Ferramenta de Gestão de Projetos
Ferramenta de Gestão de Projetos
Ferramenta de Gestão de Projetos
1. Engenheiro de Produção;
2. Universidade Estadual do Amapá (UEAP), Docente do curso de graduação em
Engenheiria de Produção.
RESUMO:
ABSTRACT:
Loking to improve processes, services and add value to the product offered to the end
customer, it is essential to map and control your supply chain, since an effective management
seeks to reduce costs and improve product quality accuracy. This work is a literature review
on project management and supply chain management (SCM), which were used as a research
source: books, articles and monographs by experts in the field. This work presents
relationships between the tools and techniques of project scope management and the concept
of SCM to configure and characterize the supply chain project. He addressed the issues so that
the concepts could be related, creating the basis of production and quality management tools
that can be used when designing an SCM. using the tools listed.
Costa, R.A.C., Paiva, C.S.; Transtorno Desafiador Opositor na Infância Projeto De Supply Chain Aliado A
Ferramentas Da Gestão De Projetos. Revista Portuguesa Interdisciplinar V.2, Nº2, p.01-19, Ago/Dez. 2022. Artigo
recebido em 15/10/2021. Última versão recebida em 11/11/2021. Aprovado em 01/12/2021.
Transtorno Desafiador Opositor na Infância Projeto De Supply Chain Aliado A Ferramentas Da Gestão De
Projetos
1. INTRODUÇÃO
A busca por vantagem competitiva é o foco de grandes indústrias. Para que isso seja
possível, as empresas estão inovando em seu jeito de operar e aumentando o seu know how.
Com isso, discussões sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos têm aumentado
consideravelmente desde a década de 80, quando as empresas começaram a vislumbrar os
benefícios de relações colaborativas dentro e além de suas próprias organizações.
Considerando a necessidade de melhorar processos, serviços e de agregar valor ao
produto que será oferecido ao cliente final, é essencial que toda organização tenha o
mapeamento e controle da sua cadeia de suprimentos, uma vez que um gerenciamento eficaz
fará com que os custos sejam reduzidos e a acurácia em relação à qualidade do produto seja
maior.
Considerando a escassez de conteúdo relacionado à este tema, a criação de um modelo
de referência para elaboração de projetos de Supply Chain é de extrema importância para a
comunidade acadêmica e empresarial, uma vez que auxiliará professores em suas atividades
acadêmicas relacionadas ao tema, alunos no estudo prático do tema e também os gerentes de
suprimentos na aplicação das ferramentas listadas.
Sabendo disso, para fazer o gerenciamento do escopo do projeto é necessária a
utilização de técnicas específicas, que não estão agrupadas numa única relação. Deste modo,
como aplicar as ferramentas de gerenciamento de projetos para estruturar um escopo padrão
de um projeto de Supply Chain?
Este trabalho tem como objetivo geral relacionar as ferramentas necessárias para
configuração do escopo do projeto de Supply Chain, através de revisões bibliográficas. E
como objetivos específicos definir Supply Chain Management e gerenciamento de escopo de
projeto, apresentar as ferramentas de gerenciamento de projeto utilizadas para configurar o
escopo do projeto de Supply Chain e caracterizar um escopo padrão do projeto de Supply
Chain.
Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica sobre gerenciamento de projetos e
Supply Chain Management e o mesmo apresenta a relação entre as ferramentas e técnicas de
gerenciamento de escopo de um projeto para configurar e caracterizar um projeto de cadeia
de suprimentos, assim contribuindo com a literatura existente sobre este assunto.
2. REVISÃO DA LITERATURA:
As empresas buscam pelo diferencial competitivo para seus produtos e serviços, assim
minimizando custos e melhorando a eficiência no atendimento às necessidades do cliente. Um
fator determinante para se obter sucesso em seus objetivos é o Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos (GCS) ou Supply Chain Management (SCM).
Segundo Chopra; Meindl (2016) “uma cadeia de suprimentos consiste em todas as partes
envolvidas, direta e indiretamente, na realização do pedido de um cliente. Ela inclui não apenas
o fabricante e os fornecedores, mas também transportadoras, armazéns, varejistas e até mesmo
os próprios clientes”.
Para Ballou (2006) “a cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais
que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo
convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor”.
Segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2015) relatam que nenhuma operação existe
isoladamente. Todas as operações fazem parte de uma rede maior e interconectada de outras
operações. Essa rede de suprimento não apenas inclui fornecedores e clientes, mas também
fornecedores de fornecedores, clientes de clientes e assim por diante.
Considerando as definições dos autores citados, entende-se que a cadeia de
suprimentos (CS) consiste no fluxo de informações e de materiais que envolvem desde o
fornecedor de matéria-prima até o consumidor do produto final. Tendo em vista esta
perspectiva, pode-se afirmar que o objetivo da cadeia de suprimentos é agregar valor tanto
ao produto final quanto a qualidade das operações, assim consequentemente, adquirindo mais
vantagem competitiva aos envolvidos na cadeia.
detalhada da declaração do escopo é crítica para o sucesso e baseia-se nas entregas principais,
premissas e restrições que são documentadas durante a iniciação do projeto”.
PMBOK (2017) diz que o “gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos
necessários para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho, e apenas o necessário, para que
termine com sucesso. O gerenciamento do escopo do projeto está relacionado principalmente
com definir e controlar o que está e o que não está incluído no projeto”.
O PMBOK (2017) subdivide o escopo do projeto em seis processos, a saber, que são:
planejar o gerenciamento do escopo, coletar os requisitos, definir o escopo, criar a EAP,
validar escopo e controlar o escopo.
O processo de planejamento ocorre quando é feita uma tentativa de capturar e definir o
trabalho que precisa ser feito. Nesta fase são definidas as necessidades do projeto, que é o
primeiro passo para estabelecer uma linha do tempo do projeto, alocar recursos do projeto e
definir metas do projeto, e também são compreendidos os objetivos do projeto.
Para Vargas (2009) coletar os requisitos é o “processo de definir e documentar as
funções e funcionalidades do projeto e do produto necessárias para atender às necessidades e
expectativas das partes interessadas”.
Para Vargas (2009) “definir o escopo é processo de desenvolvimento de uma descrição
detalhada do projeto e do produto. A preparação detalhada da declaração do escopo é crítica
para o sucesso e baseia-se nas entregas principais, premissas e restrições que são documentadas
durante a iniciação do projeto”.
Logo, parte do grupo de processos de planejamento. Após a definição do escopo é
necessário obter um consenso no plano básico e considerar as informações relevantes obtidas
no cliente e do ambiente externo. O desenvolvimento de uma declaração do escopo detalhado
é a base para futuras decisões do projeto (SOTILLE, 2007).
Na montagem da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é essencial para o
desenvolvimento do projeto e da montagem do escopo do mesmo. Paes; Vilga (2016, p. 77)
definem a EAP como “uma representação gráfica dos pacotes e macroatividades do projeto,
que, uma vez pronta, validada e aceita, pode servir de base para a elaboração de um cronograma
detalhado do projeto”.
Segundo Vargas (2009) criar a EAP é o processo de subdivisão das entregas e do
trabalho do projeto em componentes menores e de gerenciamento mais fácil”.
Para Vargas (2009) “verificar o escopo é o processo de formalização da aceitação das
entregas concluídas do projeto. Inclui a revisão das entregas com o cliente ou patrocinador para
assegurar que foram concluídas satisfatoriamente e obter deles a aceitação formal das mesmas”.
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2.2.1 Brainstorming
Brainstorming é uma técnica que pode ser aplicada de diversas formas. Desde o
desenvolvimento de produtos até problemas que possam estar acontecendo na entrega. Nela
cada pessoa sugere alternativas para cada fase, ou etapa, do problema definido, sem que haja
discriminações ou críticas por parte dos outros envolvidos (VARGAS, 2009, p. 190).
Segundo Santo (2015) é uma ferramenta recente para a concepção de liberação da
imaginação, cuja tradução ao pé da letra seria tempestade cerebral. Ele ajuda a potencializar a
criatividade, auxiliando em processos de inovação.
2.2.2 Benchmarking
O método PDCA (Plan – Planejar; Do - Executar, Check - Controlar, Action - Agir) tem
se destacado no ambiente organizacional como um método gerencial para melhoria de
processos e soluções de problemas, sendo a base da melhoria contínua, podendo ser utilizado
em qualquer tipo de organização, seja ela em uma empresa privada, uma organização sem fins
lucrativos ou em um setor público (SILVA, 2017)
Segundo Moraes (2015) o ciclo PDCA é um método amplamente aplicado para o
controle eficaz e confiável das atividades de uma empresa, principalmente aquelas relacionadas
às melhorias, possibilitando a padronização nas informações do controle de qualidade e a menor
probabilidade de erros nas análises ao tornar as informações mais entendíveis. Essa ferramenta
é chamada de ciclo pois é um processo contínuo.
Diante disso, conceitua-se o ciclo PDCA como um processo contínuo e que de ser
verificado periodicamente, uma vez que é um caminho de melhoria a ser seguido para que as
metas estabelecidas sejam atingidas.
Behr (2008, p. 39) definem esta ferramenta como sendo "uma maneira de estruturarmos
o pensamento de uma forma bem organizada e materializada antes de implantarmos alguma
solução no negócio”.
É um quadro utilizado para planejar a implementação de uma solução, sendo o texto
deve ser sempre claro e sucinto, elaborado em resposta às questões What? (O que, qual),
Where? (onde), Who? (quem), Why? (porque, para quê), When? (quando), How? (como) e How
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2.2.5 PERT/CPM
A rede pode ser construída utilizando arcos para representar as atividades e nós para
separar as atividades de suas atividades precedentes, porém utilizar os nós para representar as
atividades existentes e arcos para representar as relações de precedência é mais intuitivo.
2.2.7 Fluxograma
A análise SWOT é uma ferramenta que tem como objetivo avaliar os cenários de uma
determinada situação, avaliando as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades.
palavra SWOT é um acrônimo formado pelas palavras Strenghts (pontos fortes);
Weaknesses (pontos fracos); Opportunities (oportunidades); e Threats (ameaças), que definem
a análise como avaliação das forças e fraquezas, oportunidades e ameaças (MACERON FILHO,
2014).
O projeto de Supply Chain, segundo Martins; Laugeni (2015), para ser configurado é
dividido em quatro etapas, que são:
a) Desenvolvimento da matriz de implantação;
b) Identificação do escopo do projeto;
c) Identificação dos Fatores Críticos de Sucesso;
d) Apresentação do projeto.
Sabendo disso, como este trabalho está voltado apenas para configuração do escopo do
projeto de Supply Chain, aplicar-se-á as ferramentas supracitadas para configurá-lo. A figura 6
mostra em sequência quais ferramentas são utilizadas por etapa.
Partindo desta perspectiva, pode-se configurar o escopo do projeto de Supply Chain a
partir das ferramentas apresentadas.
Apresentação do Projeto
Gráfico de Gantt Simulação de Monte Carlo 5W2H
d) Apresentação do projeto:
Esta etapa é a qual todas as premissas já foram testadas, e estão prontas para ser
apresentadas junto ao termo de entrega do projeto. O gráfico de Gantt é usado para mostrar o
cronograma revisado do projeto, que é necessário na apresentação do projeto. A simulação de
Monte Carlo mostra como irá funcionar o projeto revisado e o 5W2H apresentará todos os
documentos necessários para a implementação do projeto.
Considerando a configuração apresentada com base na metodologia de Martins e
Laugeni (2015), temos a visão que as partes como fornecedores, fábricas, armazéns de centros
de distribuição e varejistas estabelecem uma relação.
Considerando os dados apresentados neste capítulo, pode-se configurar o escopo de um
projeto de Supply Chain utilizando as ferramentas apresentas na ordem em que estão dispostas
para se ter um melhor desempenho do mesmo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi contribuir para a literatura com uma relação de ferramentas
que podem ser utilizadas na estruturação do escopo de um projeto de cadeia de suprimentos.
Durante a pesquisa bibliográfica para a realização deste trabalho foi possível notar que este
tema ainda é pouco explorado pela comunidade acadêmica, uma vez que tem caráter mais
prático do que teórico.
Gestão de projetos ou cadeias de suprimentos? Este trabalho abordou os dois assuntos
de forma que os conceitos pudessem se relacionar criando uma base de ferramentas da gestão
da produção e qualidade que podem ser utilizadas na hora de projetar uma cadeia de
suprimentos.
O projeto da cadeia de suprimentos é muito complexo, aborda desde o sistema logístico,
projeto do produto, tipos de manufatura, canais de distribuição, sistemas de informação, além
dos recursos humanos e insumos necessários. Sabendo disso, este trabalho buscou trazer
conceitos de ferramentas que são utilizadas pela engenharia de produção no gerenciamento de
projetos e gestão da qualidade para auxiliar no projeto de uma Supply Chain.
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Projetos
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