Ação de Reintegração de Posse e Tutela de Urgência
Ação de Reintegração de Posse e Tutela de Urgência
Ação de Reintegração de Posse e Tutela de Urgência
1. PRELIMINARMENTE
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1.1 – DA JUSTIÇA GRATUITA
Nos termos dos arts. 98 e 99 do Código de Processo Civil, o Requerente declara para os
devidos fins e direitos sob as penas da lei, ser hipossuficiente na acepção jurídica do termo, e por
não possuir condições de pagar as custas processuais, as despesas do processo, honorários
advocatícios, peritos e demais gastos, sem prejuízo próprio e de sua família, conforme declaração
de hipossuficiência e carteira de trabalho anexas [DOC. 04 e 05].
2. DOS FATOS
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Primeiramente devemos apresentar a Prova da Posse do Autor, que advém do contrato
celebrado com a do imóvel, inscrito na Matrícula nº, registrada no Cartório de Registro de
Imóveis de Cidade. Imóvel em que fica situado na Avenida, local em que tornou seu domicílio
pelo período de, caracterizando assim a prova documental incontestável da posse do Requerente.
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Neste ponto em especial, precisamos esclarecer acerca da posse nova e a posse velha, para
que venha determinar o procedimento processual que esta causa se enquadrará.
Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração
de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for
proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado
na petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o
procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório.
Com isso, o prazo que foi estipulado e sabido pelas partes, para a desocupação, qual seja,
é determinável para data do esbulho, fato que em verdade, a Requerida se recusou a sair do
imóvel, assim agindo de má-fé.
Visto que a Requerida se recusa a sair do apartamento que não é dela, CONFIGURA
NA DATA DE O ESBULHO DA POSSE DO IMÓVEL.
Após este marco processual, devemos sinalizar a continuação dos fatos, em virtude do
Esbulho da Requerida.
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todavia, não progrediu a conciliação pela dificuldade de entendimento. Uma vez que esta não
apresentava contraproposta justa.
Desde este fato, o autor vem tentando impossibilitar a estadia da Ré no imóvel, todos os
feitos permaneceram ineficazes. Não restando alternativa a não ser ingressar com a presente
Ação de Reintegração de Posse.
Esta é a síntese dos fatos que merece relato, sendo que não restou outra alternativa a não
ser a busca da tutela jurisdicional para garantir ao Requerente os seus direitos possessórios.
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necessário que haja comprovação, por parte do autor dos requisitos que o Código de Processo
Civil preceitua o seguinte em seus Artigos 560 e 561:
Ressaltando o que foi acima mencionado, e classificando de acordo com o artigo 561 do
CPP:
III - A data do Esbulho se deu com o fim do prazo para saída imediata do
apartamento, ou seja;
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 45844460 - RAI 1001536-
51.2020.8.11.0000
EMBARGANTE: GERALDO ANTONIO MENDES DA SILVA
EMBARGADO: IMOBILIARIA E CONSTRUTORA GEORGIA
MIRELA LTDA
E M E NTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO
CONTRATUAL C/C CANCELAMENTO DE REGISTRO,
REINTEGRAÇÃO DE POSSE E COBRANÇA – LIMINAR
PARCIALMENTE DEFERIDA – COMPRA E VENDA DE
IMÓVEIS – ALEGAÇÃO DE DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO
EM RAZÃO DA INADIMPLÊNCIA DO COMPRADOR –
PEDIDO DE RESCISÃO CONTRATUAL COM LIBERAÇÃO
DOS IMÓVEIS PARA QUE DELES A AUTORA POSSA DISPOR
– PROVIMENTO – OMISSÃO – INOCORRÊNCIA – ARTIGO
1.022 DO CPC/15 – REDISCUSSÃO DA MATÉRIA E
PREQUESTIONAMENTO – EMBARGOS REJEITADOS.
Devem ser rejeitados os embargos de declaração, quando ausente a
omissão apontada pela parte embargante e pretende rediscutir a
matéria, consistente na concessão da tutela para liberação dos
apartamentos objeto do contrato de compra e venda firmado entre
as partes, diante dos fortes indícios de inadimplência do
adquirente/embargante.
Mesmo nos embargos de declaração com o fim específico de
prequestionamento, é necessário observar os limites previstos no
artigo 1.022 do CPC/15, impondo-se sua rejeição quando não se
verificarem os vícios nele elencados.-
(N.U 1001536-51.2020.8.11.0000, CÂMARAS ISOLADAS
CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, MARILSEN ANDRADE
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ADDARIO, Vice-Presidência, Julgado em 15/07/2020, Publicado
no DJE 27/07/2020)
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lide, tornando-se revel, correta a decisão de piso que, acatando o
pleito inicial, julga procedente o pedido e rescinde o contrato.
(3) - Os aborrecimentos e infortúnios criados por terceiro no
imóvel, ex-companheiro da contratante, em devolvê-lo, não se trata
de mero aborrecimento do que ordinariamente acontece. Traduz
dano moral ‘in ré ipsa’ que se caracteriza pelo ato ilícito em relação
àquela ocupação indevida e as consequências de perturbação ao
proprietário.
(4) – Estando o valor (R$ 10.000,00) dentro da razoabilidade e da
proporcionalidade e em sintonia com julgados precedentes, não há
como albergar pretensão de exclusão dos danos morais.
(5) – Não reside a possibilidade de retenção por benfeitorias porque
estas não foram demonstradas nos autos, porque se trata de posse de
má fé e porque existe cláusula contratual de perdimento, no caso de
rescisão contratual.
(6) – Não conhece do recurso na parte em que pretende a requerida
o reembolso de impostos pagos durante a ocupação do imóvel em
face de que esta questão não foi tratada em sede de contestação.
Qualquer incursão do Tribunal neste aspecto violaria o duplo grau
de jurisdição.
(7) – Conhecido e desprovido o recurso, impõe-se a majoração dos
honorários advocatícios, os alcunhados recursais (§ 11, art. 85,
CPC).
(N.U 1006819-51.2017.8.11.0003, CÂMARAS ISOLADAS
CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, SEBASTIAO DE MORAES
FILHO, Segunda Câmara de Direito Privado, Julgado em
12/08/2020, Publicado no DJE 18/08/2020)
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No presente caso os documentos juntados justificam e são suficientes para demonstrar que
a Requerida adentrou o apartamento de má-fé para esbulhar a posse do Requerente, e permanece
no imóvel sem qualquer direito que a legitime, uma vez que não existe nenhum contrato, com isto
impede o exercício de direito do Requerente na faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o
direito de reavê-la de quem quer que a possua ou detenha.
Ainda mais pela posse injusta, não resta alternativa a não ser requerer judicialmente a
REINTEGRAÇÃO DA POSSE, fundamento nos fatos jurídicos de direito.
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Infere-se, pois, que para a concessão da liminar possessória basta que a
prova seja SATISFATÓRIA, não havendo necessidade de prova irrefutável, desde que, estejam
presentes os requisitos do Artigo 561 do Código de Processo Civil.
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Na ação de reintegração de posse, incumbe ao autor provar: “a sua
posse; o esbulho praticado pelo réu; a data do esbulho; a perda da
posse”, nos termos do art. 561 do CPC/15.
Se em juízo superficial se verifica a prova da posse do autor sobre o
imóvel em discussão, bem como o esbulho por parte do requerido e
a sua ocorrência em menos de ano e dia, se tem preenchidos os
requisitos legais a ensejar a concessão de liminar possessória.-
(N.U 1005357-92.2022.8.11.0000, CÂMARAS ISOLADAS
CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, MARILSEN ANDRADE
ADDARIO, Segunda Câmara de Direito Privado, Julgado em
15/06/2022, Publicado no DJE 20/06/2022)
2) O esbulho (Art. 561, II, CPC) ocorrido há menos de ano e dia (Art.
568, § único, CPC) encontra-se clarividente, conforme comprova o Distrato do Contrato de
Compra e Venda [DOC. 12], A Tentativa de Notificação Extrajudicial [DOC. 13] O Boletim de
Ocorrência [DOC. 14], e as conversas com a Requerida [DOC. 21]; e
2. DA TUTELA DE URGÊNCIA
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e o esbulho praticado pelos Requeridos estão provados, e as exigências legais para a reintegração
de sua posse foram atendidas, com a fundamentação jurisdicional descrita no art. 300 do CPC.
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age de má-fé, que ao esbulho vem lhe maleficiando moralmente, o perigo da demora é um fato de
debilitando da condição do apartamento e da moral do autor.
3. DOS PEDIDOS
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1) O deferimento dos benefícios Gratuidade da Justiça, para todos os atos
processuais, conforme prescreve o artigo 98, caput e § 1º, § 5º e artigo 99 do CPC, em que é
comprovada pela declaração de Hipossuficiência e Carteira de Trabalho anexos;
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8) Condenar os Requeridos ao pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência, no termo do artigo 85, § 2º do CPC;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Cidade/UF, data.
ADVOGADO
OAB Nº
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