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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio Tribunal do Trabalho da

1ª Região,

“B”, número do CNPJ, endereço completo


com CEP, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa
Excelência com fulcro nos artigo 5º, LXIX, da CF c/c a lei 1533/51, impetrar o
presente

Mandado de segurança com pedido de liminar

em face do MM Juízo da 45ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo, pelo motivos de


fato e de direito a seguir expostos:

Histórico Processual

O litisconsorte “A” propôs reclamação trabalhista


em face do impetrante requerendo a caracterização da sua estabilidade de
gestante. Ato contínuo requereu ainda a concessão de medida liminar através de
tutela antecipada, medida esta deferida pela autoridade coatora.
No entanto, referida decisão interlocutória não
merece prosperar. Senão vejamos:

Do Cabimento do Mandado de Segurança

No processo laboral, ante o que dispõe o artigo


893, parágrafo 1º da CLT, subsiste o princípio da irrecorribilidade das decisões
interlocutórias.
Nesse sentido, pronuncia-se o Professor André
Luiz Paes de Almeida, em sua obra Direito do Trabalho, 2ª edição, Rideel, página
289:

“Por isso, como dissemos, as decisões


interlocutórias só poderão ser atacadas na Justiça do Trabalho por meio de
mandado de segurança”

Assim, como o processo do trabalho não


dispõe de nenhum outro remédio para afastar o inconformismo imediato das
decisões interlocutórias, que é o caso em tela em questão, não resta alternativa
senão a propositura do presente mandado.

Da Cassação da Liminar

Como mencionado, a litisconsorte


promoveu reclamação trabalhista na qual obteve liminarmente sua reintegração ao
emprego, em razão de ter configurado a estabilidade de gestante prevista no
artigo 10, II, “b”, do ADCT.
No entanto, a liminar concedida merece
ser revogada haja vista que a tese de defesa se baseia na demissão do obreiro
por justa causa, fato este que permite a demissão do empregado, ainda que
sujeito ao regime estável.
Isso por que a obreira foi flagrada furtando
materiais do setor de almoxerifado da impetrante, configurando a falta grave
prevista no artigo 482, “a”, da CLT, deixando claro o ato de improbidade que, nas
palavras do Saudoso Mestre Valentin Carrion, em sua CLT comentada, 3º edição,
Saraiva, página 376:
“Improbidade. A jurisprudência a tem
fixado principalmente como ‘atentado ao patrimônio do empregador de terceiros
ou de companheiros de trabalho, (...)”

Desta forma, não há como permitir o


retorno da obreira ao emprego, pois a respeitabilidade que sempre deve reger as
relações de emprego não mais subsiste neste caso, elo que não há como admitir a
reintegração.

Da Liminar de Segurança

Os requisitos para a concessão da liminar


estão amplamente caracterizados, pois além do fumus boni iuris, existe
claramente o perigo da demora já que se o impetrante aguardar a decisão final do
processo, a litisconsorte já estaria reintegrada ao serviço, o que seria
extremamente prejudicial ao peticionário, que teria uma empregada que praticou
um furto reintegrada ao serviço.
Desta forma, requer-se a liminar de
segurança com o intuito de revogar a liminar concedida em favor da obreira, nos
termos expostos.

Do Pedido

Ante o exposto pleiteia a liminar de


segurança com a conseqüente decretação da liminar concedida na tutela
antecipada.

Das Provas

Protesta provar o alegado por todos os


meios de provas em direito admitidos.
Da Notificação

Requer, por fim, a intimação da autoridade


coatora bem como do litisconsorte, para que se manifestem acerca dos fatos
supra-arguidos, bem como a manifestação do ilustre representante do Ministério
Público do Trabalho, para, ao final, conceder a liminar pretendida e,
conseqüentemente, caracterizar a TOTAL PROCEDÊNCIA do presente mandado.

Do Valor da Causa

Dá-se à causa o valor de R$_______

Nesses termos
pede deferimento

Local e data

Nome e assinatura do advogado


Número OAB

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