Curso 229238 Aula 07 5121 Completo
Curso 229238 Aula 07 5121 Completo
Curso 229238 Aula 07 5121 Completo
Autor:
Bruno Langoni
02 de Março de 2023
Sumário
2.1.3 Cinemas, teatros e auditórios, clubes recreativos e dos salões de festas ..................... 22
Gabarito ......................................................................................................................................... 60
INTRODUÇÃO
Olá, meu amigo concurseiro (a)!
Como foram na aula anterior? Espero que tenham conseguido compreender adequadamente os
conceitos trabalhados em aula.
Lembrem-se, sempre, de inserir suas dúvidas no fórum, de modo que consigamos esgotar,
sempre, todo conteúdo tratado em aula. Combinado?
.............................................................................................................................
A regra aqui é não deixar nada passar em branco, então não se esqueçam de compartilhar suas
dúvidas.
Portanto, caso surja qualquer dúvida, tanto com relação à exposição do conteúdo teórico ou,
ainda, com relação aos exercícios propostos, conte com a minha ajuda através do Fórum de
Dúvidas.
Caso, ainda, queira ficar por dentro das notícias relativas a concursos em geral, você também me
encontra no Instagram. Lá nós conversamos sobre diversos temas relacionados à preparação, de
uma forma geral, e ainda compartilho diversas questões comentadas da disciplina Legislação
Tributária Municipal.
.............................................................................................................................
Conforme previsto em nosso cronograma, hoje estudaremos as Taxas, conforme disciplina da Lei
Complementar 015/09.
Antes de começarmos o estudo da legislação específica, analisaremos, assim como fizemos com
os demais tributos, as disposições da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional.
Vale destacar que os tópicos que hoje estudaremos são mais "decorebas", motivo pelo qual a
leitura da lei seca, que se encontra ao final desta aula, é extremamente recomendável.
Ao final da aula trabalharemos questões acerca do conteúdo estudado, para nos acostumarmos
ao padrão de cobrança das provas de Legislação Tributária Municipal.
As taxas são tributos de competência comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Poderão as taxas ser criadas desde que existem uma das duas hipóteses previstas no artigo 145,
II, da Constituição Federal:
(...)
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia , ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos
que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Com base no que aprendemos em Direito Tributário, precisamos nos lembrar de que as taxas são
tributos vinculados, no sentido de que seu fato gerador sempre estará relacionado a uma atividade
estatal prestada ao contribuinte. Daí sua completa dissociação dos impostos, cujo fato gerador
independente de qualquer atividade prestada pelo Estado ao contribuinte.
As taxas visam satisfazer o custo dos serviços a ela relacionados, inobstante o produto de sua
arrecadação não seja vinculado.
Não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto,
Não pode ser calculada em função do capital das empresas.
Com relação à primeira asserção, é importante que nos lembremos de Súmula que vimos quando
do estudo do IPTU, que dispõe:
No que tange à segunda asserção, de que as taxas não podem ser calculadas em função do capital
das empresas, observa-se que essa é uma consequência direta da diferença entre as naturezas
tributárias dos dois tributos, eis que as taxas deverão se vincular a uma atividade estatal relativa
ao contribuinte, ao passo que os impostos não guardam qualquer relação com contraprestações
estatais. Uma taxa que fosse calculada em função, exclusivamente, do capital das empresas, se
afastaria do seu próprio conceito de taxa.
Alguns requisitos para a instituição das taxas de polícia são muito importantes. Vejamos as
disposições do Código Tributário Nacional relacionados:
Portanto, de acordo com o artigo 78, poder de polícia é a atividade da administração pública que
regula e fiscaliza o desempenho de certas atividades pelos particulares, tendo em vista razões de
interesse público. Com base nesse poder, poderá a administração limitar ou disciplinar direito,
interesse ou liberdade, relacionadas às atividades desempenhadas pelos particulares, de modo a
buscar o interesse da coletividade, que deve prevalecer frente a interesses individuais.
É, ainda, considerado regular o poder de polícia quando desempenhado nos limites da lei, pelo
órgão competente, abuso ou desvio de poder.
Com relação à cobrança de taxas de polícia, entendem doutrina e jurisprudência que, quando se
refere ao desempenho pelo "órgão competente", é suficiente que haja estrutura administrativa
organizada e em efetivo funcionamento, não sendo necessário que, para que se cobre a taxa,
todos os contribuintes sejam efetivamente fiscalizados. Em âmbito municipal, algumas taxas no
exercício do poder de polícia são usualmente cobradas:
Os serviços públicos que podem ser objeto de taxas de serviços dividem-se em: específicos e
divisíveis. É comum que as provas costumem cobrar os conceitos de cada um deles. Vejamos,
então:
As taxas poderão ser cobradas em razão de serviços utilizados efetiva ou potencialmente pelos
contribuintes.
No caso dos serviços utilizados efetivamente pelo contribuinte, não há margens para dúvidas:
utilizou o serviço, será devida a taxa.
Um bom exemplo é a taxa de coleta de lixo domiciliar que, dada sua importância, costuma ser
classificado como de utilização compulsória . Nesse caso, ainda que o contribuinte não usufrua
efetivamente do serviço, dele será cobrada a taxa de lixo, desde que o serviço esteja em efetivo
funcionamento e seja colocado a sua disposição.
Entende o STF que a coleta de lixo domiciliar é atividade dotada de especificade e divisibilidade,
requisitos essenciais à instituição de toda sorte de taxa de serviço.
Para a Corte Suprema, a atividade de coleta domiciliar de lixo que pode dar ensejo à cobrança da
taxa não se confunde com a atividade de limpeza realizada em benefício da população em geral
(uti universi) e de forma indivisível, tais como a de limpeza de logradouros e bens públicos.
Vale destacar, também, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria
de impostos para a instituição da taxa de coleta domiciliar de lixo, que o STF admite a
constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos
elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto , desde que não
se verifique identidade integral entre uma base e a outra.
Por fim, é importante destacar os conceitos de serviços uti singuli e uti universi:
Para remunerar os serviços de iluminação pública deve ser instituída a COSIP - Contribuição para
o Custeio do Serviço de Iluminação Pública, conforme prevê o art. 149-A da Constituição Federal.
Comentários:
Logo, incorre em erro a assertiva ao limitar a instituição de taxas aos serviços efetivamente
utilizados pelos contribuintes.
Gabarito: errado
(Instituto AOCP - Auditor Fiscal de Tributos Municipais - Pref. Betim - 2020) Segundo o
Código Tributário, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Nesse sentido,
assinale a alternativa incorreta.
A) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.
D) A taxa é uma remuneração devida por um serviço público, de sujeição alternativa, que se
estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público, quase sempre
representado por uma concessionária ou permissionária.
Comentários:
B) Correto. É o que dispõe expressamente o artigo 78, parágrafo único, do Código Tributário
Nacional.
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C) Correto. De acordo com o artigo 79, II, a divisibilidade relaciona-se ao fato de ser possível de
utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
D) Incorreto. O conceito trazido pela alternativa relaciona-se ao preço público (ou tarifa)
submetido à regime contratual, e não de Direito Público. Dada o regime contratual, é necessário
que haja expressa manifestação de vontade para a formação da relação.
Gabarito: D
A seguir, veremos os principais pontos acerca das taxas previstas na Lei Complementar 015/09.
Importante salientar que o estudo dos tópicos a seguir não dispensa a leitura atenta da lei seca,
indispensável em tópicos em que a literalidade é mais exigida.
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Como método alternativo de estudo, o presente tópico será abordado através de esquemas,
resumos e comentários pontuais, quando estes se mostrarem necessários para a adequada
compreensão do tópico.
Entendo ser essa a melhor forma de trabalharmos o assunto "Taxas", tendo em vista a pouca
tecnicidade do assunto. Dito de outro modo, é assunto em que se exige, principalmente, a
memorização do texto legal.
Dito isso, é indispensável que, de forma concomitante ao estudo dos tópicos reproduzidos em
aula, seja realizada, também, leitura atenta do texto "seco" da lei , que se encontra ao final desta
aula.
Para aquecer os motores, vejamos, para os fins de incidência das taxas, como a LC 015/09
conceitua poder de polícia:
Conceito de poder de
polícia
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Destacou ainda o legislador que a incidência e o lançamento das taxas em razão do poder de
polícia municipal:
TAXAS
1) Taxa de Licença para Localização e Funcionamento
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Feita essa breve introdução, comecemos o nosso estudo pela Taxa de Licença Para Localização e
Funcionamento de Estabelecimentos Comerciais, Industriais, Prestadores de Serviços e Similares
da Licença para Localização e Funcionamento.
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II – Na renovação anual da
relativa aos estabelecimentos em funcionamento
licença:
Destaque-se que a licença para localização, instalação inicial ou renovação , será concedida
mediante despacho, expedindo-se o alvará respectivo.
1) A licença será válida somente para o exercício em que for concedida ou renovada .
3) Nenhum estabelecimento poderá prosseguir nas suas atividades sem estar de posse do
Alvará de Licença , após decorrido o prazo para pagamento da taxa de renovação
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1) Para fins de comprovação tanto da data do início, quanto do fim das atividades das
atividades, deverá a fiscalização efetuar as diligências necessárias para tal, sendo
insuficiente apenas a apresentação de qualquer documento que venha a comprovar a
inatividade,
2) A concessão da baixa ficará condicionada ao recolhimento da taxa , que será cobrada de
forma proporcional ao número de meses em que o estabelecimento esteve em
funcionamento naquele exercício, sem prejuízo do pagamento dos tributos devidos em
exercícios anteriores,
3) A data da baixa da inscrição, em caso de falecimento de contribuinte pessoa física, será a
do óbito, inclusive para fins de cobrança da taxa ,
4) No caso de transferência ou sucessão de firma , os tributos vencidos e vincendos serão de
responsabilidade do adquirente ou sucessor .
Cabe ressaltar que a dispensa de tributos municipais não implica na dispensa da licença ora em
análise.
Uma vez concedida a licença, será expedido, em favor do interessado, o respectivo alvará.
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Frise-se que o fato de já ter funcionado no mesmo local , estabelecimento igual ou semelhante,
não cria direito para a altura de estabelecimento similar.
Agora, apresentemos alguns requisitos especiais, que demandam certa dose de memorização:
2) A licença para a localização e funcionamento deve ser precedida de inspeção local, com
a constatação de estarem satisfeitas todas as exigências legais
Observação inclui-se nessa previsão o parecer favorável pelo Corpo de Bombeiros Militar de
Pernambuco, nas hipóteses previstas no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o
Estado de Pernambuco e demais normas complementares.
4) Poderá ser aberto processo especial de licenciamento , com concessão de alvará
provisório, desde que após protocolado o pedido da licença, haja pendências apenas
documentais ou de procedimentos, e que os órgãos com atribuições legais em relação a
fiscalização não declarem impedimento ao funcionamento
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5) O alvará provisório terá prazo de validade de 30 a 180 dias , podendo ser prorrogado,
pela autoridade fiscalizadora, comprovada a efetiva necessidade
Cassada ou suspensa à licença, o estabelecimento será imediatamente interditado até que sejam
sanadas as irregularidades. Veículos serão imediatamente descredenciados
Será interditado todo estabelecimento que exercer atividades sem a licença , expedida em
conformidade com o que preceitua este Código.
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Será apreendido todo veículo que exercer atividades com características de transporte
público de passageiros sem a devida licença , até regularização dos procedimentos fiscais
pertinentes.
Aspectos conceituais :
para os efeitos desta lei, o exercício de venda
de porta em porta ou de maneira móvel, nos
Considera-se comércio ou serviço
logradouros públicos ou em locais de acesso
ambulante:
ao público, sem direito a permanência
definitiva
para os efeitos desta lei, o exercício de vendas
com apoio para mercadorias, em locais
Considera-se comércio eventual: predeterminados e autorizados pelo órgão
de Planejamento Municipal e de fácil acesso ao
público
Ainda, prescreve o art. 360 que o vendedor que usa veículos ou equipamentos, deverá atender
ainda às normas de controle sonoro da SUDEMA ou do órgão Ambiental Municipal, quando for
o caso.
Frise-se, também, que o profissional ambulante, inclusive aquele com autorização para
estacionamento de veículo ou outro equipamento temporário em logradouros públicos, será
responsável pela manutenção e limpeza do seu ponto ou em torno da área do logradouro , e
pelo acondicionamento do lixo e detritos.
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Vejamos agora, nos termos do art. 362, algumas hipóteses que são proibidas ao profissional
ambulante e eventual, sob pena de apreensão do material:
3) ceder a outro a sua placa, a sua licença, bem como o equipamento ou veículo utilizado
no exercício de sua atividade, ressalvados os casos fortuitos plenamente justificados
4) usar placa, licença, equipamento ou veículo alheio para o exercício desta atividade,
sem que esteja devidamente autorizado por quem de direito
5)
negociar com ramo de atividade não licenciado
6)
estacionar em rótulas, ilhas, áreas ajardinadas, arborizadas ou gramadas
A renovação anual das licenças estabelecidas neste Código será efetuada pela Secretaria da
Fazenda e o alvará expedido após parecer satisfatório dos demais órgãos com competência legal
para controle da atividade.
Por derradeiro, prescreve a LC 015/09 ser proibido ao comércio ambulante e eventual, venda de
armas e munições, substâncias inflamáveis ou explosivos , carvão e, os artigos que ofereçam
perigo a saúde ou segurança pública.
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2) pavilhões e feiras
Ademais, deixou assente a lei municipal que a licença para localização será concedida após
atendimento às seguintes exigências adicionais:
Destaque-se que o não cumprimento das exigências acima importará na imediata suspensão
da licença concedida.
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A autorização e aprovação das normas acima, inclusive as de segurança expedidas pelos órgãos
competentes, serão afixadas em local visível ao público .
As instalações de circos, teatros de arena, parques de diversões e similares, pavilhões e feiras, não
poderão ser alteradas ou acrescidas de novos mecanismos ou aparelhos, sem a prévia
autorização do Órgão competente, da CELPE e do CREA (vale ressaltar que os mecanismos e
aparelhos só poderão iniciar seu funcionamento após vistoria.
Ainda, os cinemas, teatros, auditórios, clubes recreativos e salões de festas, só poderão funcionar
mediante a licença do órgão competente da Prefeitura Municipal.
Por derradeiro, deixou assente o art. 370 que os clubes recreativos e os salões de festas deverão
ser organizados e equipados de modo que sua vizinhança fique preservada de ruído ou incômodo
de qualquer natureza.
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Destacou o art. 373 da LC 015/09 que somente será permitido o armazenamento e comércio de
substâncias inflamáveis ou explosivos quando, além da licença para a localização e o
funcionamento, o interessado atender as exigências legais quanto a zona permitida, a
edificação e a segurança , sem prejuízo da observância das normas pertinentes apontadas por
outras esferas de governo.
Nesse passo, não será permitido depositar ou conservar nos logradouros públicos, mesmo que
temporariamente, inflamáveis ou explosivos , sob pena de os infratores terem os materiais
apreendidos, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades.
Por derradeiro, prescreveu o art. 377 que nos postos de serviços, dentre os quais se incluem os
lavajatos e de abastecimento de combustíveis, os serviços de lavagem e lubrificação de veículos
só poderão ser realizados em recintos apropriados, devendo ser dotados de drenagem adequada,
impedindo a acumulação de água, resíduos e detritos no solo, bem como o seu escoamento para
logradouro público ou para a rede de drenagem das águas pluviais.
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Após a devida tramitação, a autoridade Municipal competente, ou quem dela receber delegação
de competência, emitirá a devida Licença, que deverá conter o prazo, a data de exploração e o
número da Licença.
3) Será interditada toda atividade de exploração mineral referida neste Capítulo, embora
licenciada, desde que posteriormente se verifique que a exploração não se efetue
conforme o estabelecido na licença ambiental expedida, e portanto esteja acarretando
danos ambientais e paisagísticos irrecuperáveis.
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Solidariedade Tributária: por terem interesse comum na situação que constitui o fato
gerador da Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento de
Estabelecimento – TLF – ou por estarem expressamente designados, são pessoalmente
solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas:
I. titulares da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel onde está
localizado, instalado e funcionando o estabelecimento
II. responsáveis pela locação do bem imóvel onde está localizado, instalado e
funcionando o estabelecimento
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Por fim, prescreve o art. 390 que será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:
Destaque-se que no caso de ciência efetuada por meio de documento de arrecadação municipal
prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo lançamento
Vejamos, ainda, nos termos da Lei Municipal 015/09, algumas situações isentas do pagamento da
TLF:
Isenções:
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Lançamento: vejamos abaixo de que forma ocorrerá o lançamento da Taxa de Fiscalização para
Execução de Obras, Remanejamento e Parcelamento:
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Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens, a autoridade Ainda,
destaquem-se os seguintes aspectos:
Por fim, prescreve o art. 405 que será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:
Destaque-se que no caso de ciência efetuada por meio de documento de arrecadação municipal
prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo lançamento
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Bem, chegamos ao final de mais uma aula. Espero que tenham gostado e conseguido
compreender as explanações teóricas realizadas.
Na próxima aula concluiremos o estudo das taxa no Município de Caruaru e, também, realizaremos
algumas questões inéditas sobre os temas abordados.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Instituto AOCP - Perito Oficial Criminal - PC-ES - 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.
A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.
B) A taxa é a modalidade de tributo contraprestacional, que depende sempre de uma ação estatal.
E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.
Comentários:
B) Correto. Essa é a definição clássica da taxa, que pode se dividir em: taxa de polícia e taxa de
serviços
C) Incorreto. Nos termos do artigo 5º do CTN, "tributos são impostos, taxas e contribuições de
melhoria
Gabarito: B
Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.
Comentários:
Incorre em erro a assertiva eis que a disposição constitucional se limita a dispor que as taxas não
podem ter base de cálculo própria de impostos.
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Art. 145
(...)
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
É a jurisprudência do STF, através da Súmula Vinculante 29, que traça os contornos precisos do
que vem a ser "própria de impostos"
Gabarito: errado
3. (VUNESP - Analista - Pref. Itapevi - 2019) No que se refere às taxas cobradas pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se
A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.
B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.
C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Comentários:
C) Incorreto. Pegadinha clássica das bancas. Serviços ESpecíficos são aqueles que podem ser
dEStacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas.
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D) Incorreto. Serviços divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários.
E) Incorreto. Confusão da banca, que tentou definir os serviços utilizados potencialmente pelos
usuários.
Gabarito: A
4. (VUNESP - Auditor Fiscal Pref. Francisco Morato - 2019) A respeito das taxas, assinale a
alternativa correta.
A) A cobrança de taxa de polícia somente pode ocorrer caso haja efetivo exercício do poder de
polícia, sendo suficiente para tal fim a comprovação de que existe órgão de fiscalização e que seja
integrado por servidores para o exercício da atividade.
C) A taxa de serviços somente pode ser cobrada caso haja o uso efetivo de utilidade que se
caracterize pela divisibilidade e especificidade.
D) A taxa possui por característica a não vinculação, de modo que a base de cálculo pode ser
constituída por uma atividade econômica sem vínculo com a atividade estatal.
Comentários:
D) Incorreto. As taxas devem guardar correspondência entre o fato gerador e a atuação estatal
específica em relação ao contribuinte.
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E) Incorreto. São as legislações locais que, de acordo com os serviços que vierem a prestar, que
deverão instituir as taxas. Há no texto constitucional mera previsão de competência comum desse
tributo.
Gabarito: A
5. (VUNESP - Fiscal Tributário - Pref. Osasco - 2019) Com relação às taxas, é correto afirmar
que
Comentários:
A) Incorreto. São os impostos que, sempre que possível, terão caráter pessoal.
B) Correto. É a dicção literal do Art. 145, § 2º, da Constituição Federal. Lembrando que, de acordo
com a SV 29 do STF, há possibilidade de um ou mais elementos serem comuns à base de cálculo
de impostos, desde que não haja completa identidade.
C) Incorreto. São os impostos que, sempre que possível, deverão ser graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte
E) Incorreto. As taxas são tributos cujos fatos geradores estão diretamente vinculados à atuação
estatal específica.
Gabarito: B
O serviço público de coleta domiciliar de lixo pode ser financiado pela cobrança de taxa.
Comentários:
35
A Constituição Federal, em seu artigo 145, II, outorga a todos os entes políticos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) a competência pela instituição de taxas pela prestação de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
É importante destacar, também, que a instituição das taxas de serviços deverão se restringir à
competência administrativa atribuída a cada um dos entes.
Analisando a questão relativa à instituição da taxa de serviço público de coleta domiciliar de lixo,
o STF editou a Súmula Vinculante 19, que assim estabelece:
“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento
ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o art. 145, II, da CF”.
Portanto, entendeu o STF que a coleta de lixo domiciliar é atividade dotada de especificade e
divisibilidade, requisitos essenciais à instituição de toda sorte de taxa de serviço.
Entendeu a Corte Suprema que a atividade de coleta domiciliar de lixo que dá ensejo à cobrança
da taxa não se confunde com a atividade de limpeza realizada em benefício da população em
geral (uti universi) e de forma indivisível, tais como a de limpeza de logradouros e bens públicos.
Vale destacar, também, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria
de impostos para a instituição da taxa de coleta domiciliar de lixo, que o STF admite a
constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos
elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se
verifique identidade integral entre uma base e a outra.
Gabarito: certo
Comentários
A Constituição Federal, em seu artigo 145, II, outorga aos entes políticos a competência pela
instituição das seguintes espécies de taxas:
1. Taxas de polícia
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2. Taxas de serviço
Nesse passo, cabe-nos perquerir acerca da constitucionalidade de eventual taxa instituída em face
de serviço público de combate a incêndios, prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
Apreciando o tema em sede de repercussão geral (RE 643247/SP), o STF fixou o seguinte
entendimento:
Frise-se que, quando do julgamento da ADI 2908, decidiu o STF ser inconstitucional, também,
taxa de incêndio instituída por Estado-membro.
Gabarito: errado
8. (Instituto AOCP – Auditor Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Betim – 2020) Segundo o
Código Tributário, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Nesse sentido, assinale a alternativa incorreta.
A) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.
D) A taxa é uma remuneração devida por um serviço público, de sujeição alternativa, que se
estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público, quase sempre
representado por uma concessionária ou permissionária.
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Comentários:
A) Correto, a alternativa reproduz, de forma literal, o artigo 77, parágrafo único, do CTN, que
prescreve:
Art. 77, parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
A respeito da temática, vale destacar o SV 29, que determina ser constitucional “a adoção, no
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.”
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interEsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de intEresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqUilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
C) Correto, nos termos do artigo 79, III do CTN, os serviços públicos consideram-se divisíveis
quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
D) Incorreto, sendo o nosso gabarito. O conceito abordado pela alternativa é o de tarifa, que não
se confunde com a espécie tributária “taxa”.
A tarifa (ou preço público), diferentemente da taxa, deriva de uma relação contratual em que a
obrigação relacionada ao serviço decorre de vontade das partes (é a “sujeição alternativa”
aventada pela alternativa).
Gabarito: alternativa D
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A) O serviço descrito não pode ser remunerado mediante taxa, por não se tratar de serviço
específico e divisível, tampouco de exercício de poder de polícia administrativa.
B) Essa lei não viola a legalidade tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo que poderia
ser cobrado pelo Município, ela possibilita a ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em
proporção razoável aos custos da atuação estatal.
C) Apenas os critérios material e subjetivo da regra matriz de incidência das taxas precisam figurar
em lei.
D) O Município não detém competência para exercer o serviço mencionado, logo, a taxa em
comento é inconstitucional.
E) A base de cálculo do referido tributo não pode contemplar elemento(s) da base de cálculo
própria de determinado imposto.
Comentários:
A questão se pauta em decisão do STF, em sede de repercussão geral, a respeito da Lei 6.994/82,
que estabelece limites máximos para a cobrança da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)
e atribui ao Conselho Profissinal a fixação do valor exato da taxa.
“Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo
infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse
que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior
aos índices de correção monetária legalmente previstos. (RE 838284/SC)”
Portanto, de acordo com o que entende o STF, a lei instituidora da taxa de licenciamento para
localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais não viola o princípio da legalidade
tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo que poderia ser cobrado pelo Município,
possibilita a ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável aos custos da
atuação estatal.
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Gabarito: alternativa B
10. (Vunesp – Auditor de Controle Interno – Pref. Morro Agudo – 2020) A respeito da base de
cálculo de taxas, assinale a alternativa correta.
A) A taxa de serviço de iluminação pública pode ter como base de cálculo a metragem do imóvel
urbano.
B) É possível instituir taxa pela matrícula em universidades públicas e em escolas da rede pública,
desde que a base de cálculo seja proporcional ao valor do serviço prestado.
C) É possível adotar, no cálculo do valor de taxa, um ou mais elementos da base de cálculo própria
de impostos, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
D) É possível reduzir base de cálculo de taxa em razão do exercício do poder de polícia por ato
administrativo normativo de caráter concreto e específico.
E) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta de resíduos sólidos
deve ter base de cálculo diferenciada em relação à localização e metragem do imóvel.
Comentários:
Dessa forma, não há que se falar, como aventado pela alternativa, em “taxa de serviço de
iluminação pública”, já que ausente o atributo da divisibilidade (impossibilidade de se mensurar a
utilização do serviço por parte de cada contribuinte).
SV 12: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206,
inciso IV, da Constituição Federal.
40
É o caso, por exemplo, dos cursos de pós-graduação (especialização) ministrados por entidades
públicas, que poderão ser custeados por recursos privados.
A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança por universidades públicas
de mensalidade em cursos de especialização.
STF. RE 597854/GO
Dessa forma, é constitucional a lei municipal que institua taxa de coleta domiciliar de lixo e adote,
como parâmetro para seu cálculo, o tamanho do imóvel que será objeto da tributação.
Entendeu o STF que é possível presumir que imóveis maiores produzem mais lixo e que, sendo a
área do imóvel apenas um dos elementos para se chegar ao valor venal do imóvel (base de cálculo
do IPTU), não há identidade integral entre a base de cálculo da taxa e do IPTU.
Nesse passo, o dispositivo em comento deve ser interpretado de forma ampla, já que, tendo em
conta a indisponibilidade do patrimônio público, a redução de base de cálculo de taxa somente
poderá ser feita por meio de lei específica (artigo 150, § 6º da Constituição Federal.
O que se veda, portanto, é a identidade integral de todos os elementos que compõem a base de
cálculo.
Gabarito: alternativa C
11. (FAUEL – Advogado – Câmara Municipal Apucarana – 2020) A respeito das taxas, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
41
Comentários:
Analisemos cada uma das alternativas, buscando aquela que esteja em consonância com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
A) Incorreto, já que a própria Constituição Federal, no artigo 145, § 2º, determina que as taxas
não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
C) Incorreto, no julgamento do mesmo RE acima transcrito, prescreveu a Corte Suprema que à luz
da jurisprudência do STF, a existência do órgão administrativo não é condição para o
reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização ,
mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia,
exigido constitucionalmente.
Gabarito: alternativa D
12. (IDIB – Técnico de Dívida Ativa e Benefícios Fiscais – Pref. Jaguaribe – 2020) A respeito
das taxas, assinale a alternativa correta.
A) Taxa é um tributo que é devido, assim como os impostos, toda vez que o contribuinte utiliza
atividades estatais relacionadas ao serviço público.
Comentários:
A) Incorreto! A alternativa possui dois erros. O primeiro deles se refere ao fato de que as taxas,
diferentemente dos impostos, são tributos cuja exigência pressupõe uma atuação administrativa
do Estado diretamente relacionada ao contribuinte.
O segundo erro da alternativa encontra amparo no artigo 145, II da Constituição Federal, que
possibilita aos entes políticos a instituição de taxas em decorrência da utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível , prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição e, também, do exercício regular do poder de polícia .
Frise-se que não se admite a cobrança de taxa pela prestação de serviços que a própria CF
estabelece dever de gratuidade, a exemplo da taxa de matrícula em universidades públicas.
B) Incorreto! Nos termos do que estabelece o artigo 145, II da CF/88, todos os entes federados
gozam de competência para instituir taxas em decorrência do exercício regular do poder de polícia
ou da prestação de serviços que estejam inseridos em sua competência administrativa.
As receitas decorrentes das taxas, como regra, não são vinculadas. Isto é, diferentemente dos
impostos, em que há vedação expressa à vinculação do produto de sua arrecadação, as taxas
podem ou não ter sua receita afeta à determinada despesa.
É o caso, por exemplo, das custas e emolumentos (espécies de taxas), que, de acordo com o artigo
98, § 2º da CF/88, serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça.
D) Correto, é o nosso gabarito! Prescreve o artigo 77, parágrafo único do CTN que “a taxa não
pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas”.
Gabarito: alternativa D
43
13. IBADE – Advogado – Pref. Santa Luzia D’Oeste – 2020) Assinale a alternativa que apresenta
o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição:
A) tarifa pública.
B) contribuição de melhoria.
C) empréstimo compulsório.
D) imposto.
E) taxa.
Comentários:
A questão versa sobre as taxas, que nos termos do artigo 145, II da Constituição Federal, são
devidas “em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”.
Gabarito: alternativa E
14. (Instituto AOCP – Perito Oficial Criminal – PC/ES – 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.
A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.
B) A taxa é a modalidade de tributo contra prestacional, que depende sempre de uma ação estatal.
E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.
Comentários:
A) Incorreto! De fato, a taxa é um tributo vinculado, já que sua incidência pressupõe uma atividade
estatal prévia relacionada ao contribuinte.
44
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
B) Correto, é o nosso gabarito!
A taxa é uma espécie tributária que tem fato gerador uma atividade estatal, sendo, portanto, um
tributo vinculado.
As atividades estatais que poderão dar ensejo à incidência das taxas são: o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
C) Incorreto! A taxas é sim uma espécie tributária, conforme prevê o artigo 5º do CTN:
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos
compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
E) Incorreto! São os impostos que, tributando as manifestações de riqueza (fatos do contribuinte),
têm sua incidência desvinculada de qualquer atividade estatal relacionada ao contribuinte.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Gabarito: alternativa B
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15. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.
Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.
Comentários:
Incorreto, pessoal!
O artigo 77, parágrafo único do CTN estabelece que “a taxa não pode ter base de cálculo ou
fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do
capital das empresas.”
A respeito da base de cálculo das taxas, precisamos nos lembrar do entendimento do STF,
consignado na Súmula Vinculante 29:
Dessa forma, é constitucional, por exemplo, a lei municipal que, ao instituir taxa de coleta
domiciliar de lixo, adote como parâmetro para seu cálculo o tamanho do imóvel que será objeto
da tributação.
Entendeu o STF que é possível presumir que imóveis maiores produzem mais lixo e que, sendo a
área do imóvel apenas um dos elementos para se chegar ao valor venal do imóvel (base de cálculo
do IPTU), não há identidade integral entre a base de cálculo da taxa e do IPTU.
A questão em tela meramente trocou o “desde que não haja integral identidade entre uma base
e outra” pelo trecho “desde que ambos não tenham vigência concomitante”, tentando induzir o
candidato a erro.
Gabarito: errado
16. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.
As pessoas jurídicas que integram a administração pública indireta do Estado não têm legitimidade
para criar taxas de serviços públicos postos à disposição dos contribuintes.
Comentários:
46
As taxas são espécies tributárias que possuem competência tributária comum, isto é, todos os
entes federados são competentes para instituir taxas:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Dessa forma, perceba que a questão está correta, já que apenas os entes políticos possuem
competência para instituir (criar) as taxas (e quaisquer outros tributos).
Dentre elas, apenas o atributo relacionado à instituição de tributos revela-se indelegável, sendo
as demais delegáveis (inserindo-se no conceito de capacidade tributária).
Assim, as pessoas jurídicas que integram a administração pública indireta do Estado não gozam
de competência tributária (em sentido estrito) para instituir tributos, podendo, no entanto, receber
a capacidade tributária ativa para arrecadar, fiscalizar e executar leis, serviços e atos relacionados
aos tributos objeto da delegação.
Gabarito: certo
17. (Unifil – Advogado – Câmara Municipal Ourizona – 2019) Conforme disposto na Lei nº
5.172, de 25 de Outubro de 1966 - Taxas, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
I. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título.
II. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
III. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas.
IV. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Comentários:
A questão versa sobre os principais elementos concernentes às taxas de serviço, quais sejam:
Nesse passo, tendo como parâmetro o artigo 79 do CTN, analisemos cada uma das assertivas:
I. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título.
II. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
48
III. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas.
IV. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Gabarito: alternativa C
18. (Vunesp – Analista Jurídico – Pref. Itapevi – 2019) No que se refere às taxas cobradas pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se
A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.
B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.
C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Comentários:
A taxa é espécie tributária de competência comum a todos os entes federados (artigo 145, II da
CF/88), estando sempre relacionada a um “fazer estatal”, ou seja, somente podendo ser exigida
em função:
Vale destacar, também, que os serviços públicos que poderão dar ensejo às taxas poderão ser
efetivamente utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título (artigo 79,
I, a do CTN) ou, quando definidos por lei como de utilização compulsória, quando posto à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento (artigo 79, I, b do CTN).
Os serviços de utilização compulsória (assim definidos em lei) poderão dar ensejo à cobrança de
taxas ainda que apenas postos à disposição dos contribuintes, o que torna incorreta a alternativa
B.
2. Serviços divisíveis: quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.
Gabarito: alternativa A
50
19. (FUNDEP – Procurador da Fazenda – Pref. Lagoa Santa – 2019) Considere o caso hipotético
a seguir.
A) Os templos de qualquer culto são imunes, portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo
município B.
B) A taxa é inconstitucional, uma vez que o município B não é competente para a instituição de
taxas de poder de polícia.
Comentários:
Dessa forma, para iniciarmos nossa análise, devemos nos recordar do artigo 150, VI, b, da
Constituição Federal, que assim estabelece:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
(...)
b) templos de qualquer culto;
Da análise do dispositivo acima, podemos pugnar pela constitucionalidade do lançamento, já que
os templos de qualquer culto são imunes apenas aos impostos.
51
Com relação à alternativa D, que diz a taxa não atender a especificidade e divisibilidade, vale
destacar que tais atributos são necessários para legitimar, exclusivamente, as taxas de serviço, não
se relacionando com as taxas cobradas em razão do poder de polícia.
Gabarito: alternativa C
52
LISTA DE QUESTÕES
1. (Instituto AOCP - Perito Oficial Criminal - PC-ES - 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.
A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.
B) A taxa é a modalidade de tributo contraprestacional, que depende sempre de uma ação estatal.
E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.
Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.
3. (VUNESP - Analista - Pref. Itapevi - 2019) No que se refere às taxas cobradas pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se
A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.
B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.
C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
53
4. (VUNESP - Auditor Fiscal Pref. Francisco Morato - 2019) A respeito das taxas, assinale a
alternativa correta.
A) A cobrança de taxa de polícia somente pode ocorrer caso haja efetivo exercício do poder de
polícia, sendo suficiente para tal fim a comprovação de que existe órgão de fiscalização e que seja
integrado por servidores para o exercício da atividade.
C) A taxa de serviços somente pode ser cobrada caso haja o uso efetivo de utilidade que se
caracterize pela divisibilidade e especificidade.
D) A taxa possui por característica a não vinculação, de modo que a base de cálculo pode ser
constituída por uma atividade econômica sem vínculo com a atividade estatal.
5. (VUNESP - Fiscal Tributário - Pref. Osasco - 2019) Com relação às taxas, é correto afirmar
que
O serviço público de coleta domiciliar de lixo pode ser financiado pela cobrança de taxa.
54
8. (Instituto AOCP – Auditor Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Betim – 2020) Segundo o
Código Tributário, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Nesse sentido, assinale a alternativa incorreta.
A) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.
D) A taxa é uma remuneração devida por um serviço público, de sujeição alternativa, que se
estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público, quase sempre
representado por uma concessionária ou permissionária.
A) O serviço descrito não pode ser remunerado mediante taxa, por não se tratar de serviço
específico e divisível, tampouco de exercício de poder de polícia administrativa.
B) Essa lei não viola a legalidade tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo que poderia
ser cobrado pelo Município, ela possibilita a ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em
proporção razoável aos custos da atuação estatal.
55
C) Apenas os critérios material e subjetivo da regra matriz de incidência das taxas precisam figurar
em lei.
D) O Município não detém competência para exercer o serviço mencionado, logo, a taxa em
comento é inconstitucional.
E) A base de cálculo do referido tributo não pode contemplar elemento(s) da base de cálculo
própria de determinado imposto.
10. (Vunesp – Auditor de Controle Interno – Pref. Morro Agudo – 2020) A respeito da base de
cálculo de taxas, assinale a alternativa correta.
A) A taxa de serviço de iluminação pública pode ter como base de cálculo a metragem do imóvel
urbano.
B) É possível instituir taxa pela matrícula em universidades públicas e em escolas da rede pública,
desde que a base de cálculo seja proporcional ao valor do serviço prestado.
C) É possível adotar, no cálculo do valor de taxa, um ou mais elementos da base de cálculo própria
de impostos, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
D) É possível reduzir base de cálculo de taxa em razão do exercício do poder de polícia por ato
administrativo normativo de caráter concreto e específico.
E) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta de resíduos sólidos
deve ter base de cálculo diferenciada em relação à localização e metragem do imóvel.
11. (FAUEL – Advogado – Câmara Municipal Apucarana – 2020) A respeito das taxas, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
56
12. (IDIB – Técnico de Dívida Ativa e Benefícios Fiscais – Pref. Jaguaribe – 2020) A respeito
das taxas, assinale a alternativa correta.
A) Taxa é um tributo que é devido, assim como os impostos, toda vez que o contribuinte utiliza
atividades estatais relacionadas ao serviço público.
13. IBADE – Advogado – Pref. Santa Luzia D’Oeste – 2020) Assinale a alternativa que apresenta
o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição:
A) tarifa pública.
B) contribuição de melhoria.
C) empréstimo compulsório.
D) imposto.
E) taxa.
14. (Instituto AOCP – Perito Oficial Criminal – PC/ES – 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.
A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.
B) A taxa é a modalidade de tributo contra prestacional, que depende sempre de uma ação estatal.
E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.
57
15. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.
Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.
16. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.
As pessoas jurídicas que integram a administração pública indireta do Estado não têm legitimidade
para criar taxas de serviços públicos postos à disposição dos contribuintes.
17. (Unifil – Advogado – Câmara Municipal Ourizona – 2019) Conforme disposto na Lei nº
5.172, de 25 de Outubro de 1966 - Taxas, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
I. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título.
II. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
III. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas.
IV. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
18. (Vunesp – Analista Jurídico – Pref. Itapevi – 2019) No que se refere às taxas cobradas pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se
58
A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.
B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.
C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
19. (FUNDEP – Procurador da Fazenda – Pref. Lagoa Santa – 2019) Considere o caso hipotético
a seguir.
A) Os templos de qualquer culto são imunes, portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo
município B.
B) A taxa é inconstitucional, uma vez que o município B não é competente para a instituição de
taxas de poder de polícia.
59
GABARITO
1-B 11 - D
2 - ERRADO 12 - D
3-A 13 - E
4-A 14 - B
5-B 15 - ERRADO
6 - CERTO 16 - CERTO
7 - ERRADO 17 - C
8-D 18 - A
9-B 19 - C
10 - C -
60
SUB-TÍTULO I
CAPÍTULO I
61
II. independem:
CAPÍTULO II
62
§ 2º. A licença será válida somente para o exercício em que for concedida ou
renovada;
Art. 347. Nenhum estabelecimento poderá prosseguir nas suas atividades sem
estar de posse do Alvará de Licença, após decorrido o prazo para pagamento da
taxa de renovação.
I. os que embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de negócio,
pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;
63
§ 1º. Para fins de comprovação tanto da data do início, quanto do fim das
atividades das atividades a que se refere o caput deste artigo, deverá a fiscalização
efetuar as diligências necessárias para tal, sendo insuficiente apenas a
apresentação de qualquer documento que venha a comprovar a inatividade.
64
§ 8º. O alvará provisório terá prazo de validade de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta)
dias, podendo ser prorrogado, pela autoridade fiscalizadora, comprovada a
efetiva necessidade.
65
I. Será cassada:
§ 2º. Será interditado todo estabelecimento que exercer atividades sem a licença,
expedida em conformidade com o que preceitua este Código.
§ 3º. Será apreendido todo veículo que exercer atividades com características de
transporte público de passageiros sem a devida licença, até regularização dos
procedimentos fiscais pertinentes.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
Art. 357. Considera-se comércio ou serviço ambulante, para os efeitos desta Lei,
o exercício de venda de porta em porta ou de maneira móvel, nos logradouros
públicos ou em locais de acesso ao público, sem direito a permanência definitiva.
Art. 358. Considera-se comércio eventual para os efeitos desta Lei, o exercício de
vendas com apoio para mercadorias, em locais predeterminados e autorizados
pelo órgão de Planejamento Municipal e de fácil acesso ao público.
Art. 360. O vendedor que usa veículos ou equipamentos, deverá atender ainda às
normas de controle sonoro da SUDEMA ou do órgão Ambiental Municipal,
quando for o caso.
III. ceder a outro a sua placa, a sua licença, bem como o equipamento ou veículo
utilizado no exercício de sua atividade, ressalvados os casos fortuitos plenamente
justificados;
67
IV. usar placa, licença, equipamento ou veículo alheio para o exercício desta
atividade, sem que esteja devidamente autorizado por quem de direito;
Art. 364. A renovação anual das licenças estabelecidas neste Código será efetuada
pela Secretaria da Fazenda e o alvará expedido após parecer satisfatório dos
demais órgãos com competência legal para controle da atividade.
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
68
69
SEÇÃO II
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
Art. 374. Não será permitido depositar ou conservar nos logradouros públicos,
mesmo que temporariamente, inflamáveis ou explosivos.
71
CAPÍTULO VIII
72
§ 1º. Aquele que explorar os recursos minerais em pauta, fica obrigado a recuperar
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão
Ambiental competente, na forma da Lei.
CAPÍTULO IX
SEÇÃO I
73
DA INCIDÊNCIA
Art. 383. Considera-se ocorrido o fato gerador sempre que o órgão municipal
competente executar ato tendente a verificar a adequação da atividade às normas
administrativas constantes de Lei municipal específica.
SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO
§ 1º. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os critérios
fixados no Anexo VI desta Lei.
74
SEÇÃO III
DO CONTRIBUINTE
SEÇÃO IV
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
Art. 386. Por terem interesse comum na situação que constitui o fato gerador da
Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento de
Estabelecimento – TLF – ou por estarem expressamente designados, são
pessoalmente solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas:
II. responsáveis pela locação do bem imóvel onde está localizado, instalado e
funcionando o estabelecimento.
SEÇÃO V
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO
I. será efetuada:
Art. 389. Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens
descritos no Anexo VI desta Lei, a autoridade administrativa utilizará aquele que
conduza ao maior valor.
Art. 390. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:
II. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração
prevista no artigo anterior.
76
Art. 395. Não será concedida ou renovada qualquer licença para funcionamento
de atividades comerciais, industriais ou prestadoras de serviço em imóvel cujo
proprietário não esteja quite para com a Fazenda Municipal, em relação ao
mesmo.
SEÇÃO VI
DO RECOLHIMENTO
77
SEÇÃO VII
DAS ISENÇÕES
SEÇÃO I
DA INCIDÊNCIA
78
II. ocorrido o fato gerador sempre que o órgão municipal competente executar
ato tendente a verificar a adequação do uso, aproveitamento, remanejamento ou
parcelamento relativo à determinada fatia de solo às normas administrativas
constantes de Lei municipal específica.
SEÇÃO II
DO CONTRIBUINTE
SEÇÃO III
DA SOLIDARIEDADE
SEÇÃO IV
DA BASE DE CÁLCULO
79
Parágrafo único. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os
critérios fixados no Anexo VII desta Lei.
SEÇÃO V
DO LANÇAMENTO
II. ex officio, quando o sujeito passivo não efetuar a declaração prevista no inciso
anterior.
§1º. A declaração efetuada pelo sujeito passivo, nos termos do inciso I, será
efetuada:
§2º. Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens descritos
no Anexo VII desta Lei, a autoridade administrativa utilizará aquele que conduza
ao maior valor.
Art. 405. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:
80
II. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração
prevista no artigo anterior.
SEÇÃO VI
DO RECOLHIMENTO
CAPÍTULO XI
SEÇÃO I
DA INCIDÊNCIA
Art. 407. A Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de Publicidade tem
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia municipal sobre o
disciplinamento e ordenamento da veiculação, por qualquer meio, de publicidade:
81
I. em espaço público;
SEÇÃO II
DA NÃO INCIDÊNCIA
Art. 409. A Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de Publicidade não
incide sobre:
SEÇÃO III
DO CONTRIBUINTE
SEÇÃO IV
DA SOLIDARIEDADE
SEÇÃO V
DA BASE DE CÁLCULO
Art. 412. A base de cálculo da Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de
Publicidade é o custo de execução do ato tendente a verificar a adequação da
veiculação da publicidade às normas administrativas constantes de Lei municipal
específica.
Parágrafo único. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os
critérios fixados no Anexo VIII desta Lei.
SEÇÃO VI
DO LANÇAMENTO
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I. será efetuada:
§2º. O lançamento descrito no inciso II do caput deste artigo não será efetuado
por mais de uma vez, para a mesma veiculação, dentro do mesmo exercício.
§3º. Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens descritos
no Anexo VIII desta Lei, a autoridade administrativa utilizará aquele que conduza
ao maior valor.
Art. 414. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:
II. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração
prevista no artigo anterior.
84
SEÇÃO VII
DO RECOLHIMENTO
CAPÍTULO XII
SEÇÃO I
Art. 416. A Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS tem como fato gerador o
desempenho, pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável e com
observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre a localização, a
instalação e o funcionamento de estabelecimento onde é fabricado, produzido,
manipulado, acondicionado, conservado, depositado, armazenado, transportado,
distribuído, vendido ou consumido alimentos ou exercida outra atividade
pertinente à higiene pública, em observância às normas sanitárias.
II. nos exercícios subsequentes, pelo desempenho, pelo órgão competente, nos
limites da lei aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização
exercida sobre o funcionamento de estabelecimento;
III. em qualquer exercício, ante a alteração de endereço e/ou ato ou fato que
modifiquem os dados da inscrição.
85
I. exerçam suas atividades em suas próprias residências, desde que não abertas ao
público em geral;
SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO
SEÇÃO IV
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
SEÇÃO V
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO
Art. 422. A Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - será lançada, de ofício pela
Autoridade Fazendária, conforme Anexo XI desta Lei Complementar.
86
CAPÍTULO XIV
ELETROMECÂNICO
SEÇÃO I
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I. em residência particular;
SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO
SEÇÃO IV
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
88
Art. 433–F. Por terem interesse na situação que constitui o fato gerador da Taxa
de Fiscalização de Máquina, Motor e Equipamento Eletromecânico ou
Eletromagnético – TFM – ou por estarem expressamente designados, são
pessoalmente solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas:
II. Responsáveis pela locação, bem como locatário do bem imóvel onde está
localizada, instalada e funcionando a máquina, motor ou equipamento
eletromecânico ou eletromagnético;
SEÇÃO V
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO
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ESPECIAL
SEÇÃO I
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I. exerçam suas atividades em suas próprias residências, desde que não abertas
ao público em geral;
SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO
SEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO
SEÇÃO IV
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
91
Art. 433-Q. Por terem interesse comum na situação que constitui o fato gerador
da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em Horário
Especial - TFHE - ou por estarem expressamente designados, são pessoalmente
solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas.
SEÇÃO V
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO
SUBTÍTULO II
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
SEÇÃO II
BASE DE CÁLCULO
SEÇÃO III
SUJEITO PASSIVO
93
SEÇÃO IV
LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
DA INCIDÊNCIA
Art. 439. A Taxa de Coleta de Resíduos tem como fato gerador a utilização efetiva
ou potencial, do serviço público municipal de coleta, transporte e destinação final
dos resíduos sólidos relativos ao imóvel, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
Art. 440. Para fins desta Lei, considera-se serviço de coleta de resíduos a remoção
periódica destes, quando gerados em imóvel edificado ou não, até o limite
máximo de:
Art. 444. A TCR será lançada anualmente, ocorrendo seu fato gerador a partir de
1º de janeiro do exercício financeiro respectivo e cobrada tomando-se por base o
custo dos serviços, definidos no art. 1º, tomados por grupos distintos de
contribuintes que serão categorizados, a partir de elementos de cálculo de
produção de lixo, medindo-se conforme a formula constante do Anexo IX desta
Lei, cuja resultante multiplicada pelo número de meses do exercício totalizará o
valor devido do tributo.
dos contribuintes, pelo Município, ou por outros entes estatais, produção do lixo
local, categoria do imóvel e dados de ocupação populacional por região do
Município
§ 2º. A TCR terá como base de cálculo a estimativa oficial do custo total da coleta,
transporte, destino final e administração de resíduos sólidos do exercício de sua
cobrança, e será dividida, para fixação de seu valor, por grupos de consumidores
categorizados na forma do parágrafo anterior .
Art. 445. A cobrança da TCR será feita em até seis vezes com pagamentos
ocorrendo bimestralmente.
SEÇÃO II
DA NÃO INCIDÊNCIA
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SEÇÃO III
DAS ISENÇÕES
Art. 448. São isentos da Taxa de Coleta de Resíduos os imóveis classificados como
habitação popular, nos termos desta Lei, cujo contribuinte atenda,
cumulativamente, aos seguintes requisitos:
II. não auferir renda bruta mensal familiar superior a um salário mínimo;
I. proprietário; ou
III. titular da posse direta nos contratos de alienação fiduciária firmados perante
entidade governamental; ou
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§4º. As isenções de que trata este artigo serão requeridas à Secretaria Municipal
de Finanças em processo administrativo, com periodicidade fixada nos termos do
regulamento.
§6º. Não será concedida isenção com base neste artigo a imóvel enquanto não
seja efetivada a regularização da sua respectiva construção ou reforma.
SEÇÃO IV
DO CONTRIBUINTE
SEÇÃO V
DA SOLIDARIEDADE
I. o proprietário em relação:
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SEÇÃO VI
DA BASE DE CÁLCULO
§1º. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os critérios
fixados no Anexo IX desta Lei.
§2º. A definição dos fatores de cálculo descritos no Anexo IX desta Lei tomará por
base dados:
§ 3º. O Fator Distancia será estipulado por ato do Poder Executivo Municipal.
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§5º. O somatório dos valores lançados para todos os imóveis sujeitos ao tributo
não excederá ao custo total anual do serviço público municipal de coleta,
transporte e destinação final dos resíduos sólidos, conforme fixado na Lei
Orçamentária Anual elaborada para viger no exercício a que se referir o
lançamento.
SEÇÃO VII
DO LANÇAMENTO
II. ex officio, através de ação fiscal in loco, para imóveis não inscritos no
Cadastro Imobiliário Fiscal;
III. por declaração do sujeito passivo, após ação fiscal in loco, para imóveis não
inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal.
§1º. Na hipótese do inciso I deste artigo, o imposto será lançado anualmente, nas
datas fixadas pela Secretaria Municipal de Finanças.
Art. 454. Sem prejuízo do disposto no artigo 73, o lançamento da taxa será revisto
ex officio ou mediante impugnação do sujeito passivo, através de ação fiscal in
loco, para imóveis onde seja constatada alteração nos dados do Cadastro
Imobiliário Fiscal.
100
I. do contribuinte;
III. daquele qualificado como responsável tributário, nos termos desta Lei.
§2º. O imposto relativo aos imóveis objeto de fracionamento ou fusão será lançado
com base na nova situação em relação aos fatos geradores posteriores à
concessão da respectiva licença pela Secretaria Municipal de Planejamento.
Art. 456. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:
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SEÇÃO VIII
DO RECOLHIMENTO
SEÇÃO IX
§2º. Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.
102
§2º. Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.
III. inserir elementos falsos ou inexatos ou, ainda, omitir situação de qualquer
natureza em processo administrativo que resultem ou possam resultar na
concessão ou reconhecimento indevido de isenção, não incidência ou imunidade;
§2º. Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.
SEÇÃO X
§1º Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
TAXA DE EXPEDIENTE
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