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Resumo
Diversos autores apontam como obstáculos à aprendizagem aulas alicerçadas na passividade dos
alunos e no protagonismo apenas do professor. Por outro lado, a literatura aponta a importância de
utilização de abordagens em que os alunos tenham a oportunidade de maior interação, engajamento
em atividades, sendo protagonistas da sua aprendizagem. O objetivo deste trabalho foi investigar um
processo metodológico que envolveu a organização de grupos de alunos na criação e utilização de
jogos, como uma estratégia de aprendizagem de Física. Os alunos, sob orientação de professores,
construíram e utilizaram jogos envolvendo Conteúdos Básicos Comuns de Física. Os resultados
corresponderam às expectativas inicias e facultaram aos alunos a construção de conhecimentos de
forma ativa e prazerosa.
Palavras-chave: Jogos no Ensino de Física. Atividades lúdicas. Ensino Médio. Estratégia Pedagógica.
Abstract
Several authors point to obstacles to learning classes based on student passivity and the role of the
teacher alone. On the other hand, the literature points out the importance of using approaches in
which students have the opportunity for greater interaction, participation in activities, to be
protagonists of their learning. The objective of this work was to investigate a methodological process
that involved the organization of student groups in the creation and use of games, as a strategy to
learn Physics. The students, under the guidance of teachers, built and used games that involve common
basic physics content. The results corresponded to the initial expectations and allowed the students to
build knowledge in an active and pleasant way.
Keywords: Games in Physics Teaching. Play activities. High School. Pedagogical Strategy.
Uyeda et al
Resumen
Varios autores señalan obstáculos para las clases de aprendizaje basadas en la pasividad del estudiante
y el papel del maestro solo. Por otro lado, la literatura señala la importancia de utilizar enfoques en los
que los estudiantes tengan la oportunidad de una mayor interacción, participación en actividades, para
ser protagonistas de su aprendizaje. El objetivo de este trabajo fue investigar un proceso metodológico
que involucrara la organización de grupos de estudiantes en la creación y uso de juegos, como una
estrategia para aprender Física. Los estudiantes, bajo la guía de maestros, construyeron y usaron juegos
que involucran Contenido Básico de Física Común. Los resultados correspondieron a las expectativas
iniciales y permitieron a los estudiantes construir conocimiento de una manera activa y agradable.
Palabras clave: Juegos en la enseñanza de la física. Actividades de juego. Escuela secundaria. Estrategia
pedagógica.
INTRODUÇÃO
Os alunos ao iniciarem o estudo de Física, encontram dificuldades na aprendizagem. Muitas
pesquisam apontam, na busca pela melhoria do ensino de física, na direção de metodologias que
contemplam o uso de laboratório didático, demonstração de experimentos, vídeos, jogos, entre outros,
onde os alunos estudam de uma maneira mais investigativa, prazerosa e participativa.
Em um estudo de revisão de literatura sobre o uso didático de jogos no Ensino de Física,
Yamazaki e Yamazaki (2014) concluem que, em geral, os jogos produzidos e utilizados em sala de aula
de Ciências (Física, Química e Biologia), “não se utilizam de pressupostos teóricos tanto na elaboração
quanto na avaliação dos resultados” (YAMAZAKI e YAMAZAKI, 2014, p. 159). Para estes autores, o
uso de jogos para finalidades didáticas no Ensino representam um desafio, uma vez que, esta estratégia
didática vem sendo utilizada com excessiva arbitrariedade teórico-metodológica e com base em
proposições empíricas e assim não permitem a construção de unidades de análise apropriadas e nem o
compartilhamento dessas experiências, em um contexto melhor delimitado e que se faça suficientemente
compreensível para outros professores.
Concordamos com o estudo de Yamazaki e Yamazaki (2014) na qual os autores mostram a
importância de construções de propostas para utilização de jogos no Ensino de Física, sejam construídas
e manipuladas a partir de uma compreensão teórico-metodológica clara, ou seja, a partir de uma
concepção pedagógica que nos permita socializar adequadamente as experiências didáticas com jogos no
Ensino de Física. Esse é, ao nosso olhar, um aspecto desafiador na elaboração e utilização dos jogos
didáticos no ensino.
O objetivo principal deste trabalho foi investigar um processo metodológico que envolveu a
organização de grupos de alunos na criação e utilização de jogos, como uma estratégia de aprendizagem
de Física. Outros objetivos foram: construir, a aplicar e a analisar a utilização de uma coleção de jogos
didáticos com os Conteúdos Básicos Comuns (CBC) de Física no Ensino Médio. (documento de
orientação curricular da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais SEE-MG).
Para Rocha e Valle (2009), os jogos didáticos são desenvolvidos com a intenção explícita de
provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e,
principalmente, despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória. Neste sentido acreditamos
que o jogo possa assumir em sala de aula do Ensino Médio, nas aulas de Física, duplo objetivo: de
ensinar e divertir.
Os jogos educacionais voltados para a Física podem ser bastante simples como os de exercícios e
práticas, mas podem ser ambientes de aprendizagem ricos e complexos. Os jogos educacionais,
são boas ferramentas de ensino para estudantes que tenham dificuldades de aprendizagem, pois
estes, vão gradativamente modificando a imagem negativa do ato de conhecer, tendo uma
experiência em que aprender é uma atividade interessante e desafiadora (PEREIRA; FUSINATO;
NEVES, 2009).
Esse excerto de Pereira, Fusinato e Neves (2009), expressa de forma consistente nossa intenção
com uso dos jogos didáticos, no Ensino de Física no Ensino Médio.
O jogo tem importante contribuição na aprendizagem, pois é uma atividade rica e de grande
efeito correspondendo às necessidades intelectuais, afetivas e sociais. Para Vygotsky (1991), o jogo
desperta no aluno a curiosidade, adquire iniciativa, autoconfiança, aprende a agir, proporciona o
desenvolvimento da linguagem, pensamento e da concentração.
Jogos ou brinquedos são desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma aprendizagem
significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e despertar o desenvolvimento de
uma habilidade operatória (ANTUNES, 1998, p. 38).
O jogo está ligado nas diversas fases do desenvolvimento do aluno, desde criança até a fase
adulta, ensinando os limites, as regras, o tempo e espaço, mostrando ao aluno o caminho próprio, onde
o respeito prevalece. Para Piaget (1978) os jogos educacionais se caracterizam por ter duas funções,
fixar e/ou melhorar a fixação dos conteúdos em estudo e ajudar no equilíbrio emocional. Borin (1995),
afirma que a atividade de jogar, se bem orientada, tem papel importante no desenvolvimento das
habilidades de raciocínio como organização, atenção e concentração, tão necessárias para o
aprendizado. Segundo os Parâmetros Curriculares “a participação em jogos de grupo também
representa uma conquista cognitiva, emocional e social para o aluno, e um estímulo para o
desenvolvimento do seu raciocínio lógico” (BRASIL, 2000, p. 49).
Kishimoto (1994, p.26) argumenta que a utilização não está apenas no raciocínio lógico, mas
também nas relações:
Sabemos que as experiências positivas nos dão segurança e estímulo para o desenvolvimento. O
jogo nos propicia experiências de êxito, pois é significativo, possibilitando a autodescoberta, a
assimilação e a interação com o mundo por meio de relações e de vivências. (KISHIMOTO,
1994, p. 26).
De acordo com Moratori, (2003) o educador deve ter alguns objetivos a seguir:
a) Propor regras ao invés de impô-las, permitindo que o aluno as elabore e tome decisões;
b) Promover a troca de ideias para chegar a um acordo sobre as regras;
c) Permitir julgar, qual regra deve ser aplicada a cada situação;
d) Motivar o desenvolvimento da iniciativa, agilidade e confiança;
e) Contribuir para o desenvolvimento da autonomia (MORATORI, 2003, p. 14).
Cada grupo ficou responsável de elaborar trinta cartas de perguntas e respostas relacionadas
com o tema proposto, esta elaboração foi feita extraclasse havendo trocas de e-mail entre o líder de
cada grupo de alunos e a professora, para esclarecimento das dúvidas e para as correções. Cada grupo
escolheu as imagens relacionadas com os temas, para a montagem dos tabuleiros e das cartas. As
quinze cartas da sorte e as regras do jogo foram padronizadas, sendo elaboradas em conjunto, tanto
pelos alunos quanto pela professora. A partir daí, todo material foi selecionado, revisado e enviado para
a gráfica realizar sua confecção.
Cada jogo possui trinta cartas referentes ao conteúdo do respectivo bimestre e quinze cartas da
sorte onde o jogador encontrará um dos sete comandos: Você está com sorte jogue duas rodadas
seguidas; Avance uma casa; Avance duas casas; Avance cinco casas; Passe a vez; Volte três casas; Carta
bomba! Volte ao início. Além das cartas cada jogo possui: pinos coloridos, um tabuleiro, um dado, uma
roleta e as regras do jogo.
COMO JOGAR
Na sua vez, jogue o dado ou gire a roleta, em seguida pegue uma carta de pergunta e responda à
questão, caso acerte o jogador deverá andar o número de casas correspondentes ao que tirou no
dado ou na roleta, caso não acerte o jogador deverá permanecer na casa que está.
Quando cair na casa de cor azul, o jogador deve pegar apenas uma carta da sorte, o qual deverá
realizar as instruções solicitadas.
O jogador que chegar na casa FIM, vencerá o jogo.
Justifiquem:__________________________________________________________
03- Quando o professor aplica jogos nas aulas de Física, vocês acham que a aula fica:
( ) Interessante ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Chata.
04- O uso dos jogos de Física ajuda o aluno a aprender com mais facilidade os conteúdos aplicados?
( ) Sim ( ) Não
Justifiquem:__________________________________________________________
05- O jogo possibilita o trabalho em equipe, onde há trocas de conhecimentos e agilidade no
cumprimento de metas e objetivos, vocês acham isso importante para a vida social?
( ) Sim ( ) Não
Justifiquem:__________________________________________________________
Fonte: Os autores, 2020.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
As respostas dos alunos ao questionário permitiram avaliar a elaboração e utilização de jogos
didáticos nas aulas de Física.
A maioria dos alunos (96,3%), alegou que ao realizarem pesquisas nos materiais didáticos, como
livros, internet, consulta nos cadernos e troca de conhecimentos entre eles, colaboraram para ampliarem
seus conhecimentos relacionados aos conteúdos de Física. Já a minoria dos alunos (3,7%), não
concordou, dizendo que os conteúdos que utilizaram na montagem dos jogos didáticos eles já
dominavam, pois já haviam aprendido nas aulas de Física, mas que os jogos serviram como instrumento
de revisão dos conteúdos.
Na questão 2, foi requisitado aos alunos que eles respondessem e justificassem se eles acham
importante o professor usar aulas diferenciadas, como o uso de jogos didáticos para ensinar os conteúdos
de Física. Todos os alunos (100%) consideraram que utilizar jogos didáticos de Física melhora a
aprendizagem, que eles têm mais estímulos para aprender ou fixar/memorizar os conteúdos já abordados,
quando o professor faz uso de aulas diferenciadas. Mencionaram também que o jogo é um ótimo recurso
aliado ao professor nas aulas de Física. Várias respostas surgiram nas justificativas dos alunos, tais
como: sentem mais vontade de aprender (5,8%), que os jogos atraem a atenção dos alunos (16,3%), que
o jogo quebra a rotina (6,3%), que o uso dos jogos facilita na aprendizagem (7,4%), que os jogos
deixam as aulas mais interessantes (13,7%), que as aulas com jogos são mais interativas (4,7%), que os
jogos motivam os alunos (3,2%), que é uma maneira divertida de aprender (3,7%), que o jogo é uma
forma diferenciada de aprendizagem e atrai o aluno, despertando seu interesse pela aula (32,6%) e que a
aula dinâmica atrai o interesse do aluno (6,3%).
Na questão 3, foi requisitado aos alunos que eles dessem suas opiniões relacionadas de como as
aulas ficam, quando o professor utiliza os jogos didáticos. A maioria dos alunos (93,2%), disse que a
aula fica interessante, já 6,8% alegaram que a aula fica boa e ninguém opinou que a aula fica regular,
ruim ou chata. Com essas opiniões, se reforça que ao utilizar jogos didáticos as aulas ficam mais
interessantes e atrativas.
Na questão 4, questionamos se os alunos conseguiram aprender com os jogos didáticos, por eles
terem elaborados os conteúdos da Física. Todos (100%) disseram que sim, que os jogos didáticos
possibilitaram maior interesse para que se lembrassem dos conteúdos da Física presentes nos jogos
didáticos. Diversas justificativas surgiram: usando os jogos há mais interação e interesse em aprender
(24,2%), com os jogos, saem da rotina e aprendem mais (14,2%), com os jogos estudamos de uma
maneira divertida (11,6%), com os jogos todos participam e aprendem com mais facilidade (10%), a
competitividade do jogo faz nós estudarmos mais e adquirimos assim mais conhecimentos da Física
(7,9%), com os jogos aprendemos de forma descontraída (7,4%), fazemos a revisão dos conteúdos
(4,2%), com os jogos é mais fácil aprender e entender os conteúdos de Física (3,7%), com a utilização
dos jogos prende a atenção dos alunos (3,7%), porque atrai o nosso interesse e é uma forma fácil de
memorizar a matéria (3,2%), o jogo causa curiosidade e com isso temos mais vontade de aprender
(3,2%), a união do grupo gera uma interação e a aula fica mais dinâmica e participativa, sem monotonia
de quadro e giz (2,5%).
Na questão 5, foi mencionado aos alunos que o jogo possibilita o trabalho em equipe, onde há
trocas de conhecimentos e agilidade no cumprimento de metas e objetivos, se eles acham isso importante
para a vida social, 100% alegaram que sim, que a interação, o trabalho em equipe é importante na vida
social. Através dos jogos didáticos, o aluno interage aspectos da sua personalidade, explora o meio em
que o cerca, experimenta seus sentidos, melhorando sua agilidade, trabalhando sua autoestima, o
trabalho em grupo proporciona troca de conhecimentos, troca de experiências e isso faz o aluno
enriquecer, ampliar seus conhecimentos. Várias justificativas alegaram a importância dos jogos na vida
social, como: com os jogos temos trocas de conhecimentos e mais responsabilidades (27,9%), o trabalho
em grupo tem muitos mais respeito e responsabilidade (19,5%), com o jogo aprendemos a trabalhar em
equipe e a respeitar o próximo (17,4%), com o jogo temos que ter agilidade e compromisso (12,1%),
quando trabalhamos em equipe, dividimos opiniões e pensamentos diferentes (10%), utilizando jogos,
precisamos ser mais dinâmicos (6,3%), com os jogos há trocas de ideias e conhecimentos (4,2%) e a
interação faz os alunos aprenderem a conviver em grupo, e isso é levado para todas as áreas da vida
(2,6%).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo desenvolvido permitiu a construção, a aplicação e a análise da utilização de uma
coleção de jogos didáticos com os conteúdos do CBC de Física no Ensino Médio, como forma de atrair,
motivar e enriquecer o conhecimento de Física que, na maioria das vezes, os alunos chegam ao Ensino
Médio, com aversão pelo conteúdo de Física, isso gera uma desmotivação em aprender tais conteúdos.
A construção dos jogos, pôde colocar os alunos como protagonistas do trabalho, eles fizeram
pesquisas na internet, nos livros didáticos e puderam utilizar informações que coletaram nas aulas de
Física, para elaborar as perguntas e as respostas dos jogos didáticos e, além de ampliarem e enriquecem
o conhecimento, puderam trabalhar em grupo, que é muito importante para o crescimento do aluno, pois
foram colocados em uma situação problema e tiveram que atuar em coletividade e agilidade no
cumprimento de metas e objetivos compartilhados.
A aplicação dos jogos didáticos teve grande êxito, pois todos alunos do Ensino Médio quiseram
participar, tanto na elaboração quanto na aplicação, todos foram na data marcada para utilizarem os
jogos, todos animados, envolvidos e entusiasmados com o resultado do próprio trabalho. É importante
considerar que os alunos optaram em participar dos jogos garantindo uma média 6 mesmo perdendo o
jogo, enquanto a outra escolha era uma avaliação tradicional.
Através do questionário, podemos constatar que os alunos ampliaram seus conhecimentos, que
eles acham importante o professor fazer uso de aulas diferenciadas, como a utilização de jogos
educacionais nas aulas para ajudar a melhorar a aprendizagem, que as aulas ficam interessantes com os
jogos didáticos, que os jogos facilitam a aprendizagem e que os jogos didáticos estimulam o trabalho em
grupo que é muito importante para o convívio em sociedade. Os jogos mostraram ser “boas ferramentas
de ensino” como apontou Pereira, Fusinato e Neves (2009).
O jogo, quando bem preparado pelo professor e utilizado de forma correta, possibilita aos alunos
uma aula diferenciada e atrativa, despertando o interesse dos mesmos para os conteúdos de Física, pois é
uma atividade rica e de grande efeito que corresponde às necessidades intelectuais, afetivas e sociais dos
alunos.
Neste trabalho, os alunos participaram de forma central desde a concepção dos jogos, sua
construção, design, utilização e avaliação. Assim, enfatizamos que não é possível conhecer
separadamente os impactos de cada etapa deste processo nas suas aprendizagens de Física, mas sim,
conhecer alguns impactos gerais promovidos pelo processo de engajamento como um todo. Ou seja, o
uso isolado dos jogos pode não ter os mesmos resultados de engajamento e de aprendizagem, pois não se
reportam a resultados exclusivos do uso dos jogos, mas sim a um processo de concepção, produção,
utilização e avaliação de percepções.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998.
BORIN, J. Jogos e resoluções de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática. São
Paulo: IME- USP, 1995.
KAMII, C. DEVRIES, R. A teoria de Piaget e a educação pré-escolar. Lisboa: Socio cultura, 1995.
192 p.
ROCHA, P. R. N.; VALLE, C. M. Quinteto Químico: uma ferramenta pedagógica para o ensino de
química. In: CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, 4., 2009, Belém. Anais… Belém: IFPA, 2009. Disponível em:
<http://connepi2009.ifpa.edu.br/connepianais/artigos/191_2594_2085.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2018.