Relatorio MatB Compositos
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CENTRO DE TECNOLOGIAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO B
Santa Maria, RS
2023
FABRICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS COMPÓSITOS
Santa Maria, RS
2023
RESUMO
1. INTRODUÇÃO 5
2. OBJETIVOS 5
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
3.1. O que são compósitos 5
3.2. Resistência à Tração Longitudinal em Compósitos com Fibra Contínua 10
3.3. Resistência à Compressão Longitudinal de Compósitos Unidirecionais de Fibras
Contínuas 11
3.4.7 Resistência Mecânica de Compósitos Multidirecionais 11
3.5 Efeitos dos Defeitos Microestruturais nas Propriedades Mecânicas 11
3.6 Compósitos Sanduíches 12
3.7 Durabilidade de compósitos no meio ambiente 13
4. MATERIAIS E MÉTODOS 14
4.1. Cálculos de propriedades 16
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 17
5.1. Análise dos corpos de prova 18
5.2. Análise de falha 18
5.3. Ensaio de flexão 20
5.4. Estimando Parâmetros 21
6. CONCLUSÃO 22
REFERÊNCIAS 23
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Materiais compósitos podem ser entendidos como “qualquer material multifásico que exiba
uma proporção significativa das propriedades de ambas as fases que o constituem, de tal
modo que é obtida uma melhor combinação de propriedades” (CALLISTER, 2002), ou
seja, materiais heterogêneos formados por duas fases insolúveis entre si visando obter
uma combinação de propriedades não possíveis em materiais monofásicos. Temos como
exemplo de materiais compósitos a combinação de resina epóxi com reforço de fibra de
carbono, utilizadas na indústria aeroespacial.
3.2 Fases
P = PfVf + PmVm
Pode ser de vários tipos a resistência a tração em fibras contínuas, a tração longitudinal em
materiais unidirecionais, a tração transversal, o efeito da orientação das fibras, compressão
longitudinal e a resistência dos compósitos multidirecionais.
𝐾𝐼𝐶 = 𝑌𝜎𝑓√𝜋𝑐
com 𝑐 = 𝜋/4 . ( 𝐾𝐼𝐶/𝜎𝑓 ) 2
Quando uma fibra se rompe, a capacidade de transportar tração dela não cai de
forma instantânea para zero, ela mesmo que quebrada pode continuar a suportar a carga
transferida através da região de ruptura por cisalhamento. A tração é transferida entre as
duas extremidades pelo fluxo de cisalhamento da matriz, a eficácia do processo para
transferir tensão através da fibra quebrada diminui com o aumento da tração pois as
extremidades ficam mais distantes. Assim essas fibras ficam sobre tencionadas gerando a
quebra delas, à medida que as fibras vão se rompendo, o número de fibras intactas torna-se
cada vez menor, sem este processo retardado por cisalhamento, a resistência longitudinal à
tração ficaria menor do que é.
Esta equação mostra que a tensão de rotação depende do ângulo da fibra,a tensão
máxima ocorre quando as fibras estão alinhadas paralelas a direção de carregamento de
compressão, diminui rapidamente com o aumento do ângulo.
3.4.7 Resistência Mecânica de Compósitos Multidirecionais
Figura 7: efeito do volume de vazios na resistência mecânica ao cisalhamento e na resistência à tração em um compósito.
Falha no radome (Caso do Boeing 737 da Aeromexico): Em dezembro de 2018 foi à mídia o
caso do Boeing 737 da Aeromexico que sofreu danos no
radome (“nariz” do avião) pois foi descartada a possibilidade de ter havido um choque
com pássaros (algo super comum na aviação civil) e a possibilidade de ter havido um
choque com drone, logo a única opção plausível que restava era a de uma falha
estrutural, uma falha no selo do compartimento do radome, que conduziu a um colapso
estrutural. Durante a inspeção, o fabricante identificou que toda a região periférica do
radome havia sido selada em não-conformidade com o manual de manutenção da
aeronave, que requer uma abertura de mais ou menos 20 cm (8 polegadas) para permitir
a drenagem e a equalização das mudanças de pressão do compartimento durante o voo.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para realização dos corpos de prova, foi necessário a utilização de uma forma de
silicone, resina e fibra de vidro.
Figura 4.1.: Formas de silicone com Resina e fibra ainda em processo de cura
O ensaio de 3 pontos foi realizado conforme a norma ASTM D 790-02 O ensaio de flexão
consiste na aplicação de uma carga crescente em determinados pontos de uma barra bi
apoiada, durante o ensaio são monitoradas a carga aplicada e a deflexão da barra, o ensaio
de flexão é caracterizado por trabalhar apenas no regime elástico de deformação até a
fratura ou deformação de 5% do CP.
Por isso, esse ensaio é amplamente aplicado para materiais frágeis e duros, por
exemplo, ferro fundido, aços, ferramentas,compósitos e cerâmicos estruturais, mas também
pode ser utilizado para polímeros. Através desse ensaio é possível conhecer o
comportamento do material e estudar os efeitos da geometria do seu perfil quando
submetido a esforços de flexão, muito comuns em aplicações industriais e estruturais.
As principais propriedades que podem ser obtidas são a deflexão máxima de ruptura, os
módulos de ruptura, elasticidade, resiliência e tenacidade.Para realização do ensaio
máquina universal de ensaios (marca EMIC, modelo DL2000) com capacidade máxima de
20 kN
Fonte: Os Autores
Fonte: Os Autores
(eq. 1)
(eq. 2)
(eq. 3)
(eq. 4)
(eq. 5)
Fonte: os autores.
Sabemos que segundo Natália Daudt (2022) a resistência a tração nas fibras está
relacionada com o comprimento do seu maior defeito, sendo assim calcular o tamanho do
mesmo serve para entender a sua dimensão e descobrir se deve-se investir esforço de
engenharia para melhorar o método de fabricação, sendo assim, a fórmula de calcular o
tamanho é dada por:
(eq. 6)
. (eq. 7)
(eq. 8)
Os resultados avaliados foram apenas dos corpos de prova com as fibras alinhadas a 0°
e 45°, isso se porque o corpo de prova com fibras a 90° não curou devido a um erro de
aplicação do catalisador.
Fonte: Os autores.
As maiores falhas estão marcadas em vermelhas, sendo que para a amostra com fibras
em 0° temos a formação de duas grandes bolhas de ar, devido a problemas com a difusão
da resina no molde, essas estruturas são grandes suficiente para servir de um fragilizador
ou concentrador de tensão, a falta de resina pode causar uma fratura prematura das fibras,
fazendo com que esta rompa antes da matriz. Já no corpo de prova com fibras a 45° não
houve grandes falhas, sendo marcada apenas uma pequena falha ocasionada durante a
remoção do corpo de prova do molde, porém esta falha é bem superficial, provavelmente
não sendo suficientemente significativa para apresentar uma influência significativa no
resultado final no teste de flexão. Como mencionado anteriormente o corpo de prova com as
fibras posicionadas à 90° não foi bem preparado, inviabilizando a sua utilização, os dados
obtidos foram de um corpo de prova ensaiado por outros alunos, porém não foi possível ter
acesso a imagens do mesmo.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Na figura 5.3.1 é possível perceber que a amostra com as fibras em uma orientação de
45° tiveram uma fratura bem próxima ao ponto de máxima flexão (59,12 mm para corpo de
prova), o que é previsto para uma falha induzida. Já o corpo de prova com as fibras à 0°
apresenta uma fratura mais distante do seu ponto de máxima flexão, também é possível
notar que a falha está posicionada justamente no ponto de maior comprimento da bolha de
ar que tinha sido identificada após a cura do corpo, o local original da bolha está circulado
em azul e a fratura em vermelho.
Outro ponto importante de analisar é que como pode ser visto na figura 4.3.2, a amostra
de 45° teve uma ruptura total, rompendo tanto a fibra quando a matriz, algo esperado para
este ensaio, pois uma vez que a fibra está bem aderida à matriz, a ruptura de uma em
flexão acarretará em uma fratura total na peça, obtendo assim o máximo de rigidez
proporcionado pelos materiais. Porém ao observar o corpo de prova de 0° podemos ver que
a fratura ocorre inicialmente na matriz, mais próxima ao ponto de máxima flexão, porém
encontra uma região com uma falha de laminação e se desloca para o ponto mais frágil
rompendo totalmente a fibra, porém deixando ainda um pedaço da matriz sem romper,
sendo assim tivemos uma preparação da amostra não tão satisfatória, fragilizando assim a
peça.
Fonte: Os autores.
Fonte: os autores.
O primeiro ponto a se observar é que a diferença entre o volume total calculado e o real
para as amostras são respectivamente 2,57% e 8,7% para a amostra com firas a 0° e 45°,
etas diferenças se devem além do erro causado pela utilização de densidades padrões e
não específicas dos materiais utilizados mas também por possíveis vazios e bolhas de ar
presentes, mesmo assim é uma boa aproximação para a análise dos parâmetros gerais.
O tamanho de falha encontrado foi relativamente grande,
6. CONCLUSÃO