Parada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória
UNITERMOS
PARADA CARDÍACA; RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR; MASSAGEM CARDÍACA
KEYWORDS
HEART ARREST; CARDIOPULMONARY RESUSCITATION; HEART MASSAGE
SUMÁRIO
O suporte básico e avançado de vida continuam a ser a chave para
melhorar os resultados de sobrevivência da parada cardiorrespiratória (PCR). O
objetivo deste artigo é atualizar a abordagem da PCR, enfatizando os diferentes
cenários clínicos e individualizando as terapias conforme o ritmo e a etiologia.
SUMMARY
Basic life support and advanced cardiovascular life support continue to be
the key to improve survival rates of sudden cardiac arrest (SCA). The purpose of
this article is to update the approach to SCA, emphasizing the different clinical
scenarios and individualizing therapies according to rhythm and etiology.
INTRODUÇÃO
Parada cardiorrespiratória (PCR) se refere à ausência de atividade cardíaca
acompanhada de colapso circulatório. Estima-se que 40% do total de PCRs
ocorram em ambiente intra-hospitalar,1 que será o foco deste artigo. As
condutas descritas a seguir seguem as diretrizes 2015 da American Heart
Association (AHA) para ressuscitação cardiopulmonar (RCP).1
IDENTIFICAÇÃO E ABORDAGEM
O atendimento do paciente com PCR pode ser dividido em três etapas:1 (1)
Suporte Básico de Vida ou BLS (Basic Life Support); (2) Suporte Avançado de
Vida Cardiovascular ou ACLS (Advanced Cardiovascular Life Support) e (3)
Cuidados pós-PCR.
A nova versão do Guideline da AHA anunciou que novas recomendações
serão atualizadas continuamente na plataforma on-line
(https://eccguidelines.heart.org).
*Bicarbonato de sódio 8,4% (1ml=1mEQ): dose ataque: 1mEq/Kg; metade da dose pode ser repetida após 10-15
minutos, dependendo do pH; as subsequentes devem ser guiadas pela gasometria.1
**Gluconato de cálcio a 10%: 10 a 20ml, intravenoso, em bolus; a dose pode ser repetida a cada 2-5 minutos.1
MANEJO PÓS-PCR
O manejo do paciente que retorna à circulação espontânea, PCR revertida,
envolve cuidados que, apesar de bem definidos, podem ter variações de acordo
com os recursos disponíveis. Inclui monitorização dos sinais vitais, do ritmo
cardíaco, avaliação do suporte ventilatório (manter saturação de oxigênio ≥
94%; não hiperventilar) e estado hemodinâmico. As medidas contemplam a
identificação e tratamento da causa da PCR, além da tentativa de minimizar o
dano secundário por isquemia de reperfusão nos diferentes órgãos e sistemas.9
(Tabela 2)
CONCLUSÃO
O sucesso da RCP e o prognóstico da PCR são diretamente proporcionais à
precocidade da sua detecção e efetividade do seu manejo. Visando um maior
percentual de sobrevivência, a capacitação dos profissionais é essencial para
que as cadeias de sobrevivência sejam aplicadas de maneira ágil e eficaz,
quando requisitadas.
REFERÊNCIAS
1. Martins HS, Neto AS, Velasco IT, et al. Emergências clínicas: abordagem prática. 11°ed. São Paulo:
MANOLE; 2016.
2. Kronick SL, Kurz MC, Lin S, et al. Part 4: systems of care and continuous quality improvement: 2015
American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care. Circulation. 2015;132(18):S397-S413.
3. Monsieurs KG, Nolan JP, Bossaert LL, et al. Section 1: executive summary: European Resuscitation
Council Guidelines for Resuscitation 2015. Resuscitation. 2015; 95:1–80.
4. Kronick SL, Kurz MC, Lin S, et al. Part 5: adult basic life support and cardiopulmonary resuscitation
quality: 2015 American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and
Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2015;132(18 Suppl 2):S414-S35.
5. Gavin D. Perkins, Anthony J. Handley, Rudolph W. Koster, et al. Section 2: adult basic life support
and automated external desfibrillation: European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation
2015. Resuscitation. 2015;95:81-99.
6. Fernández Lozani I, Urkia C, et al. European resuscitation council guidelines for resuscitation 2015:
key points. Rev Esp Cardiol (Engl Ed). 2016;69(6):588-94.
7. Kronick SL, Kurz MC, Lin S, et al. Part 7: adult advanced cardiovascular life support: 2015 American
Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care. Circulation. 2015;132(18 Suppl 2):S444-64.
8. Jasmeet Soar, Jerry P. Nolan, Bernd W. Böttiger, et al. Section 3: adult advanced life support:
European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2015. Resuscitation. 2015;95:100-47.
9. Kronick SL, Kurz MC, Lin S, et al. Part 8: post-cardiac arrest care: 2015 American Heart Association
Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.
Circulation. 2015;132(18 Suppl 2):S465-82.