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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia Baixada Santista


Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial

Ana Grazielle da Costa Santos


Karina Marques de Aguiar

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA:
O IMPACTO NO CONSUMISMO E NA VIDA DOS CONSUMIDORES DE
SMARTPHONES

SANTOS
JULHO/2023
Ana Grazielle da Costa Santos
Karina Marques de Aguiar

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA:
O IMPACTO NO CONSUMISMO E NA VIDA DOS CONSUMIDORES DE
SMARTPHONES

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de Tecnologia
da Baixada Santista, como exigência
parcial para obtenção do título de
Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Orientador: Prof Dr. Nereu Rodrigues
Moreira

SANTOS
2023
SOBRENOME, Nome
Título do trabalho: Subtítulo / Nome do autor do trabalho. – Cidade: Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS), mês, ano.
Nº p.

Orientador: Título e Nome

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Centro Estadual de Educação


Tecnológica Paula Souza, Faculdade de Tecnologia da _________ (sigla).
Curso Superior de Tecnologia em _________.

Bibliografia.

1. Palavra-chave. 2. Palavra-chave. 3. Palavra -chave


Ana Grazielle da Costa Santos
Karina Marques de Aguiar

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA:
O IMPACTO NO CONSUMISMO E NA VIDA DOS CONSUMIDORES DE
SMARTPHONES

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de Tecnologia
da Baixada Santista, como exigência
parcial para obtenção do título de
Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Orientador: Prof Dr. Nereu Rodrigues
Moreira

Santos, _____ de _____________ de 2023.

Banca Examinadora

Nome (orientador)
Instituição
Presidente

Nome (com título)


Instituição

Nome (com título)


Instituição
RESUMO (IREMOS FAZER)
ABSTRACT (IREMOS FAZER)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES (IREMOS FAZER)
LISTA DE TABELAS (IREMOS FAZER)
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (IREMOS FAZER)
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................11
1.2 PROBLEMA DA PESQUISA.............................................................................13
1. OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA:..............................................................14
2.1 Conceito de Obsolescência Programada.............................................................14
2.2 Tipos de Obsolescência........................................................................................16
2.3 Estratégias da Obsolescência...............................................................................17
3 MARKETING DO PRODUTO..................................................................................19
3.1 Conceito de Marketing na obsolescência.........................................................19
3.2 Ciclo de vida dos produtos................................................................................22
3.3 Relação entre o design e a obsolescência.......................................................29
3.4 Garantia da durabilidade...................................................................................29
5. CONSUMIDORES................................................................................................31
5.1 Conceito de consumidor.......................................................................................31
5.2 Comportamento dos consumidores......................................................................31
5.3 Fatores que influenciam o comportamento de compra do consumidor............32
5.4 Estágios do processo de decisão de compra.......................................................32
6. TECNOLOGIA......................................................................................................33
6.1 Conceito de tecnologia...............................................................................33
6.2 Avanço da tecnologia (revolução industrial)...............................................33
6.3 Smartphones: Definição e Contextualização.............................................33
6.4 Capitalismo: Sociedade Consumista..........................................................34
8. ANÁLISE E RESULTADOS OBTIDOS DA PESQUISA.......................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................44
CRONOGRAMA..........................................................................................................45
REFERÊNCIAS...........................................................................................................46
1. INTRODUÇÃO

Em contextos históricos, a obsolescência programada, surgiu na década de


20, nos Estados Unidos, após a Grande Depressão em 1929, durante a crise
econômica que afetou a vida de milhares de pessoas, com isso em 1932 Brooks
Stevens explicou: "Toda a nossa economia é construído sobre a obsolescência
planejada [...] fazemos bons produtos, convencemos as pessoas a comprá-los e, no
próximo ano, torna-se intencionadamente os produtos obsoletos, velhos, sendo uma
sólida ajuda à economia americana”. (PACKARD, 1965, p. 50). (REVISAR)

O termo “obsolescência programada” vem do presidente da General Motors,


Alfred Sloan, na década de 1920, que, junto com Harley Earl, um dos principais
designers, aplicou esses conceitos à produção de carros, após isso, foi possível
encontrar uma maneira de revolucionar toda a indústria automotiva. Dessa forma,
convenceu os consumidores de que o mais importante não era o carro funcionar e
ser locomotivo, mas sim o estilo que ele traz para as pessoas. No entanto, o termo
foi amplamente debatido e nomeado em 1928, quando o economista Justus George
Frederick publicou na revista Adversiting and Selling no artigo "Progressive
Obsolescence", ele discute a ideia de que os produtos devem ser comprados de
acordo com o design, convencendo a comprar mercadorias avançadas e modernas,
sendo a melhor decisão. (KLEINA, 2019).

Um caso em que o termo está realmente envolvido é o caso do “Cartel Finos”,


um cartel global de empresas de lâmpadas que iniciou suas operações em 1925,
essa organização combinou entre si secretamente que reduziria propositalmente a
durabilidade dos próprios produtos, pois as lâmpadas tinham um grande tempo,
dessa forma, para evitar que a empresa venha a falência, determinaram que as
lâmpadas teriam que durar até 1.000 horas, e só nesse momento que elas
queimariam para serem trocadas. (KLEINA, 2019).

Este mecanismo de encurtar a vida útil dos produtos atualmente está sendo
muito aplicado visto que segundo, Muros (2018), presidente da Fundação Energia e
Inovação Sustentável, “Se a obsolescência programada não existisse, um telefone
celular teria uma vida útil de 12 a 15 anos”. No mercado da tecnologia na década de
80, um smartphone era caro e durável, em meados de 2000, ocorreu uma mudança,
pois existe variáveis de preços, marcas e várias versões sendo exibidas a cada ano.
Pequenas melhorias na resolução da câmera, alterações sutis no design e até
lançamentos de novas cores são atraentes para dispositivos de substituição. Por
outro lado, a improbabilidade ou o alto custo do reparo, design ou mesmo a
impossibilidade de atualizar o sistema, são motivos para a troca. (DANTAS, 2019)

De acordo com, Gurgel (2020), em sua publicação, apresenta exemplos


atuais dessa prática, no qual diz que, a Apple, foi condenada a pagar US$ 118
milhões pela agência francesa de proteção ao consumidor por desacelerar
deliberadamente os telefones mais antigos. A empresa justifica que diminuir a
velocidade dos seus dispositivos mais antigos, é uma maneira de melhorar a vida útil
da bateria.

Vivemos uma era de transformações aceleradas e constantes em todas as


áreas da sociedade e, como resultado, o comportamento humano está sendo
alterado. Seja pelo progresso tecnológico, ou por autores por trás dessa nova
organização social, que voltou para o surgimento de novos desejos e necessidades.
Deste modo, a produção e o consumo se tornaram regidos pela lei da
obsolescência, mostrando que o novo sempre será melhor em comparação ao
antigo, acelerando o desábito e o descarte prematuro dos produtos de consumo.
(GERMOSGESCHI, 2020). Portanto a obsolescência programada passou a ser vista
como uma solução muito benéfica para a economia e o país, com empregos sendo
gerados e o consumo crescendo casa vez mais.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

A presente pesquisa tem como motivação, apresentar a obsolescência


programada nos smartphones, e como essa influência afeta no cotidiano da vida do
consumidor, além de ter uma importância e atualidade do assunto, que tem sido
objeto de debate tanto na sociedade quanto nas instituições acadêmicas. A
obsolescência programada é uma estratégia utilizada por algumas empresas para
limitar a vida útil de produtos, visando estimular o consumo e aumentar os lucros.
No caso específico dos smartphones, a obsolescência programada pode ter
um impacto significativo na vida dos consumidores, uma vez que estes dispositivos
se tornaram indispensáveis no dia a dia das pessoas. Muitos usuários de
smartphones acabam trocando de aparelho com frequência, mesmo que o
dispositivo antigo ainda esteja em boas condições de uso, devido à obsolescência
programada.

O impacto do consumismo desenfreado na sociedade é outro fator que


justifica a escolha deste tema. O consumismo tem consequências ambientais,
sociais e econômicas, e o estudo da obsolescência programada pode contribuir para
uma reflexão crítica sobre o modelo de produção e consumo vigente.

Por fim, a realização deste trabalho pode trazer importantes contribuições


para a área de gestão de tecnologia e inovação, bem como para a sociedade em
geral, ao fomentar o debate e a conscientização sobre a obsolescência programada
e suas implicações, além de entender o motivo da escolha do consumidor na hora
da compra de smartphones.

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA

O problema do nosso trabalho é compreender se os consumidores estão cientes que


no mercado exista a obsolescência programada e como pode influenciar e trazer
consequência a sua vida?

1. HIPÓTESE

A obsolescência programada é uma estratégia utilizada pelas empresas para


aumentar suas vendas e lucros a curto prazo, buscando reduzir a vida útil dos
produtos incentivando a sua substituição precoce. Essa prática pode afetar
significativamente a visão que os clientes têm sobre o consumo, criando um
sentimento de frustração e desconfiança em relação às empresas que parecem
estar mais interessadas em gerar lucros do que em fornecer produtos duráveis e de
qualidade.
De outro modo, isso pode ser agravado por uma cultura do consumismo que
valoriza a posse de bens materiais e incentiva a compra de produtos como uma
forma de satisfazer as necessidades emocionais e sociais. Consequentemente gera
um impacto significativo no consumismo e na vida dos compradores levando à
rápida substituição de dispositivos eletrônicos, aumento do descarte de eletrônicos e
redução da vida útil dos produtos, além de gerar impactos negativos para o meio
ambiente, economia e afetar negativamente a vida financeira dos consumidores.

Para combater essa prática, é necessário um maior investimento em pesquisa


e desenvolvimento de produtos duráveis e sustentáveis, assim como uma mudança
de mentalidade por parte dos consumidores, que precisam valorizar a durabilidade e
a qualidade em detrimento do preço e da moda. Além disso, políticas
governamentais que incentivem a produção e o consumo sustentável podem ser
uma ferramenta importante para combater a obsolescência programada. Isso pode
levar alguns clientes a buscar alternativas mais sustentáveis, como a compra de
produtos de segunda mão, a reparação de produtos existentes ou a escolha de
empresas com práticas mais éticas e transparentes.

1.3 OBJETIVO GERAL

 Analisar os aspectos da obsolescência programada nos smartphones e os


impactos provocados no comportamento dos consumidores

1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Verificar se os consumidores estão cientes dessa realidade


 Identificar os tipos de obsolescências existentes no mercado de smartphones
 Detectar as razões pela qual estimula os compradores a trocarem os seus
aparelhos.
1. OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA:

2.1 Conceito de Obsolescência Programada

Segundo o dicionário Aurélio (2014), a palavra “Obsolescência” pode ser


definida da seguinte forma:

1. Fato ou processo de (se) tornar obsoleto


2. Qualidade ou estado de obsolescente
3. Biol. Fim de um processo fisiológico; gradativa redução e
desaparecimento final
4. Econ. Redução da vida útil de um equipamento por se lhe
seguirem modelos tecnologicamente superiores

Conforme Kanitz, (2018), a obsolescência programada pode ser estabelecida


como, uma intenção do criador, de desenvolver e comercializar um produto de
consumação de maneira que se torne obsoleto, ou seja, forçar o consumidor a
realizar uma compra indesejada.

Dessa forma, o produto terá uma data limite de validade de forma proposital,
isto é, por não apresentar recursos encontrados no modelo mais recente, ou por
aparecer uma sequência de problemas depois de um tempo. Onde, os produtos que
as empresas colocam no mercado são rapidamente descartados e substituídos por
outros.

De acordo com o Klein, (2020, pag. 7), o conceito de obsolescência


programada ou planejada, altera conforme o departamento do qual é considerado,
onde estão inter-relacionados, pode-se dizer interdisciplinares. No campo
administrativo, entende-se que existe uma empresa que deliberadamente manipula
o mercado consumidor para obter cada vez mais lucro, encurtando a vida útil de
produtos e serviços das mais diversas formas e obrigando o consumidor a descartar
os bens que deveriam ser resiliente. Indiretamente, prevê uma limitação de
responsabilidade do fabricante e fornecedor.

Nesta ocasião, percebe-se que tais costumes estabelece que os lucros dos
fabricantes cresçam rapidamente, em virtude de novas aquisições, cada vez mais
depressa, com o giro do mercado.

Em vista disso, Silva (2012, p. 181), Estabelece que


“A obsolescência programada, para os que ainda não estão
familiarizados com o conceito, é uma estratégia da indústria para “encurtar”
o ciclo de vida dos produtos, visando a sua substituição por novos e, assim,
fazendo girar a roda da sociedade de consumo. Poderíamos dizer que há
uma lógica da “descartabilidade” programada desde a concepção dos
produtos. Em outras palavras, as coisas já são feitas para durarem pouco”

Portanto, não há incerteza de que a obsolescência programada, pode ser


compreendida como um costume que deseja diminuir o tempo de vida dos produtos
e/ou de suas peças, fazendo com que se torne cada vez mais descartáveis, com o
objetivo de aumentar os lucros dos criadores ou fornecedores por meio de novas
compras.

2.2 Tipos de Obsolescência

A obsolescência programada como abordada é um processo no qual envolve


uma limitação menor no tempo de vida das mercadorias, uma ação que leva em
conta o propósito de predeterminar a duração de um produto para existir sempre a
necessidade de comprar algo novo.
Todavia encontra-se a necessidade de estabelecer tipos divergentes quando
se envolve a obsolescência programada, para Packard (1965) existem diferenças
nos mecanismos do mercado que atuam para distinguir os tipos de obsolescência,
sendo elas a obsolescência de função, quando um produto no mercado acaba por
sendo substituído por outro com alguma função nova e melhor, que segundo
PACKARD (1965, p. 51) “[...] um produto existente torna-se antiquado quando é
introduzido um produto que executa melhor a função [...]”.
O segundo tipo seria a obsolescência de qualidade, quando se trata de
produtos com um tempo já estipulado para quebrar ou estragar, detendo alguns
aspectos no qual empregam materiais na hora da fabricação de menor durabilidade,
alterações físicas e peças que quebram com maior facilidade sendo difícil encontrar
materiais equivalentes.
Por último o autor identifica a obsolescência desejabilidade, principal
motivação deste tipo é fazer com que os consumidores enxerguem seus produtos de
boa qualidade e funcionalidade como “gastos”, tornando-se assim menos desejável.
Os tipos da obsolescência podem mudar de nomenclatura ou ter pequenas
alterações em suas características para os autores ao decorrer do tempo, de acordo
com Slade (2007, p. 5) a obsolescência programada seriam as variadas técnicas e
ferramentas aplicadas para “[...]limitar artificialmente a durabilidade de um bem
manufaturado a fim de estimular o consumo repetitivo[...]”.
Slade (2007) constata também três tipos diferentes, a obsolescência
tecnológica, com o final do século XIX e início do XX a substituição e transformação
dos equipamentos trazida pela invenção da luz elétrica trouxe consigo mudanças
constantes no mercado, sinteticamente manifesta que a tecnologia sempre traz a
necessidade de troca, tornando seus antecessores obsoletos.
A obsolescência psicológica, refere-se as estratégias utilizadas para atrair
compradores com o pretexto de se ter o “moderno”, no qual ele verbaliza que o
consumidor sente necessidade e uma certa ansiedade de trocar seus produtos por
não serem mais desejáveis, pois na cultura do consumismo segundo Slade (2007, p.
50) “[...] as pessoas se avaliam continuamente para estabelecer hierarquias de
status com base na renda disponível e no gosto [...]”.
Por último a obsolescência planejada, quando o mercado estipula o tempo de
vida, podendo operar as falhas físicas em seus produtos produzidos, este último tipo
sendo similar a obsolescência de qualidade.

1. Tabela: Definições da obsolescência


TIPOS DE OBSOLESCÊNCIA CARACTERÍSTICAS
Troca constante de um produto por outro sendo
FUNCIONAL mais atual, havendo mudanças e melhoramento
em seus aspectos
Manipulação do mercado perante o consumidor,
PSICOLÓGICA criando desejo e insatisfação com os produtos.

Tempo determinado para “gastar” ou em outras


PLANEJADA palavras “estragar”, Sendo papel das
organizações estabelecer esse limite de
durabilidade.
Fonte: Própria, 2022.
2.3 Estratégias da Obsolescência

Segundo Calvão et al (1999), entende-se que o mercado capitalista obriga as


empresas a fabricarem produtos com vida útil curta, sendo necessário compreender
a dinâmica de atuação deste princípio. É comum que o impulso ao gasto associado
a uma ampla oferta de mercadorias e concorrência aberta, torne mais barato
comprar um computador novo do que consertar ou atualizar uma máquina já usada.

Pakard destaca que:

Para o desenvolvimento dessa estratégia,


inicialmente, a indústria teria que praticar três
ações: o aumento das vendas, a elevação dos
preços e a utilização de estratégias que pudessem
assegurar que os consumidores voltassem ao
mercado para adquirir novos produtos antes do
que seria normalmente necessário (PAKARD,
1965, p. 88).

Para garantir a eficácia da estratégia da obsolescência programada, os


fornecedores costumam utilizar propagandas na tentativa de persuadir a compra de
novos itens de forma mais contundente. Como resultado, foram desenvolvidas fortes
campanhas publicitárias que fizeram os consumidores a abandonar aceleradamente
os produtos, incentivando-os a comprar a novidade ofertada, conformando-se assim
a um padrão de consumismo rápido. (CABRAL; RODRIGUES, p. 49).

Dessa maneira, um bom desenvolvimento de estratégia de marketing pode


fidelizar o consumidor aos fabricantes, além de estimular a renovação rápida dos
produtos, assegurando que os fornecedores se beneficiem de uma redução na vida
útil das mercadorias, aumentando consideravelmente as vendas. Assim, enxerga-se
significativamente o papel que a publicidade, a mídia e as redes sociais atuais,
desempenham diante das práticas da obsolescência programada.
3 MARKETING DO PRODUTO

3.1 Conceito de Marketing na obsolescência

Conforme o dicionário Aurélio (2010), a palavra “marketing” pode ser


estabelecida como:

01. Conjunto de estratégias e ações que proveem o desenvolvimento, o


lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado
consumidor.
02. P. ext. Conjunto de estratégias e ações que visam a aumentar a
aceitação e fortalecer a imagem de pessoa, ideia, empresa, produto,
serviço, etc., pelo público em geral, ou por determinado segmento desse
público.
03. O conjunto de conhecimentos relativos ao marketing

Segundo o dicionário Etimológico, (2008), o termo “marketing”, vem do inglês,


“market”, que significa “mercado”. Ele surgiu a partir do latim mercatus, sendo o
nome do lugar atribuído para a aquisição e venda de produtos.

Em vista disso, o dicionário Etimológico, (2008), estabelece que

“Esta palavra, por sua vez, teria se originado do verbo mercari / mercare,
que quer dizer “negociar” ou “praticar a compra e venda”. Alguns
etimologistas ainda acreditam que a verdadeira raiz etimológica esteja na
palavra latina merx, que era o nome atribuído ao objeto a ser
comercializado, ou seja, a mercadoria”.

Dessa forma, podemos dizer que o marketing, é uma palavra que nasceu de
origem inglesa, mas que é usado no mundo inteiro – incluindo na língua portuguesa,
referindo como as ações e estratégias focadas para a competitividade do mercado.

Seguem algumas definições, abordagens e visões de marketing, citadas por


alguns autores:

2 Tabela – Definições de marketing

AUTORES DEFINIÇÕES
Marketing é uma função gerencial, que busca
ajustar a oferta da organização a demandas
específicas do mercado, utilizando como
ROCHA (1999, P.15) ferramental um conjunto de princípios e
técnicas. Pode ser visto, também, como um
processo social, pelo qual são reguladas a
oferta e a demandas de bens e serviços para
atender às necessidades sociais. É, ainda, uma
orientação da administração, uma filosofia, uma
visão
Marketing é o processo de planejar e executar a
definição do preço, promoção, distribuição de
PETER (2000, P.4) ideias, bens e serviços com o intuito de criar
trocas que atendam metas individuais e
organizacionais
Marketing envolve a identificação e a satisfação
das necessidades humanas e sociais, sendo
KOTLER E KELLER (2006) definido de uma maneira simplista pelo autor,

como uma forma de suprir necessidades


lucrativamente
Marketing é um processo administrativo e social
pelo qual os indivíduos e organizações obtêm o
ARMSTRONG (2007, P.4) que necessitam e desejam por meio da criação
e troca de valor com os outros
Fonte: Própria, 2023.

Diante do exposto, é possível verificar que cada autor apresenta o seu


conceito do processo mercadológico do marketing, sendo um conjunto de meio de
criação, comunicação, entrega e troca de oferta de valor para cliente, parceiro e
pessoas em geral. Servindo como responsável de relação lucrativo com os
consumidores com dois propósitos: conquistar novos fregueses oferecendo valor
alto e preservar os clientes atuais elevando a satisfação.

Segundo Kotler (1998, p. 34),

O conceito de marketing parte de uma perspectiva de fora para dentro.


Começa com um mercado bem definido, foca as necessidades dos
consumidores, coordena todas as atividades que afetarão estes
consumidores e produz lucros através da obtenção de satisfação dos
mesmos.
Ou seja, o marketing é de suma importância para o crescimento da
lucratividade das organizações, visto que representa em maneira de divulgação de
conteúdo acerca das mercadorias e de suas novidades no mercado.

O propósito do marketing é o lucro, tendo sua responsabilidade atendendo às


necessidades dos consumidores e as finalidades da empresa, além de estabelecer
uma cultura na organização que favoreça a comunidade como um todo,
acrescentando valor. (ANDRADE, 2012, p. 32-33)

1 Quadro – Aspectos operacionais do marketing

Fonte: Livro, Marketing: o que é? quem faz? quais as tendências?

Dessa maneira, o marketing está compreendido em procedimento de uma


organização, desde a produção até a distribuição e vendas.

Em relação a obsolescência e o marketing, é possível dizer que, os clientes,


têm de receber razões convincentes que os façam comprar mais produtos iguais,
sem necessidade, ou seja, eles obtém impulsos que incentiva a troca da mercadoria
antes de terminar seu ciclo de vida. (PACKARD 1965),

Pode-se dizer, então, que o marketing desempenha um enorme papel na


execução da obsolescência programada, de modo principal em sua desejabilidade,
pois é responsável pela conscientização cuidadosa e gradativa de que os
consumidores sempre comprem novos produtos e descartem os velhos.

Neste sentido, preconiza Bauman (2008, p. 31):

A necessidade de substituir objetos de consumo 'defasados', menos que


plenamente satisfatórios e/ou não mais desejados está inscrita no design
dos produtos e nas campanhas publicitárias calculadas para o crescimento
constante das vendas. A curta expectativa de vida de um produto na prática
e na utilidade proclamada está incluída na estratégia de marketing e no
cálculo de lucros: tende a ser preconcebida, prescrita e instilada nas
práticas dos consumidores mediante a apoteose das novas ofertas (de hoje)
e a difamação das antigas (de ontem).

Portanto, é notório que exista um “vale tudo”, na conquista pelo consumidor, e


que para ultrapassar a concorrência, as empresas necessitam desenvolver fortes
apelações para que os clientes obtenham suas mercadorias, posto isto, a estratégia
de obsolescência programada faz com que o consumidor desperta a necessidade ou
desejo de um novo produto, ou por versões atualizadas e modernas de mercadorias
existentes. Estimular um desejo por um produto, é uma das ideias mais comuns de
marketing.

3.2 Ciclo de vida dos produtos

Ciclo de vida de um produto, é uma espécie de fases de vendas históricas e


dos ganhos de uma mercadoria. Essa ideia consiste que a vida de um objeto no
mercado não é infinita, pois eles apresentam diversos graus de vendas (e
lucratividade), o que é semelhante à evolução do ser humano, onde os produtos
nascem, desenvolvem, criam maturidade e falecem. Percebe-se assim que os
produtos possuem um ciclo de vida, porém, as suas formas e as durações exatas,
não podem ser previstas com antecedência. (KOTLER, 1999)

Silva (2005, p.114)


“Reforça a teoria das fases do CVP acrescentando que um produto
não é capaz de se manter competitivo no mercado eternamente.
Cabe à empresa analisar a passagem de um produto ou linha de
produtos por cada uma destas etapas e desenvolver estratégias para
que eles possam manter uma posição favorável frente aos
concorrentes [...].

A compreensão e reconhecimento das fases do ciclo de vida de um produto


são importantes para a organização, permitindo aos gestores identificar ações
adequadas para garantir a continuidade do produto no mercado.
Segundo Kotler (2006), Para dizer que uma mercadoria apresenta um ciclo de
vida, algumas condições devem ser atendidas, por exemplo: o produto deve ter um
ciclo de vida reduzido, já em relação as estratégias e aos valores de venda, eles
variam de acordo com cada etapa do ciclo e os lucros alteram dentro do ciclo de
vida da mercadoria.
O ciclo de vida de um produto pode ser entendido conforme apresentado por
Pieritz (2010, p. 14), “como sendo um processo que busca traduzir
comparativamente a existência de um produto, com um ser humano, aonde
principalmente no produto, busca-se a alusão econômica das vendas do produto no
mercado”.
Essas mercadorias percorrem várias fases, desde o instante da sua
colocação pela organização no mercado, até o momento em que os clientes não
apontam mais interesse em obtê-los. (LOZADA, 2016).
Portanto, o ciclo de vida do produto é usado como um instrumento de decisão
da empresa, mostra a chance de crescimento do mercado consumidor e as
convicções de ações que podem ser contínuo no plano da organização. Os ciclos de
vida das mercadorias estão cada vez mais reduzido, e muitos setores foram
revigorados por meio da diferenciação e segmentação de mercado. Sendo, uma
tática de marketing que pode atuar bem para um produto, mas pode não operar para
outro, porque os produtos têm estágios distintos no mercado.
Às vezes, não é dificultoso descobrir exatamente quando cada fase inicia e
acaba. Por isso, o costume é descrever as fases, em que a taxa de crescimento ou
declínio se torna muito exposta. No entanto, as organizações precisam analisar a
continuidade normal do ciclo de vida e o tempo médio de cada estágio. A Figura x
apresenta um modelo de CVP, a passagem em que as distribuições e os lucros
assumem o ciclo de vida da mercadoria e os ganhos atribuem a esse ciclo. O CVP
tem cinco fases diferentes que contam como a inicial fase do processo de
desenvolvimento do produto. (KOTLER, ARMSTRONG, 2003).
Figura 1 – Vendas e lucros comparados com a vida do produto do início ao fim.

Fonte: Kotler e Armstrong (2003)

O ciclo de vida de um produto (CVP) encontra-se relacionado à análise do


público associado ao produto, as vantagens oferecidas e às vendas que podem
gerar. De um ponto de vista mais geral, o CVP mostra os estágios de criação,
crescimento, quedas e morte, não obrigatoriamente que uma mercadoria passe por
todas as fases (BALANZÁ E NADAL, 2003).

Dessa maneira, o ciclo de vida (CPV) de um produto é usado como objeto de


decisão de marketing, que aponta a chance de desenvolvimento do comércio dos
clientes e os princípios de atuações que são capazes de serem constante no plano
de marketing.

3.2.1 ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA

Kotler e Armstrong (2015) ressaltam que o ciclo de vida do produto possui


quatro fases, sendo o crescimento da mercadoria como a primeira fase, conforme
mostra a Figura x da página anterior, que expõe os percursos das vendas a contar
da curva habitual do ciclo de vida do determinado produto, além dos lucros
alcançados em cada fase.

O ciclo de vida de um produto pode ser entendido conforme apresentado por


Pieritz (2010, p. 14), “como sendo um processo que busca traduzir
comparativamente a existência de um produto, com um ser humano, aonde
principalmente no produto, busca-se a alusão econômica das vendas do produto no
mercado”.

O ciclo de vida do produto possui quatro fases: a introdução do produto no


mercado, a fase de crescimento, maturidade e declínio.

3 Tabela – Definições das quatro fases do ciclo de vida do produto

INTRODUÇÃO CRESCIMENTO MATURIDADE DECLÍNIO


Conforme Dias (2004, Kotler 2012, pag 334 O Para Kotler (2000, p. Pieritz (2010, p. 19), é
p. 99), “a fase de estágio de crescimento 326), a maturidade marcada com “a queda
introdução começa é marcado pela rápida no ciclo de vida de em vendas do mesmo,
com o lançamento do elevação nas vendas. um produto indica o qual pode advir de
produto e caracteriza- Os primeiros usuários “um período de diversos fatores, desde
se por lento gostam do produto e baixa no a obsolescência
crescimento de novos consumidores crescimento das tecnológica, até
vendas e baixos começam a comprá-lo. vendas. Isso porque mudança de hábitos de
lucros, ou mesmo Novos concorrentes o produto já consumo dos
prejuízos, devido aos ingressam no mercado, conquistou a consumidores do
altos investimentos, a atraídos pelas aceitação da maioria produto”
inexistência de oportunidades. Eles dos compradores
economia de escala e lançam novas potenciais. Os lucros
desconhecimento do características de se estabilizam ou
produto ou serviço por produto e expandem a declinam, devido à
grande parte do distribuição. competição acirrada”
público-alvo”
Fonte: autores, 2023

Em conformidade com Kotler (2000), para alegar que os produtos têm um


ciclo de vida, é preciso mostrar que os quatro objetivos adiante são verdadeiros e
que as empresas e seus profissionais podem seguir:

1. O produto tem uma vida útil.


2. As vendas das mercadorias passam por diferentes etapas, e cada fase
apresenta diversos desafios, oportunidades e problemas para os
comerciantes.
3. Os lucros crescem e abaixam em diferentes períodos do ciclo de vida do
produto.
4. Um produto requer uma técnica de marketing, finanças, construções,
aquisições e de trabalhadores em cada momento de seu ciclo de vida.

Observa-se que nos quatros pontos levantados por Kotler (2000), é


perceptível entender o quão importante é aprendermos o Ciclo de Vida do Produto
nas empresas, e ficarmos antenados ao mercado e aos passos das concorrências.
Dessa forma, muitas organizações sofrem com os problemas financeiro, pelo fato
da empresa não entender que os compradores estão em constante evolução,
buscando constantemente novidades para o seu consumo.

3.2.2 AS FASES DO CICLO DE VIDA DA APPLE

Com a aceleração da tecnologia da informação no mundo atual, o ciclo de


vida do produto é altamente influenciado pelo mundo digital. Um, bom exemplo disso
é a Apple, que nas mãos de usuários na primeira posse, costumam manter os ciclos
de atualizações de seus produtos num prazo médio de três anos.

“Para fins de nossa avaliação, os anos de uso, que são baseados na primeira
propriedade, são estimados em quatro anos para dispositivos macOS e tvOS e três
anos para dispositivos iOS, iPadOS e watchOS”. (APPLE, 2022, p. 85).

Ou seja, quando você compra um aparelho novo, ele será atualizado por três
anos. Após esse período, ele não receberá as atualizações, bem como seus
aplicativos.

“Em 09 de janeiro de 2007, a Apple anunciou o lançamento de seu


primeiro smartphone, o iPhone. Seria apenas mais um evento empresarial
relativamente comum em empresas de tecnologia, se o aparelho
apresentado não trouxesse uma mudança dramática ao mercado da
telefonia móvel e da tecnologia em geral, sendo ao mesmo tempo
responsável pela popularização do uso dos smartphones [...]. (QUEIROZ,
2018, p. 52).

A linha de aparelho gerou enormes lucros para a Apple, transformando-a uma


das organizações públicas mais significativa do mundo. O iPhone de primeira
geração foi aclamado como uma modernização na indústria de telefone celular, e os
modelos subsequentes foram amplamente elogiados.

“Antes do iPhone, o desenvolvimento de sistemas


operacionais para smartphones não contava com um modelo
definido, tornando o desenvolvimento de aparelhos algo difuso, que
não seguia uma direção lógica constante [...]. Quando o iPhone foi
lançado, o foco mudou. Passou do hardware e equipamentos para o
software e funcionalidades. A combinação entre um sistema de
interação do usuário com o aparelho via tela touch screen funcional e
um sistema operacional revolucionário, tornou o iPhone o modelo a
ser seguido pelos demais fabricantes de smartphones” (QUEIROZ,
2018, p. 53).
Sendo assim, o modelo iPhone foi ocasionador pelas propagações dos
smartphones e do desenvolvimento e comercialização de aplicativos móveis.

Na figura a seguir, é possível verificar a evolução da linha de smartphone,


desenvolvidos pela Apple Inc, os iPhones:

FIGURA 2 – GERAÇÕES DO IPHONE

iPhone iPhone 3G e iPhone 4 e iPhone iPhone 5, iPhone


iPhone 3GS 4s 5c, iPhone 5s,
ANO: 2007 ANO: 2008 e 2009 ANO: 2010 e 2011 ANO: 2012 e 2013

iPhone 6, Iphone 6 iPhone SE (1ª iPhone 7 e iPhone iPhone 8 e iPhone


plus, Iphone 6s, geração) 7Plus 8 Plus
Iphone 6s plus
ANO: 2014 e 2015 ANO: 2016 ANO: 2016 ANO: 2017

iPhone X iPhone XR, iPhone 11, iPhone iPhone SE (2ª


iPhone XS Max, 11 Pro Max, iPhone geração)
iPhone XS 11 Pro
ANO: 2017 ANO: 2018 ANO: 2019 ANO: 2020
iPhone 12 mini, iPhone 13 mini, iPhone SE (3ª iPhone 14, plus,
iPhone 12, iPhone iPhone 13, iPhone geração) pro, pro max
12 Pro, iPhone 12 13 Pro, iPhone 13
Pro Max Pro Max
ANO: 2020 ANO: 2021 ANO: 2022 ANO: 2022

FONTE: Disponível em: https://support.apple.com/pt-br/HT201296


Adaptado próprio, 2023

Conforme, Andrade, Barroso, Lavôr (2021) Para uma organização com


posição comprovada no mercado de tecnologia, seria curioso lançar dois produtos
seguidos com tantas afinidades operacionais, sem a incompreensão que o segundo
tornaria o primeiro obsoleto. Essa ação gera dano intencional aos compradores, pois
o desempenho do aparelho fica definitivamente comprometido, obrigando o
consumidor a obter um aparelho mais novo.

De acordo com, Damasio (2020), Ao compreender que a vida útil não foi
comprometida, o fabricador apresenta um novo modelo da mesma mercadoria,
fazendo com que o antigo pareça obsoleto. Criando uma falsa sensação de
necessidade entre os consumidores por meio da publicidade.

A obsolescência programada “Cooptam o consumidor a adquirir novos


produtos com o velho ainda funcionando e os novos modelos têm vida mais curta”
(MAGERA, 2012, p.100).
Ou seja, a Apple, é um exemplo disso, pois, ela é atualizada a cada três anos,
considerando o tempo que dura até perder suas utilidades, induzindo o consumidor
a efetuar a troca. Com a esperança concebido no comprador por novos produtos, ela
assegura a alternâncias dos dispositivos, consequentemente um utilizador é capaz
de ficar por três anos com o smartphone, porém, apresenta a precisão de mudar
anualmente, dessa forma, ele passa a diante o dispositivo visto por ele obsoleto, e
obtêm um novo.

Devido a esta troca repentina,

“O instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática


(IBDI) promoveu Ação Civil coletiva em 2013 contra a Apple,
representando os interesses dos consumidores que adquiriram tais
produtos. A fundamentação utilizada era de que a empresa teria
incorrido em práticas desleais e publicidade enganosa. [...].
(MORENO, 2016, p.63-64).

A redução dos ciclos de vida das mercadorias, trouxeram produtos mais


novos para o mercado, fazendo com que os usuários descartem os produtos antigos
em favor de novos. Chama-se obsolescência programada e ajuda a descartar
inúmeros produtos no meio ambiente, muitos dos quais raramente são usados.

Conforme Moraes (2015, p. 63), “Embora esta prática venha sendo


indiscriminadamente utilizada de forma camuflada, pode ser constatada facilmente
quando se analisa a diminuição da vida útil dos produtos nas últimas décadas”.

“Contemporaneamente, por meio desta execução, é decidido como


e quando um produto é considerado obsoleto. Portanto, a data morte do
produto já previamente definida, podendo ser identificada quando
analisamos o projeto do seu ciclo de vida, já que a obsolescência conta
como uma etapa deste ciclo”. (Moraes, 2015, p. 63).

Desta maneira, todo produto é projetado com uma vida útil estimada,
chamada de ciclo de vida, que pode ser duradouro ou de pouca duração. Isso na
comunidade moderna, elevadamente concentrada no consumo acelerado, é cada
vez menor, especialmente no campo da tecnologia, em virtude das melhorias nas
táticas de produções, assim como, fortes publicidades que fazem o comprador a
descartar aceleradamente os objetos. Nessa perspectiva, os produtos se tornam
velozmente obsoletos, pelos quais consumidores exigem produtos mais modernos
no mercado ou pela razão das organizações programarem esses bens para terem
uma vida útil cada vez menor.
3.3 Relação entre o design e a obsolescência (IREMOS FAZER)

3.4 Garantia da durabilidade (IREMOS FAZER)

5. CONSUMIDORES

5.1 Conceito de consumidor

O consumidor em uma definição simplória é toda pessoa física ou jurídica que


adquire bens ou serviços (Significados), para Kotler e Armstrong (2014, p. 144) o
comportamento do consumidor se refere aos “[...] indivíduos e famílias que compram
produtos e serviços para consumo pessoal. [...]”. Porém existem diversos fatores
que implicam as atitudes e no comportamento dos consumidores e os estudos por
detrás levam em consideração os motivos e porquês das decisões de compra.
Kotler e Armstrong (2014) analisam os principais fatores que contribuem no
comportamento do consumidor como: fatores culturais, sociais, pessoais e
psicológicos.
Fatores culturais: “[...] A cultura é o principal determinante dos desejos e do
comportamento de uma pessoa[...]. Pois a influência que ela carrega desde a
infância de uma pessoa é fundamental para a formação deste cidadão, é em
sociedade que adquirirá valores, desejos e comportamentos primordiais que a
família carrega consigo.
Fatores sociais: “[...] O comportamento de uma pessoa é influenciado por
diversos grupos pequenos. Os grupos dos quais uma pessoa faz parte que exercem
uma influência direta sobre ela são chamados de grupos de associação. [...]”. Todos
em uma sociedade pertencem a grupos que neles contenham gostos similares, no
qual, a exposição para um novo comportamento e estímulos é significativo, ambos
os autores salientam que o principal fator social na influência de um consumidor é a
família, sendo ela a mais importante.
Fatores pessoais: São todas as características singulares que uma pessoa
possui, sendo idade, situação financeira, estilo de vida, personalidade, gostos
pessoais e autoimagem. Essas particularidades evidenciam que tipo de comprador o
indivíduo é, como o quanto ela consome diariamente, quais as preferências na hora
da compra, se levam em consideração preços, qualidade ou nome da marca, todos
essas escolhas podem ser determinadas a partir de alguns motivos como a idade,
estilo de vida, ocupação e situação financeira.
Fatores psicológicos: Contendo quatro importantes fatores psicológicos em
conjunto eles avaliam uma relação entre suas motivações, percepções,
aprendizagem e crenças e atitudes. Com a motivação observamos que todo
individuo para que se reconheça a necessidade de algo deve ser movido por alguma
razão, “[...] Um motivo (ou impulso) é uma necessidade suficientemente forte para
fazer com que a pessoa busque satisfazê-la. [...]”.
Com todas as informações que recebemos diariamente cabe somente a nós
com nossas percepções analisar e classificar essa informação como importante ou
irrelevante, e é exatamente essa percepção que atua nas nossas ações de compra
sendo ela uma maneira de interpretar esses materiais e assim obter uma posição de
visão.
A aprendizagem, fator apresentado com as mudanças no comportamento
causados pelas experiências e vivencias da vida, ocorrendo “[...] por meio da
interação de impulsos, estímulos, sinais, reações e reforços [..]”. Todo indivíduo
ganha certos ensinamentos com a vida, e elas acabam por alterando sua conduta na
sociedade, é através delas que desenvolvemos conhecimento e sensatez.
As crenças e atitudes são uma consequência de toda a aprendizagem
conquistada, sendo assim forjadas a partir de conhecimento e dispondo de uma
carga emocional, “[...] Uma crença é um pensamento descritivo que uma pessoa tem
em relação a algo. [...]”
Conclui-se que para um comportamento em particular ser moldado, é preciso
estudar as influências e os fatores que levam ao consumidor a adquirir, algum
produto ou serviço, buscando sempre responder as perguntas dos motivos e dessa
correlação intrincada.

5.3 Comportamento dos consumidores (IREMOS FAZER)

5.4 Fatores que influenciam o comportamento de compra do consumidor


(IREMOS FAZER)

5.4 Estágios do processo de decisão de compra (IREMOS FAZER)


6. TECNOLOGIA

6.1 Conceito de tecnologia

A definição de smartphone pode ser descrita em tradução livre como


“telefone inteligente” no qual podemos dizer que esses telefones são
extremamente tecnológicos, fazendo mais de uma operação sem interrupções,
como afirma o autor Torre (2009) um smartphone dispõe de atributos avançados
equivalentes de um laptop.
Em um conceito mais amplamente discorrido Lemos (2007, p. 25) declara
que:

O que chamamos de telefone celular é um Dispositivo (um


artefato, uma tecnologia de comunicação); Híbrido, já que congrega
funções de telefone, computador, máquina fotográfica, câmera de vídeo,
processador de texto, GPS, entre outras; Móvel, isto é, portátil e
conectado em mobilidade funcionando por redes sem fio digitais.

Analisando o contexto histórico, o primeiro aparelho celular foi o DynaTAC


8000X em 1983 (Mantovani, 2005), porém a necessidade de novas tecnologias
para facilitar a comunicação e o meio por onde as informações eram transmitidas
aconteceu mesmo a partir dos anos 60, com a guerra fria e a disputa entre EUA e
União Soviética perante o poder armamentista, espacial e a corrida tecnológica,
no qual, as duas nações rivalizavam constantemente. De acordo com Lemos
(2013) a partir de 1975 as tecnologias de informação e comunicação acabaram
se integrando e isso acabou concedendo a circulação dessas informações em
um único suporte, sendo ele o computador.
Contudo a internet que conhecemos hoje em dia só foi surgir em 1989,
quando Tim Berners-Lee desenvolveu um navegador, a World Wide Webe, e é
neste cenário que o primeiro Smartphone foi introduzido, que conforme o
MCCarty (2011) ele foi produzido pela IBM em 1992.
Podemos dizer que desde então a indústria tecnológica avançou
demasiadamente e inúmeros lançamentos de novos smartphones foram
ocorrendo, com mudanças no designer, touchscreen, processamento, resolução
de câmera entre outras alterações que com o tempo foram acontecendo.
Observando o cenário atual o consumo excessivo de smartphones é numeroso,
Segundo a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, no mês de maio
do ano de 2022 denotam que apenas no Brasil até o primeiro semestre de 2022
mais de 242 milhões de smartphones estariam em uso, eles ainda evidenciam
que “[...] Temos 447 milhões de Dispositivos Digitais (computador, notebook,
tablet e smartphone) em uso no Brasil.[...]” (FGV, 2022). Esses resultados
evidenciam como o consumo de produtos tecnológicos estão crescendo cada vez
mais em um curto espaço de tempo.
Concluímos que o smartphone foi elaborado primeiramente como um
recurso de integrar o meio de comunicação e informação, desenvolvendo assim
uma maneira mais rápida de realizar esses comandos, porém com o tempo e o
constante avanço tecnológico, podemos averiguar que as pessoas no geral
estabeleceram uma necessidade constante de trocar seu smartphone por um
novo e que as grandes empresas utilizam essa ferramenta para lucrar
progressivamente.

6.2 Avanço da tecnologia (revolução industrial) (IREMOS FAZER)


6.3 Smartphones: Definição e Contextualização (IREMOS FAZER)

6.4 Capitalismo: Sociedade Consumista

Em conformidade com o dicionário Michaelis, (2022), a palavra “consumismo”


se refere como:

1- Ato ou efeito de consumir; ocorrência ou prática de comprar em demasia,


sem necessidade.
2- Procedimento caracterizado pela aquisição ou consumo ilimitado, e muitas
vezes desnecessário, de serviços e bens duráveis.
3- Doutrina que defende as vantagens econômicas do consumo ilimitado,
crescente e contínuo de bens duráveis e, sobretudo, de artigos supérfluos.

Segundo Ortigoza et al (2009), o consumismo é a ação de consumir produto


ou serviço, geralmente de forma irresponsável. Diante disso existem vários
apontamentos sobre esse assunto, inclusive acerca da maneira que a propaganda e
a publicidade desempenham nas pessoas, atraindo-as a adquirir produtos mesmo
quando não precisam comprar. Frequentemente, os indivíduos compram produtos
que não funcionam para eles, ou até coisas desnecessárias, apenas pelo desejo de
comprar.

Conforme o Solomon (2002), “[...] O estímulo constante ao consumo construiu


uma sólida sociedade de consumo e implementou uma cultura do consumismo [...]”.
Ou seja, o consumismo é um comportamento compulsivo caracterizado pela compra
excessiva, sem necessidade, isso se dá, pelo simples desejo incontrolável de
realizar compras. Seguindo essa linha de pensamento, as organizações passam a
implantar esse comportamento compulsivo nas pessoas, fazendo com que se torne
cada vez mais consumistas, realizando estratégias – como a obsolescência
programada, a fim de transformar seus consumidores mais “impetuosos” no instante
da compra. (MORAES, 2015).

É nesse contexto que a obsolescência planejada se insere, como um dos


pilares que sustenta uma comunidade, onde demandantes e fornecedores são
dependentes e as suas correlações são constituídas e mapeadas, sendo totalmente
subordinadas ao consumo. Ou seja, em uma coletividade consumista, a produção e
a economia dependem da extensão e do nível de consumo social, de modo que as
próprias atividades empresariais e econômicas têm boa fluência, o que torna mais
vantajoso para as empresas investir em economias com comércio desenvolvido sob
amparo do sistema capitalista. (MONTEIRO, 2016).

Conforme, Silva (2012, p. 7), “[...] Pode-se dizer que a obsolescência


programada é filha da sociedade de consumo, mais especificamente, do chamado
consumismo [...]”. Sendo por essa causa que o hábito proporciona uma ajuda na
economia, estando atualmente no comércio até os dias de hoje.

Portanto, para mobilizar a sociedade de consumação, é necessário que as


pessoas comprem novos produtos frequentemente, realizando a alteração pelos que
já têm, aumentando o consumismo e sustentando a economia.
7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para o presente trabalho, será realizado, uma pesquisa qualitativa,


exploratória e bibliográfica. Conforme Minayo (2000), A pesquisa qualitativa é a
questão mais específica, se importando com as ciências sociais, trata-se de um nível
de realidade não quantificável, sendo um conjunto de significados, motivações,
valores, crenças e atitudes, representando um espaço mais profundo de relações,
métodos e fenômenos que não podem ser minimizados à operacionalização de
variáveis.

Logo depois, será realizada uma pesquisa exploratória, que visa apresentar a
questão de forma mais familiar o problema e identificar possíveis hipóteses,
incluindo levantamentos bibliográficos e entrevistas com respondentes que
vivenciaram experiências específicas. (GIL, 2021).

A pesquisa bibliográfica é baseada em material já elaborado e consiste


principalmente em livros e artigos científicos. Embora quase todos os estudos
requisitem algum tipo de conteúdo dessa natureza, também existem práticas
desenvolvidas especificamente a partir de fontes bibliográficas. Alguns estudos
exploratórios podem ser estabelecidos como estudos bibliográficos, assim como
diversos estudos desenvolvidos com técnicas de análise de conteúdo. (LAKATOS;
MARCONI, 2003; GIL, 2008).

Para esta finalidade foi aplicado uma pesquisa qualitativa através da


ferramenta Google Forms, com 64 consumidores, no período de 28/10/22 a
07/11/22. A pesquisa possui o objetivo de obter informações dos consumidores de
smartphones de maneira geral, no que tange ao seu consumo, compra, troca e
expectativa de vida do produto. Diante disso, houve a necessidade de elaborar uma
pesquisa explicativa, com revisão bibliográfica.
ANÁLISE E RESULTADOS OBTIDOS DA PESQUISA (IREMOS MELHORAR
DEPOIS)

Diante do exposto, foi desenvolvido uma pesquisa de campo em um


questionário online por meio do Microsoft Forms, com perguntas fechadas, sendo
feito nove perguntas, durante o período de 28 de outubro a 07 de novembro de
2022, a qual contou com 64 entrevistados.
Para tanto, as respostas no questionário, podem ser divididas em tais modos,
de múltipla escolha, escala e mista. Nele demonstra as opiniões dos consumidores
em relação ao smartphones e ao conhecimento da obsolescência programada

Gráfico 1 – Qual a sua Faixa Etária?

1. Qual a sua Faixa Etária?


40 38

35

30

25

20

15 11
9
10
5
5 1

0
Até 18 anos De 19 a 35 anos De 36 a 45 anos de 46 a 60 anos Acima de 60
anos

Fonte: Equipe TCC, 2022

A partir da análise do gráfico observa-se que majoritariamente das pessoas


possuem certa de 19 a 35 anos equivalente a 59% dos entrevistados, seguindo
temos as faixas etárias de 16 a 60 anos com 17% e 46 a 60 com 14%. Por fim
“pessoas” com até 18 anos com o percentual de 8%, correspondendo possivelmente
aos menores de idade, e sendo acima de 60 anos as pessoas mais idosas com 2%
do total dos entrevistados.
Gráfico 2 – Qual a sua Renda Mensal?

2. Qual a sua Renda Mensal?


2 3
3% 5%
9
14%

50
78%

De 1 a 2 salários minímos De 3 a 4 salários minímos


De 5 a 6 salários minímos Acima de 6 salários minímos

Fonte: Equipe TCC, 2022

O gráfico evidencia que 78% dos entrevistados, detém uma renda mensal de
1 a 2 salários-mínimos, podendo ser descrevido como pessoas de classe baixa. Em
seguida 14% responderam que se enquadram em uma renda mensal de 3 a 4
salários-mínimos, no qual se enquadra em uma classe média, e os outros 8% se
encaixam na classe alta, tendo seu poder aquisitivo e o padrão de vida melhor.
Gráfico 3 – Você já ouviu falar do conceito Obsolescência Programada?

3. Você já ouviu falar do conceito


Obsolescência Programada?
11
16 17%
25%

37
Sim, Conheço. 58%
Não, Nunca ouir falar.
Já ouvir falar, porém não tenho conhecimento sobre o
termo

Fonte: Equipe TCC, 2022

De acordo com a pesquisa realizada é possível verificar que 58% não


conhece a obsolescência programada, ou seja, para muitos ela é algo inexistente,
outros 25% dos entrevistados afirmaram que já ouviram o termo, porém não
compreendem o que de fato significa, observamos que ao todo 83% das pessoas
entrevistadas não tem um conhecimento específico sobre esse assunto. Por fim 11%
dos indivíduos afirmaram que conhecem esse conceito.
Gráfico 4 – Qual a marca do seu celular?

4. Qual a marca do seu celular?


20 19
18
16
16
14
14
12
12
10
8
6
4
2
2 1
0
iPhone Samsung Xiaomi Motorola LG Outra

Fonte: Equipe TCC, 2022

Entende-se que cerca de 29,86% preferem o celular da Samsung, sendo o


mais procurado entre os jovens, outra marca que também é bastante desejada é a
Motorola com suas especificações sendo bem requisitadas no qual obteve 25%,
ademais podemos considerar que o iPhone também é bem procurado entre as
pessoas pois possui características únicas com seu próprio sistema operacional e
processamento, fora o nome de peso que a marca leva no mercado levando um
porcentual de 21%. Uma outra marca com um crescimento no mercado é a Xiaomi,
tendo diversos lançamentos anuais e preços variáveis, muitos consumidores
adquiriram seus aparelhos, por diversos aspectos como seu processamento e
câmera. Em nossa pesquisa foi apontado que 18% das pessoas possuem essa
marca. Por fim os outros 4% se subdividiram pela marca LG e outras, no qual, indica
que o consumidor de smartphone não se identifica com esses aparelhos.
Gráfico 5 – Qual a motivação que leva você a trocar o seu Smartphone?

5. Qual a motivação que leva você a trocar


o seu Smartphone?
6 6
9% 9% 1
2%

Status da Marca 51
Modelo do aparelho 80%
Lançamento
Defeitos Comuns
Atualizações dos sistemas operacionais

Fonte: Equipe TCC, 2022

Perante a indagação das motivações que levam uma pessoa a trocar de


Smartphone, com 80% a maior causa foi defeitos comuns como, bateria viciada,
travas constantes e problemas na tela, isto os evidencia que um dos grandes
causadores a fazer uma pessoa a substituir seu aparelho celular é a falta de
qualidade, visto que, eles já estão programados a falhar em algum momento.
Por seguinte temos empatado cada um com 9%, os motivos de atualizações
dos sistemas operacionais e modelo do aparelho, o que podemos discernir como um
responsável pelas trocas constante, sendo que para que essa rotatividade de novos
aparelhos continuarem surgindo, sempre vai ter de existir motivos que manipulam o
consumidor a comprar um novo Smartphone.
Por último temos as motivações de lançamentos e Status da marcar, que
juntos contribuem com apenas 1% dos entrevistados, demostram que essas
justificativas não ocasionam em uma nova compra.

Gráfico 6 – Quantos Smartphones você já teve?


6. Quantos smartphones você já
teve?
25

20

15

10

0
1 2 3 4 5
Média 3.78
Série 1

Fonte: Equipe TCC, 2022

Diante deste questionamento em uma escala quantitativa, levantamos um


resultado em que a média é 3,78 referentes a quantidade de aparelhos que os
entrevistados já tiveram, portanto, cada pessoa teve cerca de quatro Smartphones
na vida e levando em consideração que as idades entre 19 a 35 anos
predominaram, essas trocas podem ser realizadas em um curto espaço de tempo.

Gráfico 7 – Qual a frequência que leva para trocar o smartphone?

7. Qual a frequência que leva para


trocar o smartphone?
35
29
30

25
19
20
13
15

10
3
5

0
Até 12 meses De 1 a 2 anos De 3 a 4 anos Acima de 5 anos

Fonte: Equipe TCC, 2022


Em relação a frequência que os entrevistados acham necessários para se
trocar um aparelho, 45% das pessoas responderam que de 3 a 4 anos acreditam ser
preciso comprar um novo aparelho, os motivos por detrás podemos dizer que por
conta das constantes atualizações ou os defeitos comuns, outros 29% levam em
torno 1 a 2 anos para realizar a troca, e 20% julgam necessário somente depois de 5
anos e uso, esses supomos que em razão das falhas constantes do aparelho e por
conta dele estar ultrapassado. Por fim apenas 4% acha cabível trocar de aparelho
em até 12 meses, esses sendo os mais assíduos em se tratando as novidades que o
mercado de smartphones oferece constantemente.

Gráfico 8 – Quais aspectos que você leva em consideração na hora da compra de um novo
smartphone?

8. Quais aspectos que você leva em


consideração na hora da compra de um
novo 5smartphone?
10
8%
16%

15
23%

6
28
9%
44%

Marca Processamento Qualidade da Câmera


Preço Modelo do aparelho

Fonte: Equipe TCC, 2022

FALTA O TEXTO DESSE AQUI (IREMOS FAZER)


Gráfico 9 – Quando troca, o aparelho está com aspectos de novo?

9. Quando troca, o aparelho está


com aspectos de novo?
Sim Não

13
20%

51
80%

Fonte: Equipe TCC, 2022

Por conclusão sobre a questão dos aspectos e aparência dos aparelhos


substituídos 80% dos entrevistados revelaram que estão em bom estado quando
descartados, e apenas 20% afirmaram que não, podendo ser as razões, quedas
constantes ou um tempo muito longo para a troca ser considerada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS (IREMOS MELHORAR DEPOIS)

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise aprofundada


sobre a obsolescência programada tal como sua influência impacta a sociedade e
economia, visto que afeta a vida dos consumidores, ocasionando certos tipos de
comportamento de consumo e impulsionando as vendas. Analisamos igualmente o
mercado dos smartphones em geral e sua história, expondo como ele se beneficia
de diversas maneiras da obsolescência programada e manipula o consumo a seu
favor gerando sempre a necessidade de inovar e trazer novos aparelhos
constantemente.
Ao realizar a pesquisa exploratória qualitativa, conseguimos levantar dados
que demostram como os consumidores desconhecem essas artimanhas do mercado
e como também é altamente influencial pelo mesmo, no qual muitos desconhecem a
obsolescência como um dos fatores que os incentivam a comprar continuamente.
Como objetivos exploramos a história da obsolescência assim como suas variadas
características, com o comportamento do consumidor e as influências que em
conjunto formam as particularidades de cada pessoa.
Todos essas informações agrupadas nos discriminam o quão complexo e
minucioso esse tema representa para a sociedade, avaliando todos os fatores
envolvidos podemos expor que, sim a obsolescência tem grande influência na vida
de todos e que ela favorece a economia e o capitalismo, assim como traz malefícios
para as pessoas, com o consumo exacerbado e a constante busca por uma
aceitação imposta da sociedade, por ter algo material.
Conclui-se que o objetivo do estudo foi alcançado até o presente momento
pois descreveu exatamente como a obsolescência ainda é um conceito e assunto
pouco abordado e desconhecido por muitos, mesmo ela existindo e sendo vista para
a economia como uma ferramenta mercadológica.
CRONOGRAMA (IREMOS FAZER)
REFERÊNCIAS (IREMOS ACRESCENTAR MAIS DEPOIS)

ASSUMPÇÃO, Lia. Obsolescência programada, práticas de consumo e design: uma


sondagem sobre bens de consumo, 231 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e
Urbanismo) – São Paulo: FAU-USP: 2017.

BEZERRA, Camila Rocha. A obsolescência programada como prática abusiva ante


o sistema de proteção ao consumidor instituído no Brasil. p. 64, 2017.

CABRAL, Hildeliza Lacerda Tinoco Boechat; RODRIGUES, Maria Madalena de


Oliveira. A obsolescência programada na perspectiva da prática abusiva e a tutela
do consumidor. Revista Magister de Direito Empresarial, Concorrencial e do
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CALVÃO, A. M.; et al. O Lixo Computacional na Sociedade Contemporânea.


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Consumismo. In: DICIO: Michaelis Online de Português. 2022. Disponível em:


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ECHEGARAY, Fabián. Consumer’s reactions to product obsolescence in emerging


markets: the case of Brazil. Journal of Cleaner Production, v. 134A, p. 191–203,
2016. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2017.

IDEC; MARKET ANALYSIS. Ciclo de Vida de Eletroeletrônicos. Powerpoint slides,


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