Variaveis Demograficas

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VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS

NATALIDADE E FECUNDIDADE
Em Demografia a análise da fecundidade procura medir em que grau e como vão ocorrendo os
nascimentos e, é a primeira variável demográfica. A importância reside no facto de que os
nascimentos conjuntamente com a mortalidade e as migrações serem as variáveis demográficas
que determinam o crescimento e a estrutura da população

Alguns conceitos - chave: Natalidade, fecundidade, fertilidade, esterilidade, nupcialidade e


fecundabilidade., aborto, abstinência sexual, contracepção.

Determinantes sócio económicos da fecundidade

1- Segurança social associada aos níveis de mortalidade (infantil). Neste caso interessa o
número de crianças que sobrevivem até a idade adulta para garantir a assistência dos seus
progenitores. E para o caso dos Países com elevada mortalidade, os pais procuram
recompensar tais perdas com quantidades elevadas de nascimentos.
2- Preferência do sexo (um filho do sexo masculino ou feminino). Este tem sido um dos
grandes problemas, porque se por exemplo, um casal resolver apenas um casal de filhos
e, se isso não for concretizado nos primeiros dois nascimentos o casal irá experimentar
mais um nascimento e assim sucessivamente.
3- Nível de rendimento das famílias: A teoria até então mais aceite considera uma
diminuição dos filhos nas famílias com o aumento do rendimento e, isto deve ser visto
em simultâneo com outros aspectos como o nível educacional, o estilo de vida que não se
compatibiliza com o número elevado de filhos, dedicação de carreiras fora da família e
férias.
4- Educação: Várias teorias são unânimes sobre a educação, atribuindo poucos filhos ás
famílias com elevado grau de instrução e vice versa. O número de filhos aqui é
justificado pela idade do casamento, ou porque a tendência das mulheres em exercer
funções que obriga as a uma separação física dos filhos.
5- Uso de métodos anticoncepcionais: O uso destes pressupõe a necessidade de limitar o
número de filhos.
6- Posição da mulher na família e na sociedade: Um estatuto baixo da mulher, associado
ao nível académico baixo tem tido grandes efeitos nas suas decisões sobre o tamanho da
família, o acesso à informação e conhecimento dos métodos anticoncepcionais bem como
o acesso aos mesmos.
7- Religião: Algumas religiões têm preconceitos que até certo ponto contribuem para o
maior número de filhos

INDICADORES DA FECUNDIDADE

1. Taxa bruta de natalidade (TBN)

[ ]

N- Nascimentos vivos

Pi- População inicial

Pf- População final

2. Taxa de fecundidade geral (TFG)

[ ]

N- Nascimentos vivos

Pi- População inicial

Pf- População final

3. Taxa especifica de fecundidade (TEF)

[ ]

N- Nascimentos vivos
Pi- População inicial

Pf- População final

MORTALIDADE

"A morte é o resultado inevitável da vida, mas as suas regras não são as mesmas para todos os
indivíduos" ( Behm e Vallim, 1980).

Alguns conceitos – chave: Mortalidade, morbilidade, mortalidade endógena e exógena, doença

A característica principal da mortalidade no Séc. XX é o seu declínio. Porém este declínio, não
se observou em todos países ao mesmo tempo, e no país em que tal aconteceu, não declinou com
mesma velocidade nos diversos tipos de grupos que integram as estruturas sociodemográficas.

Analisando a mortalidade como fenómeno social, consideram-se 3 eixos fundamentais:

 Caracterização do declínio observado na época contemporânea;


 Estudo dos factores responsáveis por esse declínio;
 Identificação das diferenças observadas entre determinados grupos;
 Quanto ao primeiro eixo dentre o vário aspecto concluiu-se que o declínio da mortalidade
é diferenciado segundo a época, grupos de idade e a área geográfica (onde se pode fazer
comparações entre varias regiões, causas dessas mortalidades em cada região;
 Em relação ao segundo eixo, sobre o passado tem se apontado as razões dos elevados
índices de mortalidade onde uma delas é a existência de frequentes período de forma de
subnutrição nas classes menos abastadas, guerras e vários tipos de epidemias, ausência de
condições sanitárias etc. Tem-se apontado também estratégias de intervenção onde
encontramos os factores educacionais, sanitários e sociais;
 No tocante ao terceiro eixo, nas diferenças observadas entre vários grupos sociais
verifica-se que as classes mais abastadas têm melhores condições de assistência sanitária
enquanto os grupos menos abastados terão poucas condições para a assistência sanitária,
encontramos também diferenças sociais e ambientais o que significa que os grupos menos
abastados terão maior mortalidade;
A mortalidade tem um modelo único que tem a forma de um “U”.

Factores Da Mortalidade

1. Factores endógenos ou Biológicos


a) O Sexo: é um critério importante, os homens têm geralmente uma esperança de vida
à nascença inferior a das mulheres. Com efeito em todas idades, a mortalidade dos
homens é superior a das mulheres. Esta sobre mortalidade masculina explica-se em
parte pela diferença de constituição biológica, mas também por certos factores sociais
(por exemplo, a mortalidade por acidente concerne mais os homens que as mulheres).
Em certos países verifica-se uma sobre mortalidade feminina na infância (ligada sem
duvida á uma menor atenção dedicada ás meninas em matéria de saúde, pelos pais) ou
às idades de procriação (ligada aos riscos da maternidade).

b) Os gémeos: verifica-se geralmente uma sobre mortalidade de gémeos (e de crianças


resultantes de nascimentos múltiplos) devido essencialmente á sua maior fragilidade
(menor peso á nascença).

c) A idade da mãe: geralmente admite-se os seguintes dados: as crianças de mães


jovens (com menos de 20 anos de idade) e de mães idosas (com mais de 40 anos de
idade) conhecem uma mortalidade superior aos das crianças de mães com idades
médias.

d) Os grupos étnicos: constatam-se geralmente diferenças de mortalidade segundo as


etnias. A sua interpretação é difícil na medida em que elas podem ser divididas a
múltiplos factores: comportamentos sociais, hábitos alimentares, meio ecológico, etc.

e) A endogamia e a co-sanguinidade- as crianças resultantes de casamentos


consanguíneos têm uma mortalidade mais forte que as outras.
2. Factores exógenos, ecológicos ou sociais

a) O estado civil: Observa-se geralmente uma sobre mortalidade dos solteiros em todas as
idades em relação aos casados. Esta diferença tem provavelmente causas múltiplas, em
particular as questões de saúde que influenciam simultaneamente os dois fenómenos
nupcialidade e mortalidade. Talvez porque os casados se preocupam mais com a saúde
que os solteiros, aos hábitos e às condições de vida.

b) O clima e as estações do ano: duas regiões com climas ou mais globalmente com as
condições ecológicas diferentes terão níveis diferentes de mortalidade, tanto na estrutura
por idades como na repartição por causas da morte. Além disso numa mesma zona
podem observar-se variações de mortalidade segundo as estações, o que pode ser
dividido não apenas as mudanças de temperatura e humidade do ar que tem influência
sobre o organismo mas também as mudanças na alimentação e nos comportamentos (por
exemplo durante as épocas de fortes actividades agrícola, a criança pode ser objecto de
uma menor atenção). A seca pode provocar situações de fome sobre as quais muitas
vezes não se conseguem encontrar soluções adequadas. A subnutrição e a malnutrição
são causas directas da mortalidade, mas também causas associadas á epidemias.
Algumas doenças são mais características de determinados climas ou a determinadas
épocas do ano (a cólera e a malária por exemplo são dominantes nos climas quentes e
húmidos enquanto a gripe esta mais associada aos climas frios ou a épocas frias).

c) O habitat (lugar de residência) - Em geral, nos países em Desenvolvimento a


mortalidade no meio urbano é menos elevado que no meio rural. Atribui-se essa
diferença as condições de vida, de habitat e de acesso aos cuidados de saúde. Nos países
desenvolvidos a mortalidade no meio rural é inferior a do meio urbano devido ao
ambiente mais poluído que as cidades apresentam.

d) A alimentação: a quantidade e a qualidade da alimentação são factores evidentes da


saúde dos indivíduos. A qualidade da água consumida e a regularidade dos alimentos ao
longo do ano.
e) A renda, a profissão e o modo de vida
f) A educação: é provavelmente o factor mais importante, a educação da sociedade em
geral e particularmente a educação da mãe para a saúde das crianças. Quanto mais lato
for o nível de educação menor a mortalidade das crianças. O modo como age este factor
é ainda objecto de hipóteses: parece que são sobre tudo a maior autonomia w á maior
sensibilidade ao “modernismo” das mulheres educadas que intervêm (acesso mais fácil
aos cuidados, comportamento menos fatalista, maior cuidado com a alimentação da
criança….).
g) O equipamento médico e sanitário: do país, as possibilidades de acesso aos serviços
sanitários e sua utilização efectiva pela população.
h) As guerras entre países civis.

INDICADORES DA MORTALIDADE

1. Taxa bruta de mortalidade (TBM)

[ ]

O- Óbitos

Pi- População inicial

Pf- População final

2. Taxa de mortalidade infantil (TMI)

O- Óbitos

NV- Nados vivos


3. Taxa de mortalidade infanto-juvenil (TMIJ)

O- Óbitos

NV- Nados vivos

4. Taxa de mortalidade neonatal

O- Óbitos

NV- Nados vivos

5. Taxa de mortalidade materna (TMM)

O- Óbitos

NV- Nados vivos

MIGRAÇÕES

Trabalho prático feito pelos estudantes

Saldo migratório: SM = I – E

I-Imigrantes E- Emigrantes
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

Crescimento natural

CN- Crescimento natural

N- Nascimento

M- Mortalidade

Crescimento total /Equação compensadora

P(t)- População total

P(0)- População inicial

N- Nascimentos

M-Mortes

SM- Saldo migratório

 Crescimento absoluto (CA): é a diferença da população em dois períodos.


Ex: Pop de 1997 (Pn) – Pop 1980 (Po)

Pn- População no momento final P0- População inicial

 Crescimento relativo (CR): exprime o crescimento em forma de percentagem.

Pn- População no momento final P0- População inicial


Crescimento Geométrico

Índice de Masculinidade (IM) 100

Índice de dep. Demográfico (IDD) 100

Índice de dep. Jovens (IDJ) 100

Índice de População em idade escolar

100

Taxa de analfabetismo 100

Coeficientes técnicos

Razão professores 100


por mil habitantes

Razão aluno por 100


Profs no nível Y

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