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1

Índice
Desenvolvimento ................................................................................................................................ 3
Introdução ........................................................................................................................................... 4
Algália .................................................................................................................................................. 5
Objectivos da algália ........................................................................................................................... 7
Orientação quanto a execução ........................................................................................................... 7
Tipos de algália ou cateter vesical e o seu número ............................................................................ 8
Indicações contra indicações .............................................................................................................. 9
As contra-indicações incluem: .......................................................................................................... 10
Inserção da algália ............................................................................................................................. 10
Manutenção da algália ...................................................................................................................... 18
Orientação para a execução .............................................................................................................. 18
Material para higiene ........................................................................................................................ 19
PROCEDIMENTO ................................................................................................................................ 20
Orientações quanto à execução:....................................................................................................... 22
Material para higiene: ....................................................................................................................... 22
Manutenção do sistema de drenagem ............................................................................................. 23
Remoção da algália ........................................................................................................................... 27
Agradecimento .................................................................................................................................. 29
Conclusão .......................................................................................................................................... 30
Bibliografia ........................................................................................................................................ 31

2
Desenvolvimento

É do conhecimento de todos a importância que têm actualmente as infecções

nosocomiais e a relação directa que existe entre estas e a utilização, cada vez

mais frequente de técnicas invasivas. A infecção urinária é a infecção

nosocomial mais frequente, representando cerca de 33% das infecções

identificadas nos inquéritos de prevalência nacionais. A cateterização vesical é

a principal causa de infecção urinária adquirida em meio hospitalar (segundo

alguns autores 65% das infecções são secundárias a uma cateterização vesical

e para outros esse valor eleva-se para 80%). A septicémia é a complicação

mais grave da infecção do tracto urinário tendo sido verificada em 1-3% dos

casos e a taxa de mortalidade por esta patologia é de 30% ou mais. O risco de

se adquirir uma infecção urinária depende do método e duração da

cateterização, da qualidade dos cuidados ao catéter e da susceptibilidade

individual. A presença de um catéter favorece a multiplicação anormal das

bactérias na urétra e mais tarde ou mais cedo estas atingem a bexiga.

3
Introdução

A investigação, fruto da inquietação do ser humano, tem como objectivo

produzir novos saberes, através de uma contínua e dinâmica reconstrução do

conhecimento. Desta forma, surgiu a escolha do tema estudo de Algália. O

uso da algália pode ser recomendado em diversas situações, uma algália ou

sonda vesical permite que a pessoa controle a saída da sua urina mantendo-se

limpa e seca.

A algália é um dispositivo que se coloca na uretra e fica "presa" na bexiga

para permitir a saída da urina. Tem diversos tipos e tamanhos de algália, que

podem ser escolhidos consoante a duração do uso recomendado, a finalidade,

a história clínica, entre outros aspectos. No domicílio as algálias mais

utilizadas são as de foley e de silicone (têm maior duração). A algália deve ser

colocada por um profissional de saúde treinado.

4
Algália

É um fino tubo de borracha que é introduzido na bexiga para drenar a urina.

Normalmente a urina passa da bexiga, através de um tubo designado por

uretra, para o meato urinário. O meato é a abertura no pénis através da qual a

urina sai do organismo.

Este procedimento, tanto diagnóstico como terapêutico, costuma ser solicitado

para a obtenção de amostras de urina não contaminadas, para a eliminação de

urina em caso de retenção urinária, para a recolha de urina em caso de

incontinência urinária, para a preparação do paciente para vários tipos de

intervenções cirúrgicas e para o pós-operatório da cirurgia geniturinária.

As sondas utilizadas podem ser mais ou menos flexíveis, de material diverso,

embora normalmente sejam de borracha ou silicone. Quando a sua colocação é

momentânea, como acontece em caso de colheita de uma amostra de urina ou

esvaziamento da bexiga, costuma se utilizar sondas rígidas. Por outro lado,

5
quando a sua colocação é prolongada, são utilizadas sondas flexíveis

compostas por um balão insuflável na sua extremidade que, após ser insuflado

a partir do exterior, possibilita a manutenção do cateter na sua posição. A

urina flui desde a bexiga pela sonda devido ao efeito da gravidade, sendo

recolhida num tubo ligado a extremidade livre da sonda e drenada para um

recipiente (por exemplo, uma bolsa de plástico). Em alguns casos, são

utilizadas bolsas descartáveis, que devem ser substituídas quando se enchem.

Todavia, normalmente são recomendados os sistemas de drenagem fechados,

através dos quais as bolsas podem ser esvaziadas sem que tenham de ser

desligadas, o que garante uma melhor assepsia e uma mais eficaz prevenção

das infecções. Antes de se colocar a sonda, deve-se lavar e desinfectar a zona

genital e aplicar lubrificante no exterior da sonda e no meato urinário. Após a

introdução da sonda, a drenagem das gotas de urina iniciasse de imediato. Se o

objectivo for obter uma amostra de urina ou um único e rápido esvaziamento

da bexiga, a sonda deve ser retirada alguns minutos depois. Se pretende deixar

a sonda por um longo período de tempo, deve ser introduzida de modo a

penetrar no interior da bexiga e, então, insuflar o balão através da injecção de

soro fisiológico, com uma seringa ligada a um canal específico do cateter no

exterior. Em seguida, deve-se ligar o sistema de drenagem e garantir que o

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saco colector de urina fica por baixo da púbis do paciente. Por fim, a sonda

deve ser fixada a coxa ou ao abdómen com uma fita adesiva.

Objectivos da algália

• Esvaziar a bexiga

• Descomprimir a bexiga, antes, durante e após determinadas intervenções

cirúrgicas ou tratamentos;

• Monitorizar o débito urinário;

• Executar irrigações da bexiga ou instilação de medicamentos;

• Delatar a uretra;

• Facilitar a colheita de amostra acética de urina;

• Monitorizar o volume residual de urina na bexiga;

• Controlar a incontinência em pessoas com lesões em que esteja contra-

indicando o contacto da pele com a urina;

Orientação quanto a execução

• Consultar o processo clinico;

• Conhecer a razão da algaliacão;

• Avaliar métodos alternativos á algaliacão e realizar manobras destinadas a

estimular a micção;

• Proporcionar a pessoa e família a informação adequada;

• Respeitar a privacidade da pessoa;

7
• Executar o procedimento com técnica acética;

• Seleccionar o tipo e calibre da algália, tendo em conta o sexo, a idade, a

patologia e a finalidade;

• Utilizar lubrificante hidrossolúvel estéril em doce unitária;

• Providenciar iluminação adequada da área;

• Manter o cateter urinário apenas enquanto houver indicação clinica;

• Preencher o balão de fixação apenas com água destilada, não utilizar cloreto

de sódio, pois podem criar cristais e dificultar a saída da água da algália ou

alterar a borracha;

• Ensino á pessoa e família acerca dos sinais de alerta e cuidados a ter.

Tipos de algália ou cateter vesical e o seu número

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Indicações contra indicações

Indicação

A sondagem vesical não deve ser utilizada como método rotineiro de recolha

de amostras urina, salvo em casos excepcionais.

São indicações absolutas para a algaliação:

• Retenção urinária aguda;

• Controlo hemodinâmica;

• Descompressão da bexiga no pré-operatório e manutenção dessa

descompressão durante a cirurgia, principalmente em cirurgias do abdómen e

da região pélvica;

• Prevenção da distensão no pós-operatório, quando o doente não é capaz de

urinar espontaneamente;

• Avaliação do volume residual pós micção; - Irrigação vesical -

Administração de medicamentos directamente na bexiga.

É indicação relativa para algaliação a incontinência urinária, embora deva ser

sempre considerado o uso alternativo do “pen-rose” ou fraldas. Nos casos em

que está indicada a algaliação esta deve ser mantida durante o menor tempo

possível.

COMPLICAÇÕES

As complicações mais frequentes após cateterização vesical são:

9
• Infecção por ascensão de germens;

• Formação de um falso trajecto por traumatismo da mucosa uretral;

• Cistouretrites;

• Perfuração da uretra

• Estenose do uréter

As contra-indicações incluem:

• Estenose uretral

• Infecção do trato urinário (ITU) actual

• Cirurgia de reconstrução uretral ou cirurgia vesical

• Trauma uretral

O cateterismo da uretra começa com a limpeza cuidadosa do meato uretral

com uma solução antibacteriana. Então, usando técnica estritamente estéril,

lubrifica-se o cateter com gel estéril e avança-o gentilmente através da uretra

até a bexiga. Pode-se injectar gel de lidocaína através da uretra masculina

antes de se passar a sonda para aliviar o desconforto. (Ver também Como

cateterizar a uretra em mulheres e Como fazer cateterismo uretral em

homens.)

Inserção da algália

1. As barreiras de protecção usadas devem estar de acordo com as normas da

instituição para protecção contra sangue e fluidos orgânicos

10
2. A algália deve ser seleccionada de acordo com a duração prevista da

algaliação e a avaliação clínica do doente. Na escolha do tipo de algália, é

necessário inquirir o doente e/ou pessoas significativas, acerca de possível

alergia ao látex

3. Se é previsível uma irrigação contínua ou regular deve ser seleccionada

uma algália de três vias

4. Deve utilizar-se o calibre mais pequeno que permita uma boa drenagem. O

calibre recomendado é de 12-14 unidades de Charrière (Ch) na mulher e de

14-16 Ch no homem. O comprimento da algália depende do sexo do doente. A

literatura refere que o comprimento padrão da algália deve ser de 40cm no

homem e de 25cm na mulher

5. A algália deve ser inserida com técnica asséptica e equipamento estéril

6. O profissional que vai proceder à inserção da algália deve assegurar a

existência de equipamento em quantidade suficiente, incluindo um par de

luvas estéreis extra e campos grandes, resistentes e estéreis. Isto é

particularmente importante se o profissional estiver a trabalhar sozinho. A

necessidade de um assistente será determinada pelas necessidades clínicas e

físicas do doente. O uso de “kits” urinários específicos pode facilitar a

manutenção de esterilidade durante a inserção

11
7. O profissional que vai inserir a algália, deve proceder à desinfecção

higiénica das mãos, antes de calçar as luvas estéreis a fim de manter a técnica

asséptica durante a inserção

8. Deve adoptar-se um sistema que assegure a manutenção de um campo

estéril sem receio de contaminação. Se a algália se contaminar durante a

inserção deve ser substituída

9. A área genital deve ser bem lavada com água e sabão antes da inserção da

algália. Para este procedimento usar luvas limpas (de procedimento)

10. O meato urinário deve ser limpo com água ou soro fisiológico. Não há

vantagem em usar soluções anti-sépticas para limpeza do meato uretral, prévia

à inserção da algália, como forma de prevenir a IU em doente algaliado

11. A algália e a uretra devem ser lubrificadas com um gel anestésico estéril,

em embalagem individual

12. O balão deve ser dilatado com a quantidade correcta de água estéril

(volume mais pequeno necessário – 5 – 10 ml no adulto) a não ser que haja

indicação específica do Médico (ex: em doentes do foro urológico)

13. No homem a algália deve ser fixa na parte superior da perna e na mulher,

na face interna da coxa, para prevenir os movimentos da algália e pontos de

fricção na uretra assegurando uma boa drenagem

12
Relativamente a estas recomendações para a inserção da algália, existem

alguns aspectos importantes que Wilson J. (2001) refere no seu livro que

parecem importantes recordar. Assim, torna-se importante afirmar que o risco

de desenvolver bacteriúria na sequência de uma inserção e remoção única de

algália varia de 0,5% a 30% (Garibaldi, 1993, citado por Wilson, 2001).

Uma vez que o risco de infecção aumenta por cada dia suplementar que a

algália fica colocada, a algaliação deve ser evitada sempre que possível, sendo

suspensa à primeira oportunidade, antes do desenvolvimento de bacteriúria (o

que não acontece em muitos dos casos).

Outro aspecto relevante a salientar definido por esta autora é o de que ao

explicar detalhadamente ao doente a técnica, melhora a colaboração do

mesmo – o risco de contaminação da algália e de traumatismo da uretra é

reduzido quando a técnica é explicada ao doente com clareza, quando o

técnico está devidamente treinado ou é competente para tal.

Importa ainda salientar que existem alternativas importantes a quando o

doente necessita de algaliação a longo prazo. Assim prevêem-se três

alternativas diferentes: algaliação intermitente, drenagem suprapúbica e

dispositivos urinários, todas elas com vantagens relativamente à bacteriúria e

desvantagens. (Wilson J., 2001).

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Em suma, a incidência das infecções urinárias adquiridas em meio hospitalar

pode ser reduzida evitando-se, sempre que possível, a algaliação ou, quando

esta é realmente necessária, através da sua remoção logo que deixe de se

justificar. Compreende-se também que o uso de dispositivos do tipo “pen-

rose” para os homens evitam a infecção, mas é necessário muito cuidado para

que não aconteça a lesão da pele do pénis e/ou garrote por inadequado

tamanho do dispositivo ou má colocação do adesivo. Percebe-se que a

cateterização suprapúbica reduz a infecção por via uretral mas é demasiado

invasiva para situações de curto prazo. Entende-se que a cateterização

intermitente pode substituir tanto a algaliação de curto prazo como a de longo

prazo. Em “boas mãos”, ela reduz as infecções, mas é necessário cuidado para

se evitar o trauma da uretra. Relativamente à selecção da algália para a

execução desta técnica, existem algálias de uma larga gama de tamanhos e

materiais, tornando-se assim importante a selecção apropriada de modo a

minimizar o traumatismo das sensíveis mucosas da bexiga e da uretra. Assim,

temos as seguintes sugestões relativamente ao tipo de algaliação (Wilson, J.

2001):

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Material da algália Indicação

Comentários

Plástico Curta duração; Material rígido, irrita a

evitar sempre que mucosa e provoca

possível traumatismo

Látex (revestido de fina Curta duração, mais Favorece a incrustação,

camada de silicone) de 14 dias associada a traumatismos e

estenose

Látex revestido de Teflon Curta duração, mais rritação mínima da mucosa,

de 28 dias resistente à incrustação

Látex com revestimento de Longa duração, Irritação mínima da mucosa,

liga de silicone mais de 12 semanas resistente à incrustação

Látex com revestimento de Longa duração, rritação mínima da mucosa,

hidrogel mais de 12 semanas resistente à incrustação

Inteiramente silicone Longa duração, Irritação mínima da mucosa,

mais de 12 semanas mas o lúmen em forma de D

favorece a incrustação

Esgotadas as hipóteses alternativas da algaliação, e seleccionada a algália,

dáse então a inserção da algália de acordo com as recomendações referidas

anteriormente. Parece importante referir então a técnica propriamente dita.

Assim, o profissional que vai executar a técnica deve:

• Lavar as mãos e juntar todo o equipamento necessário


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• Informar o doente do procedimento que se vai executar e a sua finalidade

• Posicionar o doente em decúbito dorsal com joelhos flectidos em abdução,

pés assentes e afastados na mulher e com os membros inferiores esticados no

homem;

• Colocar o material em condições de ser utilizado facilmente;

• Abrir a embalagem do cateter de forma asséptica (se estiver a trabalhar sem

ajudante);

• Calçar as luvas de exame e realizar a lavagem perineal com água e

detergente;

• Lavar as mãos após a lavagem dos genitais do doente; Desinfecção higiénica

das mãos;

• Calçar as luvas estéreis;

• Colocar o campo com janela na região perineal;

• Desinfectar com ajuda da pinça de Kocher (na mulher abrir os pequenos

lábios para visualizar o meato urinário e no homem repuxar o prepúcio);

• Lubrificar o catéter (a lubrificação da uretra demonstrou reduzir a taxa de

infecção);

• · Desfazer o ângulo peni-escrotal, levantando o pénis no sentido do

abdómen. Segundo como ilustra a figura abaixo.

16
• Introduzir o cateter de forma segura até surgir urina. Colocar (com a mão

esquerda) o pénis em posição vertical em relação ao plano da cama, e avançar

• (com a mão direita) a algália com cuidado – evitando movimentos bruscos –

alongando um pouco o pénis para manter a posição ideal; a passagem do

esfincter externa sente-se como uma resistência moderada que em condições

normais é facilmente ultrapassada (não forçar a passagem, já que a dor assim

infligida provocará um espasmo reflexo que complicará consideravelmente a

inserção da algália);

• Fixar a algália internamente, enchendo o balão com a quantidade de água

destilada recomendada pelo fabricante;

• Fixar externamente o cateter, na região do abdómen, quando acamado.

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Manutenção da algália

Define-se como o conjunto de acções que visam a prevenção de complicação e

manutenção da permeabilidade da algália.

Tem por objectivos:

 Prevenir a infecção;

 Manter a permeabilidade da algália;

 Prevenir a ocorrência de traumatismo e úlceras de pressão;

 Promover o conforto.

Deve ser realizado:

Pelo enfermeiro, Medico ou pela pessoa após ensino. de acordo com:

 Necessidade da pessoa;

 Prescrição;

 Protocolo em vigor.

Orientação para a execução

 Consultar o processo clinico;

 Lavar as mãos antes e depois o manuseamento da algália e do sistema

de drenagem; para evitar infecção; urinaria;

 Manter o sistema de drenagem em circuito fechado;

 Providenciar o esvaziamento do saco colector periodicamente;

 Manter o saco colector abaixo da bexiga.

18
 Desinfectar a conexão – saco, com álcool a 70% ou solução de

clorohexidina e substituir o sistema se ocorrer desadaptação acidental;

 Quando esvaziar o saco de drenagem a torneira deve ser limpa, para

evitar o gotejamento da urina residual;

 Trocar a algália de acordo com as necessidades cínicas, o material

(orientações do fabricante) e a reacção da pessoa;

 Incentivar a pessoa á ingestão de líquidos para promover uma boa

diurese (se não houver contradição clinica).

Material para higiene

Bacia com água morna;

Sabão líquido;

Toalhete ou manápula descartável;

Cloreto de sódio para lavagem;

Bacia com água morna;

Sabão líquido;

Toalhete ou manápula descartável;

Cloreto de sódio para lavagem;

Luvas;

Resguardo descartável;

Outros materiais: Saco colector de urina esterilizado e Adesivo.

19
Saco colector de urina esterilizado e Adesivo.

PROCEDIMENTO

INTERVENÇÃO

JUSTIFICAÇÃO

Providenciar os recursos para junto Gerir tempo.

da pessoa.

Lavar as mãos. Prevenir contaminação.

Instruir a pessoa sobre a técnica e o Diminuir a ansiedade.

posicionamento.

Posicionar a pessoa expondo apenas Facilitar a execução do

a região genital. procedimento.

Homem: DD com membros

inferiores e adução

Aplicar o resguardo descartável. Minimizar o risco infeccioso.

Calçar luvas. Medida de protecção individual.

Lavar os órgãos genitais com água e Minimizar risco infeccioso.

sabão e secar. Se houver exsudado

genital, proceder à lavagem com

cloreto de sódio isotónico.

Remover o resguardo. Minimizar o desconforto.

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Trocar adesivo de fixação da algália, Prevenir complicações.

alternando o local.

Remover luvas. Minimizar o risco infecioso

Verificar a eficácia de drenagem Garantir a funcionalidade da

vesical. algália.

Posicionar a pessoa ou assistir a Providenciar conforto.

posicionar-se.

Observar as características da urina. Despistar complicações.

Assegurar a recolha do material. Dar provimento ao material

usado.

Lavar as mãos. Prevenir a transmissão cruzada

de microrganismos.

Efectuar registos: Garantir o registo do

 Data e hora; procedimento e a continuidade

 Características da urina e volume dos cuidados.

drenado;

 Alterações identificadas;

 Educação e ensinos;

 Assinar.

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Lavagem Vesical Contínua

Consiste na lavagem de forma contínua da mucosa que reveste a bexiga.

Tem por objectivo:

 Remover sedimentos, coágulos e urina;

 Fins terapêuticos.

Deve ser realizado:

 Pelo enfermeiro, segundo prescrição médica;

 De acordo com prescrição e/ou necessidade da pessoa.

Orientações quanto à execução:

 Executar a técnica assética;

 Avaliar periodicamente a pessoa a fim de verificar se não existe

obstrução da sona. Verificar existência de dor, distensão abdominal,

desconforto e ausência de líquido drenado;

 Na contabilização da diurese atender à diferença entre o volume total e

o volume de lavagem;

 A troca de saco e sistema de lavagem deve ser efetuada segundo

protocolo do serviço e indicações da comissão e controlo da infecção

Material para higiene:

 Bacia com água morna; Toalha;

 Sabão líquido; Luvas;

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 Toalhete ou manápula descartável; Resguardo

descartável;

 Cloreto de sódio para lavagem;

Tabuleiro com campo esterilizado/kit de algaliarão:

 Campo esterilizado com janela;

 Compressas esterilizadas;

 Luvas esterilizadas;

 Ampola de água destilada;

 Lubrificante hidrossolúvel esterilizado;

 Saco de solução fisiológica 0,9% (3000 mL);

 Sistema de lavagem contínua;

 Suporte de soro;

 Saco de esvaziamento esterilizado/Saco colector de urina esterilizado;

Manutenção do sistema de drenagem

Introduzida a algália, interessa a posterior manter este sistema o mais

asséptico possível e prevenir a entrada de bactérias no sistema genitourinário.

Sabe-se, como visto anteriormente, que as bactérias entram no sistema de

drenagem pelo saco colector, ou pela junção entre este e a algália, atingindo as

bactérias a bexiga poucos dias depois, progredindo ao longo do tubo. Assim,

também foram elaboradas recomendações para a manutenção do sistema de

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drenagem pelo CDC Atlanta, seguindo as mesmas categorizações vistas

anteriormente:

1. Descontaminar as mãos e usar um novo par de luvas limpas antes da

manipulação da algália e lavar as mãos após a remoção das luvas

2. A higiene do meato deve ser efectuada com soro fisiológico a intervalos

apropriados de modo a mantê-lo livre de incrustações e contaminação. Não é

necessário usar anti-sépticos na higiene diária do meato urinário como forma

de prevenir a IU associada à algaliação

3. Os sacos de drenagem devem ser os mais simples e apropriados ao fim em

vista.

Os requisitos mínimos para os sacos de drenagem, são:

• De encerramento seguro e fácil de posicionar;

• Com válvula anti-refluxo;

• Com torneira de despejo (preferencialmente em forma de bisel) o que os

torna mais simples de operar com uma só mão;

• Com tubagem resistente;

• Com sistema de medição fiável da urina (por altura da selecção, é importante

verificar se os níveis correspondem ao assinalado nos sacos pelo fabricante

4. A posição e integridade do sistema devem ser mantidas de modo a ser

compatível com o conforto e mobilidade do doente

24
5. O saco de drenagem deve ser mantido sempre abaixo do nível da bexiga

para manter o fluxo urinário desobstruído e colocado em suporte que previna o

contacto com o chão e a contaminação subsequente da válvula de despejo

6. Despejo do saco de drenagem:

• O saco de drenagem deve ser controlado com regularidade e esvaziado

quando estiver a meio da sua capacidade

• Em cada despejo, deve ser usado um recipiente limpo e individualizado,

evitando o contacto entre a torneira do saco de drenagem e o recipiente de

despejo

• Deve ser evitada a contaminação do sistema e fuga de urina durante o

esvaziamento

• Devem ser usadas luvas limpas e as mesmas devem ser mudadas entre

doentes

• A torneira deve ser limpa com celulose, toalhete ou compressa, após o

despejo para evitar o gotejamento para o chão, da urina residual

7. Não há vantagem em adicionar anti-sépticos ou outras soluções

antimicrobianas aos sacos de drenagem como forma de prevenir a ITU

8. O saco de drenagem não deve ser substituído por rotina mas sim

• Na altura de substituição da algália;

• Quando estiver danificado ou com fugas;

25
• Quando se verificar acumulação de sedimento e/ou coágulos;

• Quando se verificar cheiro desagradável;

• Se houver saída acidental do saco e/ou sistema

9. O banho de chuveiro está indicado para manutenção da higiene pessoal e

limpeza do doente

10. O saco de drenagem deve ser despejado e a torneira fechada antes do

doente entrar no banho. Os doentes algaliados devem tomar banho

acompanhados, porque o saco de drenagem pode ficar obstruído ou preso,

levando à deslocação/remoção da algália. Se ocorrer uma destas situações,

deve substituir-se todo o sistema após o banho. Se não for necessário remover

a algália, substituir apenas o saco, cumprindo os princípios anteriormente

descritos para esta prática.

No manuseamento do sistema de drenagem, por vezes, torna-se necessário a

colheita de urina para exame microbiológico. Para tal, também existem

algumas recomendações a seguir (INSRJ, 2004): A colheita de urina para

exame microbiológico deve ser feita por aspiração no local referenciado do

sistema para o efeito, ou por punção da algália. Deve ser usado material estéril

e técnica asséptica, passando pelos seguintes passos:

• Clampar a algália durante alguns minutos

• Preparar o material necessário

26
• Desinfectar as mãos

• Colocar luvas esterilizadas

• Desinfectar o local de punção com álcool antes da colheita

• Aspirar 5-10 ml de urina, puncionando na parte oposta do canal do balão

com um ângulo de 45º, e colocar em frasco esterilizado devidamente rotulado,

evitando tocar no bocal do frasco

• Retirar a pinça de clampagem e limpar o local de punção após a colheita

• Enviar a amostra de urina para o Laboratório, o mais rápido possível (no

prazo máximo de uma hora). Se isto não for possível, a amostra deve ser

refrigerada a 4ºC para evitar a proliferação das bactérias contaminantes

• É muito importante que a requisição que acompanha a amostra, contenha a

informação referente à presença da algália e antibioterapia que o doente possa

estar a fazer.

Remoção da algália

Também para a remoção da algália foram criadas recomendações pelo CDC

Atlanta, baseadas em vários estudos. Assim:

1 – Deve ser feita o mais cedo possível (assim que deixe de ter indicação

clínica)

2 – O procedimento de remoção da algália, deve obedecer aos seguintes

passos:

27
• Friccionar as mãos com solução anti-séptica alcoólica e calçar luvas limpas

(de procedimento)

• Desinsuflar o balão

• Limpar o meato urinário e a região peri-uretral com soro fisiológico antes de

remover a algália

• Retirar a algália suavemente

• Limpar novamente o meato urinário e a região peri-uretral

• Vigiar a eliminação vesical espontânea e promover o reforço da ingestão

e/ou aporte hídrico

28
Agradecimento

Foi com enorme prazer ter feito o presente trabalho, a respeito sobre o tema

algália, sob a orientação do representante dos enfermeiros da unidade sanitária

de carbomoc Jossefa Joaquim Miquissene, sobre tudo agradeço bastante pelo

trabalho. Tive a oportunidade de intender a Inserção da algália Masculino, por

tanto, As barreiras de protecção usadas devem estar de acordo com as normas

da instituição para protecção contra sangue e fluidos orgânicos; A algália deve

ser seleccionada de acordo com a duração prevista da algaliação e a avaliação

clínica do doente. Na escolha do tipo de algália, é necessário inquirir o doente

e/ou pessoas significativas, acerca de possível alergia ao látex; Se é previsível

uma irrigação contínua ou regular deve ser seleccionada uma algália de três

vias; A algália deve ser inserida com técnica asséptica e equipamento estéril.

E não deixar de agradecer a toda família, amigas que tem, me apoiado

bastante nos meus estudos.

29
Conclusão

Após ter feito leitura relacionado a algália conclui que Num sistema de

drenagem os pontos de maior risco para a introdução de microrganismos são a

união meato-catéter e a união sonda-saco colector. A contaminação pode

também ocorrer no saco colector ocorrendo uma disseminação retrógrada dos

microrganismos até à bexiga. A sondagem vesical não deve ser utilizada como

método rotineiro de recolha de amostras urina, salvo em casos excepcionais.

por tanto São indicações absolutas para a algaliação: Retenção urinária aguda;

Controlo hemodinâmico; Descompressão da bexiga no pré-operatório e

manutenção dessa descompressão durante a cirurgia, principalmente em

cirurgias do abdómen e da região pélvica; Prevenção da distensão no pós-

operatório, quando o doente não é capaz de urinar espontaneamente;

Avaliação do volume residual pós micção eIrrigação vesical Administração de

medicamentos directamente na bexiga.

30
Bibliografia

GONZAGA, Rogério – Regras básicas de investigação clínica. Lisboa:

Instituto Piaget, 1994

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INFECÇÃO HOSPITALAR – Relatório

da direcção sobre as actividades da associação no ano de 2007 [Em linha]

2008 [Consult. 06 Novembro 2008] Disponível em

http://www.apih.pt/relatorio2007.pdf

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