Apostila Licitações
Apostila Licitações
Apostila Licitações
(Presencial e
Eletrônico)
Licitação
e
Pregão (Presencial e Eletrônico)
Cláudio Pereira Barreto
Luís Maurício Junqueira Zanin
FONTE:
Licitação .................................................................................................................................................................... 9
Licitações e Contratos............................................................................................................................................11
O que é Licitação?....................................................................................................................................................11
Princípios Básicos da Licitação............................................................................................................................11
Comissão de Licitação............................................................................................................................................12
Modalidades de Licitação.....................................................................................................................................12
Dispensa e Inexibilidade de Licitação..............................................................................................................14
Valores limites – Licitações e Contratos...........................................................................................................15
Tipos de Licitações..................................................................................................................................................16
Compra........................................................................................................................................................................17
Serviço.........................................................................................................................................................................18
Obras............................................................................................................................................................................18
Formas de executar obras e serviços de engenharia..................................................................................18
Alienação....................................................................................................................................................................19
Projeto Básico e Executivo....................................................................................................................................19
Edital.............................................................................................................................................................................20
Deve constar do Edital...........................................................................................................................................20
Anexos do Edital......................................................................................................................................................21
Prazos e meios de divulgação do Edital..........................................................................................................22
Recursos......................................................................................................................................................................24
Habilitação.................................................................................................................................................................25
Documentos para Habilitação............................................................................................................................26
Atos Legais – Revogação e Anulação...............................................................................................................29
Julgamento da Licitação.......................................................................................................................................29
Sanções Administrativas.......................................................................................................................................31
Formas de comprar na Administração Pública.............................................................................................33
Sistema de Registro de Preços - SRP.................................................................................................................36
Situações de aplicação do Registro de Preços..............................................................................................36
Definições...................................................................................................................................................................37
Atribuições do Órgão Gerenciador...................................................................................................................37
Atribuições do Órgão Participante....................................................................................................................38
Exigências do Edital................................................................................................................................................38
Ata de Registro de Preços.....................................................................................................................................39
Participante extraordinário..................................................................................................................................39
Cartão de Pagamento do Governo Federal....................................................................................................40
Atribuições da Autoridade Competente.........................................................................................................40
Suprimento de Fundos..........................................................................................................................................41
Valores de Suprimentos de Fundos..................................................................................................................42
Limite máximo de despesa de pequeno vulto.............................................................................................42
Sistema de Cotação Eletrônica de Preços.......................................................................................................43
Bens passíveis de aquisição.................................................................................................................................44
Credenciamento e provedor...............................................................................................................................44
Atribuições do licitante.........................................................................................................................................44
Etapa competitiva – Cotação Eletrônica.........................................................................................................45
Considerações Gerais.............................................................................................................................................46
Bibliografia .................................................................................................................................................................................70
Licitação
Licitação 11
Licitações e Contratos
A Lei nº 8.666, de 21.06.93, regulamenta o Art. 37, Inciso XXI, da Constituição Federal, instituiu normas
para Licitações e Contratos Administrativos, pertinentes a Obras, Serviços, Compras, Alienações e Loca-
ções no âmbito dos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios.
Todas as contratações com terceiros, serão necessariamente precedidas de Licitação, ressalvadas as hipó-
teses previstas na Lei (Art. 2º - 8.666/93).
O que é Licitação?
A licitação visa a garantir a observância do Princípio Constitucional da Isonomia e a Selecionar a Proposta
mais Vantajosa pra a Administração; ou seja, a que melhor atenda de maneira objetiva o interesse do
serviço.
MORALIDADE - A licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos princípios morais, de acordo
com a Lei, não cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado é custeado pelo cidadão que paga seus
impostos para receber em troca os serviços públicos.
IGUALDADE - Prevista no art. 37, XXI da Constituição onde proíbe a discriminação entre os participantes
do processo. O gestor não pode incluir cláusulas que restrinjam ou frustrem o caráter competitivo, favore-
cendo uns em detrimento de outros, que acabam por beneficiar, mesmo que involuntário, determinados
participantes.
PROBIDADE ADMINISTRATIVA - O gestor deve ser Honesto em cumprir todos os deveres que lhes são
atribuídos por força da legislação.
os licitantes ficam obrigados a cumprir os termos do edital em todas as fases do processo: documentação,
propostas, julgamento e ao contrato.
Comissão de Licitação
De acordo com o art. 6º, inciso XVI, da Lei nº 8.666/93, que trata das definições o Processo Licitatório
será julgado por Comissão Permanente ou Especial, criada pela Administração com a função de receber,
examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de
licitantes.
Esta comissão de acordo com o art. 51, da Lei nº 8.666/93 deverá ser composta no mínimo de 03 (três)
membros, sendo pelo menos 02 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros perma-
nentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação, os quais terão um período de investidura
no cargo, que não excederá a 01 (um) ano - (CPL), vedada à recondução da totalidade de seus membros
para a mesma Comissão no período subseqüente.
Os membros das Comissões de Licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela
Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em Ata
lavrada na Sessão.
Modalidades de Licitação
Na forma do art. 22 da Lei 8666/93, são tipos de licitação:
Concorrência
Tomada de Preços
Convite
Concurso
Leilão
Também são previstos a Dispensa de Licitação (art. 17, § 2º, § 4º, art. 24 - inciso I a XXIV) e a Inexigibili-
dade quando houver inviabilidade de competição (Art. 25 – Inciso I a III).
Licitação 13
CONCORRÊNCIA - É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habili-
tação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no Edital.
A Concorrência é obrigatória para compra ou alienação de imóveis, para concessão de direito real de uso
e em Licitações Internacionais, independentemente do valor do objeto e pode ser também utilizada no
lugar de qualquer outra modalidade licitatória, a critério da administração (art. 22 - § 1º).
Nos casos em que couber Convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços.
Conforme entendimento do TCU, quando não tiver no mínimo 03 (três) propostas em condições de con-
tratar com a Administração, deve-se repetir o convite. Após essa repetição, caso não compareçam as 03
(três) empresas, a Administração poderá contratar com aquela que atenda as exigências do Edital, devi-
damente justificado, mesmo sendo facultado pela Lei.
Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obten-
ção do número mínimo de licitantes exigidos, 03 (três), essas circunstâncias deverão ser devidamente
justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
A abertura dos envelopes de propostas de preços e de habilitação deve ser feita em ato público no dia,
hora e local designados no Edital. O julgamento é realizado por Comissão ou por Servidor designado pela
Autoridade Competente.(art. 22 – § 3º - 51 § 1º).
CONCURSO - É uma modalidade de natureza especial, bem, diferente das demais. É a modalidade de
Licitação entre quaisquer interessados para escolha de Trabalho Técnico, Científico ou Artístico, mediante
a instituição de Prêmios ou Remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes do Edital publi-
cado na Imprensa Oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
LEILÃO - É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para a venda de bens móveis inserví-
veis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação
de bens imóveis prevista no Art. 19 (bens imóveis cuja aquisição seja derivado de procedimentos judiciais
14 Licitação
ou de dação em pagamento, devendo ser avaliados, para que conste o preço mínimo no Edital; adoção
do procedimento licitatório, sob a modalidade de Concorrência ou Leilão) a quem oferecer o maior lance,
igual ou superior ao valor da avaliação.
Não é necessária nessa modalidade, a habilitação prévia dos licitantes, como exigida para as demais
modalidades, tendo em vista que a venda é feita à vista ou curto prazo (art. 22 - § 5º - Art. 53 - § 1º, 2º).
Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no Edital, não inferior a 5% (cinco
por cento) e, após a assinatura da ata lavrada no local, imediatamente entregues ao arrematante, o qual
se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no Edital, sob pena de perder em favor da
Administração o valor já recolhido.
Além das modalidades descritas na lei 8666/93, a lei 10.520/02 criou uma nova modalidade de licitação
chamada Pregão, que pode ser exercido na forma eletrônica ou presencial, bem como a Lei Complemen-
tar 123/06 que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte a qual asse-
gura, como critério de desempate nas licitações, preferência de contratação para as referidas empresas.
I – Exclusividade de Fornecimento
Refere-se à aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor
ou vendedor exclusivo, vedada a preferência de marca.
A comprovação de exclusividade, no caso de fornecimento, deve ser feita através de Atestado fornecido
pelo Órgão de Registro de Comércio do Local em que se realizará a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou pelas entidades equivalentes.
Licitação 15
“Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua espe-
cialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, apare-
lhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o
seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato”.
III – Para Contratação de Profissional de Qualquer Setor Artístico, diretamente ou através de empre-
sário desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
Com exceção da dispensa de licitação por valor, todos os demais casos de dispensa e inexigibilidade
deverão ser formalizados pelos órgãos que a processam.
O Gestor Público que autorizar a contratação com base na Dispensa, na Inexigibilidade de Licitação ou
no Parcelamento da execução de obras ou serviços comunicará à autoridade superior no prazo de 3 (três)
dias. A comunicação deverá estar devidamente justificada no processo, onde se caracterizará a situação
emergencial ou calamitosa, quando for o caso, as razões de escolha do fornecedor ou executante e a jus-
tificativa do preço (art. 26 e Parágrafo único).
A Autoridade Superior tem prazo de 5 (cinco) dias para ratificar a decisão e mandar publicar na Imprensa
Oficial, quando só então poderá ser lavrado o contrato ou expedido o documento equivalente.
As minutas dos atos de Inexigibilidade e os de Dispensa de Licitação, bem como de ratificação destes
devem ser encaminhados ao órgão jurídico para apreciação (Lei 8.666/93, art. 38, inciso VI e Lei Comple-
mentar nº 73, de 10.02.93).
Os percentuais de Dispensa de Licitação serão de 20% do valor do convite para compras, obras e serviços
quando forem contratadas por consórcios públicos, sociedades de economia mista, empresa pública e
por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas.
Há também uma evolução interessante quanto a valores. De acordo com o § 8 do artigo 23, no caso de
consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no artigo quando formado por até 3
(três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. (Incluído pela Lei nº 11.107, de
2005).
Vale chamar a atenção que o § 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo
para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação,
com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a
economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998). Tais fatos podem ser muito benéficos à partici-
pação da Micro e pequena empresas e precisa ser estimulada junto aos compradores públicos.
As obras, serviços e compras efetuadas pela administração poderão ser divididas em tantas parcelas
quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade, sem
perda da economia de escala. No entanto na execução de obras e serviços e nas compras de bens,
parceladas, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação
distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação ( §s 1 e 2 do Artigo
23 da 8666/93).
A Lei Complementar 123/06 inovou os procedimentos licitatórios e definiu no inciso I do art. 48 o limite
de até R$ 80.000,00 para as licitações destinadas exclusivamente para as micros e pequenas empresas,
desta forma o benefício será direto sem a necessidade da aplicação de critérios de desempates.
Outras novidades são a possibilidade de subcontratação até o limite de 30% do total licitado e a cota de
até 25% do objeto em licitações para a aquisição de bens de natureza divisível conforme incisos II e III do
referido artigo.
Tipos de Licitações
De acordo com os arts. 45 e 46 e seus parágrafos, para fins de julgamento das propostas, a Lei estabelece
os seguintes tipos de Licitação:
Licitação 17
Melhor Técnica
Técnica e Preço
Menor Preço
Maior Lance ou Oferta
Melhor Técnica – Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida
com base em fatores de ordem técnica. É usada exclusivamente para serviços de natureza predominan-
temente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão, gerencia-
mento e de engenharia consultiva em geral, que demandam maior eficiência, aperfeiçoamento, rapidez,
tecnologia e adequação aos objetivos de determinado empreendimento. Nesse tipo de licitação, o órgão
contratante estabelece, no ato convocatório, o valor máximo que se propõe a pagar pelo bem ou serviço,
assim como a exigência de critérios técnicos mínimos, e negocia com os licitantes tecnicamente classifi-
cados, tendo por limite o menor preço.
Técnica e Preço – Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida
com base na maior média ponderada, considerando-se as notas obtidas nas propostas de preço e de téc-
nica. Selecionadas as propostas que apresentem técnica aceitável, mediante a atribuição de notas, pro-
cede-se de igual forma em relação às propostas de preços, ponderando-se estes dois fatores, conforme
pesos estabelecidos no edital, e declarando-se vencedora a licitação que atingir maior média.
É obrigatório na contratação de bens e serviços de informática, nas modalidades tomada de preços e
concorrência.
Para licitar bens e serviços de informática deve-se observar o art. 45 § 4º da 8666/93 in verbis “Para con-
tratação de bens e serviços de informática, a Administração observará o disposto no art. 3º da Lei nº 8.248,
de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu § 2º e adotando obrigato-
riamente o tipo de licitação técnica e preço, permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos
indicados em Decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 8.883/94 – DOU 09/06/1994)”.
Menor Preço – Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é a de menor
preço. É utilizado para compras e serviços de modo geral e para a contratação de bens e serviços de infor-
mática, nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.
Maior Lance ou Oferta – Busca-se o maior preço para a Venda ou Alienação de bens pela
Administração.
Compra
Toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente.
Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orça-
mentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado
causa.
18 Licitação
A compra sempre se realiza por intermédio de um contrato bilateral, com direito e obrigações e com
pagamento de preço, como contra prestação da transferência do domínio do bem.
Serviço
De acordo com o Art. 6º - II – Serviço é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse
para a administração, tais como: conserto, demolição, montagem, operação, conservação, reparação, adap-
tação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.
O que caracteriza o serviço e o distingue da obra, é a predominância da atividade sobre o material
empregado.
Para licitar, é preciso definir os serviços técnicos profissionais generalizados ou especializados e os servi-
ços comuns.
SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS - Exigem habilitação legal para sua execução, desde o registro do
Profissional/Firma/Entidade Administrativa competente, até o diploma de curso superior devidamente
reconhecido.
Os Serviços Técnicos Profissionais podem ser generalizados ou especializados.
SERVIÇOS COMUNS - não exigem habilitação especial, podem ser realizados por qualquer empresa pes-
soa, não são privativos de nenhuma profissão.
Obras
É toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indi-
reta, ou seja, executada diretamente pelos funcionários da Administração, ou indiretamente, por seus
contratados.
REFORMA - É uma obra onde vai melhorar aquela construção, sem aumento de área.
1 - Execução Direta - É feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios.
2 - Execução Indireta – A que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer dos seguin-
tes regimes:
2.1 - Empreitada por Preço Global - Quando se contrata a execução da obra ou do serviço
por preço certo e total.
2.2 - Empreitada por Preço Unitário - Quando se contrata a execução de obra ou serviço por
preço certo de unidades determinadas.
3 – Tarefa - Quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais.
Alienação
É toda transferência de domínio de bens a terceiros, devidamente avaliados, sob a forma de venda, per-
muta, dação em pagamento, doação, investidura, cessão ou concessão de domínio.
De uma maneira geral, toda venda de bens públicos está sujeita a avaliação prévia e a licitação, dispen-
sada essa formalidade em alguns casos, em razão das pessoas a que se destinam ou do objeto.
Um dos procedimentos mais utilizados para a venda desses bens móveis e imóveis é o Leilão, que pode
ser realizado por Leiloeiro Oficial ou Servidor designado pela Administração.
PROJETO BÁSICO - Conjunto de elementos com nível de precisão adequado, que defina a obra ou serviço,
ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos
técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambien-
tal e que possibilite a avaliação do custo da obra, a definição dos métodos e do prazo de execução.
20 Licitação
Edital
O edital é o instrumento de divulgação do processo licitatório, ele é considerado a Lei interna da licitação,
porque vincula a Administração e os participantes às suas cláusulas, não se pode exigir nada que não
esteja previsto no edital.
Cabe ao ato convocatório disciplinar prazos, atos, instruções relativas a recursos e impugnações, informa-
ções pertinentes ao objeto e aos procedimentos, além de outras que se façam necessárias à realização
da licitação.
Na forma do art. 38, Parágrafo único, as minutas de Editais de Licitação, bem como as dos Contratos,
Acordos, Convênios ou Ajustes deve ser previamente examinado e aprovado por Assessoria Jurídica da
Administração.
Qualquer cidadão pode impugnar o Edital viciado ou defeituoso administrativamente até 05 dias úteis e
pelo licitante até 02 dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo
a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 dias úteis, podendo também, qualquer lici-
tante, contratado ou pessoa física ou jurídica representar junto ao Tribunal de Contas ou aos Órgãos do
Sistema de Controle Interno Contra irregularidades.
• O local, dia e hora para o recebimento da documentação e proposta e para o início da abertura
dos envelopes
Conforme deliberação do TCU, o objeto a ser licitado deve ser apresentado de maneira clara e objetiva,
evitando divergências entre o objeto descrito no edital e aquele consignado na minuta de contrato, nos
termos dos arts. 40; inciso I, 54 § 1º e 55, inciso I, todos da Lei 8666/93. (Decisão 235/2002).
O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que o
expedir, permanecendo no processo de licitação. Dele serão extraídas cópias integrais ou resumidas, para
divulgação e fornecimento aos interessados.
Anexos do Edital
A Lei n.º 8.666/93, art. 40, § 2º prevê a inclusão de anexos ao edital, sendo parte integrante do mesmo os
seguintes documentos:
22 Licitação
I – O projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes desenhos, especificações e outros
complementos;
Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e
dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedên-
cia, no mínimo, por uma vez:
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Admi-
nistração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente
com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994).
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circula-
ção no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado
ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de
outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994).
O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto inte-
gral do edital e todas as informações sobre a licitação.
O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:
I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994).
a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994).
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada
Licitação 23
integral ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”; (Incluída pela
Lei nº 8.883, de 1994).
III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso ante-
rior, ou leilão; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994).
IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994).
Os prazos estabelecidos serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição
do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevale-
cendo a data que ocorrer mais tarde.
Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, rea-
brindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não afetar
a formulação das propostas.
De acordo com o art. 16, da Lei nº 8.666/93, será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulga-
ção oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela
Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço uni-
tário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas
por itens às compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.
As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigi-
bilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para
ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos
atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005).
Segundo o Inciso IV do Artigo 4 da 10.520/02 a cópia do Edital, e do respectivo Aviso serão colocadas à
disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na forma da lei no 9.755, de 16 de dezembro de
1998, regulamentada pela IN no 28/TCU, de 05 de maio de 1999 – que estabelece regras para implemen-
tação da homepage Contas Públicas, a ser mantida pelo Tribunal de Contas da União – TCU.
Deve ser disponibilizada na homepage Contas Públicas, a relação de TODAS as compras realizadas pela
Administração Direta ou Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios. �������
(IN n° 28/2000
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– TCU – Art. 1° - IX).
24 Licitação
Recursos
De acordo com o Art. 113 - § 1º - Lei nº 8.666/93, qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurí-
dica, poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos Órgãos integrantes do Sistema de Controle Interno
Contra Irregularidades.
Recurso Administrativo
O art. 109 e 110 – Lei nº 8.666/93, especifica os Recursos administrativos e seus respectivos prazos.
Recurso:
I - recurso, no prazo de 5(cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos
casos de:
Habilitação ou inabilitação do licitante;
Julgamento das propostas;
Anulação ou revogação da licitação
Indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou
cancelamento.
Rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 70 desta Lei;
Aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa.
REPRESENTAÇÃO: 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licita-
ção ou do contrato de que não caiba recurso hierárquico.
Vias Judiciais
Os atos praticados na licitação, na formalização e execução dos contratos Administrativos ficam sujeitos
à correção judicial pelas vias legais adequadas, cabendo o Poder Judiciário decidir a conformidade do
procedimento licitatório.
Licitação 25
Habilitação
Os Órgãos e Entidades da Administração Pública que realizem licitações manterão Registros Cadastrais
para efeito de habilitação, válidos por, no máximo, um ano, sendo facultado as Unidades Administrativas
utilizarem-se de Registros Cadastrais de Outros Órgãos (art. 34).
I – Habilitação Jurídica;
II – Qualificação Técnica;
III – Qualificação Econômico-Financeira;
IV – Regularidade Fiscal;
V – Cumprimento do disposto no Inciso XXXIII do art. 37 da Constituição Federal e na Lei nº 9.854,
de 27.10.99 (trabalho do menor), regulamentada pelo Dec. nº 4.358, de 05/09/2002.
Será fornecido aos inscritos, Certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.
Esse Certificado, na forma do Art. 32 - § 3º da lei 8.666/93 substitui os documentos exigidos para a Habili-
tação Jurídica, Qualificação Econômico-Financeira e Regularidades Fiscal.
A Administração ao licitar, deverá observar além das exigências de habilitação prevista nos arts. 27 a
31 da Lei nº 8.666/93, o que consta na Lei Complementar nº 123/06, no Decreto nº 6.204/07 que trata
do tratamento diferenciado à microempresa e empresa de pequeno porte, bem como o que consta no
Decreto nº 3.722, de 09/01/2001, alterado pelo Decreto nº 4.485, de 25/11/2002, onde permite a empresa
participante apresentar a documentação exigida no ato convocatório ou estar inscrita no Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF.
Caso a empresa não esteja inscrita no SICAF, a Administração deverá adotar os seguintes
procedimentos:
Empenhar: antes de emitir a nota de empenho, cada unidade deverá consultar ao SICAF, para identificar
possível proibição de contratar com poder público, se for o caso.
Assinatura de contrato: deverá ser efetuado o cadastramento da empresa, no SICAF, antes da contratação,
com base no reexame da documentação apresentada para habilitação, devidamente atualizada.
26 Licitação
I – cédula de identidade;
II – registro comercial, no caso de empresa individual;
III – ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando
de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de
eleição de seus administradores;
IV – inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria
em exercício;
V – decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funciona-
mento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão compe-
tente, quando a atividade assim o exigir.
Regularidade fiscal
Comprovação do participante que está quite com as obrigações fiscais nas áreas federais, estadual, Dis-
trito Federal e Municipal.
I – prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurí-
dica (CNPJ);
II – Prova de inscrição no Cadastro de Contribuintes Estadual ou Municipal, se houver, relativo ao
domicílio ou sede do licitante pertinente ao seu ramo de atividades e compatível com o objeto
contratual;
III – Prova de regularidade para com Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do
licitante, ou outra equivalente na forma lei;
IV – Prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.
A prova de inscrição no CNPJ/CPF ou na Fazenda Estadual/Municipal, prevista nos incisos I e II do art. 29,
será feita:
Nas concorrências, mediante apresentação facultativa do CRC ou dos documentos relativos aos citados
incisos.
A regularidade com as Fazendas Federais, Estaduais e Municipais, bem como a regularidade com a Segu-
ridade Social prevista nos incisos III e IV do art. 29, deverão ser comprovados mediante apresentação das
respectivas certidões, tanto nas Concorrências quanto nas Tomadas de Preços, independentemente da
apresentação de CRC.
Licitação 27
A regularidade com a Fazenda Federal deve contemplar tanto a Dívida Ativa da União quanto os Tributos
Administrados pela SRF.
Conforme o art. 42 da Lei Complementar nº 123/06 in verbis: “Nas licitações públicas, a comprovação de
regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de
assinatura do contrato.”
Qualificação Técnica
Condições de desempenho do participante na área profissional pertinente ao objeto da licitação.
Nas compras para entrega imediata, as exigências podem ser reduzidas ou até dispensadas, conforme o
caso.
As exigências relativas à qualificação técnica, procedendo-se à sistematização do rol previsto pela lei,
resumem-se nos aspectos básicos, seguintes:
• Registro ou inscrição na entidade profissional competente;
• Aptidão para desempenho – Certidões/Atestados, fornecidos por pessoa jurídica de direito
público ou privado, vedada a limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou
quaisquer outras não previstas na Lei que inibam a participação na Licitação.;
• Recursos humanos e materiais;
• Capacitação técnico-profissional;
• Metodologia de execução;
• Atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso;
• Recebimento dos documentos e informações pertinentes.
Qualificação econômico-financeira
O objetivo é verificar se o licitante tem condições para realizar despesas necessárias à execução do objeto
na forma do edital.
28 Licitação
A análise de balanço patrimonial e demonstrações contáveis devem ser feitas por meio de índices contá-
beis previamente definidos no edital.
A exigência de certidão negativa de falência ou concordata, embora não seja obrigatória, proporciona
maior segurança à Administração.
Análise dos balanços, bem como a comprovação de capital social ou de patrimônio líquido, deve ser efe-
tivada com o assessoramento de contadores habilitados.
Garantia, nas mesmas modalidades das contratuais, vedada a indicação da modalidade pela Administra-
ção, cabendo o licitante escolher (caução em dinheiro ou títulos de dívida pública, seguro-garantia, fiança
bancária – art. 56).
CONSÓRCIO DE EMPRESAS
A critério da administração poderá ser permitida a participação de empresas em consórcio na licitação,
observando o Art. 33 e seus parágrafos.
A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, res-
salvado o disposto no art. 59, parágrafo único da Lei nº 8.666/93, in verbis:
“A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver exe-
cutado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto
que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa”.
Ao autorizar a abertura de um processo licitatório o gestor público deve observar, além dos preceitos
constantes da Lei nº 8.666/93, os atos disciplinados pela Lei Complementar nº 101/00 (Lei de Responsabi-
lidade Fiscal), nos seus artigos 15, 16 e 17, os quais determinam que a autoridade competente só poderá
autorizar a despesa, se a mesma estiver prevista no PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orça-
mentárias) e em adequação com a LOA (Lei Orçamentária Anual), sendo essas condições para o gestor
público autorizar a emissão de empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de
obras.
Conforme o art. 15 da LRF, in verbis: “Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimô-
nio público a geração de despesa ou assunção de obrigações que não atendam ao disposto nos artigos
16 e 17”.
Julgamento da Licitação
O art. 38, da Lei nº 8.666/93, determina que o procedimento da licitação seja iniciado com a abertura de pro-
cesso administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a
indicação clara do objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
30 Licitação
Para o julgamento e processamento da licitação deverão ser observados os artigos 43, 44 e 45, da Lei nº
8.666/93, conforme descrição a seguir:
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua
apreciação.
Essa documentação deve ser apresentada em envelope fechado e rubricado até o prazo máximo
estabelecido no Edital para o seu recebimento.
A abertura dos envelopes de documentação é feita em ato público, no dia, hora e local indicados,
devendo a Comissão de Licitação e os Licitantes presentes rubricarem os Envelopes das Propostas
e os Documentos.
II - Devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas pro-
postas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação.
III - Abertura dos Envelopes contendo as Propostas dos concorrentes habilitados, desde que trans-
corrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o jul-
gamento dos recursos interpostos.
As propostas deverão ser apresentadas em envelope fechado e rubricado pelo licitante, separado
do envelope de documentação.
Os envelopes das propostas dos habilitados serão abertos em ato público e, rubricado todos os
documentos pela Comissão de Licitação e todos os licitantes presentes.
Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de
fato superveniente e aceito pela comissão.
A homologação é o ato pelo qual a autoridade competente confirma a classificação das propostas e a
adjudicação do objeto da licitação ao proponente vencedor com a devida publicação do resultado da
licitação.
Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a Administra-
ção poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 (oito) dias úteis, sendo para o Convite, 3 (três) dias úteis para
apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas.
Sanções Administrativas
A Lei nº 8.666/93 destaca um capítulo completo para sanções de modo geral. A partir do art. 81, o diploma
disciplina a aplicação de sanções aos envolvidos em processos licitatórios no âmbito da Administração.
Caso o licitante ou interessado, não cumpra o que foi determinado no ato convocatório, o mesmo será
penalizado das seguintes formas:
O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista
no instrumento convocatório ou no contrato.
A multa a que não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras
sanções previstas na Lei.
A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo
contratado.
Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contra-
tado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Adminis-
tração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao
contratado as seguintes sanções:
32 Licitação
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Admi-
nistração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto per-
durarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a
própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressar-
cir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com
base no inciso anterior.
Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contra-
tado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administra-
ção ou cobrada judicialmente.
As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II,
facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
As sanções previstas nos incisos III e IV poderão também ser aplicada às empresas ou aos profissionais
conforme a seguir:
I - tenha sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhi-
mento de quaisquer tributos;
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos
ilícitos praticados.
Os crimes definidos na Lei nº 8.666/93 são de ação penal pública incondicionada, cabendo ao Ministério
Público promovê-la.
Qualquer pessoa poderá provocar, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informa-
ções sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.
Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e
por duas testemunhas. (Lei nº 8.666/93, arts. 81 a 88; arts. 100 e 101, parágrafo único).
Com o objetivo de permitir às micro e pequenas empresas acesso a novos mercados, o Governo Federal
aprovou o estatuto da microempresa, por intermédio da Lei-Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006, regulamentada no âmbito da União pelo Decreto nº 6.204, de 5 de setembro de 2007. Esta nova
legislação proporcionará uma flexibilidade maior no que diz respeito à habilitação, desempate e assina-
tura de contratos entre microempresas e os órgãos do governo, dentre outras mudanças.
O artigo 6º do Decreto 6.204/07 in verbis: “Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processo
licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas
contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)”, tal atitude demonstra a intenção do
Governo Federal para a imediata aplicação dos benefícios às microempresas e empresas de pequeno
porte. Vejamos os novos procedimentos.
Regularidade Fiscal
Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno
porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.
Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois)
dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor
do certame, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da
34 Licitação
Critérios de classificação
Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microem-
presas e empresas de pequeno porte.
Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e
empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem
classificada.
Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco
por cento) superior ao melhor preço.
Procedimentos de desempate
Para efeito do disposto na Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma:
“I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar pro-
posta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudi-
cado em seu favor o objeto licitado;
II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do
inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem
na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o exer-
cício do mesmo direito;
III – no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno
porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Comple-
mentar, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apre-
sentar melhor oferta.”
Caso não seja ocorra a contratação da microempresa, o objeto licitado será adjudicado em favor da pro-
posta originalmente vencedora do certame.
A aplicação dos procedimentos de desempate somente ocorrerá quando a melhor oferta inicial não tiver
sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.
Licitação 35
No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada
para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances,
sob pena de preclusão.
Cédula de Crédito
A cédula de crédito microempresarial é título de crédito regido, subsidiariamente, pela legislação prevista
para as cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do poder público, cabendo ao Poder
Executivo sua regulamentação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação desta Lei
Complementar.
Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento dife-
renciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção
do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das
políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legisla-
ção do respectivo ente.
Para o cumprimento desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar processo
licitatório:
Para conhecer melhor esse novo procedimento, leia a Lei Complementar 123, de 14 de Dezembro de
2006, Capítulo V, arts. 42 a 49 e o Decreto nº 6.204, de 5 de setembro de 2007 que regulamenta os proce-
dimentos no âmbito da União.
A principal vantagem do sistema de registro de preços é a existência de preços registrados em uma ata,
sem que a Administração seja obrigada a firmar as contratações que deles poderão advir, sendo facul-
tativo a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao
beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.
Parágrafo único. Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens e serviços
de informática, obedecida à legislação vigente, desde que devidamente justificada e carac-
terizada a vantagem econômica. (Decreto nº 3.931/01, art. 2º, incisos e parágrafo único).
Definições
Para os efeitos do Decreto, são adotadas as seguintes definições:
I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de procedimentos para registro formal de preços
relativos à prestação de serviços, aquisição e locação de bens, para contratações futuras;
II - Ata de Registro de Preços - documento vinculativo, obrigacional, com característica de compro-
misso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e
condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e
propostas apresentadas;
III - Órgão Gerenciador - órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela condução
do conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da Ata de
Registro de Preços dele decorrente; e
IV - Órgão Participante - órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e inte-
gra a Ata de Registro de Preços. (Decreto nº 3.931/01, art. 1º e incisos).
I - convidar, mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, os órgãos e entidades para
participarem do registro de preços;
II - consolidar todas as informações relativas à estimativa individual e total de consumo, promo-
vendo a adequação dos respectivos projetos básicos encaminhados para atender aos requisitos de
padronização e racionalização;
III - promover todos os atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento
licitatório pertinente, inclusive a documentação das justificativas nos casos em que a restrição à
competição for admissível pela lei;
IV - realizar a necessária pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem
licitados;
V - confirmar junto aos órgãos participantes a sua concordância com o objeto a ser licitado, inclu-
sive quanto aos quantitativos e projeto básico;
VI - realizar todo o procedimento licitatório, bem como os atos dele decorrentes, tais como a assi-
natura da Ata e o encaminhamento de sua cópia aos demais órgãos participantes;
VII - gerenciar a Ata de Registro de Preços, providenciando a indicação, sempre que solicitado, dos
fornecedores, para atendimento às necessidades da Administração, obedecendo a ordem de clas-
sificação e os quantitativos de contratação definidos pelos participantes da Ata;
38 Licitação
I - garantir que todos os atos inerentes ao procedimento para sua inclusão no registro de preços a
ser realizado estejam devidamente formalizados e aprovados pela autoridade competente;
II - manifestar, junto ao órgão gerenciador, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da
realização do procedimento licitatório; e
III - tomar conhecimento da Ata de Registros de Preços, inclusive as respectivas alterações porventura
ocorridas, com o objetivo de assegurar, quando de seu uso, o correto cumprimento de suas disposi-
ções, logo após concluído o procedimento licitatório. (Decreto nº 3.931/01, art. 3º, § 3º e incisos).
Exigências do Edital
O edital de licitação para Registro de Preços contemplará, pelo menos:
O edital poderá admitir, como critério de adjudicação, a oferta de desconto sobre tabela de preços pra-
ticados no mercado, nos casos de peças de veículos, medicamentos, passagens aéreas, manutenções e
outros similares.
Quando o edital previr o fornecimento de bens ou prestação de serviços em locais diferentes, é facultada
a exigência de apresentação de proposta diferenciada por região, de modo que aos preços sejam acresci-
dos os respectivos custos, variáveis por região. (Decreto nº 3.931/01, art. 9º, § 1º e § 2º, incisos).
O prazo de validade da ata não poderá ser superior a um ano, computadas as prorrogações, sendo admi-
tida a prorrogação por mais doze meses na forma do art. 57 - § 4º - Lei nº 8.666/93, quando a proposta
continuar se mostrando mais vantajosa. (Decreto nº 3.931/01, art. 4º, §§ 1º e 2ª).
A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade
da Administração que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão
gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem. (Decreto nº 3.931/01, art. 8º).
Participante extraordinário
Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da Ata
de Registro de Preços, deverão manifestar seu interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que
este indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida à ordem de
classificação.
Caberá ao fornecedor beneficiário da Ata de Registro de Preços, observadas as condições nela estabeleci-
das, optar pela aceitação ou não do fornecimento, independentemente dos quantitativos registrados em
Ata, desde que este fornecimento não prejudique as obrigações anteriormente assumidas.
As aquisições ou contratações adicionais não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento
dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços. (Decreto nº 3.931/01, art. 8º, §§ 1º, 2º e 3º).
Como podemos ver o Sistema de Registro de Preços é uma excelente alternativa para compras planeja-
das, diminuindo o volume processual e garantindo alto índice de economia, agilidade e transparência.
40 Licitação
A utilização do CPGF é válida para despesas realizadas com compra de material, prestação de serviços e
diária de viagem a servidor, nos estritos termos da Legislação vigente.
Sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento previstos na legislação, a utilização do CPGF para
pagamento de despesas poderá ocorrer nos seguintes casos:
Para ampliar seus conhecimentos sobre a utilização do CPGF consulte o Decreto nº 5.355, de 25 de janeiro
de 2005; Decreto nº 5.635, de 26 de dezembro de 2005; Portaria nº 44, de 14 de março de 2006; Portaria
nº 01, de 04 de janeiro de 2006; Portaria nº 41, de 04 de março de 2005.
Licitação 41
Suprimento de Fundos
O suprimento de fundos deve seguir os procedimentos disciplinados pelo Decreto nº 93.872/86 – art. 45
a 47, in verbis:
“Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá
ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação própria às
despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes
casos (Lei nº 4.320/64, art. 68 e Decreto-lei nº 200/67, § 3º do art. 74)”:
I - para atender despesas em viagens ou serviços especiais que exijam pronto pagamento em
espécie;
II - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
§ 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como
despesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação inde-
vida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encer-
ramento do exercício.
§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a pres-
tar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o
fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências admi-
nistrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis
(Decreto-lei nº 200/67, parágrafo único do art. 81 e § 3º do art. 80).
§ 3º Não se concederá suprimento de fundos:
a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir,
salvo quando não houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha pres-
tado contas de sua aplicação; e
d) a servidor declarado em alcance.
§ 4 º - os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem como o limite
máximo para despesas de pequeno vulto serão fixados em portaria do Ministro de Estado
da Fazenda.
“Art. 46 - Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu
poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela
sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa (Decreto-
lei nº 200/67, art. 83).
Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro
seguinte. ”
“Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a peculia-
ridades da Presidência e da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da
42 Licitação
Saúde, das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior, bem assim de militares e de
inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos
respectivos Ministros de Estado, pelo Chefe da Casa Civil e pelo Chefe do Gabinete de Segurança Institu-
cional da Presidência da República, vedada a delegação de competência. (Redação dada pelo Dec. 3.639,
de 23.10.2000)”.
I - 5% (cinco por cento) do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “I” do art. 23, da Lei nº 8.666/93,
para execução de obras e serviços de engenharia;
II - 5% (cinco por cento) do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “II” do art. 23, da Lei acima
citada, para outros serviços e compras em geral.
Quando a movimentação do suprimento de fundos for realizada por meio do Cartão de Crédito de Paga-
mento do Governo Federal, os percentuais estabelecidos nos incisos I e II deste artigo ficam alterados
para 10% (dez por cento).
Desta forma os valores para suprimento de fundos com cartão de crédito são os seguintes:
Caso o pagamento seja efetuado com cheque o mesmo deverá ser da seguinte forma:
Os percentuais estabelecidos acima ficam alterados para 1% (um por cento), quando utilizada a sistemá-
tica de pagamento por meio do Cartão de Crédito Corporativo do Governo Federal.
Licitação 43
Desta forma, para pagamentos com Cartão de Pagamento do Governo Federal temos os valores a
seguir:
Na hipótese de aquisições por dispensa de licitação, fundamentadas no inciso II do art. 24 da Lei 8.666,
de 21 de junho de 1993, as unidades gestoras integrantes do SISG deverão adotar, preferencialmente, o
sistema de cotação eletrônica, conforme disposto na portaria n° 306, de 13 de dezembro de 2001 e na
legislação pertinente. (Decreto 5.450/2005, art. 4° §2°).
A cotação eletrônica é uma forma de contratar, considerada uma fusão dos procedimentos da dispensa
com as regras básicas do pregão eletrônico que resultou em uma ferramenta excelente para as compras
diretas e de pequeno valor.
A cotação eletrônica foi regulamenta através da Portaria nº 306 de 13 de dezembro de 2001 no âmbito da
União, considerando a necessidade de dotar de maior transparência os processos de aquisição de bens
de pequeno valor, por dispensa de licitação, buscando a redução de custos, o aumento da competitivi-
dade e a agilidade na execução, pois tem como regras básicas à utilização de Internet, com sessão virtual
de lances semelhante ao pregão eletrônico.
Atenção para o que determina o inciso IV do art. 49 da Lei Complementar nº 123/06, pois a cotação ele-
trônica é um procedimento de dispensa de licitação utilizando os recursos de tecnologia da informação,
desta forma não será permitido o tratamento diferenciado.
44 Licitação
A autoridade competente deve certifica-se de que a aquisição por dispensa de licitação, por limite de
valor, não representa fracionamento de compras que deveriam ser licitadas.
Credenciamento e provedor
A cotação eletrônica será operada no Portal de Compras escolhido pelo órgão, e utilizará recursos de crip-
tografia e de autenticação que viabilizem condições adequadas de segurança em suas etapas.
A cotação eletrônica será conduzida pelo Órgão Promotor da Cotação, com apoio técnico e operacional
do provedor do sistema eletrônico escolhido pelo órgão.
Serão previamente credenciados, perante o provedor do sistema, a autoridade competente para homologação
da contratação e os servidores designados para a condução do procedimento relativo às cotações eletrônicas.
Constatada a quebra de sigilo ou quaisquer outras situações que justifiquem a necessidade de alteração
ou cancelamento da senha de acesso, o fato deve ser comunicado, imediatamente, ao provedor do Sis-
tema, para as providências necessárias.
Atribuições do licitante
O licitante interessado em participar da cotação deverá seguir as seguintes regras:
pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer mensagens emi-
tidas pelo Sistema ou de sua desconexão.
IV - responsabilizar-se pelas transações que forem efetuadas em seu nome, no Sistema, assumindo
como firmes e verdadeiras suas propostas e lances.
Para participar da cotação eletrônica, o fornecedor deverá digitar seu “usuário” e senha de acesso ao Sis-
tema e assinalar, em campo próprio, a inexistência de fato impeditivo para licitar e/ou contratar com o
Órgão Promotor da Cotação Eletrônica, ou com toda a Administração Pública, e o pleno conhecimento e
aceitação das regras de que trata o subitem anterior. (Portaria 306/01, art. 5º, parágrafos e incisos).
Caso seja declarado vencedor o licitante apresentará as certidões negativas do INSS, SRF, PGFN e FGTS
para comprovação da inexistência de pendências ou proibições de licitar com a Administração Pública.
Os Pedidos de Cotação Eletrônica de Preços serão divulgados no sítio escolhido pelo órgão e encaminha-
dos, por correspondência eletrônica, para um quantitativo de fornecedores que garantam competitivi-
dade, escolhidos de forma aleatória pelo sistema eletrônico, entre aqueles registrados na correspondente
linha de fornecimento e que tenham indicado possibilidade de entrega no município onde esteja locali-
zado o Órgão Promotor da Cotação. (Portaria 306/01, art. 6º, inciso I).
No Pedido de Cotação Eletrônica de Preços deverá constar às especificações do objeto a ser adquirido, as
quantidades requeridas, observados a respectiva unidade de fornecimento, as condições da contratação,
o endereço eletrônico onde ocorrerá a cotação eletrônica, a data e horário de sua realização. (Portaria
306/01, art. 6º, inciso II).
As referências de horários, no Pedido de Cotação Eletrônica de Preços e durante a sessão pública vir-
46 Licitação
tual, observarão o horário de Brasília - DF, o qual será registrado no Sistema e na documentação
pertinente.(Portaria 306/01, art. 6º, inciso III).
A partir da divulgação do Pedido de Cotação Eletrônica de Preços terá início a sessão pública virtual de
cotação com a recepção de propostas de preço, qualquer que seja o valor ofertado, exclusivamente, por
meio do Sistema, vedada a apresentação de proposta em papel. (Portaria 306/01, art. 6º, inciso VI).
Só serão aceitos novos lances, cujos valores forem inferiores ao do último lance registrado no Sistema.
(Portaria 306/01, art. 6º, inciso VIII).
Durante o transcurso da sessão pública virtual de cotação eletrônica, os fornecedores participantes serão
informados, em tempo real, do valor do menor lance que tenha sido apresentado pelos demais partici-
pantes, vedada a identificação do detentor do lance. (Portaria 306/01, art. 6º, inciso IX).
A etapa de lances da cotação eletrônica será encerrada a qualquer instante após apresentação de aviso
de fechamento iminente, observado o período de tempo máximo de trinta minutos, aleatoriamente
determinado pelo Sistema. (Portaria 306/01, art. 6º, inciso X).
O fornecedor melhor classificado será considerado vencedor, sendo-lhe adjudicado o objeto da cotação,
desde que sua proposta atenda às especificações do objeto. (Portaria 306/01, art. 7º).
A sessão pública virtual de cotação eletrônica será controlada exclusivamente pelo Sistema. (Portaria
306/01, art. 9º).
Considerações Gerais
O Órgão Contratante poderá anular ou cancelar a cotação eletrônica, total ou parcialmente, sem que
disso resulte, para o proponente, direito a qualquer indenização ou reclamação.
As contratações oriundas das cotações eletrônicas serão formalizadas pela emissão de Nota de Empenho
que será comunicada ao adjudicatário.
A eventual rescisão do ajuste se dará nas hipóteses previstas na Lei nº 8.666/1993, não cabendo, à Contra-
tada, direito a qualquer indenização.
Os bens deverão ser entregues no endereço indicado no Pedido de Cotação Eletrônica de Preços.
A entrega do objeto deverá ser feita nos prazos indicados no Pedido de Cotação Eletrônica de Preços,
contados a partir da notificação de adjudicação informando a emissão da Nota de Empenho correspon-
dente. (Portaria 306/01, anexo II).
Pregão
Pregão Eletrônico e Presencial 51
A Lei n° 10.520, de 17/07/2002 – DOU 18/07/2002, instituiu no âmbito da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, nova modalidade de licitação, denominada Pregão.
Para Regulamentar, o pregão presencial, a União aplica o Decreto nº 3.555, de 08/08/2000 - DOU -
09/08/2000, alterado pelos Decretos no 3.693, de 20/12/2000, publicado no DOU de 20/12/2000 e no
3.784, de 06/04/2001, publicado no DOU de 09/04/2001.
O Decreto n.o 5.450, de 31/05/2005 – DOU 01/06/2005, Regulamentou o pregão, na forma eletrônica,
para aquisição de bens e serviços comuns.
O pregão tem como objetivo dar maior transparência e agilidade as compras do governo, reduzindo os
custos da Administração Pública bem como os dos fornecedores.
Poderá também, ser aplicada no que couber, a Lei n° 8.666, de 21/06/1993, que trata das Licitações e Con-
tratos, na forma prevista no art. 9° da Lei nº 10.520/2002 e a Lei Complementar nº 123/2006.
Somente poderá atuar como Pregoeiro o servidor que tenha realizado capacitação específica para
exercer a atribuição (Parágrafo Único, art. 7º, Decreto nº 3.555/2000).
A Equipe de Apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou
emprego da Administração, preferencialmente, pertencente ao quadro permanente do Órgão ou da Enti-
dade promotora do Pregão, para prestar assistência ao Pregoeiro.
Por determinação do órgão, a autoridade Competente poderá designar um Pregoeiro para cada processo
ou o Pregoeiro da Instituição, cuja designação poderá ser em caráter permanente, inclusive com recon-
dução do próprio Pregoeiro para vários mandatos. (Dec. n° 3.555/2000 - Art. 8° - inciso III - “d” - Art. 10°,
Lei nº 10.520/2002, Art. 3° inciso IV e § 1°).
52 Pregão Eletrônico e Presencial
Perfil do Pregoeiro
Para atuar como Pregoeiro, o mesmo deve possuir alguns PRINCÍPIOS ESSENCIAIS como: HONESTI-
DADE, INTEGRIDADE, RESPONSABILIDADE, para que possa desenvolver as suas atividades maximi-
zando resultados em termos de CUSTOS, PRAZOS e QUALIDADE.
O gestor ao designar o Pregoeiro, deverá fazê-lo observando no seu Quadro de Pessoal, aquele que tenha
Conhecimento Técnico, somado a outras características comportamentais, pois ele está ali, representando
a Administração, e uma falha cometida poderá comprometê-lo e a própria Administração.
Boa aparência, bom relacionamento, capacidade de liderança, boas maneiras, flexibilidade, expres-
são facial e corporal, fluência na fala, tom de voz, defender direitos, saber lidar com críticas, sigilo,
ética, motivação, pontualidade e organização.
Processo de Negociação
O pregão inovou com a fase de negociação, porém o Pregoeiro deve aprimorar seus conhecimentos na
área de negociação.
A licitação na modalidade de pregão deixou de ser apenas um simples ato de abertura e classificação de
propostas, deve-se entender o processo de negociação e aplicá-lo para alcançar bons resultados. Veja-
mos alguns conceitos básicos.
O QUE É NEGOCIAR?
Negociação é o processo de alcançar objetivos por meio de um acordo nas situações em que existam
conflitos, isto é, divergências e antagonismos, de interesses, idéias e posições. O que diferencia a negocia-
Pregão Eletrônico e Presencial 53
ção de outras formas de se alcançar objetivos é que, na negociação, isto é feito por meio de um acordo,
ou seja, um ajuste, um pacto, uma combinação. (JOSÉ AUGUSTO WANDERLEY, “NEGOCIAÇÃO TOTAL”).
Saber negociar com o licitante, buscando assegurar os interesses da administração, minimizando custos
sem perder a qualidade pretendida é uma das principais qualidades que o Pregoeiro deve possuir. O
Pregoeiro precisa ser um bom negociador, para conseguir obter os resultados que procura sem criar um
“clima de guerra” com os licitantes, uma vez que é natural que o licitante queira defender seu ponto de
vista e maximizar seu lucro.
A negociação eficaz depende, portanto, de muita competência. Deve ser sempre lembrado que esta com-
petência diz respeito não somente a aspectos da realidade externa dos negociadores, mas também e,
sobretudo de suas realidades internas. A análise do cenário da negociação é fundamental para um bom
desempenho dos negociadores.
O Pregoeiro deve transmitir confiança aos participantes do certame, agindo com sinceridade, compe-
tência e responsabilidade.
O que é Pregão
Modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns exclusivamente no âmbito da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, qualquer que seja o valor estimado da contratação
em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de PROPOSTAS e LANCES em Sessão Pública,
e poderá ser realizado também por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação,
regulamentado pelo Decreto no 5.450 de 31/05/2005 – DOU 01/06/2005 – Pregão Eletrônico /
Comunicação pela Internet.
O Pregão pode ser aplicado a qualquer que seja o valor estimado da contratação, diferente da Lei n°
8.666/1993, que de acordo com o valor estimado, é que se determina a modalidade de licitação.
Assim, o Pregão pode ser aplicado como alternativa a todas as modalidades, uma vez que o Governo inse-
riu no art. 3° do Decreto n° 3.555/2000, que os contratos celebrados pela União, para a aquisição de Bens
e Serviços Comuns, serão precedidos, prioritariamente, de licitação pública na modalidade de Pregão,
que se destina a garantir por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica,
segura e eficiente.
O critério de julgamento da proposta será sempre o de Menor Preço, observados os prazos máximos para
fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros de desempenho e de qualidade e as demais
condições definidas no edital.
54 Pregão Eletrônico e Presencial
Princípios básicos
1- Legalidade – a atuação do gestor público e a realização da licitação devem ser processadas na forma
da Lei, sem nenhuma interferência pessoal da autoridade.
3- Igualdade – previsto no art. 37, inciso XXI da Constituição onde proíbe a discriminação entre os partici-
pantes do processo. O gestor não pode incluir cláusulas que restrinjam ou frustrem o caráter competitivo
favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por beneficiar, mesmo que involuntário, deter-
minados participantes.
4- Impessoalidade – o interesse público está acima dos interesses pessoais. Será dispensado a todos os
interessados tratamento igual, independente se a empresa é pequena, média ou grande.
5- Moralidade – a licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos princípios morais, de
acordo com a Lei, não cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado é custeado pelo cidadão que
paga seus impostos para receber em troca os serviços públicos.
6- Probidade Administrativa – o gestor deve ser honesto em cumprir todos os deveres que lhe são atri-
buídos por força da legislação.
Pregão Eletrônico e Presencial 55
Princípios correlatos
• Celeridade
• Finalidade
• Razoabilidade
• Proporcionalidade
• Competitividade
• Justo preço
• Seletividade
• Comparação objetiva das propostas
Ampliação da disputa
O Pregoeiro possui uma alternativa legal para aplicar no decorrer do processo do Pregão, a Ampliação
da Disputa poderá ser utilizada na forma a seguir, desde que consciente dos seus atos, e que os mesmos
não venham a comprometer a Administração.
Fases do Pregão
A licitação na modalidade de pregão compreende 02 (duas) fases distintas:
• Fase preparatória
• Fase externa
56 Pregão Eletrônico e Presencial
Fase preparatória
A fase preparatória, também chamada de fase interna do Pregão compreende os atos necessários para a
abertura do processo licitatório. Nessa fase os trabalhos são realizados no âmbito interno da Instituição
com a participação da Autoridade Competente, que será aquela autoridade designada como Ordenador
de Despesas.
Termo de referência
Deverá fazer parte do processo licitatório, o Termo de Referência, onde será definido o objeto da con-
tratação, de forma precisa e detalhada, os critérios para aceitação do bem ou serviço a ser adquirido, a
estrutura de custos, especificando os deveres do contratado, os procedimentos de fiscalização, prazo de
execução do contrato, penalidades aplicáveis, etc. Deve propiciar a avaliação do custo pela administra-
ção, baseado na pesquisa de preços praticados no mercado.
Faz parte também, a Planilha de Custos que poderá ser anexada ao edital a ser preenchida pelos licitan-
tes. O Pregoeiro terá esta mesma planilha preenchida que servirá de Preço de Referência para análise de
aceitabilidade das propostas.
O Termo e Referência e a Planilha de Custos deverão ser elaborados pelo requisitante, em conjunto com
a área de compras obedecidas às especificações praticadas no mercado, bem como as normas da Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e os catálogos de materiais e serviços – CATMAT e CATSER (Porta-
ria n° 03 / SLTI, de 29.10.2001 – DOU de 30.10.2001) ou conforme regulamentação do ente federado.
Pregão Eletrônico e Presencial 57
Edital
O edital é o instrumento de publicidade da licitação, que deverá ser publicado o Aviso em função dos
valores abaixo, não podendo estipular exigências que restrinjam a ampla participação dos licitantes.
b) Acima de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais) até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta
mil reais)
• Diário Oficial da União
• Meio Eletrônico, na Internet
• Jornal de grande circulação local
A cópia do Edital, e do respectivo Aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para consulta
e divulgadas na forma da lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998, regulamentada pela IN no 28/TCU, de
05 de maio de 1999 – que estabelece regras para implementação da homepage Contas Públicas, a ser
mantida pelo Tribunal de Contas da União – TCU.
Deve ser disponibilizado na homepage Contas Públicas, a relação de TODAS as compras realizadas pela
Administração Direta ou Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios. �������
(IN n° 28/2000
��������
– TCU – Art. 1° - IX).
O acesso estruturado aos dados e informações dos Órgãos e Entidades dar-se-á por intermédio de LINKS
disponíveis na homepage Contas Públicas, que remeterão às respectivas páginas específicas de cada
Órgão ou Entidades. (IN
�������
n° 28/2000
������������������������
– TCU – Art. 2° -���������������
§ 1°, Lei n° 10.520/2002
����������������������
– Art. 4° -�������������
Inciso IV).
Anexos do edital
• Minuta do Contrato, quando for o caso
• Planilha de Custos
• Termo de Referência, etc.
Na forma da legislação, é exigido que o processo licitatório seja acompanhado de parecer emi-
tido pela Área Jurídica da Instituição, verificando a legalidade do edital da licitação. (Decreto n°
3.555/2000 - art. 21 - inciso VII - Lei n° 8.666/1993 - art. 38 - parágrafo único).
Habilitação
Será exigida dos licitantes, a documentação prevista na legislação geral para a administração, referente a:
• Habilitação jurídica
• Qualificação técnica (somente quando a situação o exigir)
• Qualificação econômico-financeira
• Regularidade fiscal
• Cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, (Trabalho do
Menor de Idade – Lei 9.854, de 27/10/1999, Decreto 3.555/2000, art. 13, Decreto nº 3.722, de
09/01/2000 – art. 1º, § 3º).
Pregão Eletrônico e Presencial 59
Recursos
Para interposição de recurso, o Pregão, prevê 02 (duas) etapas:
Até dois dias úteis antes da data fixada para recebimento das propostas, qualquer pessoa poderá solicitar
esclarecimentos, providências ou impugnar o ato convocatório do pregão.
Se for acolhida a petição contra o ato convocatório, será designada nova data para realização do certame.
(art. 12, § 1°, 2° - Dec. 3.555/2000).
Na fase final da sessão após declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e moti-
vadamente a intenção de interpor recurso, registrando em ata a síntese das suas razões, devendo os
interessados juntar memoriais no prazo de 03 (três) dias úteis.
Os demais licitantes poderão apresentar contra-razões em igual número de dias (03), que começarão a
contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos.
A decisão sobre recurso será instruída por parecer do Pregoeiro e homologada pela Autoridade
Competente.
O acolhimento do recurso importará somente na invalidação dos atos que não sejam passíveis de aproveita-
mento (Decreto n.o 3.555/2000, art. 11o – incisos XVII a XX, Lei n° 10.520/2002, art. 4o – incisos XVIII a XXI).
Penalidades
A legislação prevê penalidades ao licitante nas situações abaixo, ficando este impedido de licitar e con-
tratar com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios e, se for o caso, descredenciado no SICAF ou
60 Pregão Eletrônico e Presencial
nos sistemas semelhantes de cadastramento, mantidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo
prazo de até 05 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas no edital, no contrato e das demais comi-
nações legais, sendo obrigatório o registro no SICAF das penalidades aplicadas (Decreto nº 3.555/2.000
- art. 14 - Parágrafo único – Lei nº 10.520/2002 - art. 7°).
Adjudicação e Homologação
A Adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor, é atribuição do Pregoeiro, se não houver
manifestação imediata e motivada dos participantes no sentido de interpor recurso (Lei n° 10.520/2002
- art. 4° - inciso XX).
Caso ocorra a interposição de recursos, a Adjudicação será realizada pela Autoridade Competente,
depois de decididos os recursos, observando os prazos devidos, determinando a contratação, que deverá
ocorrer no prazo definido no edital (Lei n° 10.520/2002 - art. 4° - inciso XXI).
Após homologação da licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para assinar
o contrato no prazo definido no edital.
Como condição para celebrar o contrato, o licitante vencedor deverá manter as mesmas condições de
habilitação.
Se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta (60 dias, se outro não foi
estabelecido no edital), não comparecer para assinar o contrato por não apresentar situação regular ou
recusar-se injustificadamente, deverão ser aplicadas as Sanções cabíveis, e o Pregoeiro negociará direta-
mente com os outros licitantes classificados para a sessão de lances, observada a ordem de classificação,
convocando o segundo classificado, verificando a sua aceitabilidade e procedendo à habilitação do pro-
ponente, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma proposta que atenda
ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor e a ele adjudicado o objeto do certame.
Pregão Eletrônico e Presencial 61
Atribuições do pregoeiro
• Credenciamento dos interessados
O Credenciamento dos licitantes antecede a Abertura da Sessão, devendo o interessado ou seu represen-
tante legal, identificar-se, procedendo ao respectivo credenciamento, comprovando se for o caso, possuir
os necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes
ao certame, inclusive ofertar lances verbais.
A legislação não permite o recebimento de propostas que não sejam diretamente do representante legal
devidamente credenciado, devendo a entrega dos envelopes se dar em Sessão Pública, não se admitindo
a apresentação no protocolo da instituição ou o recebimento pelo Correio.
• Abertura da Sessão
• Recebimento dos envelopes de Propostas de Preços e de Documentação de Habilitação
• Abertura dos envelopes das propostas de preços
• Analisa a sua aceitabilidade
• Classifica as propostas
• Negocia os lances
• Habilita o licitante classificado que apresentou o menor preço
• Conduz os trabalhos da equipe de apoio
• Registra em ata as manifestações dos licitantes
• Adjudica ou não o objeto do certame
• Recebe, examina e decide sobre recursos
• Encaminha o Processo devidamente instruído, após a Adjudicação a Autoridade Superior
para Homologar o certame, e autorizar a contratação (Decreto n° 3.555/2000 - art. 9°).
• Anular: Por ilegalidade de ofício, provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e
fundamentado.
A anulação do procedimento licitatório induz a do contrato, (Decreto nº 3.555/2000 – art. 18 - § 1º
e 2º).
62 Pregão Eletrônico e Presencial
Julgamento
O Pregoeiro após encerrada a apresentação de lances verbais, passa ao julgamento da proposta de menor
preço, uma vez que a modalidade de pregão prevê somente a licitação de tipo Menor Preço.
Após esse procedimento inicia-se a fase de habilitação, diferente das outras modalidades de licitação
previstas na lei no 8.666/1993, onde há inversão entre as Fases de julgamento e de Habilitação.
Só será aberto o envelope de habilitação da empresa que apresentou o menor preço, após exame de acei-
tabilidade e atendida a todas as exigências do edital, relativo a prazos de fornecimento, especificações
técnicas, parâmetros de desempenho e de qualidade.
Informa resultado da análise. Não ocorrendo a habilitação do licitante que apresentou a melhor pro-
posta de preço, o Pregoeiro examinará os documentos de habilitação do segundo colocado e assim suces-
sivamente, até que um licitante atenda as exigências de habilitação (Decreto 3.555/2000, art. 11o – XV).
O Pregoeiro deverá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor.
Leitura da Ata e assinatura pelos licitantes presentes, Pregoeiro e pela equipe de apoio, distribuindo
cópia a todos. Na ata, devem estar registrados todos os atos ocorridos na sessão.
Bolsas de mercadorias
Será facultada, nos termos de regulamentos próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a
participação de Bolsas de Mercadorias no apoio técnico e operacional aos Órgãos e Entidades promoto-
res da Modalidade de Pregão, utilizando-se de recursos de Tecnologia da Informação.
Essas Bolsas deverão estar organizadas sob a forma de Sociedades Civis sem fins lucrativos e com a
participação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos unificados de Pregões.
Pregão Eletrônico e Presencial 63
Pregão presencial
O objetivo do Pregão Presencial realizado pela Internet é possibilitar a sociedade e aos fornecedores o
acompanhamento da Sessão Pública em tempo real e consultas aos ducumentos relativos ao processo
licitatório, como atas, mensagens, lances, propostas e empresas vencedoras.
O Pregão Presencial pela internet permite o acompanhamento pelos órgãos de controle dos procedi-
mentos licitatórios realizados pelos órgãos da administração pública.
1. Exigências de Habilitação
Serão exigidos documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos
por tradutor juramentado.
2. Procurador
Residente e domiciliado no país, com poderes para receber citação, intimação e responder admi-
nistrativa e judicialmente por seus atos.
Vantagens do pregão
• Agilidade nas compras
Com o pregão, processos que levariam meses para serem concluídos são finalizados com no máximo 30
dias úteis.
• Procedimentos simplificados
Todos os procedimentos são modernos e práticos, evitando os entraves de Leis engessadas, viabilizando
uma ótima aplicação da modalidade, gerando economia e transparência.
• Desburocratização
Inversão das fases do procedimento licitatório, ocorrendo a habilitação somente depois da classificação
dos licitantes, sendo examinada a documentação do licitante que apresentou menor proposta de preço.
• Transparência
É observada em todas as etapas do pregão onde é declarado o vencedor na sessão pública após a apre-
sentação de lances verbais, comprando o melhor pelo menor preço.
64 Pregão Eletrônico e Presencial
• Competição
Os licitantes podem comparar propostas e reduzir preços, deixando de ser a licitação uma “caixinha de
surpresa” onde as suas propostas após entrega não poderiam ser mais alteradas.
• Ampliação de participação
É aberta qualquer interessado sendo amplamente divulgada pela Internet, no sítio Comprasnet, na home
page TCU - contas públicas (Lei no 9.755/1998 – IN 28/TCU), DOU, jornais.
• Novas tecnologias
O pregão poderá ser realizado por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, deno-
minado Pregão Eletrônico/Comunicação pela Internet, regulamentado pelo Decreto n.o 5.450, de
31/05/2005, permitindo a participação do licitante em qualquer região que se encontre instalado.
Pregão Eletrônico
A Administração Pública Federal Direta, os Fundos Especiais, as Autarquias, as Fundações, as Empresas
Públicas as Sociedades de Economia Mista e as demais entidades controladas direta e indiretamente
pela União, estão subordinados ao regulamento do Dec. N° 5.450, de 31.05.2005 – DOU 01.06.2005, onde
poderão ser realizada licitação na modalidade de pregão, por meio da utilização de recursos de tecnolo-
gia da informação, denominado Pregão Eletrônico/Comunicação pela Internet, destinado à aquisição de
bens e serviços comuns. Os demais órgãos e entidades estaduais e municipais, poderão utilizar o pregão
eletrônico através de regulamentação própria.
Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo
preferencial a utilização de sua forma eletrônica. (Decreto 5.450, de 31/05/2005, art. 4°).
Credenciamento e provedor
Deverão ser previamente credenciados à realização do pregão eletrônico:
• Autoridade competente
• Pregoeiro
• Os membros da Equipe de Apoio
• Os licitantes
ladas por solicitação do credenciado ou inabilitação junto ao SICAF (Decreto n° 5.450/2005 - art. 3° - §1°
a 4°).
Responsabilidade
Não cabe ao Provedor do sistema e ao Órgão Promotor da licitação nenhuma responsabilidade por
eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha efetuado pelo licitante ou por seu representante
legal, ficando todas as transações efetuadas sob sua inteira responsabilidade, inclusive quanto à sua
capacidade técnica para realização das transações.
O licitante será o responsável por todas as transações que forem efetuadas em seu nome no sistema,
assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, devendo acompanhar as operações no
sistema durante a sessão do pregão, sendo responsável pelo ônus decorrente da perda de negócios por
falta de observação das mensagens emitidas ou pela desconexão (Decreto n° 5.450/2005 - art. 3° - § 5°
e 6°).
1ª FASE - Preparatória
Deve ser observado os procedimentos estabelecidos no art. 8° e seus incisos do anexo I do Decreto n°
3.555/2000 como:
2ª FASE - Externa
A convocação dos interessados, por meio de publicação de aviso na imprensa oficial, INTERNET e JOR-
NAIS, conforme os valores.
66 Pregão Eletrônico e Presencial
b) Acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (Um milhão e
trezentos mil reais).
Deve constar no edital, no aviso, o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, a data e hora
de sua realização e a indicação de que o pregão será realizado por meio de SISTEMA ELETRÔNICO.
Recurso
Todos os procedimentos para a interposição de recursos tais como: impugnações, manifestação prévia
do licitante na sessão, encaminhamento de memorial e de eventuais contra-razões pelos demais licitante
serão realizados em formulários próprios, exclusivamente pelo sistema eletrônico. ��������������������
(Decreto 5.450/2005
art. 18 §1° e §2°; art. 19; art. 26 §1° e §2°).
Habilitação
Após encerramento da etapa de lances, o licitante vencedor deverá comprovar Imediatamente a sua
situação de Regularidade Jurídica, Técnica, Econômico-Financeira e Fiscal, e daqueles em que o edital
tenha previsto para a habilitação não compreendidos pela regularidade perante o SICAF.
Essa comprovação poderá ser encaminhada a documentação via fax, devendo ser encaminhado o origi-
nal ou cópia autenticada, dentro dos prazos legais pertinentes.
Pregão Eletrônico e Presencial 67
Desconexão
Se ocorrer na Etapa Competitiva, a desconexão com o Pregoeiro, o sistema poderá permanecer acessível
aos licitantes para recebimento dos lances, devendo ser retomado pelo Pregoeiro, quando possível, sem
prejuízo dos atos realizados.
Quando a desconexão persistir por tempo superior a 10 (dez) minutos, a sessão do pregão será suspensa
e terá reinicio somente após comunicação expressa aos participantes.
Considerações finais
Aplica-se ao Pregão Eletrônico, os mesmos procedimentos do Pregão Presencial, quanto a Publicação do
Edital (08 dias úteis), do Resultado da Licitação, Assinatura do Contrato e Publicação do seu Extrato (20 dias
da data de assinatura), Formação do Processo (documentos, em ordem seqüencial dos atos, numeração
de folhas), Designação do Gestor do Contrato, quando for o caso, Elaboração do Termo de Referência.
Qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação em que se deu
o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a
alteração não afetar a formulação das propostas. (Decreto 5.450/2005 – art. 20).
Para o tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte deverá ser observado o
Decreto nº 6.204/07, os sistemas SIASG, SIDEC e COMPRASNET estão sendo adequados para a operacio-
nalização de compras de acordo com as disposições do decreto.
Bibliografia
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