Curso 244687 Aula 07 Prof Fabio Dutra 4d2c Completo

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Aula 07 (Prof.

Fábio
Dutra)
Receita Federal (Auditor Fiscal) Direito
Tributário - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos, Fábio Dutra

22 de Maio de 2023

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Índice
1) Obrigação Tributária - Aspectos Gerais
..............................................................................................................................................................................................3

2) Fato Gerador da Obrigação Tributária


..............................................................................................................................................................................................8

3) Elisão, Evasão e Elusão Fiscal


..............................................................................................................................................................................................
17

4) Sujeitos da Obrigação Tributária


..............................................................................................................................................................................................
24

5) Solidariedade em Direito Tributário


..............................................................................................................................................................................................
34

6) Domicílio Tributário
..............................................................................................................................................................................................
40

7) Questões Comentadas - Obrigação Tributária - FGV


..............................................................................................................................................................................................
46

8) Lista de Questões - Obrigação Tributária - FGV


..............................................................................................................................................................................................
66

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Muitos conceitos se entrelaçarão a partir desse momento. Embora tenhamos visto apenas superficialmente
alguns aspectos relativos à obrigação tributária, você será capaz de perceber que “a coisa” está começando
a fazer sentido.

De início, é importante saber que a obrigação tributária caracteriza-se por uma relação jurídica estabelecida
entre dois indivíduos, credor e devedor, cujo objeto consiste em uma prestação de dar, fazer ou deixar de
fazer algo.

Assim, faz-se necessário conhecer os elementos subjetivos (sujeitos) e objetivos (prestações) da obrigação.

No que concerne aos sujeitos envolvidos na relação obrigacional, cabe destacar que o devedor é
denominado sujeito passivo, e o credor, sujeito ativo.

Em direito tributário, o sujeito ativo é o ente instituidor do tributo (União, Estados, DF ou Municípios) ou a
pessoa jurídica de direito público titular da capacidade tributária ativa que, como já vimos, é responsável
pela arrecadação e fiscalização do tributo.

Em relação ao outro sujeito da obrigação tributária, isto é, o sujeito passivo, pode-se afirmar que este é o
particular (pessoa física ou jurídica), que fica sujeito ao cumprimento das obrigações tributárias.

Atenção!

Quando você ouvir falar em "obrigação tributária", sempre lembre-se de que é uma
relação obrigacional entre a Fazenda Pública e o sujeito passivo! Nunca memorize como
sendo necessariamente obrigação de pagar tributos, pois, como veremos, não se
resume a isso, e pode abranger outras obrigações também! Combinado?

No tocante aos elementos objetivos da obrigação, cabe observar que, as prestações de dar e de fazer exigem
uma ação do devedor, sendo, portanto, consideradas prestações positivas. Já a obrigação de deixar de fazer,
caracteriza-se por uma abstenção do devedor, sendo considerada prestação negativa.

Assim, retornando nossos olhares para o Direito Tributário, podemos ter a obrigação de dar representada
pelo dever de entregar dinheiro ao Fisco, pagando tributos ou multas. É denominada de obrigação principal.

No que se refere às obrigações de fazer ou deixar de fazer algo, pode-se definir como prestações acessórias,
com o objetivo de auxiliar a arrecadação e fiscalização tributária. Assim, por exemplo, o particular pode ser
obrigado a escriturar livros fiscais (obrigação de fazer algo), como também não impedir o acesso da
fiscalização à sua empresa (obrigação de deixar de fazer algo). São as denominadas obrigações acessórias.

Nesse contexto, estabelece o caput do art. 113 CTN que a obrigação tributária é principal ou acessória.

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Obrigação Tributária: obrigação entre o sujeito passivo e a Fazenda Pública

Existem dois tipos de obrigações tributárias: principal e acessória.

Obrigação Principal: sempre envolve "pagamento" (pode ser tributo ou multa, mas sempre será
pagamento).

Exemplo: Pagar imposto de renda

Obrigação Acessória: não envolve pagamento (obrigação de fazer ou deixar de fazer).

Exemplo: Apresentar a declaração de imposto de renda

Dica de Prova: Lembre-se de "P" de obrigação Principal é sempre "P" de Pagamento.

Estudaremos cada um delas a seguir. No entanto, antes disso, é bom que você guarde que,
independentemente de a obrigação ser principal ou acessória, surge com a ocorrência do fato gerador. Ou
seja, há uma hipótese de incidência prevista abstratamente que, ocorrida no mundo concreto, faz gerar o
liame entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, isto é, a relação jurídico-tributária.

Observação: Vamos começar a adotar o conceito de sujeito ativo e sujeito passivo nesse
momento. No que se refere ao sujeito passivo, veremos, nesta aula, que nem todo devedor
é contribuinte.

Nessa linha de raciocínio, só existe obrigação tributária se houver um fato gerador, já que é com a
ocorrência deste que surge a obrigação tributária. Esse assunto será estudado ainda nesta aula.

Portanto, na aula de hoje, nós também vamos estudar a hipótese de incidência e o fato gerador, e as
diferenças conceituais entre eles, mas antes é necessário entender melhor o que é uma obrigação tributária
principal e acessória.

Vamos lá!

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Obrigação Tributária Principal

A definição de obrigação principal consta no art. 113, § 1º, do Código Tributário Nacional. Acompanhemos
sua redação:

Art. 113:

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto
o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente.

O dispositivo supracitado deve ser dividido em três partes a fim de que você o compreenda perfeitamente:

1. Surgimento da obrigação principal: ocorrência do fato gerador;


2. Objeto da obrigação principal: pagamento de tributo ou penalidade pecuniária;
3. Extinção da obrigação principal: extingue-se juntamente com o crédito tributário
dela decorrente.

Já foi dito nesta aula que o surgimento de uma obrigação tributária realmente pressupõe a ocorrência de
um fato gerador, e ainda falaremos muito sobre isso ao longo da aula. De antemão, podemos considerar que
o fato gerador é a concretização no mundo real de uma hipótese de incidência prevista na lei. Por exemplo:
a lei municipal instituidora do IPTU estabelece que haverá incidência desse imposto quando uma pessoa for
proprietária de um imóvel urbano. Quando “fulano” adquire um imóvel e passa a ser seu proprietário, ocorre
o fato gerador do IPTU, surgindo a obrigação tributária principal.

No tocante ao objeto da obrigação principal, podemos dizer que compreende uma prestação pecuniária, isto
é, de entregar dinheiro, nela consistindo tanto o pagamento de tributo quanto multa tributária. Assim, se a
obrigação é principal, deve haver dinheiro como seu objeto.

Nós já vimos no nosso curso, que os tributos, pelo próprio conceito, distinguem-se das multas, pois aqueles
não podem constituir sanção por ato ilícito, correto? Embora não se confundam, ambos têm algo em
comum: possuem conteúdo pecuniário. Sendo assim, os tributos e as multas constituem obrigação
tributária principal.

A multa não se confunde com tributo, mas a obrigação de pagá-la é de natureza tributária,
ou seja, uma obrigação tributária pode ter como conteúdo o pagamento de uma multa
tributária.

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Por fim, no tocante à extinção da obrigação tributária principal, o CTN estabeleceu que se dá juntamente
com a extinção do crédito dela decorrente, ou seja, com a extinção do crédito tributário. Também
discorreremos ao longo da aula sobre a distinção entre obrigação tributária e crédito tributário, mas, de
antemão, guarde que o crédito tributário é a obrigação tributária que já se encontra em fase de exigibilidade,
ou seja, já pode ser cobrada do sujeito passivo.

Desse modo, se o sujeito passivo extingue o crédito tributário, extinta estará também a obrigação tributária
que lhe deu origem. Neste momento, convido você a verificar a redação do art. 156, do CTN, que trata das
hipóteses de extinção do crédito tributário. Não se preocupe em compreendê-las por completo, mas veja
que o pagamento (inciso I) extingue o crédito tributário. Assim sendo, se o sujeito passivo paga o tributo,
extingue o crédito tributário e, também, a obrigação tributária que lhe deu origem! O raciocínio é bastante
simples!

Obrigação Tributária Acessória ==192f9d==

Como decorrência do próprio nome, as obrigações acessórias possuem como finalidade auxiliar a
arrecadação e fiscalização dos tributos. Isso significa que o objetivo é facilitar o cumprimento da obrigação
tributária principal. São obrigações meramente instrumentais.

No § 2º do art. 113, do CTN, foi previsto que o objeto das obrigações acessórias são as prestações positivas
ou negativas. As primeiras dizem respeito ao “fazer algo”, as segundas, ao “deixar de fazer algo”. Não há,
portanto, qualquer movimentação no “bolso” do sujeito passivo. Guarde isso!

Um detalhe que pode gerar dúvidas em muitas é se as obrigações acessórias dependem ou não da existência
da obrigação principal.

No Direito Civil, aprende-se a regra de que “o acessório segue o principal”. Portanto, se, por exemplo, um
fazendeiro se compromete a entregar uma égua prenha ao vizinho, o futuro potro está inserido na obrigação.

No Direito Tributário, por outro lado, as obrigações tributárias acessórias independem da existência de uma
obrigação principal. Vamos ver um exemplo já estudado?

As entidades de assistência social são imunes aos impostos incidentes sobre o seu patrimônio, por exemplo,
conforme previsão no art. 150, VI, c, da CF/88. No entanto, nós vimos que tais entidades ficam sujeitas a
algumas obrigações previstas no art. 14 do CTN (requisitos para fruição da imunidade). Elas devem, por
exemplo, manter a escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.

O gozo de imunidade ou de benefício fiscal não dispensa o seu titular de cumprir as


obrigações tributárias acessórias a que estão obrigados quaisquer contribuintes.

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Com a ilustração acima, fica fácil perceber a autonomia da obrigação acessória. Veja que a entidade é imune
aos impostos (não há obrigação principal), mas ainda assim fica obrigada a cumprir os deveres burocráticos,
para auxiliar o controle da atividade de fiscalização.

Embora não haja uma relação de dependência entre a obrigação principal e a acessória, a inobservância
desta pode ensejar a surgimento daquela, ou seja, o descumprimento da obrigação acessória gera uma
obrigação principal, que são as multas. Observe a redação do § 2º do art. 113, do CTN:

Art. 113:

(...)

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em


obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Embora o CTN tenha mencionado que a obrigação acessória, se não cumprida, “converte-se” em obrigação
principal, deve-se entender que a obrigação acessória não deixa de existir. Nesse caso, o sujeito passivo fica
obrigado a cumprir a obrigação acessória e ainda assim pagar a multa (obrigação principal).

Observação: Nas questões de prova em que for cobrada a literalidade do dispositivo,


marque CORRETO!

Em síntese, no Direito Tributário, o entendimento que você deve gravar é o de que a obrigação acessória
não segue o principal (é independente e autônomo), mas a sua inobservância pode fazer surgir uma
obrigação principal.

Nunca se esqueça de que a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias deve ser
interpretada literalmente!

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FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


Para entendermos melhor o que será explicado a seguir, é necessário relembrar a linha do tempo até que o
tributo seja exigível do sujeito passivo:

Instituição do Tributo por lei Ocorrência da situação


Lançamento
prevista em lei

Hipótese de Fato Gerador Crédito


Incidência (Surge Obrigação Tribut.) Tributário

Não podemos confundir, de forma alguma, os conceitos de hipótese de incidência e fato gerador! A hipótese
de incidência foi conceituada por Geraldo Ataliba da seguinte forma:

“A hipótese de incidência é a descrição hipotética e abstrata de um fato. É parte da norma tributária. É o meio pelo qual o
legislador institui um tributo. Está criado um tributo, desde que a lei descreva sua h.i., a ela associando o mandamento
“pague”.” (ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 2012. 13ª Edição. Pág. 66)

Nessa esteira, quando o legislador institui o tributo, surge a hipótese de incidência, sendo esta a previsão
abstrata do fato que dará causa à obrigação tributária.

Quando o fato se concretizar, surge, então, o fato gerador, dando nascimento à obrigação tributária. É
nesse momento que se cria a obrigação de pagar o tributo, sendo que a exigibilidade só poderá ser feita, em
regra, após o lançamento, quando fica constituído o crédito tributário.

Observação: É possível que o tributo seja pago antes de se concretizar o fato gerador.
Trata-se do mecanismo da substituição tributária, que será estudado em momento
oportuno.

Frise-se: quando a hipótese de incidência se concretiza, dizemos que houve subsunção do fato à hipótese
de incidência, ocorrendo, então o fato gerador.

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Quando um fato coincide com a hipótese de incidência descrita na norma, falamos em


subsunção do fato à hipótese de incidência.

É muito importante memorizar esses termos, pois quando o examinador quer surpreender o candidato ele
normalmente traz esses termos inusitados. Isso, a partir de agora, não é mais novidade para você!

Por falar em termos, vejamos os sinônimos de hipótese de incidência e fato gerador:

Hipótese de incidência → Fato gerador in abstrato, Hipótese Tributária, Pressuposto Legal


do Tributo

Fato Gerador → Fato Imponível, Fato Gerador in concreto, Fato Jurígeno, Fato Jurídico
Tributário

Observação: Não é difícil de memorizar os termos. Como o fato gerador está relacionado,
por óbvio, a um fato, todos os seus termos são iniciados por FATO. A única exceção é o fato
in abstrato, que obviamente se refere à previsão abstrata da norma, sendo esta a hipótese
de incidência.

Para que tudo fique mais claro, vamos exemplificar: sabemos que a CF/88 conferiu aos Estados a
competência tributária para instituir imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

Logo, quando o Estado do Acre institui o IPVA, na lei instituidora, há a previsão de uma hipótese de
incidência, que é possuir veículo automotor. No momento em que o sujeito passivo adquire um veículo
automotor, o fato (possuir o veículo) subsume-se à hipótese de incidência, ocorrendo o fato gerador e
surgindo a obrigação tributária.

Aí eu te pergunto: qual é o momento exato da ocorrência desse fato gerador? Qual será o valor exato da
obrigação tributária? Enfim, é de se destacar que a lei instituidora precisa definir, além do elemento material
(possuir o veículo automotor, no exemplo fornecido), outros aspectos que vão definir com precisão a
obrigação tributária.

Aspectos da Hipótese de Incidência

A doutrina majoritária conclui que, ao instituir determinado tributo, a lei deve prever vários aspectos, a fim
de que a obrigação tributária seja exata, e que os seus elementos objetivos e subjetivos sejam precisos.

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Memorizar os aspectos do fato gerador é de extrema relevância para enfrentar as provas de concurso
público. Por esse motivo, vou trazê-los em forma de tópico para facilitar a leitura e posterior revisão:

Aspecto Material (“o quê”) → Trata-se do aspecto substancial da hipótese de incidência,


caracterizando-se sobre “o quê” irá incidir o tributo. É a descrição do fato ensejador da
obrigação tributária. Por exemplo: propriedade imobiliária (IPTU ou ITR) ou de veículo
automotor (IPVA), atuação pública (taxas ou contribuições de melhoria) etc.

Aspecto Espacial (“onde”) → Diz respeito aos limites territoriais da incidência do tributo
ou ao local específico em que se considera ocorrido o fato gerador. É muito importante
para se definir, no caso do IPTU, por exemplo, a qual Município cabe o referido imposto,
quando ambos são limítrofes.

Aspecto Temporal (“quando”) → É o aspecto que define o momento em que o fato


gerador considera-se ocorrido, sendo este o marco para se definir a lei vigente e as
alíquotas aplicáveis. Serve de base para analisar a obediência ao princípio da
irretroatividade tributária.

Aspecto Pessoal (“quem”) → Define quem é o credor (sujeito ativo) da obrigação


tributária, bem com os respectivos devedores (sujeito passivo).

Aspecto Quantitativo (“quanto”) → Esse aspecto define o quantum debeatur, isto é, o


quanto o devedor deve pagar de tributo. Resulta da multiplicação da base de cálculo pela
alíquota vigente no momento da ocorrência do fato gerador.

Observação: Na hora da prova, o examinador pode cobrar o tema como “aspectos ou


elementos do fato gerador, hipótese de incidência ou norma tributária”, o que, para fins
de prova, significa o mesmo!

Fato Gerador da Obrigação Principal

Nos arts. 114 e 115 do CTN, o legislador disciplina os fatos geradores da obrigação principal e da obrigação
acessória.

No que concerne à obrigação principal, o CTN dispôs da seguinte maneira:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária
e suficiente à sua ocorrência.

A doutrina critica a redação desse dispositivo, pois o legislador disse que o “fato gerador” é a “situação
definida em lei”, sendo que esta, na verdade, é a hipótese de incidência, como estudamos. Logo, pode-se
dizer que o CTN considerou os institutos como sinônimos.

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Ignorando a crítica feita, devemos saber que para se concretizar o fato gerador, deve ocorrer a situação que
foi definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Isto é, devem estar presentes todos os
requisitos previstos em lei para que ocorra o fato gerador da obrigação principal.

Muito cuidado com questões que afirmam que o fato gerador é a situação definida em lei
como suficiente (ou necessária à sua ocorrência). Isso está errado!

Para que a assertiva seja considerada correta, deve-se conter as palavras “necessária” e
“suficiente”!

Quando uma lei institui certo tributo (obrigação principal), é necessário prever os contribuintes, a base de
cálculo, as alíquotas e, necessariamente, o fato gerador!

Como não há exceções ao princípio da legalidade, no que se refere à instituição de tributos, o fato gerador
da obrigação principal deve ser definido em lei ou medida provisória.

Vale relembrar que, em relação aos impostos, cabe à lei complementar nacional definir os fatos geradores,
bases de cálculo e contribuintes (CF/88, art. 146, III, a).

Observação: A definição dos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos impostos
por lei complementar não se confunde com a instituição, tendo em vista que se trata do
estabelecimento de normas gerais.

Fato Gerador da Obrigação Acessória

Vejamos como foi conceituado o fato gerador da obrigação acessória no CTN:

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal.

O legislador estabelece que o fato gerador da obrigação acessória é a situação definida na legislação
aplicável, diferentemente do que foi previsto no fato gerador da obrigação principal, em que foi mencionada
apenas “lei”.

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Como vimos, legislação tributária compreende tanto os atos normativos primários, como os secundários
(infralegais). É nessa linha que muito se discute acerca da permissão conferida pelo CTN para que a
obrigação acessória seja instituída por normas infralegais.

Os que argumentam em sentido contrário, alegam que, de acordo com o art. 5º, II,da CF/88, ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Logo, somente lei poderia criar
obrigações tributárias, sejam elas principais ou acessórias.

Para o STJ (REsp 724.779/RJ), a regulação das obrigações acessórias “foi legada à legislação tributária" em
sentido lato, podendo ser disciplinados por meio de decretos e de normas complementares, sempre
vinculados à lei da qual dependem”.

Cabe destacar também que o art. 115 do CTN deixou claro que o fato gerador da obrigação acessória é
aquela situação que impõe a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal.

Por conseguinte, como já estudamos, a legislação pode prever como obrigação acessória a entrega de
declarações ao Fisco (prática de ato) bem como a obrigação de o contribuinte não impedir o acesso da
fiscalização à sua empresa (abstenção de ato).

O momento da Ocorrência do Fato Gerador

Nós estudamos que o aspecto temporal da hipótese de incidência define o momento em que o fato gerador
considera-se ocorrido. Correto?

O CTN, como você deve se lembrar, foi recepcionado como lei de normas gerais em matéria tributária. Nesse
sentido, o Código estabeleceu um “padrão” para definir o momento em que os fatos geradores serão tidos
por ocorridos.

Observação: A regra que veremos abaixo comporta exceções, ou seja, é aplicável “salvo
disposição de lei em contrário”. Isso significa que os entes federados podem estipular
outro momento como o de ocorrência do fato gerador.

De acordo com esse “padrão” criado pelo CTN no art. 116 (faça uma leitura no dispositivo), os fatos geradores
são divididos em duas categorias, quais sejam: aqueles que tomam por base uma situação de fato e os que
levam em consideração uma situação jurídica.

“Mas o que vem a ser situação de fato e situação jurídica, professor?” Eu explico. Vamos lá!

Em alguns casos, a situação definida em lei como o fato gerador do tributo já foi prevista em lei em outro
ramo do direito (Civil ou Empresarial, por exemplo), havendo consequências jurídicas predeterminadas. Por
exemplo, o ITCMD incide sobre uma situação jurídica, haja vista que a transmissão de propriedade já foi
regulamentada no âmbito do Direito Civil.

Nesse caso, como o fato gerador é baseado em uma situação jurídica, o art. 116, II, do CTN, dispõe que, salvo
disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido no momento em que a situação esteja

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definitivamente constituída (no caso, transferida a propriedade) nos termos de direito aplicável. Segue-
se, portanto, o que já havia sido definido.

Por outro lado, quando a situação definida em lei como o fato gerador do tributo não tenha sido definida em
outro ramo do direito como capaz de gerar efeitos jurídicos, ou seja, somente produza efeitos econômicos,
temos a situação de fato. Citemos, como exemplo, a entrada de mercadorias estrangeiras no território
nacional não era, antes de ser instituído o II, situação jurídica, pois não produzia efeitos jurídicos em nenhum
outro ramo do direito.

Observação: É óbvio que, depois que o II foi instituído, a entrada de mercadorias


estrangeiras no território nacional passou a produzir efeitos, pois praticado esse ato, ocorre
o fato gerador do II, acarretando o nascimento de uma obrigação tributária.

Para os fatos geradores definidos com base em situação de fato, o CTN, no art. 116, I, estabeleceu que, salvo
==192f9d==

disposição de lei em contrário, o fato gerador ocorre desde o momento em que o se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios, ou seja,
com a entrada das mercadorias.

Na prática, isso não é possível, pois é muito difícil precisar o momento em que as mercadorias entram no
território nacional. Nesse caso, o legislador, no art. 23 do Decreto-lei 37/1966, valeu-se da exceção permitida
pelo CTN para definir que, para fins de cálculo, o fato gerador do II considera-se ocorrido na data do registro
da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

As Situações Jurídicas Condicionadas

Vamos iniciar esse tópico transcrevendo o que foi disposto no art. 117 do CTN:

Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior (referente às situações jurídicas
estudadas no tópico anterior) e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios
jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração


do negócio.

Vamos entender tudo isso aí. Fique tranquilo(a)! Parece complicado, mas não é!

O alvo do nosso estudo nesse momento é a condição, figura disciplinada no art. 121 do Código Civil, sendo
aplicável, no Direito Tributário, aos negócios jurídicos, que podem ser exemplificados pelos contratos em
geral.

Consoante o Código Civil, a condição é uma cláusula que pode ser incluída em um contrato, subordinando o
negócio jurídico a um evento futuro e incerto, ou seja, pode ou não vir a ocorrer. Ademais, destaque-se que
a condição pode ser suspensiva ou resolutória (ou resolutiva).

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Como exemplo de condição suspensiva, imaginemos que o seu pai doa-lhe um apartamento caso você seja
aprovado(a) em algum concurso da público. O negócio jurídico (a doação) está condicionado a um evento
futuro e incerto, podendo vir ou não a ocorrer (eu torço para que você seja aprovado e ganhe o apartamento,
ok?). Perceba que, enquanto não se cumprir a condição (aprovação), os efeitos da doação permanecem
suspensos. Aliás, com a celebração do negócio jurídico, os efeitos já estão suspensos (não há produção de
efeitos).

Por conseguinte, de acordo com o art. 117, I, do CTN, o fato gerador do ITCMD (imposto incidente sobre a
doação), salvo disposição de lei em contrário, só ocorrerá quando (futuro) e se (incerto) você for
aprovado(a) no concurso público.

Imagine agora que você logrou a aprovação e tomou posse no cargo, mas ficou insatisfeito por ter que morar
em uma cidade de fronteira, longe de casa. Decidiu que deveria pedir exoneração do cargo e voltar para a
sua cidade.

Sabendo da sua insatisfação, o seu pai doa-lhe um carro novo, com a condição de que, se você pedir
exoneração do cargo, perderá o veículo.

Note a diferença entre os dois exemplos: no primeiro, a doação irá ocorrer quando você passar no concurso;
no segundo, você já recebe a doação com a condição de não pedir exoneração. Em ambos os casos, há um
evento futuro e incerto, mas, no segundo, a doação já ocorreu. Em termos jurídicos, o negócio jurídico já
produz efeitos.

Caso você venha a pedir exoneração (implemento da condição resolutória), cessarão os efeitos do negócio
jurídico, fazendo com que você perca o veículo. Ou seja, a ocorrência da condição resolve (desfaz) o negócio
jurídico, sendo por isso denominada condição resolutória.

Portanto, se o negócio estiver sujeito a uma condição resolutória, o art. 117, II, do CTN prevê que, salvo
disposição de lei em contrário, o fato gerador do ITCMD ocorre desde a celebração do negócio jurídico,
sendo irrelevante, para fins de incidência tributária, o cumprimento ou não da condição.

Se houver o cumprimento da condição resolutória, o veículo voltará a pertencer ao seu pai,


mas o ITCMD pago não será devolvido, pois o implemento da condição resolutória é
irrelevante ao Direito Tributário.

Lembre-se de que o implemento da condição suspensiva é relevante, e é justamente o


momento da ocorrência do fato gerador.

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O Fato Gerador e o Princípio do Pecunia non Olet

Nós estudamos no início do nosso curso que incide imposto de renda sobre os rendimentos decorrentes de
atividades ilícitas, com base no princípio do pecunia non olet (dinheiro não cheira).

Logo, para o Fisco pouco importa se o negócio jurídico celebrado é válido sob a ótica do direito. Se a pessoa
auferiu rendimentos, torna-se sujeito passivo da relação jurídico-tributária, devendo arcar com o imposto
de renda.

Nessa linha, veja o que diz o art. 118 do CTN:

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,


responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Assim, a situação definida em lei como fato gerador do tributo (a hipótese de incidência tributária) deve ser
interpretada desconsiderando-se a validade jurídica dos atos praticados, bem como os efeitos dos fatos
ocorridos.

Nesse momento, o que importa é entender e memorizar o art. 118 do CTN, e saber que ele
ampara o princípio do pecúnia non olet.

Nessa linha, o STJ já decidiu:

TRIBUTÁRIO – ICMS – SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL – INADIMPLÊNCIA DOS USUÁRIOS – FURTO


DE SINAL (CLONAGEM) – INCIDÊNCIA DO TRIBUTO.

1. O fato gerador do ICMS na telefonia é a disponibilização da linha em favor do usuário que


contrata, onerosamente, os serviços de comunicação da operadora. A inadimplência e o furto
por "clonagem" fazem parte dos riscos da atividade econômica, que não podem ser
transferidos ao Estado.

2. Nos termos do art. 118 do Código Tributário Nacional, o descumprimento da operação de


compra e venda mercantil não tem o condão de malferir a ocorrência do fato gerador do ICMS.

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(STJ, REsp 1.189.924/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, Julgamento em
25/05/2010)

Vamos entender: o STJ decidiu que, mesmo havendo furto de sinal, por meio de clonagem de linha telefônica,
o fato gerador do ICMS ocorre, pois a situação descrita em lei como fato gerador do imposto ocorreu,
devendo ser interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados.

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ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO FISCAL


Este tópico tem por objetivo estudar as formas com as quais os contribuintes podem se valer para escapar
da tributação, que podem vir a ser lícitas ou ilícitas, a depender, em regra, da forma e do momento em que
são praticadas. São elas: a elisão, a evasão e a elusão fiscal

A elisão fiscal é a prática que visa reduzir ou eliminar o valor do tributo devido. São os atos praticados pelo
sujeito passivo, em regra, antes da ocorrência do fato gerador, isto é, antes do nascimento da obrigação
tributária. É, portanto, uma conduta lícita, sendo denominada planejamento tributário.

Ora, ninguém é obrigado a fazer acontecer o fato gerador. Na elisão fiscal, o sujeito passivo se vale de meios
lícitos para que a carga tributária a ele imposta seja minorada ou, a depender da situação, eliminada.

A título de exemplo, uma empresa de pequeno porte, como ainda estudaremos no nosso curso, pode optar
pela tributação pelo Simples Nacional, pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real. É por esse motivo que
existem consultores especializados em planejamento tributário, que é a busca pela menor incidência
tributária possível.

De outra banda, temos a evasão fiscal, sendo caracterizada por condutas ilícitas, praticadas com o intento
de ludibriar a fiscalização, ocultando parcial ou totalmente a ocorrência do fato gerador.

Uma forma simples de entender as práticas evasivas é saber que, ocorrendo o fato gerador, surge a obrigação
tributária. Sendo assim, já existe um montante de tributo a ser recolhido. Contudo, o sujeito passivo utiliza
artifícios para aparentemente reduzir o valor da obrigação tributária. Dessa forma, percebe-se que a regra
é que a evasão seja praticada após a ocorrência do fato gerador.

Como exemplo de evasão fiscal, pode-se citar o preenchimento a maior das despesas médicas, na declaração
anual de Imposto de Renda. Isso faz com que o montante do imposto seja aparentemente reduzido, na
tentativa de iludir o Fisco.

Por último, tem-se, ainda, a elusão fiscal, também denominada elisão ineficaz. Nessa situação, o
contribuinte simula o negócio jurídico, dissimulando o fato gerador do tributo. O que se quer ocultar é a
essência do negócio, alterando a sua forma. Os autores costumam denominá-la “abuso de forma jurídica”.

Observação: Dissimular é o mesmo que ocultar, esconder.

Vejamos um exemplo típico: João deseja vender um terreno, cujo valor é muito elevado, a Maria. Sabendo-
se que o ITBI incidente sobre a operação de transmissão da propriedade (o negócio jurídico) seria muito alto,
decidem simular outra situação, alterando a forma do negócio.

Como o ITBI não incide sobre a transmissão dos bens incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, nem
sobre a extinção desta, a saída seria constituir uma empresa, em que João entraria com o seu terreno, e
Maria, com o capital. Pouco tempo depois, ambos decidem extinguir a pessoa jurídica, sendo que João
recebe suas quotas em dinheiro, e Maria recebe o terreno.

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Note que foi simulada a constituição e a extinção de uma pessoa jurídica, dissimulando a ocorrência do fato
gerador, que é a transmissão de propriedade de uma pessoa física para outra.

Como forma de tentar combater tais práticas, o legislador, por meio da LC 104/2001, acrescentou o parágrafo
único ao art. 116 do CTN, cuja redação é a seguinte:

Art. 116. (...):

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios


jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo
ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

Observação: O texto legal, incluído pela LC 104/01, foi denominado “norma geral
antielisão”, muito embora o objetivo seja evitar a elusão fiscal. Na realidade, se a elisão é
uma conduta lícita, não seria necessário evitá-la.

Vale ressaltar que o STF chancelou a constitucionalidade do referido dispositivo, ao julgar


a ADI 2.446. A Ministra Cármen Lúcia ainda destacou esta inapropriada denominação de
norma antielisão.

A inclusão do dispositivo se deve à influência da doutrina alemã, buscando a interpretação econômica do


fato gerador. Busca-se, assim, a essência do negócio jurídico, e não a sua simples forma. No caso
exemplificado acima, a constituição da empresa constitui mera formalidade para tornar o negócio jurídico
pretendido (compra e venda do imóvel) livre da incidência tributária.

Nessa mesma linha, toma relevância a teoria do teste do propósito negocial (ou business purpose test),
proveniente do direito norte-americano, segundo a qual se analisa o propósito negocial da operação
realizada pelo sujeito passivo. Estaria o negócio jurídico revestido de um verdadeiro propósito negocial ou a
razão para sua realização é apenas fiscal, isto é, deixar de pagar os tributos que seriam devidos?

Para verificar se houve falta de propósito negocial, são analisados diversos fatores, como, por exemplo, o
fato de a empresa não ter contratado qualquer funcionário, não ter emitido notas fiscais, sua movimentação
financeira se limita ao valor objeto da transação pretendida (valor do imóvel) etc.

Dessa forma, a prática de operações com a exclusiva motivação de criar condições artificiais para obter
vantagens tributárias revela a nítida falta de propósito negocial, atraindo a aplicação do art. 116, par. único,
do CTN.

Destaque-se que, para fins de prova, é necessário guardar que a autoridade desconsidera os negócios para
fins tributários, mas não o desconstitui, ou seja, o que foi celebrado entre as partes continuam valendo para
elas.

Além disso, também é necessário lembrar que uma lei ordinária precisa regulamentar os procedimentos a
serem observados pela autoridade administrativa, para que a “norma geral antielisão” venha ser aplicada na
prática.

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(SEFAZ-ES/2022) Mário emprestou gratuitamente a seu irmão Mateus o automóvel de sua propriedade,
devidamente registrado em seu nome, firmando com ele contrato em que Mateus se responsabilizava pelo
pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Passados três anos do empréstimo e estando o automóvel ainda na posse de Mateus, este não pagou
nenhuma vez o IPVA. O Fisco Estadual então iniciou a cobrança dos valores atrasados contra Mário.
Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional
A) Mário é o contribuinte do IPVA, mas Mateus é responsável tributário solidariamente pela dívida.
B) Mário é o contribuinte do IPVA, mas Mateus é responsável tributário subsidiariamente pela dívida.
C) tanto Mário como Mateus são contribuintes do IPVA.
D) Mário responde sozinho perante o Fisco pela dívida.
E) Mário, em razão de seu contrato com Mateus, pode exigir do Fisco que cobre a dívida integralmente de
Mateus.
Comentário: Atenção ao comando da questão, ela quer a resposta à luz do CTN.
CTN. Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Pela inteligência do artigo depreende-se que, havendo uma lei o sujeito passivo pode ser alterado, contudo
o contrato (convenção particular) entre Mário e Mateus não tem essa força, consequentemente apenas
Mário, o proprietário do veículo, é contribuinte e, portanto, responde sozinho perante o Fisco.
Alternativa A: Mateus não responde solidariamente, nem subsidiariamente. Alternativa errada.
Alternativa B: Conforme item anterior. Alternativa errada.
Alternativa C: O fato gerador do IPVA é a propriedade do veículo e o sujeito passivo seu proprietário, logo
apenas Mário responde, pois Mateus é mero possuidor. Ademais, como ressaltado na introdução, nada
impede que uma lei estadual defina como sujeito passivo o possuidor, entretanto a questão pede a resposta
à luz do CTN. Alternativa errada.
Alternativa D: Perfeito, conforme nossa introdução supracitada. Alternativa correta.
Alternativa E: Não tem como Mário exigir essa hipótese do Fisco, pois as convenções particulares não podem
ser opostas à Fazenda Pública em relação à responsabilidade pelo pagamento do tributo. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D
(SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) A obrigação tributária principal corresponde a uma prestação pecuniária que
tenha como objeto o pagamento de tributo ou de multa por descumprimento da legislação tributária e,
diferentemente da obrigação acessória, submete-se à reserva de lei em sentido formal.
Comentário: A questão segue a linha do conceito da obrigação principal previsto no CTN: "a obrigação
principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente". Ademais, a obrigação principal deve

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ser prevista em lei, e a obrigação acessória pode ser prevista na legislação tributária (conceito que abrange
atos infralegais).
Gabarito: Correta
(SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) No âmbito do direito tributário, prevalece a máxima civilista de que o
acessório segue o principal, de tal forma que a extinção da obrigação principal implica a extinção da
obrigação acessória, dada a relação de subordinação existente entre elas.
Comentário: A obrigação tributária acessória não depende da obrigação principal, podendo ser devida
mesmo diante da inexistência da obrigação principal, como nos casos de imunidade tributária, por exemplo.
Assim, no direito tributário, não podemos afirmar que o acessório segue o principal, como ocorre no direito
privado.
Gabarito: Errada
(TRF4-Técnico Judiciário/2019) Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), a obrigação tributária
(A) depende, na essência, de o contribuinte, pessoa natural ou jurídica, estar sujeito a medidas que importem
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta
de seus bens ou negócios.
(B) decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas, de pagar, ou negativas, de
receber, tributos, decorrentes da utilização, ou não utilização, dos serviços públicos federais, estaduais ou
municipais, pelo cidadão residente no país.
(C) tem como fato gerador a conduta ativa ou omissiva do sujeito ativo face ao sujeito passivo, abrangendo
os serviços prestados ou não prestados, pelo município ao munícipe, tais como segurança e proteção à vida,
à liberdade, à intervenção externa, à educação de nível superior e ao patrimônio.
(D) depende, para ser cobrada coativamente, da capacidade civil passiva das pessoas naturais e da existência
de responsável que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
(E) principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Comentário:
Alternativa A: O art. 126, II, do CTN, estabelece que a capacidade tributária passiva independe de medidas
que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da
administração direta de seus bens ou negócios. Logo, consequentemente, a obrigação tributária também
não depende de tais circunstâncias. Alternativa errada.
Alternativa B: A obrigação tributária acessória decorre da legislação tributária, mas a obrigação tributária
principal decorre da lei. Logo, não se pode fazer tal afirmação genérica. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação tributária principal tem como objeto o pagamento do tributo e da penalidade
pecuniária, e a obrigação acessória tem como objeto as prestações positivas ou negativas no interesse da
fiscalização e arrecadação tributária. São sempre cumpridas pelo sujeito passivo. Portanto, não tem relação
com conduta ativa ou omissiva do sujeito ativo. Alternativa errada.
Alternativa D: A capacidade tributária passiva, e, por consequência, a obrigação tributária, independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Alternativa errada.
Alternativa E: A assertiva definiu com precisão o conceito da obrigação tributária principal, conforme
estabelece o art. 113, § 1º, do CTN. Alternativa correta.

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Gabarito: Letra E
(Pref. Recife-PE-Analista de Gestão Contábil/2019) De acordo com o Código Tributário Nacional, a obrigação
tributária principal é
a) aquela cujo cumprimento o fisco deve exigir em primeiro lugar, sob pena de ocorrência de
responsabilidade funcional administrativa.
b) a obrigação acessória cujo cumprimento antecede ao de todas as demais, dentro de determinado período,
e no mesmo exercício financeiro.
c) aquela que surge com a ocorrência do fato gerador e que tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
d) a mais importante de todas as obrigações acessórias, embora seu adimplemento não precise ocorrer,
necessariamente, antes do adimplemento das obrigações primárias.
e) aquela cujo cumprimento o fisco deve exigir em primeiro lugar, sob pena de ocorrência de crime funcional.
==192f9d==

Comentário:
Alternativa A: Não há que se falar em exigência “em primeiro lugar”. Alternativa errada.
Alternativa B: A obrigação tributária principal não se confunde com a obrigação acessória. Alternativa
errada.
Alternativa C: O art. 113, § 1º, do CTN, define que a obrigação principal surge com a ocorrência do fato
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente. Alternativa correta.
Alternativa D: Não há qualquer definição nesse sentido no CTN. Alternativa errada.
Alternativa E: Não há que se falar em exigência “em primeiro lugar”. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C
(SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019) A atividade estatal de arrecadação de tributos depende do cumprimento de
obrigações de naturezas distintas pelo contribuinte e pelo não contribuinte, para que se materialize todo o
percurso de lançamento, cobrança e fiscalização do crédito tributário. Com relação a esse assunto, é correto
afirmar que
a) as relações contributivas dispensam a atuação do fisco.
b) presume-se por facultativa a obrigação que vise auxiliar a fiscalização tributária atribuída a terceiro não
contribuinte.
c) obrigação acessória, quando descumprida por terceiro não contribuinte, converte-se em principal, exceto
quanto às penalidades pecuniárias.
d) o contribuinte que usufrui de imunidade deve cumprir as obrigações acessórias relativas ao benefício
fiscal.
e) obrigações acessórias extinguem-se com a ocorrência do fato gerador em relação a terceiro não
contribuinte.
Comentário:
Alternativa A: O fato de o contribuinte estar obrigado ao cumprimento de obrigações tributárias não
dispensa a atuação do fisco, na atividade de fiscalização e arrecadação tributária. Alternativa errada.

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Alternativa B: Tanto a obrigação acessória como a obrigação principal são compulsórias. Alternativa errada.
Alternativa C: Na realidade, a conversão da obrigação acessória é justamente na penalidade pecuniária, que
é uma obrigação principal. Alternativa errada.
Alternativa D: As obrigações acessórias são autônomas em relação à obrigação principal. Logo, mesmo o
contribuinte que usufrui de imunidade deve cumprir tais obrigações relativas ao benefício fiscal. Alternativa
correta.
Alternativa E: Não existe previsão nesse sentido no CTN. A obrigação é extinta quando o contribuinte a
cumpre adequadamente. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D
(PGE-PE-Procurador/2018) A obrigação tributária surge apenas com a ocorrência da hipótese de incidência
do tributo.
Comentário: A obrigação tributária surge, na verdade, com a ocorrência do fato gerador do tributo. A
hipótese de incidência do tributo é algo abstrato, uma previsão legal, não sendo suficiente para gerar
obrigação tributária.
Gabarito: Errada
(CLDF-Consultor Legislativo/2018) O Código Tributário Nacional, em seu art. 113, distingue, com muita
clareza e objetividade, as obrigações tributárias principais das obrigações tributárias acessórias. Com base
neste mesmo Código,
(A) a obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador da obrigação principal, o qual
deve estar previsto em lei, enquanto que a obrigação tributária acessória decorre da legislação tributária e,
por conseguinte, pode estar prevista, por exemplo, em decreto regulamentador.
(B) a escrituração de livro fiscal relativo a operação de saída de mercadoria, sem incidência do ICMS, por
expressa previsão da Constituição Federal, constitui obrigação principal, pois esta escrituração é a atividade
principal nas operações albergadas por imunidade tributária do ICMS, sendo, todas as demais, acessórias.
(C) quando um contribuinte do ICMS deixa de emitir um documento fiscal que a legislação do tributo o obriga
a emitir, esse contribuinte terá descumprido uma obrigação tributária acessória e, em razão disso, terá de
cumprir outra obrigação tributária acessória, cujo objeto é o pagamento de penalidade pecuniária prevista
em lei.
(D) a emissão de documento fiscal relativo a operação de saída de mercadoria, sem incidência do ICMS, por
expressa previsão da Constituição Federal, constitui obrigação principal, pois esta emissão é a atividade
principal nas operações albergadas por imunidade tributária do ICMS, sendo, todas as demais, acessórias.
(E) o pagamento de tributo é obrigação tributária principal, porque esse pagamento decorre de atividade
lícita realizada pelo contribuinte, enquanto que o pagamento de penalidade pecuniária é obrigação tributária
acessória, em razão de sua natureza infracional e da imprevisibilidade desse tipo de arrecadação.
Comentário:
Alternativa A: Foi adotada a corrente doutrinária segundo a qual a obrigação acessória pode ser definida em
ato infralegal, com base no CTN, arts. 113 § 1º e 2º, 114 e 96. Alternativa correta.
Alternativa B: A escrituração de livro fiscal constitui obrigação de fazer algo, não configurando obrigação
principal, mas sim acessória. Alternativa errada.

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Alternativa C: O art. 113, § 3º, do CTN, prevê que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. A multa, portanto,
configura obrigação principal. Alternativa errada.
Alternativa D: A emissão de documento fiscal constitui obrigação de fazer algo, não configurando obrigação
principal, mas sim acessória. Alternativa errada.
Alternativa E: Tanto o pagamento do tributo como o pagamento de multa tributária constituem obrigações
principais, nos termos do art. 113, § 1º, do CTN. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A

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SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


Nós vimos que a relação jurídico-tributária é constituída por dois sujeitos: ativo (credor) e passivo (devedor).

Vamos estudar, a partir de agora, cada um separadamente.

Sujeito Ativo da Obrigação Tributária e Capacidade Ativa

Nós já estudamos alguns aspectos atinentes ao sujeito ativo da obrigação tributária no decorrer do curso.
Nesse momento, vamos aproveitar apenas para sintetizar o conteúdo já visto e acrescentar alguns detalhes.

Certamente, você já está “afiado” em relação a quem pode ocupar o pólo ativo da relação jurídico-tributária.
Trata-se da pessoa política titular da competência tributária para instituir o tributo (União, Estados, DF e
Municípios) ou a pessoa jurídica de direito público titular da capacidade ativa, que, como já vimos, é
responsável pela arrecadação e fiscalização do tributo. Nesse sentido, prescreve o art. 119 do CTN:

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.

O professor Eduardo Sabbag (2013), em sua obra, ainda prevê a seguinte denominação:

Sujeito ativo direto → Pessoa política titular da competência tributária;

Sujeito ativo indireto → São aqueles que detêm apenas a capacidade tributária ativa.

Lembre-se de que os territórios federais não possuem competência tributária, ou seja,


não podem instituir tributos. São considerados apenas descentralizações administrativo-
territoriais pertencentes à União.

Quando estudamos a competência tributária, vimos também que o STJ (Súmula 396) já entendeu que a CNA
– Confederação Nacional da Agricultura – possui legitimidade ativa para cobrança da contribuição sindical
rural, que é considerada tributo. Contudo, vimos que, por ser exceção, devemos adotar a Súmula 396
somente se a questão mencionar expressamente.

Ainda na sequência do nosso estudo sobre o sujeito ativo da obrigação tributária, você se lembra de quando
vimos que o CTN (art. 120) prevê uma hipótese de extraterritorialidade da legislação tributária, em caso de
desmembramento territorial?

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Naquela ocasião, nós aprendemos que o “ente novo” pode aplicar a legislação do município desmembrado
até que a sua entre em vigor. Contudo, o que acontece com as obrigações tributárias surgidas até o momento
naquele território que agora pertence ao novo ente federado? Ocorre a denominada sucessão ativa.

Nas palavras do CTN, a pessoa jurídica que se constituir (o novo ente) pelo desmembramento territorial de
outra, sub-roga-se nos direitos desta (a antiga), isto é, há mudança do sujeito ativo, ou melhor, há inovação
subjetiva.

Observação: Sub-rogar significa transferir os direitos e funções de uma pessoa para outra.

Assim, resta claro que há dois efeitos previstos no art. 120 do CTN:

• Mudança do sujeito ativo em relação às obrigações tributárias já constituídas;


• Recepção da legislação tributária até que a sua (do novo ente) entre em vigor.

Até poderia surgir a seguinte dúvida: e as relações tributárias que vierem a ser constituídas após o
desmembramento? A resposta é simples: já pertencem ao novo ente, ou seja, não há transferência.

Sujeito Passivo da Obrigação Tributária

O sujeito passivo da obrigação tributária é a pessoa que integra a relação jurídico-tributária, estando
obrigada a arcar com o pagamento do tributo devido e/ou penalidade devida (obrigação principal) ou com
as prestações de fazer ou deixar de fazer algo (obrigações acessórias).

Relativamente à obrigação principal, surgem as figuras do contribuinte e do responsável.

Nesse contexto, o CTN assevera o seguinte:

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de


tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra


de disposição expressa de lei.

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O Sujeito passivo da obrigação tributária deve sempre ser estabelecido por lei. Afinal, é a
própria lei instituidora do tributo que define quem é o sujeito passivo.

Percebe-se que para ser contribuinte, é necessário que o sujeito passivo tenha relação pessoa e direta com
a situação que constitua o respectivo fato gerador. Do contrário, o sujeito passivo será considerado
responsável.

Sendo assim, o contribuinte é denominado pela doutrina de sujeito passivo direto, enquanto o responsável,
sujeito passivo indireto.

O responsável, então, não possui relação direta com o fato gerador, mas está obrigado a adimplir a
obrigação tributária principal, por expressa disposição legal.

Observação: Lembre-se de que o responsável não faz acontecer o fato gerador. Por esse
==192f9d==

motivo, somente a lei pode obrigá-lo a cumprir com a obrigação tributária. Afinal de
contas, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei (CF/88,
art. 5º, II).

Relação pessoal e
Contribuinte
direta com F.G.
Obrigação Principal
Obrigação decorrente
Responsável
Sujeito passivo da lei

Obrigado a fazer/deixar de fazer


Obrigação Acessória
algo

Destaque-se que o responsável deve possuir certa relação ou vínculo (embora não seja pessoal e direta)
com a situação que deu origem ao fato gerador. Isso ocorre, como veremos ao estudar a responsabilidade
tributária, por conta do disposto no art. 128 do CTN:

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da

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respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este


em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Vamos a um exemplo prático!

O art. 45 do CTN estabelece que são contribuintes do IR o titular da disponibilidade econômica ou jurídica
de renda e de proventos de qualquer natureza, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor,
a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.

No caso específico do imposto de renda das pessoas físicas, o contribuinte é aquele que recebe a renda e os
proventos, mas o CTN permite que as fontes pagadoras sejam eleitas pela lei como responsáveis pela
retenção e recolhimento do imposto.

O conceito de contribuinte que vimos até o momento é o contribuinte de direito. Existe também o
denominado contribuinte de fato. Lembra-se do que vimos na aula sobre imunidades?

O contribuinte de fato é aquele que, embora chamado de “contribuinte”, não integra a relação jurídica,
suportando apenas a incidência econômica do tributo.

Essa figura surge nos denominados tributos indiretos, em que o ônus do tributo e repassado ao consumidor
final. Assim, embora o consumidor não recolha os tributos, acaba arcando com esse encargo que foi
embutido no valor das mercadorias. Vamos repetir o exemplo anteriormente fornecido:

Imaginemos que determinado cidadão compra uma TV de LED em uma loja de eletrodomésticos. Sobre a
incidência do ICMS nesta operação, a loja é eleita pela lei como contribuinte, e é ela quem vai recolher tal
imposto, correto? No entanto, quem sofre o ônus do tributo não é a loja, mas, sim, a pessoa física que
adquiriu a TV. Isso ocorre, porque a loja simplesmente acrescenta o custo daquele tributo no valor da TV.

Por fim, perceba que tanto o contribuinte, como o responsável por determinada obrigação tributária devem
ser estipulados em lei. No que se refere ao contribuinte, a previsão é feita na própria lei instituidora do
tributo, por ser elemento subjetivo, essencial para que o tributo seja criado. Em relação ao responsável,
como vimos, a sua obrigação deve decorrer de disposição expressa em lei.

Sendo assim, o art. 123 do CTN assevera que, salvo disposições de lei em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondente.

Isso é bastante óbvio! Se a lei determina quem deve pagar o tributo, não pode um contrato particular definir
algo em contrário, somente outra lei!

Como exemplo, cite-se o caso do IPTU. Nós vimos que o locatário não pode ser considerado contribuinte do
IPTU, por não exercer a posse do imóvel com animus definitivo.

Logo, se você aluga um apartamento, assinando um contrato com o proprietário de que se compromete em
pagar o IPTU relativo ao imóvel, isso não o torna contribuinte do IPTU. Se você deixar de pagar, quem será
cobrado, a princípio, é o dono do imóvel, pois ele é o contribuinte. É claro que ele pode pagar e depois vir
cobrar de você, mas isso não importa ao Direito Tributário.

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Nesse ínterim, o STJ sumulou o entendimento de que o locatário não possui legitimidade ativa para discutir
a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses
tributos:

Súmula STJ 614 - O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-
tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses
tributos.

Vamos entender melhor o que quis dizer o STJ! Podemos dividir o texto da súmula em duas partes:
1) O locatário não pode ajuizar uma ação contra o Município para discutir alguma questão
envolvendo o IPTU e as taxas sobre o imóvel (como uma ação contra um aumento de alíquotas, por
exemplo);
2) O locatário não pode ajuizar ação contra o Município para repetir indébito (pleitear devolução)
de algum tributo pagado indevidamente ou a maior.
Entendido?!

Um contrato particular não é capaz de alterar o sujeito passivo da obrigação tributária.


Guarde isso!

Nesse contexto, o STJ já decidiu que a alienação fiduciária não afasta a pena de perdimento de veículo,
quando houver previsão legal para aplicação de tal pena:

CONVENÇÃO PARTICULAR NÃO OPONÍVEL À FAZENDA PÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 123, DO


CTN. PRINCÍPIOS DA ETICIDADE E DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO. ARTS. 421 E 2035, DO
CC/2002. JURISPRUDÊNCIA DO EXTINTO TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS. COMPATIBILIDADE
COM A SÚMULA N. 138/TFR.

1. É admitida a aplicação da pena de perdimento de veículo objeto de alienação fiduciária. (...)

2. Tal ocorre porque o contrato de alienação fiduciária não é oponível ao Fisco, na forma do que
preceitua o art. 123, do Código Tributário Nacional: "Salvo disposições de lei em contrário, as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem
ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias correspondentes".

3. Desse modo, perante o Fisco e para a aplicação da pena de perdimento, o contrato de alienação
fiduciária não produz o efeito de retirar a propriedade do devedor fiduciante, subordinando o

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bem à perda como se dele fosse, sem anular o contrato de alienação fiduciária em garantia
efetuado entre credor e devedor que haverão de discutir os efeitos dessa perda na esfera civil.

(STJ, REsp 1.387.990/PR, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Julgamento em
17/09/2013)

Observação: A alienação consiste na transferência da propriedade de um bem (um


automóvel, por exemplo) ao credor (instituição financeira, por exemplo), como garantia de
uma obrigação do devedor (um financiamento), sendo que este permanece com a posse
do bem.

Capacidade Tributária Passiva

Sabemos que a capacidade tributária ativa é a capacidade de figurar no pólo ativo da obrigação tributária.
Por consequência lógica, a capacidade tributária passiva é a aptidão para se tornar sujeito passivo da
obrigação tributária.

Vamos ver o que o CTN diz acerca da capacidade tributária passiva:

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do


exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de
seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional.

Em termos mais simples, a capacidade tributária passiva existe, ainda que a pessoa seja incapaz ou esteja
privada do exercício de atividades civis, ou mesmo a pessoa jurídica que ainda não tenha sido regularmente
constituída.

Desse modo, se uma criança for proprietária de uma fazenda, deverá pagar ITR. No mesmo sentido, um
interditado (incapaz de praticar os atos da vida civil) pode vir a contribuir com o IPTU, caso possua um imóvel
localizado na zona urbana do Município.

No que se refere às pessoas jurídicas, são consideradas pessoas jurídicas mesmo que não tenha CNPJ ou
registro estadual. Logo, se o seu vizinho fabrica solas de sapato em larga escala, mas não se formaliza para
não contribuir com o IPI, por exemplo, saiba que ele não deixa de ser considerado sujeito passivo dos tributos
incidentes sobre a produção e circulação de mercadorias.

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Em termos jurídicos, é importante sabermos que uma sociedade só possui personalidade jurídica quando os
seus atos constitutivos são inscritos no registro próprio. Esse é o momento do início da existência legal da
pessoa jurídica. Antes do registro, a sociedade que assim operar é conhecida como sociedade em comum.

Em questões de prova, se você vir o termo “capacidade passiva”, lembre-se de que todos
podem vir a ser sujeito passivo, com exceção, é claro, dos mortos.

(SEFAZ-AM/2022) Alexandre Peres, com 14 anos, passou a receber valores a título de propaganda no seu
canal de Youtube, com receita superior à isenção do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. Assinale a
opção que indica a situação de Alexandre, por ele ser menor, diante do IRPF.
A) Só pode ser contribuinte se for emancipado.
B) Não, o contribuinte será um dos seus pais.
C) Não há incidência de IRPF para menores.
D) Por auferir renda, pode ser contribuinte.
E) Seus pais serão solidariamente responsáveis, mesmo que seja possível cobrar do menor.
Comentário: Por força legal do art. 126 do CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade
civil das pessoas, ou seja, tal capacidade existe ainda que a pessoa seja incapaz ou esteja privada do exercício
de atividades civis.
Feita essa introdução vamos aos comentários.
Alternativa A: Para Alexandre ser contribuinte independe ele ser emancipado. Alternativa errada.
Alternativa B: Como para ser contribuinte independe da capacidade civil de Alexandre, ele é o contribuinte
e não os pais. Alternativa errada.
Alternativa C: A capacidade tributária passiva existe, ainda que a pessoa seja incapaz ou esteja privada do
exercício de atividades civis, ou mesmo a pessoa jurídica que ainda não tenha sido regularmente constituída,
portanto há incidência do imposto. Alternativa errada.
Alternativa D: Perfeito, confira a literalidade do CTN.
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

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III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.
Alternativa correta.
Alternativa E: Os pais somente serão responsáveis caso NÃO seja possível cobrar de Alexandre que é o
contribuinte, essa é a previsão do art. 134, do CTN.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
(...)
Alternativa errada.
Gabarito: Letra D
(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) É incompatível com o Código Tributário Nacional lei distrital que admita a
indicação do sujeito passivo do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) pelas partes no contrato
de compra e venda de imóvel, pois as convenções particulares não são oponíveis à fazenda pública.
Comentário: A regra seria exatamente essa, porém tal regra contempla exceções que estejam previstas em
lei, com base no que dispõe o art. 123, do CTN: "salvo disposições de lei em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes."
Gabarito: Errada
(TJ-PR-Juiz Estadual/2019) De acordo com o Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da obrigação
tributária principal é a pessoa
a) jurídica de direito público titular da competência de exigir o cumprimento da obrigação.
b) jurídica de direito público destinatária do produto da arrecadação do referido tributo.
c) física ou jurídica obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária de natureza tributária.
d) física ou jurídica que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o respectivo fato gerador.
Comentário: O sujeito ativo da obrigação tributária principal é sempre uma pessoa jurídica de direito público,
conforme prevê o art. 119, do CTN. Podemos dizer então que é a pessoa jurídica de direito público que
detenha a competência para exigir o cumprimento da referida obrigação.
Gabarito: Letra A
(PGE-PE-Procurador/2018) O sujeito ativo da obrigação acessória é denominado responsável tributário.
Comentário: Na realidade, é o sujeito passivo que se denomina contribuinte ou responsável tributário.
Gabarito: Errada
(SEFAZ-SC-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018) Relativamente às obrigações tributárias, o Código
Tributário Nacional estabelece que, com a ocorrência do fato gerador da obrigação
a) principal, surge a obrigação tributária principal, cujo objeto é o pagamento do tributo, tendo como sujeito
ativo pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento, e como sujeito
passivo a pessoa obrigada ao pagamento do referido tributo.

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b) acessória, surge a obrigação tributária principal, cujo objeto é o pagamento da penalidade pecuniária,
tendo como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento, e como sujeito passivo o responsável pelo pagamento dessa penalidade.
c) principal, cessa a fluência do prazo decadencial e tem início a fluência do prazo prescricional, no transcurso
do qual deverá ser feito o lançamento tributário.
d) acessória, surge a obrigação tributária acessória, cujo objeto são as prestações em que se decompõe o
parcelamento da penalidade, e que tem, como sujeito passivo, a pessoa que for identificada na lei definidora
de infrações ou cominadora de penalidades.
e) principal, abre-se um prazo previsto na legislação de cada tributo para que o sujeito passivo da obrigação
efetue o pagamento do tributo devido ou requeira o parcelamento do crédito tributário ou, ainda, apresente
reclamação contra as circunstâncias em que ocorreu o referido fato gerador, sob pena de ocorrência de
prescrição.
Comentário:
Alternativa A: A resposta está no art. 113, § 1º c/c art. 119, que traz a definição do sujeito ativo da obrigação
principal. O ideal teria sido apontar o objeto da obrigação principal como sendo o pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária, mas, sem dúvida alguma, é a assertiva mais adequada da questão. Alternativa
correta.
Alternativa B: Não há relação entre o fato gerador da obrigação acessória com o surgimento da obrigação
tributária principal. Alternativa errada.
Alternativa C: Você não precisava dominar decadência e prescrição para acertar esta questão, conforme
vimos na Alternativa A. Mas, para esclarecer, a decadência não existe antes do surgimento da obrigação
tributária pelo seu fato gerador (nem sempre o início desse prazo começa automaticamente com a
ocorrência do fato gerador). Afinal, não há que se falar em decadência de um direito que sequer chegou
existir. Alternativa errada.
Alternativa D: A penalidade pecuniária é objeto da obrigação principal, e não acessória. Alternativa errada.
Alternativa E: Esta assertiva confunde o conceito de fato gerador da obrigação principal com o prazo que o
sujeito passivo possui após a notificação do lançamento (constituição do crédito tributário), que é posterior
à ocorrência do fato gerador. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
(CLDF-Consultor Legislativo/2018) O domínio das noções de tributo, imposto, taxa e contribuição implica o
conhecimento das regras atinentes tanto à sujeição ativa, como à sujeição passiva das obrigações tributárias,
principal e acessórias. De acordo com o CTN, que estabelece as normas gerais de direito tributário, o sujeito
a) passivo da obrigação principal diz-se responsável, quando não for titular de imunidade, de isenção de
qualquer outro benefício de caráter pessoal.
b) passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
c) passivo da obrigação acessória diz-se contribuinte, quando ele tiver capacidade econômica para liquidar o
crédito tributário.
d) ativo da obrigação tributária é a pessoa natural ou jurídica que figurar como autor de ação judicial que
verse sobre matéria tributária.
e) passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento de valor em pecúnia.

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Comentário:
Alternativa A: O sujeito passivo é considerado como responsável, quando, sem revestir a condição de
contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Alternativa errada.
Alternativa B: É o que prevê o caput do art. 121, do CTN: sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Alternativa correta.
Alternativa C: O art. 122, do CTN, prevê que sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às
prestações que constituam o seu objeto. Alternativa errada.
Alternativa D: Na verdade, o art. 119 define que sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito
público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Alternativa errada.
Alternativa E: O art. 122, do CTN, prevê que sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às
prestações que constituam o seu objeto. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
(TRF-5ª Região-Analista Judiciário/2017) Mário e Maria decidiram abrir um bazar em sociedade. Embora a
legislação do ICMS de seu Estado determinasse que, antes de dar início a suas operações de circulação de
mercadorias, a empresa devesse estar inscrita, como contribuinte, na repartição fiscal competente, Mário e
Maria não atenderam a essa exigência legal. Simplesmente abriram a empresa e começaram a funcionar,
sem cumprir as exigências da legislação tributária pertinente. Nem mesmo contrato social escrito a empresa
tinha.
Compravam de seus fornecedores e vendiam a seus clientes, como o fazem todas as empresas regulares, e
atuavam, perante seus fornecedores e clientes, tal como atuam as empresas em situação regular perante o
fisco. Ninguém tinha dúvida de que a empresa de Mário e Maria configurava efetivamente uma unidade
econômica. Até nome fantasia a sociedade tinha: "Bazar MM”.
Considerando os dados acima e a normas do Código Tributário Nacional,
a) a empresa em questão, desde que comprove, efetivamente, sua capacidade econômico-financeira,
possuirá, automática e necessariamente, capacidade ativa.
b) o fato de essa empresa configurar uma unidade econômica, mesmo sem estar regularmente constituída,
é o bastante para nela se identificar capacidade tributária passiva.
c) a empresa em questão, em razão de sua constituição irregular e da falta de comprovação da capacidade
civil de seus dois sócios, não possui capacidade tributária passiva, nem ativa.
d) a falta capacidade tributária ativa da pessoa jurídica irregularmente constituída pode ser suprida com a
comprovação de que todos os seus sócios são, de fato, pessoas civilmente capazes.
e) a capacidade passiva da pessoa jurídica depende, necessária e diretamente, da comprovação da
capacidade tributária ativa de cada um de seus sócios, tratando-se de pessoa jurídica constituída sob
responsabilidade limitada.
Comentário: De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de estar a
pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
Portanto, não resta qualquer sombra de dúvidas quanto à resposta da questão: Letra B.
Gabarito: Letra B

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SOLIDARIEDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO


O instituto da solidariedade foi definido no art. 264 do Código Civil da seguinte forma:

Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou


mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

Você não precisa memorizar nada do que foi acima transcrito, pois o objetivo é apenas demonstrar que a
solidariedade ocorre quando há mais de um credor ou mais de um devedor em uma mesma obrigação.

No Direito Tributário, o credor da obrigação tributária é o sujeito ativo, titular da competência para instituir
o tributo ou a pessoa jurídica de direito público a quem tenha sido delegada a capacidade tributária ativa.

Assim, ou o ente competente para instituir o tributo cobra ou delega a outra (e somente uma) pessoa jurídica
de direito público para realizar a arrecadação. Diante disso, temos que, em matéria tributária, não há que
se falar em solidariedade ativa.

Vejamos, então, o que estabelece o art. 124 do CTN, ao tratar do tema:

Art. 124. São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

O dispositivo legal apresenta duas situações em que ocorre a solidariedade. O primeiro caso de
solidariedade, em que há interesse comum, denomina-se solidariedade de fato ou natural. O segundo caso,
em que as pessoas se tornam solidariamente obrigadas por meio de previsão legal, denomina-se
solidariedade de direito ou legal.

Há que se destacar que, mesmo quando a solidariedade decorra do interesse comum das pessoas na
situação que constitua o fato gerador, a solidariedade decorre de lei, tendo em vista que o CTN (norma
geral que previu a solidariedade) não deixa de ser uma lei. Sendo assim, pode-se dizer que a solidariedade
sempre decorre de lei.

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Não existe solidariedade ativa no Direito Tributário.

A solidariedade sempre decorre de lei.

Na solidariedade de fato, duas ou mais pessoas se tornam obrigadas ao cumprimento de uma mesma
obrigação tributária, por terem interesse comum na situação.

O interesse comum pode se dar, por exemplo, quando uma propriedade pertence a mais de uma pessoa.
==192f9d==

Nesse caso, a obrigação de pagar IPTU é solidária entre eles.

Observação: o mesmo raciocínio não se aplica ao IPTU devido por uma sociedade
empresarial, que possua no contrato social dois sócios (A e B). O contribuinte é somente a
sociedade, e não os seus sócios! Não confunda!!!

Isso ocorre em função do princípio da entidade, segundo o qual, as obrigações e o


patrimônio dos sócios não se confundem com as obrigações e o patrimônio da sociedade.

No que se refere a esse assunto, a jurisprudência do STJ tem entendido que o simples fato de as empresas
pertencerem ao mesmo conglomerado financeiro não caracteriza por si só o interesse comum capaz de gerar
solidariedade tributária:

"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. ISS.


EXECUÇÃO FISCAL. PESSOAS JURÍDICAS QUE PERTENCEM AO MESMO GRUPO ECONÔMICO.
CIRCUNSTÂNCIA QUE, POR SI SÓ, NÃO ENSEJA SOLIDARIEDADE PASSIVA.

1. O entendimento prevalente no âmbito das Turmas que integram a Primeira Seção desta Corte
é no sentido de que o fato de haver pessoas jurídicas que pertençam ao mesmo grupo
econômico, por si só, não enseja a responsabilidade solidária, na forma prevista no art. 124 do
CTN. Ressalte-se que a solidariedade não se presume (art. 265 do CC/2002), sobretudo em sede
de direito tributário.(...)"

(STJ, REsp 834.044/RS, Primeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Julgamento em
08/09/2010)

Em relação à solidariedade de direito, como o próprio nome diz, decorre de lei que estabeleça a obrigação
solidária. Nesse sentido, o legislador, por exemplo, encontra respaldo no art. 124, II, do CTN, se quiser
obrigar diversas pessoas ao cumprimento de determinada obrigação tributária para dar maior garantia ao
recebimento do crédito tributário.

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Uma característica comum tanto à solidariedade de fato como a de direito é que não há benefício de ordem
(CTN, art. 124, par. único). Isso significa que o fisco pode exigir a dívida integralmente de qualquer um dos
devedores solidários, sem seguir qualquer ordem.

Vamos exemplificar para facilitar a compreensão: Carlos, José e Bruno são proprietários de um imóvel
urbano, localizado no Município de São Paulo. Carlos detém 5% do imóvel, José, 70% e Bruno, 25%. Vamos
supor, ainda, que o valor do IPTU no ano de 2013 foi de R$ 1.000,00.

Pela lógica da solidariedade, o credor (Município) pode exigir o valor de R$ 1.000, integralmente, de Carlos,
mesmo que este tenha a menor participação na propriedade. Após o pagamento, obviamente, Carlos poderá
ajuizar uma ação regressiva contra os demais devedores solidários, com o objetivo de recuperar 95% (70%
de José e 25% de Bruno) do valor pago que não cabia a ele.

Vamos ver agora os efeitos que a solidariedade produz, que foram previstos no art. 125 do CTN:

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo;

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou


prejudica aos demais.

O primeiro efeito é que o pagamento efetuado por qualquer dos obrigados aproveita os demais. O que isso
quer dizer? No nosso exemplo, se Carlos pagou o valor de R$ 1.000,00, não cabe ao fisco exigir o valor em
duplicidade dos demais devedores, pois a obrigação tributária já foi satisfeita em sua totalidade.

Também há que se ressaltar que a isenção ou remissão exonera todos os obrigados, salvo se for outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo quanto aos demais pelo saldo restante.

Observação: Nesse momento, importa apenas saber que tanto a isenção como a remissão
são consideradas benefícios fiscais. Estudaremos isso em outra aula.

Deve-se diferenciar o benefício fiscal objetivo e o subjetivo. Quando a isenção, por exemplo, é objetiva, isto
é, relativa ao objeto, ela reduz a dívida como um todo. Logo, todos os obrigados deixam de ser devedores.

Por outro lado, se a isenção é subjetiva, beneficiando apenas um dos obrigados, os demais continuam
devedores do valor restante da dívida tributária.

Mais uma vez vamos utilizar o exemplo dado. Se uma lei isenta determinados imóveis do pagamento do
IPTU, e o imóvel de Carlos, José e Bruno se enquadra nas características legais, todos são beneficiados pela
isenção.

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Por outro lado, se José é portador de necessidades especiais, e a lei isenta tais pessoas do pagamento do
IPTU, podemos dizer que a isenção foi outorgada pessoalmente a José. Nesse caso, ele deixa de pertencer à
relação jurídico-tributária, juntamente com o valor do imposto que correspondia à sua quota (R$ 700,00).
Destaque-se que a solidariedade continua a existir em relação a Carlos e Bruno, sendo que o valor total da
dívida passa a ser de R$ 300,00.

O terceiro e último efeito da solidariedade é um pouco mais complexo, e eu não vejo lógica em explicá-lo
nesse momento. Por ora, é melhor que você decore.

Para facilitar, lembre-se que prescrição se refere a dois tipos de prazos:

• Prazo para o Estado promover a ação de execução fiscal, com o objetivo de receber
o valor do crédito tributário não pago pelo contribuinte;
• Refere-se ao contribuinte que pagou tributo a maior e deseja restituição da
diferença, sendo que é o prazo para ajuizar a ação anulatória contra decisão
administrativa que denegar a restituição.

Em relação ao prazo prescricional, a sua interrupção a favor ou contra um dos obrigados,


favorece ou prejudica todos os demais!

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Pagamento
Aproveita aos
demais

Exonera todos os
demais
devedores
Efeitos da
Isenção/Remissão
Solidariedade
Exceto se pessoal Subsiste saldo
a um deles p/demais
Salvo disposição de
lei em contrário...
Favorece ou
Interrupção da
Prescrição prejudica os
demais

(SEFAZ-SC-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018) O Código Tributário Nacional (CTN) apresenta os


conceitos de sujeito ativo, sujeito passivo e solidariedade para fins tributários.
Conforme o referido código,
a) pessoas solidariamente obrigadas são aquelas que têm interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação principal, ou as expressamente designadas por lei.
b) sujeito passivo da obrigação acessória é aquele que responde, com benefício de ordem, apenas se o sujeito
passivo da obrigação principal não cumprir a obrigação quando demandado.
c) sujeito ativo é aquele que planeja e executa o fato gerador, deixando a responsabilidade para o sujeito
passivo e os solidários.
d) sujeito solidário é aquele que, em razão dever legal ou moral, deve responder pelos débitos em conjunto
com o sujeito ativo.
e) sujeito passivo é aquele que permite a ocorrência do fato gerador e, em conjunto com o sujeito ativo, é
responsável pelo pagamento do imposto ou penalidade.
Comentário:

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Alternativa A: De fato, o art. 124, do CTN, estabelece que são solidariamente obrigadas as pessoas que têm
interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, ou as expressamente
designadas por lei. Alternativa correta.
Alternativa B: O sujeito passivo da obrigação acessória foi previsto no art. 122, do CTN: é a pessoa obrigada
às prestações que constituam o seu objeto. Alternativa errada.
Alternativa C: O art. 119, do CTN, define o sujeito ativo da obrigação tributária: Sujeito ativo da obrigação é
a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Alternativa
errada.
Alternativa D: O sujeito solidário é o que, por decorrência de disposição legal apenas, deve responder pelos
débitos em conjunto com outro sujeito passivo. Não há que se falar em solidariedade ativa no Direito
Tributário. Alternativa errada.
Alternativa E: Na verdade, o sujeito passivo é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária, conforme dispõe o caput do art. 121, do CTN. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
(TCM-RJ-Procurador/2015) A propriedade de um bem imóvel por três proprietários com frações distintas
gera
a) três fatos geradores distintos, um para cada proprietário.
b) três fatos geradores distintos, um para cada proprietário, mas com solidariedade entre eles.
c) um fato gerador, mas com três sujeitos passivos, cada um responsável proporcionalmente à sua fração,
sem solidariedade.
d) um fato gerador, com três sujeitos passivos solidários entre si pelo todo, por interesse comum consistente
na transmissão do bem imóvel.
e) um fato gerador, com três sujeitos passivos que somente serão devedores solidários se houver expressa
disposição legal neste sentido ou se eles tiverem expressamente assim convencionado.
Comentário: A propriedade é uma só, ocorrendo apenas um fato gerador. Porém, como exitem três
proprietários, haverá mais de um devedor dessa obrigação tributária. Por haver interesse comum na
propriedade do imóvel, os três proprietários são devedores solidários entre si por toda a dívida.
Gabarito: Letra D

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DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
O domicílio tributário é o local que o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) elege para fins de
cadastro e comunicação com o fisco, é o local onde ele é encontrado para que dele se exija o cumprimento
das obrigações tributárias.

É importante ressaltar as palavras do ilustre autor e professor Paulo de Barros Carvalho (grifamos):

“Vige a regra geral da eleição do domicílio que o sujeito passivo pode fazer a qualquer tempo, decidindo,
espontaneamente, sobre o local de sua preferência. Todas as comunicações fiscais, de avisos e esclarecimentos,
bem como os atos, propriamente, de intercâmbio procedimental – intimações e notificações – serão dirigidas àquele lugar
escolhido, que consta dos cadastros das repartições tributárias, e onde o fisco espera encontrar a pessoa, para a
satisfação dos mútuos interesses.” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013. Pág.
300)

Diante do exposto, percebe-se que o domicílio é eleito pelo próprio sujeito passivo. É o local onde ele
escolhe para que receba as comunicações fiscais, como intimações e notificações.

Caso o sujeito passivo seja omisso quanto à escolha do domicílio, entre em cena o art. 127 do CTN, cuja
redação é a seguinte:

Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na


forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua


sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no


território da entidade tributante.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste
artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar
da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite


ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
parágrafo anterior.

Sendo assim, as pessoas naturais, que não elegem o seu domicílio fiscal, será este o local da sua residência
habitual. Caso o fisco não conheça este local, ou se o contribuinte não viver habitualmente em lugar nenhum,
o domicílio tributário será o centro habitual de sua atividade.

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Domicílio não se confunde com residência. Esta é o local de moradia da pessoa.

Contudo, se a pessoa natural não elege o domicílio, pode ser que este seja o local da sua
residência. Veja que nem sempre isso ocorre!

Quanto às pessoas jurídicas de direito privado, o domicílio pode ser o lugar da sua sede ou o de cada
estabelecimento, para os fatos geradores neles ocorridos. Acrescente-se que o STJ (REsp 23.371/SP) tem
entendido como juridicamente possível as pessoas jurídicas ou firmas individuais possuírem mais de um
domicílio tributário.

Tratando-se de pessoa jurídica de direito público, o domicílio tributário pode ser o local de qualquer uma de
suas repartições, estando, obviamente, dentro do território da entidade tributante.

Se as regras acima explicitadas não puderem ser aplicadas (CTN, art. 127, § 1º), será considerado como
domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos
ou fatos que deram origem à obrigação.

Observação: Embora as bancas cobrem a literalidade do CTN, em resumo, o que acaba de


ser dito é: será o lugar dos bens ou da ocorrência do fato gerador.

Outro ponto a ser ressaltado sobre a eleição pelo sujeito passivo do seu domicílio fiscal é: a autoridade
administrativa pode recusá-lo? Sim! Conclui-se, portanto, que o direito de escolha do contribuinte não é
absoluto.

Destaque-se que a recusa por parte da autoridade administrativa só pode ser feita se for demonstrado que
o domicílio eleito pelo sujeito passivo impossibilita ou, pelo menos, dificulta a arrecadação ou a fiscalização
tributária. Logo, a recusa deve ser motivada.

-O direito de escolha do domicílio pelo sujeito passivo não é absoluto;

-A recusa por parte da autoridade deve ser motivada.

Vale ressaltar que se o domicílio eleito for recusado pelo fisco, aplica-se a mesma regra do § 1º, que diz o
seguinte: quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo,

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considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Logo, em tal situação, deve a autoridade seguir primeiramente as regras dos incisos do art. 127 (para pessoas
físicas, pessoas jurídicas de direito privado e pessoas jurídicas de direito público), para só depois, na
impossibilidade de sua aplicação, considerar como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o
lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Vamos esquematizar mais uma vez o conteúdo visto:

Domicílio Tributário

Regra: O sujeito
passivo escolhe seu
domicílio tributário Pessoa natural: residência habitual, ou, sendo esta
incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua
atividade.
Caso seja
omisso PJ de direito privado: local da sede ou de cada
estabelecimento, para FG nele ocorrido.

O domicílio impediu ou
dificultou a fiscalização PJ de direito público: qualquer de suas repartições
e arrecadação no território da entidade tributante.

Se for
impossível

Autoridade O domicílio será o local dos bens ou da


administrativa recusa o ocorrência dos atos ou fatos que
domicílio eleito deram origem à obrigação

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Por fim, ainda no que se refere ao domicílio tributário do sujeito passivo, destaque-se que o STJ tem
entendido que caracteriza cerceamento de defesa do sujeito passivo notificação fiscal enviada para
endereço diferente do domicílio tributário, quando este é do conhecimento do fisco:

TRIBUTARIO. DOMICILIO TRIBUTARIO. FIRMA INDIVIDUAL. C.T.N., ART.127, II. APLICAÇÃO.

I - O acórdão recorrido, ao admitir como válida notificação fiscal enviada para local diverso do
domicílio tributário do contribuinte, que era do conhecimento do fisco, ofendeu o art. 127, II,
do C.T.N. II - Recurso Especial conhecido e provido.

(STJ, 33.837/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, Julgamento em
04/03/1996)

==192f9d==

(SEFAZ-AM/2022) A sociedade empresária Beta alterou sua sede para uma cidade extremamente distante a
qual só é possível chegar de barco e gastando mais de um dia de viagem, mas deixou filiais na Capital do
Estado. A sociedade empresária impugnou autuações recebidas nas filiais em que ocorreram os fatos que
deram origem à obrigação, por não ser o seu domicilio tributário.
Sobre a posição da sociedade empresária Beta, assinale a afirmativa correta.
A) Assiste razão à sociedade empresária, pois a Receita Estadual não pode discriminar a sede da empresa.
B) A Receita Estadual só pode mandar as autuações para outros endereços, após 3 tentativas de encontrar
os responsáveis pela sociedade empresária.
C) A Receita Estadual está errada, não podendo atribuir à sociedade empresária, sua falta de estrutura.
D) Não assiste razão à sociedade empresária, pois a Receita Estadual pode, ao seu arbítrio, escolher qual o
domicilio tributário da sociedade empresária.
E) Não assiste razão à sociedade empresária, pois a autoridade administrativa pode recusar o domicílio
eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
Comentário: Ressalta-se que o domicílio tributário é de livre eleição por parte do contribuinte desde que
não impeça ou dificulte a fiscalização ou arrecadação.
Caso não haja a eleição do domicílio tributário, na hipótese de ser uma Pessoa Jurídica de Direito Privado,
como é o caso da sociedade empresária Beta, o domicílio será o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos
ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento.
Feita essa breve introdução vamos aos comentários.
Alternativa A: Quando o domicílio eleito impedir ou dificultar a fiscalização ou arrecadação, esse pode ser
recusado pela autoridade administrativa, essas é a inteligência do § 2º, art. 127, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa B: Não há essa previsão de restrição de fazer 3 tentativas antes. Alternativa errada.
Alternativa C: A Receita Estadual está correta em recusar o domicílio, mas o motivo não pode ser a falta de
estrutura, mas sim se houver situação que impeça ou dificulte a fiscalização. Alternativa errada.

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Alternativa D: A seu arbítrio não, a Receita Estadual só pode negar quando houver situação que impeça ou
dificulte a fiscalização, sendo este o caso, o domicílio será o da sua sede ou de cada estabelecimento, se
ainda assim não for possível, será o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
origem à obrigação.
Alternativa E: Literalidade do § 2º, art. 127, do CTN, confira.
Art. 127, §2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte
a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
Gabarito: Letra E
(SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019) Se um contribuinte não eleger o seu domicílio fiscal na forma da lei, a
administração tributária deverá considerar como domicílio
a) a residência habitual do contribuinte, ainda que incerta, caso se trate de pessoa natural.
b) a residência do empresário, caso se trate de firma individual.
c) o estabelecimento mantido na capital do estado federado, caso se trate de sociedade de economia mista.
d) qualquer uma das repartições localizadas no território da entidade tributante, caso se trate de pessoa
jurídica de direito público.
e) qualquer uma das filiais localizadas no território da entidade tributante, caso se trate de empresa pública.
Comentário:
Alternativa A: Em se tratando de pessoa natural (pessoa física), em caso de omissão, o domicílio deve ser a
sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade.
Alternativa errada.
Alternativa B: Em se tratando de firmas individuais (regra que vale também para pessoas jurídicas de direito
privado), em caso de omissão, o domicílio deve ser o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que
derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento. Alternativa errada.
Alternativa C: Em se tratando de sociedade de economia mista (pessoa jurídica de direito privado), em caso
de omissão, o domicílio deve ser o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à
obrigação, o de cada estabelecimento. Alternativa errada.
Alternativa D: Realmente, em se tratando de pessoas jurídicas de direito público, em caso de omissão, o
domicílio deve ser qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. Alternativa correta.
Alternativa E: Em se tratando de empresa pública (pessoa jurídica de direito privado), em caso de omissão,
o domicílio deve ser o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o
de cada estabelecimento. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D
(SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019) Determinada empresa, constituída como pessoa jurídica de direito privado,
elegeu por domicílio tributário, entre os seus estabelecimentos fabris, um situado em área distante de seu
centro administrativo de distribuição logística, que é o lugar de situação dos bens a serem vendidos, o que
dificulta a arrecadação e a fiscalização de tributos.
Nessa situação hipotética, a autoridade administrativa
a) pode rejeitar o domicílio eleito e considerar como domicílio tributário da empresa o centro de distribuição.
b) não pode rejeitar o domicílio tributário eleito porque a empresa agiu nos limites de sua discricionariedade.

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c) pode rejeitar o domicílio eleito e considerar como domicílio tributário o centro habitual da atividade.
d) pode rejeitar o domicílio eleito e considerar como domicílio tributário qualquer outro de seus
estabelecimentos situados no território da entidade tributante.
e) não pode rejeitar o domicílio eleito caso o domicílio tributário indicado seja o local de residência habitual
do administrador.
Comentário: De acordo com o art. 127, II, a ser aplicável em caso de recusa do domicílio tributário eleito
pela pessoa jurídica de direito privado, o seu domicílio definido de ofício deverá ser o lugar da situação dos
bens a serem vendidos, que é o próprio centro de distribuição. Portanto, Letra A.
Gabarito: Letra A
(SEFAZ-GO-Auditor Fiscal/2018) Relativamente ao domicílio tributário do sujeito passivo, o CTN
A) Dispõe que, na falta de eleição, o domicílio tributário das pessoas naturais será o local de residência do
parente mais próximo do sujeito passivo.
B) Estabelece que o domicílio da pessoa natural é a sua residência habitual, ficando facultado à autoridade
administrativa elegê-lo apenas nos casos em que essa residência habitual for incerta ou desconhecida.
C) Estabelece que o domicílio da pessoa jurídica de direito privado, em relação aos atos ou fatos que derem
origem à obrigação, é o lugar de cada estabelecimento seu, desde que outro não seja por ela eleito.
D) Permite, como regra, que o contribuinte o escolha livremente, vedada esta possibilidade ao responsável.
E) Estabelece que é aquele previsto na lei que instituir cada tributo, ou, no caso de ser permitida sua eleição
pelo contribuinte, é vedada sua alteração dentro de um mesmo exercício.
Comentário:
Alternativa A: Na falta de eleição, o domicílio tributário das pessoas naturais será a sua residência habitual,
ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Alternativa errada.
Alternativa B: O domicílio da pessoa natural é eleito pelo próprio sujeito passivo. Na falta de eleição, o
domicílio tributário das pessoas naturais será a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Alternativa errada.
Alternativa C: De fato, o art. 127, II, do CTN, prevê que, na falta de eleição, o domicílio tributário das pessoas
jurídicas de direito privado, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, será o de cada
estabelecimento. Alternativa correta.
Alternativa D: O caput do art. 127, do CTN, prevê que a eleição é realizada pelo contribuinte ou responsável.
Alternativa errada.
Alternativa E: Não é essa a redação do art. 127, do CTN, conforme já comentado nas demais alternativas.
Alternativa errada.
Gabarito: Letra C

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QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS

Obrigação Tributária

1.FGV/ SEFAZ-ES/2022

Mário emprestou gratuitamente a seu irmão Mateus o automóvel de sua propriedade, devidamente
registrado em seu nome, firmando com ele contrato em que Mateus se responsabilizava pelo pagamento do
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Passados três anos do empréstimo e estando o automóvel ainda na posse de Mateus, este não pagou
nenhuma vez o IPVA. O Fisco Estadual então iniciou a cobrança dos valores atrasados contra Mário.

Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional

A) Mário é o contribuinte do IPVA, mas Mateus é responsável tributário solidariamente pela dívida.

B) Mário é o contribuinte do IPVA, mas Mateus é responsável tributário subsidiariamente pela dívida.

C) tanto Mário como Mateus são contribuintes do IPVA.

D) Mário responde sozinho perante o Fisco pela dívida.

E) Mário, em razão de seu contrato com Mateus, pode exigir do Fisco que cobre a dívida integralmente de
Mateus.

Comentário: Atenção ao comando da questão, ela quer a resposta à luz do CTN.

CTN. Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

Pela inteligência do artigo depreende-se que, havendo uma lei o sujeito passivo pode ser alterado, contudo
o contrato (convenção particular) entre Mário e Mateus não tem essa força, consequentemente apenas
Mário, o proprietário do veículo, é contribuinte e, portanto, responde sozinho perante o Fisco.

Alternativa A: Mateus não responde solidariamente, nem subsidiariamente. Alternativa errada.

Alternativa B: Conforme item anterior. Alternativa errada.

Alternativa C: O fato gerador do IPVA é a propriedade do veículo e o sujeito passivo seu proprietário, logo
apenas Mário responde, pois Mateus é mero possuidor. Ademais, como ressaltado na introdução, nada
impede que uma lei estadual defina como sujeito passivo o possuidor, entretanto a questão pede a resposta
à luz do CTN. Alternativa errada.

Alternativa D: Perfeito, conforme nossa introdução supracitada. Alternativa correta.

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Alternativa E: Não tem como Mário exigir essa hipótese do Fisco, pois as convenções particulares não
podem ser opostas à Fazenda Pública em relação à responsabilidade pelo pagamento do tributo. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra D

2.FGV/ SEFAZ-AM/2022

Uma loja de roupas femininas estava transportando produtos de uma de suas filias para outra, tendo sido
autuada e multada pela Receita Estadual pela ausência de nota fiscal.

Sobre a cobrança da multa, assinale a afirmativa correta.

A) Não está correta, por não incidir ICMS na transferência de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo
titular.

B) Está correta por se tratar de obrigação acessória, que pode acarretar multa em caso de descumprimento.

C) Não está correta, pois a atitude correta seria a apreensão das mercadorias.

D) Não está correta, pois não é necessária nota fiscal para tal transferência.

E) Só seria possível se houvesse cobrança de ICMS.

Comentário: A emissão de nota fiscal é uma obrigação acessória e pelo fato da sua inobservância se converte
em obrigação tributária em relação à penalidade pecuniária.

Alternativa A: A cobrança da multa por não emissão de nota fiscal é correta, por esse trecho já temos a
incorreção do item. Já no segundo trecho, em linhas gerais, temos que:

Art. 12, I, da Lei 87/96. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento da saída de
mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

Súmula 166 do STJ. Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para
outro estabelecimento do mesmo contribuinte.

ADC 49/RN STF – 2021. São inconstitucionais o art. 11, § 3º, II; o trecho “ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular” do art. 12, I; e o art. 13, § 4º, da Lei Kandir, uma vez que não configura
fato gerador da incidência de ICMS o mero deslocamento de mercadorias entre estabelecimentos do
mesmo titular, independentemente de estarem localizados na mesma unidade federativa ou em estados-
membros diferentes.

Alternativa errada.

Alternativa B: A inobservância da obrigação acessória converte-se em obrigação principal em relação à


penalidade pecuniária. Confira a literalidade do CTN.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

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§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.

Alternativa correta.

Alternativa C: Está correta e não cabe apreensão de mercadorias. Alternativa errada.

Alternativa D: É necessário cumprimento das obrigações acessórias, ou seja, a emissão da nota fiscal.
Alternativa errada.

Alternativa E: Independentemente da cobrança do imposto, há a necessidade de se cumprir as obrigações


acessórias, pois no direito tributário as obrigações tributárias acessórias independem da existência de uma
obrigação principal, consequentemente a obrigação acessória não segue o principal (é independente e
autônomo), mas a sua inobservância pode fazer surgir uma obrigação principal. Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

3.FGV/ SEFAZ-AM/2022

Alexandre Peres, com 14 anos, passou a receber valores a título de propaganda no seu canal de Youtube,
com receita superior à isenção do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. Assinale a opção que indica a
situação de Alexandre, por ele ser menor, diante do IRPF.

A) Só pode ser contribuinte se for emancipado.

B) Não, o contribuinte será um dos seus pais.

C) Não há incidência de IRPF para menores.

D) Por auferir renda, pode ser contribuinte.

E) Seus pais serão solidariamente responsáveis, mesmo que seja possível cobrar do menor.

Comentário: Por força legal do art. 126 do CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade
civil das pessoas, ou seja, tal capacidade existe ainda que a pessoa seja incapaz ou esteja privada do exercício
de atividades civis.

Feita essa introdução vamos aos comentários.

Alternativa A: Para Alexandre ser contribuinte independe ele ser emancipado. Alternativa errada.

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Alternativa B: Como para ser contribuinte independe da capacidade civil de Alexandre, ele é o contribuinte
e não os pais. Alternativa errada.

Alternativa C: A capacidade tributária passiva existe, ainda que a pessoa seja incapaz ou esteja privada do
exercício de atividades civis, ou mesmo a pessoa jurídica que ainda não tenha sido regularmente
constituída, portanto há incidência do imposto. Alternativa errada.

Alternativa D: Perfeito, confira a literalidade do CTN.

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.

Alternativa correta.

Alternativa E: Os pais somente serão responsáveis caso NÃO seja possível cobrar de Alexandre que é o
contribuinte, essa é a previsão do art. 134, do CTN.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

(...)

Alternativa errada.

Gabarito: Letra D

4.FGV/ SEFAZ-ES/2022

José, aposentado, passa metade do ano residindo na área urbana do Município Alfa (Estado Beta), onde se
localiza a agência bancária em que recebe sua aposentadoria. Na outra metade do ano, reside em sua
propriedade rural no Município Gama (Estado Delta), onde possui uma pequena pousada que explora
comercialmente. José indicou ao Fisco que seu domicílio tributário como pessoa física é o Município Gama.

Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional, o domicílio tributário de José será

A) exclusiva e obrigatoriamente o Município Alfa, onde se localiza a agência bancária em que recebe sua
aposentadoria.

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B) exclusiva e obrigatoriamente o Município Gama, onde se localiza a pequena pousada que explora
comercialmente.

C) exclusiva e obrigatoriamente o Município onde José aufira receitas de maior valor.

D) duplo, tanto no Município Alfa como no Município Gama.

E) livremente escolhido por José.

Comentário:

Alternativa A: Não há essa relação de onde se localizar agência bancária e nem essa obrigatoriedade de ser
o Município Alfa, pois desde que não impeça ou dificulte a fiscalização ou arrecadação, o domicílio é de
livre escolha. Alternativa errada.

Alternativa B: Conforme item anterior. Alternativa errada.

Alternativa C: Conforme item anterior. Alternativa errada.

Alternativa D: O domicílio é de livre escolha, como José indicou o Município Gama, este é seu domicílio.
Alternativa errada.

Alternativa E: Conforme doutrina do professor Paulo de Barros vista em aula, o domicílio é de livre escolha.

Vige a regra geral da eleição do domicílio que o sujeito passivo pode fazer a qualquer tempo, decidindo,
espontaneamente, sobre o local de sua preferência. Todas as comunicações fiscais, de avisos e
esclarecimentos, bem como os atos, propriamente, de intercâmbio procedimental – intimações e notificações
– serão dirigidas àquele lugar escolhido, que consta dos cadastros das repartições tributárias, e onde o fisco
espera encontrar a pessoa, para a satisfação dos mútuos interesses.

Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

5.FGV/ SEFAZ-AM/2022

A sociedade empresária Beta alterou sua sede para uma cidade extremamente distante a qual só é possível
chegar de barco e gastando mais de um dia de viagem, mas deixou filiais na Capital do Estado. A sociedade
empresária impugnou autuações recebidas nas filiais em que ocorreram os fatos que deram origem à
obrigação, por não ser o seu domicilio tributário.

Sobre a posição da sociedade empresária Beta, assinale a afirmativa correta.

A) Assiste razão à sociedade empresária, pois a Receita Estadual não pode discriminar a sede da empresa.

B) A Receita Estadual só pode mandar as autuações para outros endereços, após 3 tentativas de encontrar
os responsáveis pela sociedade empresária.

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C) A Receita Estadual está errada, não podendo atribuir à sociedade empresária, sua falta de estrutura.

D) Não assiste razão à sociedade empresária, pois a Receita Estadual pode, ao seu arbítrio, escolher qual o
domicilio tributário da sociedade empresária.

E) Não assiste razão à sociedade empresária, pois a autoridade administrativa pode recusar o domicílio
eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

Comentário: Ressalta-se que o domicílio tributário é de livre eleição por parte do contribuinte desde que
não impeça ou dificulte a fiscalização ou arrecadação.

Caso não haja a eleição do domicílio tributário, na hipótese de ser uma Pessoa Jurídica de Direito Privado,
como é o caso da sociedade empresária Beta, o domicílio será o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos
ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento.

Feita essa breve introdução vamos aos comentários.

Alternativa A: Quando o domicílio eleito impedir ou dificultar a fiscalização ou arrecadação, esse pode ser
recusado pela autoridade administrativa, essas é a inteligência do § 2º, art. 127, do CTN. Alternativa errada.

Alternativa B: Não há essa previsão de restrição de fazer 3 tentativas antes. Alternativa errada.

Alternativa C: A Receita Estadual está correta em recusar o domicílio, mas o motivo não pode ser a falta de
estrutura, mas sim se houver situação que impeça ou dificulte a fiscalização. Alternativa errada.

Alternativa D: A seu arbítrio não, a Receita Estadual só pode negar quando houver situação que impeça ou
dificulte a fiscalização, sendo este o caso, o domicílio será o da sua sede ou de cada estabelecimento, se
ainda assim não for possível, será o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
origem à obrigação.

Alternativa E: Literalidade do § 2º, art. 127, do CTN, confira.

Art. 127, §2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte
a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

Gabarito: Letra E

6.FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018

Leia o fragmento a seguir. Considerar-se-á como __________do contribuinte ou ______o lugar da situação
dos bens ou da _______ dos atos ou fatos que deram origem_________. Assinale a opção que preenche
corretamente as lacunas.

(A) domicílio tributário – responsável – ocorrência - à obrigação.

(B) estabelecimento – substituto - prática – ao fato gerador.

(C) sede – responsável – ocorrência – ao crédito tributário.

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(D) centro de atividade – sucessor – prática – ao débito tributário.

(E) domicílio tributário – herdeiro – ocorrência – à obrigação.

Comentário: De acordo com o art. 127, § 1º, do CTN, quando não couber a aplicação das regras fixadas em
qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável
o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Gabarito: Letra A

7.FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018

O Banco Delta transferiu do Estado Y para o Estado Z bens próprios, de seu ativo imobilizado, que seriam
utilizados em seus estabelecimentos no Estado Z. O Banco Delta tem sede no Estado Y e não é contribuinte
do ICMS.

Entretanto, o banco foi multado pelo Estado Z, constando da autuação que houve descumprimento da
obrigação acessória de emissão de nota fiscal, conforme consta do Regulamento do ICMS do Estado de
destino dos bens transferidos. Nessa hipótese,

a) o Estado Z agiu de forma ilegal, por não haver obrigação de emissão de nota fiscal, não existindo venda.

b) a exigência do cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco exercer seu dever
de fiscalização.

c) o Estado Z extrapolou o seu poder de polícia, por que na hipótese a obrigação principal não existe.

d) a obrigação de emissão de nota fiscal só poderia ser exigida pelo Estado Y.

e) o Estado Z agiu corretamente, já que houve circulação física e jurídica de bens entre as unidades da
Federação.

Comentário: A obrigação acessória pode subsistir mesmo diante da inexistência de obrigação principal.
Assim, mesmo não sendo contribuinte do ICMS, o Banco Delta deveria emitir a nota fiscal, sob pena da
aplicação de uma multa tributária, com base no art. 113, § 3º, do CTN. Assim sendo, a exigência do
cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco exercer seu dever de fiscalização.

Gabarito: Letra B

8.FGV/Pref. Cuiabá-Auditor Fiscal/2016


Segundo a legislação, Caio, proprietário do imóvel X, celebra contrato de locação com Tício, no qual
estabelece que o responsável pelo pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana – IPTU
será o locatário do imóvel. O referido contrato foi registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O contrato é válido, podendo ser oposto ao Fisco, que deverá realizar o lançamento do IPTU tendo como
sujeito passivo Tício, locatário do imóvel.

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b) O contrato é valido e terá seus efeitos limitados aos contratantes, mas não produzirá efeito contra o Fisco,
no que se refere à responsabilidade tributária. c) O contrato é nulo, uma vez que altera definição de sujeição
passiva disposta em lei.
d) O contrato é valido, tendo em vista que o Código Tributário Nacional prevê que o locatário é o sujeito
passivo da obrigação tributária referente ao pagamento do IPTU.
e) O contrato é válido e cria, para o pagamento do IPTU, uma forma de responsabilidade solidária entre o
locador e o locatário.

Comentário: Trata-se de um contrato válido, produzindo seus efeitos aos contratantes, mas não será
oponível ao Fisco, para definição do sujeito passivo da obrigação tributária correspondente ao IPTU, haja
vista a vedação prevista no art. 123, do CTN.

Gabarito: Letra B

9.FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015
De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, uma criança de sete anos:
a) possui capacidade tributária passiva parcial até completar dezoito anos de idade;
b) não possui qualquer capacidade tributária passiva, porque é incapaz de discernir sobre a prática dos fatos
geradores;
c) possui total capacidade tributária passiva;
d) possui capacidade tributária parcial até completar dez anos de idade;
e) não possui capacidade tributária passiva, porque é menor de idade.

Comentário: A criança de sete anos possui total capacidade tributária passiva, já que para o art. 126, I, do
CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.

Gabarito: Letra C

10.FGV/Pref. Niterói-Agente Fazendário/2015


Nos termos do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o domicílio tributário:
a) pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a autoridade
administrativa o poder de recusá-lo;
b) das pessoas jurídicas de direito público será considerado como aquele situado no município de maior
relevância econômica da entidade tributante;
c) das pessoas naturais será a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, aquela que a
autoridade administrativa assim eleger;
d) da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um estabelecimento será aquele cuja
escrituração contábil demonstre maior faturamento;
e) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado origem à obrigação
tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios do CTN.

Comentário:

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Alternativa A: Em regra, o domicílio é eleito pelo sujeito passivo. Porém, a autoridade administrativa pode
recusá-lo, caso impeça ou dificulte a fiscalização tributária. Alternativa errada.

Alternativa B: O domicílio tributário das pessoas jurídicas de direito público será qualquer de suas
repartições no território da entidade tributante. Alternativa errada.

Alternativa C: O domicílio tributário, quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta
incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Alternativa errada.

Alternativa D: O domicílio tributário da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um
estabelecimento será aquele no qual tenham ocorrido os fatos geradores. Alternativa errada.

Alternativa E: É o que determina o art. 127, § 1º, do CTN. Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

11.FGV/TCE-RJ-Auditor Substituto/2015
Um profissional médico vem a ser sancionado com a suspensão do exercício profissional por 30 (trinta) dias
pelo Conselho Regional de Medicina do estado. Apesar da penalidade, ele continua a prestar serviços
médicos durante o período. Como a prestação de serviços médicos é fato gerador do Imposto sobre Serviços
de qualquer natureza (ISS), a municipalidade, ao descobrir tal fato, autua o profissional para cobrar o ISS não
pago, mais multa e juros. A autuação está:
a) incorreta, pois a capacidade tributária passiva depende de achar-se a pessoa natural autorizada ao
exercício de atividades profissionais;
b) correta, pois a sanção de suspensão foi estabelecida por órgão fiscalizador do exercício de profissão
regulamentada de nível regional;
c) incorreta, pois o fato gerador do ISS depende de achar-se o profissional autorizado ao exercício da
atividade prevista na hipótese de incidência;
d) incorreta, pois a sanção de suspensão não foi estabelecida por órgão fiscalizador do exercício de profissão
regulamentada de nível nacional;
e) correta, pois a capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural autorizada ao
exercício de atividades profissionais.

Comentário: Nós estudamos que a capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural
sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou
profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios. É o que está previsto no art. 126, II, do
CTN.

Portanto, no caso concreto, a autuação está correta, pois a capacidade tributária passiva independe de
achar-se a pessoa natural autorizada ao exercício de atividades profissionais.

Gabarito: Letra E

12.FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015

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A lei de instituição de um tributo previu como fato gerador um negócio jurídico condicional. Assim,
considerar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for suspensiva;
b) desde o momento do implemento da condição, se esta for resolutória;
c) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição resolutória ou suspensiva;
d) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva;
e) desde o momento da exteriorização do negócio, por publicação, se a condição for suspensiva.

Comentário:

Alternativa A: Se a condição é suspensiva, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento de seu
implemento. Alternativa errada.
==192f9d==

Alternativa B: Se a condição é resolutória, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento da prática
do ato ou da celebração do negócio. Alternativa errada.

Alternativa C: As regras são distintas, a depender se o negócio jurídico condicional está submetido à condição
suspensiva ou resolutória. Alternativa errada.

Alternativa D: Se a condição é suspensiva, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento de seu
implemento. Alternativa correta.

Alternativa E: Se a condição é suspensiva, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento de seu
implemento. Alternativa errada.

Gabarito: Letra D

13.FGV/Câmara Municipal do Recife-PE-Consultor Legislativo/2014


O fato gerador da obrigação principal é a situação definida na(o):
a) Constituição Federal;
b) lei;
c) Código Tributário Nacional;
d) decreto legislativo;
e) lei complementar.

Comentário: A obrigação tributária é principal ou acessória. No caso da obrigação principal, o fato gerador é
a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. É o que prevê o art. 114, do CTN.

Gabarito: Letra B

14.FGV/Pref. Osasco-SP-Fiscal Tributário/2014

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No âmbito tributário, a expressão monetária sobre a qual deve ser aplicado o percentual para que se possa
apurar o montante do tributo a pagar, definido por meio de Lei Complementar, é denominada:

a) valor de referência fiscal;

b) base de cálculo;

c) fato gerador;

d) hipótese de incidência;

e) alíquota.

Comentário: A expressão monetária sobre a qual incidirá a alíquota do tributo, resultando no montante do
tributo a pagar é a base de cálculo. Trata-se de uma questão bastante direta.

Gabarito: Letra B

15.FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014


Assinale a opção que indica um efeito do fato gerador.
a) Fixa a hipótese de incidência do tributo.
b) Determina o regime jurídico da obrigação tributária.
c) Estabelece a hipótese de incidência da obrigação tributária acessória.
d) Discrimina os tributos de competência de cada ente político.
e) Indica o local onde o tributo deve ser pago.

Comentário:

Alternativa A: É a lei que fixa a hipótese de incidência do tributo, que é a situação abstrata ensejadora do
surgimento da obrigação tributária, quando ocorrido o fato gerador. Alternativa errada.

Alternativa B: A natureza jurídica do tributo é determinada pelo seu fato gerador. Logo, a determinação do
regime jurídico da obrigação tributária é um efeito do fato gerador. Alternativa correta.

Alternativa C: O mesmo raciocínio explicado na Alternativa A é aplicável nesta, lembrando que a obrigação
tributária acessória não necessariamente é prevista em lei. Alternativa errada.

Alternativa D: É a CF/88 que discrimina os tributos de competência de cada ente federativo. Alternativa
errada.

Alternativa E: O fato gerador não define o local onde o tributo deve ser pago. Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

16.FGV/Sudene- PE- Analista Técnico Adm./2013

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Assinale a alternativa em que a segunda assertiva completa o sentido da primeira.


a) A obrigação tributária é principal ou acessória / no caso da acessória há vínculo jurídico sem conteúdo
patrimonial.
b) As obrigações têm caráter de patrimonialidade genérica, no ordenamento jurídico tributário / isto ocorre
em função do descumprimento da obrigação acessória gerar multa.
c) A obrigação tributária gera, para o sujeito passivo, um dever / este dever nasce com a lei e a partir dela se
torna exigível.
d) As obrigações tributárias são sempre de dar / isto em função da possibilidade de transmutação da
obrigação de fazer ou não fazer em imposição de multa.
e) A obrigação tributária principal é de dar / ela tem como sua única fonte o texto da lei que criou a hipótese
de incidência.

Comentário:

Alternativa A: Realmente, a obrigação tributária pode ser principal ou acessória, sendo que no caso da
obrigação acessória há vínculo jurídico sem conteúdo patrimonial. Alternativa correta.

Alternativa B: A obrigação tributária pode ter ou não conteúdo patrimonial, a depender da sua
caracterização como principal ou acessória, respectivamente. Alternativa errada.

Alternativa C: A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador, sendo este previsto em lei.
Alternativa errada.

Alternativa D: A obrigação tributária nem sempre tem por objeto “dar algo”, como é o caso das obrigações
acessórias, consistentes no dever de fazer ou deixar de fazer algo. Alternativa errada.

Alternativa E: A afirmativa está incorreta, pois se norma posterior altera as alíquotas aplicáveis ao tributo,
esta norma deve ser utilizada como fonte da obrigação tributária principal. Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

17.FGV/Procurador AL - MT /2013
Lei de determinado Estado da Federação estabelece base de cálculo reduzida para o ICMS dos produtos que
compõem a cesta básica. A lei foi regulamentada por ato normativo do executivo que subordinou a aplicação
da base legalmente reduzida ao cumprimento, pelo contribuinte, das obrigações acessórias.
A Sociedade Delta Ltda. procedeu à saída de mercadoria da cesta básica de seu estabelecimento
desacompanhada de nota fiscal.
Neste caso,
a) não incide a redução do imposto, visto que não cumprida obrigação acessória.
b) incide a redução prevista na lei estadual, já que a fixação da base de cálculo está sujeita a reserva legal.
c) incide a redução prevista na lei estadual, mas fica suspensa até que seja regularizada a saída da
mercadoria.

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d) não incide a redução do imposto, já que o Executivo tem a faculdade de limitar os beneficiados pela
redução da base de cálculo.
e) a redução da base de cálculo constitui renúncia fiscal cuja fruição pode ser condicionada pela
Administração Fiscal ao cumprimento das obrigações acessórias.

Comentário: A obrigação principal é definida em lei, não podendo, portanto, sofrer alterações em virtude de
ato infralegal. Ademais, o cumprimento ou não de obrigação acessória não altera o valor do tributo devido,
podendo acarretar, entretanto, a aplicação de penalidades pecuniárias. Portanto, no caso hipotético
apresentado, incide a redução prevista na lei estadual, já que a fixação da base de cálculo está sujeita a
reserva legal.

Gabarito: Letra B

18.FGV/AFRE- RJ/2011
O objeto da obrigação tributária se traduz em uma prestação, de cunho patrimonial ou não, devida pelo
contribuinte ou responsável. Em relação à obrigação tributária, é correto dizer que
a) A obrigação tributária de conteúdo patrimonial é chamada de obrigação principal, ao passo que a acessória
se caracteriza pela prestação de conteúdo não patrimonial, consubstanciada em obrigações de fazer e não
fazer. Entretanto, a não observância da obrigação acessória tem o condão de convertê-la em principal
relativamente à penalidade pecuniária.
b) A obrigação tributária principal, representada por uma obrigação de dar, surge no momento do
lançamento do tributo que, por sua vez, constitui o crédito tributário. Esta obrigação decorre de legislação
tributária específica e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
c) A obrigação tributária, seja ela principal ou acessória, é sempre uma obrigação de cunho patrimonial
quando se refere a uma obrigação de fazer ou não fazer.
d) De modo análogo à obrigação civil, a obrigação tributária acessória decorre da obrigação principal. Nesse
diapasão, também pode se dizer que, extinta a obrigação principal, extinta está a obrigação acessória, mas
a extinção da obrigação acessória não implica, necessariamente, a extinção da obrigação principal.
e) A obrigação acessória, caracterizada por obrigações de fazer e não fazer tais como emitir notas fiscais,
manter a escrituração dos livros em dia, entregar as declarações de acordo com as instruções do fisco, não
impedir o livre acesso da fiscalização à empresa, etc., decorre de legislação tributária específica, no interesse
exclusivo de arrecadação dos tributos.

Comentário:

Alternativa A: A obrigação principal possui conteúdo patrimonial, tendo por objeto o pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária. A obrigação acessória possui conteúdo não patrimonial, caracterizado por
obrigações de fazer ou não fazer. Ademais, conforme afirmado, a inobservância da obrigação acessória tem
o condão de convertê-la em principal relativamente à penalidade pecuniária. Trata-se basicamente da
redação do art. 113, do CTN. Alternativa correta.

Alternativa B: A obrigação principal surge no momento da ocorrência do fato gerador e deve estar prevista
na lei, e não legislação tributária, que pode compreender também os atos normativos infralegais. Alternativa
errada.

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Alternativa C: A obrigação principal possui conteúdo patrimonial, tendo por objeto o pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária. A obrigação acessória possui conteúdo não patrimonial, caracterizado por
obrigações de fazer ou não fazer. Alternativa errada.

Alternativa D: A obrigação acessória, no Direito Tributário, independe da obrigação principal. Alternativa


errada.

Alternativa E: O único erro da assertiva é dizer que “interesse exclusivo de arrecadação dos tributos”, quando
na realidade a obrigação acessória também auxilia a realização das atividades de fiscalização tributária.
Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

19.FGV/AFRE- RJ/2011
Para a determinação do momento de ocorrência do fato gerador, no caso de negócio jurídico sujeito a
condição resolutiva, este se considera perfeito e acabado
a) Desde o momento do implemento da condição.
b) Desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
c) A partir do primeiro dia do exercício seguinte ao implemento da condição, por obediência ao princípio da
anterioridade.
d) Nos negócios entabulados a prazo, na última parcela paga.
e) Em nenhum momento, pois, em direito tributário, não se pode falar em condição resolutória.

Comentário: Em se tratando de negócio jurídico sujeito a condição resolutiva, este se considera perfeito e
acabado Desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, conforme prevê o art. 117, II, do
CTN.

Gabarito: Letra B

20.FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006
Conforme disposto no CTN e salvo disposição legal em contrário, assinale a alternativa que não configura a
ocorrência de fato gerador.
a) tratando-se de situação de fato, ao se verificar a existência das circunstâncias materiais necessárias a que
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios
b) tratando-se de situação jurídica, quando estiver definitivamente constituída, nos termos de direito
aplicável
c) a prática do ato ou celebrado o negócio, ainda que exista condição resolutiva
d) o implemento de condição suspensiva, em se tratando de negócio jurídico condicional
e) a ocorrência do evento, quando se tratar de condição resolutiva

Comentário:

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Alternativa A: Conforme art. 116, caput, I, do CTN, considera-se ocorrido o fato gerador, tratando-se de
situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. Alternativa errada.

Alternativa B: Conforme art. 116, caput, II, do CTN, considera-se ocorrido o fato gerador, tratando-se de
situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito
aplicável. Alternativa errada.

Alternativa C: No caso de atos ou negócios jurídicos condicionais, submetidos a condição resolutiva, o fato
gerador ocorre desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. Alternativa errada.

Alternativa D: No caso de atos ou negócios jurídicos condicionais, submetidos a condição suspensiva, o fato
gerador ocorre com o implemento da condição. Alternativa errada.

Alternativa E: A ocorrência do evento é fato irrelevante para a incidência tributária, já que, no caso de atos
ou negócios jurídicos condicionais, submetidos a condição resolutiva, o fato gerador ocorre desde o
momento da prática do ato ou da celebração do negócio. Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

21.FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2009
Com relação ao tema Obrigação Tributária, considerando a existência da obrigação principal e das obrigações
ditas acessórias, analise as afirmativas a seguir:
I. As obrigações acessórias extinguem-se inexoravelmente por força do pagamento do tributo, não havendo
que se falar, assim, em penalidade por seu descumprimento.
II. As obrigações acessórias convertem-se em obrigação principal no caso de sua inobservância no que diz
respeito à penalidade pecuniária.
III. As obrigações acessórias correspondem às obrigações de fazer e não-fazer.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário:

Item I: A obrigação acessória independe da obrigação principal. A sua inobservância implica sua conversão
em penalidade pecuniária. Item errado.

Item II: A obrigação acessória independe da obrigação principal. A sua inobservância implica sua conversão
em penalidade pecuniária. Item correto.

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Item III: Realmente, as obrigações acessórias não possuem conteúdo patrimonial, consistindo em obrigações
de fazer e não fazer. Item correto.

Gabarito: Letra E

22.FGV/TJ-PA-Juiz/2009

Quanto à Elisão Fiscal é correto afirmar que:

a) constitui procedimento lícito de economia de tributos, geralmente realizado antes da ocorrência do fato
gerador.

b) constitui procedimento dúbio que pode ser desqualificado e requalificado pela autoridade administrativa.

c) constitui uma sucessão de atos ou negócios jurídicos realizados para dissimular a ocorrência do fato
gerador.

d) constitui prática atentatória ao princípio da solidariedade social e, portanto, inconstitucional.

e) constitui mecanismo de economia fiscal, só possível quando a lei expressamente o permitir.

Comentário: A elisão fiscal é a prática que visa reduzir ou eliminar o valor do tributo devido. São os atos
praticados pelo sujeito passivo, em regra, antes da ocorrência do fato gerador, isto é, antes do nascimento
da obrigação tributária. É, portanto, uma conduta lícita, sendo denominada planejamento tributário. Ora,
ninguém é obrigado a fazer acontecer o fato gerador. Na elisão fiscal, o sujeito passivo se vale de meios
lícitos para que a carga tributária a ele imposta seja minorada ou, a depender da situação, eliminada.

Gabarito: Letra A

23.FGV/AFRE- RJ/2011
Flávia, Telma e beatriz constituíram a sociedade trio maravilha Ltda. Para operar no ramo de prestação de
serviços de beleza, mas se abstiveram de inscrever o contrato social no registro competente. Mesmo assim,
começaram a vender seus produtos na praça, sem o recolhimento do ISS. Diante dessa situação fática, é
possível afirmar que
a) Em matéria tributária, assim como em matéria cível, a solidariedade passiva pode ocorrer em virtude de
lei ou de acordo de vontades.
b) Caso o fisco exigisse o pagamento integral da dívida somente de beatriz, a sócia com menor patrimônio,
esta poderia invocar o benefício de ordem para redirecionar a cobrança para Flávia, detentora da maioria
das quotas da sociedade.
c) Caso Telma fosse beneficiada com isenção pessoal concedida pelo fisco, esta seria extensível às demais
sócias, por força da solidariedade tributária legal.
d) Se Flávia fosse citada em execução fiscal, a interrupção da prescrição atingiria todas as sócias da empresa.
e) O eventual pagamento total do tributo devido por Telma não aproveitaria nem a Flávia nem a beatriz,
caso o contrato social assim determinasse.

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Comentário: Trata-se de questão que aborda o tema “solidariedade tributária”. Analisemos, pois, cada uma
das assertivas.

Alternativa A: Em matéria tributária, a solidariedade passiva pode ocorrer em virtude de acordo de vontades.
Alternativa errada.

Alternativa B: Por se tratar de solidariedade, não há que se falar em benefício de ordem. A exigência do fisco
é legítima. Alternativa errada.

Alternativa C: A isenção concedida pessoalmente a uma das devedoras solidárias beneficia apenas esta
pessoa, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. Alternativa errada.

Alternativa D: De acordo com o art. 125, III, do CTN, a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos
obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Alternativa correta.

Alternativa E: O art. 125, I, do CTN, prevê que o pagamento efetuado por um dos devedores solidários
aproveita aos demais. Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

24.FGV/SEFAZ-RJ-Fiscal de Rendas/2010

Assinale a afirmativa incorreta.

a) A solidariedade tributária instaura-se entre os sujeitos que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal e, nesta hipótese, não comporta benefício de ordem.

b) A capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta
de seus bens ou negócios.

c) A denúncia espontânea, formulada antes da notificação do lançamento ao sujeito passivo, exclui a


responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que acompanhada do pagamento do tributo
devido e dos juros de mora ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.

d) O sujeito passivo é denominado contribuinte quando tem relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.

e) O sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada à prática ou abstenção de ato que não
configure obrigação principal.

Comentário:

Alternativa A: O art. 124, I, e par. único, do CTN, realmente indicam que a solidariedade tributária instaura-
se entre os sujeitos que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal e que, na solidariedade, não há benefício de ordem. Alternativa correta.

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Alternativa B: É o que estabelece o art. 126, II, do CTN: a capacidade tributária passiva independe de achar-
se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis,
comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios. Alternativa correta.

Alternativa C: Trata-se de mecanismo capaz de afastar a responsabilidade pelas infrações cometidas pelo
sujeito passivo, ficando este obrigado ao pagamento do tributo devido e dos juros de mora ou do depósito
da importância arbitrada pela autoridade administrativa, conforme estabelece o art. 138, do CTN. Porém, tal
medida só é válida se efetuada antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, relacionados com a infração, e não necessariamente apenas antes da notificação do
lançamento, que representaria o ato de encerramento da fiscalização. Alternativa errada.

Alternativa D: O CTN definiu realmente como contribuinte quando o sujeito passivo tem relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Alternativa correta.

Alternativa E: De fato, o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada à prática ou abstenção
de ato que não configure obrigação principal, conforme esclarece o art. 122, do CTN. Alternativa correta.

Gabarito: Letra C

25.FGV/TJ-PA-Juiz/2009

A responsabilidade solidária em matéria tributária entre empresas pertencentes ao mesmo conglomerado


se caracteriza, precipuamente:

a) pelo comando empresarial exercido pela mesma diretoria.

b) pela realização conjunta da situação que caracterize o fato gerador.

c) pela existência de operações de caráter econômico que vinculem as empresas.

d) pela efetiva participação nos lucros obtidos pelo conglomerado, por ambas as empresas.

e) pela existência entre elas de contrato de rateio de despesas.

Comentário: A solidariedade resta configurada quando há interesse comum de duas ou mais pessoas ou
empresas pela situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, ou quando haja expressa
previsão legal. No caso em comento, fica claro que a solidariedade de fato só é representada na alternativa
que especifica que há realização conjunta da situação que caracteriza o fato gerador (Letra B).

Gabarito: Letra B

26.FGV/SEAD-AP-Fiscal da Receita Estadual/2010

Assinale a alternativa correta.

a) A capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas naturais.

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b) Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação


aplicável, considera-se como tal o local em que tenha ocorrido o fato gerador do tributo.

c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável quando tenha relação pessoal e direta com a
situação que constitua o respectivo fato gerador.

d) Havendo solidariedade tributária, e salvo disposição de lei em contrário, a isenção do crédito exonera a
todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade
quanto aos demais pelo saldo do tributo.

e) O Código Tributário Nacional veda expressamente a possibilidade de que as convenções particulares


relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos possam ser opostas à Fazenda Pública para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias.

Comentário:

Alternativa A: Na realidade, o art. 126, do CTN, estipula que a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Alternativa errada.

Alternativa B: No caso de falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma
da legislação aplicável, o seu domicílio será aquele estabelecido nos incisos do art. 127, do CTN, não
necessariamente o local em que tenha ocorrido o fato gerador do tributo. Alternativa errada.

Alternativa C: Na verdade, o sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando tenha relação
pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Alternativa errada.

Alternativa D: Trata-se de um dos efeitos da solidariedade, previstos no art. 125, do CTN. A isenção ou
remissão exonera todos os devedores solidários, salvo se concedida pessoalmente a um deles, subsistindo,
nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo do tributo. Alternativa correta.

Alternativa E: Na realidade, o art. 123, do CTN, veda a possibilidade de que as convenções particulares
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos possam ser opostas à Fazenda Pública para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias, mas deixa a possibilidade de uma lei
dispor em sentido contrário. Alternativa errada.

Gabarito: Letra D

27.FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006
Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, não se considera como tal:
a) a residência habitual, em se tratando de pessoa natural.
b) o lugar da sede, em se tratando de pessoa jurídica.
c) a residência do indivíduo, em se tratando de firma individual.
d) o lugar de cada estabelecimento, em relação aos atos que deram origem à obrigação.

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e) local da repartição no território da entidade tributante, em se tratando de pessoa jurídica de direito


público.

Comentário:

Alternativa A: Na falta de eleição, o domicílio tributário do sujeito passivo é o local de sua residência habitual,
em se tratando de pessoa natural. Alternativa errada.

Alternativa B: Na falta de eleição, o domicílio tributário do sujeito passivo é o local da sua sede, ou, em
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento, em se tratando de
pessoa jurídica. Alternativa errada.

Alternativa C: Na falta de eleição, o domicílio tributário do sujeito passivo é o local da sua sede, ou, em
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento, em se tratando de firma
individual. Alternativa correta.

Alternativa D: De fato, Na falta de eleição, o domicílio tributário do sujeito passivo é o local de cada
estabelecimento em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação. Alternativa errada

Alternativa E: Na falta de eleição, o domicílio tributário do sujeito passivo é o local da repartição no território
da entidade tributante, em se tratando de pessoa jurídica de direito público. Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

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LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

Obrigação Tributária

1. FGV/ SEFAZ-ES/2022

Mário emprestou gratuitamente a seu irmão Mateus o automóvel de sua propriedade, devidamente
registrado em seu nome, firmando com ele contrato em que Mateus se responsabilizava pelo pagamento do
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Passados três anos do empréstimo e estando o automóvel ainda na posse de Mateus, este não pagou
nenhuma vez o IPVA. O Fisco Estadual então iniciou a cobrança dos valores atrasados contra Mário.

Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional

A) Mário é o contribuinte do IPVA, mas Mateus é responsável tributário solidariamente pela dívida.

B) Mário é o contribuinte do IPVA, mas Mateus é responsável tributário subsidiariamente pela dívida.

C) tanto Mário como Mateus são contribuintes do IPVA.

D) Mário responde sozinho perante o Fisco pela dívida.

E) Mário, em razão de seu contrato com Mateus, pode exigir do Fisco que cobre a dívida integralmente de
Mateus.

2.FGV/ SEFAZ-AM/2022

Uma loja de roupas femininas estava transportando produtos de uma de suas filias para outra, tendo sido
autuada e multada pela Receita Estadual pela ausência de nota fiscal.

Sobre a cobrança da multa, assinale a afirmativa correta.

A) Não está correta, por não incidir ICMS na transferência de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo
titular.

B) Está correta por se tratar de obrigação acessória, que pode acarretar multa em caso de descumprimento.

C) Não está correta, pois a atitude correta seria a apreensão das mercadorias.

D) Não está correta, pois não é necessária nota fiscal para tal transferência.

E) Só seria possível se houvesse cobrança de ICMS.

3.FGV/ SEFAZ-AM/2022

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Alexandre Peres, com 14 anos, passou a receber valores a título de propaganda no seu canal de Youtube,
com receita superior à isenção do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. Assinale a opção que indica a
situação de Alexandre, por ele ser menor, diante do IRPF.

A) Só pode ser contribuinte se for emancipado.

B) Não, o contribuinte será um dos seus pais.

C) Não há incidência de IRPF para menores.

D) Por auferir renda, pode ser contribuinte.

E) Seus pais serão solidariamente responsáveis, mesmo que seja possível cobrar do menor.

4.FGV/ SEFAZ-ES/2022

José, aposentado, passa metade do ano residindo na área urbana do Município Alfa (Estado Beta), onde se
localiza a agência bancária em que recebe sua aposentadoria. Na outra metade do ano, reside em sua
propriedade rural no Município Gama (Estado Delta), onde possui uma pequena pousada que explora
comercialmente. José indicou ao Fisco que seu domicílio tributário como pessoa física é o Município Gama.

Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional, o domicílio tributário de José será

A) exclusiva e obrigatoriamente o Município Alfa, onde se localiza a agência bancária em que recebe sua
aposentadoria.

B) exclusiva e obrigatoriamente o Município Gama, onde se localiza a pequena pousada que explora
comercialmente.

C) exclusiva e obrigatoriamente o Município onde José aufira receitas de maior valor.

D) duplo, tanto no Município Alfa como no Município Gama.

E) livremente escolhido por José.

5.FGV/ SEFAZ-AM/2022

A sociedade empresária Beta alterou sua sede para uma cidade extremamente distante a qual só é possível
chegar de barco e gastando mais de um dia de viagem, mas deixou filiais na Capital do Estado. A sociedade
empresária impugnou autuações recebidas nas filiais em que ocorreram os fatos que deram origem à
obrigação, por não ser o seu domicilio tributário.

Sobre a posição da sociedade empresária Beta, assinale a afirmativa correta.

A) Assiste razão à sociedade empresária, pois a Receita Estadual não pode discriminar a sede da empresa.

B) A Receita Estadual só pode mandar as autuações para outros endereços, após 3 tentativas de encontrar
os responsáveis pela sociedade empresária.

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C) A Receita Estadual está errada, não podendo atribuir à sociedade empresária, sua falta de estrutura.

D) Não assiste razão à sociedade empresária, pois a Receita Estadual pode, ao seu arbítrio, escolher qual o
domicilio tributário da sociedade empresária.

E) Não assiste razão à sociedade empresária, pois a autoridade administrativa pode recusar o domicílio
eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

6. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018

Leia o fragmento a seguir. Considerar-se-á como __________do contribuinte ou ______o lugar da situação
dos bens ou da _______ dos atos ou fatos que deram origem_________. Assinale a opção que preenche
corretamente as lacunas.

(A) domicílio tributário – responsável – ocorrência - à obrigação.

(B) estabelecimento – substituto - prática – ao fato gerador.

(C) sede – responsável – ocorrência – ao crédito tributário.

(D) centro de atividade – sucessor – prática – ao débito tributário.

(E) domicílio tributário – herdeiro – ocorrência – à obrigação.

7.FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018

O Banco Delta transferiu do Estado Y para o Estado Z bens próprios, de seu ativo imobilizado, que seriam
utilizados em seus estabelecimentos no Estado Z. O Banco Delta tem sede no Estado Y e não é contribuinte
do ICMS.

Entretanto, o banco foi multado pelo Estado Z, constando da autuação que houve descumprimento da
obrigação acessória de emissão de nota fiscal, conforme consta do Regulamento do ICMS do Estado de
destino dos bens transferidos. Nessa hipótese,

a) o Estado Z agiu de forma ilegal, por não haver obrigação de emissão de nota fiscal, não existindo venda.

b) a exigência do cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco exercer seu dever
de fiscalização.

c) o Estado Z extrapolou o seu poder de polícia, por que na hipótese a obrigação principal não existe.

d) a obrigação de emissão de nota fiscal só poderia ser exigida pelo Estado Y.

e) o Estado Z agiu corretamente, já que houve circulação física e jurídica de bens entre as unidades da
Federação.

8.FGV/Pref. Cuiabá-Auditor Fiscal/2016

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Segundo a legislação, Caio, proprietário do imóvel X, celebra contrato de locação com Tício, no qual
estabelece que o responsável pelo pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana – IPTU
será o locatário do imóvel. O referido contrato foi registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O contrato é válido, podendo ser oposto ao Fisco, que deverá realizar o lançamento do IPTU tendo como
sujeito passivo Tício, locatário do imóvel.
b) O contrato é valido e terá seus efeitos limitados aos contratantes, mas não produzirá efeito contra o Fisco,
no que se refere à responsabilidade tributária. c) O contrato é nulo, uma vez que altera definição de sujeição
passiva disposta em lei.
d) O contrato é valido, tendo em vista que o Código Tributário Nacional prevê que o locatário é o sujeito
passivo da obrigação tributária referente ao pagamento do IPTU.
e) O contrato é válido e cria, para o pagamento do IPTU, uma forma de responsabilidade solidária entre o
locador e o locatário.
9.FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015
De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, uma criança de sete anos:
a) possui capacidade tributária passiva parcial até completar dezoito anos de idade;
b) não possui qualquer capacidade tributária passiva, porque é incapaz de discernir sobre a prática dos fatos
geradores;
c) possui total capacidade tributária passiva;
d) possui capacidade tributária parcial até completar dez anos de idade;
e) não possui capacidade tributária passiva, porque é menor de idade.
10.FGV/Pref. Niterói-Agente Fazendário/2015
Nos termos do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o domicílio tributário:
a) pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a autoridade
administrativa o poder de recusá-lo;
b) das pessoas jurídicas de direito público será considerado como aquele situado no município de maior
relevância econômica da entidade tributante;
c) das pessoas naturais será a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, aquela que a
autoridade administrativa assim eleger;
d) da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um estabelecimento será aquele cuja
escrituração contábil demonstre maior faturamento;
e) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado origem à obrigação
tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios do CTN.
11.FGV/TCE-RJ-Auditor Substituto/2015
Um profissional médico vem a ser sancionado com a suspensão do exercício profissional por 30 (trinta) dias
pelo Conselho Regional de Medicina do estado. Apesar da penalidade, ele continua a prestar serviços
médicos durante o período. Como a prestação de serviços médicos é fato gerador do Imposto sobre Serviços
de qualquer natureza (ISS), a municipalidade, ao descobrir tal fato, autua o profissional para cobrar o ISS não
pago, mais multa e juros. A autuação está:

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a) incorreta, pois a capacidade tributária passiva depende de achar-se a pessoa natural autorizada ao
exercício de atividades profissionais;
b) correta, pois a sanção de suspensão foi estabelecida por órgão fiscalizador do exercício de profissão
regulamentada de nível regional;
c) incorreta, pois o fato gerador do ISS depende de achar-se o profissional autorizado ao exercício da
atividade prevista na hipótese de incidência;
d) incorreta, pois a sanção de suspensão não foi estabelecida por órgão fiscalizador do exercício de profissão
regulamentada de nível nacional;
e) correta, pois a capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural autorizada ao
exercício de atividades profissionais.
12.FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015
A lei de instituição de um tributo previu como fato gerador um negócio jurídico condicional. Assim,
==192f9d==

considerar-se-á como ocorrido o fato gerador:


a) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for suspensiva;
b) desde o momento do implemento da condição, se esta for resolutória;
c) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição resolutória ou suspensiva;
d) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva;
e) desde o momento da exteriorização do negócio, por publicação, se a condição for suspensiva.
13.FGV/Câmara Municipal do Recife-PE-Consultor Legislativo/2014
O fato gerador da obrigação principal é a situação definida na(o):
a) Constituição Federal;
b) lei;
c) Código Tributário Nacional;
d) decreto legislativo;
e) lei complementar.
14.FGV/Pref. Osasco-SP-Fiscal Tributário/2014

No âmbito tributário, a expressão monetária sobre a qual deve ser aplicado o percentual para que se possa
apurar o montante do tributo a pagar, definido por meio de Lei Complementar, é denominada:

a) valor de referência fiscal;

b) base de cálculo;

c) fato gerador;

d) hipótese de incidência;

e) alíquota.

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15.FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014


Assinale a opção que indica um efeito do fato gerador.
a) Fixa a hipótese de incidência do tributo.
b) Determina o regime jurídico da obrigação tributária.
c) Estabelece a hipótese de incidência da obrigação tributária acessória.
d) Discrimina os tributos de competência de cada ente político.
e) Indica o local onde o tributo deve ser pago.
16.FGV/Sudene- PE- Analista Técnico Adm./2013
Assinale a alternativa em que a segunda assertiva completa o sentido da primeira.
a) A obrigação tributária é principal ou acessória / no caso da acessória há vínculo jurídico sem conteúdo
patrimonial.
b) As obrigações têm caráter de patrimonialidade genérica, no ordenamento jurídico tributário / isto ocorre
em função do descumprimento da obrigação acessória gerar multa.
c) A obrigação tributária gera, para o sujeito passivo, um dever / este dever nasce com a lei e a partir dela se
torna exigível.
d) As obrigações tributárias são sempre de dar / isto em função da possibilidade de transmutação da
obrigação de fazer ou não fazer em imposição de multa.
e) A obrigação tributária principal é de dar / ela tem como sua única fonte o texto da lei que criou a hipótese
de incidência.
17.FGV/Procurador AL - MT /2013
Lei de determinado Estado da Federação estabelece base de cálculo reduzida para o ICMS dos produtos que
compõem a cesta básica. A lei foi regulamentada por ato normativo do executivo que subordinou a aplicação
da base legalmente reduzida ao cumprimento, pelo contribuinte, das obrigações acessórias.
A Sociedade Delta Ltda. procedeu à saída de mercadoria da cesta básica de seu estabelecimento
desacompanhada de nota fiscal.
Neste caso,
a) não incide a redução do imposto, visto que não cumprida obrigação acessória.
b) incide a redução prevista na lei estadual, já que a fixação da base de cálculo está sujeita a reserva legal.
c) incide a redução prevista na lei estadual, mas fica suspensa até que seja regularizada a saída da
mercadoria.
d) não incide a redução do imposto, já que o Executivo tem a faculdade de limitar os beneficiados pela
redução da base de cálculo.
e) a redução da base de cálculo constitui renúncia fiscal cuja fruição pode ser condicionada pela
Administração Fiscal ao cumprimento das obrigações acessórias.
18.FGV/AFRE- RJ/2011
O objeto da obrigação tributária se traduz em uma prestação, de cunho patrimonial ou não, devida pelo
contribuinte ou responsável. Em relação à obrigação tributária, é correto dizer que

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a) A obrigação tributária de conteúdo patrimonial é chamada de obrigação principal, ao passo que a acessória
se caracteriza pela prestação de conteúdo não patrimonial, consubstanciada em obrigações de fazer e não
fazer. Entretanto, a não observância da obrigação acessória tem o condão de convertê-la em principal
relativamente à penalidade pecuniária.
b) A obrigação tributária principal, representada por uma obrigação de dar, surge no momento do
lançamento do tributo que, por sua vez, constitui o crédito tributário. Esta obrigação decorre de legislação
tributária específica e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
c) A obrigação tributária, seja ela principal ou acessória, é sempre uma obrigação de cunho patrimonial
quando se refere a uma obrigação de fazer ou não fazer.
d) De modo análogo à obrigação civil, a obrigação tributária acessória decorre da obrigação principal. Nesse
diapasão, também pode se dizer que, extinta a obrigação principal, extinta está a obrigação acessória, mas
a extinção da obrigação acessória não implica, necessariamente, a extinção da obrigação principal.
e) A obrigação acessória, caracterizada por obrigações de fazer e não fazer tais como emitir notas fiscais,
manter a escrituração dos livros em dia, entregar as declarações de acordo com as instruções do fisco, não
impedir o livre acesso da fiscalização à empresa, etc., decorre de legislação tributária específica, no interesse
exclusivo de arrecadação dos tributos.
19.FGV/AFRE- RJ/2011
Para a determinação do momento de ocorrência do fato gerador, no caso de negócio jurídico sujeito a
condição resolutiva, este se considera perfeito e acabado
a) Desde o momento do implemento da condição.
b) Desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
c) A partir do primeiro dia do exercício seguinte ao implemento da condição, por obediência ao princípio da
anterioridade.
d) Nos negócios entabulados a prazo, na última parcela paga.
e) Em nenhum momento, pois, em direito tributário, não se pode falar em condição resolutória.
20.FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006
Conforme disposto no CTN e salvo disposição legal em contrário, assinale a alternativa que não configura a
ocorrência de fato gerador.
a) tratando-se de situação de fato, ao se verificar a existência das circunstâncias materiais necessárias a que
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios
b) tratando-se de situação jurídica, quando estiver definitivamente constituída, nos termos de direito
aplicável
c) a prática do ato ou celebrado o negócio, ainda que exista condição resolutiva
d) o implemento de condição suspensiva, em se tratando de negócio jurídico condicional
e) a ocorrência do evento, quando se tratar de condição resolutiva
21.FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2009
Com relação ao tema Obrigação Tributária, considerando a existência da obrigação principal e das obrigações
ditas acessórias, analise as afirmativas a seguir:

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I. As obrigações acessórias extinguem-se inexoravelmente por força do pagamento do tributo, não havendo
que se falar, assim, em penalidade por seu descumprimento.
II. As obrigações acessórias convertem-se em obrigação principal no caso de sua inobservância no que diz
respeito à penalidade pecuniária.
III. As obrigações acessórias correspondem às obrigações de fazer e não-fazer.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
22.FGV/TJ-PA-Juiz/2009

Quanto à Elisão Fiscal é correto afirmar que:

a) constitui procedimento lícito de economia de tributos, geralmente realizado antes da ocorrência do fato
gerador.

b) constitui procedimento dúbio que pode ser desqualificado e requalificado pela autoridade administrativa.

c) constitui uma sucessão de atos ou negócios jurídicos realizados para dissimular a ocorrência do fato
gerador.

d) constitui prática atentatória ao princípio da solidariedade social e, portanto, inconstitucional.

e) constitui mecanismo de economia fiscal, só possível quando a lei expressamente o permitir.

23.FGV/AFRE- RJ/2011
Flávia, Telma e beatriz constituíram a sociedade trio maravilha Ltda. Para operar no ramo de prestação de
serviços de beleza, mas se abstiveram de inscrever o contrato social no registro competente. Mesmo assim,
começaram a vender seus produtos na praça, sem o recolhimento do ISS. Diante dessa situação fática, é
possível afirmar que
a) Em matéria tributária, assim como em matéria cível, a solidariedade passiva pode ocorrer em virtude de
lei ou de acordo de vontades.
b) Caso o fisco exigisse o pagamento integral da dívida somente de beatriz, a sócia com menor patrimônio,
esta poderia invocar o benefício de ordem para redirecionar a cobrança para Flávia, detentora da maioria
das quotas da sociedade.
c) Caso Telma fosse beneficiada com isenção pessoal concedida pelo fisco, esta seria extensível às demais
sócias, por força da solidariedade tributária legal.
d) Se Flávia fosse citada em execução fiscal, a interrupção da prescrição atingiria todas as sócias da empresa.

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e) O eventual pagamento total do tributo devido por Telma não aproveitaria nem a Flávia nem a beatriz,
caso o contrato social assim determinasse.
24.FGV/SEFAZ-RJ-Fiscal de Rendas/2010

Assinale a afirmativa incorreta.

a) A solidariedade tributária instaura-se entre os sujeitos que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal e, nesta hipótese, não comporta benefício de ordem.

b) A capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta
de seus bens ou negócios.

c) A denúncia espontânea, formulada antes da notificação do lançamento ao sujeito passivo, exclui a


responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que acompanhada do pagamento do tributo
devido e dos juros de mora ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.

d) O sujeito passivo é denominado contribuinte quando tem relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.

e) O sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada à prática ou abstenção de ato que não
configure obrigação principal.

25.FGV/TJ-PA-Juiz/2009

A responsabilidade solidária em matéria tributária entre empresas pertencentes ao mesmo conglomerado


se caracteriza, precipuamente:

a) pelo comando empresarial exercido pela mesma diretoria.

b) pela realização conjunta da situação que caracterize o fato gerador.

c) pela existência de operações de caráter econômico que vinculem as empresas.

d) pela efetiva participação nos lucros obtidos pelo conglomerado, por ambas as empresas.

e) pela existência entre elas de contrato de rateio de despesas.

26.FGV/SEAD-AP-Fiscal da Receita Estadual/2010

Assinale a alternativa correta.

a) A capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas naturais.

b) Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação


aplicável, considera-se como tal o local em que tenha ocorrido o fato gerador do tributo.

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c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável quando tenha relação pessoal e direta com a
situação que constitua o respectivo fato gerador.

d) Havendo solidariedade tributária, e salvo disposição de lei em contrário, a isenção do crédito exonera a
todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade
quanto aos demais pelo saldo do tributo.

e) O Código Tributário Nacional veda expressamente a possibilidade de que as convenções particulares


relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos possam ser opostas à Fazenda Pública para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias.

27.FGV/Fiscal de Rendas-MS/2006
Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, não se considera como tal:
a) a residência habitual, em se tratando de pessoa natural.
b) o lugar da sede, em se tratando de pessoa jurídica.
c) a residência do indivíduo, em se tratando de firma individual.
d) o lugar de cada estabelecimento, em relação aos atos que deram origem à obrigação.
e) local da repartição no território da entidade tributante, em se tratando de pessoa jurídica de direito
público.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

1. D 11. E 21. E
2. B 12. D 22. A
3. D 13. B 23. C
4. E 14. B 24. C
5. E 15. B 25. B
6. A 16. A 26. D
7. B 17. B 27. C
8. B 18. A
9. C 19. B
10. E 20. E

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