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Aula 05

Prefeitura de Santo André-SP - ISS


Santo André (Auditor Fiscal de Receita
Municipal) Código Tributário do Município
de Santo André - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Rafael Henze

30 de Maio de 2023

47013983810 - Gabriel Constante Milanezi


Rafael Henze
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Sumário

TAXAS .............................................................................................................................................................2

Introdução .............................................................................................................................................2

Competência para instituição .......................................................................................................8

Espécies de taxas ..............................................................................................................................12

Serviço público específico e divisível: ...................................................................................12

Exercício regular do poder de polícia: ..................................................................................17

Base de cálculo ..................................................................................................................................22

Imunidades nas taxas: ....................................................................................................................30

Taxas no CTM...............................................................................................................................................31

Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial na forma prevista em lei própria, .....32

Da Taxa de Licença para o Exercício de Comércio Eventual ou Ambulante ........................................33

Da Taxa de Licença para Execução de Obras Particulares .................................................................34

Da Taxa de Licença para Execução de Arruamentos e Loteamentos ...................................................36

Da Taxa de Licença para ocupação de áreas em vias e logradouros Públicos...................................37

Da Taxa de Expediente .......................................................................................................................37

Das Taxas de Serviços Diversos ............................................................................................................38

Da Taxa de Limpeza Pública ...............................................................................................................39

Da Taxa de Segurança ........................................................................................................................40

Da taxa de Pavimentação ....................................................................................................................41

Da Taxa de Extensão de Energia Elétrica Para Consumo Domiciliar ...................................................43

Da Taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública .........................................................................43

Da Taxa de Execução de Passeios .......................................................................................................44

Da Taxa de Extensão de Rede de Água..............................................................................................45

Da Taxa de Extensão de Rede de Esgotos ..........................................................................................45

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Das Normas Gerais Para Efeito de Cálculo .........................................................................................45

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ............................................................................................48

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ..........................................................................................................121

GABARITO ..................................................................................................................................................151

RESUMO .....................................................................................................................................................153

TAXAS
Entraremos agora no estudo de um tributo de grande importância para todos os concursos que cobram
legislação municipal e também Direito Tributário.

Grande parte da relevância desse tributo para provas e para a realidade da tributação deflui da atribuição
constitucional de competência para qualquer ente o instituir, obedecidos alguns parâmetros.

Municípios (e os outros entes federativos) costumam utilizar-se bastante dessa competência, não sendo
incomum encontrarmos alguns chegando a instituir perto de uma dezena de taxas.

Dada a amplitude da hipótese de incidência prevista no texto constitucional, muitos entes acabam
exacerbando essa competência e instituindo taxas de maneira irregular. O judiciário frequentemente é
instado a se manifestar sobre tais exações e tanto a confirmação quanto a negação de sua
constitucionalidade acabam gerando possíveis questões de prova.

Esse tributo guarda algumas particularidades que o diferenciam dos outros, formando um racional
legitimador de sua cobrança bastante interessante que vale a pena ser compreendido para depois
passarmos a conhecer casos concretos apreciados pelo Judiciário e as taxas efetivamente instituídas pelo
ente para o qual estamos estudando.

A compreensão da estrutura do tributo conjugada com as principais decisões a ele pertinentes nos
possibilitará acertar qualquer questão relacionada a taxas.

Logo, não percamos mais tempo.

Introdução

Taxas são tributos cujo fato gerador compreende a utilização, efetiva ou potencial de um serviço público
específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição ou ainda a submissão ao exercício
do poder de polícia exercido pelo ente que vai instituir e cobrar a taxa.

Primeiramente, vamos ver o que o texto da Constituição Federal fala sobre esse tributo:

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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:

(...)

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de


serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição

(...)

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos

De maneira semelhante, o Código Tributário Nacional:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas

Tenham certeza que a simples memorização desses dispositivos já possibilita acertar uma boa quantidade
de questões, mas vamos aprofundar nosso conhecimento do tributo para acertar todas as questões.

A CF e o CTN nos explicam que a taxa constitui um tributo que demanda uma atuação do estado
direcionada ao contribuinte, seja a prestação de um serviço, seja o exercício do poder de polícia.

Por essa razão, ou seja, por constituir uma cobrança dependente de uma atuação estatal, a taxa é
conceituada como um tributo bilateral, contraprestacional ou sinalagmático, e essa característica também
é chamada de referibilidade.

A referibilidade é definido no direito tributário como uma relação de conformidade entre a atividade
estatal exercida pelo Poder Público em contraprestação ao contribuinte pela submissão desse ao
pagamento

E aí, de cara, devemos traçar um importante ponto distintivo com outra espécie tributária extremamente
relevante: os impostos. É importante delinear bem essa diferença, pois a CF e o CTN expressamente citam
os impostos impedindo a coincidência de bases de cálculo com a das taxas.

Taxas são tributos vinculados, ou seja, sua cobrança vincula-se a uma atividade estatal, e o conhecimento
dessa ideia vai permitir entender uma série de outros aspectos desse tributo que serão vistos na nossa
aula.

O contrário acontece, por exemplo, com os impostos, que são tributos cuja cobrança independe de
qualquer atuação estatal e sim de situações ligadas ao contribuinte.

Exemplo: como a Constituição Federal já nos ensinou, um Município vai cobrar taxa pela utilização de
determinado serviço público. Agora compare com um imposto, que vai ser cobrado porque o contribuinte
auferiu renda, ou adquiriu uma propriedade etc.
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Vejamos:

Taxas
• Fato gerador é uma atividade estatal relativa ao contribuinte.
• A arrecadação busca remunerar o custo da atividade exercida.
• O montante cobrado deve guardar relação de razoável
equivalência com o custo da atividade.
Impostos
• Fato gerador não relacionado a nenhuma atividade estatal.
• Arrecadação não pode ser vinculada a fundo, despesa ou órgão
específico.
• Base de cálculo representa aspecto demonstrativo de riqueza do
contribuinte.

Jurisprudência e grande parte da doutrina convergem ao negar às taxas, em razão do seu fato gerador e
do seu cunho sinalagmático, a possibilidade de serem utilizadas com funções extrafiscais.

Você recorda o que significa função extrafiscal de um tributo?

É a função que possibilita ao ente instituidor utilizar-se daquele tributo com finalidades não
necessariamente restritas à finalidade arrecadatória, possibilitando que o tributo seja um meio indutor
ou desestimulador de condutas. Quando a União aumenta a alíquota do IPI sobre cigarros, por exemplo,
ela está prestigiando a sua função extrafiscal.

Sempre foi entendido que taxas não poderiam ser utilizadas com esse objetivo, entretanto, STF
recentemente se debruçou sobre 3 Ações Diretas de Constitucionalidade questionando a viabilidade da
cobrança de taxas de fiscalização e controle sobre extração de minérios, e, entendendo constitucional o
tributo, asseverou ser possível sua utilização com caráter extrafiscal.

O Ministro Edson Fachin, relator da ADI 4785, contra a Lei Estadual 19.976/2011 de Minas Gerais que
criou uma Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração
e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM) destacou em seu voto que considerando o caráter
poluente das atividades a serem fiscalizadas deve ser reconhecida natureza extrafiscal a essa taxa, por
desestimular atividades degradantes do meio ambiente e permitir ao estado o planejamento para evitar
desastres ambientais de grandes proporções.

O Ministro considerou o potencial dano causado ao meio ambiente e ainda afirmou que “a memória
recente dos casos de Mariana e Brumadinho desaconselha responder as tragédias apenas quando elas
ocorrem (…) Mariana e Brumadinho indicam ser urgentes ações de prevenção”.

O Ministro Luís Fux foi o relator da ADI nº 4787, contra a Lei Estadual nº 1613/2011 do Amapá que criou
Taxa De Controle, Acompanhamento E Fiscalização Das Atividades De Pesquisa, Lavra, Exploração E
Aproveitamento De Recursos Minerários (TFRM), apontou em seu voto vencedor entendimento
semelhante. Trago a ementa do julgado e alguns pontos pertinentes ao tema:
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EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE CONTROLE, ACOMPANHAMENTO E


FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE PESQUISA, LAVRA, EXPLORAÇÃO E
APROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERÁRIOS - TFRM. LEI Nº 1.613/2011. ESTADO DO
AMAPÁ. MODIFICAÇÃO LEGISLATIVA QUE NÃO ALTERA A SUBSTÂNCIA DA NORMA.
MANUTENÇÃO DO OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TAXA
INSTITUÍDA EM RAZÃO DO PODER DE POLÍCIA FISCALIZATÓRIO. INTELIGÊNCIA DO ART.
23, XI, DA CRFB/88. É POSSÍVEL AOS ESTADOS EXERCER A ATIVIDADE DE PODER DE
POLÍCIA EM MATÉRIA DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE PESQUISA E EXPLORAÇÃO
DE RECURSOS MINERAIS. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA
IMPROCEDENTE

11. Hodiernamente, doutrina e jurisprudência albergam sob a denominação de


“extrafiscalidade” as exigências financeiras que induzem ou desincentivam
comportamentos dos cidadãos, antes reconhecidas como uma tradução econômica do
poder de polícia 12. O tributo dotado de extrafiscalidade pode exorbitar algumas
restrições constitucionais ao poder de tributar, desde que justificada a política
administrativa adotada, v. g., o que se passa com os impostos do comércio exterior, em
que a calibragem das alíquotas ultrapassa, por vezes, parâmetros usuais de mercado
unicamente para a preservação da balança comercial do país. 13. A ideia de wealth
maximization, formulada à luz de uma Análise Econômica do Direito, determina que a
riqueza (wealth) a ser maximizada é a totalidade da satisfação das preferências
moralmente relevantes e financeiramente sustentadas. A premissa, a princípio
utilitarista, é aprimorada pelas limitações financeiras e os meios a serem empregados
encontram-se protegidos pelo sistema de direitos. 14. A função da base de cálculo é
quantificar o montante do tributo a ser recolhido aos cofres públicos, portanto é
essencial que ela mantenha uma relação de congruência com a hipótese de incidência
tributária mas também com elementos outros que contribuam para a máxima
efetivação dos efeitos pretendidos com a tributação. À luz de uma teoria dos jogos, a
referência é ao chamado “jeu de domination avec paiement de tribut” em que o plano
ótimo encontra concessões mútuas a partir de um dado pagamento, denominado
prêmio (prime). 15. O modelo teórico configura-se, na prática, no momento em que há
o interesse do particular de exercer determinada atividade lucrativa, ainda que para isso
seja necessário o dispêndio de um valor financeiro. Sob a ótica do outro jogador, o
Estado, o montante exigido deve ser bastante e suficiente para fazer face aos dispêndios
com a fiscalização, mas também contribuir para a ausência ou mitigação de danos à
coletividade. 16. A base de cálculo das taxas de polícia não é objetivamente apurável,
mas estimada com base em critérios razoáveis de mensuração do custo da atividade
estatal, que deverá ser rateado entre os sujeitos passivos que exploram o segmento
fiscalizado. Para fins orçamentários há que se ter um planejamento mínimo em relação
às despesas estatais, no que o mesmo planejamento é exigido para fins de fixação da
base de cálculo de uma taxa que visa custear a atividade de polícia administrativa do
Estado. Isso não quer dizer que a base de cálculo das taxas nunca poderá conter
elementos relacionados aos contribuintes. 17. Os princípios da isonomia e da
capacidade contributiva, como corolários da justiça fiscal, não são obliterados quando
em voga tributos contraprestacionais, tal qual as taxas. Nos autos do RE 177835, Rel.
Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, julgado em 22/04/1999, DJ 25/05/2001, o Supremo
Tribunal Federal entendeu não só legítima, mas desejável, a incidência da taxa de
fiscalização das atividades das empresas de valores mobiliários baseada no patrimônio
líquido das sociedades. O julgamento deu origem à Sumula 665, verbis: “É constitucional
a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei
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7.940/89” (...) 22. À luz de uma teoria dos jogos, caso adotada a premissa do teto limite
de recolhimento, é possível que o particular, assumindo uma posição agressiva,
incremente sua capacidade produtiva, ultrapassando o teto que venha a ser fixado na
legislação para recolhimento da taxa, momento em que o modelo tenderá a produzir a
maximização de benefícios ao particular, em detrimento do outro jogador, no caso o
Estado, e mesmo da própria coletividade, que conviverá com uma exploração da
atividade mineral em escala exponencial. 23. A manutenção do sistema sem a fixação
do teto tende a compor um equilíbrio ótimo para ambas as partes, na medida em que
as empresas exploradoras da atividade são compelidas a limitar sua atividade produtiva
em vista do quantum debeatur da taxa. A exploração para além da capacidade de
pagamento ensejaria uma atividade não lucrativa, e, portanto, não desejável. 24. O
potencial lesivo ao ambiente que a atividade minerária encerra, torna necessário que o
Estado tenha recursos para assegurar a saúde e o bem estar das populações
diretamente envolvidas no exercício da atividade de exploração mineral. Tragédias
recentes como as dos municípios mineiros de Mariana/MG e Brumadinho/MG
demonstram o quanto o poder de polícia administrativa nestas situações deve ser
rigoroso e bem estruturado. 24. A ideia de se utilizar a tributação como forma de
incentivo ou desincentivo à exploração de atividades nocivas ao meio ambiente é
política de quase todos países do mundo, sugerida, inclusive, pela OCDE (Taxation,
Inovation and the Environment, OECD, 2010). 25. As políticas ambientais que criam
instrumentos que impõem um sobrepreço ao uso dos recursos naturais, à semelhança
do que determina o princípio do “poluidor/pagador”, é legitimada sob a ótica de uma
Análise Econômica do Direito, em linha com as chamadas “taxas pigouvianas”. 26. Em
nosso ordenamento, a definição de extrafiscalidade alberga grande parte do modelo
econômico exposto por economistas desde o início do século XX. A maximização de
resultados entre o exercício regular do poder de polícia, materializado na fiscalização
ambiental, e a exigência de tributação sobre a atividade econômica perpassa pela
aferição da eficácia da política operada pelo Poder Público.

Ressalto que essa autorização para utilização de uma taxa com função extrafiscal ainda não foi cobrada
em prova, advém de um entendimento bem recente e sua aparição em um concurso vai depender de uma
contextualização amarrando a questão ao caso concreto que acabamos de ver.

Em regra, portanto, não há que se falar em manipulação de suas alíquotas por parte do poder público
buscando incentivar ou desincentivar condutas dos contribuintes. Ou seja, em regra, taxas não podem ser
usadas com função extrafiscal!

Vejamos uma questão sobre esses aspectos iniciais das taxas:

CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Advogado/2004

A taxa é espécie tributária que se distingue do imposto pela:


a) ausência de compulsoriedade da prestação.
b) sujeição à regra da anterioridade nonagesimal.
c) referibilidade a uma atuação estatal específica.
d) competência exclusiva da União para sua instituição.
e) natureza de contraprestação contratual decorrente da utilização de serviços públicos.
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RESOLUÇÃO:
A – Como tributos, tanto a taxa quanto o imposto gozam do atributo da compulsoriedade.
Compulsoriedade é característica inerente a qualquer tributo, e confere obrigatoriedade ao seu
pagamento.
B – A taxa também se sujeita à anterioridade nonagesimal.
C – Referibilidade é outra maneira de conceituar o aspecto contraprestacional das taxas. A materialidade
do fato gerador, segundo Geraldo Ataliba, é sempre e necessariamente um fato produzido pelo Estado,
na esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade ao administrado.
D – A competência para instituição da taxa é a competência para prestar o serviço relacionado ou o poder
de polícia.
E – A natureza de contraprestação contratual é observada na cobrança de tarifa, instituto que ainda vamos
estudar nessa aula.

Gabarito C

Não confundir, entretanto, um tributo vinculado (no qual existe uma contraprestação estatal específica)
com um tributo de arrecadação vinculada, no qual a lei determina uma destinação específica para os
valores arrecadados.

A taxa, em regra, é tributo vinculado, mas de arrecadação não vinculada! Entretanto, não existe vedação
quanto a eventual vinculação da receita das taxas, tendo o STF apenas vedado que essa destinação seja
instituição privada.

FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro/2015 - Adaptada


Considerando a natureza jurídica específica dos tributos, analise a seguinte assertiva:
As taxas necessariamente têm receita vinculada.
( ) Certo
( ) Errado

RESOLUÇÃO:
Errada! Salvo quando expressamente previstas, as taxas não constituem hipótese de receita vinculada.
Bom exemplo de taxa com receita vinculada é o das taxas judiciárias, cujas receitas serão destinadas ao
custeio de serviços afetos às atividades da Justiça.
Gabarito: Errado

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Competência para instituição

A competência para instituir taxas é reservada a todos os entes, devendo ser respeitada apenas a
competência destes para realizar o poder de polícia ou prestar o serviço público respectivos.

A restrição, por exemplo, será em relação a um Estado instituir taxa sobre a prestação de um serviço
constitucionalmente atribuído a um Município.

A competência é, portanto, comum.

Vejamos o CTN a respeito:

Art. 8º. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no


âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas
que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do
Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma
dessas pessoas de direito público

É bem simples: se o ente dispõe de competência para a atividade que justifica a cobrança da taxa, ele vai
poder instituir e cobrar essa taxa, guardados os outros requisitos.

Vejamos como a CESPE abordou o tema:

CESPE - Advogado da União/2015


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A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas, julgue o item seguinte.

Dada a competência privativa da União para exercer controle e fiscalização ambiental, é exclusiva da
União a competência para instituir taxa de fiscalização e controle do meio ambiente cujo fundamento seja
o exercício regular do poder de polícia.
Certo
Errado

RESOLUÇÃO:
A questão reforça o entendimento que a aferição da competência para instituição da taxa depende da
atribuição constitucional da competência para exercer o poder de polícia ou prestar o serviço público.
A questão está errada, pois a competência para exercer o controle e fiscalização ambiental é comum:
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”
Dessa forma, ao Município também estaria reservado o direito de controlar e fiscalizar o meio ambiente,
instituindo, para tanto, taxa.
Então a União pode fiscalizar e cobrar taxa e o Município pode fiscalizar e cobrar taxa.
Gabarito: Errado

Diante do exposto e considerando que aos Estados foi atribuída pela CF a competência residual para
prestação de serviços como podemos ver:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.

§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição

Alguns afirmam haver competência residual para instituição de taxas por parte dos Estados, justamente
porque eles podem exercer outras competências que não estejam expressamente previstas no texto
constitucional, bastando que também não estejam vedadas.

Como ensina o doutrinador Sacha Calmon Navarro Coelho, no caso das taxas, a competência
administrativa precede a tributária, e ambas sujeitam-se ao princípio da legalidade.

NOSSO RUMO - Agente Fiscal Tributário (Pref Suzano)/2022

A taxa é uma espécie do gênero tributo sobre a qual é correto afirmar que
A a autorização de sua instituição ocorre a partir de qualquer serviço público, ainda que seja inespecífico
e indivisível.
B seu ente tributante não pode ter competência administrativa, de forma que não tenha poder de polícia
ou preste serviços
Prefeitura de públicos.
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C para que seja legitimada, basta haver serviço público, sem depender de outras condições.
D difere dos demais tributos por não ter o caráter da divisibilidade.
E para que seja válida, decorre da edição de duas leis: lei de natureza administrativa e lei de índole
tributária.
RESOLUÇÃO:
O serviço público que legitima a cobrança de taxa é específico e divisível.
O ente instituidor da taxa deve dispor de competência constitucional para exercer o poder de polícia ou
prestar o serviço público.
E o exercício do poder de polícia bem como a prestação do serviço público devem estar previstos em lei,
considerando que a atividade estatal se submete ao princípio da legalidade segundo o qual a
Administração Pública somente pode fazer o que estiver autorizado por lei.

Gabarito E

A instituição de taxas demanda lei ordinária que obedece aos princípios da


anterioridade anual e da noventena!

Vejamos um exemplo de taxa julgada inconstitucional pelo Supremo justamente por buscar remunerar a
prestação de um serviço não previsto na competência do ente tributante:

EMENTA Recurso extraordinário. Repercussão geral. Taxa municipal. Torres e antenas


de transmissão e recepção de dados e voz. Fiscalização do funcionamento das estações.
Impossibilidade. Fiscalização do uso e da ocupação do solo por tais torres e antenas.
Possibilidade. Necessidade de observância das competências da União, como aquelas
para legislar privativamente sobre telecomunicações, fiscalizar os serviços de
telecomunicações e editar normas gerais sobre direito urbanístico. Proporcionalidade
com o custo da atividade municipal subjacente.

1. As competências da União para legislar sobre telecomunicações, editar normas gerais


sobre direito urbanístico e fiscalizar os serviços de telecomunicações não se confundem
com as competências dos municípios para editar leis sobre assuntos de interesse local,
inclusive sobre uso e ocupação do solo, e fiscalizar, consideradas as torres e as antenas
de transmissão e recepção de dados e voz instaladas em seus territórios, a observância
de suas leis sobre uso e ocupação do solo. As competências de ambos os entes
federados podem conviver harmonicamente.

2. Compete à União a taxa decorrente do funcionamento de torres e antenas de


transmissão e recepção de dados e voz (nesse sentido: Lei nº 5.070/66).

3. Respeitadas as competências da União e, nesse contexto, as leis por ela editadas,


especialmente a Lei Geral de Telecomunicações, a Lei Geral de Antenas, a Lei do Fundo
de Fiscalização das Telecomunicações e as leis sobre normas gerais de direito
urbanístico, podem os municípios instituir taxa para fiscalização do uso e ocupação do
solo por torres e antenas de transmissão e recepção de dados e voz, observada a
proporcionalidade com o custo da atividade municipal subjacente.
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4. Declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 2.344, de 6 de dezembro de 2006, do


Município de Estrela d’Oeste, com modulação dos efeitos, estabelecendo-se que a
decisão produza efeitos a partir da data da publicação da ata de julgamento do mérito.
Ficam ressalvadas as ações ajuizadas até a mesma data.

5. Fixação da seguinte tese para o Tema nº 919 de Repercussão Geral: “A instituição de


taxa de fiscalização do funcionamento de torres e antenas de transmissão e recepção
de dados e voz é de competência privativa da União, nos termos do art. 22, IV, da
Constituição Federal, não competindo aos municípios instituir referida taxa”. 6. Recurso
extraordinário provido.

Nesse julgado, o Município de Estrela d’Oeste instituiu uma taxa de fiscalização do funcionamento de
torres e antenas de transmissão e recepção de dados e voz, cobrada pelo respectivo exercício do poder
de polícia. Só que legislar sobre telecomunicações e radiofusão é matéria privativa da União, e não dos
Municípios, que só poderiam fiscalizar o uso e a ocupação do solo pelas torres e antenas, uma vez que
eles podem legislar concorrentemente sobre direito urbanístico.

Então já entendemos que se determinado ente não dispõe de competência para atuar em determinado
assunto, ele não vai poder cobrar taxa por essa atuação. Mas e se 2 entes dispuserem de competência
autorizando determinada atuação? Tomemos como exemplo a proteção ao meio ambiente.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

(...)

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

O próximo julgado que analisaremos responde especificamente essa dúvida

Ementa: CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E AMBIENTAL. LEI 7.182/2015 DO ESTADO DO


RIO DE JANEIRO. TAXA DE CONTROLE, MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
(TFPG) EXIGIDA SOBRE ATIVIDADES DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS. LEI
COMPLEMENTAR 140/2011. NATUREZA SUPLEMENTAR, SUPLETIVA OU EMERGENCIAL
DA FISCALIZAÇÃO NÃO EXCLUI PODER DE TAXAR DOS ESTADOS-MEMBROS. VALOR DA
TAXA. DESPROPORCIONALIDADE. PROCEDÊNCIA. (...).

2. Os artigos 23, VI e VII, e 24, VI, da Constituição Federal estabelecem um compromisso


federativo de fiscalização ambiental das atividades potencialmente poluidoras,
atribuindo aos Estados-Membros autoridade para promover medidas de fiscalização em
atividades da indústria petrolífera, mesmo quando realizadas em perímetros sujeitos ao
licenciamento por órgãos ambientais da União, como as localizadas em faixas de mar
contíguas ao território nacional, o que é confirmado pelos arts. 15 e 17 da Lei
Complementar 140/2011, bem como pelo art. 27, III, da Lei 9.966/2000.

3. O caráter subsidiário, supletivo ou emergencial das medidas de fiscalização pelos


órgãos ambientais estaduais nas atividades da indústria petrolífera realizadas em águas
marinhas não impede a instituição de taxas pelo exercício do poder de polícia, nem induz
bitributação, sendo possível a sua compensação com taxas cobradas no âmbito federal
(art. 17-P da Lei 6.938/1981).
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4. A base de cálculo indicada pelo art. 4º da Lei 7.182/2015 – barril de petróleo extraído
ou unidade equivalente de gás a ser recolhida – não guarda congruência com os custos
das atividades de fiscalização exercidas pelo órgão ambiental estadual, o Instituto
Estadual do Ambiente (INEA/RJ). Desproporcionalidade reconhecida. Nesse sentido: ADI
6211-MC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 4/12/2019, acórdão
pendente de publicação; e ADI 5374-MC, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, decisão
monocrática, DJe de 17/12/2018. 5. Ação direta julgada procedente.

O Estado do RJ criou Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização Ambiental sobre as atividades


relacionadas a petróleo e gas, que também são fiscalizadas e tributadas pela União Federal. Ambos
exercem poder de polícia ambiental e, segundo o STF, podem cobrar taxas para remunerar essa atividade.

Não estamos diante de bitributação! Aqui a União faz uma fiscalização e cobra, o Estado faz outra
fiscalização e cobra, constituindo 2 fatos geradores distintos, só que da mesma espécie. A CF determina
que proteger o meio ambiente é competência comum, então os entes podem exigir esse licenciamento.

Espécies de taxas

Conforme dispositivo constitucional que vimos no início da aula, há 2 tipos de atuação estatal aptos a
gerar a cobrança de taxas: o serviço público específico e divisível e o exercício regular do poder de polícia.

Serviço público específico e divisível:

Faz-se necessário um agir do estado em favor dos contribuintes qualificado pela especificidade e
divisibilidade. Não se aceita, por exemplo, como fato gerador de taxa, um serviço oferecido ao público,
mas que seja do interesse da administração.

Nesse sentido, assim se manifestou o STF ao analisar a constitucionalidade da taxa cobrada para emissão
de guia de pagamento de tributos. Vejamos:

TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. TAXA DE


EXPEDIENTE. FATO GERADOR. EMISSÃO DE GUIA PARA PAGAMENTO DE TRIBUTO.
AUSÊNCIA DOS CRITÉRIOS EXIGIDOS PELO ART. 145, II, CF/88.
INCONSTITUCIONALIDADE.

1. A emissão de guia de recolhimento de tributos é de interesse exclusivo da


Administração, sendo mero instrumento de arrecadação, não envolvendo a prestação
de um serviço público ao contribuinte.

Outra distinção que deve ser feita para buscarmos o conceito de serviço público ensejador da cobrança
de taxa gira em torno da especificidade e da indivisibilidade.

A leitura do CTN em seu art. 79 nos auxilia nessa compreensão:

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de


utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
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Os serviços específicos são prestados “uti singuli”, referindo-se a uma pessoa ou a um grupo determinado
(ou determinável) de pessoas, gozando, portanto, de divisibilidade, ou seja, da possibilidade de ser
avaliada a utilização de maneira individualizada.

A bem da verdade, dificilmente conseguiremos pensar em um serviço que seja específico e não seja
divisível, mas para a realização de provas devemos lembrar que os requisitos legais são cumulativos, ou
seja, o serviço prestado tem que ser divisível e tem que ser específico.

Questões de prova trocando esse “divisível” por “indivisível” constituem um clássico exemplo de maldade
do examinador buscando confundir quem não deu a devida atenção à leitura do enunciado.

Noutro giro, os serviços genéricos, prestados a todos sem distinção, chamados pela doutrina de “uti
universi” serão custeados pelo poder público por meio de suas receitas normais. A lógica permite concluir
que quando não dá para individualizar o beneficiário do serviço e nem o quanto cada um individualmente
pode aproveitar da utilidade prestada pelo ente tributante, esse serviço não pode ser remunerado por
meio de taxa.

Mas muito melhor que confiar na lógica é conhecer os principais julgados do Supremo Tribunal Federal
sobre o tema, pois frequentemente os entes instituem taxas

Exemplo de taxa declarada inconstitucional por ausência de especificidade e divisibilidade foi a Taxa de
Segurança Pública. Segue didático julgado a respeito:

EMENTAS: 1. TRIBUTO. Taxa de Segurança Pública. É inconstitucional a taxa que tenha


por fato gerador a prestação de serviço de segurança pública, ainda que requisitada por
particular. Serviço Público indivisível e não específico. Agravo regimental improvido.
Precedentes. Dado seu caráter uti universi, o serviço de segurança pública não é passível
de ser remunerado mediante taxa, atividade que só pode ser sustentada pelos impostos.

Pelo mesmo motivo foi decidido pela inconstitucionalidade de Taxa de limpeza pública de vias e
logradouros públicos:
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Agravo regimental no recurso extraordinário. Município de Salvador. Taxa de limpeza


pública. Taxa vinculada a serviço de caráter indivisível e universal. Improcedência.
Precedentes.

1. Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido da inconstitucionalidade da referida


taxa, quando vinculada a serviços em benefício da população em geral, como limpeza
de vias e logradouros públicos.

2. O Tribunal a quo decidiu pela inconstitucionalidade da taxa exigida pelo município,


uma vez que está vinculada à limpeza de logradouros públicos, em benefício da
população geral.

3. Agravo regimental não provido (RE 583.463 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
07.02.2012, DJe-050, divulg. 08.03.2012, public. 09.03.2012)

Em sentido contrário, decidiu o Supremo pela constitucionalidade da taxa cobrada em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos proveniente de imóveis, uma
vez que, diferentemente de uma taxa referente à limpeza pública, no caso em comento há meios de se
especificar o serviço e de identificar os beneficiários de maneira individualizada.

Outra taxa que padece de divisibilidade é a Taxa de pavimentação, instituída para manutenção de vias
públicas. Nitidamente não há como precisar cada um de seus beneficiários, logo, ela também foi declarada
inconstitucional.

Vejamos agora um aspecto bem frequente em concursos sobre taxas: a sua diferenciação das tarifas.

Taxa X Tarifa:

O Estado precisa de dinheiro para custear todas as suas atividades, certo? Aqui estudando Legislação
Tributária estamos mais ligados no estado obtendo receita por meio da cobrança de tributos, que são
chamadas de receitas derivadas, uma vez que derivam do patrimônio de outras pessoas.

Ocorre que para obtenção dos recursos necessários, o Estado pode se utilizar de meios semelhantes aos
dos particulares, em vez de fazer uso do poder tributário, adquirindo as chamadas receitas originárias.

Ele pode vender bens, ceder seu uso, vender produtos ou mediante remuneração, prestar serviços. Para
isso, cobra preço público, que é uma receita originária auferida dentro de uma relação contratual entre o
estado e o particular. Na obtenção de receitas originárias, o processo de gestão e o regime jurídico a que
o Estado recorre deverão ser análogos aos do direito privado, ao contrário do que ocorre quando o Estado
aufere receitas por meio da tributação.

Entre as espécies de preço público existentes, uma nos interessa para o estudo das taxas que é o preço
público cobrado quando o estado presta ao particular um serviço, dada a possível confusão existente
entre os serviços que podem gerar a cobrança de taxa, e os serviços que geram a cobrança de preço
público, também chamado de tarifa.

Ainda que se tenha compreendido o conceito de serviço público específico e divisível, deve-se ainda
atentar para outro detalhe pertinente ao tipo de serviço apto a ensejar a exação em estudo, ou seja, a
maneira como o serviço é prestado.
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O serviço pode ser prestado com especificidade e divisibilidade, mas para que seja cobrado taxa é
necessário também o requisito da compulsoriedade inerente a todos os tributos. Veja esse quadrinho
diferenciando o tipo de serviço que justifica a cobrança de taxa do tipo de serviço que justifica a cobrança
de preço público.

Essa diferenciação ficou clara?

Ninguém é obrigado tornar-se usuário dos serviços de telefone, energia elétrica, correios e transportes
urbanos mantidos pelo Estado. Estando tais serviços postos à disposição da sociedade, quem estiver
interessado assume a condição de usuário, pagando o chamado preço público.

Agora imagine que a ordem legal seja alterada e o usuário seja obrigado a adquirir energia elétrica apenas
e tão somente do estado compulsoriamente. Aí nesse caso o valor pago por esse serviço vai ostentar
natureza jurídica de taxa, e não mais de preço público.

Veja essa questão sobre o assunto:

CESPE - Juiz Estadual (TJ BA)/2019


O fornecimento de água
a) é um serviço de utilidade pública, uti universi e delegável.
b) pode ter a respectiva taxa alterada pelo concessionário, que poderá considerar aspectos
mercadológicos para estabelecer o novo patamar a ser cobrado.
c) é um serviço de utilidade pública que não pode ser prestado por pessoa jurídica de direito privado que
não integre a administração pública.
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d) não poderá gerar cobrança vinculada de tarifa mínima, sendo imperiosa a correspondência com o
efetivo consumo.
e) poderá gerar cobrança distinta de acordo com as categorias de usuários e faixas de consumo.

RESOLUÇÃO:
A – Serviços prestados “uti universi” são aqueles prestados a destinatários genéricos, sem possibilidade
de identificação ou individualização.
Como exemplo podemos citar o serviço de iluminação pública. Há como mensurar o quanto cada um
aproveitou dele? Não.
O contrário ocorre com o serviço de fornecimento de água, passível de medição e individualização do
beneficiário.
Logo, alternativa errada.
B – O referido serviço não vai ser remunerado por taxas!
C – Não há óbice constitucional quanto à delegação por parte do estado desses serviços à iniciativa
privada.
D – Assertiva errada!
Na verdade, não há ilegitimidade na cobrança de uma tarifa mínima apenas pela disponibilização do
serviço.
Caso o usuário não deseje mais receber o serviço ele pode solicitar seu cancelamento e a desinstalação
do serviço..
Nesse sentido o STJ editou a súmula 356, segundo a qual é legítima a cobrança da tarifa básica pelo uso
dos serviços de telefonia fixa
E – Correta!
Oriunda da jurisprudência do STJ:
Sum 407: É legítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo com as categorias de usuários e as
faixas de consumo.

Gabarito E

O preço público é uma contrapartida facultativa, que por não ostentar natureza tributária também não
sofre as limitações constitucionais ao poder de tributar.

Vou tentar explicar por meio de mais um exemplo: se o Estado resolve monopolizar a indústria
cafeicultora, o valor que cada um pagar pelo café que decidir adquirir será preço público. Só pagaria pelo
café quem resolvesse comprar café, ok?

No dia em que editassem uma lei determinando que todos pagassem pelo café disponibilizado a todos, aí
sim poderíamos pensar em cobrar uma taxa por isso.

Voltando às taxas devidas por prestação de serviço, merece detida atenção do candidato o fato de que
elas podem ser cobradas tanto pela fruição efetiva do serviço pelo contribuinte quanto pela simples
colocação do mesmo à sua disposição.
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Deve-se frisar, entretanto, que a taxa só poderá ser cobrada pela utilização potencial de um serviço caso
o serviço esteja DE FATO sendo colocado à disposição do contribuinte.

O STJ analisou caso em que a Cia de esgoto cobrou taxa de serviço não estando o contribuinte atendido
pelo seu sistema de tratamento. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. PRELIMINAR. ART. 535 DO CPC. OMISSÃO


AFASTADA. PREJUDICIAL DE MÉRITO. PRESCRIÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE.
SÚMULA 284/STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. TARIFA DE
ESGOTO. MÉRITO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. LEI LOCAL. SÚMULA 280/STF.

1. Ofensa ao art. 535 do CPC. A Corte local, com base na perícia produzida nos autos, foi
expressa em negar qualquer participação da CEDAE no tratamento do esgoto produzido
no condomínio autor.

(...)

4. Art. 77 do CTN. Se o acórdão recorrido firmou a premissa de que a CEDAE não dispõe
de sistema de tratamento de esgoto que atenda ao imóvel da autora, torna-se indevida
qualquer contraprestação, em virtude, inclusive, de suposta utilização potencial do
serviço.

Nesse caso ficou claro que o serviço não estava sequer sendo disponibilizado, o que inviabilizou a
cobrança da respectiva taxa.

Para fins de cobrança de taxa, vai ser considerado utilizado pelo contribuinte quando ele efetivamente
usufruir do serviço ou quando, se o serviço for de utilização compulsória, ele for colocado à sua disposição.

Não é todo serviço colocado à disposição do contribuinte que vai lhe gerar a obrigação de pagar taxas.
Quer um exemplo?

A taxa do lixo refere-se a um serviço de utilização compulsória e, dessa forma, ainda que determinado
contribuinte resolva não produzir lixo algum, ou dar ele mesmo destinação aos seus resíduos, a simples
disponibilização desse serviço vai gerar obrigação de pagar a taxa.

Já a taxa judiciária não tem relação com um serviço de utilização compulsória, pois só paga quem
apresenta uma demanda ao Poder Judiciário, que disponibiliza seus serviços para qualquer um. Ainda que
esse serviço esteja potencialmente disponível, como trata-se de um serviço de utilização facultativa
(ninguém é obrigado a utilizar o serviço prestado pelo Poder Judiciário), só vai pagar as custas aqueles
que efetivamente usufruírem dele.

Exercício regular do poder de polícia:

Primeiramente vale esclarecer que o poder de polícia ora referido não tem qualquer relação com a
atividade de polícia judiciária, combate à criminalidade ou manutenção de ordem pública. O conceito que
utilizaremos agora de poder de polícia é o trazido pelo CTN:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
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disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de


concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Relaciona-se, portanto, com a necessidade de limitar liberdades individuais, sobretudo aquelas cujo
exercício pode vir a causar prejuízos caso não seja fiscalizada ou regulada, em prol da coletividade.
Outrossim, está intimamente ligada ao princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse
privado.

Em regra, o poder público aqui verifica o cumprimento de requisitos legais para o gozo de direitos e cobra
uma taxa pelo exercício desse poder de polícia.

Esse poder de polícia deve obedecer aos requisitos trazidos no parágrafo único do art. 78:

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado


pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Ao contrário do que ocorre com as taxas oriundas de prestação de serviços, as taxas de polícia não podem
ser cobradas em virtude de potencial exercício de poder de polícia, não servindo, por exemplo, a tão só
existência do órgão fiscalizador para se presumir a fiscalização.

Vejamos:

O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia


daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a
prestação potencial do serviço público. A regularidade do exercício do poder de polícia
é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. À luz da
jurisprudência deste STF, a existência do órgão administrativo não é condição para o
reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e
fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício
do poder de polícia, exigido constitucionalmente. (...) É constitucional taxa de renovação
de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de
polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o
respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto
Velho/RO (...).
[RE 588.322, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-6-2010, P, DJE de 3-9-2010, Tema 217.]

E isso é assunto frequente nos concursos:

CESPE - Especialista em Regulação de Serviços de Transporte Aquaviário/Engenharia Naval/2005

Considerando o conceito de taxa, julgue o item que se segue.

O exercício de poder de polícia apto a legitimar a cobrança de taxa de polícia deve ser efetivo, não
podendo ser a sua instituição baseada no potencial exercício deste poder.
( ) Certo
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( ) Errado

RESOLUÇÃO:
Correto! Ao contrário do que acontece com as taxas relacionadas à prestação de serviço público específico
e divisível, no caso de poder de polícia não está autorizada a cobrança quando o poder de polícia por
apenas potencialmente exercido.
Gabarito: Certo

Entretanto, sinalizando uma evolução de seu entendimento, o Supremo julgou constitucional taxa de
polícia sem que o órgão fiscalizador tenha efetuado poder presencial de polícia com visita ao
estabelecimento, mas que tenha utilizado meios indiretos de fiscalização, como equipamentos
tecnológicos.

Vejamos:

Constitucional. Tributário. Taxa de localização e funcionamento. Hipótese de incidência.


Efetivo exercício de poder de polícia. Ausência eventual de fiscalização presencial.
Irrelevância. Processual civil. Agravo regimental.

1. A incidência de taxa pelo exercício de poder de polícia pressupõe ao menos (1)


competência para fiscalizar a atividade e (2) a existência de órgão ou aparato aptos a
exercer a fiscalização.

2. O exercício do poder de polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer


a partir de local remoto, com o auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à
administração examinar a conduta do agente fiscalizado (cf., por semelhança, o RE
416.601, rel. min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de 30.09.2005). Matéria debatida no RE
588.332-RG (rel. min. Gilmar Mendes, Pleno, julgado em 16.06.2010. Cf. Informativo STF
591/STF).

3. Dizer que a incidência do tributo prescinde de “fiscalização porta a porta” (in loco)
não implica reconhecer que o Estado pode permanecer inerte no seu dever de adequar
a atividade pública e a privada às balizas estabelecidas pelo sistema jurídico. Pelo
contrário, apenas reforça sua responsabilidade e a de seus agentes.

4. Peculiaridades do caso. Necessidade de abertura de instrução probatória. Súmula


279/STF. Agravo regimental ao qual se nega provimento (RE 361.009 AgR, 2ª Turma, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, j. 31.08.2010, DJe-217, divulg. 11.11.2010, public. 12.11.2010,
Ement. vol-02430-01, p. 87).

A cobrança da taxa reclama a competência para fiscalizar a atividade, a existência de um órgão ou aparato
apto ao exercício dessa fiscalização, mas dispensa a chamada “fiscalização porta a porta”.

E como isso aparece em concurso?

CESPE - Delegado de Polícia (PC GO)/2017

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O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de postos de gasolina com
objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais locais, estabelecendo
um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa
anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.


a) A instituição do departamento de fiscalização de postos de gasolina como órgão competente com
funcionamento regular é suficiente para caracterizar o exercício efetivo do poder de polícia.
b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específico para o desempenho
das atividades de fiscalização de postos de gasolina, por se tratar de competências inerentes às
autoridades de segurança pública.
c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter correspondência com o valor
venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a cobrança de valor fixo por estabelecimento.
d) A taxa em questão é inconstitucional, já que a segurança pública é um dever do Estado, constituindo
um serviço indivisível, a ser mantido apenas por impostos, o que torna incabível a cobrança de taxa.
e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento de fiscalização de postos
de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, certificando-se do cumprimento das normas de
segurança e vigilância de tais locais, de acordo com a legislação.

RESOLUÇÃO:
A – A assertiva sinaliza que o órgão competente está em funcionamento regular. O cotejo dessa
informação com o conhecimento da jurisprudência autorizando a cobrança da taxa de polícia mesmo sem
que haja fiscalização presencial nos permite concluir pelo acerto da assertiva.
“EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE
LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTO. CONSTITUCIONALIDADE. BASE DE CÁLCULO.
PROPORCIONALIDADE COM O CUSTO DA ATIVIDADE ESTATAL DE FISCALIZAÇÃO. PRECEDENTES.
1. Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de funcionamento é
constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera
existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de
fiscalização.
2. A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na área de fiscalização é
constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização. Quando a
Constituição se refere às taxas, o faz no sentido de que o tributo não incida sobre a prestação, mas em
razão da prestação de serviço pelo Estado. A área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta
a refletir o custo aproximado da atividade estatal de fiscalização.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 856185 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO,
Primeira Turma, julgado em 04/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-190 DIVULG 23-09-2015 PUBLIC 24-
09-2015)

B – A taxa por exercício regular de poder de polícia não tem relação com segurança pública, sendo,
inclusive, proibido financiamento da segurança pública por via de taxas
C – Não existe vedação quanto à cobrança de valor fixo por estabelecimento.
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D – Essa taxa não se refere à segurança pública, e sim à fiscalização, exercício regular de poder de polícia.
Está correta a parte que diz que a segurança pública será financiada por impostos.
E – É exatamente o contrário do que nos ensinou a jurisprudência colacionada na resolução da assertiva
A
Gabarito A

EXEMPLOS DE TAXAS DE POLÍCIA AUTORIZADAS PELO JUDICIÁRIO:

• Taxa de Alvará (ou de funcionamento): Relacionada com a fiscalização do setor de construção civil
• Taxa de fiscalização de anúncios
• Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM
• Taxa de controle e fiscalização ambiental
• Taxa de fiscalização dos serviços de cartórios extrajudiciais
• Taxa para o FUNDAF:
• Taxas de turismo
• Taxa de classificação de produtos vegetais
• Taxa florestal
Trata-se de rol exemplificativo de taxas de polícia sobre as quais já se manifestou o judiciário.

E também se manifestam as bancas:

FCC - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas (SEFAZ SP)/2010

Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de
construção é da espécie
a) imposto.
b) contribuição de interesse de categoria econômica.
c) taxa.
d) tarifa.
e) contribuição de segurança pública.

RESOLUÇÃO:
A- Impostos são tributos que não exigem contraprestação estatal.
B- Esse é um tributo de competência da União Tributo com objetivo parafiscal de obter recursos
destinados a financiar atividades de interesses de instituições representativas de categorias profissionais
ou econômicas
C – Esse é o nosso gabarito! Taxa oriunda do poder de polícia materializado na fiscalização exercida sobre
o setor de construção civil, nitidamente um dos setores que mais afeta a coletividade e que, portanto,
demanda cerrada fiscalização e regulação.
D – Tarifa não é espécie de tributo.
E – Não existe essa contribuição.

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Gabarito C

Iniciemos agora o estudo sobre a base de cálculo das taxas, assunto também recheado de apontamentos
jurisprudenciais importantes e com alta probabilidade de cobrança em provas.

Base de cálculo

Em regra, para calcular o valor devido de um tributo multiplicamos a alíquota por uma base de cálculo,
que representa a manifestação de riqueza. Funciona assim com os impostos, por exemplo, onde pegamos
uma grandeza apta a quantificar uma parcela da manifestação da riqueza do contribuinte e fazemos incidir
sobre ela a alíquota.

Mas com a taxa é diferente, pois ela é devida em virtude de uma contraprestação estatal sem qualquer
relação com a capacidade contributiva do sujeito passivo. Logo, o ideal é que o valor arrecadado com as
taxas busque se aproximar do custo da atividade estatal, ainda que saibamos ser impossível a aferição
matemática direta do custo de cada atuação do Estado (a coleta do lixo de um determinado domicílio, ao
longo de um mês; a emissão de um passaporte; etc.).

O Supremo tem rechaçado a cobrança de taxas cuja arrecadação não apresenta uma vinculação com os
custos alusivos à atividade exercida.

Exemplo:

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COMPETÊNCIA NORMATIVA – FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL – RECURSO HÍDRICOS –


EXPLORAÇÃO E APROVEITAMENTO – LEI ESTADUAL. Surge, no âmbito da competência
concorrente versada no artigo 23, inciso IX, da Constituição Federal, disciplina atinente
ao desempenho de atividade administrativa voltada ao exercício regular do poder de
polícia, a ser remunerado mediante taxa, relacionado à exploração e aproveitamento de
recursos hídricos voltados à geração de energia elétrica, no que revelam atuação
potencialmente danosa ao meio ambiente. TAXA – PODER DE POLÍCIA – EXERCÍCIO –
CUSTOS – ARRECADAÇÃO – INCONGRUÊNCIA. Considerado o princípio da
proporcionalidade, conflita com a Constituição Federal instituição de taxa ausente
equivalência entre o valor exigido do contribuinte e os custos alusivos ao exercício do
poder de polícia – artigo 145, inciso II, da Lei Maior –, sob pena de ter-se espécie
tributária de caráter arrecadatório cujo alcance extrapola a obtenção do fim que lhe
fundamenta a existência, dificultando ou mesmo inviabilizando o desenvolvimento da
atividade econômica

A parte final da ementa explica um pouco a ideia que motiva a cobrança de taxas e principalmente a
diferença para os impostos. A taxa não deve ser instituída apenas para carrear recursos para os cofres
públicos indistintamente, como é o caso dos impostos, e por isso seu alcance não pode extrapolar a
obtenção do fim que justificou sua existência, ou então estaremos diante de uma taxa confiscatória.

Corroborando com isso, o STF editou a Súmula n. 667 cujo enunciado prescreve: “Viola a garantia
constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa”.

Essas taxas judiciárias também são conhecidas como “custas judiciais” e remuneram a prestação de um
serviço público específico e divisível, tendo o Supremo apontado que a utilização do valor da causa judicial
serviria como parâmetro justo para definição do valor a ser cobrado a título de taxa. Ocorre que há causas
milionárias, e uma arrecadação dessa taxa sem um limite extrapolaria a proporcionalidade com o custo
da atividade exercida, atribuindo caráter confiscatório ao tributo. Para resolver isso, o Supremo editou a
mencionada Súmula 667.

Vale ressaltar que despesa com porte de remessa e retorno, que é uma quantia devida para custear o
deslocamento de um processo, não se enquadra no conceito de taxa judiciária:

A despesa com porte de remessa e retorno não se enquadra no conceito de taxa


judiciária, uma vez que as custas dos serviços forenses se dividem em taxa judiciária e
custas em sentido estrito. Precedente: AI 309.883 ED, rel. min. Moreira Alves, Primeira
Turma, DJ de 14-6-2002. O porte de remessa e retorno é típica despesa de um serviço
postal, prestado por empresa pública monopolística e, assim, remunerado mediante
tarifas ou preço público. Precedente: AI 351.360 QO, rel. min. Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma, DJ de 7-6-2002. O art. 511 do CPC dispensa o recolhimento dessa
despesa processual por parte do INSS, pois se trata de norma válida editada pela União,
a quem compete dispor sobre as receitas públicas oriundas da prestação do serviço
público postal.
[RE 594.116, rel. min. Edson Fachin, j. 3-12-2015, P, DJE de 5-4-2016, Tema 135.]

A CF e o CTN assim dispõem sobre a base de cálculo das taxas:

CF:

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§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos

CTN:

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Se a base de cálculo é “própria de impostos”, ou seja, se a base de cálculo é uma base adequada para o
cálculo de impostos isso significa que ela está relacionada com um fato da vida do contribuinte e não com
a atividade estatal exercida. Em relação aos impostos, o Estado se apropria de uma parte da riqueza do
contribuinte para custear suas atividades em benefício de toda a coletividade, então faz todo o sentido
que sua base de cálculo auxilie a captar esse montante.

De fato, por se tratar de tributo vinculado, a base de cálculo de taxa deve relacionar-se com o maior ou
menor trabalho que o poder público desempenhe em face do contribuinte. Em outras palavras, a alíquota,
a base de cálculo, bem ainda o limite máximo de cobrança, devem necessariamente guardar correlação
direta com a atividade estatal.

Essas vedações são de grande importância para o tributo em estudo e constituem contumaz fundamento
para os tribunais afastarem a possibilidade de sua cobrança.

Vejamos exemplo

STF - Súmula 595 - "É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de


rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural"

Há lógica nos dispositivos, porquanto os impostos são tributos não vinculados que incidem conforme
manifestações de riqueza dos contribuintes, ao passo que as taxas buscam o retorno aos cofres públicos
dos valores gastos na realização das atividades que ensejaram sua cobrança.

Essa vedação prevista no art. 145, § 2º, da CF impede a criação de taxas que, na verdade, seriam impostos
disfarçados, ou seja, não corresponderiam a valores cobrados em função do serviço prestado ou do
exercício do poder de polícia.

O STF julgou constitucional e editou a seguinte súmula de nº 665: "É constitucional a Taxa de Fiscalização
dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89” quando se questionava a
constitucionalidade de uma taxa instituída pela CVM para custear o poder de polícia inerente à
fiscalização de instituições do mercado financeiro que aumentava de valor conforme faixas do patrimônio
líquido da empresa fiscalizada.

O valor foi calculado tendo como parâmetro o patrimônio líquido, mas a taxa não incidia sobre o
patrimônio líquido em si. A taxa era um valor fixo, que mudava conforme determinadas faixas de calor de
patrimônio líquido. Se a empresa apresentasse PL de até 10 milhões, por exemplo, pagaria uma taxa de
1.500 reais.

Vale uma olhada na ementa de um dos julgados para a melhor compreensão:

EMENTA: - Taxa de fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários. Sua


constitucionalidade. - Em caso análogo ao presente, o Plenário desta Corte, ao julgar o
RE 177.835,
Prefeitura assim
de Santo decidiu,
André-SP afastando
- ISS a alegação
Santo André de ofensa
(Auditor Fiscal ao artigo
de Receita 145,Código
Municipal) II e §Tributário
2º, da do Município de S
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Constituição Federal: "CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DOS


MERCADOS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - TAXA DA CVM. Lei n. 7.940, de
20.12.89. FATO GERADOR. CONSTITUCIONALIDADE. I - A taxa de fiscalização da CVM
tem por fato gerador o exercício do poder de polícia atribuído à Comissão de Valores
Mobiliários - CVM. Lei 7.940/89, art. 2º. A sua variação, em função do patrimônio
líquido da empresa, não significa seja dito patrimônio a sua base de cálculo, mesmo
porque tem-se, no caso, um tributo fixo. Sua constitucionalidade. II - R.E. não
conhecido". Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário
não conhecido.

Isso é diferente de fazer a taxa incidir sobre esse PL de 10 milhões. Nesse caso, o Supremo entendeu que
quanto maior o PL, maior trabalho terá a CVM para fiscalizá-la, obedecendo ao critério da equivalência
razoável entre o custo real da atividade e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar.

Vejamos questão abordando esse assunto:

VUNESP - Juiz Estadual (TJ RS)/2018

O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de coleta, remoção e
destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função da frequência da
realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel ou da testada do
terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é
a) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.
b) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.
c) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do
serviço que lhe é prestado.
d) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.
e) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade
da Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.

RESOLUÇÃO:
A – Incorreta. Segundo entendimento sumulado do STF:
Súmula vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção
e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da
Constituição Federal
B - Não viola o art. 145, 2º, da CF, a utilização, na base de cálculo de taxa, de elemento componente de
base de cálculo de imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra.
C – Correta! Como vimos, deve haver uma razoável equivalência entre o valor cobrado e o custo do serviço
prestado.
D – Não é necessária uma correlação absolutamente precisa. Havendo razoabilidade nessa correlação, a
taxa poderá ser cobrada.
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E – Na verdade essa taxa refere-se à prestação de serviço público específico e divisível.


Gabarito C

O fundamento da equivalência entre o custo do serviço e o montante a ser pago demanda uma base de
cálculo que ajude a revelar esse custo. O STF já julgou inconstitucional, com esse fundamento, Taxa de
Funcionamento cuja base de cálculo era o número de funcionários. Vejamos:

Recurso Extraordinário. Taxa de Licença para Localização, Funcionamento e Instalação


(TLIF). Base de cálculo. Número de empregados. Dado insuficiente para aferir o efetivo
Poder de Polícia. Artigo 6º da Lei nº 9.670/83. Inconstitucionalidade. Jurisprudência
pacífica da Corte.

1. A taxa é um tributo contraprestacional (vinculado) usado na remuneração de uma


atividade específica, seja serviço ou exercício do poder de polícia e, por isso, não se atém
a signos presuntivos de riqueza. As taxas comprometem-se tão somente com o custo do
serviço específico e divisível que as motiva, ou com a atividade de polícia desenvolvida.

2. A base de cálculo proposta no art. 6º da Lei nº 9.670/83 atinente à taxa de polícia se


desvincula do maior ou menor trabalho ou atividade que o Poder Público se vê obrigado
a desempenhar em decorrência da força econômica do contribuinte. O que se leva em
conta, pois, não é a efetiva atividade do Poder Público, mas, simplesmente, um dado
objetivo, meramente estimativo ou presuntivo de um ônus à Administração Pública.

3. No tocante à base de cálculo questionada nos autos, é de se notar que, no RE


88.327/SP, Rel. Min. Décio Miranda (DJ 28/9/79), o Tribunal Pleno já havia assentado a
ilegitimidade de taxas cobradas em razão do número de empregados. Essa
jurisprudência vem sendo mantida de forma mansa e pacífica.

No caso das custas judiciais, taxa cobrada pela prestação de serviço pelo Poder Judiciário, O STF autorizou
que o valor da causa sirva como base de cálculo, mas determinou que se estipule valores mínimos e
máximos para a cobrança:

Súmula 667

Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem


limite sobre o valor da causa.

Ainda que a CF e o CTN façam restrições quanto à identidade da base de cálculo de taxas e de impostos,
essas restrições não são absolutas, permitindo que um ou mais elementos possam ser iguais, contanto
que não haja integral identidade.

Súmula Vinculante 29 – É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou


mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.

Um dos fundamentos usados nesse julgado foi a autorização para utilização do Princípio da Capacidade
Contributiva, que muitos entendiam reservado apenas à cobrança de impostos.

CS UFGPrefeitura
- Procurador da Assembleia
de Santo André-SP - ISSLegislativa
Santo Andréde(Auditor
Goiás/2015
Fiscal de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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A propósito do tributo taxa cobrado mediante o exercício de atividade administrativa plenamente


vinculada, analise a seguinte assertiva:
As taxas de poder de polícia, espécies tributárias diversas dos impostos, inobservam ao princípio
constitucional da capacidade contributiva.
( ) Certo
( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Não existe nenhum óbice à interpretação ampliativa do princípio da capacidade contributiva e sua
observação no que tange às taxas. Não há, portanto, como afirmar que taxas de polícia inobservam tal
princípio.
Gabarito: Errado

Ainda no tema da base de cálculo das taxas, vamos dar uma olhada nesses 2 julgados do STF bastante
elucidativos sobre a interpretação da Corte Suprema sobre o assunto:

As taxas municipais de fiscalização e funcionamento não podem ter como base de


cálculo o número de empregados ou ramo de atividade exercida pelo contribuinte. STF.
2ª Turma. ARE 990914/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2017 (Info 870).

Seria uma base de cálculo completamente desvinculada do ônus referente ao exercício da fiscalização em
si. Justamente a razão que levou o supremo a autorizar a seguinte base de cálculo:

A taxa de fiscalização e funcionamento pode ter como base de cálculo a área de


fiscalização, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização. STF.
1ª Turma. RE 856185 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 04/08/2015.

Veja ainda esse interessante julgado sobre o qual conversamos no início da aula exarado na ADI nº 4787
proposta contra a Lei nº 1.613/2011, do Estado do Amapá, que instituiu uma taxa de polícia sobre a
atividade de exploração mineral, no qual o Relator Min. LUIZ FUX atesta a constitucionalidade da base de
cálculo refletida em um valor por tonelada de minério produzida traçando uma relação direta uma entre
o volume de minério extraído e o aumento do custo da fiscalização in loco.

EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE CONTROLE, ACOMPANHAMENTO E


FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE PESQUISA, LAVRA, EXPLORAÇÃO E
APROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERÁRIOS - TFRM. LEI Nº 1.613/2011. ESTADO DO
AMAPÁ. MODIFICAÇÃO LEGISLATIVA QUE NÃO ALTERA A SUBSTÂNCIA DA NORMA.
MANUTENÇÃO DO OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TAXA
INSTITUÍDA EM RAZÃO DO PODER DE POLÍCIA FISCALIZATÓRIO. INTELIGÊNCIA DO ART.
23, XI, DA CRFB/88. É POSSÍVEL AOS ESTADOS EXERCER A ATIVIDADE DE PODER DE
POLÍCIA EM MATÉRIA DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE PESQUISA E EXPLORAÇÃO
DE RECURSOS MINERAIS. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA
IMPROCEDENTE.

1. A Lei nº 1.613/2011, do Estado do Amapá, instituiu taxa de polícia sobre a atividade


de exploração mineral, com fundamento no art. 145, inciso II, da CRFB, ao estabelecer
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uma base de cálculo fixa atrelada à tonelada de minério extraído, independentemente


do tipo de minério e do método de extração - exceto no caso do ouro, em que a unidade
de medida adotada é o grama . (...).

9. A taxa exigível pelo exercício regular do poder de polícia impõe ao particular o


financiamento da atividade estatal que lhe limita direitos, mas que beneficia toda a
coletividade. O ônus é aceito em virtude dos ganhos obtidos com a exploração da
atividade fiscalizada. 10. No final do século XIX, os constitucionalistas e financistas norte-
americanos construíram uma distinção entre os tributos cobrados com fundamento no
“poder de tributar” e os exigidos sob a égide do “poder de polícia”.

11. Hodiernamente, doutrina e jurisprudência albergam sob a denominação de


“extrafiscalidade” as exigências financeiras que induzem ou desincentivam
comportamentos dos cidadãos, antes reconhecidas como uma tradução econômica do
poder de polícia (...)

14. A função da base de cálculo é quantificar o montante do tributo a ser recolhido aos
cofres públicos, portanto é essencial que ela mantenha uma relação de congruência com
a hipótese de incidência tributária mas também com elementos outros que contribuam
para a máxima efetivação dos efeitos pretendidos com a tributação. À luz de uma teoria
dos jogos, a referência é ao chamado “jeu de domination avec paiement de tribut” em
que o plano ótimo encontra concessões mútuas a partir de um dado pagamento,
denominado prêmio (prime) (...)

16. A base de cálculo das taxas de polícia não é objetivamente apurável, mas estimada
com base em critérios razoáveis de mensuração do custo da atividade estatal, que
deverá ser rateado entre os sujeitos passivos que exploram o segmento fiscalizado. Para
fins orçamentários há que se ter um planejamento mínimo em relação às despesas
estatais, no que o mesmo planejamento é exigido para fins de fixação da base de cálculo
de uma taxa que visa custear a atividade de polícia administrativa do Estado. Isso não
quer dizer que a base de cálculo das taxas nunca poderá conter elementos relacionados
aos contribuintes.

17. Os princípios da isonomia e da capacidade contributiva, como corolários da justiça


fiscal, não são obliterados quando em voga tributos contraprestacionais, tal qual as
taxas. Nos autos do RE 177835, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, julgado em
22/04/1999, DJ 25/05/2001, o Supremo Tribunal Federal entendeu não só legítima, mas
desejável, a incidência da taxa de fiscalização das atividades das empresas de valores
mobiliários baseada no patrimônio líquido das sociedades. O julgamento deu origem à
Sumula 665, verbis: “É constitucional a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e
Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89”.

18. O Tribunal também atestou a constitucionalidade da exigência de taxa de polícia


sobre as atividades dos auditores independentes, calculada a partir do tamanho da
carteira de clientes na ADI 453, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em
30/08/2006, DJ 16/03/2007. Há equidade na retribuição pelo poder de polícia exercido
em vista da maior complexidade na fiscalização de um número de clientes mais
numeroso.

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19. A TFRM do Estado do Amapá, tal como prevista pela Lei nº 1.613/11, a princípio, não
leva em consideração a capacidade contributiva do sujeito passivo, mas, ao determinar
um valor fixo por tonelada de minério produzida, está a refletir os custos da fiscalização
sobre a atividade de pesquisa, lavra e exploração do minério, que podem variar em
função do volume da produção.

20. O tipo de minério não faz diferença para fins de fiscalização da atividade de extração,
mas há, de fato, uma relação entre o volume de minério extraído e o aumento do custo
da fiscalização in loco, conforme se pode presumir da regra editada pela Unidade
Federada.

21. A TFRM tributa o patrimônio de empresas dotadas de enorme capacidade


econômica. Em matéria publicada pelo Jornal Valor Econômico, datada do dia 29 de
julho de 2022, aponta-se que a maior mineradora do país, VALE, registrou lucro líquido
de US$ 4,09 bilhões apenas no primeiro semestre de 2022. Outra empresa mineradora
que opera em profusão no território nacional, a Anglo American, registrou lucro líquido
de US$ 3,68 bilhões de dólares também no primeiro semestre de 2022. (...).

22. À luz de uma teoria dos jogos, caso adotada a premissa do teto limite de
recolhimento, é possível que o particular, assumindo uma posição agressiva, incremente
sua capacidade produtiva, ultrapassando o teto que venha a ser fixado na legislação para
recolhimento da taxa, momento em que o modelo tenderá a produzir a maximização de
benefícios ao particular, em detrimento do outro jogador, no caso o Estado, e mesmo
da própria coletividade, que conviverá com uma exploração da atividade mineral em
escala exponencial.

23. A manutenção do sistema sem a fixação do teto tende a compor um equilíbrio ótimo
para ambas as partes, na medida em que as empresas exploradoras da atividade são
compelidas a limitar sua atividade produtiva em vista do quantum debeatur da taxa. A
exploração para além da capacidade de pagamento ensejaria uma atividade não
lucrativa, e, portanto, não desejável. 24. O potencial lesivo ao ambiente que a atividade
minerária encerra, torna necessário que o Estado tenha recursos para assegurar a saúde
e o bem-estar das populações diretamente envolvidas no exercício da atividade de
exploração mineral. Tragédias recentes como as dos municípios mineiros de
Mariana/MG e Brumadinho/MG demonstram o quanto o poder de polícia
administrativa nestas situações deve ser rigoroso e bem estruturado.

24. A ideia de se utilizar a tributação como forma de incentivo ou desincentivo à


exploração de atividades nocivas ao meio ambiente é política de quase todos os países
do mundo, sugerida, inclusive, pela OCDE (Taxation, Inovation and the Environment,
OECD, 2010).

25. As políticas ambientais que criam instrumentos que impõem um sobrepreço ao uso
dos recursos naturais, à semelhança do que determina o princípio do
“poluidor/pagador”, é legitimada sob a ótica de uma Análise Econômica do Direito, em
linha com as chamadas “taxas pigouvianas”.

26. Em nosso ordenamento, a definição de extrafiscalidade alberga grande parte do


modelo econômico exposto por economistas desde o início do século XX. A maximização
de resultados entre o exercício regular do poder de polícia, materializado na fiscalização
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ambiental, e a exigência de tributação sobre a atividade econômica perpassa pela


aferição da eficácia da política operada pelo Poder Público.

27. A ordem constitucional brasileira consagra a relação entre a livre iniciativa e o meio
ambiente, a partir da dicção do art. 170, no qual a ordem econômica fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa caminha pari passu com a defesa
ambiental (inciso VI).

28. O Supremo Tribunal Federal julgou constitucional a Taxa de Controle e Fiscalização


Ambiental devida pelas empresas que exercem atividades potencialmente poluidoras e
utilizadoras de recursos naturais em virtude do poder de polícia exercido pelo Ibama.
(RE 416601, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, julgado em 10/08/2005, DJ
30/09/2005).

29. Ação Direta julgada prejudicada pela perda de objeto em relação ao art. 6º, § 3º da
Lei 1.613/11 e, quanto aos demais dispositivos impugnados, totalmente improcedente.

Preste atenção que esse recente Acórdão se afasta relativamente do entendimento observado na Súmula
667 autorizando a cobrança da referida taxa sem a fixação de um limite máximo (um teto) em
consideração ao potencial lesivo ao ambiente que a atividade minerária encerra.

Essa necessidade de um teto foi suscitada no julgamento da constitucionalidade das taxas judiciais e no
julgamento da constitucionalidade de uma taxa cobrada pela anotação de responsabilidade técnica em
que foi fixada a seguinte tese:

Tese

Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato
normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da
atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de
fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente
previstos.

Imunidades nas taxas:

Temos no texto constitucional a previsão do não pagamento de taxas em determinadas circunstâncias,


configurando verdadeiro direito individual, só que diferentemente de outras imunidades, esta não se
encontra no rol do art. 150 da Constituição Federal, que trata de imunidades tributárias.

Então, de cara, já podemos concluir que o rol do art. 150 da CF tem natureza de rol exemplificativo, uma
vez que não exaure todas as imunidades possíveis.

Vejamos o a letra da Constituição:

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou


abuso de poder;
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b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento


de situações de interesse pessoal;

O STF entendeu que viola o direito de petição previsto no art. 5º, XXXIV, “b”, da Constituição Federal, a
exigência de recolhimento de taxa para emissão de certidão em repartições públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, porque essa atividade do Estado está
protegida da tributação por uma imunidade.

Essa imunidade refere-se tão somente a certidões solicitadas objetivando a defesa de direitos ou o
esclarecimento de situação de interesse pessoal, uma vez que a expedição de certidões voltadas à
prestação de informações de interesse coletivo ou geral não recebe o mesmo tratamento tributário na
Carta Constitucional.

Ficamos por aqui no que tange ao estudo aplicável a todos os entes.

TAXAS NO CTM

Das Espécies

O CTM de Santo André dá uma inovada aqui segmentando as taxas de expediente e serviços diversos das
taxas de serviços públicos, mas para o nosso estudo vale lembrar que ambas contemplam a prestação de
serviço público específico e divisível.

Art. 171 – Pelo exercício regular do poder de polícia ou em razão da utilização efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição pela Prefeitura, serão cobradas as seguintes taxas:

I - de licença;

II - de expediente e serviços diversos;

III - de serviços públicos.

Iniciando pelas taxas de licença, o CTM enumera uma série de atividades inerentes ao poder de polícia do
Município que dão origem à cobrança de taxas.

Art. 172 – As taxas de licença, tem como fato gerador, o ato pelo qual é facultado o exercício
de atividades ou a prática de atos mediante cumprimento de exigências legais.

A redação do art. 172, de uma forma pouco técnica e bem distante dos ditames constitucionais sobre o
tema, sugere que o fato gerador da taxa será o ato exercido pelo Município que autoriza o exercício de
determinada atividade.

Sabemos lá do início de nossa aula de hoje que o fato gerador desse tipo de taxa é o exercício do poder
de polícia que pode acarretar ou não autorização para a atividade pleiteada pelo particular e que é
atestada por meio da expedição de uma licença.

Art. 173 – de
Prefeitura As Santo
taxasAndré-SP
de licença sãoSanto
- ISS exigidas
Andrépara:
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I - a expedição de alvará para funcionamento de estabelecimentos de produção, de comércio,


de indústria e de prestação de serviços, e para o exercício de atividades autônomas, mesmo
sem estabelecimento fixo, no território do Município;

II - funcionamento em horários especiais;

III - exercício de comércio eventual ou ambulante;

IV - execução de obras particulares;

V- execução de arruamentos e loteamentos em terrenos particulares

VI - ocupação de áreas em vias ou logradouros públicos.

VII – inscrição no Cadastro Mobiliário dos Contribuintes.

Art. 174 - Para efeito de cobrança de taxa de licença a que se referem os incisos I, II e IX do
artigo anterior, são considerados estabelecimentos de produção, de comércio, de indústria e
de prestação de serviços os obrigados às inscrições previstas nos artigos 118 e 123 deste
Código.

Existe uma inscrição específica para produtores, industriais e comerciantes e outra para os prestadores
de serviço, ambas previstas no Código Tributário Municipal.

Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial na forma


prevista em lei própria,

Art. 189 – Poderá ser concedida licença para funcionamento de estabelecimentos de comércio,
ou de prestação de serviços fora do horário normal de abertura e fechamento, mediante o
pagamento de uma taxa de licença especial.

Essa taxa remunera o exercício do poder de polícia inerente à fiscalização do funcionamento em horários
especiais, ou seja, aqueles horários não compreendidos dentro do expediente normal e que podem gerar
grande incômodo à vizinhança.

Art. 190 - A Taxa de Licença para Funcionamento dos Estabelecimentos em Horário Especial,
será cobrada por ano, juntamente com a taxa de licença, ou com a taxa de Renovação de
Licença para Localização de Estabelecimentos de Produção, de Comércio, de Indústria e de
Prestação de Serviços, de acordo com a Tabela II, anexa a este Código, e será devida todas as
vezes que se verificar alteração no alvará de funcionamento.

A interpretação do art. 190 permite concluir que o fato gerador dessa taxa é anual, mas ela também pode
ser cobrada quando houver alguma alteração no alvará de funcionamento mesmo durante o ano corrente.

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Da Taxa de Licença para o Exercício de Comércio Eventual ou


Ambulante

Art. 191 – A taxa de licença para o exercício de comércio eventual ou ambulante é pessoal e
será exigida em função da inscrição do contribuinte no Cadastro a que se refere o Capítulo III
do Título III deste Código.

Esse tipo de autorização é dada, em regra, para a pessoa exercente da atividade, não funcionando como
uma autorização genérica para a atividade em si. Se o individuo autorizado cessar a atividade, não poderá
outra pessoa assumir a licença expedida em seu nome.

§ 1º - Considera-se comércio eventual o exercido em determinadas épocas do ano,


especialmente por ocasião de festejos ou comemorações, em locais autorizados pela
Prefeitura.

Em regra, o comércio eventual envolve feirinhas, ou barracas montadas especificamente para um evento
sem a intenção de permanência no local.

§ 2º - É considerado também como comércio eventual, o exercido em instalações removíveis


tais como: balcões, barracas, mesas, tabuleiros e semelhantes, colocados em locais
previamente permitidos pela Municipalidade.

A regra estabelecida pelo Código é a pessoalidade da licença, mas há empresas que atuam distribuindo
seus produtos com uso de ambulantes, muitas vezes munidos de alguma estrutura que os auxilie
capilarizando o alcance das vendas para onde eles se deslocarem.

Pense em uma firma que venda sorvetes por meio de ambulantes com um carrinho. Nesse caso a licença
poderá ser concedida em nome da empresa.

Art. 192 – No caso de firmas que, devidamente autorizadas, distribuam seus produtos através
de ambulantes, a licença poderá ser concedida em seu nome, desde que identifiquem junto à
Seção competente os distribuidores.

Art. 193 – Considera-se comércio ambulante o exercido individualmente sem estabelecimento,


instalação ou localização fixa e não será permitido quando represente flagrante concorrência
aos estabelecimentos fixos.

O art. 193 reconhecendo todo o ônus inerente à manutenção de um estabelecimento físico determina
que o ambulante só pode se instalar onde com eles não concorrer sob pena de cassação da licença.

Parágrafo único – O não cumprimento do disposto neste artigo, acarretará a cassação da licença.

Art. 194 – Serão definidas em regulamento as atividades que poderão ser exercidas nas vias
ou logradouros públicos do Município.

Art. 195 – A taxa de licença de que trata esta Seção será cobrada por trimestre e seu
lançamento às processará de acordo com a Tabela III, anexa a este Código, nas épocas e pela
forma estabelecida em regulamento ou instrução baixada pela Secretaria da Fazenda.

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Art. 196 – A taxa de licença para comércio eventual ou ambulante somente será expedida
mediante a inscrição a que se refere o artigo 118 e o atendimento de outros requisitos
previstos em regulamento.

O interessado deve se inscrever no Cadastro dos Produtores, Industriais e Comerciantes

Parágrafo único – No caso de transferência, desde que atendias as exigências deste artigo,
poderá ser aproveitada a licença do exercício, mediante averbação no respectivo aviso-recibo.

Os requisitos para o aproveitamento da licença estão previstos no regulamento.

Art. 197 – Respondem pela taxa de licença de comércio eventual ou ambulante as mercadorias
encontradas em poder dos revendedores e apreendidas na forma do disposto na Seção 2ª,
Capítulo I, do Título II.
==2419c7==

O art. 197 está em flagrante dissonância com o entendimento jurisprudencial e doutrinário sobre o tema,
mas está formalmente vigente em nosso CTM e, portanto, devemos conhecê-lo.

Art. 198 – São isentos da taxa de licença para o exercício do comércio eventual ou ambulante:

I -0 os engraxates, quando menores de 14 (quatorze) anos de idade;

II - os maiores de 60 (sessenta) anos de idade;

III - os cegos e mutilados;

IV - os revendedores de bilhetes de loteria, quando quotistas devidamente credenciados.

Parágrafo Único - A isenção prevista no artigo 198 é extensiva às sociedades civis sem fins
lucrativos no que se refere ao comércio eventual, desde que autorizado pela Prefeitura. (NR)

Art. 199 – O não cumprimento do disposto nesta Seção e em regulamentos implicará nas
penalidades constantes deste Código.

Da Taxa de Licença para Execução de Obras Particulares

Ainda que no âmbito de áreas particulares, obras são objeto de autorização, fiscalização e vigilância por
parte do poder público.

O direito de construir e usar da propriedade não é absoluto e sujeita-se também a diversas limitações,
como por exemplo as referentes à função social da propriedade, o respeito à vizinhança, os tipos de
projetos permitidos para cada local ou as dimensões da construção.

Art. 200 – Nenhuma construção, reconstrução, reforma, demolição ou obra de qualquer


natureza, poderá ser iniciada sem prévio pedido de licença à Prefeitura e pagamento da taxa
devida.

Antes de começar a obra o pedido deve ser efetuado à Prefeitura com o pagamento de metade da taxa.

Art. 201 – de
Prefeitura O pagamento da -taxa
Santo André-SP será feito:
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I - 50% (cinqüenta por cento), no ato da entrada do requerimento;

II - 50% (cinqüenta por cento), após a aprovação do projeto.

A outra metade é paga após a aprovação do projeto de construção.

Lembremos aqui que ainda não há construção alguma, e a taxa refere-se à análise do seu projeto e
autorização para que a obra comece.

Art. 202 – Aprovado o projeto da obra a ser executado e paga a taxa, será expedido o alvará
de construção que constitui a licença.

A autorização para o início da obra materializa-se em um alvará de construção, sem o qual ela não pode
ser iniciada. Essa autorização permite a construção nos exatos termos do que foi autorizado quando o
projeto passou pela análise municipal e dentro do prazo de validade estipulado.

Art. 203 – O alvará de construção terá o seu período de validade fixado por regulamento ou
instrução baixada pela Secretaria de Obras, de acordo com a área a ser construída ou
complexidade da obra.

Art. 204 – Findo o período de validade do alvará, antes da conclusão da obra, poderá ser
expedido novo alvará, mediante o pagamento de nova taxa.

O período de validade da obra impede sua postergação sem limites que afetaria inclusive o recolhimento
de outros tributos municipais, como o IPTU.

Art. 205 – A taxa de licença para execução de obras particulares será cobrada de conformidade
com a Tabela IV, anexa a este Código e recolhida por guia.

Art. 206 – São isentos da taxa de licença para execução de obras particulares:

I - construção, reconstrução ou acréscimo em imóvel de propriedade da União, Estado,


autarquias e fundações públicas;

II - construção de casa tipo popular, de padrões fixados em lei ou regulamento;

III - construção, reconstrução ou acréscimo em imóvel de propriedade ou legalmente


compromissados a instituições assistenciais, associações culturais, recreativas, desportivas e
de classe, desde que se destinem a atender às suas finalidades;

IV - construção, reconstrução ou acréscimo em imóvel de propriedade ou legalmente


compromissado à associação religiosas ou paróquias, desde que se destinem a templos de
qualquer culto, a fins assistenciais ou educacionais;

V- construção, reconstrução ou acréscimo, de muros de arrimo ou muralhas de sustentação,


quando construídos no alinhamento de via pública;

VI - construção, reconstrução ou acréscimo de reservatório de qualquer natureza para


abastecimento de água;
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VII - colocação de toldos;

VIII - construção, reconstrução ou acréscimo de obra de canalização de águas pluviais ou


servidas, em terrenos particulares;

IX - construção, reconstrução; acréscimo ou instalação de aparelhos fumíveros;

X - construção de muros e passeios quando do tipo aprovado pela Prefeitura;

XI - construção de prédios na zona central da cidade destinados, exclusivamente, à


garagem automática.

Da Taxa de Licença para Execução de Arruamentos e Loteamentos

Art. 207 – A taxa de licença para execução de arruamentos e loteamentos será devida em
razão de exame e da aprovação de projetos de abertura de ruas, de retalhamento de áreas de
terreno e da fiscalização de sua execução.

Arruamento é o procedimento referente à inserção de uma rua em um lugar onde ela antes não existiria,
e o loteamento é a divisão de um terreno para fins de sua ocupação.

Art. 208 – Nenhum plano ou projeto de arruamento ou loteamento poderá ser executado sem
prévio pagamento da taxa de que trata esta Seção.

A participação do Município é fundamental para que esse tipo de empreendimento não ignore a legislação
urbanística, ocasionando lesão ao ordenamento urbano da cidade.

Art. 209 – O pagamento da taxa será feito:

I - 50% (cinqüenta por cento) no ato da entrada do requerimento;

II - 50% (cinqüenta por cento) após a aprovação do projeto.

Art. 210 – Aprovado o projeto do plano de arruamento ou loteamento e paga a taxa, será
expedido o alvará respectivo que constitui a licença.

O procedimento aqui não é diferente do efetuado para a execução de obras particulares.

Art. 211 – O alvará terá o seu período de validade fixado por regulamento ou instrução baixada
pela Secretaria de Obras, de acordo com a área, objeto do projeto de arruamento ou
loteamento.

Art. 212 – Findo o período de validade da licença, antes da conclusão das obras, poderá ser
expedido novo alvará, mediante pagamento de nova taxa.

Art. 213 – A taxa de que trata esta Seção será cobrada de conformidade com a Tabela V, anexa
a este Código e recolhida por guia, e seu pagamento não retroagirá à data de prescrição do
alvará.

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Da Taxa de Licença para ocupação de áreas em vias e logradouros


Públicos

Art. 222 – A utilização de áreas em vias e logradouros públicos, fica sujeita ao pagamento da
taxa de que trata esta Seção.

Em regra, temos que o valor cobrado pelo Poder Público pela utilização de logradouros públicos tem
natureza jurídica de preço público, e não de taxa. Mas devemos conhecer todos os dispositivos do CTM
ainda que discordemos de algum.

Art. 223 – Entende-se por ocupação de áreas em vias e logradouros públicos, a instalação
provisória de balcão, barraca, mesa, tabuleiro, tapumes, quiosques, aparelho e qualquer outro
móvel ou utensílio, bem como o depósito de materiais para fins comerciais, ou de prestação
de serviços e o estabelecimento privativo de veículos, em locais permitidos.

A inconstitucionalidade do tributo analisado é ainda mais perceptível quando observamos que seu fato
gerador não guarda relação com nenhuma atividade estatal direcionada ao contribuinte, configurando
apenas um preço a ser pago por quem deseja ocupar uma via ou logradouro público.

Parágrafo único - A ocupação de área em via logradouro público, será sempre em caráter
precário. (NR)

Art. 224 – Sem prejuízo do tributo e multa devidos, a Prefeitura apreenderá e removerá para
os seus depósitos qualquer objeto móvel, instalado ou mercadoria deixados em locais não
permitidos, ou colocados em vias e logradouros públicos, sem o pagamento da taxa de que
trata esta Seção.

Art. 225 – A taxa de licença para ocupação de áreas em vias e logradouros públicos será paga
adiantadamente por trimestre ou por ano, de acordo com a Tabela VII, anexa a este Código.

Parágrafo único – Tratando-se de ocupação de áreas por comerciantes eventual ou


ambulante, a taxa será recolhida juntamente com a prevista na Seção 5ª, Capítulo II, do título
VII.

Art. 226 – São isentos da taxa:

I - os engraxates, quando menores de 14 (quatorze) anos de idade;

II - palanques ou barracas instalados por partido político, ou sociedades civis, sem fins
lucrativos.

Da Taxa de Expediente

Em termos gerais, taxa de expediente é um tributo presente em praticamente todo município e seria
cobrado em razão da prestação de alguns serviços públicos “de expediente”, ou meramente burocráticos
por parte do ente estatal e direcionados ao contribuinte.

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Art. 228 – A taxa de que trata este Capítulo é devida pelo peticionário ou por quem tiver
interesse direto no ato do governo Municipal, e será cobrada de acordo com a Tabela VIII,
anexa a este Código.

Não julgo recomendável memorizar os valores das taxas presentes nas tabelas mencionadas no Código
Tributário Municipal, mas tenho o dever de lembrar que eles podem ser cobrados pela banca.

Art. 229 – A cobrança da taxa será feita por meio de guia ou processo mecânico na ocasião
em que o ato for praticado, assinado ou visado, ou em que o instrumento formal for
protocolado, expedido ou anexado, desentranhado ou devolvido.

Art. 230 – Não estão sujeitos à taxa de expediente:

I - os requerimentos de repartições públicas, autarquias e fundações públicas;

II - os requerimentos e certidões relativas ao serviço de alistamento militar ou para fins


eleitorais;

III - os contratos de admissão de servidores municipais;

IV - os requerimentos, atos e documentos referentes à vida funcional de servidores


municipais de Santo André, incluídos nesta categoria os funcionários inativos e os ex-
servidores do Município. (NR)

- Inciso IV com redação dada pela Lei n° 6253, de 03/11/1986.

V- os requerimentos de sociedades civis sem fins lucrativos e sociedades religiosas;

VI - registro de propriedade imobiliária pertencente à repartições públicas, autarquias,


fundações e templos de qualquer culto.

Das Taxas de Serviços Diversos

Dentre os dispositivos previstos no CTM, na minha opinião, em desacordo com o entendimento


dominante sobre taxas no País, talvez esse art. 231 seja um dos piores.

As taxas de serviços devem configurar uma contraprestação por parte do ente federativo em benefício do
munícipe, ou seja, do cidadão, e não apenas um instrumento de arrecadação de valores, e percebemos
pelo rol do art. 231 que esse escopo passou longe do estipulado pelo legislador de Santo André.

Artigo 231 - Pela apreensão e depósito de bens móveis, semoventes e mercadorias, prestação
de serviços de numeração de prédios, de alinhamento e nivelamento, de cemitério, de vistoria
e de deslacração de estabelecimento, serão cobradas as seguintes taxas:

I - de apreensão e depósito de bens móveis, ou semoventes e de mercadorias;

II - de numeração de prédios;

III - de alinhamento e nivelamento;


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IV - de cemitérios;

V- de vistoria

VI - de deslacração de estabelecimento

Art. 232 – A arrecadação das taxas de que trata esta Seção será feita por guia e no ato da
prestação do serviço, antecipadamente, ou posteriormente, segundo as condições previstas
em regulamento ou instruções e de acordo com a Tabela IX, anexa a este Código.

Parágrafo único – A arrecadação proveniente das concessões de terrenos, nichos e


columbárias, obedecerá a critérios previstos em decretos ou regulamentos.

O CTM estipulou um capítulo para taxas de serviços diversos e outro para as taxas de serviços públicos.

Reforço que eventual inconstitucionalidade de um dispositivo aqui presente não significa uma garantia
que ele não pode estar presente na prova.

Art. 234 – Pela prestação ou manutenção de serviços públicos, serão cobradas as seguintes
taxas:

I - limpeza pública;

II - segurança;

III - pavimentação;

IV - extensão de rede de energia elétrica para consumo domiciliar;

V- extensão de rede de iluminação pública;

VI - execução de passeios;

VII - extensão de rede de água;

VIII - extensão de rede de esgoto

Da Taxa de Limpeza Pública

Artigo 235 - A taxa de limpeza pública tem como fato gerador a prestação, pela Prefeitura, do
respectivo serviço, e será devida pelos proprietários ou possuidores, a qualquer título, de
imóveis, edificados ou não, e pelos comerciantes eventuais ou ambulantes. (NR)

Trata-se de uma taxa usualmente cobrada pelos municípios em contrapartida pela prestação do serviço
de recolhimento de lixo domiciliar, mas aqui o CTM descambou para a inconstitucionalidade mais uma
vez autorizando a cobrança de taxa pela varrição, lavagem e capinação de áreas.

Art. 236 - A base de cálculo da taxa é de: (NR)

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I - No que tange à coleta de lixo domiciliar: (NR) a área edificada; o volume de lixo coletado,
nas hipóteses referidas nos parágrafos 2º e 3º do artigo 237.

II - No que tange a varrição, lavagem e capinação: (NR) a metragem linear da testada principal
dos imóveis; a área ocupada pelos comerciantes eventuais ou ambulantes em vias e
logradouros públicos

Se o amigo concurseiro passou pelo início de nossa aula sobre taxas e estudou bem o assunto já viu que
a taxa cuja base de cálculo está representada no inciso II é totalmente inconstitucional.

Art. 237 - A taxa de limpeza pública será calculada de acordo com o custo efetivo dos serviços
prestados e recolhida da seguinte forma: (NR)

I - nos casos das alíneas "a" dos incisos I e II do artigo anterior, juntamente e na forma dos
impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. (NR)

II - no caso do inciso II do artigo anterior, juntamente com a taxa de licença para ocupação de
áreas em vias ou logradouros públicos; (NR)

III - no caso do inciso III do artigo anterior, mediante guia própria. (NR)

O art. 236 sequer tem inciso III.

§ 1º - O custo efetivo de que trata este Artigo será estimado em função das despesas realizadas
com o respectivo serviço, no exercício anterior. (NR)

§ 2º - Quando o volume mensal de lixo coletado nas unidades não residenciais for superior a
2.500 (dois mil e quinhentos) litros e o valor lançado de conformidade com o inciso I do artigo
236, na proporção de 1/12 (um doze avos), não cobrir as despesas com os serviços prestados,
o volume excedente será cobrado na forma estabelecida na tabela anexa a esta Lei. (NR)

§ 3º - As coletas extraordinárias de lixo, assim consideradas as remoções diversas e os serviços


diversos, também serão cobrados na forma prevista na tabela anexa a esta Lei. (NR)

Art. 238 – Aplicam-se, no que for cabível, à taxa de Limpeza Pública, multa, prazos, forma de
pagamento e demais disposições relativas aos tributos com as quais a mesma será
arrecadada.

Art. 239 – São isentas da taxa de Limpeza Pública, a União, o Estado, autarquias e fundações
públicas.

Da Taxa de Segurança

Em mais um dispositivo questionável, o legislador de Santo André ignorar que o serviço público de
prevenção e combate a incêndios deve ser remunerado por meio de impostos.

Artigo 240 - A Taxa de Segurança será cobrada dos proprietários ou possuidores, a qualquer
título, de imóveis edificados e identificados, a fim de cobrir as despesas com a manutenção
dos serviços de prevenção e extinção de incêndios.
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Artigo 241 - A Taxa de Segurança será calculada com base no custo efetivo dos serviços
prestados, reteado na seguinte proporção:

30% estabelecimentos industriais;

15% estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços;

40% unidades residenciais;

15% terrenos urbanos.

Parágrafo único - O custo efetivo de que trata este artigo será estimado em função das
despesas realizadas com o respectivo serviço no exercício anterior. (NR)

Artigo 242 - A Taxa de Segurança será recolhida com os impostos sobre a propriedade predial
urbana e territorial urbana (IPTU), aplicando-se à mesma multa, prazos, formas de pagamento
e demais disposições pertinentes. (NR)

Art. 243 – São isentos da taxa de Segurança, a União, o Estado, autarquias e fundações
públicas.

Da taxa de Pavimentação

Art. 244 – A taxa de Pavimentação tem como fato gerador à prestação, pela Prefeitura, dos
respectivos serviços, e será devida pelos proprietários dos imóveis marginais, na proporção
dos metros lineares da testada sobre a via ou logradouro beneficiado, até o máximo de 4,00m
(quatro metros) de largura, em sentido perpendicular à testada.

O Supremo Tribunal Federal já declarou que é inadmissível a cobrança de “taxa de pavimentação asfáltica
de rua”, por configurar dita atividade de obra pública e não serviço público e inclusive já julgou a
inconstitucionalidade do art. 244 do CTM de Santo André. Entretanto, ao consultar a legislação no sítio
oficial da Câmara de Santo André, o artigo permanece no CTM.

Como nesse caso temos determinação expressa do Supremo sobre a inconstitucionalidade dessa taxa,
julgo muito pouco provável que ela seja cobrada pelo examinador e, se for, entendo perfeitamente cabível
recurso.

Art. 245 – Os serviços de pavimentação serão:

I - PRELIMINARES – Quando limitados à colocação de guias e sarjetas;

II - PARCIAIS – quando circunscritos à execução de uma faixa de largura inferior à do leito


carroçável ou quando executados em vias já dotadas de guias e sarjetas;

III - TOTAIS – Quando abrangerem todo o leito carroçável da via pública, inclusive a
colocação de guias e sarjetas.

Art. 246 – O tipo e as especificações da pavimentação serão determinados pela Prefeitura, em


função da natureza do solo, da qualidade e intensidade do tráfego e do aspecto urbanístico da
via ou logradouro.
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Art. 247 – A taxa de Pavimentação será calculada em função do custo efetivo das obras
respectivas, excluídas as de escavações ou aterros que excedam de 0,30m (trinta centímetros)
de espessura, drenagem do solo, muros de arrimo e galerias para escoamento de águas
pluviais, observado o disposto na Seção 9ª, deste Capítulo.

Art. 248 – Correrão por conta da Prefeitura:

I - O custo da pavimentação dos cruzamentos de ruas;

II - O custa da pavimentação de faixa do leito carroçável das vias ou logradouros que exceder
de 8,00m (oito metros) de largura;

III - O custo de preparo e execução de bases ou sub-bases especiais ou adicionais, em


solos frágeis ou destinados a tráfego pesado.

Art. 249 – Para efeito de lançamento e prazo do pagamento da taxa de Pavimentação, as vias
e logradouros públicos serão classificados em:

CLASSE “A” – quando situados em bairros residenciais de primeira categoria ou na parte


central da cidade; CLASSE “B” – quando situados em bairros residenciais de segunda categoria;

CLASSE “C” – quando situados em bairros residenciais operários.

§ 1º - As vias e logradouros públicos comerciais, excetuados os da parte central da cidade,


ficam enquadrados na Classe “B”, mesmo quando situados em bairros residenciais operários.

§ 2º - A classificação das vias ou logradouros públicos será feita por meio de Decreto do
Executivo.

Art. 250 – A taxa de Pavimentação será devida nas substituições de pavimentação


inadequada, obsoleta ou desgastada pelo uso.

Parágrafo único - Nas substituições de pavimentação será deduzido do custo da obra o valor
do material aproveitável, calculado à base do preço vigente.

Art. 251 – Nos casos de complementação de pavimentação parcial, com ou sem


aproveitamento da faixa já executada, a taxa será devida na proporção do custo da execução
das faixas complementares, inclusive guias e sarjetas, quando for o caso, observando o limite
fixado no artigo 244, considerada a faixa executada anteriormente.

Parágrafo único – Para efeito de aplicação do disposto neste artigo, não será computada no
cálculo o valor da faixa existente, desde que anteriormente pago pelo proprietário.

Art. 252 – O lançamento da taxa de Pavimentação será desdobrado em parcelas mensais, cujo
número será determinado em função da classificação da via ou logradouro beneficiado, a
saber:

CLASSE “A” – em 20 (vinte) parcelas; CLASSE “B” – em 40 (quarenta) parcelas; CLASSE “C” –
em 60 (sessenta) parcelas.

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§ 1º - Excetua-se do disposto neste artigo o lançamento da taxa referente à pavimentação


preliminar, referida no inciso I, do artigo 245, o qual será feito em 20 (vinte) parcelas.

§ 2º - O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das mesmas for
inferior a 5% do salário mínimo vigente.

Art. 253 – São isentos da taxa de Pavimentação, os imóveis de propriedade ou


compromissados a entidades religiosas, recreativas, esportivas, beneficentes, culturais e
classistas, observadas, no que couber, as disposições do Capítulo X, Título I deste Código.

Da Taxa de Extensão de Energia Elétrica Para Consumo Domiciliar

Art. 254 – A taxa de Extensão de Energia Elétrica Para Consumo Domiciliar será devida pelos
proprietários dos imóveis edificados ou não, beneficiados com o respectivo serviço.

A referida taxa é cobrada pelo serviço prestado por órgão público que envolve levar a rede de energia
elétrica até o imóvel do contribuinte em formas e condições regulamentadas por decreto do Executivo.

Art. 255 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo efetivo das obras e
das testadas beneficiadas, acrescidos de 10% (dez por cento) a título de despesas
administrativas, observado o disposto na Seção 9a, deste Capítulo.

Art. 256 – O lançamento da Taxa de Extensão de Energia Elétrica Para Consumo Domiciliar
será efetuado após o término da obra, em até 10 (dez) parcelas mensais e consecutivas.

Parágrafo único – O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das
mesmas for inferior a 5% (cinco por cento) do salário mínimo vigente.

Art. 257 – A forma e as condições para a execução dos serviços de que trata esta Seção, quando
objeto de pedidos formulados por terceiros, serão regulamentadas por decreto do Executivo.

Da Taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública

Art. 258 – A taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública será devida pelos proprietários
dos imóveis, edificados ou não, beneficiados com os respectivos serviços.

Trata-se de mais uma taxa bem questionável cobrando de proprietários de imóveis um valor em
retribuição à extensão da rede de iluminação pública. O problema dessa taxa é a pouco provável
individualização do real beneficiário desse serviço e principalmente como calcular quanto ele pode se
beneficiar.

Art. 259 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo efetivo das obras e
das testadas beneficiadas, dividindo entre a Prefeitura e os contribuintes observado o disposto
na Seção 9ª, deste Capítulo e na seguinte proporção:

I - Iluminação incandescente – 50% pelos contribuintes e 50% pela Prefeitura;

II - Iluminação tipo especial – 66% pelos contribuintes e 34% pela Prefeitura.

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Parágrafo único – Para os fins do disposto no presente artigo, considera-se testada beneficiada
até 20 (vinte) metros além da luminária postada no sentido de via pública, não sendo
consideradas as vias transversais, nem excluídas as áreas abrangidas pelos cruzamentos.

Vale relembrar que o STF já se manifestou autorizando que a expansão e aprimoramento da rede de
iluminação pública.

Art. 260 – O lançamento da taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública será efetuado
após o término da obra em até 15 parcelas mensais e consecutivas.

Parágrafo único – O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das
mesmas for inferior a 5% do salário mínimo vigente.

Art. 261 – São isentos da taxa de Extensão de Rede de Iluminação Pública, os imóveis de
propriedades ou compromissados a entidades religiosas, recreativas, esportivas, beneficentes,
culturais e classistas, observadas, no que couber, às disposições do Capítulo X, Título I, deste
Código.

Da Taxa de Execução de Passeios

Art. 262 – A taxa de que trata esta Seção tem como fato gerador, a prestação, pela Prefeitura,
dos serviços de execução de passeios padronizados, com ladrilhos hidráulicos, nas vias e
logradouros públicos, observadas as normas de zoneamento.

Essa taxa é cobrada pela construção de calçadas (passeios) por parte do Poder Público e também carece
nitidamente dos requisitos da especificidade e divisibilidade inerentes à cobrança de taxas.

Parágrafo único – Constitui também fato gerador, na forma prevista no presente artigo, a
execução de passeios com lajotas ou cimento semi-rústico, desde que não atendidas, pelos
proprietários dos imóveis beneficiados, as notificações para executar o serviço em
conformidade com a legislação específica.

Art. 263 – A taxa de Execução de Passeios será calculada em função do custo efetivo das obras
respectivas, excluídas as escavações ou aterros que excederem de 0,30m (trinta centímetros)
de altura e será devida pelos proprietários dos imóveis na proporção dos metros lineares das
testadas para as vias ou logradouros beneficiados.

Art. 264 – O lançamento da taxa de Execução de Passeios será efetuada após o término da
obra, em até 10 (dez) parcelas mensais e consecutivas.

Parágrafo único – O número de parcelas do lançamento será reduzido sempre que o valor das
mesmas for inferior a 5% do salário mínimo vigente.

Art. 265 – São isentos da Taxa de Execução de Passeios, os imóveis de propriedade ou


compromissados a entidades religiosas, recreativas, esportivas, beneficentes, culturais e
classistas, observadas, no que couber, as disposições do Capítulo X, Título I, deste Código.

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Da Taxa de Extensão de Rede de Água

Art. 266 – A taxa de Extensão de Rede de Água tem como fato gerador à prestação, pelo órgão
competente, do respectivo serviço, e será devida pelos proprietários dos imóveis beneficiados.

O raciocínio é o mesmo das outras taxas semelhantes: cobrar do proprietário do imóvel um valor por uma
prestação de serviço que o possibilitou usufruir de algum item básico como água, luz ou esgoto.

Art. 267 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo efetivo da obra e das
testadas beneficiadas, observado o disposto na Seção 9ª.

Art. 268 - Procedido o lançamento da taxa de extensão de rede de água, seu recolhimento far-
se-á em parcelas mensais e consecutivas, até o máximo de 10 dez), quando o valor das mesmas
não ultrapassar a 30% (trinta por cento) do valor de Referência determinado pela Lei Federal
n.º 6.205, de 29 de abril de 1975, e até no máximo de 15 (quinze),quando o valor da referência
for ultrapassado. (NR)

Parágrafo único - O número de parcelas será reduzido sempre que o valor das mesmas for
inferior a 5% (cinco por cento) do valor de referência referido neste artigo. (NR)

Da Taxa de Extensão de Rede de Esgotos

Art. 269 – A taxa de Extensão de Rede de Esgoto tem como fato gerador, a prestação, pelo
órgão competente, do respectivo serviço, e será devida pelos proprietários dos imóveis
beneficiados.

Art. 270 – A taxa prevista nesta Seção será calculada em função do custo das obras e das
testadas beneficiadas, observado o disposto na Seção 9ª.

Art. 271 - Procedido o lançamento da taxa de extensão de rede de esgoto, seu recolhimento
far-se-á em parcelas mensais e consecutivas, a té o máximo de 15 (quinze), quando o valor das
mesmas não ultrapassar a 30% (trinta por cento) do valor de referência determinado pela Lei
Federal n.º 6.205, de 29 de abril de 1975, e, até o máximo de 25 (vinte e cinco), quando o valor
de referência for ultrapassado. (NR)

Parágrafo único - O número de parcelas será reduzido sempre que o valor das mesmas for
inferior a 5% (cinco por cento) do valor de referência referido neste artigo. (NR)

Das Normas Gerais Para Efeito de Cálculo

As taxas: Extensão de Rede de Água, Extensão de Rede de Esgotos, Extensão de Energia Elétrica Para
Consumo Domiciliar e de Pavimentação apresentam as seguintes peculiaridades em seu cálculo:

Art. 272 – Para cálculo das taxas a que se refere às Seções 3ª, 4ª, 7ª e 8ª, observar-se-á o seguinte:

I – NOS TERRENOS DE ESQUINA COM DUAS OU MAIS TESTADAS

A testada de um terreno pode ser entendida como toda parte do terreno que faz limite com rua ou
logradouro público e os seguintes dispositivos ajudam a calcular o valor das taxas que são cobradas em
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função da testada em casos em que há mais de uma, como quando o terreno está situado em uma
esquina.

1) descontar-se-á 20 (vinte) metros lineares por esquina, que assim serão consideradas
aquelas de ângulos inferiores a 135º (cento e trinta e cinco graus), formadas pelas interseções
dos alinhamentos dos logradouros;

2) quando o serviço for feito simultaneamente pelas vias correspondentes a duas ou


mais testadas, será considerada testada sujeita ao pagamento das taxas, os metros lineares
da soma das testadas do imóvel, menos 20 (vinte) metros por esquina, e nunca inferior a 12
(doze) metros;

3) quando o serviço for feito somente em uma via correspondente a uma das testadas
do imóvel;

a) quando as outras testadas ainda não tenham sido beneficiadas com o serviço será
considerada testada sujeita ao pagamento das taxas os metros lineares da soma das testadas
do imóvel, menos 20 (vinte) metros por esquina, e tendo por limite a extensão da testada
beneficiada;

b) quando as outras testadas já tenham sido beneficiadas com o serviço será


considerada testada sujeita ao pagamento da taxa a diferença entre a soma dos metros
lineares das testadas e os metros lineares do serviço anteriormente pago, observado o
desconto de 20 (vinte) metros por esquina, desde que os metros lineares pagos e a pagar não
sejam inferiores a 12 (doze) metros.

II – Nos terrenos intermediários ás esquinas e que fazem frente para duas vias, quando a
profundidade for igual ou inferior a 20 (vinte metros.)

O terreno também pode fazer frente para 2 vias diferentes, apresentando nesse caso 2 testadas, a
depender de sua configuração.

1) nos serviços executados simultaneamente, pelas duas vias, será considerada testada
sujeita ao pagamento da taxa os metros lineares correspondentes à metade da soma das duas
testadas;

2) nos serviços executados em uma só das testadas;

a) quando a outra testada ainda não tenha sido beneficiada, proporcional à metade da
soma dos metros lineares das duas testadas, tendo por limite a extensão da testada
beneficiada;

b) quando a outra já tenha sido beneficiada, proporcional à metade da soma dos metros
lineares das duas testadas, menos os metros anteriormente pagos.

III – Nos terrenos intermediários em forma de triângulo, os metros da testada com


redução de 30% (trinta por cento).

IV – Nos demais terrenos, proporcional aos metros lineares da testada sobre a via
beneficiada.
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Parágrafo Único - No cálculo de lançamento das taxas a que se referem as seções 7ª e 8ª, para
os imóveis de conjuntos habitacionais e vilas de casas populares será considerada apenas a
metragem da testada beneficiada.

Art. 273 – No parcelamento das taxas a que se referem os artigos 252, 256, 264, 268 e 271
deste Código, aplicar-se- á, a título de financiamento e administração, a cada parcela
vincenda, o acréscimo de 2,50% (dois e meio por cento) por mês de prazo concedido.

Parágrafo único – Nas antecipações de pagamento, facultadas ao contribuinte, será concedido


um desconto de 2% (dois por cento) calculado em função do valor da parcela e dos meses
antecipados.

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QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR


1. CETRO - Procurador (CREF 4)/F57/2013
Sobre as espécies de tributo, assinale a alternativa correta.
a) É constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção,
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
b) O serviço de iluminação pública pode ser remunerado mediante taxa.
c) Não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.
d) A cobrança a título de água e esgoto é considerada tributo.
e) É inconstitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, ainda que não haja integral identidade entre uma base e outra.

RESOLUÇÃO:

A – Correto! Assertiva vai ao encontro de súmula vinculante do Supremo:

Súmula Vinculante 19 – “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos


de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o art. 145, II, da Constituição Federal.”

B – Errada! Assertiva vai de encontro à súmula vinculante do Supremo:

Súmula Vinculante 41 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado


mediante taxa

C – Errada! Mais uma assertiva que reforça a importância de conhecer a jurisprudência das taxas.

Súmula 667 “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária


calculada sem limite sobre o valor da causa”.

D – Na verdade essa cobrança reveste a condição de preço público ou tarifa, espécies não tributárias de
contraprestação pelo serviço prestado.

E – Errada.

Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou


mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.

Gabarito A

2. FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Gestão Tributária/2018


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Um determinado Estado instituiu uma taxa denominada “Taxa sobre Transmissão Gratuita de Bens e
Direitos”, que tem como fato gerador a transmissão gratuita de bens e direitos, e cuja base de cálculo é
idêntica à do ITCMD instituído por aquele Estado. A referida taxa foi instituída em razão de notória
necessidade de o Estado “reforçar seu caixa”, e tem como destinação específica o pagamento dos
credores do Estado, pessoas naturais e jurídicas. De acordo com a Constituição Federal e com o Código
Tributário Nacional, esta exação
a) é conhecida como taxa imprópria, tem natureza temporária, e sua instituição e cobrança são
contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de necessidade
extrema e urgente, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.
b) é taxa, mas sua base de cálculo é imprópria.
c) é taxa, na medida em que foi assim denominada na lei estadual que a instituiu, sendo essa denominação
elemento essencial na determinação de sua natureza jurídica específica.
d) é conhecida como taxa imprópria e tem natureza jurídica específica de taxa, sendo sua instituição e
cobrança contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de
calamidade pública, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.
e) não é taxa, ainda que tenha sido assim denominada, pois seu fato gerador não é o exercício regular do
poder de polícia, nem a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.

RESOLUÇÃO:

A questão aborda o conhecimento de uma regra insculpida no art.4º do CTN a respeito da natureza
jurídica de um tributo:

CTN, Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

O dispositivo esclarece que a natureza jurídica de um tributo não tem relação com sua denominação,
características ou a destinação legal do produto de sua arrecadação. Ou seja, pouco importa que
denominação que o ente instituidor deu, o que vai definir de que tipo de tributo se está falando é o fato
gerador.

A, B, C e D – Errado. A questão nitidamente versa sobre o ITCMD (imposto de transmissão causa mortis e
doação), pouco importando que a lei atribuiu denominação de taxa.

Não existe previsão legal ou constitucional para dispondo sobre taxa imprópria.

E – Gabarito e explicação sobre o tema. O que importa na hora de definir a natureza jurídica de um tributo
é o fato gerador!

Gabarito E

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3. Prova: CESPE - 2017 - TJ-PR - Juiz Substituto


O município de Curitiba – PR instituiu, por lei ordinária, taxa de coleta e remoção de lixo para os imóveis
urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de cálculo do tributo a área construída do
imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, resultaria no valor do tributo devido pelo contribuinte.
Acerca dessa situação hipotética e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de tributar, assinale
a opção correta.
A) A utilização da área construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em questão, por
também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional a instituição do mencionado tributo.
B) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as contribuições,
e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão.
C) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base de cálculo
de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo contribuinte seja proporcional
ao serviço que lhe é prestado.
D) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda a coletividade,
sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa.

RESOLUÇÃO:

A questão busca através de uma contextualização conhecimento sobre a base de cálculo das taxas. É de
suma importância nesse tipo de questão focar nos dados concretos trazidos pelo enunciado.

Segundo a CF, taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos. Por outro lado, o STF autoriza
que se utilize um ou mais elementos contanto que não haja uma integral identidade.

Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou


mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.

A – O que não pode é a integral identidade entre a base de cálculo das taxas e dos impostos. No caso em
tela isso não ocorre. A área construída constitui apenas um elemento da base de cálculo do IPTU.

B – Falso. Só olhar a supracitada súmula vinculante 29.

C – Correto!

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO: BASE DE CÁLCULO. IPTU.


MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. - O fato de um dos elementos utilizados na fixação
da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do imóvel - que é o valor
do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação da alíquota da
taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU:
o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em
cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel,
certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com
isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade
contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1º. II. - R.E. não conhecido.” (RE 232393, Rel.
Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, DJ 05.04.2002)

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D – A coleta e remoção de lixo de imóveis constitui serviço público específico e divisível, porquanto
beneficia cada imóvel podendo esse benefício ser mensurado individualmente. Não podendo ser
confundido com serviços prestados à coletividade indistintamente como um serviço de iluminação pública
ou varrição de ruas.

Gabarito C

4. Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase
O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, remoção e
tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi
notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X.
B) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.
C) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição de taxas
de serviço público.
D) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes.

RESOLUÇÃO:

A – É sempre importante lembrar que a imunidade religiosa envolve impostos! A questão versa sobre uma
taxa.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

b) templos de qualquer culto;

As igrejas não são imunes às taxas! O que não impede o ente tributante, caso seja de sua vontade, de
isentá-las através de lei própria para isso.

B – A taxa em comento é constitucional

SV 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,


remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não
viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

C – A competência para instituir a taxa é do ente que presta o serviço!

D – Gabarito!

Gabarito D

5. Prova: ESAF - 2016 - ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil


Pode ser remunerado
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de Santo taxa o serviço
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A) iluminação pública.
B) coleta de lixo.
C) segurança pública.
D) limpeza pública de vias e logradouros.
E) saúde pública.

RESOLUÇÃO:

A – Afronta súmula do STF segundo a qual serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.

B – Correta! De acordo com a súmula vinculante nº 19.

C, D e E – Esses serviços não obedecem aos requisitos de especificidade e divisibilidade necessários à


cobrança de taxa. São serviços do tipo uti universi, prestados a toda coletividade indistintamente. Não há
como individualizar quanto cada um “usou” de segurança pública, saúde ou da limpeza de vias e
logradouros.

Gabarito B

6. Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento -


2017
Dado que o fato gerador significa um evento e a base de cálculo, a grandeza que o dimensiona
numericamente, considerando-se os impostos e as taxas, é correto afirmar:
A) A base de cálculo dos impostos deve ser a grandeza que dimensiona a manifestação de riqueza, sendo
também totalmente idônea para regular a taxa, que guarda relação com a contraprestação estatal.
B) É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
C) Não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.
D) O Supremo Tribunal Federal entendeu pela inconstitucionalidade da taxa de fiscalização dos mercados
de títulos e valores mobiliários, cobrada pela Comissão de Valores Mobiliários, cujos montantes, em
moeda corrente, são determinados em faixas que variam de acordo com o patrimônio líquido da
sociedade ou fundo de investimento sujeito à fiscalização.

RESOLUÇÃO

A – Errado! É justamente o oposto. A taxa, por ser tributo contraprestacional, tem base de cálculo
diretamente relacionada com o custo do serviço prestado. Além disso há vedação quanto à igualdade
entre base de cálculo de taxa e imposto.

De acordo com o Art. 77 do CTN, parágrafo 2º:

As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

B – Correta!
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Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou


mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja
integral identidade entre uma base e outra.

C – Incorreta pois viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem
limite sobre o valor da causa (Súmula 667 STF).

D – A súmula 665 do STF determinou constitucional a taxa decorrente do poder de polícia atribuído à
CVM.

Gabarito B

7. Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento -


2017
Relativamente às taxas, assinale a alternativa correta:
A) A Constituição Federal menciona quais as taxas que são de competência das entidades tributantes,
obedecendo-se ao critério de repartição de atribuição administrativa para a prestação do serviço.
B) A taxa de serviço público específico e divisível possui, como fato gerador, a utilização efetiva ou
potencial desse mesmo serviço, podendo ainda ser instituída para repartir os custos de serviço estatal
efetivamente existente ou para angariar recursos para a sua implantação.
C) O serviço de iluminação pública pode ser remunerado mediante taxa.
D) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 145, II, da Constituição Federal.

RESOLUÇÃO:

A – A assertiva insinua haver uma discriminação constitucional das taxas a serem instituídas por cada
ente. Não é assim que acontece. A CF atribui concorrentemente a competência para instituir taxas
conforme a competência para prestar o serviço público específico e divisível ou exercer o poder de polícia.

Caso ao Estado caiba exercer certo poder de polícia, a ele caberá instituir a taxa referente. Se certo serviço
se inclui na competência, por exemplo, de um Município, a ele, portanto, caberá instituir a pertinente
taxa.

B – As taxas não podem servir para angariar recursos para a prestação do serviço. O serviço já tem que
ter sido prestado ou colocado à disposição para depois ser cobrada a exação.

C - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa (Súmula Vinculante 41).

D – Correto!

Súmula vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos


de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o art. 145, II, da CF.

Gabarito D
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8. Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção -


2017
Em relação às taxas, assinale a alternativa correta:
A) O exercício regular do poder de polícia pelas entidades tributantes, segundo as atribuições
administrativas previstas na Constituição Federal, pode, excepcionalmente, acarretar a imposição de
taxas, por parte de cada uma delas, considerando a fiscalização de determinada atividade, como é o caso
da proteção ao meio ambiente.
B) As taxas de polícia instituídas e cobradas pelas entidades tributantes, tendo como fato gerador a
atividade fiscalizadora incidente sobre uma mesma matéria, regulando a prática de ato ou a abstenção
de fato, configuram bis in idem e destoam das atribuições administrativas inseridas na Constituição
Federal.
C) Considera-se irregular o poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
D) Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
particular específico, no que concerne à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.

RESOLUÇÃO

A – O STF já decidiu não haver bitributação nesse caso, podendo, a depender do caso, incidir taxa de cada
ente responsável pela fiscalização. Vejamos o julgado que tratou dessa questão:

TRIBUTÁRIO. TAXA DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL. EXAÇÕES COBRADAS PELA UNIÃO E


PELO ÓRGÃO ESTADUAL. BITRIBUTAÇÃO DESCARACTERIZADA. CONFISCO. RAZÕES
RECURSAIS INSUFICIENTES PARA CONCLUIR PELA DESPROPORCIONALIDADE OU PELA
IRRAZOABILIDADE DA COBRANÇA. É condição constitucional para a cobrança de taxa
pelo exercício de poder de polícia a competência do ente tributante para exercer a
fiscalização da atividade específica do contribuinte (art. 145, II da Constituição). Por não
serem mutuamente exclusivas, as atividades de fiscalização ambiental exercidas pela
União e pelo estado não se sobrepõem e, portanto, não ocorre bitributação

B – Incorreta, pelos fundamentos expostos na assertiva A

C e D – Vejamos o art. 78 do CTN do qual o banca apenas copiou as assertivas trocando termos isolados
na busca por confundir o candidato:

“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público (e não interesse particular) concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

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Parágrafo único. Considera-se regular (e não irregular) o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder”.

Gabarito A

9. Prova: CONSULPLAN - 2015 - TJ-MG - Juiz Leigo


Nos termos do Código Tributário Nacional, cabe cobrança de TAXA na hipótese de:
A) Poder de polícia.
B) Iluminação pública.
C) Segurança nacional.
D) Limpeza de logradouros.

RESOLUÇÃO:

A – Consiste em uma das hipóteses constitucionais da cobrança de taxas. Vejamos:

CF Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de


serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição

Ainda o CTN:

CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador
o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas.

B – De acordo com a súmula vinculante 41, o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.

C - A segurança nacional não é o tipo de serviço cuja fruição pode ser individualizada ou mensurada. É um
dever do Estado prestado a todos indistintamente. Seu financiamento é realizado através de impostos.

D – Tanto a taxa por limpeza de logradouros, quanto de limpeza de ruas, varrição, conservação de vias
públicas são inconstitucionais, porquanto não gozam da especificidade e divisibilidade inerente às taxas
por prestação de serviços. Entretanto, cumpre ressaltar que a coleta domiciliar de lixo não está incluída
nesse rol. Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
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remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145,
II, da Constituição Federal.

Gabarito A

10. Prova: FCC - 2017 - TJ-SC - Juiz Substituto


Município X cobra taxa por coleta de lixo urbano, feita por empresa contratada pela Administração
municipal. O tributo é calculado sobre o valor, atribuído por lei municipal, da frente para a via pública do
imóvel em que se dará a coleta, medida em metros lineares. O tributo é julgado inconstitucional. A taxa
não pode ser cobrada porque
A) a base de cálculo é semelhante ao valor venal do imóvel, base de cálculo do IPTU.
B) a base de cálculo não é apropriada para prestação de serviços, prestando-se, somente, para o caso de
taxa por exercício de poder de polícia.
C) o serviço público é prestado por particular contratado, sendo, portanto, caso de cobrança de preço
público diretamente pelo contratado.
D) o serviço é, por natureza, indivisível, tendo em vista a impossibilidade de pesar o lixo no momento da
coleta.
E) a base de cálculo não tem pertinência com o serviço prestado ou posto à disposição.

RESOLUÇÃO:

A – Consoante entendimento do supremo, não há problema quando a base de cálculo da taxa guarda
semelhança com a do imposto, ainda que tenha um ou outro aspecto igual, o que não pode ocorrer é a
integral identidade.

B - As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Ao
contrário do que afirmado a assertiva, o caso em tela trata da taxa serviço e não a da taxa pelo regular
exercício do poder de polícia.

C – Assertiva que pode gerar alguma polêmica uma vez que o tema se encontra pendente de julgamento
no STF com repercussão geral reconhecida. A esse respeito assim se manifestou a Corte Suprema:

“O caso envolve particularidade que está a merecer um pronunciamento do Plenário,


qual seja, a possibilidade de delegação, mediante contrato de concessão, do serviço de
coleta e remoção de resíduos domiciliares, bem como a forma de remuneração de tais
serviços, no que diz respeito à essencialidade e à compulsoriedade. É de se definir,
portanto, a natureza jurídica da cobrança pela prestação dos serviços de coleta e
remoção de lixo domiciliar prestado por concessionária, já que, quando prestados
diretamente por município, eles devem ser remunerados por taxa”, apontou o ministro
Toffoli. A repercussão geral do tema tratado neste recurso foi reconhecida por meio de
deliberação do Plenário Virtual do STF, em decisão majoritária.

Entretanto, não havendo pronunciamento em definitivo, deve-se resolver a questão de olho na legislação,
que não faz essa ressalva quanto a quem efetivamente presta o serviço. A lei estipula que se o serviço
prestado for público, específico e divisível, haverá incidência.

É interessante
Prefeituraanotar esse
de Santo entendimento
André-SP daAndré
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jurisprudência.
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D – A natureza do serviço de coleta de lixo é divisível. Não há problema em mensurar quanto cada um
aproveitaria desse serviço.

E – Gabarito e interessante variação do que geralmente é cobrado sobre esse tema.

O normal é a cobrança sobre o entendimento do STF que a taxa de lixo domiciliar pode ser cobrada com
base na metragem do imóvel, haja vista que é possível presumir que os imóveis com maiores áreas
produzem maior quantidade de lixo.

Entretanto, a assertiva não usou o conceito de área. Ela usou apenas a metragem da frente do imóvel.
Ora, apenas uma variável não pode responder pela área do imóvel, ele pode ter uma frente pequena, mas
comprimento grande, ou qualquer outra variação que deslegitima a mensuração de sua área apenas
computando o valor de frente.

Gabarito E

11. Prova: IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador
do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição”, de acordo com a definição citada, assinale a alternativa que
NÃO se enquadra como fato gerador apto a cobrança de taxa:
A) Prestação de serviço público de coleta de lixo.
B) Prestação de serviço inerente à segurança pública.
C) Retirada de passaporte
D) Submissão de projeto de engenharia aos órgãos estatais competente

RESOLUÇÃO:

A - Súmula Vinculante 19

A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e


tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo
145, II, da Constituição Federal.

B – Serviço não obedece aos requisitos de especificidade e divisibilidade necessários à cobrança de taxa.
São serviços do tipo uti universi, prestados a toda coletividade indistintamente.

Não há como individualizar quanto cada um “usou” de segurança pública

C – Interessante exemplo de taxa oriunda de uma fiscalização do poder público, limitando liberdades
individuais em prol da coletividade. Taxa, portanto, referente ao poder de polícia estatal.

D - Submissão de projeto de engenharia aos órgãos estatais competentes: taxas de licença têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia.

Gabarito B

12. Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto


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A União alterou o Regimento de Custas da Justiça do DF, estabelecendo que 5% da arrecadação


decorrente do pagamento de custas da justiça deveriam ser repassados à uma associação representativa
de um segmento de serventuários da justiça.
Nessa situação hipotética, a alteração do regimento deve ser considerada
A) inválida porque a União não é competente para regulamentar tal tema.
B) inválida porque o produto da arrecadação em questão não pode ser revertido em benefício de pessoas
jurídicas de direito privado, a exemplo da Associação de Magistrados X.
C) válida porque é lícita a destinação da arrecadação advinda do tributo em questão a serviços
indiretamente pertinentes à administração da justiça.
D) válida porque, embora as custas sejam um tributo vinculado, é permitido ao ente competente definir
a destinação de produto de arrecadação de tributo.
E) válida porque as custas podem ser destinadas a manter qualquer serviço de interesse público, por
serem tributo não vinculado.

RESOLUÇÃO:

A – A União é competente para legislar sobre o tema, como se depreende da leitura do art. 22 da CF que
dispõe sobre a competência privativa da União:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da


Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

Ou da leitura do art. 24 que dispõe sobre a competência concorrente:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

IV - custas dos serviços forenses;

O problema, portanto, não está na atribuição da competência.

Assertiva errada!

B – Há que se esclarecer, primeiramente, que a natureza jurídica das custas é de taxa.

Além disso, vedada a destinação do produto das taxas judiciárias a entidades privadas ou de
representação de classes.

No mais, a CF exige que o produto de custas e emolumentos sejam destinados ao custeio dos serviços
públicos ligados à prestação jurisdicional. Vejamos, artigo 98,

§2º: [...] "As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços
afetos às atividades especificas da Justiça".

C , D e EPrefeitura
– Erradas!
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As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são taxas,


segundo a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. (...) Impossibilidade da
destinação do produto da arrecadação, ou de parte deste, a instituições privadas,
entidades de classe e Caixa de Assistência dos Advogados. Permiti-lo, importaria ofensa
ao princípio da igualdade. (ADI 1.145, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 8-11-2002)

Cumpre relembrar, entretanto, que é possível a destinação das taxas a fundo da Defensoria Pública ou do
MP:

(...) RIO DE JANEIRO. TAXA INSTITUÍDA SOBRE AS ATIVIDADES NOTARIAIS E DE


REGISTRO. PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DESTINADO AO FUNDO ESPECIAL DA
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. (...)dispositivo legal impugnado
não invade a competência da União para editar normais gerais sobre a fixação de
emolumentos. Isto porque esse tipo de competência legiferante é para dispor sobre
relações jurídicas entre o delegatário da serventia e o público usuário dos serviços
cartorários. (ADI 3643, DJ 16-02-2007)

O produto da arrecadação de taxa de polícia sobre as atividades notariais e de registro


não está restrito ao reaparelhamento do Poder Judiciário, mas ao aperfeiçoamento da
jurisdição. E o Ministério Público é aparelho genuinamente estatal ou de existência
necessária, unidade de serviço que se inscreve no rol daquelas que desempenham
função essencial à jurisdição (ADI 3028, Marco Aurélio, DJE 30-06-2010 )

Gabarito B

13. Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal

Relativamente à distinção entre taxa e preço público, julgue o item seguinte.

Enquanto determinado aeroporto for administrado pela INFRAERO, a taxa de embarque que o
consumidor pagar classificar-se-á como uma taxa, no sentido de espécie tributária; se for transferida a
administração do citado aeroporto para concessionário privado, o referido pagamento passará a ter
natureza jurídica de preço público.

( ) Certo

( ) Errado

RESOLUÇÃO:

Assunto que também deve ser memorizado pelo aluno! A tarifa aeroportuária configura preço público! E
não taxa!

Dessa forma, não se submetem às limitações constitucionais ao poder de tributar, não demandando,
inclusive, lei formal para sua instituição.

Gabarito: Errada

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14. Prova: FMP Concursos - 2014 - TJ-MT – Juiz- Adaptada


Os tributos vêm sendo classificados em cinco espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria,
contribuições (especiais) e empréstimos compulsório. Sobre as taxas, analise as seguintes assertivas:
As taxas podem ser instituídas em razão da prestação de serviços específicos e divisíveis ou do exercício
do poder de polícia, bem como do uso de bens imóveis, mas não podem ter base de cálculo própria de
impostos.
As taxas são tributos com característica contraprestacional ou comutativa, de modo que o montante
cobrado guarde equivalência razoável com o custo da atividade estatal que constitui seu fato gerador.

RESOLUÇÃO:

1ª assertiva: Errada. Apesar de começar bem reproduzindo as hipóteses autorizadoras da cobrança de


taxa, ela se equivoca quando fala em “uso de bens imóveis”.

Não existe taxa pelo uso, ocupação, ou utilização de bem público. Vejamos um caso semelhante no qual
se indagava a possibilidade de cobrança de taxa pela exploração de recursos minerais:

EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO: TAXA: CONCEITO. CÓDIGO DE MINERAÇÃO.


Lei 9.314, de 14.11.96: REMUNERAÇÃO PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS:
PREÇO PÚBLICO. I. - As taxas decorrem do poder de polícia do Estado, ou são de serviço,
resultantes da utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (C.F., art. 145, II). O
poder de polícia está conceituado no art. 78, CTN. II. - Lei 9.314, de 14.11.96, art. 20, II
e § 1º, inciso II do § 3º: não se tem, no caso, taxa, no seu exato sentido jurídico, mas
preço público decorrente da exploração, pelo particular, de um bem da União (C.F., art.
20, IX, art. 175 e §§). III. - ADIn julgada improcedente. (ADI 2586, Relator(a): Min.
CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 16/05/2002, DJ 01-08-2003 PP-00101
EMENT VOL-02117-34 PP-07326)

2ª assertiva: Correta. Reproduz entendimento do STF segundo o qual as taxas, sendo tributos com forte
característica contraprestracional deve guardar equivalência razoável entre o custo da atividade ofertada
pelo estado e o valor arrecadado.

Cumpre ressaltar que esse equivalência não deve ser confundida com uma identidade matemática
absolutamente precisa.

Gabarito: Errada, Certa

15. Prova: CESPE - 2013 - TJ-PI - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
O tribunal de justiça de determinado estado, por meio de um provimento, corrigiu monetariamente, por
conta própria, o valor cobrado das custas judiciais e emolumentos. Embora não houvesse permissão legal,
referido tribunal atualizou esses valores devido ao fato de eles estarem bastante defasados.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
A) Emolumentos e custas judiciais são valores cobrados pela prestação de serviços públicos específicos e
divisíveis e devem observar o princípio da reserva legal.
B) Os emolumentos são valores cobrados administrativamente pelos serviços prestados no Poder
Judiciário e são de livre instituição e cobrança dos tribunais de justiça.
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C) As custas judiciais, por serem contraprestação de serviços públicos específicos prestados pelos
tribunais, podem ser atualizadas por normas administrativas do tribunal.
D) Tendo os emolumentos cartorários e as custas judiciais natureza de taxa, o produto de sua arrecadação
somente poderá ser destinado para custeio de serviços públicos, ainda que esses serviços sejam diversos
daqueles para os quais foram arrecadados.
E) A atualização monetária não significa aumento de valores, dado que é considerada como recomposição
do valor real, e, portanto, pode ser estabelecida administrativamente pelo tribunal, mesmo sem que a lei
autorize.

RESOLUÇÃO

A – Correta! Custas e emolumentos judiciais ou extrajudiciais constituem retribuição pela prestação de


serviços públicos específicos e divisíveis, portanto, têm natureza jurídica de taxas. Dessa forma, observam
todas as restrições determinadas pela CF para qualquer outro tributo.

Não podem, portanto, serem instituídas ou terem suas alíquotas alteradas via decreto.

B – Errada! São tributo e, dessa forma, obedecem às limitações constitucionais ao poder de tributar.

C – Não cabe às normas administrativas do tribunal essa atualização.

D – Errada. O destino da receita deve estar relacionado com a atividade que motivou a instituição da taxa.
Vejamos:

Taxa em razão do poder de polícia: a Lei mato-grossense 8.033/2003 instituiu taxa em


razão do exercício do poder de polícia. Poder que assiste aos órgãos diretivos do
Judiciário, notadamente no plano da vigilância, orientação e correição da atividade em
causa, a teor do § 1º do art. 236 da Carta Cidadã. É constitucional a destinação do
produto da arrecadação da taxa de fiscalização da atividade notarial e de registro a
órgão público e ao próprio Poder Judiciário.

[ADI 3.151, rel. min. Ayres Britto, j. 8-6-2005, P, DJ de 28-4-2006.]

E – O equívoco da assertiva foi dispensar a autorização legal para que a atualização ocorra, mesmo que
por ato infralegal.

Gabarito A

16. Prova: ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal - Prova 2
Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto, que:
A) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada
atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam.
B) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do
poder de polícia.
C) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir na prestação ao
contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não.
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D) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas.
E) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo
órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

RESOLUÇÃO:

A – Correto! A taxa é uma espécie vinculada de tributo, ou seja, está atrelada a um fato do estado
(prestação de serviço ou exercício do poder de polícia) que, após ocorrido, autoriza a cobrança do tributo
em comento.

B – Exato. É uma das hipóteses que autoriza a cobrança de taxa.

C – A banca tentou confundir os candidatos adicionando esse “ou não” ao fim da assertiva. Errado! O
serviço público apto a ensejar a cobrança de taxa é o específico e divisível!

D – Ao contrário da taxa, o imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte (CTN, art. 16). Incide sobre
fatos signo-presuntivos de riqueza (sinais de riqueza do contribuinte), tais como renda e propriedade, e
não sobre atividades estatais. Constitui, assim, uma receita que se destina ao financiamento de atividades
gerais do Estado, tais como saúde, educação, segurança pública, transporte etc.

E – Transcrição literal do art.78 CTN que dispõe sobre o exercício regular do poder de polícia.

Gabarito C

17. Provas: FCC - 2013 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária - Prova 3
Com respeito à disciplina legal das taxas, é:

A) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
B) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
C) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que haja a manutenção, pelo
sujeito ativo, de órgão de controle em funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.
D) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo fato gerador pela União e
por Estado, pois ambos têm competência para exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar
de competência comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos
E) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios, porquanto instituída como
contraprestação a serviço não divisível.

RESOLUÇÃO:

A – Errada

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Súmula Vinculante 29 - "É constitucional a a adoção no cálculo do valor de taxa de um


ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra".

B – Errada

Súmula Vinculante 19 - "A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo e resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145 , II, da CF".

C – Errada

STF tem entendido não haver a necessidade da visita física, presencial, para configurar o exercício do
poder de polícia apto a autorizar a cobrança da taxa referente.

D – Correta!

A cobrança de uma taxa refere-se à prestação de um serviço ou ao exercício do poder de polícia. Estarão
autorizados a cobrá-la apenas os entes a quem a CF atribuiu a competência tanto para a prestação do
serviço quanto para o exercício do poder de polícia. Entendido esse conceito, a questão indaga a
possibilidade de cobrança de taxa quanto ao exercício de um poder de polícia (fiscalização) que pode ser
exercido por mais de um ente.

O STF determinou possível a cobrança de taxa por cada um dos entes, afastando a argumentação de
bitributação com o fundamento de que as atividades fiscalizatórias não são mutuamente exclusivas e não
se sobrepõem.

E – Errada!

Segundo o STF é constitucional a taxa oriunda da prevenção de incêndios, porquanto instituída como
contraprestação a serviço essencial, específico e divisível.

Gabarito D

18. FCC - Procurador do Município de São Paulo/2008


Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da hipótese de incidência é ter
piscina em imóvel localizado dentro do Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros
quadrados da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O contribuinte é o
proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa
a) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de polícia ou de prestação de serviço
público, sendo fato gerador de imposto.
b) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da União e não do Município.
c) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização que o Poder Público tem
que realizar na construção de piscinas.
d) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação efetiva do serviço de água
tratada fornecida para manter a piscina.
e) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.
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RESOLUÇÃO:

A – Ora, ostentar uma piscina em casa demanda do estado alguma contraprestação? Há alguma
fiscalização ou serviço prestado pelo estado em virtude da simples presença de uma piscina na casa do
contribuinte? Evidente que não.

Dessa forma, esse é nosso gabarito.

B – Não há que se falar em instituição de taxa no presente caso.

C – Em momento algum a questão fala em fiscalizar algo. O enunciado é claro em sugerir como fato
gerador a propriedade de um bem (no caso, a piscina), fato que não pode ensejar cobrança de taxa.

D – Não houve menção no enunciado à prestação de serviço algum.

E – A taxa não será admitida pelos motivos expostos, não havendo óbice quanto à estipulação de alíquotas
em espécie.

Gabarito A

19. Prova: MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça


Relativamente às taxas, é incorreto afirmar:
A) Podem ser cobradas em decorrência do exercício do poder de polícia e da prestação efetiva ou
potencial de serviço público, específico e divisível.
B) As denominadas taxas de serviço decorrem da prestação específica e divisível de um serviço público e
pressupõem a mensuração da atividade prestada.
C) As taxas tem enumeração taxativa e estão todas previstas na Constituição Federal.
D) As taxas não podem ter a mesma base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
impostos.
E) Entende-se haver prestação potencial do serviço, quando, sendo de utilização compulsória, seja posto
à disposição do contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

RESOLUÇÃO:

A – Correto. Segundo a CF:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de


serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

B – Correto. A mensuração aludida na assertiva diz respeito à divisibilidade e especificidade do serviço.

C – A CF em momento algum previu taxativamente as taxas, ela apenas determina as hipóteses em que
podem ser instituídas, cabendo aos entes responsáveis a efetiva instituição e cobrança das mesmas.

D – Correto!
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Lembrando que o problema será a total identidade, estando autorizada a utilização de um elemento ou
outro da base de cálculo do imposto.

E – Correta! Literalidade do CTN:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I- utilizados pelo contribuinte:

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

Gabarito C

20. Prova: CESPE - 2012 - TJ-PA - Juiz


Assinale a opção correta a respeito da instituição e cobrança de taxas.
A) É constitucional a cobrança de taxa de matrícula em universidade pública federal.
B) De acordo com entendimento firmado em súmula do STJ, é ilegítima a cobrança, pelo município, de
taxa relativa à renovação de licença para a localização de estabelecimento comercial ou industrial.
C) É permitida a criação de taxa judiciária, sem limite, sobre o valor da causa.
D) É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
E) É vedada a cobrança de taxa em razão do serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis.

RESOLUÇÃO

A – Errado! Em dissonância com entendimento sumulado do STF segundo o qual é inconstitucional a


cobrança de taxa de matrícula em universidade pública.

Vale ressaltar que a aplicação dessa súmula não impede a cobrança de taxa de matrícula para cursos de
pós graduação.

B- A taxa de renovação anual de licença para localização, instalação e funcionamento de estabelecimentos


comerciais e similares é legal, desde que exista um órgão administrativo que realize o poder de polícia e
que a não seja impedida a base de cálculo.

Sequer existe a necessidade da comprovação do efetivo exercício da fiscalização ano após ano para se
legitimar a cobrança. Havendo a estrutura para esse fim, ela está autorizada.

C - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor
da causa (Súmula 667 do STF).

D – Correta!

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É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra (Súmula
Vinculante n. 29).

E – Errada

A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal
(Súmula Vinculante n. 19).

Gabarito D

21. Prova: FCC - 2012 - TJ-GO - Juiz


Analise os itens a seguir:
I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e divisível; deve ter valor fixo para
todos os beneficiários da obra.
II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço específico e indivisível; deve ter
valor fixo para todos os beneficiários do serviço, desde que haja efetiva fruição.
III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de polícia, pois se trata de exercício
regular do poder de polícia.
IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim como o serviço de iluminação
pública.
V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a natureza jurídica do tributo como
imposto.

É correto o que se afirma APENAS em


A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e V.
E) IV e V.

RESOLUÇÃO:

I - Segundo o STF, a realização de pavimentação nova, suscetível de caracterizar benefício direto a imóvel
determinado com incremento de seu valor, pode justificar a cobrança de contribuição de melhoria, o que
não acontece com o mero recapeamento de via pública já asfaltada, que constitui simples serviço de
manutenção e conservação, não ensejando a cobrança do tributo.

II – O serviço de coleta domiciliar de lixo é fato gerador de taxa justamente por ser específico e divisível,
não necessariamente tendo valor fixo para todos os beneficiários e seu fato gerador compreende tanto a
efetiva prestação quanto a potencial.

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III - É possível a exigência de taxa de polícia pela concessão de alvará de construção, tendo em vista se
tratar de exercício regular poder de polícia, limitando e regulando a liberdade de alguns em prol de toda
a coletividade.

IV – Imposto não tem como fato gerador situação oriunda do estado, segundo o CTN:

Art. 16 do CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

V – Certo.

Art. 4º - CTN - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva

obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Gabarito D (certas II e IV)

22. Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC - Juiz Substituto


Assinale a opção correta a respeito de taxa.
A) Sendo o fato gerador da taxa a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos de atribuição do
ente tributante, a taxa de serviço só pode ser criada caso exista um serviço público efetivamente ou
potencialmente utilizado pelo contribuinte e desde que esse serviço seja específico e divisível.
B) O serviço prestado por concessionária de serviços públicos não pode ser custeado por meio de taxa.
C) O Estado poderá estabelecer aumento do valor da taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia de
fiscalização das embarcações para custear parte do custo da educação básica, uma vez estabelecida a
educação como a prioridade no programa de governo.
D) Com o objetivo de incentivar a produtividade agrícola, os municípios podem instituir e cobrar taxa de
serviço para custear a implantação de serviços técnicos a serem utilizados por pequenos produtores na
preparação da terra.
E) O poder de polícia, em si mesmo, é que dá suporte às taxas exigidas em razão dele, e a sua exigência
independe da concreta realização de atos nos quais esse poder se expressa.

RESOLUÇÃO:

A – É o gabarito! Reflete precisamente os ditames legais e constitucionais acerca das taxas afetas à
prestação de serviço.

B – Assertiva interessante para guardar o entendimento da banca sobre o assunto. Entretanto, a natureza
jurídica da remuneração da concessionária de serviço público ainda será decidida pelo plenário do STF.

Segundo o site do STF:

“O caso envolve particularidade que está a merecer um pronunciamento do Plenário,


qual seja, a possibilidade de delegação, mediante contrato de concessão, do serviço de
coleta ederemoção
Prefeitura de resíduos
Santo André-SP domiciliares,
- ISS Santo bem Fiscal
André (Auditor comode
a forma
Receitade remuneração
Municipal) de tais do Município de S
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serviços, no que diz respeito à essencialidade e à compulsoriedade. É de se definir,


portanto, a natureza jurídica da cobrança pela prestação dos serviços de coleta e
remoção de lixo domiciliar prestado por concessionária, já que, quando prestados
diretamente por município, eles devem ser remunerados por taxa”, apontou o ministro
Toffoli. A repercussão geral do tema tratado neste recurso foi reconhecida por meio de
deliberação do Plenário Virtual do STF, em decisão majoritária.

Aguardemos, portanto, cenas dos próximos capítulos.

C – A taxa de fiscalização vincula-se ao poder de polícia exercido. O resultado de sua arrecadação não
pode ser destinado para atividade alheia ao fim almejado com sua instituição.

D – De acordo com a assertiva, os municípios cobrariam a taxa para custear a implementação de um


serviço. Além da questionável essencialidade de tal serviço, essa taxa subverte a ordem constitucional
dessa exação segundo a qual o município prestaria o serviço e depois arrecadaria.

E – Devemos sempre lembrar que a possibilidade de cobrança de taxa por contraprestação


potencialmente prestada relaciona-se apenas à taxa de serviços. Em relação à taxa por exercício de poder
de polícia, exige-se que o mesmo seja prestado.

Gabarito A

23. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXVI Exame/2018


José, preocupado com o meio ambiente, faz uso de um processo caseiro de transformação do lixo
orgânico em adubo, bem como separa o lixo inorgânico, destinando-o à reciclagem. Por isso, sempre que
os caminhões que prestam o serviço público de coleta de lixo passam por sua casa, não encontram lixo a
ser recolhido. José, então, se insurge contra a cobrança da taxa municipal de coleta de lixo proveniente
de imóveis, alegando que, como não faz uso do serviço, a cobrança em relação a ele é indevida.

Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta.


a) Por ser a taxa de um tributo contraprestacional, a não utilização do serviço pelo contribuinte retira seu
fundamento de validade.
b) A coleta de lixo domiciliar nessas condições não configura a prestação de um serviço público específico
e divisível, sendo inconstitucional.
c) Por se tratar de serviço público prestado à coletividade em geral, no interesse da saúde pública, seu
custeio deve ocorrer por meio dos recursos genéricos auferidos com a cobrança de impostos.
d) A cobrança é devida, pois o serviço está sendo potencialmente colocado à disposição do contribuinte.

RESOLUÇÃO:

A – Negativo. A definição das taxas esclarece:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

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Logo, a não utilização pelo contribuinte de um serviço posto à sua disposição não retira o fundamento de
validade da taxa.

B e C – A coleta domiciliar de lixo gera a possibilidade de cobrança de taxa, segundo entendimento


sumulado do STF:

A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e


tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o art.
145, II, da CF.

[Súmula Vinculante 19.]

D – Esse é o gabarito e serve como um bom exemplo para auxiliar a fixação do conceito de serviço
potencialmente prestado que enseja a cobrança de taxa.

Gabarito D

24. IESES - Notário e Registrador (TJ RO)/Provimento/2017


Sobre as TAXAS, assinale a alternativa INCORRETA:
a) As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
b) Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos
c) A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e ser
calculada em função do capital das empresas
d) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente
nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

RESOLUÇÃO:

A – Correto! Reprodução do art. 77 CTN:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

B – Correto! Reprodução do art.78 CTN:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
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concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à


propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

C – Errada. Vejamos o parágrafo único do art. 77:

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

D – Correto! Reprodução do parágrafo único do art.78

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado


pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Gabarito C

25. CESPE - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2015/XVI


A União instituiu taxa com a finalidade de remunerar a efetiva atividade desenvolvida pela Força Nacional
de Segurança Pública. Os cidadãos residentes nas localidades de atuação da Força Nacional deverão pagar
a taxa referente apenas ao período em que essa atuação persistir.

Nessa situação hipotética, a taxa a ser cobrada


a) é constitucional, por fundamentar-se na utilização efetiva ou potencial, pelos contribuintes, de serviço
público de segurança.
b) é inconstitucional, visto que serviços de segurança pública devem ser remunerados por tarifa.
c) é inconstitucional, uma vez que os serviços de segurança pública não podem ser usufruídos
individualmente, mas atendem a um número indeterminado de pessoas.
d) é constitucional, por ser fundamentada no efetivo exercício do poder de polícia pelo Estado.
e) é inconstitucional, por não atender aos critérios da generalidade e da universalidade.

RESOLUÇÃO:

A e D- O STF entende que os serviços públicos gerais (universais, prestados “uti universi”) devem ser
financiados com a arrecadação de impostos e os serviços públicos específicos (singulares, prestados “uti
singuli”) devem ser financiados por meio das taxas. Nessa toada, estabeleceu que a prestação de serviço
relacionada à segurança pública, por não possibilitar mensuração individual de quanto cada um dela
aproveitou, constitui serviço indivisível, prestado a toda coletividade indistintamente.

Dessa forma, não podem ser remunerados via taxa.

B – O serviço de segurança pública busca sua remuneração nas receitas estatais oriundas de imposto.

Um dos atributos caracterizadores da tarifa é a facultatividade do serviço que lhe autoriza a cobrança.
Logo, não tem qualquer relação com a segurança pública.

C – Correta!
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E – É exatamente o contrário. Como ela atende aos critérios de generalidade e universalidade, não pode
gerar a cobrança de taxa.

Gabarito C

26. CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área IX/Consultor Legislativo/2014


Julgue o item, relativo a política fiscal e tributação.
Caso um município pretenda instituir tributo que tenha como fato gerador o exercício de atividade
fiscalizatória de determinado setor econômico necessária para a posterior concessão de alvará de
funcionamento, tal exação somente poderá ser imposta por meio de taxa, decorrente do exercício regular
do poder de polícia, desde que o serviço público seja específico e divisível e sua utilização pelo
contribuinte seja efetiva.
( ) Certo
( ) Errado

RESOLUÇÃO:

A questão tenta induzir a erro misturando o conceito do fato gerador da taxa oriunda da prestação de
serviço, que demanda especificidade, divisibilidade e que sua prestação seja efetiva ou potencial, com o
conceito do fato gerador da taxa oriunda do poder de polícia, que é a taxa a que se refere a questão e
dispensa os supracitados requisitos da taxa de serviço.

Vejamos:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado


pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Gabarito: Errada

27. FCC - Analista Legislativo (ALEPE)/Direito Tributário, Financeiro e Cidadania/Consultoria


Legislativa/2014
É taxa decorrente da prestação de serviço público passível de ser validamente cobrada:
a) pedágio cobrado por Concessionários de rodovias, no regime da Lei de Concessões (Lei nº8.987/1995).
b) custas processuais.
c) taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos.
d) taxa de fiscalização de anúncios.
e) taxa de pavimentação asfáltica cobrada dos munícipes em geral de determinado Município.

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RESOLUÇÃO:

A – Errada.

Discussão há muito pacificada, o STF consolidou o entendimento que o pedágio cobrado pelas
concessionárias em rodovias cedidas pelo poder público é caracterizado como preço público (tarifa), e
não taxa.

B – Correta!

As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são taxas,


segundo a jurisprudência iterativa do STF. (...) Impossibilidade da destinação do produto
da arrecadação, ou de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa
de Assistência dos Advogados. Permiti-lo importaria ofensa ao princípio da igualdade.
Precedentes do STF.

[ADI 1.145, rel. min. Carlos Velloso, j. 3-10-2002, P, DJ de 8-11-2002.]

C – A questão pedia uma taxa oriunda da prestação de serviços. Essa assertiva representa uma taxa válida,
porém, oriunda do exercício do poder de polícia.

D – Mais um caso de taxa oriunda do exercício do poder de polícia.

E – Taxa de pavimentação asfáltica foi uma declarada inconstitucional pelo STF. Vejamos:

TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SANTO ANDRE/SP. TAXA DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA.


LEI N. 3.999/72, ART. 244. INCONSTITUCIONALIDADE.

Tributo que tem por fato gerador benefício resultante de obra pública, próprio de
contribuição de melhoria, e não a utilização, pelo contribuinte, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição.

Impossibilidade de sua cobrança como contribuição, por inobservância das formalidades


legais que constituem o pressuposto do lançamento dessa espécie tributaria.

Inocorrência da alegada afronta ao art. 18, II, da EC 01/69.

Inconstitucionalidade, que se declara, do art. 276 da Lei n. 3.999, de 29 de dezembro de


1972, do Município de Santo Andre/SP.

Recurso não conhecido”.

Segundo o Supremo, o tributo apto a remunerar essa atividade é a contribuição de melhoria.

Gabarito B

28. FGV - Fiscal Tributário (Osasco)/2014

Município da Federação exige taxa de um sindicato de trabalhadores, em virtude de um serviço público


específico e divisível a este prestado. Tal exigência:
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a) é inconstitucional, pois esses sindicatos são equiparados ao Estado;

b) é inconstitucional, pois os sindicatos de trabalhadores são imunes à tributação;

c) é inconstitucional, pois os sindicatos de trabalhadores são entidades de utilidade pública;

d) é constitucional, ainda que não tenha sido formalmente instituída por lei, por estarem as taxas
previamente previstas no Código Tributário Nacional;

e) é constitucional, desde que a taxa tenha sido instituída por lei.

RESOLUÇÃO:

A, B e C – Devemos sempre lembrar que a imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores abrange
apenas os impostos. Assim dispõe o art. 150:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou


literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Alínea acrescida pela Emenda
Constitucional nº 75, de 2013)

Dessa forma, não há que se falar nessa imunidade para as taxas, como a mencionada na questão.

D – Taxas demandam lei formal para sua instituição e cobrança.

E – É o gabarito

Gabarito E

29. FCC - Assessor Jurídico (TCE-PI)/2014

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De acordo com o inciso VIII do art. 21 da Constituição Federal, compete à União fiscalizar as operações de
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada.

A Lei Federal nº 6.385/76 criou a Comissão de Valores Mobiliários, com diversas competências legais
específicas e privativas, inclusive as de fiscalizar e inspecionar as companhias abertas com prioridade para
as que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório (art.
5º, inciso V, da Lei Federal nº 6.385/76).

Em razão do desempenho das atribuições legais que foram outorgadas à CVM, a União instituiu uma taxa
de fiscalização do mercado de valores mobiliários, a ser paga pelos contribuintes identificados no art. 3º
daquela Lei Federal.

A taxa, acima mencionada,

a) poderá também ser instituída pelos Estados, desde que eles efetivamente inspecionem e fiscalizem as
referidas companhias abertas, mesmo que essa competência seja apenas da União.

b) é devida pelo exercício do poder de polícia e poderia ser instituída apenas pela União, pois só ela, por
intermédio da CVM, tem competência para exercer esse tipo de fiscalização e inspeção.

c) é devida pela utilização efetiva de um serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte.

d) é devida pela utilização potencial de um serviço público específico e divisível posto à disposição do
contribuinte.

e) poderá também ser instituída e cobrada quando essas companhias abertas são fiscalizadas e
inspecionadas pela Secretaria da Receita Federal.

RESOLUÇÃO:

A – Segundo a CF:

Art. 21. Compete à União:

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,


especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
privada

Compete, portanto, à União exercer o poder de polícia referente à taxa instituída. Como a CF restringe à
União o exercício dessa competência, não cabe a outros entes exercê-la, tampouco cobrar por esse
exercício.

Espancando qualquer eventual dúvida sobre sua constitucionalidade, o STF editou a súmula 665:

Súmula 665 do STF; É constitucional a taxa de fiscalizção dos mercados de títulos e


valores mobiliários instituída pela lei 7.940/89

B – Correto!

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C e D - Não se trata de uma taxa decorrente de prestação de serviço, mas do exercício do poder de polícia,
qual seja, o de fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e
capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada.

E – A Lei em questão atribuiu à CVM a fiscalização dessas companhias, não devendo, portanto, ser cobrada
a taxa quando houver outro tipo de fiscalização realizada por outra instituição.

Gabarito B

30. FGV - Auditor do Estado (CGE MA)/2014

Com referência às taxas, assinale a alternativa em que as duas assertivas estão corretas e a segunda
enfatiza e justifica o conteúdo da primeira.

a) As taxas são espécie tributária que decorrem do exercício do poder de polícia ou de prestação de serviço
público. // Para haver cobrança de taxa é indispensável que o serviço público seja efetivamente prestado
ao contribuinte.

b) No caso de serviço público indivisível e inespecífico, não pode haver cobrança de taxa. // O serviço
público que permite a cobrança da taxa vincula-se a uma relação anterior de natureza contratual.

c) O exercício do poder de polícia justifica a cobrança da taxa. // A obrigação de pagar esta exação,
contudo, depende da efetiva fiscalização exercida pelo Estado.

d) A competência dos entes federativos para instituir taxas é comum. // A fixação das taxas, em cada caso,
vai depender da aferição constitucional das competências administrativas.

e) O serviço público específico e divisível autoriza a incidência da taxa. // A possibilidade de incidência de


taxa sobre serviço público específico e divisível baseia-se na regra da proporcionalidade.

RESOLUÇÃO:

A – A segunda parte está incorreta! Não existe a necessidade do serviço público ser efetivamente
prestado, bastando que tenha sido colocado à disposição do contribuinte.

B – A primeira parte está correta, o serviço público que autoriza a cobrança de taxa é o específico e
divisível.

A segunda está incorreta. Não existe vínculo contratual entre o contribuinte e o ente tributante, a relação
tem fundamento na lei.

C – A primeira parte está correta e compreende um dos fatos geradores que autorizam a instituição e
cobrança de taxa.

A segunda está equivocada. Não existe a necessidade de uma efetiva atividade fiscalizatória do ente, o
STF já autorizou a cobrança da taxa pelo simples fato de se manter um órgão estruturado e em
funcionamento voltado para fiscalização respectiva. A ideia é abandonar a necessidade de uma
fiscalização de porta em porta ante a sua impossibilidade, abrindo aos entes a possibilidade de adotar
recursos tecnológicos nas suas atividades fiscalizatórias.

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Esse entendimento foi fruto de uma evolução no entendimento do STF, didaticamente demonstrada no
seguinte julgado:

TRIBUTÁRIO – TAXA DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO – PODER DE POLÍCIA –


LEGITIMIDADE DA REFERIDA TAXA – PRECEDENTES DO STF E STJ – INCIDÊNCIA DO
COMANDO DO ARTIGO 557, § 1º, DO CPC – AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO
PARA DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. DECISÃO Vistos.

Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo Município de Campo Grande em face


de decisão que negou trânsito ao recurso especial, com fundamento de que a matéria
encontra-se pacificada nesta Corte de Justiça. No parecer à fl. 64, o Ministério Público
Federal afirma que o aresto recorrido, quanto à matéria de fundo, encontra-se em
conformidade com a jurisprudência desta corte. É, no essencial, o relatório. Esta Corte
Superior de Justiça consolidou o entendimento, consubstanciado no verbete sumular
157/STJ, no sentido da ilegalidade da cobrança, pelo Município, de taxa na renovação
de licença para localização de estabelecimento comercial ou industrial. Ocorre, contudo,
que o Supremo Tribunal Federal se posicionou em sentido diametralmente oposto ao
acima esposado, ou seja, concluiu pela constitucionalidade da cobrança da referida taxa,
como se pode observar pela leitura da seguinte ementa, verbis:

"TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO


E FUNCIONAMENTO. ESCRITÓRIO DE ADVOGADO. CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo
Tribunal Federal tem sistematicamente reconhecido a legitimidade da exigência,
anualmente renovável, pelas Municipalidades, da taxa em referência, pelo exercício do
poder de polícia, não podendo o contribuinte furtar-se à sua incidência sob alegação de
que o ente público não exerce a fiscalização devida, não dispondo sequer de órgão
incumbido desse mister. Recurso extraordinário conhecido e provido." (RE 198.904/RS,
Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 27.9.1996) Na linha de raciocínio do Pretório Excelso, a
Primeira Seção deste Tribunal, na assentada de 24.4.2002, houve por bem determinar o
cancelamento da sobredita Súmula (REsp 261.571/SP, Rel. Min. Eliana Calmon).

Dessarte, na espécie, é legítima a cobrança, pelo Município, da taxa de fiscalização,


localização e funcionamento, em razão do exercício do poder de polícia do Município,
cumpridas as exigências dos artigos 77 e 78 do Código Tributário Nacional. Com efeito,
conforme ressaltado no Recurso Extraordinário 113.441/SP, da relatoria do insigne
Ministro Ilmar Galvão, "é evidente que a fiscalização permanente do cumprimento das
exigências legais depende do funcionamento da máquina administrativa e fiscal,
acarretando despesas custeadas através da própria taxa. Por outro lado, a cobrança não
é apenas relativa à localização, compreendendo também o funcionamento, que exigem
um policiamento contínuo, permanente, que não se esgota com a concessão do alvará
de funcionamento. Daí ser cabível a renovação anual da taxa". A título de ilustração,
cumpre apontar julgados desta Corte:

"TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. TAXA DE FUNCIONAMENTO E FISCALIZAÇÃO.


LEGALIDADE. CANCELAMENTO DA SÚMULA N. 157/STJ. VIOLAÇÃO DO ART. 333 DO CPC.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356 DO STF.

1. O prequestionamento dos dispositivos legais tidos como violados é requisito


indispensável à admissibilidade do recurso especial.
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2. Afigura-se legítima a cobrança pelo município de taxa de localização, funcionamento


e instalação ou fiscalização.

3. Modificação de entendimento do Superior Tribunal de Justiça efetivada com o


cancelamento da Súmula n. 157/STJ.

4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Acórdão Vistos,


relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os
Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, nos
termos do voto do Sr. Ministro Relator, conhecer parcialmente do recurso e, nessa
parte, dar-lhe provimento. Os Srs. Ministros Castro Meira, Humberto Martins e Herman
Benjamin votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra
Eliana Calmon Presidiu o julgamento o Sr. Ministro João Otávio de Noronha." (REsp
539100/SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Data da Publicação/Fonte DJ 9.10.2006)

"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO E


FUNCIONAMENTO - LEGITIMIDADE DA COBRANÇA - ART. 77 DO CTN.

1. Consoante orientação traçada pelo STF, a cobrança da taxa de localização e


funcionamento, pelo Município, prescinde da comprovação da efetividade da atividade
fiscalizadora, bastando seu exercício em potencial.

2. Recurso especial improvido." (REsp 698559/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, Segunda
Turma, 20.9.2005, Data da Publicação10.10.2005, p. 327)

D – Correta! Todos os entes podem instituir taxas. Dependem, para tal, da autorização constitucional para
a prestação do serviço ou o exercício do poder de polícia pertinentes.

E – A primeira parte está correta. Já a segunda, refere-se à proporcionalidade no âmbito tributário,


instituto que busca adequar a cobrança dos tributos às condições pessoais referentes à capacidade
contributiva de cada um.

Perceba que tal princípio em regra não tem relação com as taxas sobre serviço, uma vez que o contribuinte
paga pelo serviço recebido, sem qualquer consideração sobre suas condições pessoais.

Ex: Taxa de emissão de passaporte. O contribuinte paga um valor fixo, pelo serviço prestado, não há
proporcionalidade.

Perceba que não seria impossível uma taxa obedecendo à proporcionalidade, entretanto, a afirmação da
assertiva de que as taxas de serviço são baseadas na regra da proporcionalidade não pode ser considerada
verdadeira.

Gabarito D

31. CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Advogado/2004


A taxa é espécie tributária que se distingue do imposto pela:
a) ausência de compulsoriedade da prestação.
b) sujeição à regra da anterioridade nonagesimal.
c) referibilidade a uma atuação estatal específica.
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d) competência exclusiva da União para sua instituição.


e) natureza de contraprestação contratual decorrente da utilização de serviços públicos.

RESOLUÇÃO:

A – Como tributos, tanto a taxa quanto o imposto gozam do atributo da compulsoriedade.

B – A taxa também sujeita-se à anterioridade nonagesimal.

C – Referibilidade é outra maneira de conceituar o aspecto contraprestacional das taxas. A materialidade


do fato gerador, segundo Geraldo Ataliba, é sempre e necessariamente um fato produzido pelo Estado,
na esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade ao administrado.

D – A competência para instituição da taxa é a competência para prestar o serviço relacionado ou o poder
de polícia.

E – A natureza de contraprestação contratual é observada na cobrança de tarifa, instituto estudado nessa


aula.

Gabarito C

32. FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro/2015 - Adaptada


Considerando a natureza jurídica específica dos tributos, analise a seguinte assertiva:
As taxas necessariamente têm receita vinculada.
( ) Certo
( ) Errado

RESOLUÇÃO:

Errada! Salvo quando expressamente previstas, as taxas não constituem hipótese de receita vinculada.
Bom exemplo de taxa com receita vinculada é o das taxas judiciárias, cujas receitas serão destinadas ao
custeio de serviços afetos às atividades da Justiça.

Gabarito: Errado

33. CESPE - Advogado da União/2015


A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas, julgue o item seguinte.
Dada a competência privativa da União para exercer controle e fiscalização ambiental, é exclusiva da
União a competência para instituir taxa de fiscalização e controle do meio ambiente cujo fundamento seja
o exercício regular do poder de polícia.
( ) Certo
( ) Errado

RESOLUÇÃO:

A questão reforça o entendimento que a aferição da competência para instituição da taxa depende da
atribuição constitucional da competência para exercer o poder de polícia ou prestar o serviço público.
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Aula 05

A questão está errada, pois a competência para exercer o controle e fiscalização ambiental é comum:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas

Dessa forma, ao Município também estaria reservado o direito de controlar e fiscalizar o meio ambiente,
instituindo, para tanto, taxa.

Gabarito: Errada

34. CESPE - Especialista em Regulação de Serviços de Transporte Aquaviário/Engenharia


Naval/2005
Considerando o conceito de taxa, julgue o item que se segue.

O exercício de poder de polícia apto a legitimar a cobrança de taxa de polícia deve ser efetivo, não
podendo ser a sua instituição baseada no potencial exercício deste poder.
( ) Certo
( ) Errado

RESOLUÇÃO:

Correto! Ao contrário do que acontece com as taxas relacionadas à prestação de serviço público específico
e divisível, no caso de poder de polícia não está autorizada a cobrança quando o poder de polícia por
apenas potencialmente exercido.

Gabarito: Certo

35. CESPE - Delegado de Polícia (PC GO)/2017


O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de postos de gasolina com
objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais locais, estabelecendo
um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa
anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.


a) A instituição do departamento de fiscalização de postos de gasolina como órgão competente com
funcionamento regular é suficiente para caracterizar o exercício efetivo do poder de polícia.
b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específico para o desempenho
das atividades de fiscalização de postos de gasolina, por se tratar de competências inerentes às
autoridades de segurança pública.
c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter correspondência com o valor
venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a cobrança de valor fixo por estabelecimento.
d) A taxa em questão é inconstitucional, já que a segurança pública é um dever do Estado, constituindo
um serviço indivisível, a ser mantido apenas por impostos, o que torna incabível a cobrança de taxa.

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e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento de fiscalização de postos
de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, certificando-se do cumprimento das normas de
segurança e vigilância de tais locais, de acordo com a legislação.

RESOLUÇÃO:

A – A assertiva sinaliza que o órgão competente está em funcionamento regular. O cotejo dessa
informação com o conhecimento da jurisprudência autorizando a cobrança da taxa de polícia mesmo sem
que haja fiscalização presencial nos permite concluir pelo acerto da assertiva.

“EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTO.
CONSTITUCIONALIDADE. BASE DE CÁLCULO. PROPORCIONALIDADE COM O CUSTO DA
ATIVIDADE ESTATAL DE FISCALIZAÇÃO. PRECEDENTES.

1. Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de


funcionamento é constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia,
o qual é demonstrado pela mera existência de órgão administrativo que possua
estrutura e competência para a realização da atividade de fiscalização.

2. A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na área de


fiscalização é constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de
fiscalização. Quando a Constituição se refere às taxas, o faz no sentido de que o tributo
não incida sobre a prestação, mas em razão da prestação de serviço pelo Estado. A área
ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo aproximado
da atividade estatal de fiscalização.

3. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 856185 AgR, Relator(a): Min.
ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 04/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-190 DIVULG 23-09-2015 PUBLIC 24-09-2015)

B – A taxa por exercício regular de poder de polícia não tem relação com segurança pública, sendo,
inclusive, proibido financiamento da segurança pública por via de taxas

C – Não existe vedação quanto à cobrança de valor fixo por estabelecimento.

D – Essa taxa não se refere à segurança pública, e sim à fiscalização, exercício regular de poder de polícia.
Está correta a parte que diz que a segurança pública será financiada por impostos.

E – É exatamente o contrário do que nos ensinou a jurisprudência colacionada na resolução da assertiva


A

Gabarito A

36. FCC - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas (SEFAZ SP)/2010


Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de
construção é da espécie
a) imposto.
b) contribuição de interesse de categoria econômica.
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c) taxa.
d) tarifa.
e) contribuição de segurança pública.

RESOLUÇÃO:

A- Impostos são tributos que não exigem contraprestação estatal.

B- Esse é um tributo de competência da União Tributo com objetivo parafiscal de obter recursos
destinados a financiar atividades de interesses de instituições representativas de categorias profissionais
ou econômicas

C – Esse é o nosso gabarito! Taxa oriunda do poder de polícia materializado na fiscalização exercida sobre
o setor de construção civil, nitidamente um dos setores que mais afeta a coletividade e que, portanto,
demanda cerrada fiscalização e regulação.

D – Tarifa não é espécie de tributo.

E – Não existe essa contribuição.

Gabarito C

37. VUNESP - Juiz Estadual (TJ RS)/2018


O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de coleta, remoção e
destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função da frequência da
realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel ou da testada do
terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é
a) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.
b) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.
c) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do
serviço que lhe é prestado.
d) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.
e) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade
da Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.

RESOLUÇÃO:

A – Incorreta. Segundo entendimento sumulado do STF:

Súmula vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal

B - Não viola o art. 145, 2º, da CF, a utilização, na base de cálculo de taxa, de elemento componente de
base de cálculo de imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra.
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C – Correta! Como vimos, deve haver uma razoável equivalência entre o valor cobrado e o custo do serviço
prestado.

D – Não é necessária uma correlação absolutamente precisa. Havendo razoabilidade nessa correlação, a
taxa poderá ser cobrada.

E – Na verdade essa taxa refere-se à prestação de serviço público específico e divisível.

Gabarito C

38. CS UFG - Procurador da Assembleia Legislativa de Goiás/2015


A propósito do tributo taxa cobrado mediante o exercício de atividade administrativa plenamente
vinculada, analise a seguinte assertiva:
As taxas de poder de polícia, espécies tributárias diversas dos impostos, inobservam ao princípio
constitucional da capacidade contributiva.
( ) Certo
( ) Errado

RESOLUÇÃO:

Não existe nenhum óbice à interpretação ampliativa do principio da capacidade contributiva e sua
observação no que tange às taxas. Não há, portanto, como afirmar que taxas de polícia inobservam tal
princípio.

Gabarito: Errado

39. CEBRASPE (CESPE) - Procurador Federal/2002


Considerando que a Lei n.º 8.906/1994 determina que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por
constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços, e
que essa mesma lei determina que compete à OAB fixar e cobrar de seus inscritos contribuições, preços
de serviços e multas, julgue o item a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética.
Recentemente, descobriu-se que a vacina contra hidrofobia canina utilizada no país nos últimos dez anos
era ineficiente em relação a uma nova variedade do vírus da raiva e, para evitar a disseminação da doença,
lei federal determinou que, no dia 14/7/2002, todos os donos de cachorros deverão levar seus animais a
um posto de vacinação para que seja aplicada uma vacina que os proteja contra o novo vírus. Além disso,
a lei estabeleceu que os proprietários dos cachorros deverão pagar R$ 3,50 pela aplicação de cada dose
da vacina utilizada em seus animais.
Nesse caso, diversamente do dever de levar os cães para serem vacinados, a obrigação de pagar pela
aplicação da vacina teria caráter tributário, constituindo uma taxa.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

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A cobrança compulsória de um valor em dinheiro sugere o caráter tributário da parcela. Tratando-se ainda
de uma contraprestação relativa a um serviço prestado pelo Estado diretamente referido ao indivíduo
que se beneficia da ação em uma parcela facilmente verificável, estamos diante de uma taxa.

Perceba ainda que o pagamento se dá em virtude da aplicação da vacina, demonstrando o caráter


contraprestacional do valor pago pela utilização de um serviço compulsório.

Gabarito Correta!

40. CEBRASPE (CESPE) - Analista de Planejamento e Orçamento (SEPLAN RR)/Planejamento e


Orçamento/2023
No que se refere a espécies e classificações de tributos, julgue o item subsequente.
Ainda que auferidos por particulares, os emolumentos pagos aos cartórios extrajudiciais constituem
tributo da espécie taxa, conforme decisão do STF.

C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Custas e emolumentos têm natureza jurídica de taxas que remuneram a prestação do serviço notarial ou
registral, ou seja, o serviço prestado pelos cartórios de nota ou de registro.

Só que essa atividade é exercida em caráter privado, por delegação do Poder Público, como manda a CF:

Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação
do Poder Público

São atividades jurídicas próprias do Estado, mas exercida por pessoa física aprovada em concurso público,
em virtude de uma delegação. Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não
são titulares de cargo público.

Esses delegatários então são particulares exercendo uma função tipicamente estatal e, portanto, sujeitos
a uma série de regras típicas de serviço público. O Supremo já definiu como “particulares em colaboração
com o poder público”.

De acordo com a Lei nº 8935 que regulamenta a prestação desse serviço, essas pessoas tem direito a
receber o valor total dos emolumentos que são cobrados pelos titulares das serventias como pagamento
do trabalho que eles prestam aos tomadores dos serviços cartorários

Art. 28. Os notários e oficiais de registro gozam de independência no exercício de suas


atribuições, têm direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na
serventia e só perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei.

Vejamos um didático julgado do Supremo sobre a natureza jurídica dos emolumentos:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMOLUMENTOS DOS SERVIÇOS


NOTARIAIS E DE REGISTRO. LEI 19.191, DE 2015, DO ESTADO DE GOIÁS. DESTINAÇÃO DE
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PARCELA DA ARRECADAÇÃO DOS EMOLUMENTOS. NATUREZA JURÍDICA DE TAXA.


DESTINAÇÃO A ENTES ESTATAIS. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. POSSIBILIDADE.
CUSTEIO AMPLO E GENÉRICO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. INCOMPATIBILIDADE DA ESPÉCIE
TRIBUTÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
reconhece a natureza de taxa decorrente do exercício do poder de polícia dos
emolumentos arrecadados pelas serventias extrajudiciais. 2. A destinação de parcela
dos recursos ao financiamento de órgãos ou fundos públicos vocacionados ao
aperfeiçoamento do Poder Judiciário ou de instituições essenciais à administração da
Justiça já experimentou amparo por esta Corte. Precedentes. 3. Ofende a conformação
constitucional de universalização e aperfeiçoamento da jurisdição como atividade
básica do Estado, e, simultaneamente, contraria os comandos constitucionais previstos
no Art. 145, I e II e no Art. 150, IV da CF/88, a destinação de parcela de emolumentos
arrecadados pelas serventias extrajudiciais a fundos ou despesas genéricas, não
associados às Funções Essenciais à Justiça. 4. Ação Direta de Inconstitucionalidade
julgada parcialmente procedente

Perceba que o julgado foi até além do que exigido na questão, autorizando que parte dos emolumentos
seja destinada a instituições do Poder Público relacionadas ao Judiciário, e negando a destinação genérica
desses valores.

Consegue imaginar o motivo? Isso ocorre porque a destinação de parcela dos emolumentos para fins
genéricos não relacionados com as funções essenciais da justiça contraria a ideia de que taxas devem
buscar remunerar estritamente a atividade exercida pelo estado.

A arrecadação com destinação não vinculada é a do imposto, por força do Art. 167, IV, da CF:

Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição


do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo;

Gabarito Certo

41. CEBRASPE (CESPE) - Juiz de Direito (TJDFT)/2023


Determinado município instituiu taxa de combate a sinistros destinada a custear assistência, combate e
extinção de incêndios, sendo a base de cálculo dessa taxa o metro quadrado do imóvel.
Considerando a situação hipotética anterior, assinale a opção correta.
A O estado, mas não o município, poderia, no âmbito da segurança pública, instituir a taxa de forma válida.
B Os serviços de extinção e prevenção de incêndios não são específicos ou divisíveis, razão pela qual
podem ser remunerados por taxa.
C A base de cálculo da taxa deve mensurar a atividade estatal, podendo ter como parâmetro fatos
geradores tributados por impostos.
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D O fato gerador, nesse caso, caracteriza-se pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço de segurança
pública, podendo, portanto, ser custeado por taxa.
E Sendo a segurança pública dever do Estado e direito de todos, essa atividade só pode ser sustentada
pelos impostos.

RESOLUÇÃO:

Segurança pública, representada pelo combate a incêndios, é atividade prestada e disponibilizada a todos
sem distinção e sem individualização do beneficiário.

Prevenir e combater incêndios é um serviço prestado à coletividade, configurando atividade precípua do


Estado e, dessa forma, é sustentada pelo pagamento de impostos.

Aqui falta um requisito básico para a cobrança das taxas sobre a prestação do serviço: o serviço não é
específico e divisível. Em outras palavras, esse é um serviço não fruível uti singuli.

Qualquer debate sobre esse tipo de cobrança foi sepultado pelo STF que fixou a seguinte tese:

A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo


da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem
como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de
taxa para tal fim. [Tese definida no RE 643.247, rel. min. Marco Aurélio, P, j. 1º-8-2017,
DJE 292 de 19-12-2017, Tema 16.]

Gabarito E

42. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/2023/XXXVII Exame


João e José constituíram uma sociedade empresária por quotas de responsabilidade limitada com capital
social de R$ 50.000,00, sem optarem pelo regime tributário do Simples Nacional, para formalmente
exercerem a atividade de comércio varejista de fogos de artifício (considerada atividade de alto risco e
periculosidade), sendo ambos residentes e domiciliados no Distrito Federal, mesmo local onde será
instalado seu estabelecimento.
Surpreendidos com a exigência do pagamento de uma Taxa de Licenciamento e Alvará calculada em
função do capital social da sociedade empresária, indagam a você, como advogado(a), se a referida taxa
é realmente devida.

Diante deste cenário, a referida taxa, tal como prevista,


A não é devida, pois o Distrito Federal não possui competência tributária para a sua cobrança.
B não é devida, pois não poderia ser calculada em função do capital social da empresa.
C é devida, por ter como fato gerador o exercício regular do poder de polícia distrital sobre atividades
econômicas exercidas em seu território, especialmente as de alto risco e periculosidade.
D é devida, por ter como fato gerador a utilização efetiva de serviço público, específico e divisível,
prestado ao contribuinte.
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Aula 05

RESOLUÇÃO:

A questão nos fornece uma série de informações e precisamos filtrar apenas o que é relevante para sua
resolução. Vamos analisar cada alternativa e buscar a correta:

O DF tem competência para criar e cobrar Taxa de Licenciamento e Alvará, sendo essa uma das taxas mais
relevantes para os municípios.

Em regra, a abertura de um estabelecimento demanda uma análise prévia por parte da Administração
Pública a fim de avaliar todos os aspectos que podem influenciar a viabilidade ou não daquele
empreendimento, naquela localidade, nas circunstâncias escolhidas.

Um excelente exemplo é o fornecido pela questão. Imagine uma loja vendendo fogos de artifício situada
em um bairro residencial, ao lado de um posto de gasolina e um hospital? Ora, certamente a Prefeitura
do Município que seria agraciado com o empreendimento não iria conceder autorização para seu
funcionamento, uma vez que a livre iniciativa do empreendedor submete-se aos interesses de toda a
coletividade. A atividade estatal que busca fazer essa adequação deriva do poder de polícia, e é
remunerada pela Taxa de Licenciamento e Alvará.

Esse é o gabarito, e deriva diretamente do CTN:

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas

Uma grandeza que seja própria para o cálculo de impostos, como é o capital das empresas, não serve para
o cálculo de taxas justamente em virtude da principal diferença entre essas espécies tributárias. O imposto
é cobrado a partir de uma manifestação de riqueza do contribuinte totalmente alheia a qualquer atividade
estatal, enquanto a taxa é cobrada justamente para remunerar uma atividade estatal referida ao
contribuinte.

Capital social de uma empresa, por exemplo, reflete uma característica do contribuinte sem qualquer
relação com eventual atividade estatal a ele dirigida, servindo perfeitamente para mensurar a quantidade
de riqueza que pode ser retirada dessa pessoa jurídica por meio da tributação.

C e D - Ela poderia ser devida se fosse calculada de outra maneira.

Gabarito B

43. FGV - Consultor do Tesouro Estadual (SEFAZ ES)/Ciências Econômicas/2022


O Município X, para custeio do serviço público coletivo e geral de iluminação das vias públicas, instituiu
por lei municipal ordinária a taxa de iluminação pública. Também instituiu, por outra lei municipal
ordinária, uma taxa de coleta domiciliar de lixo, pelo serviço público de retirada de lixo de cada imóvel
individualmente considerado.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.

A Ambos os serviços públicos indicados no enunciado podem ser remunerados mediante taxa.
B O serviço público de iluminação das vias públicas necessita de lei complementar para instituição de sua
taxa remuneratória.
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C O serviço público de iluminação de vias públicas não pode ser remunerado mediante taxa.
D O serviço público de retirada de lixo de cada imóvel individualmente considerado não pode ser
remunerado mediante taxa.
E Nenhum dos serviços públicos indicados no enunciado pode ser remunerado mediante taxa.

RESOLUÇÃO:

Para que seja cobrada uma taxa destinada a remunerar a prestação de um serviço público, é necessário
que ele seja prestado de forma específica e divisível.

Temos que conseguir individualizar o beneficiário do serviço e mensurar (ainda que aproximadamente)
quanto ele se beneficiou da prestação.

A iluminação pública é prestada a todos indistintamente, e por isso não pode ser remunerada por meio
de taxas.

Esse entendimento está consolidado em súmula vinculante do STF (SV 41).

Já a segunda taxa foi reputada constitucional pelo STF que considerou o serviço de coleta domiciliar de
lixo específico e divisível firmando o entendimento em outra súmula vinculante (SV 19).

Gabarito C

44. CEBRASPE (CESPE) - Analista Ambiental (IBAMA)/Recuperação Ambiental, Monitoramento e


Uso Sustentável da Biodiversidade, Controle e Fiscalização/2022

No que se refere ao Sistema Tributário Nacional, ao processo administrativo fiscal e à taxa de controle e
fiscalização ambiental (TCFA), julgue o seguinte item.
A instituição, por ente federado, da cobrança de taxa pela utilização efetiva de serviço público é permitida
para os serviços específicos e divisíveis, sendo tal divisibilidade caracterizada pela possibilidade de o
serviço ser destacado em unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou de necessidade pública.

C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Vejamos o CTN sobre o assunto:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

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b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de


utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

A questão trocou o conceito de especificidade pelo de divisibilidade.

Gabarito: Errado

45. CETAP - Auditor de Finanças e Controle (AGE PA)/2022


O Estado X instituiu taxa sobre a utilização potencial do serviço de combate a incêndios, tendo por
contribuintes os proprietários de unidades imobiliárias destinadas a atividades comerciais e industriais.
Nesse caso, é correto afirmar:
A Embora a utilização potencial do serviço de combate a incêndios seja passível de remuneração por taxa,
a exação é inconstitucional porque apenas o Município poderia institui-Ia, já que a competência para a
fiscalização de atividades comerciais e industriais cabe a este ente da federação.
B A exação é inconstitucional, eis que a segurança pública, incluindo o combate a incêndios, é serviço
essencial, pelo que deve ser viabilizada por meio da arrecadação de impostos, não cabendo ao Estado a
criação de taxa para tal finalidade.
C A taxa é constitucional, porém viola o Código Tributário Nacional na medida em que estabelece
cobrança de taxa de polícia para fato gerador típico de taxa de serviço.
D A taxa é constitucional e o Estado tem competência para instituí-Ia e cobrá-Ia.

RESOLUÇÃO:

Segurança pública é um serviço prestado a toda coletividade indistintamente, não podendo ser
remunerado por meio de taxas, e sim por impostos.

Gabarito B

46. CEBRASPE (CESPE) - Analista de Previdência Complementar (FUNPRESP-EXE)/Jurídica/2022


No que diz respeito às espécies de tributos e sua classificação, julgue o item subsequente.
A taxa judiciária tem natureza jurídica de tributo da espécie taxa, devendo o seu valor ser proporcional
ao custo da atividade do estado, visto que resulta da prestação de serviço público específico e divisível,
cuja base de cálculo é o valor da atividade estatal deferida diretamente ao contribuinte.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

As taxas judiciárias realmente tem natureza jurídica de taxa, e, dessa forma, o valor de sua arrecadação
deve guardar razoável equivalência com o custo da atividade exercida pelo estado e que justificou sua
cobrança.
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As taxas judiciárias podem ser calculadas com base no valor da causa, se mantida razoável correlação com
o custo da atividade e desde que definidos os valores mínimo e máximo para a cobrança de custas
judiciais.

O enunciado repetiu a prática de copiar a ementa ou partes da ementa de um julgado.

Veja:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TAXA JUDICIÁRIA. NATUREZA


JURÍDICA: TRIBUTO DA ESPÉCIE TAXA. PRECEDENTE DO STF. VALOR PROPORCIONAL AO
CUSTO DA ATIVIDADE DO ESTADO. Sobre o tema da natureza jurídica dessa exação, o
Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de se tratar de tributo da
espécie taxa (Representação 1.077). Ela resulta da prestação de serviço público
específico e divisível, cuja base de cálculo é o valor da atividade estatal deferida
diretamente ao contribuinte. A taxa judiciária deve, pois, ser proporcional ao custo da
atividade do Estado a que se vincula. E há de ter um limite, sob pena de inviabilizar, à
vista do valor cobrado, o acesso de muitos à Justiça. Ação direta julgada parcialmente
procedente, para declarar a inconstitucionalidade dos §§ 2º e 5º do artigo 114 do Código
Tributário de Goiás.

Gabarito Certo

47. FADESP - Auditor Fiscal de Receitas Estaduais (SEFA PA)/2022


De acordo com o Supremo Tribunal Federal, no §2º do art. 145 da Constituição Federal, que afirma que
“as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos”, deve-se entender que
A não existe possibilidade jurídica de haver similitude entre o fato gerador de taxas e impostos.
B é juridicamente possível haver similitude entre o fato gerador de taxas e impostos, desde que, no cálculo
do valor da taxa, não seja adotado qualquer elemento da base de cálculo própria de determinado
imposto.
C é constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
D é inconstitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de imposto, por expressa vedação da Constituição Federal.
E é inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, conforme previsão do §2º do art. 145 da Constituição Federal.

RESOLUÇÃO:

De fato, a CF determina que taxa não pode ter base de cálculo própria de impostos, e isso decorre da
natureza jurídica desses tributos.

O imposto incide sobre uma manifestação de riqueza do contribuinte sem qualquer relação com uma
atividade estatal, logo, a sua base de cálculo vai ter relação com essa manifestação de riqueza. A taxa
incide sobre uma atividade estatal direcionada ao contribuinte e tem como função remunerá-la.

Não vai haver problema na coincidência entre um ou mais elementos da base de cálculo, e sim quando
houver total identidade entre as bases.
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Súmula Vinculante nº 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um


ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra.

Gabarito C

48. FCM - CEFETMINAS - Advogado (Pref Timóteo)/2022


Nos termos da Constituição Federal de 1988 e do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o
tributo denominado taxa
A é instituído por decreto do chefe do executivo conforme previsto na legislação do respectivo ente
federado.
B pode ser instituído em razão do exercício do poder de polícia, correspondendo à contraprestação
pecuniária do serviço público prestado.
C tem sua destinação não vinculada e os recursos dela oriundos podem ser utilizados para custeio em
geral da administração pública.
D pode ser instituído pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição

RESOLUÇÃO:

Taxa é tributo e deve obediência ao princípio da legalidade, devendo ser instituída por lei.

A letra “b” tentou nos pegar. A taxa pode ser instituída em razão do exercício do poder de polícia ou em
razão de serviço público prestado. São 2 motivos diferentes que autorizam a instituição de 2 tipos de taxas
diferentes.

O custeio geral da administração pública é bancado com a arrecadação de impostos. A taxa é cobrada
para remunerar a atividade exercida pelo estado, e não para irrigar os cofres públicos.

A “D” é nosso gabarito e resume o fato gerador da taxa cobrada pela prestação de serviços públicos.

Gabarito D

49. CEBRASPE (CESPE) - Auditor Técnico de Tributos (SEFAZ SE)/2022


A respeito do regime jurídico tributário das taxas, assinale a opção correta.
A É constitucional a destinação da receita de custas e emolumentos judiciais a fundo do Poder Judiciário,
a seccional estadual da OAB e à respectiva caixa de assistência dos advogados.
B É constitucional a instituição pelos estados de taxa para a expedição por órgão de segurança pública de
alvarás de funcionamento de estabelecimentos que fabriquem, transportem ou comercializem armas de
fogo.
C É constitucional a instituição pelos estados de taxa a ser satisfeita por sociedade seguradora, tendo em
conta atendimento, no âmbito do SUS, de vítima de sinistro coberto pelo DPVAT.
D O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público tem natureza
jurídica de taxa de serviço público.
E É inconstitucional a instituição pelos estados de taxa de polícia sobre a atividade de exploração de
recursos hídricos em seu território.
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RESOLUÇÃO:

Alternativa “a”: Não há problema em destinar parte da receita de custas e emolumentos (que tem
natureza de taxa) a fundo do Poder Judiciário.

O que não pode é haver destinação genérica ou a entidades privadas desse valor. A Caixa de Assistencia
de Advogados tem natureza privada.

E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - CUSTAS JUDICIAIS E


EMOLUMENTOS EXTRAJUDICIAIS - NATUREZA TRIBUTÁRIA (TAXA) - DESTINAÇÃO
PARCIAL DOS RECURSOS ORIUNDOS DA ARRECADAÇÃO DESSES VALORES A
INSTITUIÇÕES PRIVADAS - INADMISSIBILIDADE - VINCULAÇÃO DESSES MESMOS
RECURSOS AO CUSTEIO DE ATIVIDADES DIVERSAS DAQUELAS CUJO EXERCÍCIO
JUSTIFICOU A INSTITUIÇÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS EM REFERÊNCIA -
DESCARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DA TAXA - RELEVÂNCIA JURÍDICA
DO PEDIDO - MEDIDA LIMINAR DEFERIDA. NATUREZA JURÍDICA DAS CUSTAS JUDICIAIS
E DOS EMOLUMENTOS EXTRAJUDICIAIS. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes
aos serviços notariais e registrais possuem natureza tributária, qualificando-se como
taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em conseqüência, quer no que
concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao
regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo
vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que proclamam, dentre outras, as
garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da
isonomia e (d) da anterioridade. Precedentes. Doutrina. SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS. -
A atividade notarial e registral, ainda que executada no âmbito de serventias
extrajudiciais não oficializadas, constitui, em decorrência de sua própria natureza,
função revestida de estatalidade, sujeitando-se, por isso mesmo, a um regime estrito de
direito público. A possibilidade constitucional de a execução dos serviços notariais e de
registro ser efetivada "em caráter privado, por delegação do poder público" (CF, art.
236), não descaracteriza a natureza essencialmente estatal dessas atividades de índole
administrativa. - As serventias extrajudiciais, instituídas pelo Poder Público para o
desempenho de funções técnico-administrativas destinadas "a garantir a publicidade, a
autenticidade, a segurança e a eficácia dos atos jurídicos" (Lei n. 8.935/94, art. 1º),
constituem órgãos públicos titularizados por agentes que se qualificam, na perspectiva
das relações que mantêm com o Estado, como típicos servidores públicos. Doutrina e
Jurisprudência. - DESTINAÇÃO DE CUSTAS E EMOLUMENTOS A FINALIDADES
INCOMPATÍVEIS COM A SUA NATUREZA TRIBUTÁRIA. - Qualificando-se as custas
judiciais e os emolumentos extrajudiciais como taxas (RTJ 141/430), nada pode justificar
seja o produto de sua arrecadação afetado ao custeio de serviços públicos diversos
daqueles a cuja remuneração tais valores se destinam especificamente (pois, nessa
hipótese, a função constitucional da taxa - que é tributo vinculado - restaria
descaracterizada) ou, então, à satisfação das necessidades financeiras ou à realização
dos objetivos sociais de entidades meramente privadas. É que, em tal situação,
subverter-se-ia a própria finalidade institucional do tributo, sem se mencionar o fato de
que esse privilegiado (e inaceitável) tratamento dispensado a simples instituições
particulares (Associação de Magistrados e Caixa de Assistência dos Advogados)
importaria em evidente transgressão estatal ao postulado constitucional da igualdade.
Precedentes
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Ainda:

Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. AÇÃO DIRETA. LEI ESTADUAL QUE


REGULAMENTA TAXA JUDICIÁRIA, CUSTAS E EMOLUMENTOS DO ESTADO DE
PERNAMBUCO. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Ação direta em que se discute a
constitucionalidade dos arts. 1º; 20, caput; 26, caput e §4º; 27, caput e §2º; 38 (na parte
em que revoga o art. 2º, §1º, da Lei nº 10.852/1992) e das Tabelas A, B, C, D, E, F, G e H,
da Lei Estadual nº 11.404/1996, do Estado de Pernambuco, que regulamenta as taxas,
custas e emolumentos cobrados no âmbito do Poder Judiciário. 2. A revogação do §4º,
do art. 26, pela Lei Estadual nº 14.989/2013, bem como a modificação substancial das
Tabelas A, B, C, D, E, F, G e H pelas Leis Estaduais nº 12.148/2001 e nº 12.978/2005
prejudicam parcialmente o objeto da ação. 3. Indeferimento do pedido de aditamento
da inicial para incluir as alterações trazidas pela Lei Estadual nº 12.978/2005. A
jurisprudência desta Corte é no sentido de que o aditamento à inicial somente é possível
nas hipóteses em que a inclusão da nova impugnação (i) dispense a requisição de novas
informações e manifestações; e (ii) não prejudique o cerne da ação, o que não ocorre
no presente caso. Precedente. 4. O Supremo Tribunal Federal vem afirmando a validade
da utilização do valor da causa como base de cálculo das taxas judiciárias e custas
judiciais estaduais, desde que haja fixação de alíquotas mínimas e máximas e mantida
razoável correlação com o custo da atividade prestada. Precedentes. 5. Os dispositivos
da Lei Estadual nº 11.404/1996 que tratam de fixação de emolumentos para os serviços
notariais e de registro não violam a competência da União para estabelecer normas
gerais sobre a matéria (CF/88, art. 24, IV), visto que os Estados detêm competência
suplementar e podem exercê-la de maneira plena na ausência de legislação federal
(CF/88, art. 24, §2º e 3º). 6. A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que o
produto da arrecadação da taxa judiciária pode ser destinado a despesas diversas à
remuneração do serviço de prestação jurisdicional, desde que não haja destinação a
instituições privadas, entidades de classe ou Caixa de Assistência dos Advogados.
Precedentes. 7. Ação conhecida em parte e, nessa parte, julgada improcedente.

Alternativa “b”: Essa taxa mencionada na assertiva “b” pode ser cobrada, e representa a remuneração
por serviço público específico e divisível atribuído a órgãos de segurança pública, mas que nem por isso
são considerados serviços de segurança pública.

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA.


ATOS DE VISTORIA, REGISTRO, LICENÇA E AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DE
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E REALIZAÇÃO DE EVENTOS. SERVIÇO PÚBLICO
ESPECÍFICO E DIVISÍVEL (UTI SINGULI ) ATRIBUÍDO A ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA.
TAXA. POSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA QUE SE RECONHECE AOS ESTADOS. LEIS
ESTADUAIS 7.257/1979 E 9.174/1989 DO PARANÁ. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. CONHECIMENTO PARCIAL. IMPROCEDÊNCIA. (...) 2. Não se
trata de taxa referente aos serviços de segurança pública que, conforme precedentes
da CORTE, são insuscetíveis dessa hipótese de Financiamento. 3. Possibilidade de
atribuição legal de outras atividades administrativas específicas e divisíveis (uti singuli)
a órgãos de segurança pública, hipótese em que a lei pode instituir a cobrança de taxas.
Precedentes. 4. Os Estados possuem competência para dispor sobre instituição de taxas
de polícia cobradas em função de atividades tais como: fiscalização e vistoria em
estabelecimentos comerciais abertos ao público (casas noturnas, restaurantes, cinemas,
shows); expedição de alvarás para o funcionamento de estabelecimentos de que
fabriquem,
Prefeitura transportem
de Santo ouSanto
André-SP - ISS comercializem armas
André (Auditor deReceita
Fiscal de fogo,Municipal)
munição,Código
explosivos,
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inflamáveis ou produtos químicos; expedição de atestados de idoneidade para porte de


arma de fogo, tráfego de explosivos, trânsito de armas em hipóteses determinadas; e
atividades diversas com impacto na ordem social, no intuito de verificar o atendimento
de condições de segurança e emitir as correspondentes autorizações essenciais ao
funcionamento de tais estabelecimentos. 5. Ação Direta parcialmente conhecida e
julgada improcedente.

Alternativa “c”: Essa taxa foi declarada inconstitucional pelo STF:

CONTROLE CONCENTRADO – PRESSUPOSTO. O controle concentrado de


constitucionalidade pressupõe ato normativo abstrato e autônomo em plena vigência.
COMPETÊNCIA – SEGURO – NORMATIZAÇÃO. É competência privativa da União legislar
sobre seguros – artigo 22, inciso VII, da Constituição Federal. IMPOSTO – SEGUROS.
Compete exclusivamente à União a regência de imposto sobre seguros – artigo 153,
inciso V, da Constituição Federal. TAXA – OBJETO. Ante o disposto na Constituição
Federal, cabe à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxa.
TAXA – OBJETO. A taxa pressupõe exercício do poder de polícia ou a utilização, efetiva
ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto
a sua disposição – artigo 145, inciso II, da Constituição Federal. TRIBUTO –
SEGURADORAS – DPVAT – SINISTROS – ATENDIMENTO EM HOSPITAL DO SUS. Conflita
com a Constituição Federal a criação, pelo Estado, de taxa a ser satisfeita por sociedade
seguradora, tendo em conta atendimento, no âmbito do SUS, de vítima de sinistro
coberto pelo DPVAT.

Nesse caso o contribuinte da taxa seria a seguradora beneficiada pelo DPVAT, que é um seguro obrigatório
pago por todo proprietário de veículo anualmente criado para amparar vítimas de acidente de trânsito
em todo o país.

Só que o serviço de saúde prestado às vítimas de acidentes de trânsito no âmbito do SUS não pode ser
remunerado por taxas, e sim pela arrecadação de impostos.

Trago um pedaço do voto do Min. Marco Aurélio que explica bem o que aconteceu:

“O Estado de Minas Gerais, passando por desequilíbrio de receita e despesas, adentrou


o campo sensível do seguro, das consequências de terse situação jurídica a ensejar
responsabilidade das seguradoras. Criou verdadeiro imposto, travestido de taxa, sem a
ocorrência do poder de polícia ou a colocação de serviço à disposição do contribuinte,
no caso as seguradoras.”

Alternativa “d”: Há uma enorme divergência doutrinária acerca da natureza jurídica do pedágio, mas para
o que nos interessa devemos lembrar que o STF entende tratar-se de preço público, e não taxa.

Ementa: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO


PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
CONSTITUCIONALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias
conservadas pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final,
do art. 150 da Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da
legalidade estrita. 2. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.
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Alternativa “e”: A competência político-administrativa comum para a proteção do meio ambiente legitima
a criação de tributo na modalidade taxa para remunerar a atividade de fiscalização dos Estados.

Gabarito B

50. NOSSO RUMO - Agente Fiscal Tributário (Pref Suzano)/2022


A taxa é uma espécie do gênero tributo sobre a qual é correto afirmar que
A a autorização de sua instituição ocorre a partir de qualquer serviço público, ainda que seja inespecífico
e indivisível.
B seu ente tributante não pode ter competência administrativa, de forma que não tenha poder de polícia
ou preste serviços públicos.
C para que seja legitimada, basta haver serviço público, sem depender de outras condições.
D difere dos demais tributos por não ter o caráter da divisibilidade.
E para que seja válida, decorre da edição de duas leis: lei de natureza administrativa e lei de índole
tributária.

RESOLUÇÃO:

O serviço público que legitima a cobrança de taxa é específico e divisível.

O ente instituidor da taxa deve dispor de competência constitucional para exercer o poder de polícia ou
prestar o serviço público.

E o exercício do poder de polícia bem como a prestação do serviço público devem estar previstos em lei,
considerando que a atividade estatal se submete ao princípio da legalidade segundo o qual a
Administração Pública somente pode fazer o que estiver autorizado por lei.

Gabarito E

51. IPEFAE - Controlador Interno (CM ES Pinhal)/2022


Acerca da espécie tributária TAXA é correto afirmar que:
A As Taxas têm por fato gerador a atuação específica do contribuinte em determinadas operações.
B As Taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.
C O poder de polícia, que autoriza a cobrança de taxas, está atrelado à atuação do policiamento civil e
militar, justificando a cobrança da taxa de segurança pública pelos municípios.
D A Taxa de Iluminação pública é sempre devida em razão do serviço de iluminação pública custeado pelos
municípios.

RESOLUÇÃO:

A única com amparo legal é a alternativa “b”:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas

Gabarito B

52. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas são tributos que têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Perfeitamente resumido o fato gerador das taxas.

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Gabarito Certo

53. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
É possível a cobrança de taxa relativamente aos serviços públicos de educação e de saúde.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Educação e saúde são serviços prestados a todos indistintamente, beneficiam toda a coletividade e
compreendem atividade fundamental do Estado, devendo ser remunerados por meio de impostos.

Gabarito Errado

54. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas, em razão da necessidade de atendimento ao interesse público, poderão ter base de cálculo
própria de impostos.
C Certo
E Errado
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RESOLUÇÃO:

O Código Tributário Nacional expressamente proíbe que taxas tenham base de cálculo própria de
impostos.

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsa

Gabarito Errado

55. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas, em razão do seu fato gerador e do seu cunho sinalagmático, não se prestam ao cumprimento de
funções extrafiscais.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Caráter sinalagmático significa a existência de uma relação de obrigação contraída entre duas partes onde
cada uma condiciona sua prestação a uma contraprestação recebida pela outra parte.

É um conceito mais ligado ao Direito Civil e quer dizer basicamente representar a existência de um vínculo
de reciprocidade nas obrigações

Isso ocorre com as taxas, pois o contribuinte paga em virtude de uma ação do estado a ele referida, e não
ocorre, por exemplo, com os impostos, onde o contribuinte paga uma quantia totalmente desvinculada
de qualquer atividade estatal relacionada com ele.

Extrafiscalidade é aquela aptidão que a cobrança de tributos apresenta de poder influenciar, incentivando
ou desincentivando condutas, que possibilita ao ente tributante direcionar o comportamento de seus
contribuintes.

Há uma lógica nessa vedação analisada pela questão. Se a taxa é a contraprestação cobrada para
remunerar uma atividade estatal direcionada ao contribuinte dela (daí seu caráter sinalagmático), então,
em regra, sua cobrança não pode servir como um instrumento regulador de condutas.

Se o objetivo da taxa é remunerar a atividade, sua arrecadação deve guardar razoável equivalência com
o custo dessa atividade, e, portanto, eu não posso aumentar a cobrança para evitar uma conduta ou
diminuir a cobrança para incentivá-la.

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Gabarito Certo

56. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas, diferentemente dos impostos, são tributos com finalidade específica a determinar o destino do
seu produto.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

A finalidade específica da taxa é remunerar a atividade estatal que justificou sua criação, seja o exercício
de um poder de polícia seja a prestação de um serviço público.

A arrecadação do imposto não pode ter vinculação, devendo irrigar os cofres estatais para o custeio de
suas atividades.

Art. 167. São vedados:

(...)

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição


do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo;

Gabarito Certo

57. VUNESP - Juiz Leigo (TJ RJ)/2022


A respeito das taxas, é correto afirmar, com base na legislação tributária nacional, que
A a definição do critério quantitativo da regra matriz de incidência tributária das taxas deve guardar
correlação com o custo para o Estado do exercício do poder de polícia ou da prestação do serviço público.
B a competência tributária para o estabelecimento das taxas é livre para qualquer ente da federação,
independentemente da competência constitucional para a prestação do respectivo serviço público ou
exercício de poder de polícia.
C diferem dos preços públicos em razão da compulsoriedade destes, em contraposição à facultatividade
daquelas.
D a sua fórmula de cálculo não pode incorporar elemento também utilizado na base de cálculo de
imposto, ainda que não haja coincidência total quanto aos demais elementos da fórmula.
E ao contrário dos impostos e das contribuições, não estão sujeitas aos princípios tributários da legalidade
e da anterioridade, podendo ser criadas e modificadas por decreto do chefe do Poder Executivo.

RESOLUÇÃO:
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A – Esse é nosso gabarito. O critério quantitativo da regra matriz de incidência resumidamente tem
relação com a quantificação do tributo devido, ou seja, qual o valor final devido pelo sujeito passivo, e
geralmente deriva da incidência de uma alíquota sobre uma base de cálculo.

No caso das taxas o valor arrecadado presta-se a remunerar a atividade exercida pelo estado, e, portanto,
esse valor deve buscar sempre se aproximar do custo da atividade.

Veja esse didático exemplo de como o Supremo Tribunal Federal analisa a adequação entre o valor
arrecadado e o custo da atividade:

EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. COMPETÊNCIA COMUM DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL.
TAXA DE POLÍCIA. DESPROPORCIONALIDADE DA BASE DE CÁLCULO. 1. A questão central
nesta ação direta está em saber (i) se lei estadual pode instituir tributo na modalidade
taxa com fundamento no poder de polícia exercido sobre a atividade de exploração de
recursos hídricos no território do respectivo Estado; e, em sendo positiva a resposta, (ii)
se o tributo estabelecido pela Lei nº 8.091/2014 do Estado do Pará extrapolou, de
alguma forma, essa competência tributária. 2. A competência político-administrativa
comum para a proteção do meio ambiente legitima a criação de tributo na modalidade
taxa para remunerar a atividade de fiscalização dos Estados. 3. É legítima a inserção do
volume hídrico como elemento de quantificação da obrigação tributária. Razoável
concluir que quanto maior o volume hídrico utilizado, maior pode ser o impacto social e
ambiental do empreendimento; maior, portanto, também deve ser o grau de controle e
fiscalização do Poder Público. 4. No entanto, os valores de grandeza fixados pela lei
estadual em conjunto com o critério do volume hídrico utilizado (1 m³ ou 1000 m³)
fazem com que o tributo exceda desproporcionalmente o custo da atividade estatal de
fiscalização, violando o princípio da capacidade contributiva, na dimensão do
custo/benefício – princípio da equivalência –, que deve ser aplicado às taxas. 5. Conflita
com a Constituição Federal a instituição de taxa destituída de razoável equivalência
entre o valor exigido do contribuinte e os custos alusivos ao exercício do poder de polícia
(ADI 6211, Rel. Min. Marco Aurélio). 6. Ação direta de inconstitucionalidade julgada
procedente. Fixação da seguinte tese: Viola o princípio da capacidade contributiva, na
dimensão do custo/benefício, a instituição de taxa de polícia ambiental que exceda
flagrante e desproporcionalmente os custos da atividade estatal de fiscalização.

Perceba que o julgado afirma que essa desproporcionalidade entre o custo da atividade e o valor
arrecadado viola o princípio da capacidade contributiva na dimensão da equivalência.

B – O ente competente para cobrar a taxa vai ser o ente constitucionalmente competente para exercer a
atividade por ela remunerada.

Se determinada atividade compete somente à União, um Município não poderá exercê-la e


consequentemente não poderá instituir taxa para remunera-la.

C – Na verdade as taxas, como espécie tributária, que ostentam o atributo da compulsoriedade, enquanto
os preços públicos como são oriundos de uma relação contratual, são facultativos.

D – Pode incorporar um ou outro elemento, o que não pode existir é a total identidade com a base de
cálculo de imposto.
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Veja tese fixada no julgamento do Tema 146 pelo STF:

I - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e


tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo
145, II, da Constituição Federal; II - A taxa cobrada em razão dos serviços de conservação
e limpeza de logradouros e bens públicos ofende o art. 145, II, da Constituição Federal;
III - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade
entre uma base e outra. Obs: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da Ata da
12ª Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/2015

E – Totalmente equivocada. Taxas submetem-se à legalidade e a todos os outros princípios tributários


bem como limitações ao poder de tributar.

Gabarito A

58. FCC - Auditor da Receita Estadual (SEFAZ AP)/2022


Determinado Município resolve instituir taxa de coleta de lixo urbano, utilizando como base de cálculo o
valor venal dos imóveis localizados no seu perímetro urbano. À luz da Constituição Federal, a
A instituição desta taxa é constitucional, tendo em vista a coleta de lixo ser prestação de serviço público
e o imóvel estar localizado no município instituidor.
B base de cálculo de imposto pode ser utilizada na cobrança de taxa, desde que o fato gerador seja a
prestação de serviço público ou o exercício do poder de polícia.
C espécie tributária instituída é taxa, porque o que determina a natureza jurídica do tributo é sua
denominação, sendo irrelevante a base de cálculo, neste caso, ser idêntica à do IPTU.
D base de cálculo de imposto pode ser utilizada na cobrança de taxa, desde que o fato gerador seja a
prestação de serviço público, mas não o exercício do poder de polícia.
E instituição da referida taxa, no caso, é inconstitucional, porque, na medida em que o valor venal do
imóvel já constitui a base de cálculo do IPTU, esse valor não pode ser adotado como base de cálculo da
taxa de coleta de lixo urbano.

RESOLUÇÃO:

Ao contrário do que ocorre com os impostos, as taxas são devidas em face da ocorrência de um fato
diretamente ligado, ou vinculado, a uma atuação estatal. O fato gerador de uma taxa não é uma atividade
realizada pelo contribuinte (auferir renda, comercializar mercadorias, ser proprietário de algo etc.), mas
sim algo relacionado a uma atuação do Poder Público (prestação de serviços ou exercício do poder de
polícia).

A base de cálculo da taxa é o elemento que ajuda a quantificar o valor devido e, considerando a
fundamental diferença entre as espécies tributárias, não pode guardar relação de completa identidade
com a base de cálculo dos impostos. O montante cobrado a título de taxa, diferentemente do que
acontece com os impostos, só pode variar em função do custo da atividade estatal, devendo sua
arrecadação buscar sempre uma equivalência razoável com o custo da atividade exercida.

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Aula 05

No caso da questão temos uma base de cálculo rigorosamente igual à do IPTU. E isso é vedado, seja pela
lógica do tributo, seja pelo Código Tributário Nacional:

art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas

Gabarito E

59. VUNESP - Agente Fiscal (Pref Piracicaba)/Rendas/2022


Segundo a Constituição Federal e jurisprudência dos tribunais superiores, é correto afirmar sobre as taxas
que:
A podem ser cobradas em razão da prestação de serviços públicos uti universi ou uti singuli.
B podem possuir base de cálculo idêntica à dos impostos, caso sejam cobradas em razão do exercício do
poder de polícia.
C não exigem a efetiva prestação de serviço público para a sua cobrança pelo ente público competente.
D não podem ser cobradas para fins de financiamento do serviço público de coleta de lixo domiciliar.
E podem ser criadas para fins de financiamento do serviço de iluminação pública.

RESOLUÇÃO:

O serviço de iluminação pública é prestado em caráter uti universi, ou seja, é prestado a todos
indistintamente, e, portanto, carece dos requisitos de especificidade e divisibilidade inerente às taxas.

Há expressa vedação quanto à identidade de base de cálculo de impostos e taxas:

art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas

Vale lembrar que a própria definição legal e constitucional de taxas autoriza que, na modalidade taxas
cobradas pela prestação de serviços, ela seja cobrada em virtude da disponibilização do serviço ao
contribuinte.

Coleta de lixo domiciliar segundo entendimento fixado pelo STF constitui serviço público específico e
divisível apto a gerar a cobrança de taxa. Já a iluminação pública carece desses requisitos, uma vez que é
prestada a todos sem restrição ou individualização dos beneficiários.

Gabarito C
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60. VUNESP - Analista Previdenciário (IPSM SJC)/Direito/2022

O Município “X” decidiu criar “taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos”, utilizando


como um dos critérios de cálculo do valor da exação a área ocupada pelo estabelecimento comercial. Com
base nesta situação hipotética e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que

A a taxa em questão não é constitucional, pois possui base de cálculo idêntica à do imposto sobre
propriedade territorial urbana (IPTU), o que é vedado em relação às taxas criadas por municípios e pelo
Distrito Federal.

B não se trata de taxa, mas sim de contribuição para intervenção no domínio econômico, em razão da
vinculação do produto da sua arrecadação ao financiamento de uma atividade estatal específica.

C na medida em que a área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo
aproximado da atividade estatal de fiscalização, mostra-se constitucional a utilização deste critério para
cálculo da citada taxa.

D não é constitucional a criação de taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos, por


representar óbice à plena realização da garantia constitucional à liberdade de iniciativa e livre
concorrência.

E não se pode confundir o valor pago ao Poder Público para a expedição de licenças para funcionamento
de estabelecimento comercial com taxas, na medida em que as taxas são espécie de tributo e os valores
pagos àquele título são meros preços públicos.

RESOLUÇÃO:

Um dos critérios utilizados para o cálculo da taxa é a área ocupada.

Área ocupada, como bem lembramos, não representa a base de cálculo do IPTU, que vai ser o valor venal
do imóvel.

Dentro do cálculo do valor venal de um imóvel, sua área vai ser um dos fatores considerados e certamente
influencia no valor do IPTU, mas não é o único fator e tampouco pode-se afirmar que representa a base
de cálculo do imposto.

A utilização de um ou mais elementos da base de cálculo de determinado imposto na cobrança de taxa é


constitucional, como já determinou o STF:

I - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e


tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo
145, II, da Constituição Federal; II - A taxa cobrada em razão dos serviços de conservação
e limpeza de logradouros e bens públicos ofende o art. 145, II, da Constituição Federal;
III - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade
entre uma base e outra. Obs: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da Ata da
12ª Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/2015

E, além disso, o Supremo também afirmou existir uma correlação aceitável entre o tamanho do imóvel e
o custo de fiscalizar a atividade nele exercida:
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Aula 05

EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTO. CONSTITUCIONALIDADE.
BASE DE CÁLCULO. PROPORCIONALIDADE COM O CUSTO DA ATIVIDADE ESTATAL DE
FISCALIZAÇÃO. PRECEDENTES. 1. Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de
renovação de licença de funcionamento é constitucional, desde que haja o efetivo
exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera existência de órgão
administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de
fiscalização. 2. A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na
área de fiscalização é constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade
estatal de fiscalização. Quando a Constituição se refere às taxas, o faz no sentido de que
o tributo não incida sobre a prestação, mas em razão da prestação de serviço pelo
Estado. A área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo
aproximado da atividade estatal de fiscalização. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento.

Gabarito C

61. VUNESP - Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Pref Sorocaba)/2022


Os tributos são categoria de receita pública sujeita a regras específicas para sua cobrança.
A respeito das taxas, é correto afirmar, com base na legislação tributária e jurisprudência nacionais, que
A é inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, mesmo que não haja integral identidade entre uma base e outra.
B a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo provenientes de imóveis viola a Constituição Federal de 1988.
C não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.
D o serviço de iluminação pública deve ser remunerado mediante taxa decorrente da prestação de serviço
público indivisível.
E a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola a Constituição Federal de 1988.

RESOLUÇÃO:

A questão aborda alguns entendimentos do Supremo Tribunal Federal acerca das taxas.

A – É constitucional a adoção de um ou mais elementos da base de cálculo própria de impostos, o que


não pode ocorrer é a total identidade entre essas bases.

B – A cobrança dessa taxa é válida, pois remunera serviço específico e divisível.

C – A taxa judiciária é cobrada para remunerar o serviço prestado pelo Poder Judiciário. Resumidamente,
é cobrada de quem apresenta uma demanda judicial. Um dos requisitos para que um cidadão proponha
uma ação judicial é informar na petição inicial o valor atribuído à causa que seja discutida e julgada.

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Aula 05

A taxa judiciária, também chamada de custas, vai ser calculada sobre esse valor atribuído à causa, e o
Supremo entendeu que sem um teto limite para sua cobrança, o valor pode se tornar tão alto que pode
inibir alguém de apresentar sua demanda.

Esse é o sentido da Súmula nº 667:

Súmula 667

Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem


limite sobre o valor da causa.

D – O serviço de iluminação pública é prestado em caráter uti universi, ou seja, é prestado a todos
indistintamente, e, portanto, carece dos requisitos de especificidade e divisibilidade inerente às taxas.

E - Não se admite a cobrança de taxa pela prestação de serviços que a Constituição diz serem deveres do
Estado e direito de todos, tais como os de saúde, segurança e educação. A CF determina que eles devem
ser prestados gratuitamente, não podendo dar ensejo à instituição e cobrança de taxas. Daí o advento da
Súmula Vinculante 12: “A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no
art. 206, IV, da Constituição Federal”

Gabarito E

62. FEPESE - Analista Técnico (CINCATARINA)/IV/Contador/2022


A Constituição Federal estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
São serviços públicos que podem ser remunerados mediante a cobrança de taxa:
1. A emissão de passaporte.
2. A iluminação pública.
3. O fornecimento de água potável.
4. O registro e licenciamento de veículos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
B São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
C São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
D São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

RESOLUÇÃO:

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a emissão de passaporte e o registro de licenciamento de


veículos geram a possibilidade de cobrança de taxas.

Gabarito B

63. Prefeitura
InstitutodeConsulplan - Procurador
Santo André-SP Municipal
- ISS Santo (PrefFiscal
André (Auditor Caeté)/2022
de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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Rafael Henze
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O município Alfa instituiu, por meio de Lei Municipal, uma taxa exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis no
município. A lei também estabeleceu que a área do imóvel deverá ser utilizada como base de cálculo da
taxa. Considerando o fato gerador e a base de cálculo determinados, o tributo:
A É constitucional, pois o serviço prestado tem caráter específico e divisível, sendo permitida a adoção da
mesma base de cálculo de determinado imposto estadual.
B É inconstitucional, pois o serviço prestado tem caráter inespecífico e indivisível, sendo vedada a
utilização de base de cálculo idêntica a de determinado imposto estadual.
C É inconstitucional, pois o serviço público prestado tem caráter específico e indivisível, sendo vedada a
utilização de base de cálculo idêntica a de determinado imposto municipal.
D É constitucional, pois o serviço público prestado é específico e divisível, sendo permitida a adoção de
alguns elementos da base de cálculo própria de determinado imposto municipal.

RESOLUÇÃO:

A taxa de coleta, remoção e tratamento ou destinação do lixo, ou simplesmente taxa do lixo já foi julgada
constitucional, por possibilitar a correta aferição de quem é o beneficiário do serviço prestado e ainda de
quanto cada um conseguiu se beneficiar da prestação.

A área de um imóvel é apenas um dos elementos que compõem a base de cálculo do IPTU, e não a base
toda. Dessa forma, não há vedação em sua utilização aqui.

Gabarito D

64. QUADRIX - Professor de Educação Básica (SEE DF)/Contabilidade/2022/09.10.2022


Considerando a legislação tributária aplicada às contratações públicas, julgue o item a seguir.
Os serviços públicos objeto da cobrança de taxas consideram-se potencialmente utilizados pelo
contribuinte quando, sendo de utilização compulsória, são postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento.
C Certo
E Errado
RESOLUÇÃO:

Sim! A utilização em potencial de um serviço gera a cobrança de taxa apenas se esse serviço for de
utilização compulsória, ou seja, obrigatória.

Ex: o serviço prestado pelo Poder Judiciário está sendo e somente os usuários efetivos do serviço pagam
a taxa judiciária. O contrário ocorre com a taxa do lixo, pois trata-se de um serviço de utilização
compulsória.

Gabarito Correto

65. QUADRIX - Gestor em Políticas Públicas e Gestão Educacional (SEE DF)/Contabilidade/2022


Considerando a legislação tributária aplicada às contratações públicas, julgue o item a seguir.
O caráter de divisibilidade dos serviços públicos, sobre os quais incidem as taxas, significa que a repartição
do tributo deve ser igualitária para todos os contribuintes que se utilizam dos respectivos serviços.
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C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Isso não tem nada a ver com a divisibilidade dos serviços públicos.

Gabarito Errado

66. CPCV UERR - Analista Técnico Jurídico (UERR)/2022


À luz do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal de 1988, assinale a opção correta relativa a
taxas.
A Qualquer município pode instituir a cobrança de taxa mesmo que tenha como base de cálculo própria
a de outro imposto já instituído.
B A taxa é considerada uma espécie de tributo que pode ser cobrado apenas se houver a utilização efetiva
de serviços públicos específicos ou divisíveis.
C A espécie de tributo taxa, diferentemente dos impostos, pode ser instituída por decreto.
D Determinado município pode, no âmbito de sua competência tributária, instituir e cobrar uma taxa
mesmo tendo base própria outra taxa instituída no âmbito da competência tributária do respectivo
estado.
E As taxas devem ter caráter pessoal e são graduadas de acordo com a capacidade econômica dos
contribuintes.

RESOLUÇÃO:

Gabarito D

67. Prefeitura
CEBRASPE de (CESPE) - Analista
Santo André-SP - ISSde Controle
Santo André Externo (TCE RJ)/Controle
(Auditor Fiscal Externo/Direito/2021
de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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Acerca do Sistema Tributário Nacional, julgue o item que se segue.


É compatível com a Constituição Federal de 1988 a cobrança de taxa municipal em virtude do serviço de
combate a incêndios prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Tese

A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo


da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem
como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de
taxa para tal fim.

Não é constitucional a cobrança de taxa com essa finalidade.

Gabarito Errado

68. CEBRASPE (CESPE) - Analista (APEX)/Processos Jurídicos/2021


Um estado da Federação instituiu a cobrança de um valor para emissão de alvará de construção em uma
região onde está sendo executada uma obra que aumentará o valor venal dos imóveis. Para tanto,
estabeleceu como base de cálculo o acréscimo do valor venal decorrente da obra.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Tributário Nacional, e desconsiderando-se o exame
de constitucionalidade do assunto, essa exação
A não tem característica de tributo.
B configura um imposto.
C configura uma contribuição de melhoria.
D configura uma taxa.

RESOLUÇÃO:

A cobrança para emissão de alvará de construção na verdade reflete o exercício do poder de polícia
consistente na fiscalização da construção, com análise do projeto, checagem da viabilidade, possíveis
efeitos na vizinhança, etc. Se está tudo certinho, o ente emite o alvará de construção.

Trata-se de taxa pelo exercício do poder de polícia, prevista no art. 77 do CTN:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

E a definição do poder de polícia vem descrita na sequência:

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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Gabarito D

69. FUNDEP - Assessor Jurídico (CM Uberlândia)/2021


Determinado vereador da Câmara Municipal de Uberlândia tem a intenção de apresentar um projeto de
lei disciplinando uma modalidade de taxa. Considerando as normas sobre o tema, é correto afirmar que
A ele poderá adotar, no cálculo do valor de taxa, um ou mais elementos da base de cálculo própria de
determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
B ele pode instituir a taxa para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
C a taxa a ser criada poderá ter como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e indivisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
D a taxa a ser criada pode ter por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.

RESOLUÇÃO:

A – A taxa realmente pode adotar um ou mais elementos da base de cálculo própria de impostos, o que
não pode haver é uma identidade integral entre as grandezas.

B – Essa assertiva caracteriza um tributo chamado “contribuição de melhoria”, e nada tem a ver com taxa.

C – Essa assertiva busca confundir quem lê a questão sem a devida atenção. Ela está toda certinha, mas
troca serviço público específico e divisível por serviço público específico e indivisível, e isso altera
completamente a natureza do serviço prestado.

Vale relembrar que o serviço público precisa ser específico e também divisível para justificar a cobrança
da taxa.

D – Taxa precisa de uma atividade estatal dirigida ao contribuinte! A assertiva “d” está falando de uma
característica dos impostos.

Gabarito A

70. IDIB - Agente de Arrecadação (Pref Verdejante)/2021


Analise as afirmativas a seguir sobre as taxas:
I. A taxa somente pode ser cobrada se houver a efetiva prestação do serviço público.
II. A taxa, quando é cobrada em razão do exercício do poder de polícia, se chama tarifa.
III. As taxas em razão da prestação de serviço público são classificadas em dois tipos: a tarifada e a tarifária.
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Assinale:
A se apenas a afirmativa I estiver correta.
B se apenas a afirmativa II estiver correta.
C se apenas a afirmativa III estiver correta.
D se nenhuma afirmativa estiver correta.

RESOLUÇÃO:

A taxa pode ser cobrada se houver prestação efetiva do serviço público ou sua disponibilização, quando
for caso de serviço de utilização compulsória.

Se o serviço não for de utilização compulsória, só a efetiva prestação enseja a cobrança de taxa.

Tarifa é preço público e não tem qualquer relação com taxas.

Logo, todas as alternativas estão erradas.

Gabarito D

71. Instituto AOCP - Assessor (CM Teresina)/Jurídico Legislativo/2021


Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta.
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do ____________, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
A poder discricionário
B poder de polícia
C poder vinculado
D poder disciplinar
E poder regulamentar

RESOLUÇÃO:

Reprodução literal do art.77 do Código Tributário Nacional:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição

Gabarito B

72. CEBRASPE (CESPE) - Promotor de Justiça (MPE SC)/2021/42º

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Acerca de conceitos e definições referentes às espécies tributárias e de temas afins do direito tributário,
julgue o item a seguir.
É lícita a fixação de taxa, por lei federal, em razão do regular exercício do poder de policia sanitária.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Essa pergunta foi respondida pelo STF em julgado cuja ementa transcrevo:

EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 1º da Lei nº 9.782/99. MP nº


2.190-34, de 23 de agosto de 2001, que alterou dispositivos da Lei nº 9.782/99. Inclusão
do comércio varejista de produtos farmacêuticos (farmácias e drogarias) no rol dos
sujeitos passivos da taxa de fiscalização de vigilância sanitária arrecadada pela ANVISA.
Constitucionalidade. 1. A Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que instituiu o Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária e criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
determinou que essa autarquia de regime especial atuasse não só na fabricação, na
distribuição ou na importação de medicamentos e assemelhados, mas também em sua
comercialização, conforme definido em suas finalidades institucionais (art. 6º). Em
decorrência disso, compete à ANVISA “autorizar o funcionamento de empresas de
fabricação, distribuição e importação dos produtos mencionados no art. 8º desta Lei e
de comercialização de medicamentos” (art. 7º, VII, da Lei nº 9.782/99). Para tanto,
encontra-se entre suas fontes de receitas o produto da arrecadação da taxa de
fiscalização de vigilância sanitária (art. 22, I, da Lei nº 9.782/99), resultante do regular
exercício de seu poder de polícia sanitária, inclusive em face das atividades de
comercialização de medicamentos por farmácias e drogarias, exercício esse
perfeitamente constitucional e apto a justificar a cobrança da taxa respectiva. 2. O
interesse na normatização e, igualmente, na fiscalização do comércio farmacêutico
extrapola o âmbito eminentemente local, ensejando uma padronização e uma atuação
com alcance nacional. O arts. 198 e 200 da Lei Fundamental, longe de terem sido
afrontados, dão suporte ao exercício da atividade de vigilância sanitária desempenhado
pela União, uma vez que o controle do comércio farmacêutico não é de interesse
meramente local, de modo a dispensar toda e qualquer atividade fiscalizatória por parte
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 3. A atividade de vigilância sanitária
desempenhada pela ANVISA não se confunde materialmente com aquela
desempenhada pelos municípios ou pelos estados, nem impede que esses dirijam sua
atuação fiscalizatória para os estabelecimentos de comércio farmacêutico. Não há,
ademais, duplicidade de tributação recaindo sobre o mesmo fato gerador, porque as
órbitas materiais de incidência das taxas cobradas pelos diversos órgãos de vigilância
sanitária são diversas. 4. Ação direta julgada improcedente

No caso específico dessa taxa, a Confederação Nacional do Comércio ajuizou ADI alegando que a atividade
já estava sujeita à fiscalização estadual em alguns casos e outros à vigilância sanitária municipal e que,
portanto, estaria ocorrendo bitributação.

O STF entendeu não existir bitributação, uma vez que cada ente cobra por sua atividade fiscalizatória,
devidamente autorizada pela Constituição Federal.

Gabarito Certo de Santo André-SP - ISS Santo André (Auditor Fiscal de Receita Municipal) Código Tributário do Município de S
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73. VUNESP - Juiz Estadual (TJ SP)/2021/189º


No que diz respeito a taxas, é correto afirmar:
A o caráter retributivo das taxas também está presente quando fixada e cobrada antecipadamente à
disponibilização do serviço, como forma para sua viabilização.
B a simples disponibilização dos serviços, ainda que não de natureza compulsória, admite exigir a taxa de
serviço.
C o princípio da capacidade contributiva também é de aplicação obrigatória na instituição das taxas.
D o simples exercício do poder de polícia não enseja a cobrança da taxa de polícia, mas sim o desempenho
efetivo da atividade dirigida ao administrado. Assim, por exemplo, não é jurídico cobrar taxa de
fiscalização se a pessoa política não mantém órgão fiscalizatório ou não desenvolve tal atividade.

RESOLUÇÃO:

Não existe taxa para viabilizar um serviço que ainda vai ser disponibilizado. A taxa é cobrada pela
prestação do serviço ou disponibilização de um serviço existente.

A taxa cobrada pela prestação potencial de um serviço só é exigível quando esse serviço for de utilização
compulsória e tiver sido prestado.

Vamos exemplificar: a taxa do lixo é uma taxa cobrada por um serviço de utilização compulsória, logo,
ainda que eu não produza lixo, ou recicle por contra própria, a simples disponibilização desse serviço para
mim, vai gerar sua cobrança.

Agora a taxa pelo serviço judiciário, chamada de custas, somente vai ser cobrada daquele que
efetivamente usar esse serviço.

A capacidade contributiva pode ser aplicável às taxas em algumas circunstâncias, mas não há
obrigatoriedade. É fácil entender isso lembrando que o objetivo da arrecadação das taxas é remunerar o
custo da atividade exercida sem analisar qualquer característica pessoal do contribuinte.

O gabarito é a letra “d”, ainda que a distinção entre “simples exercício de poder de polícia” e efetivo
exercício de poder de polícia não seja muito clara, a assertiva se explica convergindo com o entendimento
do Supremo sobre o tema:

RE 657234 AgR

Decisão

cobrança da taxa de fiscalização e funcionamento (fls. 1280) A jurisprudência do


Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que a existência de órgão
administrativo específico é um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo
exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente, como sobressai do julgado
proferido pelo Tribunal Pleno, nos autos do RE nº 588.322/RO, julgado em 16/6/10,
conforme ementa que segue: Recurso Extraordinário 1. Repercussão geral reconhecida.
2. Alegação de inconstitucionalidade da taxa de renovação de localização e de
funcionamento do Município de Porto Velho. 3. Suposta violação ao artigo 145, inciso II,
da Constituição, ao fundamento de não existir comprovação do efetivo exercício do
poder de polícia. 4. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício
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do poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando


apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 5. A regularidade do exercício
do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e
fiscalização. 6. À luz da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a existência do
órgão administrativo

Gabarito D

74. FGV - Notário e Registrador (TJ SC)/Remoção/2021


Lei do Município Alfa de agosto de 2021 instituiu a Taxa de Aprovação de Projetos de Construção, tendo
por fato gerador a análise de projetos de sistemas de prevenção contra incêndio e pânico, serviço
prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual Militar. João, prestes a iniciar construção em terreno de sua
propriedade, foi informado pelo engenheiro responsável pela obra que teria de recolher o valor dessa
taxa.
Diante desse cenário, a cobrança é:
A indevida, pois o serviço prestado não é específico e divisível;
B indevida, pois o serviço público por ela financiado é de competência estadual;
C indevida, pois tal serviço não pode ser prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual Militar;
D devida, por se tratar de serviço de precípuo interesse local;
E devida, pois o serviço prestado é específico e divisível.

RESOLUÇÃO:

A análise de projetos de sistemas de prevenção contra inocência e pânico prestado pelos Bombeiros
constitui, segundo o STF, prestação de serviço apto a fazer nascer a cobrança de taxa e não deve ser
confundido com taxa de combate a incêndio.

O seguinte julgado faz a devida distinção entre as atividades:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TRIBUTÁRIO. LEI SERGIPANA N.


4.184/1999. INSTITUIÇÃO DE TAXAS REMUNERATÓRIAS DE ATIVIDADES DE ÓRGÃO DA
SEGURANÇA PÚBLICA. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. TAXA ANUAL DE SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO E DE APROVAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO. ANÁLISE DE
SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO. AÇÃO DIRETA JULGADA
PARCIALMENTE PROCEDENTE.

1. As taxas são tributos vinculados a atividade estatal dirigida a sujeito identificado ou


identificável, podendo decorrer do exercício do poder de polícia titularizado pelo ente
arrecadador ou da utilização de serviço público específico e divisível posto à disposição
do contribuinte.

2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos por ela remunerados cumulem os
requisitos de especificidade e divisibilidade. Os serviços autorizadores de cobrança de
taxas não podem ser prestados de forma geral e indistinta a toda a coletividade (uti
universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou potencialmente, de
modo individualizado e mensurável (uti singuli).
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3. A taxa anual de segurança contra incêndio tem como fato gerador a prestação de
atividade essencial geral e indivisível pelo corpo de bombeiros, sendo de utilidade
genérica, devendo ser custeada pela receita dos impostos.

4. Taxa de aprovação de projetos de construção pelo exercício de poder de polícia. A


análise de projetos de sistemas de prevenção contra incêndio e pânico é serviço público
antecedente e preparatório de prática do ato de polícia, concretizado na aprovação ou
não do projeto e, consequentemente, na autorização ou não de se obterem licenças e
alvarás de construção. Serviços preparatórios específicos e divisíveis, voltados
diretamente ao contribuinte que pretende edificar em Sergipe, podendo ser custeados
por taxas. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente.

Por esse motivo o nosso gabarito atestou que a taxa é indevida por ser cobrada por ente desprovido de
competência para prestar o serviço.

Gabarito B

75. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual


(SEFAZ AL)/2021
Julgue o item a seguir, a respeito das diversas espécies de tributos.
As taxas, por não possuírem cunho sinalagmático, podem ser instituídas com a finalidade específica de
cumprimento de funções extrafiscais.

C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

É exatamente o contrário!

Justamente por possuir cunho sinalagmático, ou seja, por remunerar uma contraprestação efetuada pelo
estado em direção ao contribuinte que as taxas não podem ser instituídas com a finalidade específica de
cumprimento de funções extrafiscais.

A taxa é instituída para custear a atividade que justificou sua cobrança, e não para estimular ou
desincentivar determinada conduta por meio da tributação.

Gabarito Errado

76. FCC - Analista da Receita Estadual IV (SEF SC)/2021


Determinado Município do Estado de Santa Catarina, que não possui guarda municipal, decidiu cobrar da
Empresa de Eventos Agrolazer Ltda. a Taxa de Segurança Preventiva, relativamente aos serviços de
segurança preventiva prestados pela Polícia Militar estadual, no âmbito externo de um show de rodeio
realizado no citado Município. Essa cobrança, de acordo com as regras do Código Tributário Nacional, é
A devida porque, no caso, como esse Município não tem guarda municipal, sub-roga-se o direito de
cobrança da taxa estadual, na medida em que a prestação desse serviço tenha sido a ele solicitada.

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B devida, ainda que a prestação desse serviço tenha sido feita pelo Estado, desde que a solicitação dessa
prestação tenha sido feita ao Município, pela empresa de eventos.
C indevida, porque o serviço foi prestado pelo Estado, por meio da Polícia Militar estadual, e não pelo
Município.
D devida, desde que, cumulativamente, a prestação desse serviço tenha sido solicitada pela empresa de
eventos ao Município, e que o referido serviço tenha sido efetivamente prestado pelo Estado, mas a taxa
referente a essa prestação não tenha sido cobrada pelo referido Estado.
E devida, desde que o referido serviço tenha sido prestado pelo Estado, mas a taxa referente a essa
prestação não tenha sido cobrada por ele.

RESOLUÇÃO:

Entendo que a principal impropriedade dessa taxa é ser cobrada pela prestação do serviço de segurança,
ainda que preventiva, uma vez que esse tipo de serviço carece dos requisitos de especificidade e
divisibilidade. Mas, como a questão não nos forneceu essa alternativa, ela é nitidamente indevida por ser
cobrada por ente que dispõe de competência para prestar o serviço que será remunerado pela taxa.

Gabarito C

77. QUADRIX - Professor Substituto Temporário (SEDF)/Contabilidade/2021


Com relação à Legislação Tributária Aplicada às Contratações Públicas, julgue o item.

A característica de divisibilidade dos serviços públicos objeto da cobrança de taxas, pelos entes
federativos, traduz-se por sua suscetibilidade de utilização, separadamente, por cada um dos usuários
desses serviços.
C Certo
E Errado

RESOLUÇÃO:

Essa diferenciação é um pouco teórica e difícil de ser verificada no mundo real, mas as bancas gostam de
tentar confundir os conceitos de especificidade e divisibilidade.

Vejamos o CTN mais uma vez para não esquecer:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

(...)

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de


utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

Gabarito Certo

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78. Instituto Consulplan - Notário e Registrador (TJ MS)/Remoção/2021


Trata-se de exação cuja materialidade do fato gerador ou de sua hipótese de incidência é sempre e
necessariamente um fato produzido pelo Estado, na esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade
ao administrado ou uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte. A assertiva anterior diz
respeito a:
A Taxa.
B Imposto.
C Contribuição social.
D Contribuição de melhoria.

RESOLUÇÃO:

A questão conceitua com perfeição a espécie tributária.

A cobrança de taxa origina-se de uma atuação estatal dirigida ao contribuinte, seja uma prestação de
serviço seja o regular exercício do poder de polícia.

Gabarito A

79. INCP - Fiscal de Fazenda (Pref Miguel Pereira)/2021


Sobre as Taxas, o Código Tributário Nacional dispõe que:

A A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem
ser calculada em função do capital das empresas.
B A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e
obrigatoriamente deve ser calculada em função do capital das empresas.
C A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondem a imposto, mas
pode ser calculada em função do capital das empresas.
D A taxa obrigatoriamente deve ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
imposto e deve ser calculada em função do capital das empresas.
E A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, mas jamais
poderá ser calculada em função do capital das empresas.

RESOLUÇÃO:

A resolução da questão pode ser encontrada na literalidade do Código Tributário Nacional:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das empresas

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Gabarito A

80. CONSULPLAN - Agente Fiscal (Pref Corbélia)/2021


Em relação aos conhecimentos de noções de Direito Tributário, considerando que a taxa é tributo cobrado
em face do exercício do poder de polícia ou da prestação de serviços públicos divisíveis, assinale, a seguir,
a alternativa que possibilita a cobrança de taxa.
A Segurança pública.
B Iluminação pública.
C Combate a incêndio.
D Licenciamento de localização.

RESOLUÇÃO:

As taxas relacionadas a licenciamento e localização são as mais frequentes relacionadas ao exercício do


poder de polícia.

Segurança pública, compreendido o combate a incêndios, bem como o serviço de iluminação pública, são
prestados a toda coletividade indistintamente, carecendo, portanto, dos requisitos da divisibilidade e
especificidade.

Gabarito D

81. IDECAN - Fiscal de Tributos Municipais (Pref Campina Gde)/2021


No Direito Tributário, são características das Taxas:
I. Não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
II. O serviço público tem que ser divisível e efetivamente prestado ao contribuinte.
III. Estão sujeitas, sem exceção, ao princípio da anterioridade.
IV. É vedada a sua instituição para o custeio de serviços públicos específicos.
V. Somente podem ser cobradas pelos Estados e Municípios.
Assinale
A se somente as afirmativas I, III e V estiverem corretas.
B se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
C se somente as afirmativas II e V estiverem corretas.
D se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

RESOLUÇÃO:

I – Por expressa vedação legal, taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.

II – O serviço público apto a fazer nascer a cobrança de taxa deve ser específico e divisível devendo ser
prestado ou colocado à disposição do contribuinte.
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III – Correto!

IV – Errada.

V – Todos os entes podem instituir taxas, respeitados os limites de sua atuação prescritos pela
Constituição Federal.

Gabarito D

82. FGV - Auditor do Estado (CGE SC)/Direito/2023


O elemento nuclear para identificar e distinguir taxa e preço público é
A a localização topológica no texto constitucional.
B a compulsoriedade presente na taxa somente.
C a existência de um serviço público sendo prestado.
D a liberdade de fixação do valor do preço público.
E a remuneração de atividade privativa ou não do Estado.

RESOLUÇÃO:

Há alguns elementos que podem ajudar na diferenciação entre taxas e preços públicos, mas o elemento
central é a compulsoriedade.

O Supremo concorda com essa tese:

Súmula STF nº 545: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

Gabarito B

83. VUNESP - Advogado (Docas PB)/2022


O Município “X” pretende passar a cobrar determinada quantia em dinheiro dos cidadãos interessados
em explorar atividade comercial em áreas públicas pré-estabelecidas, tais como parques, praças e
calçadas em contrapartida à utilização exclusiva desses espaços. A respeito dessa situação hipotética, é
correto afirmar, com base na legislação tributária nacional, que
A a legislação tributária nacional não autoriza a utilização de espaços públicos para atividades comerciais,
ainda que mediante pagamento ao Poder Público.
B a cobrança deverá ser estabelecida na forma de taxa em razão do serviço público indivisível colocado à
disposição dos comerciantes, devendo ser criada mediante lei.
C a legislação tributária nacional exige que a cobrança seja estabelecida na espécie de contribuição, em
razão de não se tratar de serviço público divisível, mas sim indivisível.
D a cobrança deverá ser estabelecida na forma de taxa em razão do exercício do poder de polícia
municipal, podendo ser criada mediante decreto editado pelo Chefe do Poder Executivo.
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E por se tratar de cobrança como contrapartida pela utilização não compulsória de um bem público, não
é possível a definição de eventual cobrança como tributo, mas sim como preço público.

RESOLUÇÃO:

A questão buscou confundir o candidato, apresentando uma atividade parecida com atividade que
legitimaria a cobrança de taxas, mas diferente. Aqui, o Município está cobrando um valor para autorizar
a utilização e exploração de uma área pública.

Muitos podem ter se recordado das taxas de licenciamento e funcionamento, frequentemente cobradas
pelos Municípios pelo exercício do poder de polícia consistente na fiscalização de empreendimentos. Se
o cidadão pretende abrir determinado negócio, ele solicita ao Município que avalie se seu
empreendimento é viável naquela determinada localidade e da forma desejada, e o Município lhe cobra
uma taxa por isso.

A questão apresenta o caso de um cidadão que quer pagar para explorar um bem público. Nesse caso o
valor a ser cobrado vai ostentar natureza jurídica de preço público.

Gabarito E

84. VUNESP - Agente Fiscal (Pref Piracicaba)/Rendas/2022

Trata-se de exemplo de preço público:


A cobrança realizada junto à conta de consumo de energia elétrica residencial para formação de fundo de
universalização de acesso à energia.
B cobrança pela análise de pedido de concessão de alvará de funcionamento de estabelecimento
empresarial sujeito a licenciamento.
C cobrança de assinatura mensal por empresa concessionária de serviços de telecomunicação por
telefone móvel (telefone celular).
D cobrança pela utilização de espaço na rua por restaurante, para colocação de mesas de uso reservado.
E cobrança de custas judiciais para ingresso com ação civil ordinária declaratória de inexistência de relação
jurídico-tributária.

RESOLUÇÃO:

O traço distintivo eleito pelo STF entre taxas e preço público é a compulsoriedade.

A taxa, como qualquer tributo, ostenta compulsoriedade, ou seja, o contribuinte paga ainda que não
concorde com seu pagamento.

Essa característica deriva do Código Tributário Nacional:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

Se o Estado não de
Prefeitura determina a compulsoriedade
Santo André-SP dos(Auditor
- ISS Santo André serviços estaremos
Fiscal diante
de Receita de um
Municipal) preçoTributário
Código público.do Município de S
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Mas essa diferenciação deve ser traçada quando há remuneração por prestação de serviço. Nessa questão
a letra “d” expõe um caso típico de preço público que não tem qualquer relação com taxa.

Gabarito D

85. FGV - Consultor Legislativo (SEN)/Assessoramento Legislativo/Direito Tributário e Direito


Financeiro/2022
Em relação à distinção entre taxa e preço público, analise as afirmativas a seguir.
I. A instituição do preço público não está sujeita ao princípio da legalidade tributária estrita.
II. O preço público se distingue da taxa pois aquele não ostenta natureza tributária.
III. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público tem natureza
jurídica de preço público.
Está correto o que se afirma em
A I, apenas.
B II, apenas.
C II e III, apenas.
D I e III, apenas.
E I, II e III.

RESOLUÇÃO:

Taxa ostenta natureza jurídica de um tributo, logo, deve obediência a todas as limitações constitucionais
ao poder de tributas, como o princípio da legalidade.

Preço público tem natureza contratual e, portanto, não precisa se adequar às citadas restrições.

Ainda que exista algum debate doutrinário sobre a natureza jurídica do pedágio, o Supremo já determinou
que trata-se de preço público.

Ementa: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO


PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
CONSTITUCIONALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias
conservadas pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final,
do art. 150 da Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da
legalidade estrita. 2. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.

Gabarito E

86. FCC - Procurador do Estado do Goiás/2021/XIV


Suponha que tenha sido editado decreto do Chefe do Executivo majorando, acima da defasagem
inflacionária, a partir da respectiva edição, o valor cobrado pelo órgão de trânsito do Estado para custear:
i) expedição de Carteira Nacional de Habilitação-CNH e ii) registro de alienação fiduciária e outros
gravames incidentes sobre veículo, por solicitação de instituições financeiras.

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Referido decreto foi contestado, sob o argumento de desobediência do princípio da reserva legal, da
anterioridade e pela não observância do prazo de 90 dias para cobrança dos novos valores (noventena),
sustentando-se que ambas as atividades somente podem ser remuneradas mediante instituição de taxas.
A análise jurídica da questão posta deve considerar que
A quaisquer atividades estatais cujo custo possa ser individualizado são passíveis de cobrança mediante
preço público, cabendo a cobrança de taxa somente para custeio de serviços não passíveis de fruição
individual, o que denota a ausência de qualquer inadequação na via eleita.
B atividades que representem serviço público fruível pelo usuário, independentemente de
compulsoriedade, demandam a cobrança mediante taxa, porém apenas a instituição da taxa depende de
edição de lei formal, podendo a majoração se dar mediante decreto, o que indica a ausência de
desconformidade da via eleita para ambas as situações descritas.
C descabe cobrança de taxas de pessoas jurídicas, as quais são sempre sujeitas ao pagamento de preço
público, cujo regime afasta a necessidade de lei e a incidência dos princípios citados, sendo este o
discrímen que afasta a inadequação da via eleita para a majoração indicada no item ii.
D tanto taxas como preços públicos necessitam de lei para instituição ou majoração, porém apenas a taxa
sujeita-se ao princípio da anterioridade, sendo a majoração do preço público sujeita apenas à observância
da noventena, o que denota inviabilidade jurídica total da edição de decreto, para o item i, e a
inadequação da vigência imediata, para o item ii.
E atividades prestadas como expressão do exercício de poder de polícia ensejam a cobrança de taxa, que
somente pode ser instituída ou majorada por lei com vigência para o exercício subsequente e observada
a noventena, podendo-se concluir pela evidente inadequação da via eleita para a majoração indicada no
item i.

RESOLUÇÃO:

A – O serviço público específico e divisível, ou seja, passível de fruição individual, é remunerado por meio
de taxas.

B – A taxa vai ser cobrada em regime de compulsoriedade, e só poderá ser majorada bem como instituída
por meio de lei.

C – Sem qualquer fundamento. Pessoas jurídicas pagam taxa normalmente.

D – Preços públicos dispensam a exigência de lei para serem cobrados, pois não são tributos.

Gabarito E

87. CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFAZ RR)/2021


Um exemplo de serviço público remunerado por meio de preço público é
A a emissão de passaportes.
B a distribuição de energia.
C a coleta de lixo.
D o serviço jurisdicional.
E o serviço de sepultamento.
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RESOLUÇÃO:

O que diferencia de onde vai sair a remuneração por um serviço público é a compulsoriedade!

O ordenamento jurídico permite que eu adquira a energia elétrica, por exemplo, instalando painéis de
energia solar ou por meio de um gerador próprio, sem necessariamente utilizar o serviço público. Nesse
caso eu não seria obrigado a pagar pelo serviço público de distribuição de energia.

Os outros serviços públicos mencionados são de utilização compulsória.

Gabarito B

88. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Tributos Municipais (Pref Aracaju)/Abrangência Geral/2021


O preço público tem como característica o fato de
A submeter-se às limitações do poder de tributar.
B ser utilizado para custear poder de polícia.
C decorrer de expressa previsão legal.
D ser utilizado para custear a iluminação pública.
E ser uma prestação pecuniária facultativa.

RESOLUÇÃO:

Preço diverge das taxas sobretudo em razão do atributo da compulsoriedade.

Taxa é um tributo, e como tal, não cabe ao contribuinte escolher se paga ou não, e se submete ao regime
jurídico tributário, devendo ser instituída por lei e submetendo-se a todas as limitações constitucionais
ao poder de tributar.

Gabarito E

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

1. CETRO - Procurador (CREF 4)/F57/2013

Sobre as espécies de tributo, assinale a alternativa correta.

a) É constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção,
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.

b) O serviço de iluminação pública pode ser remunerado mediante taxa.

c) Não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.

d) A cobrança a título de água e esgoto é considerada tributo.

e) É inconstitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, ainda que não haja integral identidade entre uma base e outra.

2. FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Gestão Tributária/2018

Um determinado Estado instituiu uma taxa denominada “Taxa sobre Transmissão Gratuita de Bens e
Direitos”, que tem como fato gerador a transmissão gratuita de bens e direitos, e cuja base de cálculo é
idêntica à do ITCMD instituído por aquele Estado. A referida taxa foi instituída em razão de notória
necessidade de o Estado “reforçar seu caixa”, e tem como destinação específica o pagamento dos
credores do Estado, pessoas naturais e jurídicas. De acordo com a Constituição Federal e com o Código
Tributário Nacional, esta exação

a) é conhecida como taxa imprópria, tem natureza temporária, e sua instituição e cobrança são
contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de necessidade
extrema e urgente, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.

b) é taxa, mas sua base de cálculo é imprópria.

c) é taxa, na medida em que foi assim denominada na lei estadual que a instituiu, sendo essa denominação
elemento essencial na determinação de sua natureza jurídica específica.

d) é conhecida como taxa imprópria e tem natureza jurídica específica de taxa, sendo sua instituição e
cobrança contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos casos de ocorrência de
calamidade pública, reconhecida e declarada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.

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e) não é taxa, ainda que tenha sido assim denominada, pois seu fato gerador não é o exercício regular do
poder de polícia, nem a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.

3. Prova: CESPE - 2017 - TJ-PR - Juiz Substituto

O município de Curitiba – PR instituiu, por lei ordinária, taxa de coleta e remoção de lixo para os
imóveis urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de cálculo do tributo a área
construída do imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, resultaria no valor do tributo devido pelo
contribuinte. Acerca dessa situação hipotética e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de
tributar, assinale a opção correta.

A) A utilização da área construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em questão, por
também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional a instituição do mencionado tributo.

B) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as contribuições,
e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão.

C) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base de cálculo
de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo contribuinte seja proporcional
ao serviço que lhe é prestado.

D) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda a coletividade,
sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa.

4. Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase

O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, remoção e
tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi
notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

A) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X.

B) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.

C) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição de taxas
de serviço público.

D) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes.

5. Prova: ESAF - 2016 - ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil

Pode ser remunerado por taxa o serviço de


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A) iluminação pública.

B) coleta de lixo.

C) segurança pública.

D) limpeza pública de vias e logradouros.

E) saúde pública.

6. Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento -


2017

Dado que o fato gerador significa um evento e a base de cálculo, a grandeza que o dimensiona
numericamente, considerando-se os impostos e as taxas, é correto afirmar:

A) A base de cálculo dos impostos deve ser a grandeza que dimensiona a manifestação de riqueza, sendo
também totalmente idônea para regular a taxa, que guarda relação com a contraprestação estatal.

B) É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

C) Não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.

D) O Supremo Tribunal Federal entendeu pela inconstitucionalidade da taxa de fiscalização dos mercados
de títulos e valores mobiliários, cobrada pela Comissão de Valores Mobiliários, cujos montantes, em
moeda corrente, são determinados em faixas que variam de acordo com o patrimônio líquido da
sociedade ou fundo de investimento sujeito à fiscalização.

7. Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento -


2017

Relativamente às taxas, assinale a alternativa correta:

A) A Constituição Federal menciona quais as taxas que são de competência das entidades tributantes,
obedecendo-se ao critério de repartição de atribuição administrativa para a prestação do serviço.

B) A taxa de serviço público específico e divisível possui, como fato gerador, a utilização efetiva ou
potencial desse mesmo serviço, podendo ainda ser instituída para repartir os custos de serviço estatal
efetivamente existente ou para angariar recursos para a sua implantação.

C) O serviço de iluminação pública pode ser remunerado mediante taxa.

D) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 145, II, da Constituição Federal.
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8. Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção -


2017

Em relação às taxas, assinale a alternativa correta:

A) O exercício regular do poder de polícia pelas entidades tributantes, segundo as atribuições


administrativas previstas na Constituição Federal, pode, excepcionalmente, acarretar a imposição de
taxas, por parte de cada uma delas, considerando a fiscalização de determinada atividade, como é o caso
da proteção ao meio ambiente.

B) As taxas de polícia instituídas e cobradas pelas entidades tributantes, tendo como fato gerador a
atividade fiscalizadora incidente sobre uma mesma matéria, regulando a prática de ato ou a abstenção
de fato, configuram bis in idem e destoam das atribuições administrativas inseridas na Constituição
Federal.

C) Considera-se irregular o poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

D) Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando


direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
particular específico, no que concerne à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.

9. Prova: CONSULPLAN - 2015 - TJ-MG - Juiz Leigo

Nos termos do Código Tributário Nacional, cabe cobrança de TAXA na hipótese de:

A) Poder de polícia.
B) Iluminação pública.
C) Segurança nacional.
D) Limpeza de logradouros.

10. Prova: FCC - 2017 - TJ-SC - Juiz Substituto

Município X cobra taxa por coleta de lixo urbano, feita por empresa contratada pela Administração
municipal. O tributo é calculado sobre o valor, atribuído por lei municipal, da frente para a via pública do
imóvel em que se dará a coleta, medida em metros lineares. O tributo é julgado inconstitucional. A taxa
não pode ser cobrada porque

A) a base de cálculo é semelhante ao valor venal do imóvel, base de cálculo do IPTU.

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B) a base de cálculo não é apropriada para prestação de serviços, prestando-se, somente, para o caso de
taxa por exercício de poder de polícia.

C) o serviço público é prestado por particular contratado, sendo, portanto, caso de cobrança de preço
público diretamente pelo contratado.

D) o serviço é, por natureza, indivisível, tendo em vista a impossibilidade de pesar o lixo no momento da
coleta.

E) a base de cálculo não tem pertinência com o serviço prestado ou posto à disposição.

11. Prova: IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador
do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição”, de acordo com a definição citada, assinale a alternativa que
NÃO se enquadra como fato gerador apto a cobrança de taxa:

A) Prestação de serviço público de coleta de lixo.

B) Prestação de serviço inerente à segurança pública.

C) Retirada de passaporte

D) Submissão de projeto de engenharia aos órgãos estatais competente

12. Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto

A União alterou o Regimento de Custas da Justiça do DF, estabelecendo que 5% da arrecadação


decorrente do pagamento de custas da justiça deveriam ser repassados à uma associação representativa
de um segmento de serventuários da justiça.

Nessa situação hipotética, a alteração do regimento deve ser considerada

A) inválida porque a União não é competente para regulamentar tal tema.

B) inválida porque o produto da arrecadação em questão não pode ser revertido em benefício de pessoas
jurídicas de direito privado, a exemplo da Associação de Magistrados X.

C) válida porque é lícita a destinação da arrecadação advinda do tributo em questão a serviços


indiretamente pertinentes à administração da justiça.

D) válida porque, embora as custas sejam um tributo vinculado, é permitido ao ente competente definir
a destinação de produto de arrecadação de tributo.

E) válida porque as custas podem ser destinadas a manter qualquer serviço de interesse público, por
serem tributo não vinculado.

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13. Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal

Relativamente à distinção entre taxa e preço público, julgue o item seguinte.

Enquanto determinado aeroporto for administrado pela INFRAERO, a taxa de embarque que o
consumidor pagar classificar-se-á como uma taxa, no sentido de espécie tributária; se for transferida a
administração do citado aeroporto para concessionário privado, o referido pagamento passará a ter
natureza jurídica de preço público.

( ) Certo

( ) Errado

14. Prova: FMP Concursos - 2014 - TJ-MT – Juiz- Adaptada

Os tributos vêm sendo classificados em cinco espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria,
contribuições (especiais) e empréstimos compulsório. Sobre as taxas, analise as seguintes assertivas:

As taxas podem ser instituídas em razão da prestação de serviços específicos e divisíveis ou do exercício
do poder de polícia, bem como do uso de bens imóveis, mas não podem ter base de cálculo própria de
impostos.

As taxas são tributos com característica contraprestacional ou comutativa, de modo que o montante
cobrado guarde equivalência razoável com o custo da atividade estatal que constitui seu fato gerador.

15. Prova: CESPE - 2013 - TJ-PI - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

O tribunal de justiça de determinado estado, por meio de um provimento, corrigiu monetariamente, por
conta própria, o valor cobrado das custas judiciais e emolumentos. Embora não houvesse permissão legal,
referido tribunal atualizou esses valores devido ao fato de eles estarem bastante defasados.

A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

A) Emolumentos e custas judiciais são valores cobrados pela prestação de serviços públicos específicos e
divisíveis e devem observar o princípio da reserva legal.

B) Os emolumentos são valores cobrados administrativamente pelos serviços prestados no Poder


Judiciário e são de livre instituição e cobrança dos tribunais de justiça.

C) As custas judiciais, por serem contraprestação de serviços públicos específicos prestados pelos
tribunais, podem ser atualizadas por normas administrativas do tribunal.
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D) Tendo os emolumentos cartorários e as custas judiciais natureza de taxa, o produto de sua arrecadação
somente poderá ser destinado para custeio de serviços públicos, ainda que esses serviços sejam diversos
daqueles para os quais foram arrecadados.

E) A atualização monetária não significa aumento de valores, dado que é considerada como recomposição
do valor real, e, portanto, pode ser estabelecida administrativamente pelo tribunal, mesmo sem que a lei
autorize.

16. Prova: ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal - Prova 2

Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto, que:

A) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada
atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam.

B) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do
poder de polícia.

C) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir na prestação ao
contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não.

D) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas.

E) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo
órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

17. Provas: FCC - 2013 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária - Prova 3

Com respeito à disciplina legal das taxas, é:

A) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

B) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.

C) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que haja a manutenção, pelo
sujeito ativo, de órgão de controle em funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.

D) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo fato gerador pela União e
por Estado, pois ambos têm competência para exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar
de competência comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos

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E) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios, porquanto instituída como


contraprestação a serviço não divisível.

18. FCC - Procurador do Município de São Paulo/2008

Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da hipótese de incidência é ter
piscina em imóvel localizado dentro do Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros
quadrados da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O contribuinte é o
proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa

a) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de polícia ou de prestação de serviço
público, sendo fato gerador de imposto.

b) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da União e não do Município.

c) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização que o Poder Público tem
que realizar na construção de piscinas.

d) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação efetiva do serviço de água
tratada fornecida para manter a piscina.

e) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.

19. Prova: MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justiça

Relativamente às taxas, é incorreto afirmar:

A) Podem ser cobradas em decorrência do exercício do poder de polícia e da prestação efetiva ou


potencial de serviço público, específico e divisível.

B) As denominadas taxas de serviço decorrem da prestação específica e divisível de um serviço público e


pressupõem a mensuração da atividade prestada.

C) As taxas tem enumeração taxativa e estão todas previstas na Constituição Federal.

D) As taxas não podem ter a mesma base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
impostos.

E) Entende-se haver prestação potencial do serviço, quando, sendo de utilização compulsória, seja posto
à disposição do contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

20. Prova: CESPE - 2012 - TJ-PA - Juiz

Assinale a opção correta a respeito da instituição e cobrança de taxas.


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A) É constitucional a cobrança de taxa de matrícula em universidade pública federal.

B) De acordo com entendimento firmado em súmula do STJ, é ilegítima a cobrança, pelo município, de
taxa relativa à renovação de licença para a localização de estabelecimento comercial ou industrial.

C) É permitida a criação de taxa judiciária, sem limite, sobre o valor da causa.

D) É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

E) É vedada a cobrança de taxa em razão do serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis.

21. Prova: FCC - 2012 - TJ-GO - Juiz

Analise os itens a seguir:

I. Pavimentação asfáltica é fato gerador de taxa de serviço específico e divisível; deve ter valor fixo para
todos os beneficiários da obra.

II. Serviço de coleta de lixo domiciliar é fato gerador de taxa de serviço específico e indivisível; deve ter
valor fixo para todos os beneficiários do serviço, desde que haja efetiva fruição.

III. A concessão de alvará de construção pode ser remunerada por taxa de polícia, pois se trata de exercício
regular do poder de polícia.

IV. O imposto pode ter por fato gerador serviços públicos indivisíveis, assim como o serviço de iluminação
pública.

V. A destinação do produto da arrecadação é irrelevante para definir a natureza jurídica do tributo como
imposto.

É correto o que se afirma APENAS em

A) I e II.

B) I e IV.

C) II e III.

D) III e V.

E) IV e V.

22. Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC - Juiz Substituto

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Assinale a opção correta a respeito de taxa.

A) Sendo o fato gerador da taxa a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos de atribuição do
ente tributante, a taxa de serviço só pode ser criada caso exista um serviço público efetivamente ou
potencialmente utilizado pelo contribuinte e desde que esse serviço seja específico e divisível.

B) O serviço prestado por concessionária de serviços públicos não pode ser custeado por meio de taxa.

C) O Estado poderá estabelecer aumento do valor da taxa cobrada pelo exercício do poder de polícia de
fiscalização das embarcações para custear parte do custo da educação básica, uma vez estabelecida a
educação como a prioridade no programa de governo.

D) Com o objetivo de incentivar a produtividade agrícola, os municípios podem instituir e cobrar taxa de
serviço para custear a implantação de serviços técnicos a serem utilizados por pequenos produtores na
preparação da terra.

E) O poder de polícia, em si mesmo, é que dá suporte às taxas exigidas em razão dele, e a sua exigência
independe da concreta realização de atos nos quais esse poder se expressa.

23. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/XXVI Exame/2018

José, preocupado com o meio ambiente, faz uso de um processo caseiro de transformação do lixo
orgânico em adubo, bem como separa o lixo inorgânico, destinando-o à reciclagem. Por isso, sempre que
os caminhões que prestam o serviço público de coleta de lixo passam por sua casa, não encontram lixo a
ser recolhido. José, então, se insurge contra a cobrança da taxa municipal de coleta de lixo proveniente
de imóveis, alegando que, como não faz uso do serviço, a cobrança em relação a ele é indevida.

Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta.

a) Por ser a taxa de um tributo contraprestacional, a não utilização do serviço pelo contribuinte retira seu
fundamento de validade.

b) A coleta de lixo domiciliar nessas condições não configura a prestação de um serviço público específico
e divisível, sendo inconstitucional.

c) Por se tratar de serviço público prestado à coletividade em geral, no interesse da saúde pública, seu
custeio deve ocorrer por meio dos recursos genéricos auferidos com a cobrança de impostos.

d) A cobrança é devida, pois o serviço está sendo potencialmente colocado à disposição do contribuinte.

24. IESES - Notário e Registrador (TJ RO)/Provimento/2017

Sobre as TAXAS, assinale a alternativa INCORRETA:

a) As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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b) Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos

c) A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e ser
calculada em função do capital das empresas

d) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente
nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

25. CESPE - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2015/XVI

A União instituiu taxa com a finalidade de remunerar a efetiva atividade desenvolvida pela Força Nacional
de Segurança Pública. Os cidadãos residentes nas localidades de atuação da Força Nacional deverão pagar
a taxa referente apenas ao período em que essa atuação persistir.

Nessa situação hipotética, a taxa a ser cobrada

a) é constitucional, por fundamentar-se na utilização efetiva ou potencial, pelos contribuintes, de serviço


público de segurança.

b) é inconstitucional, visto que serviços de segurança pública devem ser remunerados por tarifa.

c) é inconstitucional, uma vez que os serviços de segurança pública não podem ser usufruídos
individualmente, mas atendem a um número indeterminado de pessoas.

d) é constitucional, por ser fundamentada no efetivo exercício do poder de polícia pelo Estado.

e) é inconstitucional, por não atender aos critérios da generalidade e da universalidade.

26. CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área IX/Consultor Legislativo/2014

Julgue o item, relativo a política fiscal e tributação.

Caso um município pretenda instituir tributo que tenha como fato gerador o exercício de atividade
fiscalizatória de determinado setor econômico necessária para a posterior concessão de alvará de
funcionamento, tal exação somente poderá ser imposta por meio de taxa, decorrente do exercício regular
do poder de polícia, desde que o serviço público seja específico e divisível e sua utilização pelo
contribuinte seja efetiva.

( ) Certo

( ) Errado
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27. FCC - Analista Legislativo (ALEPE)/Direito Tributário, Financeiro e Cidadania/Consultoria


Legislativa/2014

É taxa decorrente da prestação de serviço público passível de ser validamente cobrada:

a) pedágio cobrado por Concessionários de rodovias, no regime da Lei de Concessões (Lei nº8.987/1995).

b) custas processuais.

c) taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos.

d) taxa de fiscalização de anúncios.

e) taxa de pavimentação asfáltica cobrada dos munícipes em geral de determinado Município.

28. FGV - Fiscal Tributário (Osasco)/2014

Município da Federação exige taxa de um sindicato de trabalhadores, em virtude de um serviço público


específico e divisível a este prestado. Tal exigência:

a) é inconstitucional, pois esses sindicatos são equiparados ao Estado;

b) é inconstitucional, pois os sindicatos de trabalhadores são imunes à tributação;

c) é inconstitucional, pois os sindicatos de trabalhadores são entidades de utilidade pública;

d) é constitucional, ainda que não tenha sido formalmente instituída por lei, por estarem as taxas
previamente previstas no Código Tributário Nacional;

e) é constitucional, desde que a taxa tenha sido instituída por lei.

29. FCC - Assessor Jurídico (TCE-PI)/2014

De acordo com o inciso VIII do art. 21 da Constituição Federal, compete à União fiscalizar as operações de
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada.

A Lei Federal nº 6.385/76 criou a Comissão de Valores Mobiliários, com diversas competências legais
específicas e privativas, inclusive as de fiscalizar e inspecionar as companhias abertas com prioridade para
as que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório (art.
5º, inciso V, da Lei Federal nº 6.385/76).

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Em razão do desempenho das atribuições legais que foram outorgadas à CVM, a União instituiu uma taxa
de fiscalização do mercado de valores mobiliários, a ser paga pelos contribuintes identificados no art. 3º
daquela Lei Federal.

A taxa, acima mencionada,

a) poderá também ser instituída pelos Estados, desde que eles efetivamente inspecionem e fiscalizem as
referidas companhias abertas, mesmo que essa competência seja apenas da União.

b) é devida pelo exercício do poder de polícia e poderia ser instituída apenas pela União, pois só ela, por
intermédio da CVM, tem competência para exercer esse tipo de fiscalização e inspeção.

c) é devida pela utilização efetiva de um serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte.

d) é devida pela utilização potencial de um serviço público específico e divisível posto à disposição do
contribuinte.

e) poderá também ser instituída e cobrada quando essas companhias abertas são fiscalizadas e
inspecionadas pela Secretaria da Receita Federal.

30. FGV - Auditor do Estado (CGE MA)/2014

Com referência às taxas, assinale a alternativa em que as duas assertivas estão corretas e a segunda
enfatiza e justifica o conteúdo da primeira.

a) As taxas são espécie tributária que decorrem do exercício do poder de polícia ou de prestação de serviço
público. // Para haver cobrança de taxa é indispensável que o serviço público seja efetivamente prestado
ao contribuinte.

b) No caso de serviço público indivisível e inespecífico, não pode haver cobrança de taxa. // O serviço
público que permite a cobrança da taxa vincula-se a uma relação anterior de natureza contratual.

c) O exercício do poder de polícia justifica a cobrança da taxa. // A obrigação de pagar esta exação,
contudo, depende da efetiva fiscalização exercida pelo Estado.

d) A competência dos entes federativos para instituir taxas é comum. // A fixação das taxas, em cada caso,
vai depender da aferição constitucional das competências administrativas.

e) O serviço público específico e divisível autoriza a incidência da taxa. // A possibilidade de incidência de


taxa sobre serviço público específico e divisível baseia-se na regra da proporcionalidade.

31. CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Advogado/2004

A taxa é espécie tributária que se distingue do imposto pela:

a) ausência de compulsoriedade da prestação.


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b) sujeição à regra da anterioridade nonagesimal.

c) referibilidade a uma atuação estatal específica.

d) competência exclusiva da União para sua instituição.

e) natureza de contraprestação contratual decorrente da utilização de serviços públicos.

32. FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro/2015 - Adaptada

Considerando a natureza jurídica específica dos tributos, analise a seguinte assertiva:

As taxas necessariamente têm receita vinculada.

( ) Certo

( ) Errado

33. CESPE - Advogado da União/2015

A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas, julgue o item seguinte.

Dada a competência privativa da União para exercer controle e fiscalização ambiental, é exclusiva da
União a competência para instituir taxa de fiscalização e controle do meio ambiente cujo fundamento seja
o exercício regular do poder de polícia.

( ) Certo

( ) Errado

34. CESPE - Especialista em Regulação de Serviços de Transporte Aquaviário/Engenharia


Naval/2005

Considerando o conceito de taxa, julgue o item que se segue.

O exercício de poder de polícia apto a legitimar a cobrança de taxa de polícia deve ser efetivo, não
podendo ser a sua instituição baseada no potencial exercício deste poder.

( ) Certo

( ) Errado

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35. CESPE - Delegado de Polícia (PC GO)/2017

O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de postos de gasolina com
objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais locais, estabelecendo
um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa
anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal.

A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) A instituição do departamento de fiscalização de postos de gasolina como órgão competente com


funcionamento regular é suficiente para caracterizar o exercício efetivo do poder de polícia.

b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específico para o desempenho
das atividades de fiscalização de postos de gasolina, por se tratar de competências inerentes às
autoridades de segurança pública.

c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter correspondência com o valor
venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a cobrança de valor fixo por estabelecimento.

d) A taxa em questão é inconstitucional, já que a segurança pública é um dever do Estado, constituindo


um serviço indivisível, a ser mantido apenas por impostos, o que torna incabível a cobrança de taxa.

e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento de fiscalização de postos
de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, certificando-se do cumprimento das normas de
segurança e vigilância de tais locais, de acordo com a legislação.

36. FCC - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas (SEFAZ SP)/2010

Um tributo que remunera o exercício regular do poder de polícia consistente na concessão de alvará de
construção é da espécie

a) imposto.

b) contribuição de interesse de categoria econômica.

c) taxa.

d) tarifa.

e) contribuição de segurança pública.

37. VUNESP - Juiz Estadual (TJ RS)/2018

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O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de coleta, remoção e
destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função da frequência da
realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel ou da testada do
terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é

a) ilegal, porque a coleta, remoção e destinação do lixo doméstico não podem ser considerados como
serviço público específico e divisível.

b) ilegal, porque sua base de cálculo utiliza elemento idêntico ao do IPTU, qual seja, a metragem da área
construída ou a testada do imóvel.

c) legal se houver equivalência razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do
serviço que lhe é prestado.

d) ilegal, porque não possui correspondência precisa com o valor despendido na prestação do serviço.

e) legal, porque foi instituída em razão do exercício regular de poder de polícia, concernente à atividade
da Administração Pública que regula ato de interesse público referente à higiene.

38. CS UFG - Procurador da Assembleia Legislativa de Goiás/2015

A propósito do tributo taxa cobrado mediante o exercício de atividade administrativa plenamente


vinculada, analise a seguinte assertiva:

As taxas de poder de polícia, espécies tributárias diversas dos impostos, inobservam ao princípio
constitucional da capacidade contributiva.

( ) Certo

( ) Errado

39. CEBRASPE (CESPE) - Procurador Federal/2002


Considerando que a Lei n.º 8.906/1994 determina que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por
constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços, e
que essa mesma lei determina que compete à OAB fixar e cobrar de seus inscritos contribuições, preços
de serviços e multas, julgue o item a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética.
Recentemente, descobriu-se que a vacina contra hidrofobia canina utilizada no país nos últimos dez anos
era ineficiente em relação a uma nova variedade do vírus da raiva e, para evitar a disseminação da doença,
lei federal determinou que, no dia 14/7/2002, todos os donos de cachorros deverão levar seus animais a
um posto de vacinação para que seja aplicada uma vacina que os proteja contra o novo vírus. Além disso,
a lei estabeleceu que os proprietários dos cachorros deverão pagar R$ 3,50 pela aplicação de cada dose
da vacina utilizada em seus animais.
Nesse caso, diversamente do dever de levar os cães para serem vacinados, a obrigação de pagar pela
aplicação da vacina teria caráter tributário, constituindo uma taxa.
C Certo
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E Errado

40. CEBRASPE (CESPE) - Analista de Planejamento e Orçamento (SEPLAN RR)/Planejamento e


Orçamento/2023
No que se refere a espécies e classificações de tributos, julgue o item subsequente.
Ainda que auferidos por particulares, os emolumentos pagos aos cartórios extrajudiciais constituem
tributo da espécie taxa, conforme decisão do STF.

C Certo
E Errado

41. CEBRASPE (CESPE) - Juiz de Direito (TJDFT)/2023


Determinado município instituiu taxa de combate a sinistros destinada a custear assistência, combate e
extinção de incêndios, sendo a base de cálculo dessa taxa o metro quadrado do imóvel.
Considerando a situação hipotética anterior, assinale a opção correta.
A O estado, mas não o município, poderia, no âmbito da segurança pública, instituir a taxa de forma válida.
B Os serviços de extinção e prevenção de incêndios não são específicos ou divisíveis, razão pela qual
podem ser remunerados por taxa.
C A base de cálculo da taxa deve mensurar a atividade estatal, podendo ter como parâmetro fatos
geradores tributados por impostos.
D O fato gerador, nesse caso, caracteriza-se pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço de segurança
pública, podendo, portanto, ser custeado por taxa.
E Sendo a segurança pública dever do Estado e direito de todos, essa atividade só pode ser sustentada
pelos impostos.

42. FGV - OAB UNIFICADO - Nacional/2023/XXXVII Exame


João e José constituíram uma sociedade empresária por quotas de responsabilidade limitada com capital
social de R$ 50.000,00, sem optarem pelo regime tributário do Simples Nacional, para formalmente
exercerem a atividade de comércio varejista de fogos de artifício (considerada atividade de alto risco e
periculosidade), sendo ambos residentes e domiciliados no Distrito Federal, mesmo local onde será
instalado seu estabelecimento.
Surpreendidos com a exigência do pagamento de uma Taxa de Licenciamento e Alvará calculada em
função do capital social da sociedade empresária, indagam a você, como advogado(a), se a referida taxa
é realmente devida.

Diante deste cenário, a referida taxa, tal como prevista,


A não é devida, pois o Distrito Federal não possui competência tributária para a sua cobrança.
B não é devida, pois não poderia ser calculada em função do capital social da empresa.
C é devida, por ter como fato gerador o exercício regular do poder de polícia distrital sobre atividades
econômicas exercidas em seu território, especialmente as de alto risco e periculosidade.
D é devida, por ter como fato gerador a utilização efetiva de serviço público, específico e divisível,
prestado ao contribuinte.
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43. FGV - Consultor do Tesouro Estadual (SEFAZ ES)/Ciências Econômicas/2022


O Município X, para custeio do serviço público coletivo e geral de iluminação das vias públicas, instituiu
por lei municipal ordinária a taxa de iluminação pública. Também instituiu, por outra lei municipal
ordinária, uma taxa de coleta domiciliar de lixo, pelo serviço público de retirada de lixo de cada imóvel
individualmente considerado.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.

A Ambos os serviços públicos indicados no enunciado podem ser remunerados mediante taxa.
B O serviço público de iluminação das vias públicas necessita de lei complementar para instituição de sua
taxa remuneratória.
C O serviço público de iluminação de vias públicas não pode ser remunerado mediante taxa.
D O serviço público de retirada de lixo de cada imóvel individualmente considerado não pode ser
remunerado mediante taxa.
E Nenhum dos serviços públicos indicados no enunciado pode ser remunerado mediante taxa.

44. CEBRASPE (CESPE) - Analista Ambiental (IBAMA)/Recuperação Ambiental, Monitoramento e


Uso Sustentável da Biodiversidade, Controle e Fiscalização/2022

No que se refere ao Sistema Tributário Nacional, ao processo administrativo fiscal e à taxa de controle e
fiscalização ambiental (TCFA), julgue o seguinte item.
A instituição, por ente federado, da cobrança de taxa pela utilização efetiva de serviço público é permitida
para os serviços específicos e divisíveis, sendo tal divisibilidade caracterizada pela possibilidade de o
serviço ser destacado em unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou de necessidade pública.

C Certo
E Errado

45. CETAP - Auditor de Finanças e Controle (AGE PA)/2022


O Estado X instituiu taxa sobre a utilização potencial do serviço de combate a incêndios, tendo por
contribuintes os proprietários de unidades imobiliárias destinadas a atividades comerciais e industriais.
Nesse caso, é correto afirmar:
A Embora a utilização potencial do serviço de combate a incêndios seja passível de remuneração por taxa,
a exação é inconstitucional porque apenas o Município poderia institui-Ia, já que a competência para a
fiscalização de atividades comerciais e industriais cabe a este ente da federação.
B A exação é inconstitucional, eis que a segurança pública, incluindo o combate a incêndios, é serviço
essencial, pelo que deve ser viabilizada por meio da arrecadação de impostos, não cabendo ao Estado a
criação de taxa para tal finalidade.
C A taxa é constitucional, porém viola o Código Tributário Nacional na medida em que estabelece
cobrança de taxa de polícia para fato gerador típico de taxa de serviço.
D A taxa é constitucional e o Estado tem competência para instituí-Ia e cobrá-Ia.

46. Prefeitura
CEBRASPE de (CESPE) - Analista
Santo André-SP - ISSde Previdência
Santo Complementar
André (Auditor (FUNPRESP-EXE)/Jurídica/2022
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No que diz respeito às espécies de tributos e sua classificação, julgue o item subsequente.
A taxa judiciária tem natureza jurídica de tributo da espécie taxa, devendo o seu valor ser proporcional
ao custo da atividade do estado, visto que resulta da prestação de serviço público específico e divisível,
cuja base de cálculo é o valor da atividade estatal deferida diretamente ao contribuinte.
C Certo
E Errado

47. FADESP - Auditor Fiscal de Receitas Estaduais (SEFA PA)/2022


De acordo com o Supremo Tribunal Federal, no §2º do art. 145 da Constituição Federal, que afirma que
“as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos”, deve-se entender que
A não existe possibilidade jurídica de haver similitude entre o fato gerador de taxas e impostos.
B é juridicamente possível haver similitude entre o fato gerador de taxas e impostos, desde que, no cálculo
do valor da taxa, não seja adotado qualquer elemento da base de cálculo própria de determinado
imposto.
C é constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
D é inconstitucional a adoção, no cálculo do valor da taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de imposto, por expressa vedação da Constituição Federal.
E é inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, conforme previsão do §2º do art. 145 da Constituição Federal.

48. FCM - CEFETMINAS - Advogado (Pref Timóteo)/2022


Nos termos da Constituição Federal de 1988 e do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o
tributo denominado taxa
A é instituído por decreto do chefe do executivo conforme previsto na legislação do respectivo ente
federado.
B pode ser instituído em razão do exercício do poder de polícia, correspondendo à contraprestação
pecuniária do serviço público prestado.
C tem sua destinação não vinculada e os recursos dela oriundos podem ser utilizados para custeio em
geral da administração pública.
D pode ser instituído pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição

49. CEBRASPE (CESPE) - Auditor Técnico de Tributos (SEFAZ SE)/2022


A respeito do regime jurídico tributário das taxas, assinale a opção correta.
A É constitucional a destinação da receita de custas e emolumentos judiciais a fundo do Poder Judiciário,
a seccional estadual da OAB e à respectiva caixa de assistência dos advogados.
B É constitucional a instituição pelos estados de taxa para a expedição por órgão de segurança pública de
alvarás de funcionamento de estabelecimentos que fabriquem, transportem ou comercializem armas de
fogo.
C É constitucional a instituição pelos estados de taxa a ser satisfeita por sociedade seguradora, tendo em
conta atendimento, no âmbito do SUS, de vítima de sinistro coberto pelo DPVAT.

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D O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público tem natureza
jurídica de taxa de serviço público.
E É inconstitucional a instituição pelos estados de taxa de polícia sobre a atividade de exploração de
recursos hídricos em seu território.

50. NOSSO RUMO - Agente Fiscal Tributário (Pref Suzano)/2022


A taxa é uma espécie do gênero tributo sobre a qual é correto afirmar que
A a autorização de sua instituição ocorre a partir de qualquer serviço público, ainda que seja inespecífico
e indivisível.
B seu ente tributante não pode ter competência administrativa, de forma que não tenha poder de polícia
ou preste serviços públicos.
C para que seja legitimada, basta haver serviço público, sem depender de outras condições.
D difere dos demais tributos por não ter o caráter da divisibilidade.
E para que seja válida, decorre da edição de duas leis: lei de natureza administrativa e lei de índole
tributária.

51. IPEFAE - Controlador Interno (CM ES Pinhal)/2022


Acerca da espécie tributária TAXA é correto afirmar que:
A As Taxas têm por fato gerador a atuação específica do contribuinte em determinadas operações.
B As Taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.
C O poder de polícia, que autoriza a cobrança de taxas, está atrelado à atuação do policiamento civil e
militar, justificando a cobrança da taxa de segurança pública pelos municípios.
D A Taxa de Iluminação pública é sempre devida em razão do serviço de iluminação pública custeado pelos
municípios.

52. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas são tributos que têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

C Certo
E Errado

53. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
É possível a cobrança de taxa relativamente aos serviços públicos de educação e de saúde.
C Certo
E Errado
54. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022
Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
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As taxas, em razão da necessidade de atendimento ao interesse público, poderão ter base de cálculo
própria de impostos.
C Certo
E Errado

55. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas, em razão do seu fato gerador e do seu cunho sinalagmático, não se prestam ao cumprimento de
funções extrafiscais.
C Certo
E Errado

56. QUADRIX - Analista (CRC PR)/Jurídica/2022


Quanto às espécies de tributos, julgue o item.
As taxas, diferentemente dos impostos, são tributos com finalidade específica a determinar o destino do
seu produto.
C Certo
E Errado

57. VUNESP - Juiz Leigo (TJ RJ)/2022


A respeito das taxas, é correto afirmar, com base na legislação tributária nacional, que
A a definição do critério quantitativo da regra matriz de incidência tributária das taxas deve guardar
correlação com o custo para o Estado do exercício do poder de polícia ou da prestação do serviço público.
B a competência tributária para o estabelecimento das taxas é livre para qualquer ente da federação,
independentemente da competência constitucional para a prestação do respectivo serviço público ou
exercício de poder de polícia.
C diferem dos preços públicos em razão da compulsoriedade destes, em contraposição à facultatividade
daquelas.
D a sua fórmula de cálculo não pode incorporar elemento também utilizado na base de cálculo de
imposto, ainda que não haja coincidência total quanto aos demais elementos da fórmula.
E ao contrário dos impostos e das contribuições, não estão sujeitas aos princípios tributários da legalidade
e da anterioridade, podendo ser criadas e modificadas por decreto do chefe do Poder Executivo.

58. FCC - Auditor da Receita Estadual (SEFAZ AP)/2022


Determinado Município resolve instituir taxa de coleta de lixo urbano, utilizando como base de cálculo o
valor venal dos imóveis localizados no seu perímetro urbano. À luz da Constituição Federal, a
A instituição desta taxa é constitucional, tendo em vista a coleta de lixo ser prestação de serviço público
e o imóvel estar localizado no município instituidor.
B base de cálculo de imposto pode ser utilizada na cobrança de taxa, desde que o fato gerador seja a
prestação de serviço público ou o exercício do poder de polícia.

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C espécie tributária instituída é taxa, porque o que determina a natureza jurídica do tributo é sua
denominação, sendo irrelevante a base de cálculo, neste caso, ser idêntica à do IPTU.
D base de cálculo de imposto pode ser utilizada na cobrança de taxa, desde que o fato gerador seja a
prestação de serviço público, mas não o exercício do poder de polícia.
E instituição da referida taxa, no caso, é inconstitucional, porque, na medida em que o valor venal do
imóvel já constitui a base de cálculo do IPTU, esse valor não pode ser adotado como base de cálculo da
taxa de coleta de lixo urbano.

59. VUNESP - Agente Fiscal (Pref Piracicaba)/Rendas/2022


Segundo a Constituição Federal e jurisprudência dos tribunais superiores, é correto afirmar sobre as taxas
que:
A podem ser cobradas em razão da prestação de serviços públicos uti universi ou uti singuli.
B podem possuir base de cálculo idêntica à dos impostos, caso sejam cobradas em razão do exercício do
poder de polícia.
C não exigem a efetiva prestação de serviço público para a sua cobrança pelo ente público competente.
D não podem ser cobradas para fins de financiamento do serviço público de coleta de lixo domiciliar.
E podem ser criadas para fins de financiamento do serviço de iluminação pública.

60. VUNESP - Analista Previdenciário (IPSM SJC)/Direito/2022

O Município “X” decidiu criar “taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos”, utilizando


como um dos critérios de cálculo do valor da exação a área ocupada pelo estabelecimento comercial. Com
base nesta situação hipotética e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que

A a taxa em questão não é constitucional, pois possui base de cálculo idêntica à do imposto sobre
propriedade territorial urbana (IPTU), o que é vedado em relação às taxas criadas por municípios e pelo
Distrito Federal.

B não se trata de taxa, mas sim de contribuição para intervenção no domínio econômico, em razão da
vinculação do produto da sua arrecadação ao financiamento de uma atividade estatal específica.

C na medida em que a área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se apta a refletir o custo
aproximado da atividade estatal de fiscalização, mostra-se constitucional a utilização deste critério para
cálculo da citada taxa.

D não é constitucional a criação de taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos, por


representar óbice à plena realização da garantia constitucional à liberdade de iniciativa e livre
concorrência.

E não se pode confundir o valor pago ao Poder Público para a expedição de licenças para funcionamento
de estabelecimento comercial com taxas, na medida em que as taxas são espécie de tributo e os valores
pagos àquele título são meros preços públicos.

61. VUNESP - Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Pref Sorocaba)/2022


Os tributos são categoria de receita pública sujeita a regras específicas para sua cobrança.
A respeito das taxas, é correto afirmar, com base na legislação tributária e jurisprudência nacionais, que
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A é inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo


própria de determinado imposto, mesmo que não haja integral identidade entre uma base e outra.
B a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo provenientes de imóveis viola a Constituição Federal de 1988.
C não viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o
valor da causa.
D o serviço de iluminação pública deve ser remunerado mediante taxa decorrente da prestação de serviço
público indivisível.
E a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola a Constituição Federal de 1988.

62. FEPESE - Analista Técnico (CINCATARINA)/IV/Contador/2022


A Constituição Federal estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
São serviços públicos que podem ser remunerados mediante a cobrança de taxa:
1. A emissão de passaporte.
2. A iluminação pública.
3. O fornecimento de água potável.
4. O registro e licenciamento de veículos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
B São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
C São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
D São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

63. Instituto Consulplan - Procurador Municipal (Pref Caeté)/2022


O município Alfa instituiu, por meio de Lei Municipal, uma taxa exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis no
município. A lei também estabeleceu que a área do imóvel deverá ser utilizada como base de cálculo da
taxa. Considerando o fato gerador e a base de cálculo determinados, o tributo:
A É constitucional, pois o serviço prestado tem caráter específico e divisível, sendo permitida a adoção da
mesma base de cálculo de determinado imposto estadual.
B É inconstitucional, pois o serviço prestado tem caráter inespecífico e indivisível, sendo vedada a
utilização de base de cálculo idêntica a de determinado imposto estadual.
C É inconstitucional, pois o serviço público prestado tem caráter específico e indivisível, sendo vedada a
utilização de base de cálculo idêntica a de determinado imposto municipal.
D É constitucional, pois o serviço público prestado é específico e divisível, sendo permitida a adoção de
alguns elementos da base de cálculo própria de determinado imposto municipal.

64. QUADRIX - Professor de Educação Básica (SEE DF)/Contabilidade/2022/09.10.2022


Considerando a legislação tributária aplicada às contratações públicas, julgue o item a seguir.
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Os serviços públicos objeto da cobrança de taxas consideram-se potencialmente utilizados pelo


contribuinte quando, sendo de utilização compulsória, são postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento.
C Certo
E Errado

65. QUADRIX - Gestor em Políticas Públicas e Gestão Educacional (SEE DF)/Contabilidade/2022


Considerando a legislação tributária aplicada às contratações públicas, julgue o item a seguir.
O caráter de divisibilidade dos serviços públicos, sobre os quais incidem as taxas, significa que a repartição
do tributo deve ser igualitária para todos os contribuintes que se utilizam dos respectivos serviços.
C Certo
E Errado

66. CPCV UERR - Analista Técnico Jurídico (UERR)/2022


À luz do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal de 1988, assinale a opção correta relativa a
taxas.
A Qualquer município pode instituir a cobrança de taxa mesmo que tenha como base de cálculo própria
a de outro imposto já instituído.
B A taxa é considerada uma espécie de tributo que pode ser cobrado apenas se houver a utilização efetiva
de serviços públicos específicos ou divisíveis.
C A espécie de tributo taxa, diferentemente dos impostos, pode ser instituída por decreto.
D Determinado município pode, no âmbito de sua competência tributária, instituir e cobrar uma taxa
mesmo tendo base própria outra taxa instituída no âmbito da competência tributária do respectivo
estado.
E As taxas devem ter caráter pessoal e são graduadas de acordo com a capacidade econômica dos
contribuintes.

67. CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE RJ)/Controle Externo/Direito/2021


Acerca do Sistema Tributário Nacional, julgue o item que se segue.
É compatível com a Constituição Federal de 1988 a cobrança de taxa municipal em virtude do serviço de
combate a incêndios prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
C Certo
E Errado

68. CEBRASPE (CESPE) - Analista (APEX)/Processos Jurídicos/2021


Um estado da Federação instituiu a cobrança de um valor para emissão de alvará de construção em uma
região onde está sendo executada uma obra que aumentará o valor venal dos imóveis. Para tanto,
estabeleceu como base de cálculo o acréscimo do valor venal decorrente da obra.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Tributário Nacional, e desconsiderando-se o exame
de constitucionalidade do assunto, essa exação
A não tem característica de tributo.
B configura um imposto.
C configura uma contribuição de melhoria.
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D configura uma taxa.

69. FUNDEP - Assessor Jurídico (CM Uberlândia)/2021


Determinado vereador da Câmara Municipal de Uberlândia tem a intenção de apresentar um projeto de
lei disciplinando uma modalidade de taxa. Considerando as normas sobre o tema, é correto afirmar que
A ele poderá adotar, no cálculo do valor de taxa, um ou mais elementos da base de cálculo própria de
determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
B ele pode instituir a taxa para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
C a taxa a ser criada poderá ter como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e indivisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
D a taxa a ser criada pode ter por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.

70. IDIB - Agente de Arrecadação (Pref Verdejante)/2021


Analise as afirmativas a seguir sobre as taxas:
I. A taxa somente pode ser cobrada se houver a efetiva prestação do serviço público.
II. A taxa, quando é cobrada em razão do exercício do poder de polícia, se chama tarifa.
III. As taxas em razão da prestação de serviço público são classificadas em dois tipos: a tarifada e a tarifária.
Assinale:
A se apenas a afirmativa I estiver correta.
B se apenas a afirmativa II estiver correta.
C se apenas a afirmativa III estiver correta.
D se nenhuma afirmativa estiver correta.

71. Instituto AOCP - Assessor (CM Teresina)/Jurídico Legislativo/2021


Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta.
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do ____________, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
A poder discricionário
B poder de polícia
C poder vinculado
D poder disciplinar
E poder regulamentar

72. CEBRASPE (CESPE) - Promotor de Justiça (MPE SC)/2021/42º


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Acerca de conceitos e definições referentes às espécies tributárias e de temas afins do direito tributário,
julgue o item a seguir.
É lícita a fixação de taxa, por lei federal, em razão do regular exercício do poder de policia sanitária.
C Certo
E Errado

73. VUNESP - Juiz Estadual (TJ SP)/2021/189º


No que diz respeito a taxas, é correto afirmar:
A o caráter retributivo das taxas também está presente quando fixada e cobrada antecipadamente à
disponibilização do serviço, como forma para sua viabilização.
B a simples disponibilização dos serviços, ainda que não de natureza compulsória, admite exigir a taxa de
serviço.
C o princípio da capacidade contributiva também é de aplicação obrigatória na instituição das taxas.
D o simples exercício do poder de polícia não enseja a cobrança da taxa de polícia, mas sim o desempenho
efetivo da atividade dirigida ao administrado. Assim, por exemplo, não é jurídico cobrar taxa de
fiscalização se a pessoa política não mantém órgão fiscalizatório ou não desenvolve tal atividade.

74. FGV - Notário e Registrador (TJ SC)/Remoção/2021


Lei do Município Alfa de agosto de 2021 instituiu a Taxa de Aprovação de Projetos de Construção, tendo
por fato gerador a análise de projetos de sistemas de prevenção contra incêndio e pânico, serviço
prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual Militar. João, prestes a iniciar construção em terreno de sua
propriedade, foi informado pelo engenheiro responsável pela obra que teria de recolher o valor dessa
taxa.
Diante desse cenário, a cobrança é:
A indevida, pois o serviço prestado não é específico e divisível;
B indevida, pois o serviço público por ela financiado é de competência estadual;
C indevida, pois tal serviço não pode ser prestado pelo Corpo de Bombeiros Estadual Militar;
D devida, por se tratar de serviço de precípuo interesse local;
E devida, pois o serviço prestado é específico e divisível.

75. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual


(SEFAZ AL)/2021
Julgue o item a seguir, a respeito das diversas espécies de tributos.
As taxas, por não possuírem cunho sinalagmático, podem ser instituídas com a finalidade específica de
cumprimento de funções extrafiscais.

C Certo
E Errado
76. FCC - Analista da Receita Estadual IV (SEF SC)/2021
Determinado Município do Estado de Santa Catarina, que não possui guarda municipal, decidiu cobrar da
Empresa de Eventos Agrolazer Ltda. a Taxa de Segurança Preventiva, relativamente aos serviços de
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segurança preventiva prestados pela Polícia Militar estadual, no âmbito externo de um show de rodeio
realizado no citado Município. Essa cobrança, de acordo com as regras do Código Tributário Nacional, é
A devida porque, no caso, como esse Município não tem guarda municipal, sub-roga-se o direito de
cobrança da taxa estadual, na medida em que a prestação desse serviço tenha sido a ele solicitada.
B devida, ainda que a prestação desse serviço tenha sido feita pelo Estado, desde que a solicitação dessa
prestação tenha sido feita ao Município, pela empresa de eventos.
C indevida, porque o serviço foi prestado pelo Estado, por meio da Polícia Militar estadual, e não pelo
Município.
D devida, desde que, cumulativamente, a prestação desse serviço tenha sido solicitada pela empresa de
eventos ao Município, e que o referido serviço tenha sido efetivamente prestado pelo Estado, mas a taxa
referente a essa prestação não tenha sido cobrada pelo referido Estado.
E devida, desde que o referido serviço tenha sido prestado pelo Estado, mas a taxa referente a essa
prestação não tenha sido cobrada por ele.

77. QUADRIX - Professor Substituto Temporário (SEDF)/Contabilidade/2021


Com relação à Legislação Tributária Aplicada às Contratações Públicas, julgue o item.

A característica de divisibilidade dos serviços públicos objeto da cobrança de taxas, pelos entes
federativos, traduz-se por sua suscetibilidade de utilização, separadamente, por cada um dos usuários
desses serviços.
C Certo
E Errado

78. Instituto Consulplan - Notário e Registrador (TJ MS)/Remoção/2021


Trata-se de exação cuja materialidade do fato gerador ou de sua hipótese de incidência é sempre e
necessariamente um fato produzido pelo Estado, na esfera jurídica do próprio Estado, em referibilidade
ao administrado ou uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte. A assertiva anterior diz
respeito a:
A Taxa.
B Imposto.
C Contribuição social.
D Contribuição de melhoria.

79. INCP - Fiscal de Fazenda (Pref Miguel Pereira)/2021


Sobre as Taxas, o Código Tributário Nacional dispõe que:

A A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem
ser calculada em função do capital das empresas.
B A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto e
obrigatoriamente deve ser calculada em função do capital das empresas.
C A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondem a imposto, mas
pode ser calculada em função do capital das empresas.
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D A taxa obrigatoriamente deve ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a
imposto e deve ser calculada em função do capital das empresas.
E A taxa pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, mas jamais
poderá ser calculada em função do capital das empresas.

80. CONSULPLAN - Agente Fiscal (Pref Corbélia)/2021


Em relação aos conhecimentos de noções de Direito Tributário, considerando que a taxa é tributo cobrado
em face do exercício do poder de polícia ou da prestação de serviços públicos divisíveis, assinale, a seguir,
a alternativa que possibilita a cobrança de taxa.
A Segurança pública.
B Iluminação pública.
C Combate a incêndio.
D Licenciamento de localização.

81. IDECAN - Fiscal de Tributos Municipais (Pref Campina Gde)/2021


No Direito Tributário, são características das Taxas:
I. Não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
II. O serviço público tem que ser divisível e efetivamente prestado ao contribuinte.
III. Estão sujeitas, sem exceção, ao princípio da anterioridade.
IV. É vedada a sua instituição para o custeio de serviços públicos específicos.
V. Somente podem ser cobradas pelos Estados e Municípios.
Assinale
A se somente as afirmativas I, III e V estiverem corretas.
B se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
C se somente as afirmativas II e V estiverem corretas.
D se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

82. FGV - Auditor do Estado (CGE SC)/Direito/2023


O elemento nuclear para identificar e distinguir taxa e preço público é
A a localização topológica no texto constitucional.
B a compulsoriedade presente na taxa somente.
C a existência de um serviço público sendo prestado.
D a liberdade de fixação do valor do preço público.
E a remuneração de atividade privativa ou não do Estado.

83. VUNESP - Advogado (Docas PB)/2022


O Município “X” pretende passar a cobrar determinada quantia em dinheiro dos cidadãos interessados
em explorar atividade comercial em áreas públicas pré-estabelecidas, tais como parques, praças e
calçadas em contrapartida à utilização exclusiva desses espaços. A respeito dessa situação hipotética, é
correto afirmar, com base na legislação tributária nacional, que

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A a legislação tributária nacional não autoriza a utilização de espaços públicos para atividades comerciais,
ainda que mediante pagamento ao Poder Público.
B a cobrança deverá ser estabelecida na forma de taxa em razão do serviço público indivisível colocado à
disposição dos comerciantes, devendo ser criada mediante lei.
C a legislação tributária nacional exige que a cobrança seja estabelecida na espécie de contribuição, em
razão de não se tratar de serviço público divisível, mas sim indivisível.
D a cobrança deverá ser estabelecida na forma de taxa em razão do exercício do poder de polícia
municipal, podendo ser criada mediante decreto editado pelo Chefe do Poder Executivo.
E por se tratar de cobrança como contrapartida pela utilização não compulsória de um bem público, não
é possível a definição de eventual cobrança como tributo, mas sim como preço público.

84. VUNESP - Agente Fiscal (Pref Piracicaba)/Rendas/2022

Trata-se de exemplo de preço público:


A cobrança realizada junto à conta de consumo de energia elétrica residencial para formação de fundo de
universalização de acesso à energia.
B cobrança pela análise de pedido de concessão de alvará de funcionamento de estabelecimento
empresarial sujeito a licenciamento.
C cobrança de assinatura mensal por empresa concessionária de serviços de telecomunicação por
telefone móvel (telefone celular).
D cobrança pela utilização de espaço na rua por restaurante, para colocação de mesas de uso reservado.
E cobrança de custas judiciais para ingresso com ação civil ordinária declaratória de inexistência de relação
jurídico-tributária.

85. FGV - Consultor Legislativo (SEN)/Assessoramento Legislativo/Direito Tributário e Direito


Financeiro/2022
Em relação à distinção entre taxa e preço público, analise as afirmativas a seguir.
I. A instituição do preço público não está sujeita ao princípio da legalidade tributária estrita.
II. O preço público se distingue da taxa pois aquele não ostenta natureza tributária.
III. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público tem natureza
jurídica de preço público.
Está correto o que se afirma em
A I, apenas.
B II, apenas.
C II e III, apenas.
D I e III, apenas.
E I, II e III.
86. FCC - Procurador do Estado do Goiás/2021/XIV
Suponha que tenha sido editado decreto do Chefe do Executivo majorando, acima da defasagem
inflacionária, a partir
Prefeitura da respectiva
de Santo edição,
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valor(Auditor
cobradoFiscal
pelode
órgão de Municipal)
Receita trânsito do Estado
Código para custear:
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i) expedição de Carteira Nacional de Habilitação-CNH e ii) registro de alienação fiduciária e outros


gravames incidentes sobre veículo, por solicitação de instituições financeiras.
Referido decreto foi contestado, sob o argumento de desobediência do princípio da reserva legal, da
anterioridade e pela não observância do prazo de 90 dias para cobrança dos novos valores (noventena),
sustentando-se que ambas as atividades somente podem ser remuneradas mediante instituição de taxas.
A análise jurídica da questão posta deve considerar que
A quaisquer atividades estatais cujo custo possa ser individualizado são passíveis de cobrança mediante
preço público, cabendo a cobrança de taxa somente para custeio de serviços não passíveis de fruição
individual, o que denota a ausência de qualquer inadequação na via eleita.
B atividades que representem serviço público fruível pelo usuário, independentemente de
compulsoriedade, demandam a cobrança mediante taxa, porém apenas a instituição da taxa depende de
edição de lei formal, podendo a majoração se dar mediante decreto, o que indica a ausência de
desconformidade da via eleita para ambas as situações descritas.
C descabe cobrança de taxas de pessoas jurídicas, as quais são sempre sujeitas ao pagamento de preço
público, cujo regime afasta a necessidade de lei e a incidência dos princípios citados, sendo este o
discrímen que afasta a inadequação da via eleita para a majoração indicada no item ii.
D tanto taxas como preços públicos necessitam de lei para instituição ou majoração, porém apenas a taxa
sujeita-se ao princípio da anterioridade, sendo a majoração do preço público sujeita apenas à observância
da noventena, o que denota inviabilidade jurídica total da edição de decreto, para o item i, e a
inadequação da vigência imediata, para o item ii.
E atividades prestadas como expressão do exercício de poder de polícia ensejam a cobrança de taxa, que
somente pode ser instituída ou majorada por lei com vigência para o exercício subsequente e observada
a noventena, podendo-se concluir pela evidente inadequação da via eleita para a majoração indicada no
item i.

87. CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais (SEFAZ RR)/2021


Um exemplo de serviço público remunerado por meio de preço público é
A a emissão de passaportes.
B a distribuição de energia.
C a coleta de lixo.
D o serviço jurisdicional.
E o serviço de sepultamento.

88. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Tributos Municipais (Pref Aracaju)/Abrangência Geral/2021


O preço público tem como característica o fato de
A submeter-se às limitações do poder de tributar.
B ser utilizado para custear poder de polícia.
C decorrer de expressa previsão legal.
D ser utilizado para custear a iluminação pública.
E ser uma prestação pecuniária facultativa.

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GABARITO
1. A
2. E
3. C
4. D
5. B
6. B
7. D
8. A
9. A
10. E
11. B
12. B
13. ERRADA
14. E,C
15. A
16. C
17. D
18. A
19. C
20. D
21. D
22. A
23. D
24. C
25. C
26. ERRADA
27. B
28. E
29. B
30. D
31. C
32. ERRADA
33. ERRADA
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34. CERTA
35. A
36. C
37. C
38. ERRADA
39. CERTA
40. CERTA
41. E
42. B
43. C
44. ERRADA
45. B
46. CERTO
47. C
48. D
49. B
50. E
51. B
52. CERTO
53. ERRADO
54. ERRADO
55. CERTO
56. CERTO
57. A
58. E
59. C
60. C
61. E
62. B
63. D
64. CERTO
65. ERRADO
66. D
67. ERRADO
68. D
69. A
70. D
71. B
72. CERTO
73. D
74. B
75. ERRADO
76. C
77. CERTO
78. A
79. A
80. D

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81. D
82. B
83. E
84. D
85. E
86. E
87. B
88. E

RESUMO
Taxa é um tributo vinculado, pois sua cobrança depende de uma atuação estatal, ao contrário, por exemplo,
dos impostos, que são tributos cobrados independentemente de qualquer atuação do estado. Essa diferença
entre os tributos acarreta algumas consequências, como as seguintes:

Taxas
• Fato gerador é uma atividade estatal relativa ao contribuinte.
• A arrecadação busca remunerar o custo da atividade exercida.
• O montante cobrado deve guardar relação de razoável
equivalência com o custo da atividade.
Impostos
• Fato gerador não relacionado a nenhuma atividade estatal.
• Arrecadação não pode ser vinculada a fundo, despesa ou órgão
específico.
• Base de cálculo representa aspecto demonstrativo de riqueza do
contribuinte.

A competência para instituir uma taxa depende da atribuição constitucional da competência para exercer o
poder de polícia ou prestar o serviço a ela correspondente.

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A taxa pode ser cobrada em virtude da prestação de um serviço, ou se tratando de um serviço de utilização
compulsória, de sua disponibilização aos contribuintes. Nesse caso, o serviço deve estar sendo efetivamente
disponibilizado para que seja cobrada taxa a ele referente.

Não se deve confundir taxas com preço público:

Taxa ainda pode ser instituída para remunerar o exercício do poder de polícia por parte do estado,
pressupondo a existência de competência fiscalizatória e a existência de órgão ou aparato apto a exercer
efetivamente a fiscalização, ainda que não seja necessário presença física no estabelecimento fiscalizado.

EXEMPLOS DE TAXAS DE POLÍCIA AUTORIZADAS PELO JUDICIÁRIO:

• Taxa de Alvará (ou de funcionamento): Relacionada com a fiscalização do setor de construção civil

• Taxa de fiscalização de anúncios

• Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM

• Taxa de controle e fiscalização ambiental

• Taxa de fiscalização dos serviços de cartórios extrajudiciais

• Taxa para o FUNDAF:

• Taxas de turismo

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• Taxa de classificação de produtos vegetais

• Taxa florestal

A instituição de taxas demanda lei ordinária que obedece aos princípios da anterioridade anual e da
noventena e sua arrecadação deve guardar relação de razoável equivalência com os custos da atividade que
motivou sua instituição e cobrança. Por esse motivo, a base de cálculo das taxas não pode ser idêntica a dos
impostos.

Por se tratar de tributo vinculado, a base de cálculo de taxa deve relacionar-se com o maior ou menor
trabalho que o poder público desempenhe em face do contribuinte. Em outras palavras, a alíquota, a base
de cálculo, bem ainda o limite máximo de cobrança, devem necessariamente guardar correlação direta com
a atividade estatal.

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