Aula 05 - Ok!
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Autor:
Rafael Henze
30 de Maio de 2023
Sumário
TAXAS .............................................................................................................................................................2
Introdução .............................................................................................................................................2
Taxas no CTM...............................................................................................................................................31
Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial na forma prevista em lei própria, .....32
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GABARITO ..................................................................................................................................................151
RESUMO .....................................................................................................................................................153
TAXAS
Entraremos agora no estudo de um tributo de grande importância para todos os concursos que cobram
legislação municipal e também Direito Tributário.
Grande parte da relevância desse tributo para provas e para a realidade da tributação deflui da atribuição
constitucional de competência para qualquer ente o instituir, obedecidos alguns parâmetros.
Municípios (e os outros entes federativos) costumam utilizar-se bastante dessa competência, não sendo
incomum encontrarmos alguns chegando a instituir perto de uma dezena de taxas.
Dada a amplitude da hipótese de incidência prevista no texto constitucional, muitos entes acabam
exacerbando essa competência e instituindo taxas de maneira irregular. O judiciário frequentemente é
instado a se manifestar sobre tais exações e tanto a confirmação quanto a negação de sua
constitucionalidade acabam gerando possíveis questões de prova.
Esse tributo guarda algumas particularidades que o diferenciam dos outros, formando um racional
legitimador de sua cobrança bastante interessante que vale a pena ser compreendido para depois
passarmos a conhecer casos concretos apreciados pelo Judiciário e as taxas efetivamente instituídas pelo
ente para o qual estamos estudando.
A compreensão da estrutura do tributo conjugada com as principais decisões a ele pertinentes nos
possibilitará acertar qualquer questão relacionada a taxas.
Introdução
Taxas são tributos cujo fato gerador compreende a utilização, efetiva ou potencial de um serviço público
específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição ou ainda a submissão ao exercício
do poder de polícia exercido pelo ente que vai instituir e cobrar a taxa.
Primeiramente, vamos ver o que o texto da Constituição Federal fala sobre esse tributo:
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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
(...)
(...)
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas
Tenham certeza que a simples memorização desses dispositivos já possibilita acertar uma boa quantidade
de questões, mas vamos aprofundar nosso conhecimento do tributo para acertar todas as questões.
A CF e o CTN nos explicam que a taxa constitui um tributo que demanda uma atuação do estado
direcionada ao contribuinte, seja a prestação de um serviço, seja o exercício do poder de polícia.
Por essa razão, ou seja, por constituir uma cobrança dependente de uma atuação estatal, a taxa é
conceituada como um tributo bilateral, contraprestacional ou sinalagmático, e essa característica também
é chamada de referibilidade.
A referibilidade é definido no direito tributário como uma relação de conformidade entre a atividade
estatal exercida pelo Poder Público em contraprestação ao contribuinte pela submissão desse ao
pagamento
E aí, de cara, devemos traçar um importante ponto distintivo com outra espécie tributária extremamente
relevante: os impostos. É importante delinear bem essa diferença, pois a CF e o CTN expressamente citam
os impostos impedindo a coincidência de bases de cálculo com a das taxas.
Taxas são tributos vinculados, ou seja, sua cobrança vincula-se a uma atividade estatal, e o conhecimento
dessa ideia vai permitir entender uma série de outros aspectos desse tributo que serão vistos na nossa
aula.
O contrário acontece, por exemplo, com os impostos, que são tributos cuja cobrança independe de
qualquer atuação estatal e sim de situações ligadas ao contribuinte.
Exemplo: como a Constituição Federal já nos ensinou, um Município vai cobrar taxa pela utilização de
determinado serviço público. Agora compare com um imposto, que vai ser cobrado porque o contribuinte
auferiu renda, ou adquiriu uma propriedade etc.
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Vejamos:
Taxas
• Fato gerador é uma atividade estatal relativa ao contribuinte.
• A arrecadação busca remunerar o custo da atividade exercida.
• O montante cobrado deve guardar relação de razoável
equivalência com o custo da atividade.
Impostos
• Fato gerador não relacionado a nenhuma atividade estatal.
• Arrecadação não pode ser vinculada a fundo, despesa ou órgão
específico.
• Base de cálculo representa aspecto demonstrativo de riqueza do
contribuinte.
Jurisprudência e grande parte da doutrina convergem ao negar às taxas, em razão do seu fato gerador e
do seu cunho sinalagmático, a possibilidade de serem utilizadas com funções extrafiscais.
É a função que possibilita ao ente instituidor utilizar-se daquele tributo com finalidades não
necessariamente restritas à finalidade arrecadatória, possibilitando que o tributo seja um meio indutor
ou desestimulador de condutas. Quando a União aumenta a alíquota do IPI sobre cigarros, por exemplo,
ela está prestigiando a sua função extrafiscal.
Sempre foi entendido que taxas não poderiam ser utilizadas com esse objetivo, entretanto, STF
recentemente se debruçou sobre 3 Ações Diretas de Constitucionalidade questionando a viabilidade da
cobrança de taxas de fiscalização e controle sobre extração de minérios, e, entendendo constitucional o
tributo, asseverou ser possível sua utilização com caráter extrafiscal.
O Ministro Edson Fachin, relator da ADI 4785, contra a Lei Estadual 19.976/2011 de Minas Gerais que
criou uma Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração
e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM) destacou em seu voto que considerando o caráter
poluente das atividades a serem fiscalizadas deve ser reconhecida natureza extrafiscal a essa taxa, por
desestimular atividades degradantes do meio ambiente e permitir ao estado o planejamento para evitar
desastres ambientais de grandes proporções.
O Ministro considerou o potencial dano causado ao meio ambiente e ainda afirmou que “a memória
recente dos casos de Mariana e Brumadinho desaconselha responder as tragédias apenas quando elas
ocorrem (…) Mariana e Brumadinho indicam ser urgentes ações de prevenção”.
O Ministro Luís Fux foi o relator da ADI nº 4787, contra a Lei Estadual nº 1613/2011 do Amapá que criou
Taxa De Controle, Acompanhamento E Fiscalização Das Atividades De Pesquisa, Lavra, Exploração E
Aproveitamento De Recursos Minerários (TFRM), apontou em seu voto vencedor entendimento
semelhante. Trago a ementa do julgado e alguns pontos pertinentes ao tema:
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7.940/89” (...) 22. À luz de uma teoria dos jogos, caso adotada a premissa do teto limite
de recolhimento, é possível que o particular, assumindo uma posição agressiva,
incremente sua capacidade produtiva, ultrapassando o teto que venha a ser fixado na
legislação para recolhimento da taxa, momento em que o modelo tenderá a produzir a
maximização de benefícios ao particular, em detrimento do outro jogador, no caso o
Estado, e mesmo da própria coletividade, que conviverá com uma exploração da
atividade mineral em escala exponencial. 23. A manutenção do sistema sem a fixação
do teto tende a compor um equilíbrio ótimo para ambas as partes, na medida em que
as empresas exploradoras da atividade são compelidas a limitar sua atividade produtiva
em vista do quantum debeatur da taxa. A exploração para além da capacidade de
pagamento ensejaria uma atividade não lucrativa, e, portanto, não desejável. 24. O
potencial lesivo ao ambiente que a atividade minerária encerra, torna necessário que o
Estado tenha recursos para assegurar a saúde e o bem estar das populações
diretamente envolvidas no exercício da atividade de exploração mineral. Tragédias
recentes como as dos municípios mineiros de Mariana/MG e Brumadinho/MG
demonstram o quanto o poder de polícia administrativa nestas situações deve ser
rigoroso e bem estruturado. 24. A ideia de se utilizar a tributação como forma de
incentivo ou desincentivo à exploração de atividades nocivas ao meio ambiente é
política de quase todos países do mundo, sugerida, inclusive, pela OCDE (Taxation,
Inovation and the Environment, OECD, 2010). 25. As políticas ambientais que criam
instrumentos que impõem um sobrepreço ao uso dos recursos naturais, à semelhança
do que determina o princípio do “poluidor/pagador”, é legitimada sob a ótica de uma
Análise Econômica do Direito, em linha com as chamadas “taxas pigouvianas”. 26. Em
nosso ordenamento, a definição de extrafiscalidade alberga grande parte do modelo
econômico exposto por economistas desde o início do século XX. A maximização de
resultados entre o exercício regular do poder de polícia, materializado na fiscalização
ambiental, e a exigência de tributação sobre a atividade econômica perpassa pela
aferição da eficácia da política operada pelo Poder Público.
Ressalto que essa autorização para utilização de uma taxa com função extrafiscal ainda não foi cobrada
em prova, advém de um entendimento bem recente e sua aparição em um concurso vai depender de uma
contextualização amarrando a questão ao caso concreto que acabamos de ver.
Em regra, portanto, não há que se falar em manipulação de suas alíquotas por parte do poder público
buscando incentivar ou desincentivar condutas dos contribuintes. Ou seja, em regra, taxas não podem ser
usadas com função extrafiscal!
RESOLUÇÃO:
A – Como tributos, tanto a taxa quanto o imposto gozam do atributo da compulsoriedade.
Compulsoriedade é característica inerente a qualquer tributo, e confere obrigatoriedade ao seu
pagamento.
B – A taxa também se sujeita à anterioridade nonagesimal.
C – Referibilidade é outra maneira de conceituar o aspecto contraprestacional das taxas. A materialidade
do fato gerador, segundo Geraldo Ataliba, é sempre e necessariamente um fato produzido pelo Estado,
na esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade ao administrado.
D – A competência para instituição da taxa é a competência para prestar o serviço relacionado ou o poder
de polícia.
E – A natureza de contraprestação contratual é observada na cobrança de tarifa, instituto que ainda vamos
estudar nessa aula.
Gabarito C
Não confundir, entretanto, um tributo vinculado (no qual existe uma contraprestação estatal específica)
com um tributo de arrecadação vinculada, no qual a lei determina uma destinação específica para os
valores arrecadados.
A taxa, em regra, é tributo vinculado, mas de arrecadação não vinculada! Entretanto, não existe vedação
quanto a eventual vinculação da receita das taxas, tendo o STF apenas vedado que essa destinação seja
instituição privada.
RESOLUÇÃO:
Errada! Salvo quando expressamente previstas, as taxas não constituem hipótese de receita vinculada.
Bom exemplo de taxa com receita vinculada é o das taxas judiciárias, cujas receitas serão destinadas ao
custeio de serviços afetos às atividades da Justiça.
Gabarito: Errado
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A competência para instituir taxas é reservada a todos os entes, devendo ser respeitada apenas a
competência destes para realizar o poder de polícia ou prestar o serviço público respectivos.
A restrição, por exemplo, será em relação a um Estado instituir taxa sobre a prestação de um serviço
constitucionalmente atribuído a um Município.
É bem simples: se o ente dispõe de competência para a atividade que justifica a cobrança da taxa, ele vai
poder instituir e cobrar essa taxa, guardados os outros requisitos.
A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas, julgue o item seguinte.
Dada a competência privativa da União para exercer controle e fiscalização ambiental, é exclusiva da
União a competência para instituir taxa de fiscalização e controle do meio ambiente cujo fundamento seja
o exercício regular do poder de polícia.
Certo
Errado
RESOLUÇÃO:
A questão reforça o entendimento que a aferição da competência para instituição da taxa depende da
atribuição constitucional da competência para exercer o poder de polícia ou prestar o serviço público.
A questão está errada, pois a competência para exercer o controle e fiscalização ambiental é comum:
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”
Dessa forma, ao Município também estaria reservado o direito de controlar e fiscalizar o meio ambiente,
instituindo, para tanto, taxa.
Então a União pode fiscalizar e cobrar taxa e o Município pode fiscalizar e cobrar taxa.
Gabarito: Errado
Diante do exposto e considerando que aos Estados foi atribuída pela CF a competência residual para
prestação de serviços como podemos ver:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Alguns afirmam haver competência residual para instituição de taxas por parte dos Estados, justamente
porque eles podem exercer outras competências que não estejam expressamente previstas no texto
constitucional, bastando que também não estejam vedadas.
Como ensina o doutrinador Sacha Calmon Navarro Coelho, no caso das taxas, a competência
administrativa precede a tributária, e ambas sujeitam-se ao princípio da legalidade.
A taxa é uma espécie do gênero tributo sobre a qual é correto afirmar que
A a autorização de sua instituição ocorre a partir de qualquer serviço público, ainda que seja inespecífico
e indivisível.
B seu ente tributante não pode ter competência administrativa, de forma que não tenha poder de polícia
ou preste serviços
Prefeitura de públicos.
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C para que seja legitimada, basta haver serviço público, sem depender de outras condições.
D difere dos demais tributos por não ter o caráter da divisibilidade.
E para que seja válida, decorre da edição de duas leis: lei de natureza administrativa e lei de índole
tributária.
RESOLUÇÃO:
O serviço público que legitima a cobrança de taxa é específico e divisível.
O ente instituidor da taxa deve dispor de competência constitucional para exercer o poder de polícia ou
prestar o serviço público.
E o exercício do poder de polícia bem como a prestação do serviço público devem estar previstos em lei,
considerando que a atividade estatal se submete ao princípio da legalidade segundo o qual a
Administração Pública somente pode fazer o que estiver autorizado por lei.
Gabarito E
Vejamos um exemplo de taxa julgada inconstitucional pelo Supremo justamente por buscar remunerar a
prestação de um serviço não previsto na competência do ente tributante:
Nesse julgado, o Município de Estrela d’Oeste instituiu uma taxa de fiscalização do funcionamento de
torres e antenas de transmissão e recepção de dados e voz, cobrada pelo respectivo exercício do poder
de polícia. Só que legislar sobre telecomunicações e radiofusão é matéria privativa da União, e não dos
Municípios, que só poderiam fiscalizar o uso e a ocupação do solo pelas torres e antenas, uma vez que
eles podem legislar concorrentemente sobre direito urbanístico.
Então já entendemos que se determinado ente não dispõe de competência para atuar em determinado
assunto, ele não vai poder cobrar taxa por essa atuação. Mas e se 2 entes dispuserem de competência
autorizando determinada atuação? Tomemos como exemplo a proteção ao meio ambiente.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)
4. A base de cálculo indicada pelo art. 4º da Lei 7.182/2015 – barril de petróleo extraído
ou unidade equivalente de gás a ser recolhida – não guarda congruência com os custos
das atividades de fiscalização exercidas pelo órgão ambiental estadual, o Instituto
Estadual do Ambiente (INEA/RJ). Desproporcionalidade reconhecida. Nesse sentido: ADI
6211-MC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 4/12/2019, acórdão
pendente de publicação; e ADI 5374-MC, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, decisão
monocrática, DJe de 17/12/2018. 5. Ação direta julgada procedente.
Não estamos diante de bitributação! Aqui a União faz uma fiscalização e cobra, o Estado faz outra
fiscalização e cobra, constituindo 2 fatos geradores distintos, só que da mesma espécie. A CF determina
que proteger o meio ambiente é competência comum, então os entes podem exigir esse licenciamento.
Espécies de taxas
Conforme dispositivo constitucional que vimos no início da aula, há 2 tipos de atuação estatal aptos a
gerar a cobrança de taxas: o serviço público específico e divisível e o exercício regular do poder de polícia.
Faz-se necessário um agir do estado em favor dos contribuintes qualificado pela especificidade e
divisibilidade. Não se aceita, por exemplo, como fato gerador de taxa, um serviço oferecido ao público,
mas que seja do interesse da administração.
Nesse sentido, assim se manifestou o STF ao analisar a constitucionalidade da taxa cobrada para emissão
de guia de pagamento de tributos. Vejamos:
Outra distinção que deve ser feita para buscarmos o conceito de serviço público ensejador da cobrança
de taxa gira em torno da especificidade e da indivisibilidade.
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
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Os serviços específicos são prestados “uti singuli”, referindo-se a uma pessoa ou a um grupo determinado
(ou determinável) de pessoas, gozando, portanto, de divisibilidade, ou seja, da possibilidade de ser
avaliada a utilização de maneira individualizada.
A bem da verdade, dificilmente conseguiremos pensar em um serviço que seja específico e não seja
divisível, mas para a realização de provas devemos lembrar que os requisitos legais são cumulativos, ou
seja, o serviço prestado tem que ser divisível e tem que ser específico.
Questões de prova trocando esse “divisível” por “indivisível” constituem um clássico exemplo de maldade
do examinador buscando confundir quem não deu a devida atenção à leitura do enunciado.
Noutro giro, os serviços genéricos, prestados a todos sem distinção, chamados pela doutrina de “uti
universi” serão custeados pelo poder público por meio de suas receitas normais. A lógica permite concluir
que quando não dá para individualizar o beneficiário do serviço e nem o quanto cada um individualmente
pode aproveitar da utilidade prestada pelo ente tributante, esse serviço não pode ser remunerado por
meio de taxa.
Mas muito melhor que confiar na lógica é conhecer os principais julgados do Supremo Tribunal Federal
sobre o tema, pois frequentemente os entes instituem taxas
Exemplo de taxa declarada inconstitucional por ausência de especificidade e divisibilidade foi a Taxa de
Segurança Pública. Segue didático julgado a respeito:
Pelo mesmo motivo foi decidido pela inconstitucionalidade de Taxa de limpeza pública de vias e
logradouros públicos:
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3. Agravo regimental não provido (RE 583.463 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
07.02.2012, DJe-050, divulg. 08.03.2012, public. 09.03.2012)
Em sentido contrário, decidiu o Supremo pela constitucionalidade da taxa cobrada em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos proveniente de imóveis, uma
vez que, diferentemente de uma taxa referente à limpeza pública, no caso em comento há meios de se
especificar o serviço e de identificar os beneficiários de maneira individualizada.
Outra taxa que padece de divisibilidade é a Taxa de pavimentação, instituída para manutenção de vias
públicas. Nitidamente não há como precisar cada um de seus beneficiários, logo, ela também foi declarada
inconstitucional.
Vejamos agora um aspecto bem frequente em concursos sobre taxas: a sua diferenciação das tarifas.
Taxa X Tarifa:
O Estado precisa de dinheiro para custear todas as suas atividades, certo? Aqui estudando Legislação
Tributária estamos mais ligados no estado obtendo receita por meio da cobrança de tributos, que são
chamadas de receitas derivadas, uma vez que derivam do patrimônio de outras pessoas.
Ocorre que para obtenção dos recursos necessários, o Estado pode se utilizar de meios semelhantes aos
dos particulares, em vez de fazer uso do poder tributário, adquirindo as chamadas receitas originárias.
Ele pode vender bens, ceder seu uso, vender produtos ou mediante remuneração, prestar serviços. Para
isso, cobra preço público, que é uma receita originária auferida dentro de uma relação contratual entre o
estado e o particular. Na obtenção de receitas originárias, o processo de gestão e o regime jurídico a que
o Estado recorre deverão ser análogos aos do direito privado, ao contrário do que ocorre quando o Estado
aufere receitas por meio da tributação.
Entre as espécies de preço público existentes, uma nos interessa para o estudo das taxas que é o preço
público cobrado quando o estado presta ao particular um serviço, dada a possível confusão existente
entre os serviços que podem gerar a cobrança de taxa, e os serviços que geram a cobrança de preço
público, também chamado de tarifa.
Ainda que se tenha compreendido o conceito de serviço público específico e divisível, deve-se ainda
atentar para outro detalhe pertinente ao tipo de serviço apto a ensejar a exação em estudo, ou seja, a
maneira como o serviço é prestado.
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O serviço pode ser prestado com especificidade e divisibilidade, mas para que seja cobrado taxa é
necessário também o requisito da compulsoriedade inerente a todos os tributos. Veja esse quadrinho
diferenciando o tipo de serviço que justifica a cobrança de taxa do tipo de serviço que justifica a cobrança
de preço público.
Ninguém é obrigado tornar-se usuário dos serviços de telefone, energia elétrica, correios e transportes
urbanos mantidos pelo Estado. Estando tais serviços postos à disposição da sociedade, quem estiver
interessado assume a condição de usuário, pagando o chamado preço público.
Agora imagine que a ordem legal seja alterada e o usuário seja obrigado a adquirir energia elétrica apenas
e tão somente do estado compulsoriamente. Aí nesse caso o valor pago por esse serviço vai ostentar
natureza jurídica de taxa, e não mais de preço público.
d) não poderá gerar cobrança vinculada de tarifa mínima, sendo imperiosa a correspondência com o
efetivo consumo.
e) poderá gerar cobrança distinta de acordo com as categorias de usuários e faixas de consumo.
RESOLUÇÃO:
A – Serviços prestados “uti universi” são aqueles prestados a destinatários genéricos, sem possibilidade
de identificação ou individualização.
Como exemplo podemos citar o serviço de iluminação pública. Há como mensurar o quanto cada um
aproveitou dele? Não.
O contrário ocorre com o serviço de fornecimento de água, passível de medição e individualização do
beneficiário.
Logo, alternativa errada.
B – O referido serviço não vai ser remunerado por taxas!
C – Não há óbice constitucional quanto à delegação por parte do estado desses serviços à iniciativa
privada.
D – Assertiva errada!
Na verdade, não há ilegitimidade na cobrança de uma tarifa mínima apenas pela disponibilização do
serviço.
Caso o usuário não deseje mais receber o serviço ele pode solicitar seu cancelamento e a desinstalação
do serviço..
Nesse sentido o STJ editou a súmula 356, segundo a qual é legítima a cobrança da tarifa básica pelo uso
dos serviços de telefonia fixa
E – Correta!
Oriunda da jurisprudência do STJ:
Sum 407: É legítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo com as categorias de usuários e as
faixas de consumo.
Gabarito E
O preço público é uma contrapartida facultativa, que por não ostentar natureza tributária também não
sofre as limitações constitucionais ao poder de tributar.
Vou tentar explicar por meio de mais um exemplo: se o Estado resolve monopolizar a indústria
cafeicultora, o valor que cada um pagar pelo café que decidir adquirir será preço público. Só pagaria pelo
café quem resolvesse comprar café, ok?
No dia em que editassem uma lei determinando que todos pagassem pelo café disponibilizado a todos, aí
sim poderíamos pensar em cobrar uma taxa por isso.
Voltando às taxas devidas por prestação de serviço, merece detida atenção do candidato o fato de que
elas podem ser cobradas tanto pela fruição efetiva do serviço pelo contribuinte quanto pela simples
colocação do mesmo à sua disposição.
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Deve-se frisar, entretanto, que a taxa só poderá ser cobrada pela utilização potencial de um serviço caso
o serviço esteja DE FATO sendo colocado à disposição do contribuinte.
O STJ analisou caso em que a Cia de esgoto cobrou taxa de serviço não estando o contribuinte atendido
pelo seu sistema de tratamento. Vejamos:
1. Ofensa ao art. 535 do CPC. A Corte local, com base na perícia produzida nos autos, foi
expressa em negar qualquer participação da CEDAE no tratamento do esgoto produzido
no condomínio autor.
(...)
4. Art. 77 do CTN. Se o acórdão recorrido firmou a premissa de que a CEDAE não dispõe
de sistema de tratamento de esgoto que atenda ao imóvel da autora, torna-se indevida
qualquer contraprestação, em virtude, inclusive, de suposta utilização potencial do
serviço.
Nesse caso ficou claro que o serviço não estava sequer sendo disponibilizado, o que inviabilizou a
cobrança da respectiva taxa.
Para fins de cobrança de taxa, vai ser considerado utilizado pelo contribuinte quando ele efetivamente
usufruir do serviço ou quando, se o serviço for de utilização compulsória, ele for colocado à sua disposição.
Não é todo serviço colocado à disposição do contribuinte que vai lhe gerar a obrigação de pagar taxas.
Quer um exemplo?
A taxa do lixo refere-se a um serviço de utilização compulsória e, dessa forma, ainda que determinado
contribuinte resolva não produzir lixo algum, ou dar ele mesmo destinação aos seus resíduos, a simples
disponibilização desse serviço vai gerar obrigação de pagar a taxa.
Já a taxa judiciária não tem relação com um serviço de utilização compulsória, pois só paga quem
apresenta uma demanda ao Poder Judiciário, que disponibiliza seus serviços para qualquer um. Ainda que
esse serviço esteja potencialmente disponível, como trata-se de um serviço de utilização facultativa
(ninguém é obrigado a utilizar o serviço prestado pelo Poder Judiciário), só vai pagar as custas aqueles
que efetivamente usufruírem dele.
Primeiramente vale esclarecer que o poder de polícia ora referido não tem qualquer relação com a
atividade de polícia judiciária, combate à criminalidade ou manutenção de ordem pública. O conceito que
utilizaremos agora de poder de polícia é o trazido pelo CTN:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
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Relaciona-se, portanto, com a necessidade de limitar liberdades individuais, sobretudo aquelas cujo
exercício pode vir a causar prejuízos caso não seja fiscalizada ou regulada, em prol da coletividade.
Outrossim, está intimamente ligada ao princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse
privado.
Em regra, o poder público aqui verifica o cumprimento de requisitos legais para o gozo de direitos e cobra
uma taxa pelo exercício desse poder de polícia.
Esse poder de polícia deve obedecer aos requisitos trazidos no parágrafo único do art. 78:
Ao contrário do que ocorre com as taxas oriundas de prestação de serviços, as taxas de polícia não podem
ser cobradas em virtude de potencial exercício de poder de polícia, não servindo, por exemplo, a tão só
existência do órgão fiscalizador para se presumir a fiscalização.
Vejamos:
O exercício de poder de polícia apto a legitimar a cobrança de taxa de polícia deve ser efetivo, não
podendo ser a sua instituição baseada no potencial exercício deste poder.
( ) Certo
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( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Correto! Ao contrário do que acontece com as taxas relacionadas à prestação de serviço público específico
e divisível, no caso de poder de polícia não está autorizada a cobrança quando o poder de polícia por
apenas potencialmente exercido.
Gabarito: Certo
Entretanto, sinalizando uma evolução de seu entendimento, o Supremo julgou constitucional taxa de
polícia sem que o órgão fiscalizador tenha efetuado poder presencial de polícia com visita ao
estabelecimento, mas que tenha utilizado meios indiretos de fiscalização, como equipamentos
tecnológicos.
Vejamos:
3. Dizer que a incidência do tributo prescinde de “fiscalização porta a porta” (in loco)
não implica reconhecer que o Estado pode permanecer inerte no seu dever de adequar
a atividade pública e a privada às balizas estabelecidas pelo sistema jurídico. Pelo
contrário, apenas reforça sua responsabilidade e a de seus agentes.
A cobrança da taxa reclama a competência para fiscalizar a atividade, a existência de um órgão ou aparato
apto ao exercício dessa fiscalização, mas dispensa a chamada “fiscalização porta a porta”.
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O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de postos de gasolina com
objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais locais, estabelecendo
um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa
anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.
RESOLUÇÃO:
A – A assertiva sinaliza que o órgão competente está em funcionamento regular. O cotejo dessa
informação com o conhecimento da jurisprudência autorizando a cobrança da taxa de polícia mesmo sem
que haja fiscalização presencial nos permite concluir pelo acerto da assertiva.
“EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE
LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTO. CONSTITUCIONALIDADE. BASE DE CÁLCULO.
PROPORCIONALIDADE COM O CUSTO DA ATIVIDADE ESTATAL DE FISCALIZAÇÃO. PRECEDENTES.
1. Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de funcionamento é
constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera
existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de
fiscalização.
2. A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na área de fiscalização é
constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização. Quando a
Constituição se refere às taxas, o faz no sentido de que o tributo não incida sobre a prestação, mas em
razão da prestação de serviço pelo Estado. A área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta
a refletir o custo aproximado da atividade estatal de fiscalização.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 856185 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO,
Primeira Turma, julgado em 04/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-190 DIVULG 23-09-2015 PUBLIC 24-
09-2015)
B – A taxa por exercício regular de poder de polícia não tem relação com segurança pública, sendo,
inclusive, proibido financiamento da segurança pública por via de taxas
C – Não existe vedação quanto à cobrança de valor fixo por estabelecimento.
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D – Essa taxa não se refere à segurança pública, e sim à fiscalização, exercício regular de poder de polícia.
Está correta a parte que diz que a segurança pública será financiada por impostos.
E – É exatamente o contrário do que nos ensinou a jurisprudência colacionada na resolução da assertiva
A
Gabarito A
• Taxa de Alvará (ou de funcionamento): Relacionada com a fiscalização do setor de construção civil
• Taxa de fiscalização de anúncios
• Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM
• Taxa de controle e fiscalização ambiental
• Taxa de fiscalização dos serviços de cartórios extrajudiciais
• Taxa para o FUNDAF:
• Taxas de turismo
• Taxa de classificação de produtos vegetais
• Taxa florestal
Trata-se de rol exemplificativo de taxas de polícia sobre as quais já se manifestou o judiciário.
Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de
construção é da espécie
a) imposto.
b) contribuição de interesse de categoria econômica.
c) taxa.
d) tarifa.
e) contribuição de segurança pública.
RESOLUÇÃO:
A- Impostos são tributos que não exigem contraprestação estatal.
B- Esse é um tributo de competência da União Tributo com objetivo parafiscal de obter recursos
destinados a financiar atividades de interesses de instituições representativas de categorias profissionais
ou econômicas
C – Esse é o nosso gabarito! Taxa oriunda do poder de polícia materializado na fiscalização exercida sobre
o setor de construção civil, nitidamente um dos setores que mais afeta a coletividade e que, portanto,
demanda cerrada fiscalização e regulação.
D – Tarifa não é espécie de tributo.
E – Não existe essa contribuição.
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Gabarito C
Iniciemos agora o estudo sobre a base de cálculo das taxas, assunto também recheado de apontamentos
jurisprudenciais importantes e com alta probabilidade de cobrança em provas.
Base de cálculo
Em regra, para calcular o valor devido de um tributo multiplicamos a alíquota por uma base de cálculo,
que representa a manifestação de riqueza. Funciona assim com os impostos, por exemplo, onde pegamos
uma grandeza apta a quantificar uma parcela da manifestação da riqueza do contribuinte e fazemos incidir
sobre ela a alíquota.
Mas com a taxa é diferente, pois ela é devida em virtude de uma contraprestação estatal sem qualquer
relação com a capacidade contributiva do sujeito passivo. Logo, o ideal é que o valor arrecadado com as
taxas busque se aproximar do custo da atividade estatal, ainda que saibamos ser impossível a aferição
matemática direta do custo de cada atuação do Estado (a coleta do lixo de um determinado domicílio, ao
longo de um mês; a emissão de um passaporte; etc.).
O Supremo tem rechaçado a cobrança de taxas cuja arrecadação não apresenta uma vinculação com os
custos alusivos à atividade exercida.
Exemplo:
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A parte final da ementa explica um pouco a ideia que motiva a cobrança de taxas e principalmente a
diferença para os impostos. A taxa não deve ser instituída apenas para carrear recursos para os cofres
públicos indistintamente, como é o caso dos impostos, e por isso seu alcance não pode extrapolar a
obtenção do fim que justificou sua existência, ou então estaremos diante de uma taxa confiscatória.
Corroborando com isso, o STF editou a Súmula n. 667 cujo enunciado prescreve: “Viola a garantia
constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa”.
Essas taxas judiciárias também são conhecidas como “custas judiciais” e remuneram a prestação de um
serviço público específico e divisível, tendo o Supremo apontado que a utilização do valor da causa judicial
serviria como parâmetro justo para definição do valor a ser cobrado a título de taxa. Ocorre que há causas
milionárias, e uma arrecadação dessa taxa sem um limite extrapolaria a proporcionalidade com o custo
da atividade exercida, atribuindo caráter confiscatório ao tributo. Para resolver isso, o Supremo editou a
mencionada Súmula 667.
Vale ressaltar que despesa com porte de remessa e retorno, que é uma quantia devida para custear o
deslocamento de um processo, não se enquadra no conceito de taxa judiciária:
CF:
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CTN:
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Se a base de cálculo é “própria de impostos”, ou seja, se a base de cálculo é uma base adequada para o
cálculo de impostos isso significa que ela está relacionada com um fato da vida do contribuinte e não com
a atividade estatal exercida. Em relação aos impostos, o Estado se apropria de uma parte da riqueza do
contribuinte para custear suas atividades em benefício de toda a coletividade, então faz todo o sentido
que sua base de cálculo auxilie a captar esse montante.
De fato, por se tratar de tributo vinculado, a base de cálculo de taxa deve relacionar-se com o maior ou
menor trabalho que o poder público desempenhe em face do contribuinte. Em outras palavras, a alíquota,
a base de cálculo, bem ainda o limite máximo de cobrança, devem necessariamente guardar correlação
direta com a atividade estatal.
Essas vedações são de grande importância para o tributo em estudo e constituem contumaz fundamento
para os tribunais afastarem a possibilidade de sua cobrança.
Vejamos exemplo
Há lógica nos dispositivos, porquanto os impostos são tributos não vinculados que incidem conforme
manifestações de riqueza dos contribuintes, ao passo que as taxas buscam o retorno aos cofres públicos
dos valores gastos na realização das atividades que ensejaram sua cobrança.
Essa vedação prevista no art. 145, § 2º, da CF impede a criação de taxas que, na verdade, seriam impostos
disfarçados, ou seja, não corresponderiam a valores cobrados em função do serviço prestado ou do
exercício do poder de polícia.
O STF julgou constitucional e editou a seguinte súmula de nº 665: "É constitucional a Taxa de Fiscalização
dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89” quando se questionava a
constitucionalidade de uma taxa instituída pela CVM para custear o poder de polícia inerente à
fiscalização de instituições do mercado financeiro que aumentava de valor conforme faixas do patrimônio
líquido da empresa fiscalizada.
O valor foi calculado tendo como parâmetro o patrimônio líquido, mas a taxa não incidia sobre o
patrimônio líquido em si. A taxa era um valor fixo, que mudava conforme determinadas faixas de calor de
patrimônio líquido. Se a empresa apresentasse PL de até 10 milhões, por exemplo, pagaria uma taxa de
1.500 reais.
Isso é diferente de fazer a taxa incidir sobre esse PL de 10 milhões. Nesse caso, o Supremo entendeu que
quanto maior o PL, maior trabalho terá a CVM para fiscalizá-la, obedecendo ao critério da equivalência
razoável entre o custo real da atividade e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar.
O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de coleta, remoção e
destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função da frequência da
realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel ou da testada do
terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é
a) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.
b) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.
c) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do
serviço que lhe é prestado.
d) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.
e) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade
da Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.
RESOLUÇÃO:
A – Incorreta. Segundo entendimento sumulado do STF:
Súmula vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção
e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da
Constituição Federal
B - Não viola o art. 145, 2º, da CF, a utilização, na base de cálculo de taxa, de elemento componente de
base de cálculo de imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra.
C – Correta! Como vimos, deve haver uma razoável equivalência entre o valor cobrado e o custo do serviço
prestado.
D – Não é necessária uma correlação absolutamente precisa. Havendo razoabilidade nessa correlação, a
taxa poderá ser cobrada.
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O fundamento da equivalência entre o custo do serviço e o montante a ser pago demanda uma base de
cálculo que ajude a revelar esse custo. O STF já julgou inconstitucional, com esse fundamento, Taxa de
Funcionamento cuja base de cálculo era o número de funcionários. Vejamos:
No caso das custas judiciais, taxa cobrada pela prestação de serviço pelo Poder Judiciário, O STF autorizou
que o valor da causa sirva como base de cálculo, mas determinou que se estipule valores mínimos e
máximos para a cobrança:
Súmula 667
Ainda que a CF e o CTN façam restrições quanto à identidade da base de cálculo de taxas e de impostos,
essas restrições não são absolutas, permitindo que um ou mais elementos possam ser iguais, contanto
que não haja integral identidade.
Um dos fundamentos usados nesse julgado foi a autorização para utilização do Princípio da Capacidade
Contributiva, que muitos entendiam reservado apenas à cobrança de impostos.
CS UFGPrefeitura
- Procurador da Assembleia
de Santo André-SP - ISSLegislativa
Santo Andréde(Auditor
Goiás/2015
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Ainda no tema da base de cálculo das taxas, vamos dar uma olhada nesses 2 julgados do STF bastante
elucidativos sobre a interpretação da Corte Suprema sobre o assunto:
Seria uma base de cálculo completamente desvinculada do ônus referente ao exercício da fiscalização em
si. Justamente a razão que levou o supremo a autorizar a seguinte base de cálculo:
Veja ainda esse interessante julgado sobre o qual conversamos no início da aula exarado na ADI nº 4787
proposta contra a Lei nº 1.613/2011, do Estado do Amapá, que instituiu uma taxa de polícia sobre a
atividade de exploração mineral, no qual o Relator Min. LUIZ FUX atesta a constitucionalidade da base de
cálculo refletida em um valor por tonelada de minério produzida traçando uma relação direta uma entre
o volume de minério extraído e o aumento do custo da fiscalização in loco.
14. A função da base de cálculo é quantificar o montante do tributo a ser recolhido aos
cofres públicos, portanto é essencial que ela mantenha uma relação de congruência com
a hipótese de incidência tributária mas também com elementos outros que contribuam
para a máxima efetivação dos efeitos pretendidos com a tributação. À luz de uma teoria
dos jogos, a referência é ao chamado “jeu de domination avec paiement de tribut” em
que o plano ótimo encontra concessões mútuas a partir de um dado pagamento,
denominado prêmio (prime) (...)
16. A base de cálculo das taxas de polícia não é objetivamente apurável, mas estimada
com base em critérios razoáveis de mensuração do custo da atividade estatal, que
deverá ser rateado entre os sujeitos passivos que exploram o segmento fiscalizado. Para
fins orçamentários há que se ter um planejamento mínimo em relação às despesas
estatais, no que o mesmo planejamento é exigido para fins de fixação da base de cálculo
de uma taxa que visa custear a atividade de polícia administrativa do Estado. Isso não
quer dizer que a base de cálculo das taxas nunca poderá conter elementos relacionados
aos contribuintes.
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19. A TFRM do Estado do Amapá, tal como prevista pela Lei nº 1.613/11, a princípio, não
leva em consideração a capacidade contributiva do sujeito passivo, mas, ao determinar
um valor fixo por tonelada de minério produzida, está a refletir os custos da fiscalização
sobre a atividade de pesquisa, lavra e exploração do minério, que podem variar em
função do volume da produção.
20. O tipo de minério não faz diferença para fins de fiscalização da atividade de extração,
mas há, de fato, uma relação entre o volume de minério extraído e o aumento do custo
da fiscalização in loco, conforme se pode presumir da regra editada pela Unidade
Federada.
22. À luz de uma teoria dos jogos, caso adotada a premissa do teto limite de
recolhimento, é possível que o particular, assumindo uma posição agressiva, incremente
sua capacidade produtiva, ultrapassando o teto que venha a ser fixado na legislação para
recolhimento da taxa, momento em que o modelo tenderá a produzir a maximização de
benefícios ao particular, em detrimento do outro jogador, no caso o Estado, e mesmo
da própria coletividade, que conviverá com uma exploração da atividade mineral em
escala exponencial.
23. A manutenção do sistema sem a fixação do teto tende a compor um equilíbrio ótimo
para ambas as partes, na medida em que as empresas exploradoras da atividade são
compelidas a limitar sua atividade produtiva em vista do quantum debeatur da taxa. A
exploração para além da capacidade de pagamento ensejaria uma atividade não
lucrativa, e, portanto, não desejável. 24. O potencial lesivo ao ambiente que a atividade
minerária encerra, torna necessário que o Estado tenha recursos para assegurar a saúde
e o bem-estar das populações diretamente envolvidas no exercício da atividade de
exploração mineral. Tragédias recentes como as dos municípios mineiros de
Mariana/MG e Brumadinho/MG demonstram o quanto o poder de polícia
administrativa nestas situações deve ser rigoroso e bem estruturado.
25. As políticas ambientais que criam instrumentos que impõem um sobrepreço ao uso
dos recursos naturais, à semelhança do que determina o princípio do
“poluidor/pagador”, é legitimada sob a ótica de uma Análise Econômica do Direito, em
linha com as chamadas “taxas pigouvianas”.
27. A ordem constitucional brasileira consagra a relação entre a livre iniciativa e o meio
ambiente, a partir da dicção do art. 170, no qual a ordem econômica fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa caminha pari passu com a defesa
ambiental (inciso VI).
29. Ação Direta julgada prejudicada pela perda de objeto em relação ao art. 6º, § 3º da
Lei 1.613/11 e, quanto aos demais dispositivos impugnados, totalmente improcedente.
Preste atenção que esse recente Acórdão se afasta relativamente do entendimento observado na Súmula
667 autorizando a cobrança da referida taxa sem a fixação de um limite máximo (um teto) em
consideração ao potencial lesivo ao ambiente que a atividade minerária encerra.
Essa necessidade de um teto foi suscitada no julgamento da constitucionalidade das taxas judiciais e no
julgamento da constitucionalidade de uma taxa cobrada pela anotação de responsabilidade técnica em
que foi fixada a seguinte tese:
Tese
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato
normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da
atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de
fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente
previstos.
Então, de cara, já podemos concluir que o rol do art. 150 da CF tem natureza de rol exemplificativo, uma
vez que não exaure todas as imunidades possíveis.
O STF entendeu que viola o direito de petição previsto no art. 5º, XXXIV, “b”, da Constituição Federal, a
exigência de recolhimento de taxa para emissão de certidão em repartições públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, porque essa atividade do Estado está
protegida da tributação por uma imunidade.
Essa imunidade refere-se tão somente a certidões solicitadas objetivando a defesa de direitos ou o
esclarecimento de situação de interesse pessoal, uma vez que a expedição de certidões voltadas à
prestação de informações de interesse coletivo ou geral não recebe o mesmo tratamento tributário na
Carta Constitucional.
TAXAS NO CTM
Das Espécies
O CTM de Santo André dá uma inovada aqui segmentando as taxas de expediente e serviços diversos das
taxas de serviços públicos, mas para o nosso estudo vale lembrar que ambas contemplam a prestação de
serviço público específico e divisível.
Art. 171 – Pelo exercício regular do poder de polícia ou em razão da utilização efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição pela Prefeitura, serão cobradas as seguintes taxas:
I - de licença;
Iniciando pelas taxas de licença, o CTM enumera uma série de atividades inerentes ao poder de polícia do
Município que dão origem à cobrança de taxas.
Art. 172 – As taxas de licença, tem como fato gerador, o ato pelo qual é facultado o exercício
de atividades ou a prática de atos mediante cumprimento de exigências legais.
A redação do art. 172, de uma forma pouco técnica e bem distante dos ditames constitucionais sobre o
tema, sugere que o fato gerador da taxa será o ato exercido pelo Município que autoriza o exercício de
determinada atividade.
Sabemos lá do início de nossa aula de hoje que o fato gerador desse tipo de taxa é o exercício do poder
de polícia que pode acarretar ou não autorização para a atividade pleiteada pelo particular e que é
atestada por meio da expedição de uma licença.
Art. 173 – de
Prefeitura As Santo
taxasAndré-SP
de licença sãoSanto
- ISS exigidas
Andrépara:
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Art. 174 - Para efeito de cobrança de taxa de licença a que se referem os incisos I, II e IX do
artigo anterior, são considerados estabelecimentos de produção, de comércio, de indústria e
de prestação de serviços os obrigados às inscrições previstas nos artigos 118 e 123 deste
Código.
Existe uma inscrição específica para produtores, industriais e comerciantes e outra para os prestadores
de serviço, ambas previstas no Código Tributário Municipal.
Art. 189 – Poderá ser concedida licença para funcionamento de estabelecimentos de comércio,
ou de prestação de serviços fora do horário normal de abertura e fechamento, mediante o
pagamento de uma taxa de licença especial.
Essa taxa remunera o exercício do poder de polícia inerente à fiscalização do funcionamento em horários
especiais, ou seja, aqueles horários não compreendidos dentro do expediente normal e que podem gerar
grande incômodo à vizinhança.
Art. 190 - A Taxa de Licença para Funcionamento dos Estabelecimentos em Horário Especial,
será cobrada por ano, juntamente com a taxa de licença, ou com a taxa de Renovação de
Licença para Localização de Estabelecimentos de Produção, de Comércio, de Indústria e de
Prestação de Serviços, de acordo com a Tabela II, anexa a este Código, e será devida todas as
vezes que se verificar alteração no alvará de funcionamento.
A interpretação do art. 190 permite concluir que o fato gerador dessa taxa é anual, mas ela também pode
ser cobrada quando houver alguma alteração no alvará de funcionamento mesmo durante o ano corrente.
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Art. 191 – A taxa de licença para o exercício de comércio eventual ou ambulante é pessoal e
será exigida em função da inscrição do contribuinte no Cadastro a que se refere o Capítulo III
do Título III deste Código.
Esse tipo de autorização é dada, em regra, para a pessoa exercente da atividade, não funcionando como
uma autorização genérica para a atividade em si. Se o individuo autorizado cessar a atividade, não poderá
outra pessoa assumir a licença expedida em seu nome.
Em regra, o comércio eventual envolve feirinhas, ou barracas montadas especificamente para um evento
sem a intenção de permanência no local.
A regra estabelecida pelo Código é a pessoalidade da licença, mas há empresas que atuam distribuindo
seus produtos com uso de ambulantes, muitas vezes munidos de alguma estrutura que os auxilie
capilarizando o alcance das vendas para onde eles se deslocarem.
Pense em uma firma que venda sorvetes por meio de ambulantes com um carrinho. Nesse caso a licença
poderá ser concedida em nome da empresa.
Art. 192 – No caso de firmas que, devidamente autorizadas, distribuam seus produtos através
de ambulantes, a licença poderá ser concedida em seu nome, desde que identifiquem junto à
Seção competente os distribuidores.
O art. 193 reconhecendo todo o ônus inerente à manutenção de um estabelecimento físico determina
que o ambulante só pode se instalar onde com eles não concorrer sob pena de cassação da licença.
Parágrafo único – O não cumprimento do disposto neste artigo, acarretará a cassação da licença.
Art. 194 – Serão definidas em regulamento as atividades que poderão ser exercidas nas vias
ou logradouros públicos do Município.
Art. 195 – A taxa de licença de que trata esta Seção será cobrada por trimestre e seu
lançamento às processará de acordo com a Tabela III, anexa a este Código, nas épocas e pela
forma estabelecida em regulamento ou instrução baixada pela Secretaria da Fazenda.
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Art. 196 – A taxa de licença para comércio eventual ou ambulante somente será expedida
mediante a inscrição a que se refere o artigo 118 e o atendimento de outros requisitos
previstos em regulamento.
Parágrafo único – No caso de transferência, desde que atendias as exigências deste artigo,
poderá ser aproveitada a licença do exercício, mediante averbação no respectivo aviso-recibo.
Art. 197 – Respondem pela taxa de licença de comércio eventual ou ambulante as mercadorias
encontradas em poder dos revendedores e apreendidas na forma do disposto na Seção 2ª,
Capítulo I, do Título II.
==2419c7==
O art. 197 está em flagrante dissonância com o entendimento jurisprudencial e doutrinário sobre o tema,
mas está formalmente vigente em nosso CTM e, portanto, devemos conhecê-lo.
Art. 198 – São isentos da taxa de licença para o exercício do comércio eventual ou ambulante:
Parágrafo Único - A isenção prevista no artigo 198 é extensiva às sociedades civis sem fins
lucrativos no que se refere ao comércio eventual, desde que autorizado pela Prefeitura. (NR)
Art. 199 – O não cumprimento do disposto nesta Seção e em regulamentos implicará nas
penalidades constantes deste Código.
Ainda que no âmbito de áreas particulares, obras são objeto de autorização, fiscalização e vigilância por
parte do poder público.
O direito de construir e usar da propriedade não é absoluto e sujeita-se também a diversas limitações,
como por exemplo as referentes à função social da propriedade, o respeito à vizinhança, os tipos de
projetos permitidos para cada local ou as dimensões da construção.
Antes de começar a obra o pedido deve ser efetuado à Prefeitura com o pagamento de metade da taxa.
Art. 201 – de
Prefeitura O pagamento da -taxa
Santo André-SP será feito:
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Lembremos aqui que ainda não há construção alguma, e a taxa refere-se à análise do seu projeto e
autorização para que a obra comece.
Art. 202 – Aprovado o projeto da obra a ser executado e paga a taxa, será expedido o alvará
de construção que constitui a licença.
A autorização para o início da obra materializa-se em um alvará de construção, sem o qual ela não pode
ser iniciada. Essa autorização permite a construção nos exatos termos do que foi autorizado quando o
projeto passou pela análise municipal e dentro do prazo de validade estipulado.
Art. 203 – O alvará de construção terá o seu período de validade fixado por regulamento ou
instrução baixada pela Secretaria de Obras, de acordo com a área a ser construída ou
complexidade da obra.
Art. 204 – Findo o período de validade do alvará, antes da conclusão da obra, poderá ser
expedido novo alvará, mediante o pagamento de nova taxa.
O período de validade da obra impede sua postergação sem limites que afetaria inclusive o recolhimento
de outros tributos municipais, como o IPTU.
Art. 205 – A taxa de licença para execução de obras particulares será cobrada de conformidade
com a Tabela IV, anexa a este Código e recolhida por guia.
Art. 206 – São isentos da taxa de licença para execução de obras particulares:
Art. 207 – A taxa de licença para execução de arruamentos e loteamentos será devida em
razão de exame e da aprovação de projetos de abertura de ruas, de retalhamento de áreas de
terreno e da fiscalização de sua execução.
Arruamento é o procedimento referente à inserção de uma rua em um lugar onde ela antes não existiria,
e o loteamento é a divisão de um terreno para fins de sua ocupação.
Art. 208 – Nenhum plano ou projeto de arruamento ou loteamento poderá ser executado sem
prévio pagamento da taxa de que trata esta Seção.
A participação do Município é fundamental para que esse tipo de empreendimento não ignore a legislação
urbanística, ocasionando lesão ao ordenamento urbano da cidade.
Art. 210 – Aprovado o projeto do plano de arruamento ou loteamento e paga a taxa, será
expedido o alvará respectivo que constitui a licença.
Art. 211 – O alvará terá o seu período de validade fixado por regulamento ou instrução baixada
pela Secretaria de Obras, de acordo com a área, objeto do projeto de arruamento ou
loteamento.
Art. 212 – Findo o período de validade da licença, antes da conclusão das obras, poderá ser
expedido novo alvará, mediante pagamento de nova taxa.
Art. 213 – A taxa de que trata esta Seção será cobrada de conformidade com a Tabela V, anexa
a este Código e recolhida por guia, e seu pagamento não retroagirá à data de prescrição do
alvará.
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Art. 222 – A utilização de áreas em vias e logradouros públicos, fica sujeita ao pagamento da
taxa de que trata esta Seção.
Em regra, temos que o valor cobrado pelo Poder Público pela utilização de logradouros públicos tem
natureza jurídica de preço público, e não de taxa. Mas devemos conhecer todos os dispositivos do CTM
ainda que discordemos de algum.
Art. 223 – Entende-se por ocupação de áreas em vias e logradouros públicos, a instalação
provisória de balcão, barraca, mesa, tabuleiro, tapumes, quiosques, aparelho e qualquer outro
móvel ou utensílio, bem como o depósito de materiais para fins comerciais, ou de prestação
de serviços e o estabelecimento privativo de veículos, em locais permitidos.
A inconstitucionalidade do tributo analisado é ainda mais perceptível quando observamos que seu fato
gerador não guarda relação com nenhuma atividade estatal direcionada ao contribuinte, configurando
apenas um preço a ser pago por quem deseja ocupar uma via ou logradouro público.
Parágrafo único - A ocupação de área em via logradouro público, será sempre em caráter
precário. (NR)
Art. 224 – Sem prejuízo do tributo e multa devidos, a Prefeitura apreenderá e removerá para
os seus depósitos qualquer objeto móvel, instalado ou mercadoria deixados em locais não
permitidos, ou colocados em vias e logradouros públicos, sem o pagamento da taxa de que
trata esta Seção.
Art. 225 – A taxa de licença para ocupação de áreas em vias e logradouros públicos será paga
adiantadamente por trimestre ou por ano, de acordo com a Tabela VII, anexa a este Código.
II - palanques ou barracas instalados por partido político, ou sociedades civis, sem fins
lucrativos.
Da Taxa de Expediente
Em termos gerais, taxa de expediente é um tributo presente em praticamente todo município e seria
cobrado em razão da prestação de alguns serviços públicos “de expediente”, ou meramente burocráticos
por parte do ente estatal e direcionados ao contribuinte.
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Art. 228 – A taxa de que trata este Capítulo é devida pelo peticionário ou por quem tiver
interesse direto no ato do governo Municipal, e será cobrada de acordo com a Tabela VIII,
anexa a este Código.
Não julgo recomendável memorizar os valores das taxas presentes nas tabelas mencionadas no Código
Tributário Municipal, mas tenho o dever de lembrar que eles podem ser cobrados pela banca.
Art. 229 – A cobrança da taxa será feita por meio de guia ou processo mecânico na ocasião
em que o ato for praticado, assinado ou visado, ou em que o instrumento formal for
protocolado, expedido ou anexado, desentranhado ou devolvido.
As taxas de serviços devem configurar uma contraprestação por parte do ente federativo em benefício do
munícipe, ou seja, do cidadão, e não apenas um instrumento de arrecadação de valores, e percebemos
pelo rol do art. 231 que esse escopo passou longe do estipulado pelo legislador de Santo André.
Artigo 231 - Pela apreensão e depósito de bens móveis, semoventes e mercadorias, prestação
de serviços de numeração de prédios, de alinhamento e nivelamento, de cemitério, de vistoria
e de deslacração de estabelecimento, serão cobradas as seguintes taxas:
II - de numeração de prédios;
IV - de cemitérios;
V- de vistoria
VI - de deslacração de estabelecimento
Art. 232 – A arrecadação das taxas de que trata esta Seção será feita por guia e no ato da
prestação do serviço, antecipadamente, ou posteriormente, segundo as condições previstas
em regulamento ou instruções e de acordo com a Tabela IX, anexa a este Código.
O CTM estipulou um capítulo para taxas de serviços diversos e outro para as taxas de serviços públicos.
Reforço que eventual inconstitucionalidade de um dispositivo aqui presente não significa uma garantia
que ele não pode estar presente na prova.
Art. 234 – Pela prestação ou manutenção de serviços públicos, serão cobradas as seguintes
taxas:
I - limpeza pública;
II - segurança;
III - pavimentação;
VI - execução de passeios;
Artigo 235 - A taxa de limpeza pública tem como fato gerador a prestação, pela Prefeitura, do
respectivo serviço, e será devida pelos proprietários ou possuidores, a qualquer título, de
imóveis, edificados ou não, e pelos comerciantes eventuais ou ambulantes. (NR)
Trata-se de uma taxa usualmente cobrada pelos municípios em contrapartida pela prestação do serviço
de recolhimento de lixo domiciliar, mas aqui o CTM descambou para a inconstitucionalidade mais uma
vez autorizando a cobrança de taxa pela varrição, lavagem e capinação de áreas.
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I - No que tange à coleta de lixo domiciliar: (NR) a área edificada; o volume de lixo coletado,
nas hipóteses referidas nos parágrafos 2º e 3º do artigo 237.
II - No que tange a varrição, lavagem e capinação: (NR) a metragem linear da testada principal
dos imóveis; a área ocupada pelos comerciantes eventuais ou ambulantes em vias e
logradouros públicos
Se o amigo concurseiro passou pelo início de nossa aula sobre taxas e estudou bem o assunto já viu que
a taxa cuja base de cálculo está representada no inciso II é totalmente inconstitucional.
Art. 237 - A taxa de limpeza pública será calculada de acordo com o custo efetivo dos serviços
prestados e recolhida da seguinte forma: (NR)
I - nos casos das alíneas "a" dos incisos I e II do artigo anterior, juntamente e na forma dos
impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. (NR)
II - no caso do inciso II do artigo anterior, juntamente com a taxa de licença para ocupação de
áreas em vias ou logradouros públicos; (NR)
III - no caso do inciso III do artigo anterior, mediante guia própria. (NR)
§ 1º - O custo efetivo de que trata este Artigo será estimado em função das despesas realizadas
com o respectivo serviço, no exercício anterior. (NR)
§ 2º - Quando o volume mensal de lixo coletado nas unidades não residenciais for superior a
2.500 (dois mil e quinhentos) litros e o valor lançado de conformidade com o inciso I do artigo
236, na proporção de 1/12 (um doze avos), não cobrir as despesas com os serviços prestados,
o volume excedente será cobrado na forma estabelecida na tabela anexa a esta Lei. (NR)
Art. 238 – Aplicam-se, no que for cabível, à taxa de Limpeza Pública, multa, prazos, forma de
pagamento e demais disposições relativas aos tributos com as quais a mesma será
arrecadada.
Art. 239 – São isentas da taxa de Limpeza Pública, a União, o Estado, autarquias e fundações
públicas.
Da Taxa de Segurança
Em mais um dispositivo questionável, o legislador de Santo André ignorar que o serviço público de
prevenção e combate a incêndios deve ser remunerado por meio de impostos.
Artigo 240 - A Taxa de Segurança será cobrada dos proprietários ou possuidores, a qualquer
título, de imóveis edificados e identificados, a fim de cobrir as despesas com a manutenção
dos serviços de prevenção e extinção de incêndios.
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Artigo 241 - A Taxa de Segurança será calculada com base no custo efetivo dos serviços
prestados, reteado na seguinte proporção:
Parágrafo único - O custo efetivo de que trata este artigo será estimado em função das
despesas realizadas com o respectivo serviço no exercício anterior. (NR)
Artigo 242 - A Taxa de Segurança será recolhida com os impostos sobre a propriedade predial
urbana e territorial urbana (IPTU), aplicando-se à mesma multa, prazos, formas de pagamento
e demais disposições pertinentes. (NR)
Art. 243 – São isentos da taxa de Segurança, a União, o Estado, autarquias e fundações
públicas.
Da taxa de Pavimentação
Art. 244 – A taxa de Pavimentação tem como fato gerador à prestação, pela Prefeitura, dos
respectivos serviços, e será devida pelos proprietários dos imóveis marginais, na proporção
dos metros lineares da testada sobre a via ou logradouro beneficiado, até o máximo de 4,00m
(quatro metros) de largura, em sentido perpendicular à testada.
O Supremo Tribunal Federal já declarou que é inadmissível a cobrança de “taxa de pavimentação asfáltica
de rua”, por configurar dita atividade de obra pública e não serviço público e inclusive já julgou a
inconstitucionalidade do art. 244 do CTM de Santo André. Entretanto, ao consultar a legislação no sítio
oficial da Câmara de Santo André, o artigo permanece no CTM.
Como nesse caso temos determinação expressa do Supremo sobre a inconstitucionalidade dessa taxa,
julgo muito pouco provável que ela seja cobrada pelo examinador e, se for, entendo perfeitamente cabível
recurso.
III - TOTAIS – Quando abrangerem todo o leito carroçável da via pública, inclusive a
colocação de guias e sarjetas.
Art. 247 – A taxa de Pavimentação será calculada em função do custo efetivo das obras
respectivas, excluídas as de escavações ou aterros que excedam de 0,30m (trinta centímetros)
de espessura, drenagem do solo, muros de arrimo e galerias para escoamento de águas
pluviais, observado o disposto na Seção 9ª, deste Capítulo.
II - O custa da pavimentação de faixa do leito carroçável das vias ou logradouros que exceder
de 8,00m (oito metros) de largura;
Art. 249 – Para efeito de lançamento e prazo do pagamento da taxa de Pavimentação, as vias
e logradouros públicos serão classificados em:
§ 2º - A classificação das vias ou logradouros públicos será feita por meio de Decreto do
Executivo.
Parágrafo único - Nas substituições de pavimentação será deduzido do custo da obra o valor
do material aproveitável, calculado à base do preço vigente.
Parágrafo único – Para efeito de aplicação do disposto neste artigo, não será computada no
cálculo o valor da faixa existente, desde que anteriormente pago pelo proprietário.
Art. 252 – O lançamento da taxa de Pavimentação será desdobrado em parcelas mensais, cujo
número será determinado em função da classificação da via ou logradouro beneficiado, a
saber:
CLASSE “A” – em 20 (vinte) parcelas; CLASSE “B” – em 40 (quarenta) parcelas; CLASSE “C” –
em 60 (sessenta) parcelas.
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§ 2º - O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das mesmas for
inferior a 5% do salário mínimo vigente.
Art. 254 – A taxa de Extensão de Energia Elétrica Para Consumo Domiciliar será devida pelos
proprietários dos imóveis edificados ou não, beneficiados com o respectivo serviço.
A referida taxa é cobrada pelo serviço prestado por órgão público que envolve levar a rede de energia
elétrica até o imóvel do contribuinte em formas e condições regulamentadas por decreto do Executivo.
Art. 255 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo efetivo das obras e
das testadas beneficiadas, acrescidos de 10% (dez por cento) a título de despesas
administrativas, observado o disposto na Seção 9a, deste Capítulo.
Art. 256 – O lançamento da Taxa de Extensão de Energia Elétrica Para Consumo Domiciliar
será efetuado após o término da obra, em até 10 (dez) parcelas mensais e consecutivas.
Parágrafo único – O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das
mesmas for inferior a 5% (cinco por cento) do salário mínimo vigente.
Art. 257 – A forma e as condições para a execução dos serviços de que trata esta Seção, quando
objeto de pedidos formulados por terceiros, serão regulamentadas por decreto do Executivo.
Art. 258 – A taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública será devida pelos proprietários
dos imóveis, edificados ou não, beneficiados com os respectivos serviços.
Trata-se de mais uma taxa bem questionável cobrando de proprietários de imóveis um valor em
retribuição à extensão da rede de iluminação pública. O problema dessa taxa é a pouco provável
individualização do real beneficiário desse serviço e principalmente como calcular quanto ele pode se
beneficiar.
Art. 259 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo efetivo das obras e
das testadas beneficiadas, dividindo entre a Prefeitura e os contribuintes observado o disposto
na Seção 9ª, deste Capítulo e na seguinte proporção:
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Parágrafo único – Para os fins do disposto no presente artigo, considera-se testada beneficiada
até 20 (vinte) metros além da luminária postada no sentido de via pública, não sendo
consideradas as vias transversais, nem excluídas as áreas abrangidas pelos cruzamentos.
Vale relembrar que o STF já se manifestou autorizando que a expansão e aprimoramento da rede de
iluminação pública.
Art. 260 – O lançamento da taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública será efetuado
após o término da obra em até 15 parcelas mensais e consecutivas.
Parágrafo único – O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das
mesmas for inferior a 5% do salário mínimo vigente.
Art. 261 – São isentos da taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública, os imóveis de
propriedades ou compromissados a entidades religiosas, recreativas, esportivas, beneficentes,
culturais e classistas, observadas, no que couber, às disposições do Capítulo X, Título I, deste
Código.
Art. 262 – A taxa de que trata esta Seção tem como fato gerador, a prestação, pela Prefeitura,
dos serviços de execução de passeios padronizados, com ladrilhos hidráulicos, nas vias e
logradouros públicos, observadas as normas de zoneamento.
Essa taxa é cobrada pela construção de calçadas (passeios) por parte do Poder Público e também carece
nitidamente dos requisitos da especificidade e divisibilidade inerentes à cobrança de taxas.
Parágrafo único – Constitui também fato gerador, na forma prevista no presente artigo, a
execução de passeios com lajotas ou cimento semi-rústico, desde que não atendidas, pelos
proprietários dos imóveis beneficiados, as notificações para executar o serviço em
conformidade com a legislação específica.
Art. 263 – A taxa de Execução de Passeios será calculada em função do custo efetivo das obras
respectivas, excluídas as escavações ou aterros que excederem de 0,30m (trinta centímetros)
de altura e será devida pelos proprietários dos imóveis na proporção dos metros lineares das
testadas para as vias ou logradouros beneficiados.
Art. 264 – O lançamento da taxa de Execução de Passeios será efetuada após o término da
obra, em até 10 (dez) parcelas mensais e consecutivas.
Parágrafo único – O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das
mesmas for inferior a 5% do salário mínimo vigente.
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Art. 266 – A taxa de Extensão de Rede de Água tem como fato gerador à prestação, pelo órgão
competente, do respectivo serviço, e será devida pelos proprietários dos imóveis beneficiados.
O raciocínio é o mesmo das outras taxas semelhantes: cobrar do proprietário do imóvel um valor por uma
prestação de serviço que o possibilitou usufruir de algum item básico como água, luz ou esgoto.
Art. 267 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo efetivo da obra e das
testadas beneficiadas, observado o disposto na Seção 9ª.
Art. 268 - Procedido o lançamento da taxa de extensão de rede de água, seu recolhimento far-
se-á em parcelas mensais e consecutivas, até o máximo de 10 dez), quando o valor das mesmas
não ultrapassar a 30% (trinta por cento) do valor de Referência determinado pela Lei Federal
n.º 6.205, de 29 de abril de 1975, e até no máximo de 15 (quinze),quando o valor da referência
for ultrapassado. (NR)
Parágrafo único - O número de parcelas será reduzido sempre que o valor das mesmas for
inferior a 5% (cinco por cento) do valor de referência referido neste artigo. (NR)
Art. 269 – A taxa de Extensão de Rede de Esgoto tem como fato gerador, a prestação, pelo
órgão competente, do respectivo serviço, e será devida pelos proprietários dos imóveis
beneficiados.
Art. 270 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo das obras e das
testadas beneficiadas, observado o disposto na Seção 9ª.
Art. 271 - Procedido o lançamento da taxa de extensão de rede de esgoto, seu recolhimento
far-se-á em parcelas mensais e consecutivas, a té o máximo de 15 (quinze), quando o valor das
mesmas não ultrapassar a 30% (trinta por cento) do valor de referência determinado pela Lei
Federal n.º 6.205, de 29 de abril de 1975, e, até o máximo de 25 (vinte e cinco), quando o valor
de referência for ultrapassado. (NR)
Parágrafo único - O número de parcelas será reduzido sempre que o valor das mesmas for
inferior a 5% (cinco por cento) do valor de referência referido neste artigo. (NR)
As taxas: Extensão de Rede de Água, Extensão de Rede de Esgotos, Extensão de Energia Elétrica Para
Consumo Domiciliar e de Pavimentação apresentam as seguintes peculiaridades em seu cálculo:
Art. 272 – Para cálculo das taxas a que se refere às Seções 3ª, 4ª, 7ª e 8ª, observar-se-á o seguinte:
A testada de um terreno pode ser entendida como toda parte do terreno que faz limite com rua ou
logradouro público e os seguintes dispositivos ajudam a calcular o valor das taxas que são cobradas em
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função da testada em casos em que há mais de uma, como quando o terreno está situado em uma
esquina.
1) descontar-se-á 20 (vinte) metros lineares por esquina, que assim serão consideradas
aquelas de ângulos inferiores a 135º (cento e trinta e cinco graus), formadas pelas interseções
dos alinhamentos dos logradouros;
3) quando o serviço for feito somente em uma via correspondente a uma das testadas
do imóvel;
a) quando as outras testadas ainda não tenham sido beneficiadas com o serviço será
considerada testada sujeita ao pagamento das taxas os metros lineares da soma das testadas
do imóvel, menos 20 (vinte) metros por esquina, e tendo por limite a extensão da testada
beneficiada;
II – Nos terrenos intermediários ás esquinas e que fazem frente para duas vias, quando a
profundidade for igual ou inferior a 20 (vinte metros.)
O terreno também pode fazer frente para 2 vias diferentes, apresentando nesse caso 2 testadas, a
depender de sua configuração.
1) nos serviços executados simultaneamente, pelas duas vias, será considerada testada
sujeita ao pagamento da taxa os metros lineares correspondentes à metade da soma das duas
testadas;
a) quando a outra testada ainda não tenha sido beneficiada, proporcional à metade da
soma dos metros lineares das duas testadas, tendo por limite a extensão da testada
beneficiada;
b) quando a outra já tenha sido beneficiada, proporcional à metade da soma dos metros
lineares das duas testadas, menos os metros anteriormente pagos.
IV – Nos demais terrenos, proporcional aos metros lineares da testada sobre a via
beneficiada.
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Parágrafo Único - No cálculo de lançamento das taxas a que se referem as seções 7ª e 8ª, para
os imóveis de conjuntos habitacionais e vilas de casas populares será considerada apenas a
metragem da testada beneficiada.
Art. 273 – No parcelamento das taxas a que se referem os artigos 252, 256, 264, 268 e 271
deste Código, aplicar-se- á, a título de financiamento e administração, a cada parcela
vincenda, o acréscimo de 2,50% (dois e meio por cento) por mês de prazo concedido.
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RESOLUÇÃO:
C – Errada! Mais uma assertiva que reforça a importância de conhecer a jurisprudência das taxas.
D – Na verdade essa cobrança reveste a condição de preço público ou tarifa, espécies não tributárias de
contraprestação pelo serviço prestado.
E – Errada.
Gabarito A
Um determinado Estado instituiu uma taxa denominada “Taxa sobre Transmissão Gratuita de Bens e
Direitos”, que tem como fato gerador a transmissão gratuita de bens e direitos, e cuja base de cálculo é
idêntica à do ITCMD instituído por aquele Estado. A referida taxa foi instituída em razão de notória
necessidade de o Estado “reforçar seu caixa”, e tem como destinação específica o pagamento dos
credores do Estado, pessoas naturais e jurídicas. De acordo com a Constituição Federal e com o Código
Tributário Nacional, esta exação
a) é conhecida como taxa imprópria, tem natureza temporária, e sua instituição e cobrança são
contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de necessidade
extrema e urgente, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.
b) é taxa, mas sua base de cálculo é imprópria.
c) é taxa, na medida em que foi assim denominada na lei estadual que a instituiu, sendo essa denominação
elemento essencial na determinação de sua natureza jurídica específica.
d) é conhecida como taxa imprópria e tem natureza jurídica específica de taxa, sendo sua instituição e
cobrança contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de
calamidade pública, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.
e) não é taxa, ainda que tenha sido assim denominada, pois seu fato gerador não é o exercício regular do
poder de polícia, nem a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
RESOLUÇÃO:
A questão aborda o conhecimento de uma regra insculpida no art.4º do CTN a respeito da natureza
jurídica de um tributo:
CTN, Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
O dispositivo esclarece que a natureza jurídica de um tributo não tem relação com sua denominação,
características ou a destinação legal do produto de sua arrecadação. Ou seja, pouco importa que
denominação que o ente instituidor deu, o que vai definir de que tipo de tributo se está falando é o fato
gerador.
A, B, C e D – Errado. A questão nitidamente versa sobre o ITCMD (imposto de transmissão causa mortis e
doação), pouco importando que a lei atribuiu denominação de taxa.
Não existe previsão legal ou constitucional para dispondo sobre taxa imprópria.
E – Gabarito e explicação sobre o tema. O que importa na hora de definir a natureza jurídica de um tributo
é o fato gerador!
Gabarito E
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RESOLUÇÃO:
A questão busca através de uma contextualização conhecimento sobre a base de cálculo das taxas. É de
suma importância nesse tipo de questão focar nos dados concretos trazidos pelo enunciado.
Segundo a CF, taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos. Por outro lado, o STF autoriza
que se utilize um ou mais elementos contanto que não haja uma integral identidade.
A – O que não pode é a integral identidade entre a base de cálculo das taxas e dos impostos. No caso em
tela isso não ocorre. A área construída constitui apenas um elemento da base de cálculo do IPTU.
C – Correto!
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D – A coleta e remoção de lixo de imóveis constitui serviço público específico e divisível, porquanto
beneficia cada imóvel podendo esse benefício ser mensurado individualmente. Não podendo ser
confundido com serviços prestados à coletividade indistintamente como um serviço de iluminação pública
ou varrição de ruas.
Gabarito C
4. Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase
O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, remoção e
tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi
notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X.
B) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.
C) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição de taxas
de serviço público.
D) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes.
RESOLUÇÃO:
A – É sempre importante lembrar que a imunidade religiosa envolve impostos! A questão versa sobre uma
taxa.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
As igrejas não são imunes às taxas! O que não impede o ente tributante, caso seja de sua vontade, de
isentá-las através de lei própria para isso.
D – Gabarito!
Gabarito D
A) iluminação pública.
B) coleta de lixo.
C) segurança pública.
D) limpeza pública de vias e logradouros.
E) saúde pública.
RESOLUÇÃO:
A – Afronta súmula do STF segundo a qual serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
Gabarito B
RESOLUÇÃO
A – Errado! É justamente o oposto. A taxa, por ser tributo contraprestacional, tem base de cálculo
diretamente relacionada com o custo do serviço prestado. Além disso há vedação quanto à igualdade
entre base de cálculo de taxa e imposto.
B – Correta!
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C – Incorreta pois viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem
limite sobre o valor da causa (Súmula 667 STF).
D – A súmula 665 do STF determinou constitucional a taxa decorrente do poder de polícia atribuído à
CVM.
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
A – A assertiva insinua haver uma discriminação constitucional das taxas a serem instituídas por cada
ente. Não é assim que acontece. A CF atribui concorrentemente a competência para instituir taxas
conforme a competência para prestar o serviço público específico e divisível ou exercer o poder de polícia.
Caso ao Estado caiba exercer certo poder de polícia, a ele caberá instituir a taxa referente. Se certo serviço
se inclui na competência, por exemplo, de um Município, a ele, portanto, caberá instituir a pertinente
taxa.
B – As taxas não podem servir para angariar recursos para a prestação do serviço. O serviço já tem que
ter sido prestado ou colocado à disposição para depois ser cobrada a exação.
C - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa (Súmula Vinculante 41).
D – Correto!
Gabarito D
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RESOLUÇÃO
A – O STF já decidiu não haver bitributação nesse caso, podendo, a depender do caso, incidir taxa de cada
ente responsável pela fiscalização. Vejamos o julgado que tratou dessa questão:
C e D – Vejamos o art. 78 do CTN do qual o banca apenas copiou as assertivas trocando termos isolados
na busca por confundir o candidato:
“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público (e não interesse particular) concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
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Parágrafo único. Considera-se regular (e não irregular) o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder”.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
I - impostos;
Ainda o CTN:
CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador
o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas.
B – De acordo com a súmula vinculante 41, o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
C - A segurança nacional não é o tipo de serviço cuja fruição pode ser individualizada ou mensurada. É um
dever do Estado prestado a todos indistintamente. Seu financiamento é realizado através de impostos.
D – Tanto a taxa por limpeza de logradouros, quanto de limpeza de ruas, varrição, conservação de vias
públicas são inconstitucionais, porquanto não gozam da especificidade e divisibilidade inerente às taxas
por prestação de serviços. Entretanto, cumpre ressaltar que a coleta domiciliar de lixo não está incluída
nesse rol. Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
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remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145,
II, da Constituição Federal.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
A – Consoante entendimento do supremo, não há problema quando a base de cálculo da taxa guarda
semelhança com a do imposto, ainda que tenha um ou outro aspecto igual, o que não pode ocorrer é a
integral identidade.
B - As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Ao
contrário do que afirmado a assertiva, o caso em tela trata da taxa serviço e não a da taxa pelo regular
exercício do poder de polícia.
C – Assertiva que pode gerar alguma polêmica uma vez que o tema se encontra pendente de julgamento
no STF com repercussão geral reconhecida. A esse respeito assim se manifestou a Corte Suprema:
Entretanto, não havendo pronunciamento em definitivo, deve-se resolver a questão de olho na legislação,
que não faz essa ressalva quanto a quem efetivamente presta o serviço. A lei estipula que se o serviço
prestado for público, específico e divisível, haverá incidência.
É interessante
Prefeituraanotar esse
de Santo entendimento
André-SP daAndré
- ISS Santo FCC e(Auditor
ficar deFiscal
olhodenaReceita
jurisprudência.
Municipal) Código Tributário do Município de S
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D – A natureza do serviço de coleta de lixo é divisível. Não há problema em mensurar quanto cada um
aproveitaria desse serviço.
O normal é a cobrança sobre o entendimento do STF que a taxa de lixo domiciliar pode ser cobrada com
base na metragem do imóvel, haja vista que é possível presumir que os imóveis com maiores áreas
produzem maior quantidade de lixo.
Entretanto, a assertiva não usou o conceito de área. Ela usou apenas a metragem da frente do imóvel.
Ora, apenas uma variável não pode responder pela área do imóvel, ele pode ter uma frente pequena, mas
comprimento grande, ou qualquer outra variação que deslegitima a mensuração de sua área apenas
computando o valor de frente.
Gabarito E
11. Prova: IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador
do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição”, de acordo com a definição citada, assinale a alternativa que
NÃO se enquadra como fato gerador apto a cobrança de taxa:
A) Prestação de serviço público de coleta de lixo.
B) Prestação de serviço inerente à segurança pública.
C) Retirada de passaporte
D) Submissão de projeto de engenharia aos órgãos estatais competente
RESOLUÇÃO:
A - Súmula Vinculante 19
B – Serviço não obedece aos requisitos de especificidade e divisibilidade necessários à cobrança de taxa.
São serviços do tipo uti universi, prestados a toda coletividade indistintamente.
C – Interessante exemplo de taxa oriunda de uma fiscalização do poder público, limitando liberdades
individuais em prol da coletividade. Taxa, portanto, referente ao poder de polícia estatal.
D - Submissão de projeto de engenharia aos órgãos estatais competentes: taxas de licença têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia.
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
A – A União é competente para legislar sobre o tema, como se depreende da leitura do art. 22 da CF que
dispõe sobre a competência privativa da União:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
Assertiva errada!
Além disso, vedada a destinação do produto das taxas judiciárias a entidades privadas ou de
representação de classes.
No mais, a CF exige que o produto de custas e emolumentos sejam destinados ao custeio dos serviços
públicos ligados à prestação jurisdicional. Vejamos, artigo 98,
§2º: [...] "As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços
afetos às atividades especificas da Justiça".
C , D e EPrefeitura
– Erradas!
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Cumpre relembrar, entretanto, que é possível a destinação das taxas a fundo da Defensoria Pública ou do
MP:
Gabarito B
Enquanto determinado aeroporto for administrado pela INFRAERO, a taxa de embarque que o
consumidor pagar classificar-se-á como uma taxa, no sentido de espécie tributária; se for transferida a
administração do citado aeroporto para concessionário privado, o referido pagamento passará a ter
natureza jurídica de preço público.
( ) Certo
( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Assunto que também deve ser memorizado pelo aluno! A tarifa aeroportuária configura preço público! E
não taxa!
Dessa forma, não se submetem às limitações constitucionais ao poder de tributar, não demandando,
inclusive, lei formal para sua instituição.
Gabarito: Errada
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RESOLUÇÃO:
Não existe taxa pelo uso, ocupação, ou utilização de bem público. Vejamos um caso semelhante no qual
se indagava a possibilidade de cobrança de taxa pela exploração de recursos minerais:
2ª assertiva: Correta. Reproduz entendimento do STF segundo o qual as taxas, sendo tributos com forte
característica contraprestracional deve guardar equivalência razoável entre o custo da atividade ofertada
pelo estado e o valor arrecadado.
Cumpre ressaltar que esse equivalência não deve ser confundida com uma identidade matemática
absolutamente precisa.
15. Prova: CESPE - 2013 - TJ-PI - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
O tribunal de justiça de determinado estado, por meio de um provimento, corrigiu monetariamente, por
conta própria, o valor cobrado das custas judiciais e emolumentos. Embora não houvesse permissão legal,
referido tribunal atualizou esses valores devido ao fato de eles estarem bastante defasados.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
A) Emolumentos e custas judiciais são valores cobrados pela prestação de serviços públicos específicos e
divisíveis e devem observar o princípio da reserva legal.
B) Os emolumentos são valores cobrados administrativamente pelos serviços prestados no Poder
Judiciário e são de livre instituição e cobrança dos tribunais de justiça.
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C) As custas judiciais, por serem contraprestação de serviços públicos específicos prestados pelos
tribunais, podem ser atualizadas por normas administrativas do tribunal.
D) Tendo os emolumentos cartorários e as custas judiciais natureza de taxa, o produto de sua arrecadação
somente poderá ser destinado para custeio de serviços públicos, ainda que esses serviços sejam diversos
daqueles para os quais foram arrecadados.
E) A atualização monetária não significa aumento de valores, dado que é considerada como recomposição
do valor real, e, portanto, pode ser estabelecida administrativamente pelo tribunal, mesmo sem que a lei
autorize.
RESOLUÇÃO
Não podem, portanto, serem instituídas ou terem suas alíquotas alteradas via decreto.
B – Errada! São tributo e, dessa forma, obedecem às limitações constitucionais ao poder de tributar.
D – Errada. O destino da receita deve estar relacionado com a atividade que motivou a instituição da taxa.
Vejamos:
E – O equívoco da assertiva foi dispensar a autorização legal para que a atualização ocorra, mesmo que
por ato infralegal.
Gabarito A
16. Prova: ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal - Prova 2
Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto, que:
A) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada
atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam.
B) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do
poder de polícia.
C) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir na prestação ao
contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não.
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D) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas.
E) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo
órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
RESOLUÇÃO:
A – Correto! A taxa é uma espécie vinculada de tributo, ou seja, está atrelada a um fato do estado
(prestação de serviço ou exercício do poder de polícia) que, após ocorrido, autoriza a cobrança do tributo
em comento.
C – A banca tentou confundir os candidatos adicionando esse “ou não” ao fim da assertiva. Errado! O
serviço público apto a ensejar a cobrança de taxa é o específico e divisível!
D – Ao contrário da taxa, o imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte (CTN, art. 16). Incide sobre
fatos signo-presuntivos de riqueza (sinais de riqueza do contribuinte), tais como renda e propriedade, e
não sobre atividades estatais. Constitui, assim, uma receita que se destina ao financiamento de atividades
gerais do Estado, tais como saúde, educação, segurança pública, transporte etc.
E – Transcrição literal do art.78 CTN que dispõe sobre o exercício regular do poder de polícia.
Gabarito C
17. Provas: FCC - 2013 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária - Prova 3
Com respeito à disciplina legal das taxas, é:
RESOLUÇÃO:
A – Errada
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B – Errada
Súmula Vinculante 19 - "A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo e resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145 , II, da CF".
C – Errada
STF tem entendido não haver a necessidade da visita física, presencial, para configurar o exercício do
poder de polícia apto a autorizar a cobrança da taxa referente.
D – Correta!
A cobrança de uma taxa refere-se à prestação de um serviço ou ao exercício do poder de polícia. Estarão
autorizados a cobrá-la apenas os entes a quem a CF atribuiu a competência tanto para a prestação do
serviço quanto para o exercício do poder de polícia. Entendido esse conceito, a questão indaga a
possibilidade de cobrança de taxa quanto ao exercício de um poder de polícia (fiscalização) que pode ser
exercido por mais de um ente.
O STF determinou possível a cobrança de taxa por cada um dos entes, afastando a argumentação de
bitributação com o fundamento de que as atividades fiscalizatórias não são mutuamente exclusivas e não
se sobrepõem.
E – Errada!
Segundo o STF é constitucional a taxa oriunda da prevenção de incêndios, porquanto instituída como
contraprestação a serviço essencial, específico e divisível.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
A – Ora, ostentar uma piscina em casa demanda do estado alguma contraprestação? Há alguma
fiscalização ou serviço prestado pelo estado em virtude da simples presença de uma piscina na casa do
contribuinte? Evidente que não.
C – Em momento algum a questão fala em fiscalizar algo. O enunciado é claro em sugerir como fato
gerador a propriedade de um bem (no caso, a piscina), fato que não pode ensejar cobrança de taxa.
E – A taxa não será admitida pelos motivos expostos, não havendo óbice quanto à estipulação de alíquotas
em espécie.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
C – A CF em momento algum previu taxativamente as taxas, ela apenas determina as hipóteses em que
podem ser instituídas, cabendo aos entes responsáveis a efetiva instituição e cobrança das mesmas.
D – Correto!
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Lembrando que o problema será a total identidade, estando autorizada a utilização de um elemento ou
outro da base de cálculo do imposto.
Gabarito C
RESOLUÇÃO
Vale ressaltar que a aplicação dessa súmula não impede a cobrança de taxa de matrícula para cursos de
pós graduação.
Sequer existe a necessidade da comprovação do efetivo exercício da fiscalização ano após ano para se
legitimar a cobrança. Havendo a estrutura para esse fim, ela está autorizada.
C - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor
da causa (Súmula 667 do STF).
D – Correta!
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E – Errada
A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal
(Súmula Vinculante n. 19).
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
I - Segundo o STF, a realização de pavimentação nova, suscetível de caracterizar benefício direto a imóvel
determinado com incremento de seu valor, pode justificar a cobrança de contribuição de melhoria, o que
não acontece com o mero recapeamento de via pública já asfaltada, que constitui simples serviço de
manutenção e conservação, não ensejando a cobrança do tributo.
II – O serviço de coleta domiciliar de lixo é fato gerador de taxa justamente por ser específico e divisível,
não necessariamente tendo valor fixo para todos os beneficiários e seu fato gerador compreende tanto a
efetiva prestação quanto a potencial.
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III - É possível a exigência de taxa de polícia pela concessão de alvará de construção, tendo em vista se
tratar de exercício regular poder de polícia, limitando e regulando a liberdade de alguns em prol de toda
a coletividade.
IV – Imposto não tem como fato gerador situação oriunda do estado, segundo o CTN:
Art. 16 do CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
V – Certo.
Art. 4º - CTN - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva
RESOLUÇÃO:
A – É o gabarito! Reflete precisamente os ditames legais e constitucionais acerca das taxas afetas à
prestação de serviço.
B – Assertiva interessante para guardar o entendimento da banca sobre o assunto. Entretanto, a natureza
jurídica da remuneração da concessionária de serviço público ainda será decidida pelo plenário do STF.
C – A taxa de fiscalização vincula-se ao poder de polícia exercido. O resultado de sua arrecadação não
pode ser destinado para atividade alheia ao fim almejado com sua instituição.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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Logo, a não utilização pelo contribuinte de um serviço posto à sua disposição não retira o fundamento de
validade da taxa.
D – Esse é o gabarito e serve como um bom exemplo para auxiliar a fixação do conceito de serviço
potencialmente prestado que enseja a cobrança de taxa.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
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Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
A e D- O STF entende que os serviços públicos gerais (universais, prestados “uti universi”) devem ser
financiados com a arrecadação de impostos e os serviços públicos específicos (singulares, prestados “uti
singuli”) devem ser financiados por meio das taxas. Nessa toada, estabeleceu que a prestação de serviço
relacionada à segurança pública, por não possibilitar mensuração individual de quanto cada um dela
aproveitou, constitui serviço indivisível, prestado a toda coletividade indistintamente.
B – O serviço de segurança pública busca sua remuneração nas receitas estatais oriundas de imposto.
Um dos atributos caracterizadores da tarifa é a facultatividade do serviço que lhe autoriza a cobrança.
Logo, não tem qualquer relação com a segurança pública.
C – Correta!
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E – É exatamente o contrário. Como ela atende aos critérios de generalidade e universalidade, não pode
gerar a cobrança de taxa.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
A questão tenta induzir a erro misturando o conceito do fato gerador da taxa oriunda da prestação de
serviço, que demanda especificidade, divisibilidade e que sua prestação seja efetiva ou potencial, com o
conceito do fato gerador da taxa oriunda do poder de polícia, que é a taxa a que se refere a questão e
dispensa os supracitados requisitos da taxa de serviço.
Vejamos:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Gabarito: Errada
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RESOLUÇÃO:
A – Errada.
Discussão há muito pacificada, o STF consolidou o entendimento que o pedágio cobrado pelas
concessionárias em rodovias cedidas pelo poder público é caracterizado como preço público (tarifa), e
não taxa.
B – Correta!
C – A questão pedia uma taxa oriunda da prestação de serviços. Essa assertiva representa uma taxa válida,
porém, oriunda do exercício do poder de polícia.
E – Taxa de pavimentação asfáltica foi uma declarada inconstitucional pelo STF. Vejamos:
Tributo que tem por fato gerador benefício resultante de obra pública, próprio de
contribuição de melhoria, e não a utilização, pelo contribuinte, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição.
Gabarito B
d) é constitucional, ainda que não tenha sido formalmente instituída por lei, por estarem as taxas
previamente previstas no Código Tributário Nacional;
RESOLUÇÃO:
A, B e C – Devemos sempre lembrar que a imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores abrange
apenas os impostos. Assim dispõe o art. 150:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
Dessa forma, não há que se falar nessa imunidade para as taxas, como a mencionada na questão.
E – É o gabarito
Gabarito E
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De acordo com o inciso VIII do art. 21 da Constituição Federal, compete à União fiscalizar as operações de
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada.
A Lei Federal nº 6.385/76 criou a Comissão de Valores Mobiliários, com diversas competências legais
específicas e privativas, inclusive as de fiscalizar e inspecionar as companhias abertas com prioridade para
as que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório (art.
5º, inciso V, da Lei Federal nº 6.385/76).
Em razão do desempenho das atribuições legais que foram outorgadas à CVM, a União instituiu uma taxa
de fiscalização do mercado de valores mobiliários, a ser paga pelos contribuintes identificados no art. 3º
daquela Lei Federal.
a) poderá também ser instituída pelos Estados, desde que eles efetivamente inspecionem e fiscalizem as
referidas companhias abertas, mesmo que essa competência seja apenas da União.
b) é devida pelo exercício do poder de polícia e poderia ser instituída apenas pela União, pois só ela, por
intermédio da CVM, tem competência para exercer esse tipo de fiscalização e inspeção.
c) é devida pela utilização efetiva de um serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte.
d) é devida pela utilização potencial de um serviço público específico e divisível posto à disposição do
contribuinte.
e) poderá também ser instituída e cobrada quando essas companhias abertas são fiscalizadas e
inspecionadas pela Secretaria da Receita Federal.
RESOLUÇÃO:
A – Segundo a CF:
Compete, portanto, à União exercer o poder de polícia referente à taxa instituída. Como a CF restringe à
União o exercício dessa competência, não cabe a outros entes exercê-la, tampouco cobrar por esse
exercício.
Espancando qualquer eventual dúvida sobre sua constitucionalidade, o STF editou a súmula 665:
B – Correto!
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C e D - Não se trata de uma taxa decorrente de prestação de serviço, mas do exercício do poder de polícia,
qual seja, o de fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e
capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada.
E – A Lei em questão atribuiu à CVM a fiscalização dessas companhias, não devendo, portanto, ser cobrada
a taxa quando houver outro tipo de fiscalização realizada por outra instituição.
Gabarito B
Com referência às taxas, assinale a alternativa em que as duas assertivas estão corretas e a segunda
enfatiza e justifica o conteúdo da primeira.
a) As taxas são espécie tributária que decorrem do exercício do poder de polícia ou de prestação de serviço
público. // Para haver cobrança de taxa é indispensável que o serviço público seja efetivamente prestado
ao contribuinte.
b) No caso de serviço público indivisível e inespecífico, não pode haver cobrança de taxa. // O serviço
público que permite a cobrança da taxa vincula-se a uma relação anterior de natureza contratual.
c) O exercício do poder de polícia justifica a cobrança da taxa. // A obrigação de pagar esta exação,
contudo, depende da efetiva fiscalização exercida pelo Estado.
d) A competência dos entes federativos para instituir taxas é comum. // A fixação das taxas, em cada caso,
vai depender da aferição constitucional das competências administrativas.
RESOLUÇÃO:
A – A segunda parte está incorreta! Não existe a necessidade do serviço público ser efetivamente
prestado, bastando que tenha sido colocado à disposição do contribuinte.
B – A primeira parte está correta, o serviço público que autoriza a cobrança de taxa é o específico e
divisível.
A segunda está incorreta. Não existe vínculo contratual entre o contribuinte e o ente tributante, a relação
tem fundamento na lei.
C – A primeira parte está correta e compreende um dos fatos geradores que autorizam a instituição e
cobrança de taxa.
A segunda está equivocada. Não existe a necessidade de uma efetiva atividade fiscalizatória do ente, o
STF já autorizou a cobrança da taxa pelo simples fato de se manter um órgão estruturado e em
funcionamento voltado para fiscalização respectiva. A ideia é abandonar a necessidade de uma
fiscalização de porta em porta ante a sua impossibilidade, abrindo aos entes a possibilidade de adotar
recursos tecnológicos nas suas atividades fiscalizatórias.
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Esse entendimento foi fruto de uma evolução no entendimento do STF, didaticamente demonstrada no
seguinte julgado:
2. Recurso especial improvido." (REsp 698559/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, Segunda
Turma, 20.9.2005, Data da Publicação10.10.2005, p. 327)
D – Correta! Todos os entes podem instituir taxas. Dependem, para tal, da autorização constitucional para
a prestação do serviço ou o exercício do poder de polícia pertinentes.
Perceba que tal princípio em regra não tem relação com as taxas sobre serviço, uma vez que o contribuinte
paga pelo serviço recebido, sem qualquer consideração sobre suas condições pessoais.
Ex: Taxa de emissão de passaporte. O contribuinte paga um valor fixo, pelo serviço prestado, não há
proporcionalidade.
Perceba que não seria impossível uma taxa obedecendo à proporcionalidade, entretanto, a afirmação da
assertiva de que as taxas de serviço são baseadas na regra da proporcionalidade não pode ser considerada
verdadeira.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
D – A competência para instituição da taxa é a competência para prestar o serviço relacionado ou o poder
de polícia.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
Errada! Salvo quando expressamente previstas, as taxas não constituem hipótese de receita vinculada.
Bom exemplo de taxa com receita vinculada é o das taxas judiciárias, cujas receitas serão destinadas ao
custeio de serviços afetos às atividades da Justiça.
Gabarito: Errado
RESOLUÇÃO:
A questão reforça o entendimento que a aferição da competência para instituição da taxa depende da
atribuição constitucional da competência para exercer o poder de polícia ou prestar o serviço público.
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A questão está errada, pois a competência para exercer o controle e fiscalização ambiental é comum:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
Dessa forma, ao Município também estaria reservado o direito de controlar e fiscalizar o meio ambiente,
instituindo, para tanto, taxa.
Gabarito: Errada
O exercício de poder de polícia apto a legitimar a cobrança de taxa de polícia deve ser efetivo, não
podendo ser a sua instituição baseada no potencial exercício deste poder.
( ) Certo
( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Correto! Ao contrário do que acontece com as taxas relacionadas à prestação de serviço público específico
e divisível, no caso de poder de polícia não está autorizada a cobrança quando o poder de polícia por
apenas potencialmente exercido.
Gabarito: Certo
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e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento de fiscalização de postos
de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, certificando-se do cumprimento das normas de
segurança e vigilância de tais locais, de acordo com a legislação.
RESOLUÇÃO:
A – A assertiva sinaliza que o órgão competente está em funcionamento regular. O cotejo dessa
informação com o conhecimento da jurisprudência autorizando a cobrança da taxa de polícia mesmo sem
que haja fiscalização presencial nos permite concluir pelo acerto da assertiva.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 856185 AgR, Relator(a): Min.
ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 04/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-190 DIVULG 23-09-2015 PUBLIC 24-09-2015)
B – A taxa por exercício regular de poder de polícia não tem relação com segurança pública, sendo,
inclusive, proibido financiamento da segurança pública por via de taxas
D – Essa taxa não se refere à segurança pública, e sim à fiscalização, exercício regular de poder de polícia.
Está correta a parte que diz que a segurança pública será financiada por impostos.
Gabarito A
c) taxa.
d) tarifa.
e) contribuição de segurança pública.
RESOLUÇÃO:
B- Esse é um tributo de competência da União Tributo com objetivo parafiscal de obter recursos
destinados a financiar atividades de interesses de instituições representativas de categorias profissionais
ou econômicas
C – Esse é o nosso gabarito! Taxa oriunda do poder de polícia materializado na fiscalização exercida sobre
o setor de construção civil, nitidamente um dos setores que mais afeta a coletividade e que, portanto,
demanda cerrada fiscalização e regulação.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
Súmula vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal
B - Não viola o art. 145, 2º, da CF, a utilização, na base de cálculo de taxa, de elemento componente de
base de cálculo de imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra.
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C – Correta! Como vimos, deve haver uma razoável equivalência entre o valor cobrado e o custo do serviço
prestado.
D – Não é necessária uma correlação absolutamente precisa. Havendo razoabilidade nessa correlação, a
taxa poderá ser cobrada.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
Não existe nenhum óbice à interpretação ampliativa do principio da capacidade contributiva e sua
observação no que tange às taxas. Não há, portanto, como afirmar que taxas de polícia inobservam tal
princípio.
Gabarito: Errado
RESOLUÇÃO:
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A cobrança compulsória de um valor em dinheiro sugere o caráter tributário da parcela. Tratando-se ainda
de uma contraprestação relativa a um serviço prestado pelo Estado diretamente referido ao indivíduo
que se beneficia da ação em uma parcela facilmente verificável, estamos diante de uma taxa.
Gabarito Correta!
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
Custas e emolumentos têm natureza jurídica de taxas que remuneram a prestação do serviço notarial ou
registral, ou seja, o serviço prestado pelos cartórios de nota ou de registro.
Só que essa atividade é exercida em caráter privado, por delegação do Poder Público, como manda a CF:
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação
do Poder Público
São atividades jurídicas próprias do Estado, mas exercida por pessoa física aprovada em concurso público,
em virtude de uma delegação. Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não
são titulares de cargo público.
Esses delegatários então são particulares exercendo uma função tipicamente estatal e, portanto, sujeitos
a uma série de regras típicas de serviço público. O Supremo já definiu como “particulares em colaboração
com o poder público”.
De acordo com a Lei nº 8935 que regulamenta a prestação desse serviço, essas pessoas tem direito a
receber o valor total dos emolumentos que são cobrados pelos titulares das serventias como pagamento
do trabalho que eles prestam aos tomadores dos serviços cartorários
Perceba que o julgado foi até além do que exigido na questão, autorizando que parte dos emolumentos
seja destinada a instituições do Poder Público relacionadas ao Judiciário, e negando a destinação genérica
desses valores.
Consegue imaginar o motivo? Isso ocorre porque a destinação de parcela dos emolumentos para fins
genéricos não relacionados com as funções essenciais da justiça contraria a ideia de que taxas devem
buscar remunerar estritamente a atividade exercida pelo estado.
A arrecadação com destinação não vinculada é a do imposto, por força do Art. 167, IV, da CF:
Gabarito Certo
D O fato gerador, nesse caso, caracteriza-se pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço de segurança
pública, podendo, portanto, ser custeado por taxa.
E Sendo a segurança pública dever do Estado e direito de todos, essa atividade só pode ser sustentada
pelos impostos.
RESOLUÇÃO:
Segurança pública, representada pelo combate a incêndios, é atividade prestada e disponibilizada a todos
sem distinção e sem individualização do beneficiário.
Aqui falta um requisito básico para a cobrança das taxas sobre a prestação do serviço: o serviço não é
específico e divisível. Em outras palavras, esse é um serviço não fruível uti singuli.
Qualquer debate sobre esse tipo de cobrança foi sepultado pelo STF que fixou a seguinte tese:
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
A questão nos fornece uma série de informações e precisamos filtrar apenas o que é relevante para sua
resolução. Vamos analisar cada alternativa e buscar a correta:
O DF tem competência para criar e cobrar Taxa de Licenciamento e Alvará, sendo essa uma das taxas mais
relevantes para os municípios.
Em regra, a abertura de um estabelecimento demanda uma análise prévia por parte da Administração
Pública a fim de avaliar todos os aspectos que podem influenciar a viabilidade ou não daquele
empreendimento, naquela localidade, nas circunstâncias escolhidas.
Um excelente exemplo é o fornecido pela questão. Imagine uma loja vendendo fogos de artifício situada
em um bairro residencial, ao lado de um posto de gasolina e um hospital? Ora, certamente a Prefeitura
do Município que seria agraciado com o empreendimento não iria conceder autorização para seu
funcionamento, uma vez que a livre iniciativa do empreendedor submete-se aos interesses de toda a
coletividade. A atividade estatal que busca fazer essa adequação deriva do poder de polícia, e é
remunerada pela Taxa de Licenciamento e Alvará.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas
Uma grandeza que seja própria para o cálculo de impostos, como é o capital das empresas, não serve para
o cálculo de taxas justamente em virtude da principal diferença entre essas espécies tributárias. O imposto
é cobrado a partir de uma manifestação de riqueza do contribuinte totalmente alheia a qualquer atividade
estatal, enquanto a taxa é cobrada justamente para remunerar uma atividade estatal referida ao
contribuinte.
Capital social de uma empresa, por exemplo, reflete uma característica do contribuinte sem qualquer
relação com eventual atividade estatal a ele dirigida, servindo perfeitamente para mensurar a quantidade
de riqueza que pode ser retirada dessa pessoa jurídica por meio da tributação.
Gabarito B
A Ambos os serviços públicos indicados no enunciado podem ser remunerados mediante taxa.
B O serviço público de iluminação das vias públicas necessita de lei complementar para instituição de sua
taxa remuneratória.
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C O serviço público de iluminação de vias públicas não pode ser remunerado mediante taxa.
D O serviço público de retirada de lixo de cada imóvel individualmente considerado não pode ser
remunerado mediante taxa.
E Nenhum dos serviços públicos indicados no enunciado pode ser remunerado mediante taxa.
RESOLUÇÃO:
Para que seja cobrada uma taxa destinada a remunerar a prestação de um serviço público, é necessário
que ele seja prestado de forma específica e divisível.
Temos que conseguir individualizar o beneficiário do serviço e mensurar (ainda que aproximadamente)
quanto ele se beneficiou da prestação.
A iluminação pública é prestada a todos indistintamente, e por isso não pode ser remunerada por meio
de taxas.
Já a segunda taxa foi reputada constitucional pelo STF que considerou o serviço de coleta domiciliar de
lixo específico e divisível firmando o entendimento em outra súmula vinculante (SV 19).
Gabarito C
No que se refere ao Sistema Tributário Nacional, ao processo administrativo fiscal e à taxa de controle e
fiscalização ambiental (TCFA), julgue o seguinte item.
A instituição, por ente federado, da cobrança de taxa pela utilização efetiva de serviço público é permitida
para os serviços específicos e divisíveis, sendo tal divisibilidade caracterizada pela possibilidade de o
serviço ser destacado em unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou de necessidade pública.
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
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III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Gabarito: Errado
RESOLUÇÃO:
Segurança pública é um serviço prestado a toda coletividade indistintamente, não podendo ser
remunerado por meio de taxas, e sim por impostos.
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
As taxas judiciárias realmente tem natureza jurídica de taxa, e, dessa forma, o valor de sua arrecadação
deve guardar razoável equivalência com o custo da atividade exercida pelo estado e que justificou sua
cobrança.
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As taxas judiciárias podem ser calculadas com base no valor da causa, se mantida razoável correlação com
o custo da atividade e desde que definidos os valores mínimo e máximo para a cobrança de custas
judiciais.
Veja:
Gabarito Certo
RESOLUÇÃO:
De fato, a CF determina que taxa não pode ter base de cálculo própria de impostos, e isso decorre da
natureza jurídica desses tributos.
O imposto incide sobre uma manifestação de riqueza do contribuinte sem qualquer relação com uma
atividade estatal, logo, a sua base de cálculo vai ter relação com essa manifestação de riqueza. A taxa
incide sobre uma atividade estatal direcionada ao contribuinte e tem como função remunerá-la.
Não vai haver problema na coincidência entre um ou mais elementos da base de cálculo, e sim quando
houver total identidade entre as bases.
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Gabarito C
RESOLUÇÃO:
Taxa é tributo e deve obediência ao princípio da legalidade, devendo ser instituída por lei.
A letra “b” tentou nos pegar. A taxa pode ser instituída em razão do exercício do poder de polícia ou em
razão de serviço público prestado. São 2 motivos diferentes que autorizam a instituição de 2 tipos de taxas
diferentes.
O custeio geral da administração pública é bancado com a arrecadação de impostos. A taxa é cobrada
para remunerar a atividade exercida pelo estado, e não para irrigar os cofres públicos.
A “D” é nosso gabarito e resume o fato gerador da taxa cobrada pela prestação de serviços públicos.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
Alternativa “a”: Não há problema em destinar parte da receita de custas e emolumentos (que tem
natureza de taxa) a fundo do Poder Judiciário.
O que não pode é haver destinação genérica ou a entidades privadas desse valor. A Caixa de Assistencia
de Advogados tem natureza privada.
Ainda:
Alternativa “b”: Essa taxa mencionada na assertiva “b” pode ser cobrada, e representa a remuneração
por serviço público específico e divisível atribuído a órgãos de segurança pública, mas que nem por isso
são considerados serviços de segurança pública.
Nesse caso o contribuinte da taxa seria a seguradora beneficiada pelo DPVAT, que é um seguro obrigatório
pago por todo proprietário de veículo anualmente criado para amparar vítimas de acidente de trânsito
em todo o país.
Só que o serviço de saúde prestado às vítimas de acidentes de trânsito no âmbito do SUS não pode ser
remunerado por taxas, e sim pela arrecadação de impostos.
Trago um pedaço do voto do Min. Marco Aurélio que explica bem o que aconteceu:
Alternativa “d”: Há uma enorme divergência doutrinária acerca da natureza jurídica do pedágio, mas para
o que nos interessa devemos lembrar que o STF entende tratar-se de preço público, e não taxa.
Alternativa “e”: A competência político-administrativa comum para a proteção do meio ambiente legitima
a criação de tributo na modalidade taxa para remunerar a atividade de fiscalização dos Estados.
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
O ente instituidor da taxa deve dispor de competência constitucional para exercer o poder de polícia ou
prestar o serviço público.
E o exercício do poder de polícia bem como a prestação do serviço público devem estar previstos em lei,
considerando que a atividade estatal se submete ao princípio da legalidade segundo o qual a
Administração Pública somente pode fazer o que estiver autorizado por lei.
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas
Gabarito B
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Gabarito Certo
RESOLUÇÃO:
Educação e saúde são serviços prestados a todos indistintamente, beneficiam toda a coletividade e
compreendem atividade fundamental do Estado, devendo ser remunerados por meio de impostos.
Gabarito Errado
RESOLUÇÃO:
O Código Tributário Nacional expressamente proíbe que taxas tenham base de cálculo própria de
impostos.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsa
Gabarito Errado
RESOLUÇÃO:
Caráter sinalagmático significa a existência de uma relação de obrigação contraída entre duas partes onde
cada uma condiciona sua prestação a uma contraprestação recebida pela outra parte.
É um conceito mais ligado ao Direito Civil e quer dizer basicamente representar a existência de um vínculo
de reciprocidade nas obrigações
Isso ocorre com as taxas, pois o contribuinte paga em virtude de uma ação do estado a ele referida, e não
ocorre, por exemplo, com os impostos, onde o contribuinte paga uma quantia totalmente desvinculada
de qualquer atividade estatal relacionada com ele.
Extrafiscalidade é aquela aptidão que a cobrança de tributos apresenta de poder influenciar, incentivando
ou desincentivando condutas, que possibilita ao ente tributante direcionar o comportamento de seus
contribuintes.
Há uma lógica nessa vedação analisada pela questão. Se a taxa é a contraprestação cobrada para
remunerar uma atividade estatal direcionada ao contribuinte dela (daí seu caráter sinalagmático), então,
em regra, sua cobrança não pode servir como um instrumento regulador de condutas.
Se o objetivo da taxa é remunerar a atividade, sua arrecadação deve guardar razoável equivalência com
o custo dessa atividade, e, portanto, eu não posso aumentar a cobrança para evitar uma conduta ou
diminuir a cobrança para incentivá-la.
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Gabarito Certo
RESOLUÇÃO:
A finalidade específica da taxa é remunerar a atividade estatal que justificou sua criação, seja o exercício
de um poder de polícia seja a prestação de um serviço público.
A arrecadação do imposto não pode ter vinculação, devendo irrigar os cofres estatais para o custeio de
suas atividades.
(...)
Gabarito Certo
RESOLUÇÃO:
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A – Esse é nosso gabarito. O critério quantitativo da regra matriz de incidência resumidamente tem
relação com a quantificação do tributo devido, ou seja, qual o valor final devido pelo sujeito passivo, e
geralmente deriva da incidência de uma alíquota sobre uma base de cálculo.
No caso das taxas o valor arrecadado presta-se a remunerar a atividade exercida pelo estado, e, portanto,
esse valor deve buscar sempre se aproximar do custo da atividade.
Veja esse didático exemplo de como o Supremo Tribunal Federal analisa a adequação entre o valor
arrecadado e o custo da atividade:
Perceba que o julgado afirma que essa desproporcionalidade entre o custo da atividade e o valor
arrecadado viola o princípio da capacidade contributiva na dimensão da equivalência.
B – O ente competente para cobrar a taxa vai ser o ente constitucionalmente competente para exercer a
atividade por ela remunerada.
C – Na verdade as taxas, como espécie tributária, que ostentam o atributo da compulsoriedade, enquanto
os preços públicos como são oriundos de uma relação contratual, são facultativos.
D – Pode incorporar um ou outro elemento, o que não pode existir é a total identidade com a base de
cálculo de imposto.
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Gabarito A
RESOLUÇÃO:
Ao contrário do que ocorre com os impostos, as taxas são devidas em face da ocorrência de um fato
diretamente ligado, ou vinculado, a uma atuação estatal. O fato gerador de uma taxa não é uma atividade
realizada pelo contribuinte (auferir renda, comercializar mercadorias, ser proprietário de algo etc.), mas
sim algo relacionado a uma atuação do Poder Público (prestação de serviços ou exercício do poder de
polícia).
A base de cálculo da taxa é o elemento que ajuda a quantificar o valor devido e, considerando a
fundamental diferença entre as espécies tributárias, não pode guardar relação de completa identidade
com a base de cálculo dos impostos. O montante cobrado a título de taxa, diferentemente do que
acontece com os impostos, só pode variar em função do custo da atividade estatal, devendo sua
arrecadação buscar sempre uma equivalência razoável com o custo da atividade exercida.
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No caso da questão temos uma base de cálculo rigorosamente igual à do IPTU. E isso é vedado, seja pela
lógica do tributo, seja pelo Código Tributário Nacional:
art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
O serviço de iluminação pública é prestado em caráter uti universi, ou seja, é prestado a todos
indistintamente, e, portanto, carece dos requisitos de especificidade e divisibilidade inerente às taxas.
art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas
Vale lembrar que a própria definição legal e constitucional de taxas autoriza que, na modalidade taxas
cobradas pela prestação de serviços, ela seja cobrada em virtude da disponibilização do serviço ao
contribuinte.
Coleta de lixo domiciliar segundo entendimento fixado pelo STF constitui serviço público específico e
divisível apto a gerar a cobrança de taxa. Já a iluminação pública carece desses requisitos, uma vez que é
prestada a todos sem restrição ou individualização dos beneficiários.
Gabarito C
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A a taxa em questão não é constitucional, pois possui base de cálculo idêntica à do imposto sobre
propriedade territorial urbana (IPTU), o que é vedado em relação às taxas criadas por municípios e pelo
Distrito Federal.
B não se trata de taxa, mas sim de contribuição para intervenção no domínio econômico, em razão da
vinculação do produto da sua arrecadação ao financiamento de uma atividade estatal específica.
C na medida em que a área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo
aproximado da atividade estatal de fiscalização, mostra-se constitucional a utilização deste critério para
cálculo da citada taxa.
E não se pode confundir o valor pago ao Poder Público para a expedição de licenças para funcionamento
de estabelecimento comercial com taxas, na medida em que as taxas são espécie de tributo e os valores
pagos àquele título são meros preços públicos.
RESOLUÇÃO:
Área ocupada, como bem lembramos, não representa a base de cálculo do IPTU, que vai ser o valor venal
do imóvel.
Dentro do cálculo do valor venal de um imóvel, sua área vai ser um dos fatores considerados e certamente
influencia no valor do IPTU, mas não é o único fator e tampouco pode-se afirmar que representa a base
de cálculo do imposto.
E, além disso, o Supremo também afirmou existir uma correlação aceitável entre o tamanho do imóvel e
o custo de fiscalizar a atividade nele exercida:
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Gabarito C
RESOLUÇÃO:
A questão aborda alguns entendimentos do Supremo Tribunal Federal acerca das taxas.
C – A taxa judiciária é cobrada para remunerar o serviço prestado pelo Poder Judiciário. Resumidamente,
é cobrada de quem apresenta uma demanda judicial. Um dos requisitos para que um cidadão proponha
uma ação judicial é informar na petição inicial o valor atribuído à causa que seja discutida e julgada.
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A taxa judiciária, também chamada de custas, vai ser calculada sobre esse valor atribuído à causa, e o
Supremo entendeu que sem um teto limite para sua cobrança, o valor pode se tornar tão alto que pode
inibir alguém de apresentar sua demanda.
Súmula 667
D – O serviço de iluminação pública é prestado em caráter uti universi, ou seja, é prestado a todos
indistintamente, e, portanto, carece dos requisitos de especificidade e divisibilidade inerente às taxas.
E - Não se admite a cobrança de taxa pela prestação de serviços que a Constituição diz serem deveres do
Estado e direito de todos, tais como os de saúde, segurança e educação. A CF determina que eles devem
ser prestados gratuitamente, não podendo dar ensejo à instituição e cobrança de taxas. Daí o advento da
Súmula Vinculante 12: “A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no
art. 206, IV, da Constituição Federal”
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
Gabarito B
63. Prefeitura
InstitutodeConsulplan - Procurador
Santo André-SP Municipal
- ISS Santo (PrefFiscal
André (Auditor Caeté)/2022
de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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O município Alfa instituiu, por meio de Lei Municipal, uma taxa exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis no
município. A lei também estabeleceu que a área do imóvel deverá ser utilizada como base de cálculo da
taxa. Considerando o fato gerador e a base de cálculo determinados, o tributo:
A É constitucional, pois o serviço prestado tem caráter específico e divisível, sendo permitida a adoção da
mesma base de cálculo de determinado imposto estadual.
B É inconstitucional, pois o serviço prestado tem caráter inespecífico e indivisível, sendo vedada a
utilização de base de cálculo idêntica a de determinado imposto estadual.
C É inconstitucional, pois o serviço público prestado tem caráter específico e indivisível, sendo vedada a
utilização de base de cálculo idêntica a de determinado imposto municipal.
D É constitucional, pois o serviço público prestado é específico e divisível, sendo permitida a adoção de
alguns elementos da base de cálculo própria de determinado imposto municipal.
RESOLUÇÃO:
A taxa de coleta, remoção e tratamento ou destinação do lixo, ou simplesmente taxa do lixo já foi julgada
constitucional, por possibilitar a correta aferição de quem é o beneficiário do serviço prestado e ainda de
quanto cada um conseguiu se beneficiar da prestação.
A área de um imóvel é apenas um dos elementos que compõem a base de cálculo do IPTU, e não a base
toda. Dessa forma, não há vedação em sua utilização aqui.
Gabarito D
Sim! A utilização em potencial de um serviço gera a cobrança de taxa apenas se esse serviço for de
utilização compulsória, ou seja, obrigatória.
Ex: o serviço prestado pelo Poder Judiciário está sendo e somente os usuários efetivos do serviço pagam
a taxa judiciária. O contrário ocorre com a taxa do lixo, pois trata-se de um serviço de utilização
compulsória.
Gabarito Correto
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
Isso não tem nada a ver com a divisibilidade dos serviços públicos.
Gabarito Errado
RESOLUÇÃO:
Gabarito D
67. Prefeitura
CEBRASPE de (CESPE) - Analista
Santo André-SP - ISSde Controle
Santo André Externo (TCE RJ)/Controle
(Auditor Fiscal Externo/Direito/2021
de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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RESOLUÇÃO:
Tese
Gabarito Errado
RESOLUÇÃO:
A cobrança para emissão de alvará de construção na verdade reflete o exercício do poder de polícia
consistente na fiscalização da construção, com análise do projeto, checagem da viabilidade, possíveis
efeitos na vizinhança, etc. Se está tudo certinho, o ente emite o alvará de construção.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
A – A taxa realmente pode adotar um ou mais elementos da base de cálculo própria de impostos, o que
não pode haver é uma identidade integral entre as grandezas.
B – Essa assertiva caracteriza um tributo chamado “contribuição de melhoria”, e nada tem a ver com taxa.
C – Essa assertiva busca confundir quem lê a questão sem a devida atenção. Ela está toda certinha, mas
troca serviço público específico e divisível por serviço público específico e indivisível, e isso altera
completamente a natureza do serviço prestado.
Vale relembrar que o serviço público precisa ser específico e também divisível para justificar a cobrança
da taxa.
D – Taxa precisa de uma atividade estatal dirigida ao contribuinte! A assertiva “d” está falando de uma
característica dos impostos.
Gabarito A
Assinale:
A se apenas a afirmativa I estiver correta.
B se apenas a afirmativa II estiver correta.
C se apenas a afirmativa III estiver correta.
D se nenhuma afirmativa estiver correta.
RESOLUÇÃO:
A taxa pode ser cobrada se houver prestação efetiva do serviço público ou sua disponibilização, quando
for caso de serviço de utilização compulsória.
Se o serviço não for de utilização compulsória, só a efetiva prestação enseja a cobrança de taxa.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição
Gabarito B
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Acerca de conceitos e definições referentes às espécies tributárias e de temas afins do direito tributário,
julgue o item a seguir.
É lícita a fixação de taxa, por lei federal, em razão do regular exercício do poder de policia sanitária.
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
Essa pergunta foi respondida pelo STF em julgado cuja ementa transcrevo:
No caso específico dessa taxa, a Confederação Nacional do Comércio ajuizou ADI alegando que a atividade
já estava sujeita à fiscalização estadual em alguns casos e outros à vigilância sanitária municipal e que,
portanto, estaria ocorrendo bitributação.
O STF entendeu não existir bitributação, uma vez que cada ente cobra por sua atividade fiscalizatória,
devidamente autorizada pela Constituição Federal.
Gabarito Certo de Santo André-SP - ISS Santo André (Auditor Fiscal de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
Prefeitura
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RESOLUÇÃO:
Não existe taxa para viabilizar um serviço que ainda vai ser disponibilizado. A taxa é cobrada pela
prestação do serviço ou disponibilização de um serviço existente.
A taxa cobrada pela prestação potencial de um serviço só é exigível quando esse serviço for de utilização
compulsória e tiver sido prestado.
Vamos exemplificar: a taxa do lixo é uma taxa cobrada por um serviço de utilização compulsória, logo,
ainda que eu não produza lixo, ou recicle por contra própria, a simples disponibilização desse serviço para
mim, vai gerar sua cobrança.
Agora a taxa pelo serviço judiciário, chamada de custas, somente vai ser cobrada daquele que
efetivamente usar esse serviço.
A capacidade contributiva pode ser aplicável às taxas em algumas circunstâncias, mas não há
obrigatoriedade. É fácil entender isso lembrando que o objetivo da arrecadação das taxas é remunerar o
custo da atividade exercida sem analisar qualquer característica pessoal do contribuinte.
O gabarito é a letra “d”, ainda que a distinção entre “simples exercício de poder de polícia” e efetivo
exercício de poder de polícia não seja muito clara, a assertiva se explica convergindo com o entendimento
do Supremo sobre o tema:
RE 657234 AgR
Decisão
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
A análise de projetos de sistemas de prevenção contra inocência e pânico prestado pelos Bombeiros
constitui, segundo o STF, prestação de serviço apto a fazer nascer a cobrança de taxa e não deve ser
confundido com taxa de combate a incêndio.
2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos por ela remunerados cumulem os
requisitos de especificidade e divisibilidade. Os serviços autorizadores de cobrança de
taxas não podem ser prestados de forma geral e indistinta a toda a coletividade (uti
universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou potencialmente, de
modo individualizado e mensurável (uti singuli).
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3. A taxa anual de segurança contra incêndio tem como fato gerador a prestação de
atividade essencial geral e indivisível pelo corpo de bombeiros, sendo de utilidade
genérica, devendo ser custeada pela receita dos impostos.
Por esse motivo o nosso gabarito atestou que a taxa é indevida por ser cobrada por ente desprovido de
competência para prestar o serviço.
Gabarito B
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
É exatamente o contrário!
Justamente por possuir cunho sinalagmático, ou seja, por remunerar uma contraprestação efetuada pelo
estado em direção ao contribuinte que as taxas não podem ser instituídas com a finalidade específica de
cumprimento de funções extrafiscais.
A taxa é instituída para custear a atividade que justificou sua cobrança, e não para estimular ou
desincentivar determinada conduta por meio da tributação.
Gabarito Errado
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B devida, ainda que a prestação desse serviço tenha sido feita pelo Estado, desde que a solicitação dessa
prestação tenha sido feita ao Município, pela empresa de eventos.
C indevida, porque o serviço foi prestado pelo Estado, por meio da Polícia Militar estadual, e não pelo
Município.
D devida, desde que, cumulativamente, a prestação desse serviço tenha sido solicitada pela empresa de
eventos ao Município, e que o referido serviço tenha sido efetivamente prestado pelo Estado, mas a taxa
referente a essa prestação não tenha sido cobrada pelo referido Estado.
E devida, desde que o referido serviço tenha sido prestado pelo Estado, mas a taxa referente a essa
prestação não tenha sido cobrada por ele.
RESOLUÇÃO:
Entendo que a principal impropriedade dessa taxa é ser cobrada pela prestação do serviço de segurança,
ainda que preventiva, uma vez que esse tipo de serviço carece dos requisitos de especificidade e
divisibilidade. Mas, como a questão não nos forneceu essa alternativa, ela é nitidamente indevida por ser
cobrada por ente que dispõe de competência para prestar o serviço que será remunerado pela taxa.
Gabarito C
A característica de divisibilidade dos serviços públicos objeto da cobrança de taxas, pelos entes
federativos, traduz-se por sua suscetibilidade de utilização, separadamente, por cada um dos usuários
desses serviços.
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:
Essa diferenciação é um pouco teórica e difícil de ser verificada no mundo real, mas as bancas gostam de
tentar confundir os conceitos de especificidade e divisibilidade.
(...)
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
Gabarito Certo
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RESOLUÇÃO:
A cobrança de taxa origina-se de uma atuação estatal dirigida ao contribuinte, seja uma prestação de
serviço seja o regular exercício do poder de polícia.
Gabarito A
A A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem
ser calculada em função do capital das empresas.
B A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e
obrigatoriamente deve ser calculada em função do capital das empresas.
C A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondem a imposto, mas
pode ser calculada em função do capital das empresas.
D A taxa obrigatoriamente deve ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
imposto e deve ser calculada em função do capital das empresas.
E A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, mas jamais
poderá ser calculada em função do capital das empresas.
RESOLUÇÃO:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas
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Gabarito A
RESOLUÇÃO:
Segurança pública, compreendido o combate a incêndios, bem como o serviço de iluminação pública, são
prestados a toda coletividade indistintamente, carecendo, portanto, dos requisitos da divisibilidade e
especificidade.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
I – Por expressa vedação legal, taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.
II – O serviço público apto a fazer nascer a cobrança de taxa deve ser específico e divisível devendo ser
prestado ou colocado à disposição do contribuinte.
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III – Correto!
IV – Errada.
V – Todos os entes podem instituir taxas, respeitados os limites de sua atuação prescritos pela
Constituição Federal.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
Há alguns elementos que podem ajudar na diferenciação entre taxas e preços públicos, mas o elemento
central é a compulsoriedade.
Súmula STF nº 545: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
Gabarito B
E por se tratar de cobrança como contrapartida pela utilização não compulsória de um bem público, não
é possível a definição de eventual cobrança como tributo, mas sim como preço público.
RESOLUÇÃO:
A questão buscou confundir o candidato, apresentando uma atividade parecida com atividade que
legitimaria a cobrança de taxas, mas diferente. Aqui, o Município está cobrando um valor para autorizar
a utilização e exploração de uma área pública.
Muitos podem ter se recordado das taxas de licenciamento e funcionamento, frequentemente cobradas
pelos Municípios pelo exercício do poder de polícia consistente na fiscalização de empreendimentos. Se
o cidadão pretende abrir determinado negócio, ele solicita ao Município que avalie se seu
empreendimento é viável naquela determinada localidade e da forma desejada, e o Município lhe cobra
uma taxa por isso.
A questão apresenta o caso de um cidadão que quer pagar para explorar um bem público. Nesse caso o
valor a ser cobrado vai ostentar natureza jurídica de preço público.
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
O traço distintivo eleito pelo STF entre taxas e preço público é a compulsoriedade.
A taxa, como qualquer tributo, ostenta compulsoriedade, ou seja, o contribuinte paga ainda que não
concorde com seu pagamento.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Se o Estado não de
Prefeitura determina a compulsoriedade
Santo André-SP dos(Auditor
- ISS Santo André serviços estaremos
Fiscal diante
de Receita de um
Municipal) preçoTributário
Código público.do Município de S
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Mas essa diferenciação deve ser traçada quando há remuneração por prestação de serviço. Nessa questão
a letra “d” expõe um caso típico de preço público que não tem qualquer relação com taxa.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
Taxa ostenta natureza jurídica de um tributo, logo, deve obediência a todas as limitações constitucionais
ao poder de tributas, como o princípio da legalidade.
Preço público tem natureza contratual e, portanto, não precisa se adequar às citadas restrições.
Ainda que exista algum debate doutrinário sobre a natureza jurídica do pedágio, o Supremo já determinou
que trata-se de preço público.
Gabarito E
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Referido decreto foi contestado, sob o argumento de desobediência do princípio da reserva legal, da
anterioridade e pela não observância do prazo de 90 dias para cobrança dos novos valores (noventena),
sustentando-se que ambas as atividades somente podem ser remuneradas mediante instituição de taxas.
A análise jurídica da questão posta deve considerar que
A quaisquer atividades estatais cujo custo possa ser individualizado são passíveis de cobrança mediante
preço público, cabendo a cobrança de taxa somente para custeio de serviços não passíveis de fruição
individual, o que denota a ausência de qualquer inadequação na via eleita.
B atividades que representem serviço público fruível pelo usuário, independentemente de
compulsoriedade, demandam a cobrança mediante taxa, porém apenas a instituição da taxa depende de
edição de lei formal, podendo a majoração se dar mediante decreto, o que indica a ausência de
desconformidade da via eleita para ambas as situações descritas.
C descabe cobrança de taxas de pessoas jurídicas, as quais são sempre sujeitas ao pagamento de preço
público, cujo regime afasta a necessidade de lei e a incidência dos princípios citados, sendo este o
discrímen que afasta a inadequação da via eleita para a majoração indicada no item ii.
D tanto taxas como preços públicos necessitam de lei para instituição ou majoração, porém apenas a taxa
sujeita-se ao princípio da anterioridade, sendo a majoração do preço público sujeita apenas à observância
da noventena, o que denota inviabilidade jurídica total da edição de decreto, para o item i, e a
inadequação da vigência imediata, para o item ii.
E atividades prestadas como expressão do exercício de poder de polícia ensejam a cobrança de taxa, que
somente pode ser instituída ou majorada por lei com vigência para o exercício subsequente e observada
a noventena, podendo-se concluir pela evidente inadequação da via eleita para a majoração indicada no
item i.
RESOLUÇÃO:
A – O serviço público específico e divisível, ou seja, passível de fruição individual, é remunerado por meio
de taxas.
B – A taxa vai ser cobrada em regime de compulsoriedade, e só poderá ser majorada bem como instituída
por meio de lei.
D – Preços públicos dispensam a exigência de lei para serem cobrados, pois não são tributos.
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
O que diferencia de onde vai sair a remuneração por um serviço público é a compulsoriedade!
O ordenamento jurídico permite que eu adquira a energia elétrica, por exemplo, instalando painéis de
energia solar ou por meio de um gerador próprio, sem necessariamente utilizar o serviço público. Nesse
caso eu não seria obrigado a pagar pelo serviço público de distribuição de energia.
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
Taxa é um tributo, e como tal, não cabe ao contribuinte escolher se paga ou não, e se submete ao regime
jurídico tributário, devendo ser instituída por lei e submetendo-se a todas as limitações constitucionais
ao poder de tributar.
Gabarito E
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a) É constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção,
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
c) Não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.
Um determinado Estado instituiu uma taxa denominada “Taxa sobre Transmissão Gratuita de Bens e
Direitos”, que tem como fato gerador a transmissão gratuita de bens e direitos, e cuja base de cálculo é
idêntica à do ITCMD instituído por aquele Estado. A referida taxa foi instituída em razão de notória
necessidade de o Estado “reforçar seu caixa”, e tem como destinação específica o pagamento dos
credores do Estado, pessoas naturais e jurídicas. De acordo com a Constituição Federal e com o Código
Tributário Nacional, esta exação
a) é conhecida como taxa imprópria, tem natureza temporária, e sua instituição e cobrança são
contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de necessidade
extrema e urgente, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.
c) é taxa, na medida em que foi assim denominada na lei estadual que a instituiu, sendo essa denominação
elemento essencial na determinação de sua natureza jurídica específica.
d) é conhecida como taxa imprópria e tem natureza jurídica específica de taxa, sendo sua instituição e
cobrança contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de
calamidade pública, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.
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e) não é taxa, ainda que tenha sido assim denominada, pois seu fato gerador não é o exercício regular do
poder de polícia, nem a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
O município de Curitiba – PR instituiu, por lei ordinária, taxa de coleta e remoção de lixo para os
imóveis urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de cálculo do tributo a área
construída do imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, resultaria no valor do tributo devido pelo
contribuinte. Acerca dessa situação hipotética e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de
tributar, assinale a opção correta.
A) A utilização da área construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em questão, por
também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional a instituição do mencionado tributo.
B) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as contribuições,
e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão.
C) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base de cálculo
de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo contribuinte seja proporcional
ao serviço que lhe é prestado.
D) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda a coletividade,
sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa.
4. Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase
O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, remoção e
tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi
notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X.
C) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição de taxas
de serviço público.
A) iluminação pública.
B) coleta de lixo.
C) segurança pública.
E) saúde pública.
Dado que o fato gerador significa um evento e a base de cálculo, a grandeza que o dimensiona
numericamente, considerando-se os impostos e as taxas, é correto afirmar:
A) A base de cálculo dos impostos deve ser a grandeza que dimensiona a manifestação de riqueza, sendo
também totalmente idônea para regular a taxa, que guarda relação com a contraprestação estatal.
C) Não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.
D) O Supremo Tribunal Federal entendeu pela inconstitucionalidade da taxa de fiscalização dos mercados
de títulos e valores mobiliários, cobrada pela Comissão de Valores Mobiliários, cujos montantes, em
moeda corrente, são determinados em faixas que variam de acordo com o patrimônio líquido da
sociedade ou fundo de investimento sujeito à fiscalização.
A) A Constituição Federal menciona quais as taxas que são de competência das entidades tributantes,
obedecendo-se ao critério de repartição de atribuição administrativa para a prestação do serviço.
B) A taxa de serviço público específico e divisível possui, como fato gerador, a utilização efetiva ou
potencial desse mesmo serviço, podendo ainda ser instituída para repartir os custos de serviço estatal
efetivamente existente ou para angariar recursos para a sua implantação.
D) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 145, II, da Constituição Federal.
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B) As taxas de polícia instituídas e cobradas pelas entidades tributantes, tendo como fato gerador a
atividade fiscalizadora incidente sobre uma mesma matéria, regulando a prática de ato ou a abstenção
de fato, configuram bis in idem e destoam das atribuições administrativas inseridas na Constituição
Federal.
C) Considera-se irregular o poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Nos termos do Código Tributário Nacional, cabe cobrança de TAXA na hipótese de:
A) Poder de polícia.
B) Iluminação pública.
C) Segurança nacional.
D) Limpeza de logradouros.
Município X cobra taxa por coleta de lixo urbano, feita por empresa contratada pela Administração
municipal. O tributo é calculado sobre o valor, atribuído por lei municipal, da frente para a via pública do
imóvel em que se dará a coleta, medida em metros lineares. O tributo é julgado inconstitucional. A taxa
não pode ser cobrada porque
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B) a base de cálculo não é apropriada para prestação de serviços, prestando-se, somente, para o caso de
taxa por exercício de poder de polícia.
C) o serviço público é prestado por particular contratado, sendo, portanto, caso de cobrança de preço
público diretamente pelo contratado.
D) o serviço é, por natureza, indivisível, tendo em vista a impossibilidade de pesar o lixo no momento da
coleta.
E) a base de cálculo não tem pertinência com o serviço prestado ou posto à disposição.
11. Prova: IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador
do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição”, de acordo com a definição citada, assinale a alternativa que
NÃO se enquadra como fato gerador apto a cobrança de taxa:
C) Retirada de passaporte
B) inválida porque o produto da arrecadação em questão não pode ser revertido em benefício de pessoas
jurídicas de direito privado, a exemplo da Associação de Magistrados X.
D) válida porque, embora as custas sejam um tributo vinculado, é permitido ao ente competente definir
a destinação de produto de arrecadação de tributo.
E) válida porque as custas podem ser destinadas a manter qualquer serviço de interesse público, por
serem tributo não vinculado.
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Enquanto determinado aeroporto for administrado pela INFRAERO, a taxa de embarque que o
consumidor pagar classificar-se-á como uma taxa, no sentido de espécie tributária; se for transferida a
administração do citado aeroporto para concessionário privado, o referido pagamento passará a ter
natureza jurídica de preço público.
( ) Certo
( ) Errado
Os tributos vêm sendo classificados em cinco espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria,
contribuições (especiais) e empréstimos compulsório. Sobre as taxas, analise as seguintes assertivas:
As taxas podem ser instituídas em razão da prestação de serviços específicos e divisíveis ou do exercício
do poder de polícia, bem como do uso de bens imóveis, mas não podem ter base de cálculo própria de
impostos.
As taxas são tributos com característica contraprestacional ou comutativa, de modo que o montante
cobrado guarde equivalência razoável com o custo da atividade estatal que constitui seu fato gerador.
15. Prova: CESPE - 2013 - TJ-PI - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
O tribunal de justiça de determinado estado, por meio de um provimento, corrigiu monetariamente, por
conta própria, o valor cobrado das custas judiciais e emolumentos. Embora não houvesse permissão legal,
referido tribunal atualizou esses valores devido ao fato de eles estarem bastante defasados.
A) Emolumentos e custas judiciais são valores cobrados pela prestação de serviços públicos específicos e
divisíveis e devem observar o princípio da reserva legal.
C) As custas judiciais, por serem contraprestação de serviços públicos específicos prestados pelos
tribunais, podem ser atualizadas por normas administrativas do tribunal.
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D) Tendo os emolumentos cartorários e as custas judiciais natureza de taxa, o produto de sua arrecadação
somente poderá ser destinado para custeio de serviços públicos, ainda que esses serviços sejam diversos
daqueles para os quais foram arrecadados.
E) A atualização monetária não significa aumento de valores, dado que é considerada como recomposição
do valor real, e, portanto, pode ser estabelecida administrativamente pelo tribunal, mesmo sem que a lei
autorize.
16. Prova: ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal - Prova 2
A) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada
atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam.
B) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do
poder de polícia.
C) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir na prestação ao
contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não.
D) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas.
E) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo
órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
17. Provas: FCC - 2013 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária - Prova 3
B) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
C) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que haja a manutenção, pelo
sujeito ativo, de órgão de controle em funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.
D) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo fato gerador pela União e
por Estado, pois ambos têm competência para exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar
de competência comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos
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Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da hipótese de incidência é ter
piscina em imóvel localizado dentro do Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros
quadrados da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O contribuinte é o
proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa
a) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de polícia ou de prestação de serviço
público, sendo fato gerador de imposto.
b) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da União e não do Município.
c) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização que o Poder Público tem
que realizar na construção de piscinas.
d) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação efetiva do serviço de água
tratada fornecida para manter a piscina.
e) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.
D) As taxas não podem ter a mesma base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
impostos.
E) Entende-se haver prestação potencial do serviço, quando, sendo de utilização compulsória, seja posto
à disposição do contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
B) De acordo com entendimento firmado em súmula do STJ, é ilegítima a cobrança, pelo município, de
taxa relativa à renovação de licença para a localização de estabelecimento comercial ou industrial.
E) É vedada a cobrança de taxa em razão do serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis.
I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e divisível; deve ter valor fixo para
todos os beneficiários da obra.
II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço específico e indivisível; deve ter
valor fixo para todos os beneficiários do serviço, desde que haja efetiva fruição.
III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de polícia, pois se trata de exercício
regular do poder de polícia.
IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim como o serviço de iluminação
pública.
V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a natureza jurídica do tributo como
imposto.
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e V.
E) IV e V.
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A) Sendo o fato gerador da taxa a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos de atribuição do
ente tributante, a taxa de serviço só pode ser criada caso exista um serviço público efetivamente ou
potencialmente utilizado pelo contribuinte e desde que esse serviço seja específico e divisível.
B) O serviço prestado por concessionária de serviços públicos não pode ser custeado por meio de taxa.
C) O Estado poderá estabelecer aumento do valor da taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia de
fiscalização das embarcações para custear parte do custo da educação básica, uma vez estabelecida a
educação como a prioridade no programa de governo.
D) Com o objetivo de incentivar a produtividade agrícola, os municípios podem instituir e cobrar taxa de
serviço para custear a implantação de serviços técnicos a serem utilizados por pequenos produtores na
preparação da terra.
E) O poder de polícia, em si mesmo, é que dá suporte às taxas exigidas em razão dele, e a sua exigência
independe da concreta realização de atos nos quais esse poder se expressa.
José, preocupado com o meio ambiente, faz uso de um processo caseiro de transformação do lixo
orgânico em adubo, bem como separa o lixo inorgânico, destinando-o à reciclagem. Por isso, sempre que
os caminhões que prestam o serviço público de coleta de lixo passam por sua casa, não encontram lixo a
ser recolhido. José, então, se insurge contra a cobrança da taxa municipal de coleta de lixo proveniente
de imóveis, alegando que, como não faz uso do serviço, a cobrança em relação a ele é indevida.
a) Por ser a taxa de um tributo contraprestacional, a não utilização do serviço pelo contribuinte retira seu
fundamento de validade.
b) A coleta de lixo domiciliar nessas condições não configura a prestação de um serviço público específico
e divisível, sendo inconstitucional.
c) Por se tratar de serviço público prestado à coletividade em geral, no interesse da saúde pública, seu
custeio deve ocorrer por meio dos recursos genéricos auferidos com a cobrança de impostos.
d) A cobrança é devida, pois o serviço está sendo potencialmente colocado à disposição do contribuinte.
a) As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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b) Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos
c) A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e ser
calculada em função do capital das empresas
d) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente
nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
A União instituiu taxa com a finalidade de remunerar a efetiva atividade desenvolvida pela Força Nacional
de Segurança Pública. Os cidadãos residentes nas localidades de atuação da Força Nacional deverão pagar
a taxa referente apenas ao período em que essa atuação persistir.
b) é inconstitucional, visto que serviços de segurança pública devem ser remunerados por tarifa.
c) é inconstitucional, uma vez que os serviços de segurança pública não podem ser usufruídos
individualmente, mas atendem a um número indeterminado de pessoas.
d) é constitucional, por ser fundamentada no efetivo exercício do poder de polícia pelo Estado.
Caso um município pretenda instituir tributo que tenha como fato gerador o exercício de atividade
fiscalizatória de determinado setor econômico necessária para a posterior concessão de alvará de
funcionamento, tal exação somente poderá ser imposta por meio de taxa, decorrente do exercício regular
do poder de polícia, desde que o serviço público seja específico e divisível e sua utilização pelo
contribuinte seja efetiva.
( ) Certo
( ) Errado
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a) pedágio cobrado por Concessionários de rodovias, no regime da Lei de Concessões (Lei nº8.987/1995).
b) custas processuais.
d) é constitucional, ainda que não tenha sido formalmente instituída por lei, por estarem as taxas
previamente previstas no Código Tributário Nacional;
De acordo com o inciso VIII do art. 21 da Constituição Federal, compete à União fiscalizar as operações de
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada.
A Lei Federal nº 6.385/76 criou a Comissão de Valores Mobiliários, com diversas competências legais
específicas e privativas, inclusive as de fiscalizar e inspecionar as companhias abertas com prioridade para
as que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório (art.
5º, inciso V, da Lei Federal nº 6.385/76).
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Em razão do desempenho das atribuições legais que foram outorgadas à CVM, a União instituiu uma taxa
de fiscalização do mercado de valores mobiliários, a ser paga pelos contribuintes identificados no art. 3º
daquela Lei Federal.
a) poderá também ser instituída pelos Estados, desde que eles efetivamente inspecionem e fiscalizem as
referidas companhias abertas, mesmo que essa competência seja apenas da União.
b) é devida pelo exercício do poder de polícia e poderia ser instituída apenas pela União, pois só ela, por
intermédio da CVM, tem competência para exercer esse tipo de fiscalização e inspeção.
c) é devida pela utilização efetiva de um serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte.
d) é devida pela utilização potencial de um serviço público específico e divisível posto à disposição do
contribuinte.
e) poderá também ser instituída e cobrada quando essas companhias abertas são fiscalizadas e
inspecionadas pela Secretaria da Receita Federal.
Com referência às taxas, assinale a alternativa em que as duas assertivas estão corretas e a segunda
enfatiza e justifica o conteúdo da primeira.
a) As taxas são espécie tributária que decorrem do exercício do poder de polícia ou de prestação de serviço
público. // Para haver cobrança de taxa é indispensável que o serviço público seja efetivamente prestado
ao contribuinte.
b) No caso de serviço público indivisível e inespecífico, não pode haver cobrança de taxa. // O serviço
público que permite a cobrança da taxa vincula-se a uma relação anterior de natureza contratual.
c) O exercício do poder de polícia justifica a cobrança da taxa. // A obrigação de pagar esta exação,
contudo, depende da efetiva fiscalização exercida pelo Estado.
d) A competência dos entes federativos para instituir taxas é comum. // A fixação das taxas, em cada caso,
vai depender da aferição constitucional das competências administrativas.
( ) Certo
( ) Errado
A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas, julgue o item seguinte.
Dada a competência privativa da União para exercer controle e fiscalização ambiental, é exclusiva da
União a competência para instituir taxa de fiscalização e controle do meio ambiente cujo fundamento seja
o exercício regular do poder de polícia.
( ) Certo
( ) Errado
O exercício de poder de polícia apto a legitimar a cobrança de taxa de polícia deve ser efetivo, não
podendo ser a sua instituição baseada no potencial exercício deste poder.
( ) Certo
( ) Errado
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O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de postos de gasolina com
objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais locais, estabelecendo
um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa
anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.
b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específico para o desempenho
das atividades de fiscalização de postos de gasolina, por se tratar de competências inerentes às
autoridades de segurança pública.
c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter correspondência com o valor
venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a cobrança de valor fixo por estabelecimento.
e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento de fiscalização de postos
de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, certificando-se do cumprimento das normas de
segurança e vigilância de tais locais, de acordo com a legislação.
Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de
construção é da espécie
a) imposto.
c) taxa.
d) tarifa.
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O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de coleta, remoção e
destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função da frequência da
realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel ou da testada do
terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é
a) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.
b) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.
c) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do
serviço que lhe é prestado.
d) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.
e) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade
da Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.
As taxas de poder de polícia, espécies tributárias diversas dos impostos, inobservam ao princípio
constitucional da capacidade contributiva.
( ) Certo
( ) Errado
E Errado
C Certo
E Errado
A Ambos os serviços públicos indicados no enunciado podem ser remunerados mediante taxa.
B O serviço público de iluminação das vias públicas necessita de lei complementar para instituição de sua
taxa remuneratória.
C O serviço público de iluminação de vias públicas não pode ser remunerado mediante taxa.
D O serviço público de retirada de lixo de cada imóvel individualmente considerado não pode ser
remunerado mediante taxa.
E Nenhum dos serviços públicos indicados no enunciado pode ser remunerado mediante taxa.
No que se refere ao Sistema Tributário Nacional, ao processo administrativo fiscal e à taxa de controle e
fiscalização ambiental (TCFA), julgue o seguinte item.
A instituição, por ente federado, da cobrança de taxa pela utilização efetiva de serviço público é permitida
para os serviços específicos e divisíveis, sendo tal divisibilidade caracterizada pela possibilidade de o
serviço ser destacado em unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou de necessidade pública.
C Certo
E Errado
46. Prefeitura
CEBRASPE de (CESPE) - Analista
Santo André-SP - ISSde Previdência
Santo Complementar
André (Auditor (FUNPRESP-EXE)/Jurídica/2022
Fiscal de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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No que diz respeito às espécies de tributos e sua classificação, julgue o item subsequente.
A taxa judiciária tem natureza jurídica de tributo da espécie taxa, devendo o seu valor ser proporcional
ao custo da atividade do estado, visto que resulta da prestação de serviço público específico e divisível,
cuja base de cálculo é o valor da atividade estatal deferida diretamente ao contribuinte.
C Certo
E Errado
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D O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público tem natureza
jurídica de taxa de serviço público.
E É inconstitucional a instituição pelos estados de taxa de polícia sobre a atividade de exploração de
recursos hídricos em seu território.
C Certo
E Errado
As taxas, em razão da necessidade de atendimento ao interesse público, poderão ter base de cálculo
própria de impostos.
C Certo
E Errado
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C espécie tributária instituída é taxa, porque o que determina a natureza jurídica do tributo é sua
denominação, sendo irrelevante a base de cálculo, neste caso, ser idêntica à do IPTU.
D base de cálculo de imposto pode ser utilizada na cobrança de taxa, desde que o fato gerador seja a
prestação de serviço público, mas não o exercício do poder de polícia.
E instituição da referida taxa, no caso, é inconstitucional, porque, na medida em que o valor venal do
imóvel já constitui a base de cálculo do IPTU, esse valor não pode ser adotado como base de cálculo da
taxa de coleta de lixo urbano.
A a taxa em questão não é constitucional, pois possui base de cálculo idêntica à do imposto sobre
propriedade territorial urbana (IPTU), o que é vedado em relação às taxas criadas por municípios e pelo
Distrito Federal.
B não se trata de taxa, mas sim de contribuição para intervenção no domínio econômico, em razão da
vinculação do produto da sua arrecadação ao financiamento de uma atividade estatal específica.
C na medida em que a área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo
aproximado da atividade estatal de fiscalização, mostra-se constitucional a utilização deste critério para
cálculo da citada taxa.
E não se pode confundir o valor pago ao Poder Público para a expedição de licenças para funcionamento
de estabelecimento comercial com taxas, na medida em que as taxas são espécie de tributo e os valores
pagos àquele título são meros preços públicos.
Acerca de conceitos e definições referentes às espécies tributárias e de temas afins do direito tributário,
julgue o item a seguir.
É lícita a fixação de taxa, por lei federal, em razão do regular exercício do poder de policia sanitária.
C Certo
E Errado
C Certo
E Errado
76. FCC - Analista da Receita Estadual IV (SEF SC)/2021
Determinado Município do Estado de Santa Catarina, que não possui guarda municipal, decidiu cobrar da
Empresa de Eventos Agrolazer Ltda. a Taxa de Segurança Preventiva, relativamente aos serviços de
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segurança preventiva prestados pela Polícia Militar estadual, no âmbito externo de um show de rodeio
realizado no citado Município. Essa cobrança, de acordo com as regras do Código Tributário Nacional, é
A devida porque, no caso, como esse Município não tem guarda municipal, sub-roga-se o direito de
cobrança da taxa estadual, na medida em que a prestação desse serviço tenha sido a ele solicitada.
B devida, ainda que a prestação desse serviço tenha sido feita pelo Estado, desde que a solicitação dessa
prestação tenha sido feita ao Município, pela empresa de eventos.
C indevida, porque o serviço foi prestado pelo Estado, por meio da Polícia Militar estadual, e não pelo
Município.
D devida, desde que, cumulativamente, a prestação desse serviço tenha sido solicitada pela empresa de
eventos ao Município, e que o referido serviço tenha sido efetivamente prestado pelo Estado, mas a taxa
referente a essa prestação não tenha sido cobrada pelo referido Estado.
E devida, desde que o referido serviço tenha sido prestado pelo Estado, mas a taxa referente a essa
prestação não tenha sido cobrada por ele.
A característica de divisibilidade dos serviços públicos objeto da cobrança de taxas, pelos entes
federativos, traduz-se por sua suscetibilidade de utilização, separadamente, por cada um dos usuários
desses serviços.
C Certo
E Errado
A A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem
ser calculada em função do capital das empresas.
B A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e
obrigatoriamente deve ser calculada em função do capital das empresas.
C A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondem a imposto, mas
pode ser calculada em função do capital das empresas.
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D A taxa obrigatoriamente deve ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
imposto e deve ser calculada em função do capital das empresas.
E A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, mas jamais
poderá ser calculada em função do capital das empresas.
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A a legislação tributária nacional não autoriza a utilização de espaços públicos para atividades comerciais,
ainda que mediante pagamento ao Poder Público.
B a cobrança deverá ser estabelecida na forma de taxa em razão do serviço público indivisível colocado à
disposição dos comerciantes, devendo ser criada mediante lei.
C a legislação tributária nacional exige que a cobrança seja estabelecida na espécie de contribuição, em
razão de não se tratar de serviço público divisível, mas sim indivisível.
D a cobrança deverá ser estabelecida na forma de taxa em razão do exercício do poder de polícia
municipal, podendo ser criada mediante decreto editado pelo Chefe do Poder Executivo.
E por se tratar de cobrança como contrapartida pela utilização não compulsória de um bem público, não
é possível a definição de eventual cobrança como tributo, mas sim como preço público.
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GABARITO
1. A
2. E
3. C
4. D
5. B
6. B
7. D
8. A
9. A
10. E
11. B
12. B
13. ERRADA
14. E,C
15. A
16. C
17. D
18. A
19. C
20. D
21. D
22. A
23. D
24. C
25. C
26. ERRADA
27. B
28. E
29. B
30. D
31. C
32. ERRADA
33. ERRADA
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34. CERTA
35. A
36. C
37. C
38. ERRADA
39. CERTA
40. CERTA
41. E
42. B
43. C
44. ERRADA
45. B
46. CERTO
47. C
48. D
49. B
50. E
51. B
52. CERTO
53. ERRADO
54. ERRADO
55. CERTO
56. CERTO
57. A
58. E
59. C
60. C
61. E
62. B
63. D
64. CERTO
65. ERRADO
66. D
67. ERRADO
68. D
69. A
70. D
71. B
72. CERTO
73. D
74. B
75. ERRADO
76. C
77. CERTO
78. A
79. A
80. D
152
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81. D
82. B
83. E
84. D
85. E
86. E
87. B
88. E
RESUMO
Taxa é um tributo vinculado, pois sua cobrança depende de uma atuação estatal, ao contrário, por exemplo,
dos impostos, que são tributos cobrados independentemente de qualquer atuação do estado. Essa diferença
entre os tributos acarreta algumas consequências, como as seguintes:
Taxas
• Fato gerador é uma atividade estatal relativa ao contribuinte.
• A arrecadação busca remunerar o custo da atividade exercida.
• O montante cobrado deve guardar relação de razoável
equivalência com o custo da atividade.
Impostos
• Fato gerador não relacionado a nenhuma atividade estatal.
• Arrecadação não pode ser vinculada a fundo, despesa ou órgão
específico.
• Base de cálculo representa aspecto demonstrativo de riqueza do
contribuinte.
A competência para instituir uma taxa depende da atribuição constitucional da competência para exercer o
poder de polícia ou prestar o serviço a ela correspondente.
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A taxa pode ser cobrada em virtude da prestação de um serviço, ou se tratando de um serviço de utilização
compulsória, de sua disponibilização aos contribuintes. Nesse caso, o serviço deve estar sendo efetivamente
disponibilizado para que seja cobrada taxa a ele referente.
Taxa ainda pode ser instituída para remunerar o exercício do poder de polícia por parte do estado,
pressupondo a existência de competência fiscalizatória e a existência de órgão ou aparato apto a exercer
efetivamente a fiscalização, ainda que não seja necessário presença física no estabelecimento fiscalizado.
• Taxa de Alvará (ou de funcionamento): Relacionada com a fiscalização do setor de construção civil
• Taxas de turismo
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• Taxa florestal
A instituição de taxas demanda lei ordinária que obedece aos princípios da anterioridade anual e da
noventena e sua arrecadação deve guardar relação de razoável equivalência com os custos da atividade que
motivou sua instituição e cobrança. Por esse motivo, a base de cálculo das taxas não pode ser idêntica a dos
impostos.
Por se tratar de tributo vinculado, a base de cálculo de taxa deve relacionar-se com o maior ou menor
trabalho que o poder público desempenhe em face do contribuinte. Em outras palavras, a alíquota, a base
de cálculo, bem ainda o limite máximo de cobrança, devem necessariamente guardar correlação direta com
a atividade estatal.
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