A Motivação No Setor Público: Aplicabilidade Da Teoria de Frederick Herzberg
A Motivação No Setor Público: Aplicabilidade Da Teoria de Frederick Herzberg
A Motivação No Setor Público: Aplicabilidade Da Teoria de Frederick Herzberg
Brasília - DF
2021
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas
Departamento de Administração
MBA em Gestão de Pessoas no Setor Público
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Profº Dr. Caio Cesar de Medeiros Costa – Orientador
__________________________________________
Profª M.Sc. Elizânia de Araújo Gonçalves
__________________________________________
Profº Dr. Gustavo Leonardo Simão
Brasília - DF
2021
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas
Departamento de Administração
MBA em Gestão de Pessoas no Setor Público
RESUMO
Este artigo tem como proposta delimitar os fatores intrínsecos e extrínsecos e suas contribuições na
motivação dos servidores e colaboradores da Diretoria Geral do Senado Federal – DGER, com enfoque na
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg. Com base em uma amostra de 153 indivíduos, o estudo caracteriza-
se por sua natureza quantitativa, de caráter analítico, de levantamento dos dados realizada por meio do
questionário online Google Forms, em forma de escala tipo Likert, e, para o tratamento dos dados obtidos,
foi utilizado o programa estatístico SPSS 26. Em relação aos resultados, constatou-se que a maioria dos
motivadores demonstram efeitos positivos aos servidores do DGER, e não são afetados pelos fatores de
higiene, como previsto no estudo de Herzberg. O fator mais referido (86,3% dos respondentes), que
contribui para a motivação no trabalho foi a responsabilidade em desempenhar o trabalho, e o
relacionamento com os colegas e chefe (94,3%). Verificou-se que os fatores como política e administração
do Senado Federal, remuneração e segurança são capazes de afetar a motivação, que prevalece entre os
servidores no início de carreira e em cargos comissionados e cedidos, com menor renda e grau de
escolaridade. Neste sentido, o estudo além de contribuir para identificar possíveis ações que geram
motivação aos servidores do DGER, e fornecer auxílio aos gestores da administração pública para
mudanças positivas, voltadas a motivação e bem-estar de seus servidores, podem subsidiar para um estudo
mais detalhado dos fatores que geraram insatisfação. Mas estes resultados podem ser utilizados por futuros
pesquisadores como base para aprofundamento do tema motivação no setor público.
ABSTRACT
This article proposes to delimit the intrinsic and extrinsic factors and their contributions in the motivation
of the servers and collaborators of the General Directorate of the Federal Senate – DGER, with a focus on
1
Herzberg's Two Factors Theory. Based on a sample of 153 individuals, the study is characterized by its
quantitative, analytical nature, data collection carried out through the online questionnaire Google Forms,
in the form of a Likert-type scale, and for the treatment of data obtained, the SPSS 26 statistical program
was used. Regarding the results, it was found that most motivators demonstrate positive effects on the
DGER servers, and are not affected by hygiene factors, as predicted in the study by Herzberg. The most
mentioned factor (86.3% of respondents) that contributed to motivation at work was the responsibility to
perform the work, and the relationship with colleagues and boss (94.3%). It was found that factors such as
politics and administration of the federal Senate, Remuneration and security can affect motivation, which
prevails among civil servants at the beginning of their careers and in commissioned and assigned positions,
with lower income and level of education. In this sense, the study, in addition to helping to identify possible
actions that generate motivation for DGER employees, and providing assistance to public administration
managers for positive changes, aimed at the motivation and well-being of their employees, can subsidize a
more detailed study on the factors that generated dissatisfaction. But these results can be used by future
researchers as a basis for deepening the theme of motivation in the public sector.
1 INTRODUÇÃO
A Administração Pública tem passado por transformações constantes sempre
voltada para crescimento e adaptações que atendam melhor a sociedade. Inserida num
contexto histórico de crise das velhas práticas de gestão, que surgem novos valores
ideológicos administrativos: a Nova Gestão Pública (NGP), no objetivo de reforçar a
eficiência e eficácia da gestão pública, vem cada vez mais se distanciando da gestão
burocrática, transferindo o conhecimento gerencial do setor privado ao público, tendo
como um dos seus alvos principais a valorização do cidadão-usuário.
Nesse contexto, é imprescindível que os servidores públicos se sintam motivados
e produtivos no ambiente de trabalho para que de forma eficiente executem seu serviço
com a devida valorização ao cidadão. A motivação é um forte fator que impulsiona o
indivíduo a executar e atingir novos patamares em várias áreas de sua vida, e quanto
maior for para os indivíduos oferecerem o seu melhor, aceitar novos desafios, ajudar os
colegas a atingirem os seus próprios objetivos, mais satisfeitos ficarão e maior será o seu
sucesso dentro da organização (DENHARDT et al., 2018).
Na literatura é possível identificarmos as clássicas teorias da motivação. A teoria
de Abraham Maslow é baseada na hierarquia das necessidades: Autorrealização, estima,
social, segurança e fisiológica. Maslow separou as cinco categorias de necessidades em
2
patamares superiores e inferiores. As necessidades fisiológicas e de segurança são
consideradas necessidades de nível inferior, e aquelas relacionadas à estima, à vida social
e à autorrealização são chamadas necessidades de nível superior (ROBBINS et al., 2011,
p. 198).
Para o indivíduo sentir-se motivado é necessário mover-se gradativamente ao
cume da hierarquia. Segundo Robbins et al. (2011, p. 198), de acordo com a teoria de
Maslow, para motivar alguém é preciso saber em que nível de hierarquia a pessoa se
encontra no momento e focar a satisfação naquele nível ou no patamar imediatamente
superior.
Outra teoria bastante difundida é a de MecClelland, tem como fundamento para
motivação: a necessidade de realização (nAch), a necessidade de poder (nPow) e a
necessidade da afiliação (nAff). A necessidade de realização é vista como a melhor
escolha por perfis de grandes realizadores, que percebem a probabilidade de 50% de
sucesso. No entanto, não é confortável e desafiador que tudo esteja perfeitamente sobre
seu domínio. Eles preferem estabelecer metas que o desafiem (ROBBINS et al., 2011, p.
202).
A Teoria de Higiene-motivação foi desenvolvida pelo psicólogo Frederick
Herzberg a partir da investigação numa organização. Por meio da observação e coleta de
dados foi possível verificar situações que desencadearam entre os colaboradores a
satisfação e a motivação no ambiente de trabalho. Utilizou-se questões pré-elaboradas em
que se pudesse inferir o sentimento surgido em relação ao trabalho e qual frequência
ocorreu. De acordo com Herzberg, resultados indicavam que, quando as pessoas falavam
sobre o sentimento de insatisfação em relação ao trabalho, elas falavam de fatores
extrínsecos ao trabalho, e que, quando falavam sentir-se bem ou satisfeitas, falavam de
elemento intrínsecos ao trabalho, e foi denominado por Herzberg como fatores de higiene
e de fatores motivadores, respectivamente (SILVA, 2008; KHOSHNEVIS;
TAHMASEBI, 2016).
Depreende-se que, os fatores intrínsecos estão relacionados ao trabalho em si,
proporcionam a motivação e satisfação do trabalhador. São estes conhecido também
como os fatores motivacionais: o trabalho em si, realização, reconhecimento,
responsabilidade, progresso e crescimento. Os fatores extrínsecos ao trabalho,
denominados higiênicos são capazes tão somente de reduzir ou eliminar a insatisfação,
mas não são capazes de trazer satisfação, estão voltados a política da administração da
3
empresa, supervisão, relacionamento com o supervisor, condições de trabalho, salário,
relacionamento com os colegas, vida pessoal, relacionamento com os subordinados,
status e segurança. Surgindo assim, a Teoria dos Dois Fatores: higiênicos e motivacionais
(KHOSHNEVIS; TAHMASEBI, 2016).
Nesta pesquisa, foi utilizado a Teoria dos dois Fatores para melhor compreender
os fatores intrínsecos e extrínsecos e suas contribuições na motivação dos servidores e
colaboradores da Diretoria-Geral do Senado Federal – DGER.
4
motivação é essencial para que o compromisso com a excelência na prestação de serviços
públicos ocorra de forma proeminente, refletindo o melhor patamar na Casa Legislativa.
Assim, no ambiente de trabalho é fundamental que os funcionários vivenciem
situações que lhes tragam bem-estar e satisfação. Consoante com Rothmann e Cooper
(2015), a falta da satisfação acarreta aspectos negativos, como absenteísmo, rotatividade
de pessoal, além de baixo desempenho do colaborador.
Desta forma, o levantamento de dados relacionado ao tema trará benefícios à
instituição, no que diz respeito a implementação de estratégias que vise a qualidade de
vida do servidor para da melhor forma alcançar a excelência na prestação de serviços
públicos, refletindo diretamente no compromisso com a comunidade.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TEORIA DE DOIS FATORES: HERZBERG
A Teoria dos Dois Fatores afirma que, por meio dos fatores higiênicos e
motivacionais é possível verificar a satisfação do indivíduo no trabalho. A teoria proposta
por Frederick Herzberg e foi extraída da análise crítica das entrevistas feitas em relação
dos quesitos de satisfação e insatisfação das pessoas quanto ao trabalho (SILVA, 2008).
5
A partir da análise das entrevistas compreendeu-se que a motivação está
relacionada aos níveis de satisfação decorrente dos fatores intrínsecos no trabalho,
quando o esforço do servidor é reconhecido, onde ele pode alcançar, crescer e demonstrar
responsabilidade e avanço na organização, ou seja, fatores ligados ao conteúdo do
trabalho, e as causas de insatisfação estão ligados ao ambiente de trabalho, fatores
higiênicos, como iluminação e ventilação insuficiente, más condições de trabalho,
salários baixos e relações de supervisão precárias (HERZBERG, 1997; DARTEY-
BAAH; AMOAKO, 2011).
Segundo Herzberg (1997), os fatores responsáveis pela satisfação profissional das
pessoas são completamente diferentes ou “totalmente desligados” daqueles que levam à
insatisfação profissional, esses sentimentos não são opostos polares, pois o contrário da
satisfação profissional não é a insatisfação, mas a falta de satisfação profissional. Assim,
pode-se inferir que a motivação no trabalho pode ser verificada pela Teoria de Herzberg,
quando é observado os fatores intrínsecos à natureza trabalho: reconhecimento
profissional e autorrealização.
Consoante Robbins et al. (2011, p. 201) descreve que:
6
O entendimento da motivação para o trabalho ocorre a partir das contribuições da
Teoria dos dois fatores, que foram “a possibilidade de o funcionário ter maior autonomia
para realizar e planejar seu trabalho, a valorização dos processos de enriquecimento de
cargos e uma abordagem diferenciada do papel da remuneração sobre a motivação para
o trabalho” (FERREIRA; MOYSES; GIMENEZ, 2009, p. 9).
2.2 MOTIVAÇÃO
A motivação é um propulsor que leva o indivíduo a realizar suas necessidades e
expectativas no cotidiano. Segundo Silva (2008, p. 203) a “motivação é alguma força
direcionada dentro dos indivíduos, pelo qual eles tentam alcançar uma meta, a fim de
preencher uma necessidade ou expectativa”.
Essa motivação é uma característica intrínseca do ser humano, que poderá originar
decisões e condutas em todas as searas da vida. É o resultado intencional que compele a
execução de um propósito, que se refere à ação e as forças internas e externas que
influenciam a escolha de um indivíduo, e que impulsiona o indivíduo a realizar (SILVA,
2008, p. 204)
A palavra motivação tem origem do latim “motivos” relativo a movimento, que
há uma quebra na inércia. Nas instituições, a torna mais produtivas e um ambiente
organizacional saudável capaz de aumentar o nível de satisfação dos seus colaboradores.
Assim, a motivação nas organizações é capaz de transformar ambientes, gerando novas
possibilidades de crescimento (RIBEIRO PASSOS; PEREIRA, 2018).
Devido a isso, a motivação tem uma grande importância no desenvolvimento
organizacional. Pela teoria de Herzberg, a motivação e a satisfação no trabalho, de certa
forma são sinônimos, seus conceitos se complementam e podem afetar variáveis
organizacionais distintas, como, por exemplo, na eficiência, eficácia e produtividade
(HERZBERG, 1997; GOMES; QUELHAS, 2003; RIBEIRO; PASSOS; PEREIRA,
2018).
De acordo com Robbins et al. (2011, p. 70), “uma pessoa que tem um alto nível
de satisfação no trabalho apresenta sentimentos positivos com relação a ele, ao passo que
alguém com um nível baixo de satisfação apresenta sentimentos negativos”.
Nas organizações públicas, a motivação é uma variável crucial para influenciar na
capacidade na prestação de serviços públicos de forma eficiente, eficaz e equitativa. Na
sua ausência, reflete na apatia, absentismo, atrasos, desempenho inconsistente e o evitar
7
da responsabilidade pessoal. Portanto, o sucesso da instituição é reflexo da motivação,
como resultado a realização de trabalho eficiente e efetivo (DOHERTY; HORNE;
WOOTTON, 2014).
Conforme Robbins et al. (2011, p. 12):
3 METODOLOGIA
3.1 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA
De acordo com informações registradas no site oficial do Senado Federal, o
Senado foi instituído pela Constituição do Império, outorgado em 1824. Com a
implantação da República em 1889 e da Assembleia Constituinte em 1890, o Senado
Federal avançou rumo ao que é hoje, após ser instalado pela Constituição da República,
de 1891.
A população-alvo do estudo consiste em servidores efetivos, comissionados e
cedidos da Diretoria-Geral do Senado Federal (DGER). A DGER é a unidade do Órgão
Central de Coordenação e Execução, composta pela estrutura funcional presente no
organograma, Figura 2.
8
Figura 2. Organograma da estrutura funcional da Diretoria-Geral do Senado Federal (DGER).
Fonte: https://www12.senado.leg.br/institucional/estrutura/orgaosenado?codorgao=76
3.2 MEDIÇÃO
Este estudo adotou um questionário estruturado e organizado com base em
instrumentos validados anteriormente por Brandão et al. (2014) e nas definições e
exemplos dos fatores motivacionais e higiênicos usados em estudos de Herzberg (1997).
O questionário foi dividido em duas partes: 1. Informações gerais (Perfil do respondente),
para identificar o sujeito da pesquisa em relações as suas características básicas; 2.
Motivação no trabalho. De acordo com o Quadro 1, verifica-se que a segunda parte do
questionário é composto por 11 itens para identificar fatores motivacionais e higiênicos
relacionados a Teoria de dois fatores de Herzberg (1997). Todos estes itens foram
medidos em uma escala Likert de cinco pontos (1 – discordo totalmente; 2 – discordo; 3
– indiferente; 4 – concordo; 5 – concordo totalmente).
9
3.3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS
A coleta de dados foi através da plataforma de questionários online Google Forms
encaminhado via e-mail ao público-alvo da pesquisa no período de 03/05/2021 à
24/05/2021, e os dados quantitativos foram organizados e tabulados com auxílio do
software Microsoft Excel e com auxílio do software SPSS (Statistical Package for the
Social Sciences) para analisar as diferenças entre as variáveis demográficas e os principais
fatores de motivação para o trabalho.
10
O salário e benefícios financeiros que eu recebo. Minha
remuneração é condizente com minhas atribuições e Remuneração
expectativas.
Para se aferir o nível geral de motivação, foi calculado escore médio dos 11 itens
analisados e atribuída a mesma escala nominal (discordo, concordou e indiferente). Em
seguida, verificadas conforme a classificação feita por Brandão et al. (2014), que aqui foi
substituído insatisfeito por discordo e satisfeito por concordo (Tabela 1).
Como métodos em nosso estudo, podemos citar estatística descritiva, e testes não
paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para analisar se as divergências
encontradas entre as variáveis demográficas e os fatores eram significantes. O nível de
corte de significância para os testes foi de 5%.
11
Tabela 2. Características demográficas dos respondentes
Características Frequência (%)
Gênero
Masculino 87 56,9
Feminino 64 41,8
Idade
18-29 anos 8 5,2
30-49 anos 74 48,4
50-59 anos 60 39,2
60-69 anos 8 5,2
70 anos ou mais 2 1,3
Escolaridade
Ensino Médio 4 2,6
Ensino Superior 33 21,6
Especialização 90 58,8
Mestrado 21 13,7
Doutorado 5 3,3
Vínculo funcional
Servidor Efetivo 105 68,6
Servidor Comissionado 23 15,0
Servidor Cedido 22 14,4
Tempo de serviço
Menos de 1 ano 1 0,7
1-2 anos 18 11,8
3-4 anos 9 5,9
5-7 anos 30 19,6
8-10 anos 22 14,4
Mais de 10 anos 73 47,7
Renda média mensal
Até R$ 2.000,00 1 0,7
Mais de R$ 2.000,00-4.000,00 11 7,2
Mais de R$ 4.000,00-6.000,00 15 9,8
Mais de R$ 6.000,00-8.000,00 4 2,6
Mais de R$ 8.000,00-10.000,00 3 2,0
Mais de R$ 10.000,00-12.000,00 7 4,6
12
Mais de R$ 12.000,00-14.000,00 4 2,6
Mais de R$ 14.000,00 108 70,6
Fonte: Dados da pesquisa (2021)
*A tabela apresenta o percentual de casos válidos em relação ao número total de casos (excluindo os
casos omissos)
Concordo
26,1 19,6 28,1 35,3 8,5
totalmente
Desvio
0,97 1,10 0,89 0,90 1,22
Padrão
Fonte: Dados da pesquisa (2021)
*A tabela apresenta o percentual de casos válidos em relação ao número total de casos (excluindo os
casos omissos)
13
cargo (média de 2,98), enquanto 33,3% dos servidores concordam e 24,8 % discordam
com essa questão (Tabela 3).
As estatísticas descritivas, em porcentagem, média e desvio padrão, para os
fatores de higiene no trabalho são exibidas na Tabela 4. Avaliando o grau de concordância
dentro da escala de Likert e o escore médio de satisfação, nota-se que em sua maioria dos
servidores encontram-se mais motivados com os fatores de higiene, exceto com a política
e administração do SF.
Concordo
12,4 52,9 24,8 39,2 52,3 47,1
totalmente
Desvio
Padrão
1,16 0,74 1,17 1,14 0,68 1,04
Fonte: Dados da pesquisa (2021)
*A tabela apresenta o percentual de casos válidos em relação ao número total de casos (excluindo os
casos omissos)
14
Dentre os fatores, verifica-se que o escore médio do fator progressão profissional
e política e administração do SF teve um efeito moderado sobre a motivação dos
servidores no trabalho. Deve-se frisar que estes pontos são regulamentados pela
administração pública do SF, pela Resolução n°69 de 2012 e pelo Regulamento
Administrativo do Senado Federal, Ato nº2 de 2018, da Diretoria-Geral (BRASIL, 2012;
BRASIL, 2018).
Os fatores que promovem maior motivação aos servidores foram com supervisão
e relações interpessoais, fatores relacionados a insatisfação no trabalho pela teoria de
Herzeberg (1997), e corroboram com o exposto por Brandão et al. (2014).
Muitos dos que usaram a teoria dos dois fatores de Herzberg em suas pesquisas
descobriram que a política e administração, e a progressão é um dos fatores que mais
geram insatisfação no trabalho, apesar do fator progressão está relacionado a satisfação
no trabalho pela teoria de Herzberg (HERZBERG, 1997; OLIVEIRA; SILVA, 2015;
BRANDÃO et al., 2014; KLEIN; MASCARENHAS, 2016; ALIANTE et al., 2018;
TEIXEIRA, 2021).
A Tabela 5, exibe a satisfação dos servidores do SF com o trabalho ponderando
os fatores motivacionais, higiênicos e o conjunto dos dois fatores, através dos conceitos
discordo, indiferente e concordo.
Quanto maior for o valor do escore médio, maior será o grau de satisfação no
trabalho com a dimensão em análise, portanto, escores médios acima 3,75 indica que os
fatores motivacionais e higiênicos influenciam na motivação dos servidores do SF no
trabalho, o que é inconsistente com as descobertas originais de Herzberg (1997) e de
outros pesquisadores (BRANDÃO et al., 2014; SILVA, 2018), na qual, os fatores de
higiene eram uma fonte de insatisfação/desmotivação em vez de satisfação/motivação.
15
Mas estes dados são semelhantes a alguns estudos (CHU; KUO, 2015; ZWICKER; DE
OLIVEIRA; LÖBLER, 2018).
16
do SF (sig <0,001), condições de trabalho (sig =0,016), remuneração (sig <0,001) e
segurança (sig <0,001). Os servidores efetivos são mais satisfeitos pelos fatores
remuneração e segurança e menos pelo fator política e administração do SF, que é o que
mais influência os servidores comissionados, contrapondo o fator segurança, e os
servidores cedidos são satisfeitos pelas condições de trabalho, e desmotivados pela
remuneração.
Para as variáveis tempo de serviço e renda média mensal, o resultado do teste de
Kruskal-Wallis demonstra que há diferença significativa (sig <0,001) com os fatores
política e administração do SF, remuneração e segurança. Os profissionais com mais de
1 ano de serviço sentem-se menos desmotivados no trabalho pelo fator política e
administração do SF, com mais de 8 anos pelo fator remuneração e com menos de 1 ano
pela segurança. Considerando os menos desmotivados pelos fatores política e
administração do SF e segurança os servidores que recebem remuneração menos (até R$
2.000,00), e pelo fator remuneração os que recebem mais (mais de R$ 14.000,00).
A opção por uma carreira no serviço público está relacionada a remuneração e a
segurança/estabilidade. Apesar disso, a remuneração dos servidores varia de acordo com
o tempo de serviço e o nível de escolaridade, entre outros índices determinados por lei, e
a segurança só é alcança ou efetivada após o cumprimento do estágio probatório por
período e preenchendo os requisitos avaliativos. Portanto, estes elementos refletem no
nível de motivação dos servidores no trabalho (BRASIL, 2012; TEXEIRA; FRANÇA,
2013; LIRA; SILVA, 2015; VIEIRA; BASTOS, 2019).
Neste estudo, as variáveis sociodemográficas, exceto a variável “gênero”, tiveram
um efeito dominante e significativamente entre os fatores de higiene sobre a motivação
no trabalho, predominando a “política e administração do SF”, seguida da “remuneração”
e “segurança”. Os resultados foram diferentes do estudo de Herzberg (1997), que concluiu
que os fatores de higiene eram uma fonte de insatisfação em vez de satisfação. Porém,
indicativo que os fatores higiênicos no SF são excelentes ao ponto de evitar ou reduzir a
insatisfação, mas não contribuem para gerar a motivação (GREGOLIN; PATZLAFF;
PATZLAFF, 2011).
CONCLUSÃO
Muitos pesquisadores realizaram estudos sobre a teoria dos dois fatores de
Herzberg com diferentes organizações e em diferentes sociedades e produziram
17
resultados variados, o que não necessariamente apoia ou rejeita totalmente as propostas
de Herzberg. (ALIANTE et al., 2018; CHATZOPOULOU et al., 2015).
Neste estudo, os fatores de motivação e de higiene tiveram um efeito positivo e
significativo sobre a motivação dos servidores do SF. Principalmente, a
“responsabilidade” tende a ser o principal fator entre os fatores motivadores, enquanto as
“política e administração do SF” foi considerado o fator menos dominante nos higiênicos.
Comparados entre as variáveis sociodemográficas e os fatores, as características
demográficas são influentes sobre a motivação dos servidores do SF no trabalho com os
fatores higiênicos, principalmente o fator política e administração do SF, remuneração e
segurança. Portanto, os fatores de higiene são os preditores gerais da motivação no
trabalho para os servidores do SF, embora sejam associados à insatisfação, ou seja,
desmotivação dos servidores pela teoria de Herzberg.
A avaliação dos servidores sobre o trabalho com base nos fatores são percepções
do próprio indivíduo, pois a motivação no trabalho, não apenas reflete o desejo das
pessoas em satisfazer suas necessidades, mas também têm um efeito potencial em
resultados, como na escolha de um determinado trabalho (serviço público), no
desempenho no trabalho, na qualidade do serviço prestado e na produtividade
organizacional. É importante frisar que, a Teoria dos Dois Fatores não considera relevante
as diferenças individuais como influência ou interferência na motivação do indivíduo.
A pesquisa contribui para identificar possíveis ações que gerem motivação nos
servidores do SF e fornecer auxílio aos gestores da administração pública para mudanças
positivas, voltadas a motivação e bem-estar de seus servidores. E que futuros
pesquisadores possam se utilizar desta pesquisa como base para aprofundamento do tema
motivação no setor público.
REFERÊNCIAS
18
servidores públicos na secretária do Conselho Municipal da Vela de Ribaué, Nampula.
Revista Científica Suwelani, v. 1, n. 1, p. 117–129, 2018.
DOBRE, I.; DAVIDESCU, A. A.; ISSA EID, M. T. Key factors of health employee
motivation in Jordan. Evidence from dual-factor theory based on structural equation
models. Economic Computation and Economic Cybernetics Studies and Research,
v. 51, n. 2, p. 39–54, 2017.
19
Gestão e Tecnlogia. p.1–15, 2009.
20
Trabalho para os Servidores do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Revista de
Políticas Públicas, v. 23, n. 1, p. 323-338, 2019.
21
ANEXO I
DADOS DA PESQUISA
Apresentação do questionário
Ressaltamos que a pesquisa possui fins acadêmicos e que o respondente não deve
se identificar em nenhum local do questionário.
22
PARTE I - PERFIL DO RESPONDENTE
1. Gênero
a. ( ) Masculino b. ( ) Feminino
2. Faixa etária
a. ( ) 18 à 29 anos
b. ( ) 30 à 49 anos
c. ( ) 50 à 59 anos
d. ( ) 60 à 69 anos
e. ( ) 70 anos ou mais
3. Tempo de serviço
a. ( ) Menos de 1 ano
b. ( ) Entre 1 e 3 anos
c. ( ) Entre 4 e 7 anos
d. ( ) Entre 8 e 10 anos
e. ( ) Maior que 10 anos
5. Vínculo funcional
a. ( ) Servidor Efetivo b. ( ) Servidor Comissionado c. ( ) Servidor cedido
6. Escolaridade
a. ( ) Ensino médio incompleto
b. ( ) Ensino médio completo
c. ( ) Nível superior incompleto
d. ( ) Nível superior completo
e. ( ) Especialização
f. ( ) Mestrado
g. ( ) Doutorado
23
PARTE II - MOTIVAÇÃO NO TRABALHO
Para cada aspecto listado abaixo sobre seu trabalho, marque a opção que
representa melhor seu grau de satisfação, ou seja, como você se sente em relação a
cada um desses itens, de acordo com a seguinte escala:
1 – Discordo totalmente
2 – Discordo
3 – Indiferente
4 – Concordo
5 – Concordo totalmente
Aspecto Nível de concordância
7. Realização profissional
A sensação de realização que eu tenho ao fazer o meu 1 2 3 4 5
trabalho. Sinto-me realizado(a).
8. Reconhecimento
A valorização e o reconhecimento que as pessoas no meu 1 2 3 4 5
trabalho dão a mim pelo meu desempenho profissional.
Sinto-me valorizado(a).
9. Atividades desempenhadas
O interesse e o prazer que sinto em realizar as tarefas que 1 2 3 4 5
são atribuídas a mim. Gosto do que faço.
10. Responsabilidade
A confiança e a liberdade que meus superiores me dão para 1 2 3 4 5
que eu possa realizar meu trabalho. Tenho liberdade para
desempenhar meu trabalho.
11. Progresso
Oportunidade de desenvolvimento profissional,
(capacitação e crescimento na carreira). Tenho 1 2 3 4 5
perspectivas de crescimento profissional e de ascensão no
cargo.
12. Política e Administração do órgão
Regras e normas do SF. Gosto de como o SF é 1 2 3 4 5
administrado.
13. Supervisão da chefia
O respeito, apoio e tratamento que eu recebo de meus 1 2 3 4 5
superiores. Sou bem tratado(a) por meu chefe.
14. Condições de trabalho
Estrutura física, equipamentos, disponibilidade de
1 2 3 4 5
materiais, medidas que protejam a minha saúde. Tenho
boas condições de trabalho.
24
15. Remuneração
O salário e benefícios financeiros que eu recebo. Minha 1 2 3 4 5
remuneração é condizente com minhas atribuições e
expectativas.
16. Relações Interpessoais
O relacionamento com colegas e chefe. Tenho bom 1 2 3 4 5
relacionamento com as pessoas do meu trabalho.
17. Segurança
A estabilidade que eu tenho no emprego. Sinto-me 1 2 3 4 5
seguro(a) no meu emprego.
25
APÊNDICE A – TABELAS DE CÁLCULOS ESTATÍSTICOS REALIZADOS PARA A ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS DA
ETAPA QUANTITATIVA ATRAVÉS DO SOFTWARE SPSS 26
26
Tabela 6. Teste entre os fatores de motivação e as variáveis demográficas (Parte 2)
Fatores de motivação
Variáveis demográficas Atividades
Realização Reconhecimento Responsabilidade Progresso
desempenhadas
Escolaridade
Ensino Médio 102,00 68,13 98,75 92,50 104,88
Ensino Superior 70,71 72,29 81,12 75,71 72,14
Especialização 80,64 80,00 76,82 78,64 78,40
Mestrado 64,00 73,43 65,45 79,83 69,74
Doutorado 69,80 76,20 66,60 31,70 92,10
H de Kruskal-Wallis 5,389 1,345 3,649 7,230 3,431
P-sig2 0,250 0,854 0,456 0,124 0,488
Vínculo funcional
Servidor Efetivo 75,20 75,75 74,02 76,04 77,37
Servidor Comissionado 70,43 74,09 77,35 71,67 82,80
Servidor Cedido 78,82 75,77 77,16 76,91 58,93
H de Kruskal-Wallis 0,520 0,036 0,220 0,265 4,308
P-sig2 0,771 0,982 0,896 0,876 0,116
Tempo de serviço
Menos de 1 ano 71,50 80,00 66,50 59,50 115,00
1-2 anos 81,72 87,58 80,83 83,53 64,08
3-4 anos 65,50 66,11 67,28 71,44 65,61
27
Tabela 6. Teste entre os fatores de motivação e as variáveis demográficas (Parte 3)
Fatores de motivação
Variáveis demográficas Atividades
Realização Reconhecimento Responsabilidade Progresso
desempenhadas
5-7 anos 62,95 68,10 61,02 73,68 70,47
8-10 anos 70,89 80,55 72,52 78,27 82,14
Mais de 10 anos 84,00 78,28 84,38 77,29 82,21
H de Kruskal-Wallis 7,431 3,704 8,566 1,066 5,139
P-sig2 0,190 0,593 0,128 0,957 0,399
Renda média mensal
Até R$ 2.000,00 132,50 80,00 131,00 125,50 115,00
Mais de R$ 2.000,00-4.000,00 66,23 67,18 81,05 60,14 76,91
Mais de R$ 4.000,00-6.000,00 60,80 60,37 67,97 75,47 64,70
Mais de R$ 6.000,00-8.000,00 86,75 82,75 66,63 46,00 112,88
Mais de R$ 8.000,00-10.000,00 51,50 99,50 66,50 103,50 45,67
Mais de R$ 10.000,00-12.000,00 88,93 79,64 94,14 63,50 52,14
Mais de R$ 12.000,00-14.000,00 71,50 49,38 66,50 46,50 41,63
Mais de R$ 14.000,00 78,86 80,30 76,50 79,79 50,83
H de Kruskal-Wallis 7,550 7,039 4,837 8,329 12,350
P-sig2 0,374 0,425 0,680 0,305 0,090
1
de acordo com o teste de Mann-Whitney; 2de acordo com o teste de Kruskal-Wallis; **. significativa no nível 0,01; *. significativa no nível 0,05.
28
Tabela 7. Teste entre os fatores de higiene e as variáveis demográficas (Parte 1)
Fatores de higiene
Variáveis demográficas Política e Condições de Relações
Supervisão Remuneração Segurança
Administração trabalho interpessoais
Gênero
Feminino 81,82 71,90 73,00 75,48 71,63 75,02
Masculino 69,86 79,02 77,36 76,38 79,21 74,98
U de Mann-Whitney 2283,5 2521,5 2592,0 2751,0 2504,5 2707,5
Wilcoxon W 5938,5 4601,5 4672,0 4831,0 4584,5 6448,5
Z -1,757 -1,113 -0,640 -0,133 -1,190 -0,006
P-sig1 0,079 0,266 0,522 0,894 0,234 0,995
Faixa etária
18-29 anos 94,13 60,25 58,69 48,81 40,00 48,19
30-49 anos 69,90 77,33 71,95 74,31 75,58 73,97
50-59 anos 76,81 78,64 83,78 81,96 84,90 79,26
60-69 anos 87,00 68,75 64,31 85,31 67,50 92,13
70 anos ou mais 120,50 77,50 106,50 69,25 40,50 63,00
H de Kruskal-Wallis 5,985 1,902 5,935 5,294 12,043* 5,899
P-sig2 0,200 0,754 0,204 0,258 0,017 0,207
Escolaridade
Ensino Médio 110,50 113,00 97,00 39,75 95,38 47,88
Ensino Superior 80,55 70,35 74,02 61,94 69,42 54,36
29
Tabela 7. Teste entre os fatores de higiene e as variáveis demográficas (Parte 2)
Fatores de higiene
Variáveis demográficas Política e Condições de Relações
Supervisão Remuneração Segurança
Administração trabalho interpessoais
Especialização 75,99 80,06 78,77 79,81 80,51 83,51
Mestrado 63,16 74,21 67,63 96,10 78,98 85,38
Doutorado 67,40 48,70 71,20 75,40 40,90 64,00
H de Kruskal-Wallis 5,140 7,502 2,334 12,441* 7,145 15,80**
P-sig2 0,273 0,112 0,675 0,014 0,128 0,003
Vínculo funcional
Servidor Efetivo 60,54 74,30 68,67 87,95 76,20 85,39
Servidor Comissionado 106,54 77,63 89,06 50,63 69,24 45,07
Servidor Cedido 106,34 79,02 90,27 42,09 78,73 52,43
H de Kruskal-Wallis 39,493** 0,355 8,317* 33,318** 0,803 27,059**
P-sig2 <0,001 0,837 0,016 <0,001 0,669 <0,001
Tempo de serviço
Menos de 1 ano 101,00 113,00 39,50 63,50 41,00 115,50
1-2 anos 114,67 85,58 98,86 49,81 89,33 50,50
3-4 anos 89,78 66,00 76,89 29,78 57,50 34,56
5-7 anos 77,40 71,90 70,18 71,53 65,00 74,30
8-10 anos 69,05 87,36 72,25 89,18 77,25 92,61
Mais de 10 anos 65,66 74,72 75,31 88,29 81,71 82,06
30
Tabela 7. Teste entre os fatores de higiene e as variáveis demográficas (Parte 3)
Fatores de higiene
Variáveis demográficas Política e Condições de Relações
Supervisão Remuneração Segurança
Administração trabalho interpessoais
H de Kruskal-Wallis 21,806** 4,657 6,934 27,318** 8,744 21,987**
P-sig2 <0,001 0,459 0,226 <0,001 0,120 <0,001
Renda média mensal
Até R$ 2.000,00 142,00 113,00 133,50 63,50 113,50 115,50
Mais de R$ 2.000,00-4.000,00 101,55 58,36 82,00 48,73 57,23 46,10
Mais de R$ 4.000,00-6.000,00 99,53 77,83 81,57 32,80 58,00 40,37
Mais de R$ 6.000,00-8.000,00 111,25 77,75 73,50 24,63 77,25 58,63
Mais de R$ 8.000,00-10.000,00 114,67 89,50 116,17 16,00 89,33 36,50
Mais de R$ 10.000,00-12.000,00 105,00 77,93 95,00 70,86 92,79 59,29
Mais de R$ 12.000,00-14.000,00 101,00 67,38 98,83 51,63 95,38 35,75
Mais de R$ 14.000,00 64,46 78,37 71,90 91,12 79,26 87,78
H de Kruskal-Wallis 29,480** 3,976 8,563 49,247** 9,88 36,049**
P-sig2 <0,001 0,782 0,286 <0,001 0,195 <0,001
1
de acordo com o teste de Mann-Whitney; 2de acordo com o teste de Kruskal-Wallis; **. significativa no nível 0,01; *. significativa no nível 0,05.
31
Tabela 8. Teste entre os fatores e as variáveis demográficas (Parte 1)
Gênero
Feminino 387,67 445,89 833,12
Masculino 369,12 454,78 823,35
U de Mann-Whitney 65866,0 97238,5 330326,5
Wilcoxon W 159827,0 170774,5 783002,5
Z -1,249 -0,541 -0,439
P-sig1 0,212 0,588 0,661
Faixa etária
18-29 anos 272,91 342,33 616,68
30-49 anos 359,12 441,34 800,68
50-59 anos 409,15 482,33 889,76
60-69 anos 448,76 465,20 916,23
70 anos ou mais 389,50 476,04 856,32
H de Kruskal-Wallis 25,853** 16,078** 37,99**
P-sig2 <0,001 0,003 <0,001
Escolaridade
Ensino Médio 453,40 491,08 937,75
Ensino Superior 372,33 410,57 782,22
Especialização 391,83 475,87 866,27
32
Tabela 8. Teste entre os fatores e as variáveis demográficas (Parte 2)
33
Tabela 8. Teste entre os fatores e as variáveis demográficas (Parte 3)
34