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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOME DO ALUNO

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS NA DISCIPLINA DE


EDUCAÇÃO FÍSICA NA TURMA DO 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II:
Possibilidades e desafios

PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Bom Jesus da Lapa - BA


2018
NOME DO ALUNO

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS NA DISCIPLINA DE


EDUCAÇÃO FÍSICA NA TURMA DO 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II:
Possibilidades e desafios

PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como


requisito parcial à conclusão do Curso de
Educação Física.

Orientadores: Prof. (colocar o nome do


responsável pela disciplina, nome do Tutor
presencial e Tutor a Distância)

Bom Jesus da Lapa - BA


2018
SOBRENOME, Nome Prenome do(s) autor(es). Título do trabalho: subtítulo em
letras minúsculas. Ano de Realização. Número total de folhas. Projeto de Ensino
(Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
Universidade Norte do Paraná, Cidade, Ano.

RESUMO
O presente projeto de ensino tem como objetivo geral analisar qual a contribuição dos
jogos cooperativos na disciplina de Educação Física na turma do 9° ano do Ensino
Fundamental II diante das possibilidades e dos desafios. A construção deste trabalho
deu-se no transcurso da experiência com os jogos cooperativos na disciplina de
Educação Física e tem como linha de pesquisa a filosófica de ensino e aprendizagem
e sua aplicação na área escolar dentro da Educação Física, pois este projeto de
ensino traz conteúdos em relação aos jogos cooperativos no processo de ensino-
aprendizagem dos alunos e a sua utilização ao longo da história, pontuando sobre a
sua relação com a Educação Física Escolar, como também as possibilidades e os
desafios enfrentados pelos professores de Educação Física. Este projeto está pautado
nos seguintes autores: Orlick (1989), Corella (2006), Brotto (1997), Cunha (1999),
Brown (1995), entre outros que fundamentam as concepções utilizadas neste
trabalho. Vale mencionar, que o desenvolvimento metodológico utilizado se traduz em
três momentos básicos para o desenvolvimento das atividades: introdução,
desenvolvimento e conclusão. Assim, este trabalho levará a resultados significantes
para a importância de se trabalhar com os jogos cooperativos na Educação Física
Escolar, no sentido de levar para os alunos o trabalho coletivo, o compartilhamento de
experiencias e conhecimento, o companheirismo, a cooperação, a busca por
resultados no coletivo, a interatividade, entre outros.

Palavras-chave: Jogos Cooperativos. Educação Física Escolar. Compartilhamento.


Aprendizagem.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
1.1 TEMA DO PROJETO ........................................................................................... 7
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 7
1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA..................................... 8
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 8
1.5 OBJETIVOS ......................................................................................................... 9
1.6 Objetivo Geral: ..................................................................................................... 9
1.7 Objetivos Específicos: .......................................................................................... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 9
2.1 A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS PARA O ENSINO
APRENDIZAGEM: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA ............................................ 9
2.2 A REALIZAÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS NA DISCIPLINA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: possibilidades e desafios ...................................... 11
2.3 OS JOGOS COOPERATIVOS COMO POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO DE
SABERES ................................................................................................................. 12
3 DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA) ......................................................... 14
4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA ................... 17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 17
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 18
5

1 INTRODUÇÃO

O trabalho com os jogos cooperativos configura-se uma proposta inovadora na


escola, justamente pelo fato de os mesmos incentivarem a parceria, o
companheirismo, a coletividade entre professores e alunos, como também no
incentivo com as necessidades educacionais, pois o ensino se desenvolve em
contextos de múltiplas interações, onde a escola representa diversas condições para
a atuação do professor, que aparecem no cotidiano e se relacionam diretamente com
situações concretas de ensino em que não são passíveis de definições e modelos
teóricos prontos.
A escolha do tema se deu por meio da aproximação com os jogos cooperativos
através de vivências e estudos, possibilitando a percepção de que o conceito de
globalização e o que dele decorre, reforçam a homogeneidade, desrespeitando as
particularidades de cada um, promovendo uma cultura individualista e sobretudo
competitiva que são importantes para o fortalecimento das relações de uns contra os
outros e não uns com os outros. Neste sentido, os jogos cooperativos são relevantes,
pois os mesmos têm a proposta de acabar com o individualismo e fortalecer os
interesses em coletividade e variando de acordo as necessidades de cada um.
O interessante deste estudo não é fazer críticas, mas sim de pontuar que os
jogos cooperativos em uma linha filosófica contribuem para o processo de ensino-
aprendizagem da escola, sendo esta um organismo em desenvolvimento
caracterizado por uma determinada cultura dotada de algumas funções de gestão,
necessárias para garantir seu funcionamento. Neste sentido, este estudo compreende
que para que os mesmos contribuam de forma significativa, é preciso de articulação
entre os educadores da escola. Portanto, essa articulação deve estar entre todos os
envolvidos e reconhecendo o papel formativo do outro, estabelecendo-se a confiança,
o companheirismo e a cooperação no relacionamento entre professor-aluno-professor.
Para tanto, o uso dos jogos cooperativos no contexto educacional de Educação
Física no Ensino Fundamental II, apresentam como instrumento de aprendizagem,
para a ampliação das atividades em sala de aula, com a proposta de contribuir com o
desenvolvimento cognitivo, social e cultural dos alunos, de maneira que possibilite aos
mesmos o desejo de participação, estimulando-os à realização das atividades práticas
por uma atuação inovadora que valorize habilidades, valores e identidade. Neste
contexto, faz com que o educando compreenda o verdadeiro sentido dos jogos, e,
6

sobretudo participando e contribuindo para a compreensão dos conhecimentos


propostos. Dessa forma, auxilia na interação com outros indivíduos, na construção da
cidadania, autonomia, tornando-os sujeitos capazes de opinar, decidir e criticar,
preparando-os para a vida.
Na realidade, é necessário desconstruir os processos antigos, para pôr em
prática a proposta apresentada pela escola. Ao fazer o uso dos jogos, é essencial que
o professor esteja atento à sua qualidade, que tenha um objetivo e ao mesmo tempo
reflita que relação este jogo possa ter na vida do estudante, a fim de que o aluno
venha fazer comparação entre o que se ensina na escola com as atividades realizadas
no seu cotidiano.
Com este pensamento, propõe-se trabalhar com situações vivenciadas pelos
alunos, compreendendo os já conhecidos, como também os atuais, com perspectivas
conceituais, atitudinais e procedimentais, inserindo os eixos temáticos como valores,
natureza, e outros, para que se tenha uma visão ampla, específica e construtiva do
verdadeiro sentido de ensinar jogando.
Assim, espera-se que para chegar a uma determinada explicação, em unir o
útil ao agradável, é primordial o saber pesquisar, pois à medida que adentramos no
mundo dos “jogos cooperativos” este abre diversos caminhos para ampliar os
conhecimentos e as habilidades, pois essa nova perspectiva dá brechas para a
criatividade, rapidez de raciocínio e evolução dos saberes.
Para buscar uma melhor compreensão sobre os jogos cooperativos, foi
relevante partir para alguns objetivos: Analisar como os jogos cooperativos ao longo
da história contribuem para o ensino aprendizagem. Compreender como são
realizados os jogos cooperativos, no ensino de Educação Física, bem como as
possibilidades e os desafios enfrentados pelos educadores e alunos para a realização
de sua prática; Identificar quais as concepções dos alunos em relação aos jogos
cooperativos no ensino de Educação Física na escola. Dessa forma, a problemática
que norteou os objetivos desta pesquisa foi qual a contribuição dos jogos cooperativos
na disciplina de Educação Física para as linhas filosóficas de ensino aprendizagem
no Ensino Fundamental II diante das possibilidades e dos desafios?
7

1.1 TEMA DO PROJETO

O tema deste projeto, “a contribuição dos jogos cooperativos na disciplina de


educação física na turma do 9° ano do ensino fundamental II: possibilidades e
desafios”, tendo como linha de pesquisa a filosófica de ensino e aprendizagem e sua
aplicação na área escolar dentro da Educação Física que propõe-se trabalhar com
situações vivenciadas pelos alunos, compreendendo os já conhecidos, como também
os atuais, com perspectivas conceituais, atitudinais e procedimentais, inserindo os
eixos temáticos como valores, natureza, e outros, para que se tenha uma visão ampla,
específica e construtiva do verdadeiro sentido de ensinar jogando.

1.2 JUSTIFICATIVA

O surgimento da temática do presente projeto de ensino surgiu a partir dos


questionamentos, levando à reflexão acerca das contribuições dos jogos cooperativos
nas linhas filosóficas do processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Educação
Física.
Espera-se com esse pensamento, poder contribuir para que este projeto
desperte os olhares, para que a prática destes jogos seja mudada, de modo que tenha
um significado, e não apenas como uma simples atividade a ser cumprida, pois
ajudará o professor de Educação Física a ser mediador e pesquisador, levando-o a
conhecer melhor as necessidades e a realidade dos educandos de forma reflexiva.
No contexto multicultural em que vivemos, é necessário trilhar por caminhos
que promovem a integração dos seres. Com este pensamento, Broto (1997, p.32),
sugere que “os jogos cooperativos surgem com o objetivo de produzir espaços que
promovem a amizade, por intermédio da ludicidade, ou seja, o desejo que o educando
tem de brincar”. Neste sentido, o autor ressalta que os jogos são resultados de nossas
ações, apontando que estes passam a ser consequência de nossas ações,
concepções, visões e relações, e que o comportamento cooperativo é um aspecto
fundamental em qualquer fase da vida.
Logo, os jogos cooperativos muito mais do que um ato, são um momento
educativo, um estímulo das capacidades cognitivas que torna o aluno capaz de
responder melhor as situações que o jogo lhe impõe, facilitando a escolha de melhores
8

soluções àqueles problemas que surgirem na execução/participação. A essa


capacidade chamamos ludicidade.
A ascensão a essa competência humana, torna a ação pedagógica mais
prazerosa e significativa, tornando-a um ato realmente capaz de educar. Trata-se,
portanto, de um ciclo que se atingido pelos profissionais de educação e alunos
envolvidos no processo educativo, transforma esse momento criativo, estimulante e
desafiador, ou seja, dotado de significado.
O estímulo à ludicidade é uma ferramenta capaz de transformar o ambiente de
ensino-aprendizagem em um momento extremamente produtivo e criativo,
estimulando a autonomia dos alunos para a interação com o jogo, transformando a
aula em momentos que signifiquem algo positivo aos alunos e, portanto, capaz de
educar.
Um ponto que merece destaque também, é que os jogos cooperativos
proporcionam a construção de identidades, onde Hall (2000, p. 106), pontua que a
“identidade é, pois, um processo de articulação, uma saturação, uma sobre
determinação, e não uma subsunção”.

1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA

O presente projeto, destina-se a turma do 9° ano do Ensino Fundamental II

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO

Os jogos cooperativos no contexto escolar ainda é uma proposta carente de


estudo. Isso aumenta ainda mais as dificuldades de trabalhar com esta ferramenta, e
como afirma Corella (2006), que alguns professores têm dificuldades para adquirir a
literatura produzida sobre os jogos cooperativos. Portanto, este projeto de ensino tem
como problematização: Qual a contribuição dos jogos cooperativos na disciplina de
Educação Física na turma do 9° ano do Ensino Fundamental II diante das
possibilidades e dos desafios? Como questões que norteiam este projeto: Como os
jogos cooperativos ao longo da história contribuem para o ensino aprendizagem?
Como são realizados os jogos cooperativos, no ensino de Educação Física, bem como
as possibilidades e os desafios enfrentados pelos educadores e alunos para a
9

realização de sua prática? Quais as concepções dos alunos em relação aos jogos
cooperativos no ensino de Educação Física na escola.

1.5 OBJETIVOS

1.6 Objetivo Geral:

 Analisar qual a contribuição dos jogos cooperativos na disciplina de Educação


Física na turma do 9° ano do Ensino Fundamental II diante das possibilidades
e dos desafios.

1.7 Objetivos Específicos:

 Analisar como os jogos cooperativos ao longo da história contribuem para o


ensino aprendizagem;

 Compreender como são realizados os jogos cooperativos, no ensino de


Educação Física, bem como as possibilidades e os desafios enfrentados pelos
educadores e alunos para a realização de sua prática;

 Identificar quais as concepções dos alunos em relação aos jogos cooperativos


no ensino de Educação Física na escola.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS PARA O ENSINO


APRENDIZAGEM: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Os jogos cooperativos têm registro nos nossos antepassados, quando a


comunidade indígena se reunia para comemorar a existência humana. Neste sentido,
(CORREIA 2006, et. al p. 153) afirma: “A essência dos jogos cooperativos começou
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há milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniam para


celebrar a vida”.
Orlick (1989, p. 124).), arqueólogo fala a respeito dos jogos cooperativos,
propondo que “eles representam o início de jogos com mais oportunidades, sem
violações físicas ou psicológicas.” Para tanto, é primordial a relação entre as pessoas
no momento de sua prática, pois a integração é considerada a principal característica
dos jogos.
Os jogos cooperativos sempre existiram consciente ou inconscientemente,
pois, nos mais diversos povos como os indígenas, os Inut, os Aborígenes, europeus,
americanos, entre outros, praticavam e praticam a vida através da dança, dos rituais,
dos jogos cooperativamente. Isso significa que a sua sistematização ocorreu a partir
de vivências, experiências, no compartilhamento de conhecimento e informação na
década de 50 nos Estados Unidos por meio de trabalhos de Ted Lentz, onde publica
o livro “Manual de novos jogos cooperativos”.
Vale mencionar, que um dos maiores estudiosos sobre jogos cooperativos é o
Prof. Terry Orlick da Universidade de Ottawa no Canadá que em 1978 publicou o livro
"Winning Throught Cooperation" (Editado em português como “Vencendo a
Competição”.). Ele pesquisou sobre a relação entre jogo e sociedade. Nas suas
observações, Orlick percebeu que quando participamos de determinado jogo,
fazemos parte de pequenas sociedades e a partir dessas interações que o jogo nos
proporciona, pode nos levar para variadas direções. Portanto, os jogos cooperativos
ao longo da história contribuem em ensinar-e-aprender, onde há uma interatividade
entre os indivíduos em que um colabora com o outro, ou seja, há corresponsabilidade
e coparticipação.
A escola é importante neste contexto por ela abrir espaço quanto ao incentivo
a cooperação e isso pode começar a partir da Educação Física que através de
atividades lúdicas pode nos alertar para não levarmos à escola os jogos cooperativos
como uma proposta descontextualizada dos aspectos sociais, políticos e culturais
relacionados à nossa sociedade dividida em classes.
Mészáros (2005, p. 27) pontua “que é necessário romper com a lógica do capital
se quisermos contemplar a criação de uma alternativa educacional significativamente
diferente.” Neste sentido, por meio da Educação Física é possível buscar superar a
visão da competição entre os indivíduos e os jogos cooperativos neste aspecto podem
ser apresentados como nova proposta no atual contexto escolar.
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Portanto, a cooperação está à mercê de todos, em que é possível haver o


interesse em ajudar, colaborar, e no ambiente escolar faz com que educador e
educando desenvolvam juntos as mudanças necessárias para construção de uma
sociedade crítica, que pensa, que usa o pensamento crítico para transformar o mundo.

2.2 A REALIZAÇÃO DOS JOGOS COOPERATIVOS NA DISCIPLINA DE


EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: possibilidades e desafios

A realização dos jogos cooperativos na Educação Física Escolar envolve muito


mais do que apenas um jogo que leva os alunos a se divertirem, pois através dele,
além da cooperação, da coletividade, do companheirismo, pode-se trabalhar com a
interdisciplinaridade envolvendo conteúdos de outras disciplinas como os números,
as letras, símbolos, desenhos, onde o aluno se expressa das mais diversas formas e,
isso é importante porque representa muito o contexto em que ele faz parte. É
importante salientar, que o professor de educação física compreenda e respeite a
maneira e a forma de como os alunos compreendem o que os jogos cooperativos
transmitem.
Isso fica evidente por esses jogos utilizarem à apropriação da linguagem, os
gestos, a comunicação, pois por intermédio destes, o aluno representa ações e
conhecimento no meio em que vive, levando o professor a ter uma aproximação maior
com os alunos e perceber suas maiores dificuldades.
Neste sentido, o trabalho com os jogos cooperativos também implica a
multiplicidade de aspectos, saberes e experiências específicas que evidenciam a
importância de se discutir quais domínios devem ser contemplados na formação
desses profissionais.
Para que o trabalho seja significativo, é importante que o professor busque
práticas pedagógicas com temas de interesse da turma que ao mesmo tempo desafia-
os a lidar com a diversidade a sua volta, ou seja, conhecer aquilo que é importante
para eles e o que precisam conhecer sem perder de vista os objetivos que se quer
atingir, desenvolvendo habilidades e leva-los a reconhecer como os sujeitos
pertencentes a um grupo social e a um contexto cultural. Se pararmos para pensar, a
competição elimina esses temas de interesse por ela reforçar a dominação sobre o
outro.
12

a cooperação e a competição fazem parte do nosso cotidiano.


Incentivar os jogos cooperativos significa oferecer as pessoas opções
de participação. Desde que nascemos, parece que só nos oferecem
uma opção. Competir, vencer alguém ou ganhar alguma coisa.
(AMARAL, 2007, p. 35)

De acordo ao que pontua o autor, a cooperação traz a alegria, a participação e


a diversão, além de outros aspectos positivos. O problema é que a sociedade prega
a ideia de que a competição é importante, pois nos faz evoluir. Vale mencionar, que
devemos acabar com este mito, a competição reforça ainda mais a tentativa de
justificar que ela nos faz ser mais fortes para enfrentar os desafios. Portanto, a escola
tem seu papel fundamental nesse contexto, onde os jogos cooperativos podem ser
realizados com o objetivo de incentivar a ética, a inclusão e superar os desafios
cotidianos.

2.3 OS JOGOS COOPERATIVOS COMO POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO


DE SABERES

Diante do que fora apresentado, faz-se necessário pontuar que o jogo


cooperativo é uma proposta relevante no ambiente escolar, por ele ser capaz de
formar o professor e o aluno, pois promove o desenvolvimento integral nos aspectos
sócio-afetivos, motor, linguístico e cognitivo e, nesse sentido as relações culturais,
sociais e familiares tem importância maior no ato pedagógico. Quando o professor de
Educação Física trabalha a cooperação com os alunos, desenvolve nos mesmos o
seu poder de observar, ampliar suas experiências estabelecendo ligações interativas
entre os mesmos, acrescentando ao educando novos conhecimentos.
O professor de Educação Física precisa também ser pesquisador, pois ele
precisa identificar as necessidades e anseios da turma, principalmente por os jogos
cooperativos não ter somente o objetivo de ganhar juntos, mas também de contribuir
para a formação humana e, por isso, deve ser valorizado e desenvolvido no ambiente
escolar a fim de potencializar a interação e a socialização. “Como educadores temos
que transmitir outros valores. Podemos oferecer a alternativa da solidariedade e do
senso crítico diante do egoísmo e da resignação”. (BROWN, 1995, p. 31)
Indo de encontro ao que pontua Brown, esta é uma perspectiva que deve fazer
13

parte da formação do professor de Educação Física, aproximando-se de abordagens


críticas emancipatórias. Os alunos nesta perspectiva se libertam da competição
eliminando o individualismo, permitindo a flexibilidade nos relacionamentos entre os
mesmos.
Há na sociedade a visão simplista de que o professor apenas deve ensinar.
Cunha (1999, p.24), afirma que “uma visão simplista diria que a função do professor
é ensinar e poderia reduzir este ato a uma perspectiva mecânica, descontextualizada.
É provável que muitos dos nossos cursos de formação de professores limitem-se a
esta perspectiva”.
Outro ponto a ser observado, é que ainda se observa a precariedade dos
espaços educativos, principalmente quando o professor em sua metodologia procura
trabalhar com os jogos cooperativos, sendo este ainda recente no contexto escolar
tornando-se difícil de favorecer as interações entre pares, o jogo simbólico e as trocas
de significações.
Diante do que já foi pontuado anteriormente, a questão social das brincadeiras
e a pouca valorização das mesmas como portadoras de cultura e de valores, fica
evidente que a cultura do lúdico, do brincar ainda está reservada a outros espaços de
socialização e não está presente na formação continuada do professor de Educação
Física.
Nesta perspectiva, muitos professores de Educação Física ainda preferem
trabalhar com jogos competitivos pôr os alunos preferirem a competição e, isso
acontece por os mesmos fazerem parte de um contexto que incentiva a
competitividade. Analisando criticamente um sistema ou uma estrutura, é por isso que
as aulas desta disciplina é apenas ir para a quadra e jogar futsal. Por isso, “a maior
necessidade educativa consiste em promover a cooperação, a responsabilidade
pessoal e os valores culturais humanizadores” (ORLICK, 1987, p. 289).
Vale mencionar, que os jogos cooperativos no contexto escolar ainda é uma
proposta carente de estudo. Isso aumenta ainda mais as dificuldades de trabalhar com
esta ferramenta, e como afirma Corella (2006), que alguns professores têm
dificuldades para adquirir a literatura produzida sobre os jogos cooperativos.
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3 DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)

Quando se pesquisa sobre algo, podemos conhecer e compreender sobre o


objeto estudado em sua totalidade, chegando ao resultado aproximado do que foi
analisado. Vale mencionar, que a metodologia proporciona o planejamento e o
caminho a ser percorrido durante o processo de ensino aprendizagem. Neste sentido,
a metodologia deste projeto de ensino defini a forma de abordagem ou tratamento dos
conteúdos apresentados. Portanto, a metodologia se divide em três momentos
básicos para o referido projeto de ensino: introdução, desenvolvimento e conclusão,
sendo divididos por etapas.

Introdução:

A introdução é o momento em que se irá apresentar o projeto de ensino e a


sua problemática, ligando-a a realidade dos alunos, onde cada um poderá levantar
suas concepções prévias sobre a problemática apresentada.

1ª Etapa: Conhecendo o projeto de ensino

Nesta etapa será apresentado para os alunos o projeto de ensino para que eles
possam compreender sobre o que será estudado ao longo dos conteúdos
apresentados em relação a qual contribuição dos jogos cooperativos para a Educação
Física no processo de ensino aprendizagem. De início, será feita uma breve
contextualização histórica sobre os jogos cooperativos apresentando seus conceitos
e as diferenças entre os jogos competitivos.

Desenvolvimento:

1ª Etapa: A contribuição dos jogos cooperativos na disciplina de Educação Física

 Nesta etapa será discutido sobre as contribuições que os jogos cooperativos na


disciplina de Educação Física podem trazer para o ensino aprendizagem da
classe.
15

 Em seguida, o professor apresentará para a turma alguns jogos cooperativos a


serem trabalhados para que os alunos possam conhecer os objetivos e as regras
de cada jogo, como também o propósito do jogo, os recursos e o número de
participantes. Nesta etapa serão apresentados os seguintes jogos: Basquetinho;
Amigos de Jó, Seguindo o chefe, Jogo da bússola, Buzz/Fizz, disponíveis no
site: www.jogoscooperativos.com.br.
 Esses jogos serão colocados em prática na quadra da escola com o objetivo de
fazer com que os educandos se familiarizem e compreendam a proposta dos
mesmos, sendo o professor o mediador.

2ª Etapa: A realização dos jogos cooperativos na educação física escolar:


Possibilidades e desafios

 Nesta etapa o professor trabalhará na perspectiva dos padrões de percepção-


ação (em relação aos jogos citados na etapa anterior) como mostra no quadro
a seguir:

Padrões de
Percepção - COMISSÃO COOPERAÇÃO COMPETIÇÃO
Ação
Visão do jogo É impossível Possível para Parece impossível só para
todos um

Ganhar... juntos Ganhar... do outro


Objetivo "Tanto faz"
Adversário inimigo
O outro "Quem?" Parceiro amigo

Independência/ Independência/
Relação Indiferença
parceria Rivalidade

Ação Ser jogado Jogar... com Jogar... contra

Clima do jogo Chato Ativação/atenção Tensão/stress


Sucesso Ilusão de vitória individual
compartilhado
Resultado Continuísmo
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Vontade de Acabar logo o jogo


continuar jogando
Consequência Alienação

Motivação Fuga Amor Medo

Sentimentos Opressão/controle Alegria/comunhão Raiva/solidão

Símbolo Muralha Ponte Obstáculo


Fonte: (BROTTO, 1995 apud MAIA, 2007, p. 129)

Como exposto no quadro, os alunos compreenderão sobre as diferenças entre


os jogos cooperativos e os competitivos.

3ª Etapa: Os jogos cooperativos como possibilidades para a construção de saberes

 Nesta etapa o professor irá trabalhar na prática com os alunos na aula de


Educação Física com jogos citados na 1ª etapa, que promovem o
desenvolvimento integral nos aspectos sócio-afetivos, motor, linguístico e
cognitivo, como também as relações culturais, sociais e familiares. Será
trabalhado os seguintes jogos: Basquetinho, que tem como objetivo resgatar
valores humanos e aspectos sócio-afetivos; Amigos de jó, que tem como objetivo
em trabalhar o aspecto motor dos educandos; Seguindo o chefe, tendo como
proposito a cooperação, a comunicação e o raciocínio lógico; Jogo da bússola,
que trabalha a comunicação verbal e o toque e orientação espacial e; Buzz/Fizz,
que tem como proposito desenvolver a inteligência logico-matemática e a
inteligência interpessoal. Lembrando que cada a cada aula de Educação Física
será desenvolvido um jogo.

Conclusão:

 Após a realização dos jogos, haverá uma roda de conversa com os educandos
sobre qual foi a sensação, o que aprenderam, quais são os desafios enfrentados
e as possibilidades de cooperação.
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4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA

Ano 2018
Etapas/meses Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Levantamento bibliográfico
Análise e revisão do material
Leituras e fichamentos
Introdução, desenvolvimento e
Considerações Finais
Realização Desenvolvimento
(Metodologia)
Revisão
Apresentação e defesa pública

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os jogos cooperativos são realizados de maneira tal, considerando as


atividades que proporcionam lazer e diversão, como também contribuem para a
capacidade de interação com outros indivíduos, além de colaborar para o
desenvolvimento físico, mental e cultural do educando, estimulando as práticas
educativas, bem como contribuindo para a relação entre professor e aluno.
Para tanto, é essencial desconstruir as práticas educativas tradicionais, para
propor uma nova forma de ensinar brincando, por meio da cooperação, com
pensamentos de solidariedade, não apenas como competição, mas que sejam ligados
os objetivos a serem alcançados, considerando a realidade do sujeito, afim de que o
educando construa sua própria identidade, além de adquirir sua autonomia,
capacidade de produzir conhecimentos que os levam para toda vida.
18

6 REFERÊNCIAS

AMARAL, Jader Denicol do. Jogos Cooperativos. São Paulo: Phorte, 2007.

BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: se o importante é competir, fundamental


é cooperar. São Paulo: Cepeusp. 1995 / Santos: Projeto Cooperação. Re-novada,
1997).

BROTTO, F. O. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de


convivência. 1999. 209 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)– Faculdade
de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

BROWN, G. Jogos cooperativos: teoria e prática. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal,


1995.

CORELLA, K. de la C. C. Los juegos cooperativos: uma proposta para la classe de


educación física em primer ciclo de la enseñanza primaria. Lecturas: Educación Física
y Desportes. Buenos Aires, Ano 11, n. 99, Ago. 2006.

CORREIA, M. M.Trabalhando com jogos cooperativos. Campinas: Papirus Editora,


2006.

CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. 8 ed. Campinas: Papirus,
1999.

HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In: SILVA. Tomaz Tadeu da Silva.
Identidade e diferença: A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis, RJ: Vozes,
2000.

MAIA, Raquel F. et al. Jogos Cooperativos X Jogos Competitivos: um desafio


entre o ideal e o real. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança,
v. 2, n. 4, p. 125-139, dez. 2007.

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. Tradução de Isa Tavares. –


São Paulo: Boitempo, 2005.

ORLICK, Terry. Vencendo a competição. Tradução: Fernando J. G. Martins. São


Paulo: Círculo do Livro, 1989. Tradução de: Winning through cooperation.

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