Precalculo 3
Precalculo 3
Precalculo 3
3
Antes de ler o capítulo O progresso da civilização está baseado na observação de que alguns fenômenos estão
Você conseguirá acompanhar relacionados. A agricultura, criada no início do período neolítico, só se desenvol-
melhor os conceitos aqui apre- veu – permitindo o armazenamento de alimentos e a consequente sedentarização da
sentados se já tiver lido o Ca- população – porque os nossos antepassados perceberam que o regime de chuvas e a
pítulo 2, particularmente as Se- temperatura ambiente variavam de acordo com a época do ano (ainda que o calendário
ções 2.1, 2.4, 2.5, 2.7, 2.8 e 2.14. só tenha sido inventado muito tempo depois, no século XXI a.C.).
Nesse capítulo, exploraremos as várias formas de expressar a interdependência
de dois fenômenos: tabelas, equações, gráficos etc. Entretanto, restringiremos nossa
análise àqueles casos em que, conhecida uma grandeza, somos capazes de expressar
uma outra grandeza de forma única. Quando isso ocorre, dizemos que as grandezas
estão relacionadas por meio de uma função.
Para começar, vamos estudar como a geometria auxilia a álgebra, permitindo a
visualização da relação entre duas medidas.
Dist. Alt.
Dir.
(m) (m)
400 -2
350 -23
300 -40
250 -53
W
200 -54
150 -50 Figura 3.1: Fotografia aérea da região levantada por Gervásio (fonte: Google Earth,
100 -36 Digital Globe). As letras W (oeste) e E (leste) indicam as direções tomadas em relação
50 -18 ao ponto de partida, mostrado em vermelho.
0 0
50 +17 Como resultado de seu trabalho, Gervásio elaborou a Tabela 3.1, na qual a primeira
100 +32 coluna indica a direção percorrida, a segunda contém as distâncias horizontais (em
150 +43 metros) entre o ponto vermelho e os pontos nos quais foram feitas as medições, e a
200 +49 terceira fornece as alturas relativas desses pontos. Uma altura negativa indica que o
E 250 +50 terreno é mais baixo que o ponto de referência, para o qual foi registrada uma altura
300 +42 de 0 m. Por conveniência, os pontos da tabela foram ordenados, de modo que o
350 +30 primeiro é o que está mais a oeste, e o último é aquele mais a leste.
400 +19 Gervásio concluiu que os dados que coletou seriam melhor apresentados se ele
450 +9 elaborasse uma figura mostrando como a altura do terreno varia ao longo da linha
500 -1 amarela do mapa. Assim, o topógrafo traçou, em uma folha de papel, dois eixos reais,
um dos quais horizontal, e o outro vertical, como mostrado na Figura 3.2.
O primeiro ponto escolhido por Gervásio foi aquele que está a 50 m a leste do
ponto de referência e a 17 m de altura. Para indicá-lo, Gervásio partiu da origem e
moveu sua caneta para direita sobre o eixo horizontal, até atingir a marca de 50 m.
Em seguida, ele moveu a caneta na vertical até alcançar uma altura correspondente
a 17 m. No local assim obtido, Gervásio fez uma pequena marca vermelha, como a
que é mostrada na Figura 3.3.
Atenção O mesmo processo foi adotado para o quinto ponto a leste do ponto de partida,
o qual,
A ordem dos termos dentro dos parênteses na Figura 3.3, aparece acompanhado do par de valores (250, 50). De acordo
é importante.O
com a notação adotada, o primeiro número dentro dos parênteses indica a posição
par
está(250,50)
a 250 m indica o ponto
a leste da que
ori- horizontal do ponto com relação à origem, enquanto o segundo valor fornece a altura.
Para representar o ponto que está 300 m a oeste e 40 m abaixo do ponto de
gem e a 50 m de altura, en- quanto referência,
o ponto representado
Gervásio moveu sua caneta sobre o eixo horizontal até a marca de –350,
descendo, em seguida, a distância correspondente a 40 m. Assim, ele fez uma marca
por ( 50, 250) está 50 m a leste
na posição indicada pelo par (−300,−40 . Repetindo o procedimento para os demais
e 250 m acima da origem.
pontos, Gervásio obteve a Figura
) 3.4.
Um par (x,y )é dito par ordenado se seus elementos têm uma ordem fixa.
• Um eixo vertical, com valores que aumentam de baixo para cima, é usado
Figura 3.6: Coordenadas de um
para representar a coordenada y, também conhecida como ordenada.
ponto.
Doravante, denominaremos eixo-x e eixo-y os eixos horizontal e vertical, respec-
tivamente. Os eixos se interceptam no ponto 0,0( ,) que é denominado origem, e é
Você sabia? costumeiramente indicado pela letra O.
O filósofo e matemático René O par ordenado (a,b) é representado pelo ponto de interseção entre a reta vertical
Descartes (1596–1650) também que passa pelo valor a no eixo-x e a reta horizontal que passa pelo valor b no eixo-y,
era conhecido por Renatus como mostra a Figura 3.6.
Car- tesius, a versão latina de Uma vez que a coordenada x pode assumir qualquer valor real, o mesmo aconte-
seu nome. Deriva daí o termo cendo com a coordenada y, podemos definir um número infinito de pares ordenados
Cartesiano, que significa “re-
( .) A região formada por todos esses pares é chamada plano coordenado, ou
x,y
ferente a Descartes”.
plano Cartesiano.
Seção 3.1. Coordenadas no plano 259
(a) (b)
Esse método geométrico, baseado em pontos do plano Cartesiano, pode ser usado
para representar a relação entre duas grandezas quaisquer, mesmo que não estejam
associadas a medidas de comprimento. Vejamos um exemplo que vincula a altura dos
bebês à sua idade.
Idade (meses) 0 3 6 9 12 15 18 21 24
Altura (cm) 49 60 66 70 74 78 81 84 86
Nesse exemplo, trocamos x por t e A partir da tabela, definimos pares ordenados (t,A ), em que t indica o tempo
y por A, para que as letras se (em meses) transcorrido desde o nascimento, e A corresponde à altura média (em
asseme- lhassem às grandezas centímetros). Os pares obtidos são dados a seguir.
representadas.
(0, 49), (3, 60), (6, 66), (9, 70), (12, 74), (15, 78), (18, 81), (21, 84), e (24, 86).
260 Capítulo 3. Funções
Como se vê, traçar pontos no plano Cartesiano é tarefa fácil. Entretanto, alguns
cuidados devem ser tomados para que esse pontos representem fielmente a relação
entre as grandezas. Alguns erros cometidos com frequência incluem
a) O traçado de eixos com espaçamento não uniforme, como mostra a Figura
3.9a, na qual a distância entre as marcas 1 e 2 do eixo vertical não é a mesma
observada entre as marcas 2 e 3 do mesmo eixo. Erro equivalente se observa no
eixo-x dessa figura, no qual a distância entre os pontos 1 e 2 é a mesma existente
entre os pontos 2 e 4, bem como entre 4 e 7. Nesse último caso, apesar de as marcas
do eixo estarem igualmente espaçadas, o a diferença entre dois valores sucessivos
não é constante.
b) O traçado de eixos inclinados, como ilustra a Figura 3.9b, cujo eixo-y não é
perfeitamente vertical.
c) A falta de cuidado no traçado das coordenadas, como ocorre na Figura
3.9c, em que os segmentos de reta usados para marcar os pontos não são verticais ou
horizontais.
(a) Espaçamento não uniforme (b) Eixo não vertical (c) Coordenadas desalinhadas
Figura 3.9: Erros que devem ser evitados na elaboração um gráfico.
(2, −3 ,) 2;
( −1,6 ), (2; 0) , (2; 0,75) , ( 2, π) e ( 2, 4) .
Marcando esses pontos no plano Cartesiano, obtemos a Figura 3.10, na qual fica
claro que todos pertencem à reta vertical que cruza o eixo-x no ponto
( ) 2, 0 . De fato,
essa reta é definida por
{( x,y ) | x = 2} ,
e é mostrada em verde na Figura 3.11a. Generalizando a ideia, dizemos que a reta
vertical que passa por um ponto (a,b) é dada pelo conjunto
{( x,y ) | x = a} ,
{(x,y) | y = −3}.
Você sabia?
Os eixos do plano Cartesiano também podem ser expressos por meio de conjuntos. O eixo-
(a) Reta vertical definida por x = 2. (b) Reta horizontal dada por y = −3.
{( x,y ) | −1 ≤y ≤ 3} ,
corresponde à faixa rosa da Figura 3.12b. Nesse caso, as retas definidas por y = 1 e
y = 3 são contínuas, significando que seus pontos pertencem ao conjunto. −
Também podemos usar o plano Cartesiano para representar conjuntos nos quais
tanto x como y possui algum tipo de restrição, como mostra o exemplo a seguir.
262 Capítulo 3. Funções
Exemplo 3. Restringindo x e y
Os pares ordenados nos quais x tem limite inferior igual a –2 e y tem limite
superior 1 são expressos pelo conjunto
{( x,y ) | x ≥ −2 e y ≤ 1} .
Exercícios 3.1
1. Um fabricante de automóveis realizou um teste de fre- ENEM 477 534 545 592
nagem de seu novo modelo, obtendo a tabela abaixo,
MA091 3,3 3,1 4,6 5,0
que relaciona a velocidade no instante de início da fre-
nagem à distância que o carro percorre até parar com- ENEM 634 665 674 788
pletamente. Represente os dados da tabela como pon-
tos do plano Cartesiano, usando o eixo-x para indicar MA091 5,4 6,0 7,5 9,5
a velocidade (em km/h) e o eixo-y para fornecer a dis- Marque os dados da tabela no plano Cartesiano, usando
tância percorrida (em metros). o eixo-x para indicar a nota no ENEM e o eixo-y para
indicar a nota em MA091. Considerando apenas esses
Vel. (km/h) 20 40 60 80 100 120 dados, você percebe alguma relação entre as notas das
Dist. (m) 9,5 11,0 15,0 25,0 39,5 57,5 duas provas?
5. Escreva os pares ordenados correspondentes aos pontos
2. A tabela abaixo, obtida a partir de dados do IBGE, da figura abaixo.
mostra a evolução da taxa de incidência de dengue no
Brasil, no período entre 2000 e 2008. A taxa de inci-
dência é definida como o número de casos por
100.000 habitantes. Mostre os dados da tabela no
plano Car- tesiano, apresentando no eixo-x o tempo
transcorrido desde o ano 2000, e no eixo-y a taxa de
incidência de dengue.
2.
g)
b)
3.
h)
c)
4.
9. a)
d)
6.
b)
e)
7. x é negativo e y é positivo
Seção 3.2. Equações no plano 265
No Capítulo 2, trabalhamos com equações que envolviam apenas uma variável. Nosso
objetivo, então, era a determinação de uma incógnita que satisfizesse as condições im-
postas pelo problema. Nesse novo capítulo, daremos um enfoque totalmente diferente
às equações. Agora, o nosso objetivo será a identificação da relação entre as variáveis,
e não a determinação de uma solução.
P = 12.000 360t.
Observe que uma das variáveis (P ) aparece isolada no lado esquerdo da equação.
Observe a transformação: Embora essa seja uma maneira cômoda+ de representar a ligação entre t e P , ela não
é a única. De fato, a mesma relação poderia ter sido apresentada na forma
P 12.000 360t P
= 100 +3t
0 = 12.000 + 360t − P = 0.
120
−
12.000 360t A vantagem de se manter P isolada é que isso nos permite determinar facilmente
0+
= 120 + 120 − 120 essa variável para diversos valores de t. Para descobrir, por exemplo, a população em
P
0 = 100 + 3t − 2008, definimos t 8 (já que estamos contando os anos transcorridos desde de 2000)
P 120 =
e calculamos
P = 12.000+ 360 ⋅8 ⇒ P 14.880.
Logo, em 2008, o município tinha=14.880 habitantes. Usando essa estratégia, calcula-
266 Capítulo 3. Funções
mos a população em vários anos, e reunimos essas informações na Tabela 3.3.
Seção 3.2. Equações no plano 267
t (anos) 0 5 10 15 20
P (hab.) 12.000 13800 15.600 17.400 19.200
Naturalmente, esses não são os únicos pares que satisfazem a equação. De fato,
para cada valor real que atribuímos a t, é possível encontrar um valor para P de
modo( que
) t,P seja uma solução da equação. Nesse caso, dizemos que a equação
possui infinitas soluções. Ao representarmos essas soluções no plano Cartesiano,
obtemos o gráfico da equação.
Podemos esboçar o gráfico da equação acima a partir dos pontos da Tabela 3.3.
Para tanto, marcamos os pontos da tabela no plano Cartesiano, e traçamos uma curva
Lembrete ligando-os. Como é de praxe em casos assim, a variável que aparece isolada na
Damos o nome de curva a equação (P ) é representada no eixo vertical, e a outra variável (t) é associada ao eixo
uma linha contínua que passa horizontal. A Figura 3.14 mostra o gráfico assim obtido. Observe que esboçamos
por pontos do plano cartesi- apenas uma parte do gráfico, já que seria impossível mostrar os pontos
ano. Observe que, nesse sen- correspondentes a todos os valores possíveis de t.
tido, uma reta é uma curva.
Usemos, agora, esse roteiro para traçar o gráfico de uma equação um pouco mais
complicada.
Tabela 3.4
xy
-3-6
-2-1
-12
03
12
2-1
3-6
(a) −3 ≤ x ≤ 4. (b) −8 ≤ x ≤ 0.
3. Não sabemos a priori quantos pontos devem ser usados para que o gráfico re-
presente adequadamente a equação.
À medida que aumentamos o número de pontos, obtemos uma curva mais fiel à
equação. Por outro lado, o tempo gasto para traçar o gráfico também aumenta
proporcionalmente ao número de pontos.
. Interceptos
Um ponto no qual o gráfico de uma equação cruza um dos eixos coordenados é par-
ticularmente importante para a análise da equação, de modo que suas coordenadas
recebem um nome especial.
Interceptos
Intercepto-x é a coordenada x de um ponto no qual o gráfico de uma equação
y = 3 − 02 ⇒ y = 3.
Assim, o intercepto-y é 3.
Como não é possível obter os valores exatos dos dois interceptos-x a partir do
gráfico ou da tabela, vamos determiná-los substituindo y por 0 na equação:
0 =3 x2.
−
Resolvendo essa equação, encontramos
√
x 2= 3 ⇒ x = 3.
√ ±
Logo, os interceptos-x são − 3 e 3.
Figura 3.20: Interceptos do gráfico Os três interceptos do gráfico estão destacados na Figura 3.20.
de y = 3 − x2. Agora, tente o Exercício 8. √
Exercícios 3.2
1. Uma indústria adquiriu uma máquina por 175 mil re-
ais. Em decorrência da obsolescência e do desgaste por a) Monte uma tabela com o valor da máquina para
uso, a cada ano, a máquina perde 25 mil reais de valor. t = 0, 1, 2, . . .
Desse modo, podemos dizer que o valor da máquina, v b) Trace um gráfico que relacione o valor da máquina
(em R$ 1000), é dado pela equação v 175 25t, em que (em milhares de reais) à sua idade (em anos).
t é o número de anos decorridos desde=sua aquisição. c) A máquina atinge sua vida útil, e precisa ser subs-
tituída, quando seu valor se reduz a R$ 20.000. De-
−
Seção 3.2. Equações no plano 271
3. a)
4. a) 6. a)
b)
b) b)
c)
c)
c)
d)
d) d)
f)
b) Falso. A equação x = 1 y2 ,
cujo gráfico é dado abaixo, não tem
intercepto-y.
+
f)
5.
8. a) Intercepto-x: 1,5
Intercepto-y: 3
b) Intercepto-x: 1,5
Intercepto-y: −1
274 Capítulo 3. Funções
c) Intercepto-x: 2
Intercepto-y: 1 9. a) Intercepto- x: 21 1 10.
Intercepto-y: − e
−
2 2
d) Interceptos-x : 1 e 1 b) Intercepto-x: √
3
4
− −1
Intercepto-y: Intercepto-y: 3 4
e) Interceptos-x: −2 e 2 c) Intercepto-x: −2 e 2
Intercepto-y: 2 Intercepto-y: −2 e 2
√ √
f) Interceptos-x: 0 e 1 d) Interceptos-x : 2 2 e 2 2
Intercepto-y: 0 Intercepto-y:− −2 e 2
A solução algébrica dessa equação, já em que x é a distância percorrida pelo carro (em km).
apresentada no Problema 2 do Capí- Se quisermos descobrir a distância que pode ser percorrida com exatos R$ 185,00,
tulo 2, é reproduzida abaixo. devemos resolver a equação
80 + 0,75x = 185
8 0 + = 185.
v
0,75x = 105 \− − − − − − − − − − − valor disponível
x = 105/0,75
= 0, 7 5
−v − − − − − − − − − − −
x
custo do aluguel
− ⁄
x 140. Na equação acima, o termo do lado esquerdo representa o valor cobrado pela loca-
dora Saturno. Para visualizar como esse valor varia em relação à distância percorrida
com o carro, definimos a seguinte equação em duas variáveis:
y = 80 0,75x,
em que y representa o custo do aluguel (em R$). Em seguida, escolhemos dois valores
+
para x e determinamos os velores correspondentes de y, de forma a definir dois pares
( )
ordenados x,y . Com esses pares, traçamos um gráfico dessa equação no primeiro
quadrante (pois a distância percorrida não pode ser negativa), como aquele que é
apresentado na Figura 3.21.
Se x 0, temos
=
y =80 + 0,75 ⋅0 80.
=
Se x =200, temos
(0,80) e (200,230)
Voltando à
equação original,
observamos que
dizer que “o
custo do aluguel
atingiu R$
185,00” é o
mesmo que
escrever y = 185.
Assim, para obter
a distância para a
qual
Seção 3.3. Solução gráfica de equações e inequações em uma variável 273
o custo equivale a R$ 185,00, devemos descobrir para que valor de x temos y igual a
185. Graficamente, isso corresponde a encontrar a coordenada x do ponto da curva
que intercepta a reta horizontal y 185, como mostra a Figura 3.22.
Portanto, a solução da equação=é x ≈ 140, de modo que é possível percorrer cerca
de 140 km com R$ 185,00.
Solução alternativa
Se subtrairmos 185 dos dois lados da equação 80 +0,75x 185, obtemos a equação
equivalente
Figura 3.22: Gráficos de y = 80 0,75x −105 0.
=
0,75x e y − 185. Para resolver essa equação, definimos a equação auxiliar
+ =
y =0,75x 105,
Se a expressão 0,75x – 105 for positiva, rodamos mais quilômetros que o dinheiro
Figura 3.23: Gráfico de y = 0,75x permitia. Por outro lado, valores negativos indicam que há dinheiro disponível para
105. rodar um pouco mais.
− Agora, tente o Exercício 1.
Como toda equação pode ser escrita de modo que um dos lados seja zero, vamos
usar a estratégia proposta ao final do Exemplo 1 para definir um roteiro de solução
gráfica de equações.
4. Determine os interceptos-x.
Determine os pontos em que y = 0.
a) x2 = x + 6 b) x2 − 2x + 1 = 0 c) x2 + 2x = −2
Solução.
a) x3 − 6x2 + 3x − 8 = 0 4
b) −3=0
x−
2
Seção 3.3. Solução gráfica de equações e inequações em uma variável 275
Solução.
4
(a) y = x3 − 6x2 + 3x − 8 (b) y = x−2
−3
. Inequações
É possível resolver graficamente inequações em uma variável seguindo passos similares
àqueles apresentados acima, como ilustra o exemplo a seguir.
Solução.
Com base nos dados do enunciado, e definindo t como o número de meses de uso
das lâmpadas, podemos dizer que o gasto total (incluindo a aquisição e o uso), em
reais, associado à lâmpada incandescente é dado pela equação
y1 = 2,50 4,8t.
O gráfico das duas equações é dado na Figura 3.26, na qual a curva verde está
associada à lâmpada fluorescente, e + a curva vermelha à lâmpada incandescente.
Para determinar qual lâmpada é mais econômica, devemos comparar os valores de
Figura 3.26: Gráficos de y1 = 2,5 y1 e y2. Como o eixo y da Figura 3.26 representa o custo (em reais), se tomarmos um
4,8t e y2 = 14,5 + 1,2t. + valor fixo de t, a lâmpada mais econômica será aquela cuja gráfico estiver por baixo.
Observamos, portanto, que a lâmpada incandescente é mais vantajosa nos primei-
ros meses, em virtude de seu baixo preço. Para t 1, em particular, o gráfico mostra
que y1 =R$ 7,30, enquanto y2 R$ 15,70. =
O gráfico também mostra que o custo das duas lâmpadas se equipara quando o
tempo de uso atinge um valor próximo de 3,33, e que a lâmpada fluorescente é a mais
=
econômica para t > 3,33, em virtude de seu baixo impacto na conta de luz.
Em termos matemáticos, dizemos que, para t fixo, a lâmpada fluorescente é mais
vantajosa se
1 4 , 5 + 1 , 2 t ≤ 2 , 5 + 4, 8 t,
\− − − − − − − − − − v − − − − − − − − − − − − ⁄ \ −− −−−−− v − −− −−− −⁄
lâmpada lâmpada
fluorescente incandescente
Solução alternativa
y =12 3,6t
lâmpada fluorescente será vantajosa se for usada por um tempo igual ou superior a
3,33 meses.
Observe que a variável auxiliar y corresponde à diferença entre o custo da lâmpada
fluorescente e o custo da lâmpada incandescente. Dessa forma, a lâmpada fluorescente
será a mais barata quando essa diferença for negativa, o que equivale a exigir que o
gráfico da equação y =12 3,6t esteja abaixo do eixo horizontal.
Agora, tente o Exercício 9.
−
No exemplo acima, empregamos dois métodos para resolver uma inequação linear
em uma variável. O primeiro método, embora mais intuitivo, é mais trabalhoso. Dessa
forma, nos ateremos ao segundo processo, para o qual apresentamos um roteiro no
quadro abaixo.
a) x2 10 3x
≤ c) −x2 + 5x +6 0
b) 4x − 8x ≥
2
d) x≥2 − 2x + 6 ≥ 0
21
−
Solução.
{ x ∈R | −5 ≤x ≤ 2} .
y = 4x2 − 8x − 21,
278 Capítulo 3. Funções
( x ∈R | −1 ≤x ≤ 6} .
Figura 3.28: Gráficos das equações associadas ao Problema 5. As soluções das ine-
quações correspondem aos trechos indicados em vermelho.
Exercícios 3.3
1. Se um carro partir do quilômetro 25 de uma estrada, e
Determine graficamente para que duração de chamada
viajar a uma velocidade constante de 60 km/h, a sua po-
interurbana cada plano é mais barato.
sição na estrada (ou seja, o quilômetro no qual o carro
se encontra) no instante t (em horas) será dada pela 8. (Exercício extraído da Seção 2.8.) Uma empresa pos-
expressão 60t + 25. Determine, graficamente, o tempo sui 500 toneladas de grãos em seu armazém e precisa
que o carro gastará para chegar ao quilômetro 175 da transportá-los a um cliente. O transporte pode ser feito
referida estrada. por caminhões ou por trem. Para cada tonelada trans-
2. Um eletricista precisa cortar um fio de 6 m de compri- portada por trem paga-se R$ 8,00 de custo fixo e R$
mento em dois pedaços, de modo que um tenha 40 cm a 0,015 por quilômetro rodado.
menos que o triplo do outro. Determine, graficamente, O transporte rodoviário exige 25 caminhões. Para cada
o comprimento do menor pedaço de fio. (Exercício ex- caminhão utilizado paga-se R$ 125,00 de custo fixo,
traído da Seção 2.4.) além de R$ 0,50 por quilômetro rodado. Supondo que x
seja a distância entre o armazém e o cliente, determine,
3. Resolva graficamente as equações.
graficamente, para que intervalo de x o transporte por
trem é mais vantajoso que o transporte por caminhões.
x
a) 4x = 10 c) 2
−5 0 e) 6 − 34x =
9. Resolva graficamente as inequações.
b) 8 − 3x = d) 2x =+ 12 = 0f) 1 − 2x =
3
0 0 0 – ( − ) – ≤
4. Resolva graficamente as equações. ≤ +
a) 3 2 x 1 d) 5x 9 3 2x
7 e) (x + 3)/2 ≥ 6 − x
b) 6 − 4x ≥ 0
a) 9 x2 0
− e)
2x2 4x 2 c) 12x − 30 ≥ 0 f) 4(3 − x) ≤ 3x − 2
b) 2x2 + 12x = −0 + −
0− + + f) x=2 + 4 = 5x
=2
c) =2x 3x 5 g) x2 =6x 9 10. Após a administração de um comprimido de Formosex,
0 h) 8x = x2 + a concentração do medicamento no plasma sanguíneo
d) x2 − 2x + 2 = 0 20 − do paciente (em mg/ml) varia de acordo com a fórmula
2
5. Resolva a equação 2 traçando os gráficos de t
y1 = x2 e y2 = x + 2 xno = x
intervalo x ∈ [−3,3]. – 2+ 12t
+2
6. Resolva a equação 2x = 3 −5 traçando os gráficos de 2
y1 =2x2 e y2 =3 −5xxno intervalo x ∈ [− 4,3 ].
em que t é o tempo (em horas) transcorrido desde a
7. João resolveu assinar um plano pré-pago de telefonia
ingestão do comprimido. Determine graficamente o pe-
móvel. Analisando os preços, João chegou à conclusão ríodo de tempo no qual a concentração plasmática é
de que os planos disponíveis são bastante semelhantes, maior ou igual a 64 mg/ml.
exceto pelo custo de roaming, isto é, o custo das cha-
madas fora da região na qual o telefone está registrado. 11. Resolva graficamente as inequações.
Para cada telefonema interurbano efetuado, a compa-
a) x2 + 2x ≤ e) x2 + 2x + 1 ≤ 0
nhia A cobra R$ 2,40 para completar a chamada,
além de outros R$ 1,50 por minuto de ligação. Por 3 f) −x2 + 3x − 4
b) 2x22 ≥ 50 g)
≥ 0−2x ≤ x − 1
2
asua vez,
companhia B cobra uma taxa fixa de R$ 1,20, ao que
c) x ≤ x
4 2
se deve adicionar R$ 1,80 por minuto de conversa.
d) 3x − x2 ≥ h) x2 + 4 ≥ 4x
0
b) x = −6 e x =
c) x = −1, e, x = 5 /2
0
d) Não há solução real.
e) x=1
f) x=1ex=4
g) x=
3
h) Não há solução real.
Seção 3.3. Solução gráfica de equações e inequações em uma variável 281
9. a) x ≥ −1
11. a) −3 ≤ x 1
≤ ≤ −5 ou x ≥ 5
b) x
c) x ≥ 5/2 d) x ≤
b) x ≤ 4 c) 0 ≤ x ≤
3/2 e) x ≥ 2 0≤x 3
d)
3f) x ≥ e) x =
≤ −1
2
2
t
10. O gráfico da equação y = − + 12t − 64 f) Não existe solução real
é
8. Observando a figura abaixo, notamos que 2
o transporte por trem é mais vantajoso dado abaixo. Dele, deduzim os que a con- g) x ≤ −1 ou x ≥ 1/2
quando a distância é superior a 175 km. centração é maior ou igual a 64 mg/ml
para t entre 8 e 16 horas. h) R
Apesar de o traçado do gráfico de equações já ter sido explorado da Seção 3.2, nenhum
destaque foi dado, até o momento, a algum tipo particular de equação. Nessa seção,
vamos discutir as características das equações lineares, que são representadas no plano
Cartesiano por meio de retas.
Atenção Reta
A Figurano3.29plano
mostra Cartesiano
uma bicicleta subindo uma rampa. Como o gráfico dessa
Embora toda equação linear na rampa é uma reta não vertical,
Seja dada uma equação linear podemos
em duasrepresentá-la
variáveis por meio de uma equação
forma y = mx + b corresponda a linear na forma
= y mx b.
uma reta no plano, o contrário Uma equação linear é caracterizada y =pelas
mx +constantes
b, m e b. Observe que b nada
não é verdade, pois as retas ver- ticaismais
não podem
é que oser represen- tadasda
intercepto-y porreta,
umajaequação nessa forma.
que, tomando x =0, obtemos
+
em que m e b são constantes reais. A representação dessa equação no plano Cartesiano é dada por um
y = m ⋅0 + b ⇒ y b.
Figura 3.29: Uma rampa repre- =
sentada por uma reta no plano. Por sua vez, a constante m é denominada inclinação da reta.
Solução.
Solução.
a) A reta que passa pelos pontos (x1,y1 ) = (1,2) e (x2,y2 ) = (3,5) é apresentada na
Figura 3.33: A reta que passa por Figura 3.33. Para determinar sua inclinação, calculamos
(1,2) e (3,5).
∆y y2 − y1 5−2
m= = 3 = =
.
∆x x2 − x1 3− 1 2
Esse valor de m indica que, para cada duas unidades que andamos na horizontal
(da esquerda para a direita), movemos três unidades na vertical (de baixo para
cima).
b) A Figura 3.34 mostra a reta que passa por x(1,y1 ) = (−2, −1 )e (x2,y2 ) = (2,5).
Nesse caso, temos
y2 − y1 5 − (−1) 6
m=
x2 − x1 2 − (−2) =
= 4 2
3
Note que, apesar de a reta=passar por pontos diferentes, a inclinação é a mesma da
reta do item anterior, ou seja, movendo duas unidades da esquerda para a direita,
a reta sobe três unidades.
Figura 3.34: A reta que passa por c) Para os pontos (x1,y1) = (−4,2) e (x2,y2) = (2, − 1), temos
(−2, − 1) e
(2,5). y2 − y1 −1 − 2 −3 1
m= = = =− .
x2 − x1 2 − (−4) 6 2
Aqui, temos uma novidade: a inclinação é negativa. Isso ocorre sempre que, ao
movermos da esquerda para a direita, a reta desce em lugar de subir. Como se
observa na Figura 3.35, nesse exemplo, a cada duas unidades que andamos no
sentido positivo do eixo-x, há um decréscimo de uma unidade na coordenada y.
O que não podemos fazer é misturar as coordenadas do pontos, como mostrado abaixo
para o mesmo problema (a).
y2 − y1 5−2 3 3
m= = = =− A Errado!
x1 − x2 1 − 3 −2 2
Nesse caso, a troca de ordem dos números do denominador (sem a troca correspon-
dente no numerador) fez com que a inclinação da reta ficasse com o sinal errado.
y = mx + b.
1
Por exemplo, a equação da reta que passa por (0,1) e tem inclinação 2
é
y = 12 x +
1.
Inclinação Intercepto-y
y = 21 x + 2 Vermelho
Observando o intercepto-y de cada reta, é possível estabelecer a relação indicada
1
y = x + 3 Roxo na tabela ao lado.
m(x − x1) = y −
Note que essa equação é satisfeita ypor
1.
todos os pontos (x,y) da reta, incluindo o ponto
x(1,y1 . ) Assim, podemos dizer que essa é uma forma alternativa de se apresentar a
equação da reta. De fato, essa forma é bastante adequada quando conhecemos a
inclinação e um ponto pelo qual a reta passa.
Para encontrar a equação da reta que passa por (3,1) e tem inclinação 1/2, basta
definir
1
m= e (x1,y1) = (3,1).
2
e substituir esses valores na equação y −y1 =m( x −x1 ):
1
y −1 = (x − 3 .
2
Pronto, aí está a equação desejada. ) Entretanto, se você ainda prefere apresentar a
equação da reta na forma y = mx + b, pode converter a equação acima fazendo
y − 1 =2 1 x −
2
1
⋅3 Propriedade distributiva.
y = 1 x2 − 3 + 21 Isolamento de y.
y = 1x− 1 Simplificação do resultado.
2 2
Exemplo 7.+ Outra forma de se obter uma reta que passa por dois pontos
Para determinar a reta que passa por (2, 1) e (−
2, 3) podemos calcular, em primeiro
lugar, a inclinação da reta, que é dada por
y2 − y1 3−1
m= = = 2 = −1 .
x2 − x1 (−2) − 2 −4 2
Agora, para determinar o intercepto-y, usamos m e um dos pontos dados. Sabendo,
por exemplo, que a reta passa por (2,1), podemos escrever
y = mx + b Equação original.
y = −2 1 ⋅ x + b Substituindo m.
1 = −12 ⋅ 2 + b Substituindo x e y.
b = 1 + 21 ⋅ 2 Isolando b.
b=2 Simplificando.
Assim, a equação é y = −2 1 x + 2.
=
x2 − 0
Como a divisão por zero não está definida, não é possível escrever a equação de uma
x
reta vertical na forma y = mx+b.
1 De fato, a equação desse tipo de reta é simplesmente
x = x 1.
y = 1,
x = 2.
Solução.
x
(a) y = 2x − 1 (b) 3y + 4x = 12 (c) y = 2
Imagine, agora, que tenhamos o problema inverso, isto é, suponha que seja dado
o gráfico de uma reta, e que queiramos determinar a equação linear correspondente.
Nesse caso, a solução do problema pode ser facilmente encontrada tomando dois
pontos quaisquer do gráfico, como mostra o exemplo abaixo.
( x1,y1 ) = (−
1, −
2 ) e ( x2,y2 ) = ( 5,3).
y2 − y1 3 − (−2)
m= =
Figura 3.40: Gráfico da reta do x2 − x1 5 − (−1) 6
5
Exemplo 10. = .
Tomando, agora, o ponto (5,3), obtemos a equação
5
y− 3= (x − 5).
6
. Aplicações
Se uma equação linear é usada para relacionar duas grandezas reais x e y, então a
inclinação da reta correspondente representa a taxa de variação de y com relação a
x. Quando as grandezas têm a mesma unidade, costumamos usar o termo razão, em
Para uma discussão sobre o signifi- lugar de taxa. Os problemas abaixo mostram situações práticas nas quais a inclinação
cado de razão e de taxa, consulte a de uma reta representa uma razão ou uma taxa de variação.
Seção 1.6.
Problema 11. Projeto de uma estrada
Um engenheiro precisa projetar uma estrada que desça de um ponto que está a 50
m de altura até um ponto que está na altora 0, com um declive de 6%. Defina uma
Seção 3.4. Retas no plano 291
Solução.
y = −0,06x 50,
Solução.
P =40t 1200.
b) Como consideramos que t = 0 no ano 2000, a população da cidade nesse ano cor-
+
responde ao intercepto-y da reta. Desse modo, Grumixama tinha 1200 habitantes
em 2000.
c) Usando a equação linear que encontramos no item (a), podemos estimar que a
população em 2020 (ou seja, quando t =20) será de
Solução.
Figura 3.42: População e área
de municípios brasileiros, em 2000
(Fonte: IBGE).
a) A densidade demográfica de um município é a razão entre sua população e sua
área. Observando a Figura 3.42, podemos dizer que, no ano 2000, Campinas
possuía uma densidade demográfica aproximadamente igual a
970.000
DCam ≈ = 1212,5 hab/km2.
800
Seção 3.4. Retas no plano 293
Exercícios 3.4
1. Encontre as inclinações das retas mostradas na figura
abaixo. a) (4,1 ) e (2,3 ) e) (6,4 ) e (−3,1)
b) (1,2) e (−2, − f) (−3,4) e
c)
4) (−5, − 2 )e (3, −2 g) (−2, −
(7,2) 6 )e (−1,1 )
d) (−4,5)
) e (1, − h) (5, − 2) e (−9,5)
10)
pares de ponto abaixo.
2. a) −1 c) 0 +
1
e) g) 7 = 4 4 custo de produção por cadeira. O
3
b) 2 d) f) intercepto-y é o custo fixo de produ-
1 10. a) y 1200 0,09x
− h) − + ção.
−3 b) R$ 12.000,00 em roupas.
1
5 2 11. a)
1 y − 3 = 1 (x − 5) ou y = x + d) R$ 6100,00.
3. a) = −1
4 d) = −3
x 2 2 2
y 5x y 3x b) Meio metro 15. a) y = 50000 − 24009x
b) y = −3 x + 2 1
4 e) y = 2x + 2 c) 29 anos
b) Após 20 anos.
c) y = −3x + 4 f) y = −x 12. a)
16. a) y =28 2x
4. a) y = 3x − 7 d) y = −x/3 − 2 b) R$ 6,50
b) y = −3x 8 e) y = 2x c) 4 −
pulseiras
+ x/3 +
c) y = − 3x/2 + 5/2
f) y = 17. a) 140 kg
5/3
5. a) y = 4 + 1 c) 47 semanas
b) y = 140 − 0,85x
x g) y = − 5x + 1
8 4
b) y = 3 − x h) y = − 54x + 32
5 18. O primeiro distrito a receber a nebulização
c) y = −2
i) y = −x − 5 será o noroeste, como mostra o gráfico.
d) y = 32 x + j) y = 6x −
e) y = −2x + k) 7
3 2 4 3x + 2
x
=
f) y = −5 l) −0,6x + 1,5 b) y 700x 10800
2
c) A inclinação da reta corresponde ao
+
crescimento anual da população. O
6. Azul: y = 2x + 3. Vermelha: y = − 2x +27 intercepto-y é o número de habitan-
7. As retas são mostradas no gráfico abaixo. tes em 2000.
A relação entre o item e a cor da reta é: d) 24.800 habitantes.
13. a) 0,4x + 0,2y = 10
a) Azul b)
d) Vermelha
b) Verde
e) Lilás
c) Preta
f) Laranja
= 8. = x
a) c) x 3
− 2 d) y = −4
b) y
=8
298 Capítulo 3. Funções .
19. a)
b) Haverá uma
C
redução de 1,8% da
r
po- pulação entre =
e
2040 e 2050.
s
c c) P1 40 1,2t,
c) 12 +
e supondo que t é o
kg r nú- mero de anos
d) 25 kg á decorridos a partir =
14. a) de 2030.
m d) P2 45 0,5t −
a e) Aproximadamente em 2032.
i
s 20. Ademar: 32,75%; Juarez: 34,25%;
Jusce-
lino: 33%.
r
á 21. a) r 0,0125t 0,8 =−
p b) 64 dias
i
d +
o
e
n
t
r
e
2
0
1
0
2
0
2
0
,
d
e
c
r
e
s
c
e
r
á
m
a
i
s
r
á
p
i
d
o
e
n
t
r
e
2
0
4
0
2
0
5
0
Seção 3.5. Funções 295
3.5 Funções
Nas seções anteriores desse capítulo, vimos como usar uma equação para relacionar
duas grandezas. Por exemplo, quando o açougueiro nos informa que o quilograma de
filé custa R$ 24,00, deduzimos que há uma relação entre o peso x da peça de carne
que pretendemos comprar (cuja unidade é o quilograma) e o valor y a ser pago (que
é dado em reais). Mais especificamente, essa relação é
y = 24x.
Logo, se quisermos levar 2,375 kg de carne, teremos que pagar a pequena fortuna
de 24 × 2,375 57 reais. Por outro lado, se o filé pesar 1,800 kg, o valor a ser pago
será igual a 24 × 1,8 = R$
A equação acima descreve como o preço depende do peso da peça de carne. Nessa
43,20. =
equação, a variável x da equação é denominada variável independente, enquanto
y é a variável dependente, pois seu valor é obtido a partir de x.
O lado direito da equação, ou seja, o termo 24x é a regra que usamos para obter
o preço a pagar a partir do peso da carne. A regra que nos permite obter o valor
da variável dependente (y) a partir da variável independente (x) é chamada
função. Logo, temos
y = 24x
v
função
de x
Para que possamos nos referir a uma função que já foi definida, precisamos atribuir-
lhe um nome. Por serem muito econômicos nas palavras, os matemáticos
costumam usar uma letra para designar uma função. Sendo assim, no problema do
Nada nos impede de atribuir um açougue, diremos que f é a função que fornece o preço da carne em relação ao peso
nome mais complexo à função do da peça.
pro- blema do açougue, tal como O valor resultante da aplicação de uma função f , definida com relação a uma
“Preço- DoFilé”. Entretanto, é mais variável x, é representado por f (x). No caso do açougue, escrevemos
prático
usar um nome curto, como f . f x = 24x
v
v
valor função
resultante de x
( )
o que significa que, a regra (ou fórmula) que converte um peso de filé, x, em seu preço
é 24x.
Voltando, então, à nossa equação original, concluímos que y= f(x), ou seja, a
Atenção variável independente y (preço da carne) é o resultado da aplicação da função f à
Observe que variável dependente x (peso da carne).
f é o nome da função; Vejamos, agora, qual o preço de algumas peças de filé com pesos variados:
f( ) é o valor da função
x 1. O preço de uma peça de 3 kg é
em x.
f (3 ) =24 ⋅3 72 reais.
=
2. Por uma peça de 1.75 kg, pagamos
determine
√ √
a) f (1) b) f (0) c) f (−1) d) f ( 2) e) f (− 2) f) f (w)
Solução.
a) f (1) = 2 ⋅ (1)2 + 1 = 3
√√ √ √
d)
e) ff (−
( 2)2)= = 2)2 +
2 ⋅2 (⋅ (− 2)12 +
= 15
2 2
b)
c) ff (0)
(−1=) 2=2⋅ (0) 1+ )1 =
⋅ (− +
1 = 5
1 3=
f) f (w) = 2 ⋅ (w)2 + 1 = 2w2 + 1
Agora, tente o Exercício 1.
Solução.
a) O custo da corrida inclui uma parcela fixa (que não depende de x) correspondente
a R$ 3,44. Além disso, para percorrer x quilômetros, é preciso pagar 0,90x reais.
Logo, a função custo é dada por
Note que c(0) corresponde à bandei- c( 8,5) = 3,44 + 0,9 ⋅ 8,5 11,09 reais.
rada, ou seja, ao valor pago pelo pas- =
sageiro ao pegar o táxi, mesmo sem
Já uma viagem de 12 km sai por
percorrer qualquer distância.
c(12) = 3,44 + 0,9 ⋅ 12 = 14,24 reais.
. Definição de função
Para o problema do açougue, fornecemos uma função de duas maneiras: através da
equação
y = 24x
e através da fórmula (ou regra)
f (x) = 24x.
Entretanto, também podemos apresentar funções
Rendimento Alíq.
mensal (R$) (%) b) Numericamente, por meio de uma tabela que contenha uma lista de pares orde-
nados. Como exemplo, considere a Tabela 3.6, que fornece a alíquota do
Até 1637,11 0
imposto de renda em função do rendimento mensal (em reais) de um contribuinte,
De 1637,12 a 2453,50 7,5
em 2013.
De 2453,51 a 3271,38 15
De 3271,39 a 4087,65 22,5
Mais que 4087,65 27,5 Em muitos casos práticos, é indispensável recorrer a gráficos ou tabelas para se
apresentar uma função. Por exemplo, não seria prático descrever por meio de uma
equação ou fórmula a função f fornecida pelo eletrocardiograma de um paciente.
Entretanto, lendo o gráfico, somos capazes de calcular (f )5 , ou f( t para um instante
de tempo t qualquer. A função descrita pela Tabela 3.6 )também não pode ser definida
por meio de uma única equação, embora possa ser fornecida através de uma fórmula.
Mais um exemplo de função que não pode ser representada por meio de uma
equação simples é a função trigonométrica seno, que é dada por
x3 x5 x7
sen(x) = x − + − +⋯
3⋅2 5⋅4⋅3⋅2 7⋅6⋅5⋅4⋅3⋅2
298 Capítulo 3. Funções
Nesse caso, como a função é a soma de um número infinito de termos, a forma mais
prática de se definir uma equação na qual y é igual ao seno de x consiste em escrever,
simplesmente, y =sen x( .)
Vimos, portanto, que uma função pode ser representada por equações, fórmulas,
gráficos, tabelas etc. Mas será que toda equação, curva ou tabela nas variáveis x e y
define y como uma função de x?
Infelizmente, não. Tomando como exemplo a equação
y2 −x 0,
Definição de função
Uma função f é uma relação que associa a cada elemento x de um conjunto
D, chamado domínio, um único elemento f ( ) (ou y) de um conjunto C,
x
denominado contradomínio.
À primeira vista, essa definição parece difícil de compreender, pois contém três
ingredientes novos: uma relação – que é expressa pela função – e dois conjuntos, D e
C. Vejamos se esses conceitos ficam mais claros se os ilustramos com o auxílio de um
exemplo simples.
D = (x ∈ R |x > 0}.
Por sua vez, o contradomínio é qualquer conjunto que contenha os possíveis valores
da área. Como exemplo, podemos definir
Observe que, nesse caso, C contém
valores negativos, apesar de a área
C = R.
de um quadrado ser sempre positiva.
Para que seja mais fácil compreender a definição de função (que foi apresentada
acima de uma forma um tanto Hermética), resumimos em um quadro as suas princi-
pais características.
Ao contrário da de número 3, a
carac- terística 4 permite que uma A terceira característica do quadro acima é a condição, imposta anteriormente,
função associe o mesmo y a dois de que o valor f(x )seja único. Para entender porque não é permitido associar dois
valores de valores de y a um único x, basta voltar ao exemplo do açougue e imaginar o
x. Isso ocorre, por exemplo, quando seguinte diálogo entre um freguês e o açougueiro:
um supermercado cria uma promo- — Quanto custam 3 kg de filé?
ção “leve dois e pague um”. Nesse — O preço pode ser R$ 72,00 ou R$ 85,00.
caso, há um único preço y associado
Não faz sentido, não é verdade? Ao fornecer x – o peso de uma peça de carne –
a duas quantidades x do mesmo pro- o freguês espera receber como resposta um único valor de( f) x – o preço.
duto.
Vejamos alguns exemplos nos quais a terceira condição não é satisfeita.
terceira condição acima, segundo a qual um elemento do domínio não pode estar
associado a dois elementos do contradomínio.
Solução.
O sinal ± indica que, para cada valor de x (exceto x = 4), há dois valores de y:
√ √
2
16 − x e − 16 −
x2. √
Assim, por exemplo, se x =2, temos y = 12 e y = 12. Nesse caso, a equação não
permite a definição de y como uma função de x.
√
Agora, tente o Exercício 2. −
. Domínio e imagem
Vimos que o domínio de uma função é o conjunto de todos os valores que a variável
independente pode assumir. No Problema 3, por exemplo, a variável x fornece a
distância percorrida por um táxi, que pode corresponder a qualquer valor real maior
ou igual a zero (supondo que o táxi possa reabastecer). Dessa forma, é adequado
definir
D = (x ∈R | x ≥ 0} .
Já no Problema 2, a função foi descrita apenas pela fórmula (f )x = 2x2 1. Nesse
caso, como não é possível especificar um conjunto ou intervalo no qual f tenha sentido
prático, o domínio é dado implicitamente pela definição de f . Em outras palavras,
+ definida. Como
o domínio é o conjunto de todos os valores de x para os quais f está
a expressão 2x + 1 pode ser calculada para todo x real, escrevemos
2
D = R.
Solução.
Logo, o domínio de f é
D = (x ∈ R | x ≠ −1 e x ≠ 1}.
Agora, tente o Exercício 3.
Conjunto imagem
Dada uma função f , com domínio D, denominamos conjunto imagem (ou
simplesmente Im) o conjunto de todos os valores f (x) obtidos a partir de
x ∈ D.
Im = (c ∈ R | c ≥ 3,44}.
Solução.
a) A expressão 2x2 + 1 pode ser calculada para qualquer x real. Desse modo,
D = R.
Por outro lado, como x2 ≥ 0 para todo x real, concluímos que 2x2 + 1 ≥ 1. Assim,
Im = (y ∈ R | y ≥ 1}.
b) Para que a expressão √
x − 1 possa ser calculada, é preciso que
x − 1 ≥ 0,
D x R x 1.
=( ∈ | ≥ }
Para determinar o conjunto imagem dessa função, basta notar que a raiz quadrada
não produz resultados negativos, donde
Im = (y ∈ R | y ≥ 0}.
Agora que já analisamos alguns aspectos algébricos das funções, vejamos como
representá-las geometricamente.
302 Capítulo 3. Funções
. Gráficos de funções
(x, f (x)) ,
y = f (x),
Tabela 3.8
x f (x)
-3 8
-2 3
-1 0
0 -1
1 0
2 3
3 8
Tabela 3.9
f( )
x x
0 1,41
0
1 1,73
1
2 2
3
4
√
Figura 3.47: Gráfico de f (x) = x.
Já vimos que nem toda equação que envolve as variáveis x e y define y como função
de x, pois há casos em que a equação associa dois valores de y a um único valor de x,
o que não é permitido para funções.
Argumento semelhante pode ser usado para mostrar que nem toda curva no plano
está associada a uma função, uma vez que só é possível haver um valor f( x) associado
a cada x pertencente ao domínio de uma função f , o que nem sempre ocorre com
curvas no plano. Para determinar se uma curva é ou não a representação geométrica
de uma função, usamos o teste abaixo.
A Figura 3.48 mostra uma curva que é interceptada duas vezes pela reta vertical
verde. Nesse caso, como há dois valores de y (ou seja, y1 e y2) associados a x= a, a
curva não é o gráfico de uma função.
Figura 3.48: Curva que não satis- Problema 11. Teste da reta vertical
faz o teste da reta vertical.
Usando o teste da reta vertical, verifique quais gráficos da Figura 3.49 representam
funções.
(a) (b)
Solução.
a) Como se observa, não é possível traçar uma reta vertical que corte mais de uma
vez a curva da Figura 3.49a. Logo, trata-se do gráfico de uma função.
Note que não é possível represen-
tar uma circunferência usando ape- b) A reta verde mostrada na Figura 3.49b corta a curva em dois pontos, de modo
nas uma função. que não se trata do gráfico de uma função.
(a) (b)
Solução.
a) Na Figura 3.50a, a reta vertical verde corta o gráfico em três pontos. Logo, o
gráfico não representa uma função.
b) O gráfico da Figura 3.50b representa uma função, já que não há reta vertical que
o corte em mais de um ponto. Além disso, notamos que a função não está
∈ para
definida ( ) x a,b .
Exercícios 3.5
1. Calcule as funções nos pontos indicados.
a) f (x ) = −
2 x( +
1 d) f (w) = w −w 2
) f (−1), f (1/2), f (x), f (1/x), f
g y) = 3(y − f (0), f (1), f (a), f
b) f −2),
2
f (−1), e) (2z)
f (y) 1
y2
2)
(−a)
( = f (−1), f (3), f (1/5), f (2x), f (1/x2)
c) g −2), f) f (y) √
y− 5+
h x) = x2g(−1),
−1
g(0), g(1), g(2)
5
= f (5), f (9),
xh(0),
+(1 h(−2), h(1/2), h(a), h(a − 1) f (45/4), f (x + 5)
Seção 3.5. Funções 305
1
g) f (y) = y 6. superfície do oceano, a pressão da água é a mesma do
f (0), f (4), f (1/4), f (9x), f (x − 1) ar, ou seja, 1 atm. Abaixo da superfíce da água, a
1+√
h) f (y) = | pressão aumenta 1 atm a cada 10 m de aumento na
4−y|
y profundidade.
f (−1), f (3), f (4), f (x + 2), f (4
a) Escreva uma função P ( x ) que forneça a pressão
− x) algebricamente se as equações abaixo permi-
2. Verifique (em atm) com relação à profundidade (em m), Con-
tem a definição de y como uma função de x. sidere que x = 0 m na superfície da água do mar.
b) Determine a pressão a 75 m de profundidade.
a) 12 − 2y = 0 f) (x − 1)2 + (y − 2)2 7. instalador de aparelhos de ar condicionado cobra R$
b) x − y2+ 9 =
2
=4 50,00 pela visita, além de R$ 75,00 por hora de ser-
c) x − y + 4
0 =√0 g) y − 2 = viço (sem incluir o custo do material por ele utilizado).
h) y3 − x = 0
d) x− 2+ y= 0
i) |2x − 3| + y = a) Escreva uma função C(t) que forneça o custo de
3 0
e) (x − 3)2 + y = x2 j) |y| = x + 5 instalação de um aparelho de ar condicionado, em
relação ao tempo gasto pelo instalador, em horas.
3. Determine o domínio das funções. b) Se a instalação de um aparelho consumir 3,5 horas,
qual será o custo da mão de obra?
a) f (x) = 3x + 2 k) f (x) √
3−x 8. piscina tinha 216.000 litros de água quando foram
= √x+1
b) 1f (x) = 1−5x abertos todos os seus drenos. Desde então, a água tem
l) (
c) 1 ( x−2 f x) = x2+4
f x) = 2 m) 1( √ escoado da piscina a uma taxa de 200 litros por minuto.
+5
√x
d) g(
x ) = x + f x) = x−3 a) Escreva a função V (t) que fornece o volume de água
9 √
e) )= n) f ( ) = x−1 da piscina depois de transcorridos t minutos do iní-
x √
f (x 5− cio da drenagem.
2x √
2x−7
f) f (x) = 4x o) f1 (x) =
−3 √ | | b) Determine o tempo necessário para esvaziar com-
3
−6
g) p(x) = x − 1
2 p) f( ) =x pletamente a piscina.
x
h) f5 (x) =5
x 9. notebook custa R$ 2.900,00 e perde 12% de seu
− x 13 |x−4|+2
√
i) +g(x)
3x 1 = r) f (x) x −− x2 5 −
q) f (x) = 16 a) Escreva a função V (t) que fornece o valor do
= 1+ x note-
j) ( 4x+6 valor inicial a cada ano de uso.
√ √
h x) = 2 x
1
− 1
4. Usando o teste da reta vertical, indique quais gráficos book após t anos de uso.
representam funções. b) Determine após quantos anos de uso o valor do no-
tebook chega a R$ 800,00, momento em que é con-
a) c) veniente trocá-lo.
10.
f (x ) −f a(
) x−
para as funções e os valores
a de a fornecidos abaixo.
Simplifique os resultados e suponha sempre que os de-
nominadores são diferentes de zero.
a) f (x) = 5 c) f (x) = − x2
+2 a) os pontos fixos de f x .+ ( )
b) e o gráfico da função f e o gráfico de g(x) = x,
b) f (x) = 2x + 1 d) f (x) = 2√ indicando os pontos calculados no item (a).
2
x
Seção 3.5. Funções 307
A análise de um gráfico nos permite obter muitas informações acerca da função a ele
associada. Como veremos a seguir, essas informações incluem desde o valor da função
em pontos específicos até a presença de mínimos e máximos.
. Valor da função
O propósito mais óbvio de um gráfico é fornecer valores aproximados da função para
os pontos do intervalo no qual ela foi retratada. O problema abaixo ilustra como
podemos usar um gráfico para extrair esses valores.
d) os valores de x em que– 3≤ f (x ) 1.
≤
Solução.
f (0) = −
1 e f (−1 ) 1.
=
b) Os valores de emx que f (x) = 3 são aqueles correspondentes aos pontos que
estão, ao mesmo − tempo, sobre o gráfico de f e sobre a reta y= 3. Segundo a
Figura 3.52b, isso ocorre quando −
x = −2 ou x 1.
c) Os valores de xpara os quais f (x) 1 são aqueles nos quais a curva cruza a reta
y = 1ou está acima = ocorre para os pontos marcados em verde na curva
desta. Isso
≥
da Figura 3.52c, ou seja, para
x = −1 ou x 2.
√
Figura 3.53: Gráfico de f (x ) = 4 x2.
Solução.
D = [−2, 6] e Im = [−4, 3] .
−
b) Observando a Figura 3.54b, notamos que a função f não está definida em= x 2,
já que as duas retas vermelhas possuem bolas abertas para esse valor de x. Por
outro lado, as linhas mostradas na figura excedem as laterais da área
quadriculada, indicando
f que também está definida
x < − para x 4 e para 7.
Desse modo, podemos
> supor que
f a função esteja definida
x ∈para todo , com
exceção
x = 2, de R
donde
D = (x ∈R |x ≠ 2} .
Observando, agora, o eixo-y, notamos que f( x) só pode valer 2 e 1, de modo que
Im = (−2, 1} .
−
c) Embora a Figura 3.54c inclua apenas uma parte do eixo-x, o gráfico sugere que
a função está definida para x< −4 e para x 7. Assim, temos
D = (x ∈R | x ≤ 1 ou x ≥ 3} .
>
De forma análoga, apesar de não conhecermos o valor da função em todos os pontos
do domínio, a figura nos permite supor que
Im = (y ∈ R | y ≥ −3}.
. Zeros da função
Os valores de x que satisfazem a equação f (x ) 0 são chamados zeros de f .
Esses valores correspondem aos interceptos-x
= do gráfico da função.
Problema 4. Zeros de funções
Determinar graficamente os zeros de
x
f (x) = +1 e g(x) = 3 − x2 + 2x.
2
Solução.
x
(a) f (x) = 2 + 1 (b) g(x) = 3 − x2 + 2x
• f é constante em [c,d].
Seção 3.6. Obtenção de informações a partir do gráfico 311
. Máximos e mínimos
Assim como é importante saber em que intervalos uma função aumenta ou diminui,
também é relevante conhecer seu valor máximo ou mínimo. Vejamos como caracterizar
esses pontos extremos.
Quando nos referimos aos máximos e mínimos, usamos o adjetivos local e relativo
para deixar claro que a análise diz respeito apenas a uma vizinhança de x¯ . A Figura
3.59 ilustra a situação, mostrando que, na vizinhança (a,b) definida em torno do ponto
x ¯, o maior valor que a função f assume éf ¯ , que por isso mesmo, é denominado
máximo local. Por sua vez, a Figura 3.60 mostra uma vizinhança (a,b) em torno de
(x)
x¯ , na qual o menor valor de f é justamente f (x¯), o mínimo
Nada impede que a função assuma um valor maior que um máximo local, desde
local.
que isso não ocorra nas proximidades de x¯ . Dessa forma, uma função pode ter vários
Figura 3.60: Mínimo local. máximos e mínimos relativos, como mostra a Figura 3.61, na qual a, c e e são pontos
de máximo local, enquanto b, d e g são pontos de mínimo local.
312 Capítulo 3. Funções
g) Com base no gráfico, indique se é possível cercar uma área de 12.000 m2.
h) Ainda com base no gráfico, determine a maior área que pode ser cercada e as
dimensões do terreno nesse caso.
Solução.
g) Não é possível cercar uma área de 12.000 m 2, pois 12.000 não pertence à imagem
do gráfico.
h) Da Figura 3.62, concluímos que a função assume seu valor máximo em p = 100,
que é o único ponto de máximo local do domínio. A largura correspondente a esse
valor de p é dada por
Figura 3.62: Gráfico de A(l). A(100) = 200 ⋅ 100 − 1002 = 10.000 m2.
. Simetria
Os gráficos de algumas funções possuem uma característica geométrica bastante
im- portante, chamada simetria. O gráfico de( f) x x2, por exemplo, é simétrico com
relação ao eixo-y, o que significa que a parte=da curva que está à esquerda do eixo é
uma imagem refletida da porção que está à direita dele, conforme mostra a Figura
3.63a. Do ponto de vista algébrico, essa simetria é caracterizada pelo fato de que
f (x ) = f (−
x .
)
Uma função cujo gráfico é simétrico com relação ao eixo-y é denominada par.
Outro simetria comum é a que ocorre com relação à origem, como se observa na
Figura 3.63b. Nesse caso de simetria, a curva não se altera quando viramos o livro
de cabeça para baixo, o que, algebricamente corresponde a dizer que
f ( x) = −
f (−
x .
)
Uma função com essa propriedade é chamada ímpar. O quadro a seguir resume as
características principais das funções pares e ímpares.
314 Capítulo 3. Funções
f (−x) = f (x)
f (−x) = −f (x)
Solução.
a)
b)
c)
f (−x) = (−x)3 − 2(−x)2 + 1
= −x3 − 2x2
+1
Como f (x) não é igual a −f (x) ou a f (−x), a função não é par nem ímpar.
Solução.
3
a) Como vimos no Problema 7, a função f (x) = x − é ímpar, de modo que po-
16
demos esboçar seu gráfico conhecendo apenas a parte relativa a x≥ 0. Montando,
então, a Tabela 3.10, marcamos os pontos
x em vermelho na Figura 3.64. Em se-
guida, traçamos uma curva suave que liga esses pontos, e refletimos o gráfico em
torno da origem, para obter a parte da curva que está à esquerda do eixo-y.
Tabela 3.10
f( )
x x
0 0
1 -15
2 -24
3 -21
4 0
5 45
Tabela 3.11
f( )
x x
0.0 10.00
0.5 7.06
1.0 -1.00
1.5 -11.94
2.0 -22.00
2.5 -25.94
3.0 -17.00
3.5 13.06
4.0 74.00
Exercícios 3.6
1. O gráfico de uma função f é mostrado abaixo. Com
base no gráfico, determine
0,31Tc A + 0,31Tc
f= [1 + 100 ].
Es
Lembre-se de que o volume de um cilindro de altura h
Os valores do fator previdenciário em relação ao tempo
de contribuição, para pessoas com 60, 65 e 70 anos, são e raio da base r é dado por πhr2. Além disso, a área
dados no gráfico abaixo. Com base no gráfico, estime a de um retângulo de base b e altura h é igual a bh, a
expectativa de sobrevida de um contribuinte de 70. área de um círculo de raio r é dada por πr2, e o
perímetro desse círculo é igual a 2πr.
a) Escreva a área da tampa da lata em relação a r.
b) Escreva a área da lateral da lata em relação a r e
h (dica: observe que há uma relação entre uma
das dimensões da lateral e o perímetro da tampa).
c) Escreva a área da superfície da lata em relação a r
e h.
d) Escreva h em função de r, usando o fato de que o
volume da lata é igual a 1 litro = 1000 cm3.
e) Usando as respostas dos itens (c) e (d), escreva uma
função que forneça a área da superfície em relação
apenas ao raio da base da lata, r.
f) Defina o domínio da função que você obteve no
item anterior.
g) Trace o gráfico da função para r entre 2 e 10.
h) Determine em que intervalos a função é crescente e
em quais é decrescente.
16. Uma companhia de turismo cobra R$ 1200,00 por um i) A partir do gráfico, determine o raio da base que
pacote turístico individual, mas dá um bom desconto proporciona o menor gasto de metal, bem como a
quando os turistas viajam em grupos. Se um grupo tem altura da lata.
x pessoas, com x ≤ 70, cada integrante paga apenas
18. Complete os gráficos das funções abaixo, supondo que
eles possuem o tipo de simetria indicado.
C ( x ) =1200 12x.
a) f (x) é ímpar. c) f (x) é par.
Sabendo que a receita
− da empresa com cada grupo é
dada pelo produto do valor pago por pessoa pelo nú-
mero de membros do grupo,
a) f (x) = 4
g) f (x) = 2x5 − x3 20. Levando em conta a simetria, trace os gráficos das fun-
c) ff1 (x)
b) (x) =
= 2x − ções dos itens (d), (f), (i) e (j) do Exercício 19.
+x
−2x h)
i) ff (x)
(x) =
= 1
2
d) ( x −3x +x2−15
6 4
2
√x + 1
f x) = x − j) f (x) = 3 x
3( ) = − ( ) √
e) f x x2 + 4x k) f =x x x
4 l) f (x) = |x|
f) f (x) = −x3 + 2x
b)
c)
Seção 3.7. Funções usuais 321
d) 20. a) c)
b) d)
Solução.
Funções na forma
f (x) = mx,
como aquela encontrada no Exemplo 1, são denominadas funções lineares. Uma
versão mais geral desse tipo de função é dada a seguir.
O gráfico de uma função afim é a reta cuja inclinação é igual a m, e cujo intercepto-
y é b. Conhecendo o valor da função para dois valores diferentes de x, podemos
determinar a expressão da função, bem como traçar o seu gráfico.
f ( x) xn,
=
é chamada função potência. A Figura 3.69 mostra o gráfico de algumas funções
potência bastante conhecidas.
Observe que as funções cujos gráficos são mostrados nas Figuras 3.69a e 3.69c têm
expoente par. Já a Figura 3.69b mostra a função f( x) x3, cujo expoente é impar. A
paridade do expoente afeta diretamente as características
= das funções potência, que
são apresentadas abaixo.
• O domínio de f é R.
Não se esqueça de que, ao elevarmos
um número real a um expoente par, • O conjunto imagem é R se o expoente é ímpar e é [0, ∞) se o expoente é par.
obtemos sempre um número positivo.
• Há um único zero em x =
0.
• Quando o expoente é par, f é decrescente para x < 0, e crescente para x 0.
Quando o expoente é ímpar,> f é crescente em (−∞, .
• Não há máximos locais. ∞)
. Função raiz
Dada uma constante natural n maior que 1, uma função na forma
Lembrete
√
Também podemos representar
f (x) = n
x,
uma função raiz na forma x1/n.
√
(a) f (x) = x (b) f (x) = x1/3
. Funções recíprocas
Funções na forma
1
f (x) = ,
xn
Solução.
k = t v.
⋅
Substituindo os valores dados no enunciado, temos
Como se percebe, a constante de km
pro- porcionalidade nada mais é que
a dis-
tância a ser percorrida pelo carro. k= 2h ⋅ = 120 km.
h
60
t(v) = .
v
Naturalmente, essa função só faz sentido para v 0, pois não queremos que o
carro ande para trás (v <0) ou fique parado (v 0).> Sendo assim, podemos esboçar
o gráfico de t considerando apenas a parte positiva do eixo-v (horizontal).
A Tabela 3.12 contém
= os pares usados para produzir o gráfico, que é mostrado na
Seção 3.7. Funções usuais 327
Figura 3.72.
328 Capítulo 3. Funções
Tabela 3.12
vt
524
1012
206
403
602
801,5
1001,2
Tabela 3.13: Velocidade × tempo Também poderíamos ter determinado a função a partir da regra de três
tradicional, representada na Tabela 3.13, na qual aparecem os dados do problema e
Veloc. Tempo as variáveis v e t.
(km/h) (h) Lembrando que a velocidade e o tempo são inversamente proporcionais, escrevemos
60 2 60 ⋅ 2 = v ⋅ t (v ) .
v t Finalmente, calculando o produto do lado esquerdo e dividindo ambos os lados da
equação por v, obtemos
120
t(v) .
v
=
Agora, tente o Exercício 22.
• Os clientes que efetuam até 400 minutos mensais em ligações pagam o valor fixo
de R$ 42,00 por mês.
• Para cada minuto adicional (ou seja, que excede os 400 minutos), paga-se
R$ 0,04.
Determine a função que fornece o valor mensal da conta telefônica.
Seção 3.7. Funções usuais 329
Solução.
Vamos supor que um cliente fale x minutos por mês. Nesse caso, se suas
ligações ultrapassarem os 400 minutos, o tempo adicional –equivalerá a x 400,
como mostrado na Figura 3.73.
Para determinar a função f que fornece o valor da conta mensal, devemos consi-
Figura 3.73: Período de x derar as duas situações previstas no plano:
minutos dividido em duas partes. • se x ≤400, então f( x ) 42;
• se x =
>400, então f( x ) =42 +0,04( x −400) .
Resumindo esse casos, temos a seguinte função definida por partes:
42, se x ≤400
f (x) = (42 + 0,04(x − 400), se x > 400.
,
Solução.
Tabela 3.16
x f(x)
0 10
10 10
30 35,4
x, se x ≥ 0;
f (x) = (
x, se x <
−
0.
Exercícios 3.7
1. Esboce o gráfico de cada uma das funções abaixo com
a) 1 − x, se x ≤ 2,
base em uma tabela de valores da função em pontos que f (x) = (
você escolheu. b) 1, se se
x< 0,
d) √
f (x) = 1 + f (x) = (x, x>
a) f (x) = 3 − −1, se x ≥
2x √ 2.
x 0.
b) f3 (x) = 2x2 −
e) f (x) = 1 + x c) 0, se x < 1,
f (x) = (
2
c) f ( x2 − 1, se x ≥ 1.
x) = (x − f) f (x) =
4. Dada a função f cujo gráfico é representado abaixo,
2. Calcule1)o valor das funções abaixo
2/x nos pontos x = 3. Trace o gráfico das funções abaixo para x ∈
−2; [−2,4].
x = −1; x = 0; x = 0,5; x = 1 e x =
2.
a) 3 + x, se x ≤ −1,
f (x) = (
2 − 3x, se x >
b)
−1.
x, se x < 1,
f (x) = ( 2
x , se x ≥
332 Capítulo 3. Funções
determine, para o domínio especificado,
a) o domínio e a imagem de f ;
b) os valores de f 1,5 , f 0 e f 2 ; (− ) ( ) ( )
c) os pontos nos quais f (x) ≥
d) os intervalos em que f é crescente ou decrescente; 0,5;
e) os pontos de máximo e mínimo local de f e os va- lores
da função nesses pontos.
Seção 3.7. Funções usuais 333
b)
c)
d)
17. a) P (T ) = 5T /2 + 750
b)
40, se v ≤ 10 ,
26. a) c(v) = ( 40 + 6,5(v − 10), se v > 10.
b) R$ 79,00 I
( 0, 150r− 306, 80, se 2453, 50< r 3271,38 ,
I0,225r−552,15, se 3271,38 < ≤ r ≤ 4087,65,
c)
SI 0,275r−756,35, se r > 4087,65.
c) 962,5 mmHg
d) −20○C b) Joana: R$ 27,22. Lucas: R$ 480,97.
2t c)
18. a) S(t) = − 3 + 350 b) Em 2022
x − p, se x <
b) p = −1
−p.
c) x = 5
0 15
, s, se s ≤2000,
29. a) R(t) = ( 8t, se t ≤ 40, 34. a) I(s) = ( 0,25s − 200, se s > 2000.
12t − 160, se t 40.
b) $ 6800
b) A partir de 40 h.
c) R$ 8,00 pela > hora normal e R$ 12,00
pela hora extra. 35. a) Japão: J(t)
30. a) cS (d) = 30 + 0,4d
rı 0 ,
2
ı se t ≤ 1971,
23. a) D(v) = ( 2187 ,5 (t −1971 ), se 1971 < t 1987
=
b) 60,5 m b) c (d)
=( 90, se t ≤ 200, ıt 380(t − 1987), se t > 1987
v ≤
200
( )
24. 3,70; se 300 < x ≤ 350; M
r0, 90
se+t ≤
0,6(d − 200), se t
1972,
4,15; se 350 < x ≤ ı ı
r 0 ,75; se400
x 20; = > 200.
ı 4,55;
ı se <x≤
ı 1,15;
400; se 20 < x ≤ 50; t 5,00; se 450 < x ≤ 500.
≤
ı 1,60;
450; se 50 < x ≤
ı 2,00; se 100 < x ≤
2,45;
100; se 150 < x ≤
ı
150;
200;
c(x) = ( 2,85; se 200 < x ≤ 250;
ı 3,30; se 250 < x ≤
ı
300;
340 Capítulo 3. Funções
c)
URSS/Rússia: R t
b) 83840 baleias
Seção 3.7. Funções usuais 341
Nas aplicações práticas da matemática, quase nunca usamos funções “puras”, como
q( x ) =x2 ou m x( ) x=. |Normalmente, é preciso deslocar e esticar o gráfico de uma
função,
| para que ele se adeque aos dados do problema que se pretende resolver.
Como exemplo, vejamos como obter uma função cujo gráfico passa pelos
( − )1, (2 e) 5,6 a partir da função( f) x x. Os dois passos necessários para essa
pontos
transformação
= são mostrados na Figura 3.77.
Em primeiro lugar, esticamos verticalmente a reta y = f (vide Figura 3.77a)
até obter a função g( x) 2x (que aparece na Figura 3.77b),
(x) cujo gráfico tem uma
inclinação adequada.= Em seguida, deslocamos a reta duas unidades para a direita,
obtendo h(x) = 2(x−2), cujo gráfico passa pelos pontos desejados (vide Figura 3.77c).
Figura 3.77: Transformação que leva o gráfico de( f )x= x no gráfico de(h )x= (2 x−2 .
)
Essas e outras transformações são exploradas nas subseções abaixo.
Deslocamento vertical
Se c é uma constante real positiva, então
1. Para mover c unidades para cima o gráfico de y = f (x), usamos
y = f (x) + c.
y = f (x) − c.
f (x ) x2,
=
que é apresentada em vermelho. Para deslocar o gráfico de =
y f (x )exatas 2 unidades
para cima, recorremos à função
Figura 3.78: Deslocamento verti-
cal do gráfico de uma função. g(x) = f (x) + 2 = x2 + 2,
Seção 3.8. Transformação de funções 337
cujo gráfico corresponde à curva verde. Já para deslocar uma unidade para baixo o
gráfico de y = f (x),
usamos
h( x) =f (x ) −1 =
x2
1, cujo gráfico
−
é mostrado em azul.
Solução.
Deslocamento horizontal
Se c é uma constante real positiva, então
1. O gráfico de y = f (x) é movido c unidades para a direita se consideramos
Figura 3.79: Gráficos de f(x )
x3 x3 y = f (x − c).
2 − x e g(x) =2 − x2 −= 3.
2
y = f (x + c).
h(x) = f (x + 1) = (x + 1)2.
Solução.
O gráfico de f (x) é mostrado em vermelho na Figura 3.81. Observando que
g(x) = f (x − 3),
. Reflexão
Outro tipo comum de transformação é a reflexão de uma função em relação a um dos
eixos coordenados. Essa transformação é apresentada no quadro abaixo.
Reflexão
1. O gráfico de y = −f (x) é a reflexão de y = f (x) em relação ao eixo-x.
2. O gráfico de y = f (−x) é a reflexão de y = f (x) em relação ao eixo-y.
√
A Figu ra 3.82 mostra o gráfico de f (x) = x, bem como o gráfico de g(x) =
√
Figura 3.82: Reflexão vertical do –
gráfico de f (x) =
√
x. f (x) = − x, que foi obtido refletindo-se o gráfico de f (x) em relação ao eixo-x.
√
Por sua vez, a Figura 3.83 mostra o gráfico de
h(x) = f (−x) −x, que é a
reflexão do gráfico de f (x) com relação ao eixo-y.
=
Seção 3.8. Transformação de funções 339
√
Figura 3.83: Reflexão horizontal do gráfico de f (x) = x.
. Esticamento e encolhimento
O último tipo de transformação que podemos aplicar a uma função é o seu encolhi-
mento ou esticamento, que pode ser tanto vertical, como horizontal.
g(x ) = 2f (x ) = 2 (x2 −x ,
−
)
é preciso esticar verticalmente o gráfico de f por um fator de 2, como mostrado na
Figura 3.85a. Já o gráfico de
h(x) = f (x) = 3
21 x –x
2
é obtido através do encolhimento do gráfico de f , também por um fator de 2, como
se observa na Figura 3.85b.
3 3
g(x) = f (x) =
2 2
√
que é mostrado em verde na Figura
x, 3.86b.
• Em seguida, deve-se deslocar o gráfico de g uma unidade para baixo, para
produzir o gráfico de
3 √
1 1
h(x) = g(x) − =2 x
− ,da Figura 3.86c.
que corresponde à curva azul
√ 3√ 3√
(a) f (x) = x (b) g(x) = x (c) h(x) = x− 1
2 2
√ √
3
Figura 3.86: Transformações que levam o gráfico de f (x) = x no de h(x) =
2 x−
1.
a) x) = f ( 5 2x) b) h(x) = f (5 2 x)
Solução.
Exercícios 3.8
1. cada função f abaixo, indique a função g que é
obtida movendo f três unidades para baixo e a função ( )=3
6. A partir do gráfico de f x x, esboce o gráfico das
h que é obtida movendo f cinco unidades para a funções abaixo. √
direita.
a) f x 2x 1 b) f x x2 x √
( )= − ( )= a) g(x) =
3
x+ d) g(x) = − 3
x
2. cada função f−abaixo, indique a função g que é ob- √ √
3
tida movendo f quatro unidades para cima e a função 3 e) g(x) = 2x −
b) g(x) = √3
h que é obtida movendo f oito unidades para a f) g(x) = 1 − x − 1
esquerda. c) 3x
3
g(x) = 3 3 x 1
√
a) f (x) = x2 − |x| b) f (x) = x3 − 7. A partir da função f (x )cujo gráfico é dado abaixo,
4
1 5x esboce o gráfico das funções abaixo.
+
f y
3. cada função = abaixo, trace os gráficos de
f (x), y = f (x)+2, y = f (x)−1, y = f (x+2) e y = f a) g(x)
(x−1). 3) = f (x + d) g(x) = −f (x)
a) fx|(x) = | r x2
ı , se x ≤ b) g(x) = f (3x) e) g(x) = f (2x) − 1
0,
b) fx2(x) = 3 − d) f (x) = ( 2
ı ı c) g(x) = 3f (x) f) g( ) = 1 − ( − 1)
> ›
c) f (x) = x4 − 2x, se x 0 x f x
4x2
a) x) = |x + 3|
d) g(x) = −|x|
b) g(x) = | e) g(x) = |2x| −
c) g(x) = 3|x|
3x| 1f) g(x) = 1 − |x − 1|
346 Capítulo 3. Funções
a) c)
10. Identifique as funções cujos gráficos são mostrados
abaixo, sabendo que elas foram obtidas através de um
esticam ento ou encolhimento horizontal do gráfico de
√
f (x) = x.
a) b)
b) d)
√
2. a) g(x) = x2 − |x| + 41 + 4;
√
h(x) (x + 8)2 − |x + 8| +4 b)
1
=
b) g( x ) =x3 −5x 4;
3
h(x) = (x + + 8) − 5(x + 8)
3. a)
Seção 3.8. Transformação de funções 347
d)
d) 6. a)
b)
5. a)
c)
b)
4. a)
d)
c)
e)
b)
d)
f)
e)
c)
7. a)
f)
348 Capítulo 3. Funções
b) d)
f)
8. a) g(x) = −x3
e) b) g(x) = x3 +
c) 2c) g(x) = (x +2 3
) = (x − 2)3 − 1
d) g(x)
2
x
9. a) g(x) = 2x2 b) g(x) = 4
√ √
10. a) g(x) = 3x b) g(x) = x/2
Dadas duas funções f e g, é possível obter novas funções por meio das operações
de adição, subtração, multiplicação e divisão, comumente usadas com números reais. Em
outras palavras, é possível definir f+ g, f −g, f g⋅ e f g.
/ Tomando, por exemplo, as
funções
f (x) = x2 − 2 e g(x) = 3x − x2,
podemos escrever
Quociente de f por g: f( )
( f )( ) = x .
x g(x)
g
Solução.
D = (1, ∞).
f (x) ≠ 0 ⇒ 3− x≠0 ⇒ x≠
fornece
D = (x ∈ R | x ≥ 1 e x ≠ 3}.
Combinação Domínio
√
(f + g)(x) = f (x) + g(x) = 3 − x +x − 1 (x ∈ R | x ≥ 1}
√
(f − g)(x) = f (x) − g(x) = 3 − x − x − 1 (x ∈ R | x
≥ 1} √
(g − f )(x) = g(x) − f (x) = x − 1 − 3 + x (x ∈ R
| x ≥ 1} ( )( ) = ( ) ( ) = ( − )
− √ ( ∈ | ≥ }
fg x f x g x 3 x x 1 x R x
f f (x) 3− x
x
( )( ) = 1 =√ (x ∈ 1}
R|x>
g g(x) x− 1
√
g g(x) x
( )(x) = = (x ∈ R | x ≥ 1 e x ≠ 3}
−1
f f (x) 3− x
√ √
(f + g)(10) = 3 − 10 + 10 − 1 = −7 + 9
√
= −4 (f − g)(10) = 3 − 10 − 10 − 1 =
√ √
√
(g − f )(10) = 10 − 1 − 3 + 10 = 9
−7 − 9 = −10
√
+ 7 = 10
(fg)(10) = (3 −
√
10)
10 − 1 = −7 9 = −21
f 3−
( )(10) = √ −7 7
10 =√ =−
g 10 − 1 9 3
f 3 − 10 −7 7
Solução.
+
Para representar o gráfico de y = h(x) , devemos somar os valoresf (x) e g(x) em
cada ponto x do domínio de f +g. A Figura 3.91a mostra a soma para x = −2 e x 4.
=
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 349
• Para x = −2, temos
Figura 3.90: Funções do Problema Observe que o ponto (−2,h(−2)) foi obtido deslocando-se (−2,f (−2)) uma
2. dade para baixo, pois g(−2) = uni-
−1.
• Para x = 4, temos
h(4) = f (4) + g(4) = 2,5 + 1 = 3,5.
350 Capítulo 3. Funções
Figura 3.91
Solução.
. Composição de funções
Compor duas funções é o mesmo que aplicar uma função ao resultado de outra fun-
ção. Dizendo assim, damos a impressão de que funções compostas são um tópico
complicado, o que não é verdade. De fato, a composição é uma ideia simples, à qual
recorremos quando queremos encontrar uma função que faça o trabalho de duas, como
mostram os exemplos abaixo.
P ( t) =0,007t 1,9.
Suponha que Juca queira saber qual é a pressão de seu pneu nesse momento,
mas só disponha de um termômetro + em escala Fahrenheit. Se Juca sabe que o pneu
○
está a uma temperatura de 104 F, qual será a pressão do pneu?
Solução.
C(104) = = 40 C.
9
• Em seguida, aplicamos a função P para obter a pressão do pneu:
No problema acima, foi preciso empregar duas funções para obter a pressão a
partir de uma temperatura em Fahrenheit. Supondo que Juca vá calcular a pressão
de seu pneu com uma certa frequência, é possível imaginar o incômodo que ele terá
ao ser obrigado a efetuar dois passos sempre.
Felizmente, Juca pode calcular diretamente a pressão do pneu a partir de uma
temperatura x em graus Fahrenheit usando a ideia de função composta.
Relembrando os passos de Juca, notamos que ele calculou a temperatura t, em
graus Celsius, usando
t =C (x ).
Em seguida, ele obteve a pressão y, em bar, fazendo
y =P (t ).
Solução.
5x −
P (C(x)) = P ( 9
160
) 5x − 160
= 0.007 ( 9 ) + 1,9
5x 160
= 0.007 ⋅ − 0,007 ⋅ + 1,9
9 9
≈ 0,0039x + 1,8
○
Calculando, então, P (C(x)) em x = 104 F, obtemos
Agora que já sabemos como criar uma função composta, tentemos defini-la mate-
maticamente.
Função composta
Dadas as funções f e g, cujos domínios são A e B, respectivamente, definimos
a função composta f ○ g por
(f ○ g)(x) = f (g(x)).
Solução.
a) f (g(x)) = f (x +
2) = (x +2 )2 g(f (x)) =
= x + 4x +
2
g(x=
2
) x2 +
4 2
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 353
b) f (g(x)) f (2x + 1)
√ +
2x 1 1 g(f (x)) √x – 1)
=√
2x 2 x− 1+ 1
= =
− 10.
Agora, tente o Exercício g (
√
Solução.
(−6)).
f (g(−6)) = = = .
|−6 − 4| | − 10| 10
1 1 1
g( f(−6 )) = = .
6 | 4− 6 4
|− 2
Naturalmente, não é necessário determinar a expressão
= da função composta apenas
−
para calcular seu valor. De fato, também poderíamos ter determinado f (g(− 6 e
g(f (−6)) fazendo ))
1 1 1 1 1
g(−6) = =− ⇒ f (− ) = |− |
6
− − 4 10 10 10
e
= 1 1
10 f (−6 ) = | −
6 | 6= ⇒ (
g 6) =
6 −4 2
Agora, tente o Exercício 8. =
Além de formalizar a ideia de função composta, que já havia sido explorada nos
Problemas 4 e 5, o quadro à Página 351 define o domínio de f ○ , assunto que ainda
não abordamos. Segundo o quadro, para que sejamos capazes g de calcular f( g( x)) é
preciso que
1. x pertença ao domínio de g;
2. g(x )(o valor de g em x) pertença ao domínio de f .
Essas duas condições estão ilustradas na Figura 3.92. Nessa figura, os
conjuntos em vermelho indicam o domínio e o conjunto imagem de g, que são
354 Capítulo 3. Funções
denominados Dg e Img, respectivamente. Já os conjuntos azuis representam Df e
Imf – o domínio e o conjunto imagem de f .
O conjunto roxo no centro da imagem é a interseção de Img e de Df , ou seja,
é o conjunto dos valores de g(x) que pertencem ao domínio de f, como exigido na
condição 2 acima. O domínio de ○f g, indicado em verde, contém os valores de x
que satisfazem, ao mesmo tempo, as duas condições.
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 355
Para deixar mais clara a definição do domínio da função composta, veremos como
obtê-lo em um problema prático.
a) Obtenha f( g( x)).
b) Determine o domínio dessa função composta.
c) Calcule f( g( 3)) .
Solução.
f (g(x)) = f√( x + 1)
√
= 6− √ x+ 1
• Condição x ∈ Dg.
Como trabalhamos com números reais, não podemos extrair a raiz
√
de números negativos. Assim, para garantir que a expressão x + 1 possa ser
quadrada
calculada, devemos exigir que
x+ 1≥ 0 ⇒ x ≥ −1.
• Condição g(x ) Df .
Como a função
∈ f também envolve uma raiz, para que possamos calculá-la, é
preciso que
6 g−x ( 0
6 −√ x + 1 ≥
)√
≥
Como exigimos que x + 1 ≥ 0, pude- 0
x+1≤6
√
√
2
mos escrever ( x + 1) = x + ( x+ ≤ 62
x 1 36
1. 1)2 +
x ≤ 35
≤
356 Capítulo 3. Funções
A interseção das duas condições acima é dada por –1 ≤ x 35, de modo que
Df ○g = (x ∈R | −1 ≤x ≤ 35}.
≤
c) O valor da função composta em x = 3 é dado por
√ √ √ √ √ √
f (g(3)) = 6 − 3 + 1 = 6 − 4 = 6 − 2 = 4 = 2.
O diagrama da Figura 3.92 é muito abstrato, o que pode dificultar sua compreen-
são. Por esse motivo, tomaremos emprestado as funções do Problema 8 e traçaremos
o diagrama específico dessa composição. Para tanto, definiremos inicialmente os do-
mínios e os conjuntos imagem da s funções g e f .
O domínio da função g(x) √
= x + 1 já foi determinado acima, sendo dado por
Dg = (x | x ≥ −1}.
0 ≤ y 6 Inequação original.
– ≤ ≤
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 357
1 x 35 Subtraindo 1 de todos os termos.
√ √
Figura 3.95: Composição de f (y) = 6 − y e g(x) = x + 1.
Solução.
Figura 3.97: Valores de g(−2 ,
g(1) e g(4). )
a) Observando a Figura 3.97, constatamos que g (4 ) 3. Consultando, então, a Figura
3.98, concluímos que
f (g( 4)) =f (3=) 2.
b) Segundo a Figura 3.97, g(−2) = =−1. Usando, então, a Figura 3.98, obtemos
f (g(−2)) = f (−1)
= 0.
c) A Figura 3.98 indica que f( 7) = 2. Consultando, em seguida, a Figura 3.97,
chegamos a −
g( f( 7)) = g(−2 ) = 1.
d) Segundo a Figura 3.98, f (2 ) −Recorrendo, então, à Figura 3.97, encontramos
1.
= g(f (2)) = g(1) =
Figura 3.98: Valores de 1 , 1.
f (−
f (2), f (3) e f (7). Agora, tente o Exercício 16.
)
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 359
1
h(x) = √ ,
x+ 4
determine duas funções f e g tais que h( x) =f (g (x .
Solução. ))
√
Definindo, por exemplo, g(x) = x + 4, temos
1
h(x) = .
g(x)
Solução alternativa
embora
−2 ≠ 2. x≠y
f (x) f (x) x
= \ = . A Errado!
f (y) f\(y) y
P a r a evidenciar a incongruência dessa simplificação, basta tomar f (x)
√
x e y = 9x. Nesse caso,
=
Aqui, estamos supondo que x > 0.
√
f (x) x x 1 1,
=√ = =
=
f (y) 9x 9x 9 3
enquanto x x 1
= = .
y 9x 9
2. Não se deve por f em evidência.
a) Em geral, não é correto escrever
f x f y f x y . A Errado!
( )+ ( )= ( +
Recorrendo, por exemplo,
) à função f( x ) =x2 e a y 6, observamos que
f (x) + f (y) = x2 + 62 = x2 + 36.
=
Por outro lado,
f (x + y) = (x + 6)2 = x2 + 12x + 36.
b) Também não é correto afirmar que
f (x ) x
f (x) ⋅ f (y) = f (x ⋅ y) ou f (y) = f (y ) . A Errado!
Escolhendo, por exemplo, f( x ) =x −5 e y 10, constatamos que
f (x) ⋅ f (y) = (x=− 5) ⋅ 10 = 10x − 50,
enquanto
f (x ⋅ y) = f (10x) = 10x −
Da mesma forma,
5. f (x) x− 5
= ,
f (y) 10
que é diferente de
x x x
f( ) =f( ) = x − 50
– 5= .
y 10 10 10
3. Não se pode misturar o argumento de uma função com os demais termos de
uma expressão.
Para mostrar que f( x)+x não é o mesmo que(f 2x) , basta tomar( f )x x ,
2
f ( x ) ⋅A = f (x ⋅ A) . A Errado!
Para se convencer de que essa afirmação não é correta, suponha que seja
preciso calcular
1
e que f (x) = + 2. Nesse f (x) ⋅ x,
caso,
x 1 x
Nesse exemplo, supomos que x ≠ 0.
f (x) ⋅ x = ( + 2) ⋅ x = + 2x = 1 + 2x.
x x
Por outro lado, 1
f (x ⋅ x) = f (x ) = 2
+ 2.
x2
Dessa forma, f (x) ⋅ x ≠ f (x ⋅ x).
c) Mais um erro comum consiste em afirmar que
f (x ) x
A = f (A ) , A Errado!
f (x ) f ( x\ )
x x\ = = f (1) A Errado!
ou
2
f (x ) f ( x \ ⋅ x)
x = x = f (x), A Errado!
\
f (x) x2
x,
==
x x
enquanto
f(x)
de modo que ≠f f (1) = 12 = 1,
(1).
x
Exercícios 3.9
1. Para as funções f e g apresentadas abaixo, defina f + g, 2. Chico é proprietário de uma barraca que vende pães
fg e f de queijo na feira, e percebeu que, se o preço do pão
/g. de queijo é baixo, muita gente compra o petisco, mas
a) f ( x) = x −
2, g( x ) =x2 1
b) f (x) = x, g(x) = 2x2 + 1 o rendimento no fim do dia é pequeno. Por outro
√
−
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 363
lado,
√ √
quando o pão está muito caro, pouca gente o compra.
c) f (x) = x − 1, g(x) = x Assim, Chico fez uma pesquisa com seus clientes e per-
+1
d) f (x) = 1 , g(x) = 3 cebeu que o número de pães vendidos por dia é dado
e) f( x_____________+2 por N (p) = 1000 −500p +60p2, em que p é preço de cada
x) = x − 3, g(x) = x pão, em reais.
+3 √
f) f (x) = 1 − x, g(x) = x2
x +1
g) f (x) = x , g(x) =x21 a) Escreva a fórmula de R(p), que fornece a receita
364 Capítulo 3. Funções
1
b) x) = 2x + 3, g(x) =
x
15. A figura abaixo mostra o gráfico de y = f (x).
c) f (x) = xx,−g(x)
d) = 2x= 3x
1, g(x) 2
+1 √
√
−1
e) f (x) = x − 2, g(x) = x2 + 3
x
f) f (x) = x−1 , g(x) = x2
g) f ( x ) =x2/3, g (x ) x6
h) f =(x) = √x − 1, g(x) = x2+1
2
i) f (x) = x + 4, g(x) = x2 − 6
j) f ( x) = 1 , g( x) = x−
k) f (x) =√x3x2 − 1, x2 √x2 − a) Defina a expressão analítica de f (x).
g(x) = √ 8
4
l) f (x) = x, g(x) = x √
25−
b) Dada g(x) = x, determine g(f (6)) e f (g(9)).
2 x
a) e as funções f e g.
b) e w x ( ) =f (g (x
c) boce o gráfico))de h x( ) = f (x ).g (x ) para x ∈ [0,4 .
17. Os gráficos de y = f (x) e y = g(x) são dados na] figura
abaixo.
a) Calcule g( f( 2,5)) .
b) Determine as funções f e g.
c) Determine a expressão de (f g( x)) .
d) Determine a expressão de (g (f x)) .
18. Dadas as funções abaixo, determine f e g tais que
h(x) = f (g(x)).
a) Calcule f (
g(5)). 2
a) h(
2
Seção 3.9. Combinação e composição de funções 367
b) Defina f (x). x) = ( 3x − c) h(x) = |4 − x|
√
c) Defina g(f (x)) e seu x
domínio. 2)
368 Capítulo 3. Funções
f g x x R x
≠ −1} Seção 3.9. Combinação
) g(fe(2,5))
composição
=0 de funções 369
17. a
ex
D(g(f (x)) = {x ∈ R | x ≠ 1} −4x 2
b) f (x) = x − 3 e g(x) = −
g) f (g(x)) = x4
3 3
4
( f (g(x)) = − 4x − 11
c)
6. g f (x))
D(f = = D(g(f (x)) = R
(g(x)) d) g(f (x)) = − 34x +310
x
h) f (g(x)) = −1 + 1 2 2 3 3
2
18. a) ( √
g(f (x)) = x2−2x+2 f x) = e g(x) = 3x2−
+x
2 b) f (
x 2
D(f (g(x)) = D(g(f (x)) = R
√ x) = x e g(x) = x − 1
i) f (g(x)) = x2 − 2
c) f (x) = |x| e g(x) = 4 − x
g(f (x)) = x − 2 d) f (x) = 1
e g(x) = 2x − 5
√ √
D(f (g(x)) ={x ∈R | x ≤− 2 ou x ≥ 2} x
4 3
19. a) c(
D(g(f (x)) = {x ∈ R | x ≥ −4} d(t)) 2 = 1154,7t − 32091t +
2
x −4
i) f (g(x)) =
270108t − 648900t + 514422
x
x
g(f (x)) b) A função composta fornece o gasto
∈Rx2| x ≠−2, x ≠ 0, x ≠ 2}
D(f (g(x)) = { 1−4x mensal com o tratamento dos infec-
7. a) x < −5/2 ou x > 0 = 1 1 tados pela doença em Salicilina.
b) p ≤ −3 D g f x = { x ∈ R|x ≠− 2 ,
D( g( f( ))x = { x ∈R x | 4 ≥ − c) Aproximadamente R$ 482.329,00
x ≠ 0, x ≠ 2 }
}