B.2.1.2 Termômetro registrador acoplado à parte central superior da câmara próximo ao centro
dos corpos-de-prova em processo de envelhecimento, para registrar a temperatura real do ensaio.
As amostras para ensaio podem ser preparadas tanto por envelhecimento das luvas a uma
temperatura 70 °C ± 2 °C por 168 h ± 2 h e cortando as amostras para ensaio das luvas envelhecidas, ou
cortando as amostras para ensaio das luvas não envelhecidas e envelhecendo as amostras para ensaio, a
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B.2.3 PROCEDIMENTO
ANEXO C: IMPERMEABILIDADE
C.1 APARELHAGEM
C.1.1 Mandril circular vazado com diâmetro nominal externo mínimo de 60 mm e comprimento
adequado para manter a luva presa e que permita adicionar 1000 mL de água, conforme Figura C.1.
C.1.2 Dispositivo de retenção projetado para manter a luva na posição vertical quando cheio
com água, conforme Figura C.2.
C.1.3 Cilindro graduado com capacidade de pelo menos 1000 mL, ou outro aparelho de
distribuição capaz de fornecer 1000 mL de cada vez.
Dimensões em milímetros
1. Gancho
2. Cilindro
C.2 PROCEDIMENTO
C.2.1 Prender a luva no mandril circular oco por um dispositivo apropriado, por exemplo um anel
O-ring, de forma que a luva não ultrapasse mais de 40 mm sobre o mandril.
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evidente. Se a luva não vazar imediatamente, fazer uma segunda observação de vazamentos entre 2 min a
4 min depois de despejar a água na luva. Desconsiderar o vazamento nos 40 mm da extremidade do
punho. Para ajudar na observação, a água pode ser colorida com uma tintura solúvel em água.
(*) Quando as embalagens de transporte forem coletadas no comércio pode ser analisado
apenas o layout das mesmas.
ANEXO III
INTRODUÇÃO
Este Regulamento foi concebido para estabelecer requisitos e métodos de ensaios para as
luvas de proteção utilizadas na atividade de corte manual de cana-de-açúcar, devido ainda não existir
normatização específica para esse produto.
Atualmente estão sendo utilizadas para a certificação desses produtos as normas europeias EN
420 (Requisitos gerais para luvas de proteção) e EN 388 (Luvas de proteção contra riscos mecânicos).
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Tais normas estabelecem níveis de desempenho para alguns requisitos mecânicos, tais como
abrasão, corte, rasgamento e perfuração. No entanto, esses níveis são baseados nos resultados alcançados
pelos ensaios nas luvas, não se estabelecendo requisitos mínimos para cada um dos parâmetros
ensaiados. Além disso, existem características próprias da atividade que exigem outros requisitos que são
objeto deste Regulamento Técnico.
Nesta primeira versão não foi possível estabelecer todos os requisitos pertinentes à atividade
do corte de cana-de-açúcar em razão da falta de normas ou procedimentos específicos para alguns tipos
de ensaios. Existem fatores que ainda demandam estudos para o estabelecimento de requisitos técnicos,
tais como a proteção contra um eventual corte por impacto, a influência do ambiente de trabalho, com
presença do melaço de cana, poeira, fuligem, e a influência do processo de lavagem da luva após a
jornada de trabalho sobre seu desempenho e durabilidade. Estes assuntos são citados no Anexo A
(Informativo), que também possui outras recomendações e esclarecimentos aos fabricantes e/ou
importadores e usuários.
O texto deste Regulamento Técnico poderá ser aproveitado em fóruns de normalização, como a
Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT, onde participam todos os atores da comunidade
envolvida (fabricantes, empregadores, usuários, laboratórios, instituições e outros interessados), visando ao
desenvolvimento de norma técnica para luva utilizada em corte manual de cana-de-açúcar.
1. OBJETIVO
2. DEFINIÇÃO
MÃO
LUVA DE PROTEÇÃO
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Equipamento de Proteção Individual - EPI com características que buscam conferir proteção à
mão do usuário contra riscos existentes durante a atividade que executa e dos que possam advir de
acidentes ou minimizar a ação nociva de agentes externos durante o uso. Pode, adicionalmente, proteger
parte do antebraço e braço.
Luva com características que visam à proteção contra riscos existentes na atividade específica
de corte manual da cana-de-açúcar e que atende a todos os requisitos deste Regulamento Técnico.
PALMA DA LUVA
Parte da luva que cobre a palma da mão, isto é, desde o pulso até a base dos dedos.
DORSO DA LUVA
Parte da luva que cobre o dorso da mão, isto é, desde o pulso até a base dos dedos.
COURO
DESTREZA
RISCO
NÍVEL DE DESEMPENHO
Número que designa um valor dentro de uma faixa para determinar o desempenho da luva, que
é estabelecido conforme resultado de ensaio técnico. O nível de desempenho é fixado pelo resultado do
ensaio correspondente, realizando-se este de acordo com a norma específica. Um valor maior
corresponde a um melhor desempenho.
3. REFERÊNCIAS
3.3 EN ISO 12947-1, Textiles - Determination of the abrasion resistance of fabrics by the
Martindale method - Part 1: Martindale abrasion testing apparatus (ISO 12947-1:1998).
3.5 ISO 17075, Leather - Chemical tests - Determination of chromium (VI) content.
4.1.1 A luva de proteção deve ser projetada e fabricada de modo que, nas condições previsíveis
de uso a que se destina, o usuário possa realizar a atividade de maneira normal, enquanto desfruta de
apropriado nível de proteção.
4.1.2 O uso da luva não deve forçar o trabalhador a fazer esforços adicionais para segurar o
objeto que ele manipula, a fim de evitar o surgimento de dor, desconforto e até mesmo problemas
musculoesqueléticos.
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4.1.3 A luva da mão da cana deve apresentar os níveis de desempenho mínimos estabelecidos
neste Regulamento para o material do dorso da luva, quanto à resistência ao corte estabelecida no item 10
deste Regulamento Técnico.
4.2.1 A luva não deve ter costuras externas ou material sobressalente na palma da mão, de
forma a não dificultar o manuseio do facão, da cana ou outros objetos. As luvas que possuírem pigmentos
ou materiais injetados na palma da mão, para aumentar a aderência com o material manipulado, não
devem exigir do trabalhador esforços adicionais para segurar o material que ele manipula.
4.2.2 A luva deve ter acabamento de costuras internas de forma que não existam
protuberâncias que lesionem as mãos. Quando utilizado o couro, este deve apresentar chanfração zero, ou
seja, chanfros que apresentem ângulos que proporcionem espessura zero nas bordas.
4.2.3 Devem-se ter cuidados especiais com a utilização de materiais duros, como os
elastoméricos, poliméricos e metais, tais como fios de aço, cabos de aço, arame, ilhoses e outros, que
normalmente são utilizados para proteger contra o impacto do facão. Os metais utilizados não devem
impedir ou dificultar o movimento da mão e dos dedos. Quando a luva, em sua construção original, possuir
estes materiais, no caso de desgaste ou desprendimento destes, a luva deve ser substituída de imediato.
4.2.4 Os materiais duros, quando existentes, além de não dificultar o movimento, deverão ser
firmemente anexados à luva, de tal forma que não se soltem durante o uso. A forma como são presos
também não deverá permitir que arestas, pontas ou bordas penetrem ou machuquem a mão do usuário
quando a luva for flexionada durante o uso. Quando a luva, em sua construção original, possuir estes
materiais, no caso de desgaste ou desprendimento destes, a luva deve ser substituída de imediato.
4.3.1 Na atividade de corte de cana-de-açúcar as funções das mãos esquerda e direita são
diferentes. A tabela 1 apresenta as funções das mãos esquerda e direita para pessoas destras e canhotas.
Destro Canhoto
Mão direita Segura o facão -Mão do facão Segura a cana - Mão da cana
Mão esquerda Segura a cana - Mão da cana Segura o facão -Mão do facão
4.3.2 O desenho e os materiais utilizados para fabricação das luvas podem ser iguais para as
duas mãos. Podem também existir luvas ambidestras, ou seja, a face palmar é igual ao dorso e a luva é
plana, não anatômica. Nesse modelo as luvas podem ser utilizadas tanto na mão esquerda quanto na mão
direita, não havendo a necessidade de identificar qual a luva para a mão do facão e qual a luva para a mão
da cana.
4.3.3 Podem existir modelos de luvas que levam em consideração as diferentes funções das
mãos esquerda e direita. Assim, se a concepção do desenho e/ou materiais utilizados forem diferentes
para as mãos esquerda e direita, o fabricante e/ou importador deve disponibilizar duas formas de
fornecimento para esses modelos de luvas, devendo identificar cada peça da luva de acordo com a Tabela
2, abaixo. A identificação deverá ser aplicada no dorso ou na etiqueta da luva, de forma indelével e legível,
com a utilização, no mínimo, da fonte arial, tamanho 12 . A identificação, preferencialmente, deverá ser
colocada junto à numeração da luva, como, por exemplo, uma luva tamanho 9 , mão do facão para
canhoto: "9 FC".
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4.4.1 O fabricante e/ou importador da luva de proteção deve considerar que a população
usuária das luvas de proteção para corte de cana-de-açúcar é composta de homens e mulheres de
diferentes tamanhos de mãos, devendo, portanto, disponibilizar ao menos os tamanhos de luvas
identificados na Tabela 3, que são do tamanho seis ao onze. Outros tamanhos, como, por exemplo, a
utilização de meio-pontos, também poderão ser disponibilizados.
4.4.3 Este Regulamento Técnico aborda no Anexo A - Informativo - aspectos que podem ser
considerados pelas empresas na compra de um lote de luvas de proteção.
4.4.4 Para a medição do tamanho das mãos, são consideradas duas medidas principais,
conforme estabelecido no subitem 14.4, quais sejam: a) circunferência da mão e b) comprimento, ou seja, a
distância entre o pulso e a ponta do dedo médio. Na Tabela 3 estão definidos seis tamanhos de mão, de
acordo com estudos antropométricos efetuados em diferentes países. Os meios tamanhos podem ser
obtidos por interpolação entre os tamanhos inteiros.
4.4.5 Os tamanhos das luvas estão definidos de acordo com os tamanhos das mãos que as vão
utilizar. Na Tabela 4, abaixo, estão indicados seis tamanhos de luvas de proteção. Os meios tamanhos
podem ser obtidos por interpolação entre os tamanhos inteiros.
Tamanho da Correspondência Comprimento mínimo da luva (de acordo com o subitem 14.4)
luva (mm)
6 Tamanho de mão 6 220
7 Tamanho de mão 7 230
8 Tamanho de mão 8 240
9 Tamanho de mão 9 250
4.4.6 É possível também a utilização de meios tamanhos, como, por exemplo, 6,5; 7,5;....; 11,5. As
dimensões dos meios pontos das Tabelas 3 e 4 são obtidas por interpolação dos valores de pontos inteiros.
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4.4.7 O fabricante e/ou importador ou o fornecedor deverão disponibilizar para venda pelo
menos os tamanhos de 6 a 11. A informação da disponibilidade da numeração fabricada deverá ser
esclarecida na embalagem da luva, assunto abordado no subitem 15.2.1, alínea "c".
5. DESTREZA
5.1 A principal função das luvas de proteção para a atividade de corte de manual de cana-de-
açúcar consiste em oferecer proteção ao usuário no manuseio do facão e da cana. Os usuários das luvas
de proteção para o corte manual de cana-de-açúcar desempenham outras atividades com as mãos, tais
como amolar o facão, cortar a cana, organizar a cana cortada em eitos ou leiras, se a cana for queimada, ou
limpar as folhas da cana, se a cana for crua ou na palha, atividades estas que exigem um grau de destreza
para as mãos, isto é, exigem uma capacidade de segurar os objetos. Ao segurar o facão é importante a
pressão, tanto da face palmar quanto das superfícies dos dedos sobre o cabo da ferramenta, no sentido de
segurá-la firmemente.
A função de segurar a cana durante o corte ou quando está sendo juntada exige uma destreza
um pouco menor.
5.2 A destreza está relacionada a vários fatores como, por exemplo, aos materiais utilizados, a
espessura do material da luva, a elasticidade e a capacidade de deformabilidade.
5.3 As luvas de proteção para o corte manual de cana-de-açúcar, quando ensaiadas de acordo
com o subitem 6.2 da norma EN 420, deverão apresentar resultado de nível de desempenho, quanto ao
ensaio de destreza de, no mínimo, dois.
Nível de desempenho Menor diâmetro dos pinos de acordo com as condições do ensaio(mm)
1 11
2 9,5
3 8
4 6,5
5 5
6.1 A atividade de corte de cana-de-açúcar no Brasil, em geral, é realizada sob forte exposição
ao calor, sujeitando os usuários à transpiração e ao surgimento de suor nas mãos. Dessa forma, torna-se
necessário que os materiais utilizados para a confecção da luva permitam a transpiração.
6.2 Quando ensaiadas de acordo com o disposto no subitem 6.3 da norma EN 420, as luvas
devem permitir a transmissão de vapor de água de, no mínimo, 5mg/(cm2.h).
6.3 No caso de uso de materiais que inibam ou excluam a transmissão de vapor de água, o
material interno ou o lado interno da luva deverá permitir a absorção do suor e sua posterior dessorção ou
secagem, quando o trabalhador tirar a luva.
6.4 Quando não for atingida a transmissão de vapor de água de 5mg/(cm2.h), deve-se realizar o
ensaio, em amostra de luva nova, de absorção de vapor de água, conforme disposto no subitem 6.4 da
norma EN 420, devendo a luva ter uma absorção de vapor de água de, no mínimo, 8mg/cm2 no período
de oito horas.
7. INOCUIDADE
7.1 Generalidades
7.1.1 As luvas de proteção são concebidas e fabricadas para proteger quando usadas de acordo
com as instruções do fabricante, sem qualquer prejuízo do usuário.
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possam causar reações alérgicas (ver o subitem 15.2.1, alínea "g"). Uma das consequências de se trabalhar
em contato com materiais de luvas altamente ácidos ou altamente alcalinos é o aparecimento de
dermatites de contato, irritações e alergias na pele.
7.1.3 Por outro lado, o uso de materiais que contenham substâncias restritivas, tais como o couro,
que apresenta cromo VI, substância esta cancerígena, deve ser evitado, pois, com o tempo, podem
prejudicar seriamente a saúde do trabalhador que entra em contato com o material da luva.
7.2.1 O valor do pH para todas as luvas deve estar o mais próximo possível de um pH neutro. O
valor do pH para todas as luvas deve ser maior que 3,5 e menor que 9,5. A determinação do pH deve ser
de acordo com a norma ISO 4045, para luvas em couro, e de acordo com a norma EN 1413, para outros
materiais. Deve ser aplicado o seguinte:
a) a peça a ensaiar deve ser cortada da área da palma da luva. Se outras partes da luva forem
feitas de materiais diferentes, então, cada material deve ser ensaiado separadamente;
b) se as luvas forem feitas com mais de uma camada, todas as camadas devem ser ensaiadas
em conjunto;
7.3.1 O teor de cromo VI em luvas de couro deve ser mais baixo do que o limite de detecção, de
acordo com o método de ensaio descrito na norma ISO 17075. Devem ser retiradas, pelo menos, duas
amostras de diferentes luvas para cada tipo de couro.
7.3.2 Se a luva for feita de diversos tipos de couro, que estejam ou não em contato com a pele, o
ensaio deve ser efetuado em cada uma das variedades. O valor mais elevado deve ser considerado como
o resultado final.
8.1 A luva de proteção para o corte manual de cana-de-açúcar, em regra, necessita passar por
processo de limpeza entre os turnos de trabalho, devido ao acúmulo, durante a atividade, de poeira,
fuligem e melaço da cana.
8.2 O usuário da luva de proteção, ou seja, o cortador, deverá ser informado sobre as instruções
de limpeza e de conservação das luvas. A etiqueta, a embalagem em contato direto com a luva ou o
folheto explicativo deverá informar qual o procedimento a ser adotado para a limpeza das luvas.
8.3 Das informações fornecidas aos usuários deve constar pelo menos uma das seguintes
opções:
b) o processo de limpeza simples, que inclui as ações mecânicas como limpar com pano seco
ou úmido, escovar, e outras ações, excluindo a utilização de água, vapor e materiais de limpeza. Neste
caso, descrever os processos a serem utilizados e também descrever que a luva não deve ser lavada;
c) o processo de lavagem ou outra forma de higienização, que inclui o uso de água, produtos de
limpeza, vapor, mudança de temperatura, como autoclave em processo de higienização, ou outros
processos que podem afetar o desempenho das luvas.
8.4 O processo de limpeza não deverá afetar os requisitos de inocuidade, conforto e proteção
da luva. Também não deverá proporcionar alteração dimensional e mudança de configuração da luva.
8.5 Caso constar, na informação a ser repassada ao usuário final, instruções conforme as alíneas
"a" ou "b" do subitem 8.3, os ensaios exigidos neste Regulamento Técnico devem ser executados em
amostras de luvas novas. Contudo, caso o processo de limpeza seja o definido na alínea "c" do subitem 8.3,
as instruções devem ser detalhadamente especificadas, evitando-se termos genéricos, tais como "lavar à
máquina", sem estabelecer maiores detalhes, como os produtos de limpeza a serem utilizados, a rotação
da máquina e a temperatura da água. Deve ser estabelecido também o número máximo de ciclos de
lavagem/limpeza que a luva pode sofrer durante a sua vida útil. Nesse caso, as luvas devem ser pré-
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tratadas antes da realização dos ensaios referentes aos requisitos previstos nos itens 9 a 13, obedecendo
ao explicitado no subitem 14.2 e com as instruções constantes no subitem 15.2.1, alínea "i", todos deste
Regulamento Técnico.
9. RESISTÊNCIA À ABRASÃO
9.1 Durante a atividade do corte de cana-de-açúcar, o cortador está exposto ao contato com
materiais abrasivos, tais como a palha da cana. O ato de pegar, juntar e soltar a cana, manusear e amolar o
facão e realizar outras atividades incorre em abrasão da luva contra outros materiais.
9.2 A resistência à abrasão na face palmar, incluindo palma e dedos, da luva da cana e da luva
do facão deverá apresentar nível de desempenho mínimo de 2 (dois), quando ensaiadas de acordo com o
disposto no subitem 6.1 da norma EN 388:2003.
9.3 Quando houver mais de uma camada de materiais, estes deverão ser testados juntos.
10.1 Os materiais da palma e do dorso da luva da cana devem apresentar proteção mínima
contra eventual corte por farpas da cana, arame, pedaços de madeira, e também pelo contato com a palha
da cana ou o contato com animais peçonhentos.
10.2 Os materiais da palma da mão deverão apresentar nível de desempenho mínimo de dois,
quando ensaiados de acordo com o disposto no subitem 6.2 da norma EN 388:2003. Se a concepção de
desenho da luva da mão da cana for diferente da luva da mão do facão, ambas as luvas devem ser
ensaiadas.
10.3 Os materiais do dorso da luva da cana devem apresentar nível de desempenho mínimo 2
(dois). Quando existir mais de uma camada de materiais, estes deverão ser ensaiados juntos.
11.1 A atividade de corte de cana-de-açúcar exige contato mecânico com a cana, pedaços de
pau, pedras, animais peçonhentos e outros materiais que podem provocar um corte inicial na luva de
proteção. O material da luva deverá resistir à propagação destes cortes, impedindo o rasgamento da luva.
11.2 Os materiais da face palmar da mão da cana e da mão do facão devem apresentar nível de
desempenho mínimo de três, quando ensaiados de acordo com o disposto no subitem 6.3 da norma EN
388:2003.
12.1 A atividade de corte de cana-de-açúcar exige contato mecânico com pontas de cascas de
cana, pedaços de pau, pedras pontiagudas, animais peçonhentos e outros materiais que podem provocar
perfuração da luva de proteção. O material da luva deverá resistir à penetração de materiais estranhos.
12.2 Os materiais da face palmar da mão da cana, deverá apresentar nível de desempenho
mínimo de 3 (três), quando ensaiados de acordo com o disposto no subitem 6.2 da norma EN 388:2003.
13.1 O corte de cana exige que a ferramenta utilizada, o facão, seja firmemente segurada pela
mão do facão, de tal forma a permitir que a força do cortador seja totalmente aplicada no corte da cana. A
luva de proteção deverá proporcionar firmeza suficiente para que o facão não escorregue ou deslize da
mão.
13.2 Deverá ser relatado o valor do coeficiente de atrito estático da luva da mão do facão,
quando ensaiada de acordo com o disposto no subitem 14.5 deste Regulamento Técnico.
14.1 Amostragem
14.1.1 O número de amostras a serem ensaiadas é definido nos procedimentos de ensaios das
normas citadas nos itens específicos dos requisitos, itens 9 ao 13, ou nos procedimentos a seguir.
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14.1.2 Quando for aplicável, as luvas deverão ser pré-tratadas, conforme disposto no subitem
14.2, antes da retirada dos corpos-de-prova.
14.2 Pré-tratamento
14.2.1 As luvas que apresentarem instruções de limpeza, conforme disposto na alínea "c" do
subitem 8.3, deverão ser pré-tratadas através da realização de lavagem/limpeza, de acordo com as
instruções que devem ser disponibilizadas ao usuário, na forma disposta no subitem 15.2.1, alínea "i". Esse
pré-tratamento deverá ser realizado nas luvas de onde serão retirados corpos-de-prova para realização
dos ensaios que determinam os requisitos citados nos itens 9 ao 13 (abrasão, corte, rasgamento,
perfuração e resistência ao deslizamento).
14.2.2 O número máximo de ciclos de lavagem/limpeza que a luva poderá sofrer durante sua
vida útil deverá ser determinado nas instruções ao usuário. Quando este número de ciclos for menor que
cinco, durante o pré-tratamento, a luva deve ser lavada/limpa com o número de ciclos estabelecido nas
instruções do fabricante.
14.2.3 Caso o número máximo de ciclos recomendado for igual ou maior a cinco lavagens,
durante o pré-tratamento, a luva deve passar por cinco ciclos de lavagem/limpeza, conforme
determinado nas instruções do fabricante.
14.3 Condicionamento
Os corpos de prova deverão ser condicionados por, no mínimo, quarenta e oito horas em
ambiente com temperatura de (20±2) °C e umidade relativa de (50±5) %.
14.4.1 A circunferência da mão é medida com uma fita, a 20 mm a partir do ponto entre o dedo
polegar e o indicador, como indicado na Figura 2. A pessoa deve posicionar a mão aberta, e outra pessoa
deve medir a circunferência, enrolando uma fita métrica na mão, medindo a circunferência a uma distância
de 20 mm ou 2 cm a partir da forquilha da mão, medido na direção do dedo indicador.
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NOTA: Para facilitar a medição, a régua pode ser ligeiramente inclinada para trás, de modo que
a luva esteja em contato com a régua.
14.4.4 Se as luvas tiverem elasticidade, as dimensões devem ser medidas com a amostra no
estado relaxado ou colocando a luva na mão de uma pessoa com o tamanho apropriado.
14.5 Método de ensaio para determinar o coeficiente de atrito estático entre a luva e o cabo do
facão
14.5.1 O ensaio deverá ser realizado em máquina universal de ensaios com velocidade de 60
(sessenta) mm/min.
14.5.2 O corpo-de-prova deverá ser retirado da palma da luva da mão do facão, com dimensão
de 70 x 50 mm de área útil. A dimensão do corpo-de-prova poderá ser maior para auxiliar em sua fixação
ao bloco de aço.
14.5.3 O corpo-de-prova deverá ser preso, ou colado a um bloco de aço com seção transversal
do mesmo tamanho da área útil do corpo-de-prova, e que tenha uma massa de (5,0±0,1) kg, que
proporcione uma força normal (FN) equivalente a cerca de 49N.
Poderá ser acoplada outra peça ao bloco, de tal forma a ser alcançada esta massa.
14.5.4 No lado menor (largura) do bloco de aço, no meio da largura, e em uma altura de 2 a 3
cm, o bloco de aço deverá ser preso a um fio que apresente o menor peso possível, recomendando-se
uma corda de violão de diâmetro de 1,10 mm. O fio esticado na horizontal deverá passar por uma roldana
posicionada de tal forma que o fio possa mudar para a posição vertical e esteja alinhada com a linha de
ação da célula de carga. Esta célula de carga deverá estar presa na travessa móvel do equipamento e
deslocar-se na posição vertical para cima, proporcionando tração no fio.
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14.5.5 O bloco de aço com o corpo-de-prova deverá ficar apoiado em uma superfície de
madeira de pau marfim, um dos tipos utilizados para fabricação de cabo de facão. Esta superfície de
madeira deverá ter, no mínimo, 2 cm de espessura e deve ser tratada conforme o procedimento para
fabricação do facão, devendo ser secada em estufa, aplainada e torneada com tupia. A largura da
superfície da madeira deverá ser de, no mínimo, a largura do corpo de prova acrescida de 2 cm em cada
lateral, proporcionando, assim, largura suficiente para que o bloco de aço deslize pela madeira.
14.5.6 Deve haver um espaço de, pelo menos, 20 cm para o deslocamento do bloco de aço na
madeira. Após isso, iniciar o ensaio com o deslocamento da travessa móvel onde está presa a célula de
carga, conforme esquema da Figura 3 abaixo.
14.5.7 A célula de carga utilizada deverá ser compatível com o ensaio a ser realizado, devendo
ser calibrada na faixa dos resultados alcançados durante o ensaio, recomendando-se célula de 100N.
Deverá ser registrada a força axial máxima, que corresponderá à força atuante no bloco de aço para
cálculo do atrito estático, de acordo com a fórmula abaixo.
Onde:
μ = coeficiente de atrito.
15. MARCAÇÃO
Marcação da luva
15.1.1 Cada luva de proteção deve ser marcada ou trazer uma etiqueta com as seguintes
informações:
b) a designação das luvas (nome comercial ou código que permita o usuário identificar
precisamente o produto);
15.1.2 A marcação deve estar de forma visível, legível e indelével durante toda a vida útil
prevista para a luva. As marcações ou inscrições que possam ser confundidas com as acima referidas não
devem ser fixadas na luva.
NOTA A marcação na luva não é suficiente por si só para transmitir informação compreensível
sobre proteção ao usuário final. Por essa razão, deve ser considerada com as informações fornecidas pelo
fabricante e/ou importador, descrita no subitem 15.2.1.
15.2.1 Em cada embalagem individual em contato direto com as luvas ou em folheto explicativo
individual que acompanhe cada par de luvas, devem existir as seguintes informações:
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b) designação das luvas (nome comercial ou código que permita ao usuário identificar
precisamente o produto);
d) explicações básicas para facilitar a compreensão dos níveis de desempenho relevantes, por
exemplo, qual o maior e qual o menor valor para cada nível de desempenho;
e) problemas que possam eventualmente surgir, como, por exemplo, problemas se as luvas
forem lavadas ou lavadas inadequadamente;
f) listagem de substâncias contidas na luva, que são conhecidas por causar alergias;
h) instruções de limpeza e/ou lavagem, assim como o número máximo de ciclos de lavagem ou
de limpeza à qual a luva pode ser submetida. Caso a luva não possa ser lavada, isso deve ser citado;
ANEXO A (Informativo)
As informações aqui constantes são informativas, portanto, não normativas, mas que podem ser
consideradas no projeto e na fabricação de luvas por parte dos fabricantes e, também. nas especificações
de uso por parte das empresas usuárias.
São citados problemas, tais como, a dificuldade tanto para pegar a cana, quanto para manusear
o facão. Além disso, são também citados, entre outros, o aparecimento de dores e a necessidade de maior
esforço para executar a tarefa.
Além disso, os empregadores sujeitam-se ao que é ofertado pelo mercado e, não raramente,
desconhecem o sistema de numeração citado neste Regulamento Técnico, não fazendo em seus pedidos
de compras as especificações que cubram todos os tamanhos de mão de uma população de
trabalhadores.
Dessa forma, como pode ser visto no subitem 4.4.5, a luva de proteção para o corte de cana-de-
açúcar deve ser disponibilizada pelos fabricantes em pelo menos seis tamanhos, numeração variando do 6
ao 11, podendo também serem fabricadas em meios tamanhos, numeração variando de 6,5 ao 10,5. Não
deve existir outra forma de numeração, como por exemplo, P, M, G, XG, L, XL, U, entre outras.
O tamanho das luvas deve ser designado de acordo com o tamanho das mãos. Todas as mãos
possuem um tamanho, que é determinado conforme demonstrado no subitem 4.4.4.
Portanto, convém que o fabricante, ao designar o tamanho da luva, faça observações práticas
para definir a numeração de cada tamanho. Isso pode ser realizado na prática por dois métodos, que
partem da premissa que o fabricante confecciona luvas de várias dimensões.
Outro método é identificar pessoas com diferentes tamanhos de mãos e experimentar as luvas
nessas pessoas. Nessa opção, pode se colher a opinião dessas pessoas enquanto elas experimentam as
luvas de diversas dimensões, como, por exemplo, dizer qual a luva que mais se adaptou ao seu tamanho
de mão. As pessoas também podem flexionar as mãos para verificar se existem dificuldades nos
movimentos e na preensão de objetos. Esse método consiste em:
Encontrar pessoas com diferentes tamanhos de mãos (6, 7, 8, 9, 10, 11), medindo o perímetro da
mão em polegadas (1 polegada = 2,54cm = 25,4mm). Para isso, mede-se a mão em milímetros e divide o
valor por 25,4. Exemplo: 157mm, corresponde a 157 / 25,4 = 6,18 polegadas, o que resulta em mão 6½, pois
o arredondamento deve ser feito sempre para cima. O ideal é encontrar pessoas com tamanhos de mão
próximos do resultado exato, sem arredondamentos.
Orientar as pessoas a colocarem a luva e verificar a qual mão a luva se adequou sem
comprometer os níveis de desempenho, por exemplo, uma luva tricotada não pode esticar ao ponto de as
linhas ficarem muito distantes, diminuindo a força de perfuração; uma luva de material que estica não
pode esticar ao ponto de diminuir a espessura do material drasticamente. Dessa forma, através da
descoberta das pessoas para quem serve a luva, será feita a designação dos tamanhos, através do
tamanho das mãos.
Outro requisito deste Regulamento Técnico é que as luvas devem ser fabricadas considerando-
se as pessoas destras e canhotas.
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Assim, a empresa poderá designar quantos pares de luvas deverá adquirir ("x" pares no tamanho
6, "y" pares no tamanho 7, "z" pares no tamanho 8, "v" pares no tamanho 9, "w" pares no tamanho 10 e "t"
pares no tamanho 11), ou estabelecer percentuais que podem ser multiplicados pelo número de luvas a
serem adquiridas ("x%" no tamanho 6, "y%" no tamanho 7, "z%" no tamanho 8, "v%" no tamanho 9, "w%" no
tamanho 10 e "t %" no tamanho 11). De forma análoga, pode ser estabelecido o número de pares para
destros e para canhotos, se as concepções de desenho das luvas forem diferentes para a mão da cana e
para a mão do facão, conforme explicado no subitem 4.3 deste Regulamento Técnico.
As empresas usuárias podem fornecer luvas distintas e de diferentes fabricantes para a mão da
cana-de-açúcar e para a mão do facão. Tal fato ocorre em razão da observação em testes qualitativos,
conduzidos com trabalhadores, de que, em muitos casos, o trabalhador prefere um tipo de luva para a
mão do facão e outro para a mão da cana.
A mão pode ser comparada a um mecanismo altamente complexo que permite executar várias
atividades, entre as quais segurar uma ferramenta, visando efetuar uma tarefa. No caso da atividade de
corte de cana-de-açúcar, a mão do facão deve segurar a ferramenta, enquanto a outra mão segura a cana
que será cortada, imputando a estes objetos uma força de preensão que, teoricamente, deve ser a menor
possível, de tal forma a não causar fadiga e problemas musculoesqueléticos a quem executa a atividade.
a) a preensão de força, que ocorre com a ação de flexão dos quatro dedos e polegar de
encontro com a palma da mão, com o propósito de transmitir força para um objeto;
b) a preensão de precisão, que está relacionada à aproximação dos dedos polegar e indicador
ou outros para formar pinças funcionais, em movimentos de maior precisão e pequenas forças.
A força exercida pelas mãos sobre os objetos, a força de preensão, depende de vários fatores,
entre as quais a forma do objeto, o tipo de superfície do objeto, a presença de materiais lubrificantes. No
caso do corte de cana-de-açúcar, podem estar presente umidade (chuva), suor e melaço da cana, por
exemplo.
A força de preensão pode ser medida de várias formas. Geralmente essas medições são
realizadas no âmbito fisioterápico, na recuperação de pacientes que sofrem algum tipo de lesão nos
membros superiores. Existem várias formas de se realizar a medição da força de preensão, sendo a mais
comum a que utiliza um equipamento simples, disponível comercialmente como dinamômetro tipo Jamar,
como o ilustrado na Figura 4 abaixo.
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O uso da luva visa proteger o trabalhador de riscos mecânicos (abrasão, corte e perfuração).
Os principais fatores que determinam a força de preensão quando se utilizam luvas, aliados aos
já citados anteriormente, são:
a) materiais da luva;
c) espessura da luva;
i) tipo de junção de peças, tipo de chanfração de peças, como, por exemplo, em luvas de
couros;
j) peso da luva;
II - outros fatores:
a) formato e volume do objeto, se for uma ferramenta, como, por exemplo, o facão, o cabo deve
se adaptar ao formato do fechamento da mão, devendo ser anatômico;
Pelos fatores acima expostos, as luvas podem apresentar algumas características para não
proporcionar um grande aumento da força de preensão por parte do trabalhador quando as utilizar,
comparando- se com a força de preensão se a mão estivesse nua que, de forma exemplificativa, são:
a) o formato da luva deve se adaptar o mais fielmente possível à forma das mãos,
proporcionando no nível mais elevado possível os seguintes fatores: sensibilidade tátil (capacidade de
sentir o objeto quando em contato com o mesmo), destreza dos dedos, flexibilidade e liberdade de
movimentos, o que pode ser obtido através da utilização de materiais com a menor espessura possível,
respeitando- se a proteção e os níveis de desempenho esperados, e da disponibilização de uma gama de
tamanhos suficientes para atender a todos os tamanhos de mão;
c) uso de materiais na palma da mão, incluindo face palmar dos dedos, que proporcionem alto
coeficiente de atrito com os materiais a serem manuseados (cabo do facão e cana), principalmente em
relação à mão do facão;
d) tipo de construção que não traga dificuldades para pegar objetos, que não cause dores e
fadiga, tais como costuras inadequadas, materiais sobrepostos ou saliências.
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Deve ser esclarecido que o ensaio de corte previsto neste Regulamento é um método
normatizado e mundialmente conhecido por meio da norma EN 388 - Luvas de proteção contra riscos
mecânicos.
A norma EN 388 também fornece como opção a realização do ensaio de corte através de um
método que usa o princípio de corte por uma navalha de movimento alternativo (movimento de vai-e-
vem), conforme a norma ISO 13999.
Estes métodos servem para comparar materiais e também para estabelecer níveis de
desempenho mínimo em alguns tipos de produtos como, por exemplo, luva para uso em operações de
combate a incêndio, ensaiada pela norma EN 659 - Luvas para bombeiros, que deve ter nível de
desempenho dois para corte, quando realizado o ensaio por um dos métodos acima.
Este Regulamento Técnico também referencia o ensaio de corte pela EN 388, um dos métodos
descritos acima, e estabelece o nível de desempenho mínimo de dois na palma da mão do (facão/cana) e
no dorso da mão da cana. Quanto à definição do mesmo desempenho mínimo para a palma da luva da
mão da cana e do facão, considerou-se o risco de corte na palma da mão da cana pelo manuseio da cana-
de-açúcar, como também na mão do facão, pois existe o manuseio da cana-de-açúcar após o corte,
conferindo total coerência ao critério adotado.
No entanto, com relação a um possível corte por impacto do facão no dorso da mão da cana, a
utilização deste critério deve-se à falta de um método normatizado ou mesmo experimental, para medir
um eventual corte provocado pelo impacto do facão contra a mão da cana. Existe um método para
medição de corte por impacto descrito na norma ISO 13999, que é utilizado para ensaiar luvas de proteção
contra cortes por facas manuais e objetos cortantes similares, fabricadas em malha de aço ou outros
materiais alternativos. O método, entretanto, simula o impacto da ponta da faca, bastante diferente do que
ocorre no corte de cana-de-açúcar, pois, se houver algum acidente, este será causado pelo impacto do
gume da faca (meio da faca).
Assim, cabe esclarecer que uma luva fabricada sob a luz deste Regulamento Técnico pode
minimizar, mas não evitar sequelas ao trabalhador caso haja um acidente envolvendo corte por impacto do
facão. Deve também ser citado que o impacto pode provocar esmagamento da área atingida.
Então, recomenda-se às empresas usuárias de luvas de proteção que enfatizem essa questão
aos trabalhadores, treinando-os e verificando periodicamente a eficácia desses treinamentos. Deve-se
ponderar, também, que as condições de trabalho podem influenciar na ocorrência desses acidentes,
principalmente quando os trabalhadores prestam serviços sob forte fadiga, que pode decorrer das
condições climáticas, sistemas de produção, terrenos acidentados ou em desnível, entre outros, devendo
essas situações serem consideradas.
Quanto aos fabricantes de luvas, é importante esclarecer que esforços têm sido realizados no
sentido de diminuir possíveis sequelas em acidentes provocados pelo impacto do facão. A construção de
luvas com mecanismos que visam diminuir esses danos tem surgido com o decorrer dos anos, como, por
exemplo, o uso do fio de aço para proteger a região do dorso do polegar e do indicador da mão da cana.
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No entanto, um maior nível de proteção nesta região envolve a utilização de materiais que
podem impedir ou dificultar a movimentação da mão e a flexibilidade dos dedos, o que exigiria a utilização
de materiais com níveis de proteção bem maiores com relação à questão de corte por impacto. Então, a
exigência de um requisito para proteção contra o risco de corte por impacto poderia atrapalhar a questão
da flexibilidade, que é bastante citada em pesquisas envolvendo trabalhadores. Assim, concluiu-se pela
não criação de um requisito específico para proteção contra corte por impacto.
A atividade realizada no campo inclui a presença de terra, poeira, fuligem da queima da cana,
suor, melaço da cana e, às vezes, a presença de água ou umidade proveniente de chuva ou tempo úmido.
Além disso, como as luvas ficam sujas ao final de um dia de trabalho, os trabalhadores tendem a lavar as
luvas, mesmo, às vezes, não sendo isso recomendado, como, por exemplo, em relação a algumas luvas de
couro. Assim, ainda acresce-se aos outros agentes, a água para a lavagem e produtos de limpeza.
Este Regulamento Técnico prevê que, se existirem instruções de uso para lavagem das luvas,
estas devem ser repassadas ao usuário e, neste caso, o processo de lavagem ou limpeza deve ser seguido
pelo número de ciclos recomendado pelo fabricante (até cinco ciclos ou considerar cinco ciclos se o
número recomendado for maior) para, posteriormente, as luvas passarem pelos ensaios pertinentes.
Como lavagem das luvas é rotina entre os trabalhadores, é interessante que sejam
disponibilizados para uso pelo menos dois pares de luvas, de tal forma que, quando um par for lavado, haja
tempo suficiente para a secagem do mesmo ou, mesmo que não seja lavado, haja tempo de haver
dessorção do suor absorvido durante uma jornada de trabalho. É interessante, também, que o empregador
recomende a alternância do uso dos pares de luva, por exemplo, um dia utilizar um par, no outro dia utilizar
o outro par. Nesse sistema, o custo com o fornecimento de luvas será o mesmo gerado pelo fornecimento
de apenas um par por vez, visto que as luvas terão uma maior vida útil.
ANEXO IV
Descrição da ação do
Motivo Certificaçãode
Organismo
de Ação em relação ao Certificado de Aprovação
Produtos
O Certificado de Aprovação será suspenso ou cancelado , conforme o
Suspensão ou caso, podendo apresentar a informação de inutilização dos
I cancelamento por Equipamentos de Proteção Individual já disponíveis no mercado, de
reprovação em ensaios. acordo com o relato do Organismo de Certificação de Produtos
responsável.
Suspensão ou No caso de suspensão, o Certificado de Aprovação permanecerá com
cancelamento por a data de validade do respectivo Certificado de Conformidade. Já no
II outros tipos de não caso de cancelamento, o Certificado de Aprovação terá a data de
conformidades não validade alterada para a data de cancelamento do Certificado de
relacionadas a ensaios. Conformidade.
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Suspensão ou
cancelamento por No caso de suspensão, o Certificado de Aprovação permanecerá com
abandono/rompimento a data de validade do respectivo Certificado de Conformidade. Já no
III de contrato (não caso de cancelamento, o Certificado de Aprovação terá a data de
cumprimento da etapa validade alterada para a data de cancelamento do Certificado de
de manutenção ou Conformidade.
recertificação).
Cancelamento por O Certificado de Aprovação permanecerá válido, com a data de
IV transferência de validade do Certificado de Conformidade emitido pelo novo
Organismo de
Certificação de Produtos. Organismo de Certificação de Produtos.
O Certificado de Aprovação terá a data de validade alterada para a
Cancelamento a pedido data de cancelamento do Certificado de Conformidade ou o prazo
V por encerramento da previsto para encerramento da comercialização do estoque do
fabricação/importação. equipamento, informado pelo Organismo de Certificação de
Produtos, e que considere, inclusive, o estoque do equipamento de
revendedores e distribuidores.
Cancelamento por
adequação a novo
Regulamento de O Certificado de Aprovação permanecerá válido, com a data de
VI Avaliação da validade do novo Certificado de Conformidade.
Conformidade
(vencimento do 1º prazo
de adequação).
ANEXO V
1. Do objetivo
2.1 Conceito
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No Brasil, também está sendo adotado este conceito. Deverão ser estabelecidas concentrações
equivalentes dos indicadores biológicos de exposição com a concentração ambiental do benzeno.
Portanto, este protocolo não trata somente da introdução de um novo indicador biológico de
exposição para o benzeno, mas também da modificação da maneira de se interpretar os resultados
obtidos.
2.2 Objetivo
O indicador biológico de exposição deve ser utilizado como ferramenta de higiene do trabalho e
como instrumento auxiliar de vigilância à saúde. Poderá, portanto, ser utilizado para:
(2) dedução, a partir dos resultados obtidos, da parcela de benzeno absorvida após exposição
do trabalhador;
(4) verificação de outras vias de penetração do benzeno no organismo, que não a inalatória; pela
pele, por exemplo; e,
O indicador biológico de exposição só deve ser utilizado quando se têm bem definidos os
objetivos de sua determinação e estabelecidos os critérios de interpretação dos resultados. Pode ter
pouco significado a determinação do indicador biológico de exposição em datas pré-agendadas, como
nos exames periódicos, por exemplo, que podem coincidir com períodos em que o trabalhador não
executou nenhuma atividade relacionada com o benzeno.
Quando se pretende atingir qualquer um dos três primeiros objetivos relacionados no item 2.2,
deve-se de, preferência, avaliar o indicador biológico de exposição em grupos de no mínimo vinte
trabalhadores (Buschinelli & Kato, 1989) ou em todo o grupo homogêneo de exposição, se este for em
número menor do que vinte, em conjunto com as avaliações da exposição ocupacional na zona
respiratória do trabalhador.
Para os dois últimos objetivos, a análise deve ser realizada em grupos de quaisquer número de
trabalhadores que estiveram em situações de exposições aguda e sujeitos a outras vias de penetração.
A interpretação dos resultados do grupo homogêneo de exposição deve ser feita levando- se
em consideração os dados de todo o grupo avaliado, segundo Buschinelli & Kato. Esta forma de
interpretação permite avaliar o nível de exposição e fazer inferência do potencial de agravo à saúde ou
eficácia dos dispositivos de proteção respiratória.
Resultados individuais do grupo homogêneo muito discrepantes do conjunto não devem ser
tratados como provável dano à saúde e devem ser expurgados estatisticamente da análise grupal,
procedimento de rotina em estudos estatísticos. Devem, no entanto, ser investigados visando desencadear
ações corretivas de higiene industrial e de vigilância à saúde individual, específicas para a ocorrência.
sangue.
Para a avaliação da exposição ocupacional de indivíduos com turnos de trabalho de seis a oito
horas, a biotransformação do benzeno em ácido trans, trans-mucônico fornece uma concentração máxima
do produto a partir de aproximadamente 5,1 horas após o início da exposição, sendo que cerca de 2 a 3,9%
do benzeno absorvido é excretado pela urina na forma de ácido trans, trans-mucônico (Coutrim et al.,
2000; Boogaard & Sittert, 1995)
As amostras devem ser mantidas refrigeradas e devem ser enviadas o mais rápido possível ao
laboratório.
4.4 Armazenagem
Barbosa (1997) mostrou a estabilidade das amostras refrigeradas a -20 °C por um período de até
dez semanas. Costa (2001) indicou que a amostra não sofre alteração por um mês, a esta temperatura. De
acordo com os achados de Martins, I. (1999) em estudos de estabilidade do ácido trans, trans-mucônico, os
resultados mostraram que no intervalo analisado (0,2 - 2,0 mg/L) a concentração de 0,2 mg/L mostrou-
se estável somente por seis semanas; a partir da sétima semana, o valor já se encontrava fora do gráfico de
controle. Já para a concentração de 2,0 mg/L, a estabilidade foi de quinze semanas, permanecendo o
analíto estável. Este autor também examinou a estabilidade por um período de dez dias em amostras
conservadas a 4° C e os resultados mostraram que o analíto permaneceu estável durante este período
para as concentrações estudadas. Destes fatos, julgamos prudente que se armazene a amostra de urina a
4° C por um período de no máximo sete dias antes da análise. Se não for possível a análise das amostras,
no prazo de uma semana, elas devem ser refrigeradas a -20° C, por no máximo um mês.
4.6 Interferentes
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Os valores de ácido trans, trans-mucônico acima dos valores de referência obtidos a partir de
uma amostragem de uma população sadia, não ocupacionalmente exposta ao benzeno, podem indicar
provável exposição do trabalhador a esta substância. Desta forma, deve-se investigar o local de trabalho e
como estão sendo realizadas as tarefas, para identificar as possíveis causas de sobre exposição. Valores
acima dos correspondentes aos Valor de Referência Tecnológico indicam que o ambiente de trabalho não
está em conformidade com o preconizado no Anexo 13A da Norma Regulamentadora nº 15 (NR).
Para se fazer as correlações dos resultados das análises de ácido trans,trans mucônico com a
concentração de benzeno no ar, deverão ser utilizados os valores de correlação abaixo com alteração dos
resultados em mg/l para mg/gramas de creatinina, que foram feitas admitindo-se uma concentração
média de 1,2 grama de creatinina por litro de urina.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-672-de-8-de-novembro-de-2021-359091010 77/78
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0,9 3,0
1,0 3,3 2 1,6
2 6,5 3 2,5
4 13 5 4,2
6 19,5 7 5,8
6. Bibliografia
· Barbosa, E. M.,- 1997, "Exposição Ocupacional ao Benzeno: o ácido trans-trans mucônico como
indicador biológico de exposição na indústria de refino de petróleo", Dissertação de Mestrado. CESTEH,
Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz..
· Boogaard, P.J.; Van Sittert, N.J.; 1995, "Biological monitoring of exposure to benzene: a
comparison between s-phenylmercapturic acid, trans,trans-muconic acid and phenol", Occup. Environ.
Med., 52: 611.
· Brugnone, F.; Perbellini, L.; Romeo, L.; Cerpelloni, M.; Cecco, A.; Leopard Barra, E.; Moro, G.;
Marchiori, L.; Ferracin, A.; 1997; "Environmental exposure and blood levels of benzene in gas station
attendants. Comparison with the general population"; Med. Lav. 88(2): 131-147
· Buschinelli, J. T. P.;Kato, M., 1989, " Monitoramento biológico de exposição a agentes químicos",
São Paulo, FUNDACENTRO.
· Carvalho, A.B.; Arcuri, A.S.A.; Bedrikow, B.; Augusto, L.G.S.; Oliveira, L.C.C.; Bonciani, M.; Kato, M.;
Gramacho, M.I.P.; Freitas, N.B.B.; & Novaes, T.C.P, 1995, - BENZENO Subsídios Técnicos à Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho (SSST/MTb); 2. ed. - São Paulo: FUNDACENTRO: FUNDUNESP, 86p..
· Costa, M. F. B.; "Machado, J. M. H.; Moreira, J. C.; Brickus, L. S. R., 2000, "Aplicabilidade do ácido
trans,trás-mucônico urinário como indicador biológico na avaliação da exposição ocupacional ao benzeno",
Revista Brasileira de toxicologia,13:63-68.
· Coutrim, M.X.; Carvalho, L.R.F.; Arcuri, A S. A ; 2000, "Avaliação dos métodos analíticos para a
determinação de metabólitos do benzeno como potenciais biomarcadores de exposição humana ao
benzeno no ar", Química Nova, 23(5): 653.
· Coutrim, M.X.; Jager, A.V.; Carvalho, L.R.F.; Tavares, M.F.M.; 1997, "Capillary electrophoresis
determination of urinary muconic acid as a biological marker for benzene in cigarette smoke", J. Capillary
Electrophor. 44:39.
· DFG (Deutsche Forschungsgmeinschaft), 1996, "List of MAK and BAT Values, do, Report n° 32",
página 156, item IX Carcinogenic Substances
· Drummond, L. R.; Luck, R.; Afacan, A.S.; Wilson, H. K. 1988, "Biological monitoring of workers
exposure to benzene in the coke oven industry"; Br. J. Ind. Med. 45:256-261
· Ducos, P.; Gaudin, R.; Robert, A.; Francin, J.M.; Maire, C.; 1990, Improvement in HPLC Analysis of
Urinary trans,trans-Muconic Acid, a Promising Substitute for Phenol in the Assessment of Benzene
Exposure., Int. Arch. Occup. Environ. Health, 62: 529-534.
· Ducos, P.; Gaudin, R.; Bel, C.; Maire, C.; Francin, J.M.; Robert, A.; Wild, P.; 1992, "trans,trans-
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