Alimentacao e Orientacao Nutricional Nas Escolas
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© Ao aluno é permitido fazer uma cópia do material didático disponibilizado para uso próprio. De acordo com a Lei n o. 9.610 de
19/02/1998, que trata de direitos autorais, todo aluno fica proibido de propagar, distribuir e vender o material de qualquer
forma, sob pena de responder civil e criminalmente por violação da propriedade material e intelectual.
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negativas que podem se converter em distúrbios alimentares que podem perdurar em fases
posteriores 5,6.
Os pré-escolares possuem período escolar de quatro horas diárias em média, podendo
extender-se à oito horas, nos casos de período integral. Neste último caso, faz-se necessária
a mesma atenção destinada aos lactentes freqüentadores de berçários.
O esquema alimentar na fase da pré-escola proposto no Manual de Nutrologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria1 é composto por cinco a seis refeições diárias, com horários
regulares: café da manhã – 8h; lanche matinal –10h; almoço – 12h; lanche vespertino – 15h;
jantar – 19h e conforme a necessidade, lanche antes de dormir.
Atualmente observa-se que as crianças que permanecem na escola em período
integral recebem uma refeição na escola, muitas vezes denominada jantar, antes do horário
de saída, por volta das 16/17 horas. Vale verificar se ela é uma refeição completa, ou se se
faz necessário a oferta do jantar em casa. Observa-se que comumente a família
complementa o dia alimentar em casa com refeição láctea ou produtos industrializados de
fácil acesso e preparo, como sobremesas lácteas, biscoitos, doces, lanches, macarrão
instantâneo e pratos semi-prontos ou congelados sendo na maior parte das vezes estes ricos
em açúcar, sal e gordura.
Nessa fase as preferências já recaem sobre o sabor doce e sobre os alimentos
calóricos. As preferências não devem prevalecer sobre o consumo de alimentos saudáveis,
podendo ser ofertadas com moderação em termos de porcionamento e de horários. É
fundamental o controle na oferta de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal por parte da
escola e da família.
A faixa etária escolar compreende crianças de sete a dez anos de idade. Esse período
caracteriza-se por maior atividade física, ritmo de crescimento constante com ganho mais
acentuado de peso devido à proximidade do estirão da adolescência e crescente
independência alimentar. Essas transformações, aliadas ao processo educacional e social,
são determinantes para o aprendizado e estabelecimento de novos hábitos alimentares 1,6.
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O Governo Federal, por meio do Programa de Alimentação Escolar, envia aos estados
R$0,30/refeição/criança matriculada nas escolas públicas. O Estado de São Paulo é o único
na Federação a complementar a verba recebida com o repasse de R$ 0,22/refeição/criança.
No estado de São Paulo, a merenda escolar deve suprir de 20 a70 % das necessidades
energéticas dos alunos matriculados em creches, Centros de Educação Infantil, Escolas
Estaduais de Ensino Fundamental e Médio. A permanência por 4 horas exige a oferta de
uma refeição ou 20% das necessidades diárias. Períodos de 5 a 6 horas, com um lanche e
uma refeição devem preencher 30% das necessidades e períodos integrais, com dois lanches
e uma refeição devem satisfazer 70% das necessidades diárias dos consumidores. Quando a
verba chega ao município ela pode ser aplicada de maneira centralizada, descentralizada ou
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conveniada . Vale ressaltar que a centralização de compras resulta na aquisição de
alimentos não perecíveis, de fácil transporte e armazenamento e na maioria das vezes mais
calóricos e caros do que alimentos in natura. Vale ainda salientar que refeições salgadas vêm
sendo servidas em horário de lanche da manhã e da tarde, beneficiando alunos em risco ou
vigência de carências nutricionais e predispondo os demais a risco de excesso de peso e suas
comorbidades.
Nas escolas particulares normalmente existe uma cantina, muitas vezes arrendada
como qualquer outro estabelecimento comercial ou mesmo uma filial de rede de fast food.
Normalmente estes locais são administrados por profissionais sem conhecimento sobre
alimentação e nutrição e sem a preocupação com a criação de hábitos saudáveis nas
crianças e adolescentes. Outro local que pode ser apontado como fator de risco para
consumo inadequado de alimentos e na saída da escola onde carrocinhas de pipoca, de
cachorro quente, algodão doce e pastel ficam acessíveis para os alunos.
Reconhecendo a importância da escola na formação de hábitos saudáveis, os
Ministérios da Educação e Saúde publicaram a Portaria Interministerial nº 1.010, em
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08/05/2006 , direcionada às escolas públicas e privadas, visando a promoção da
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Referências Bibliográficas
4. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para crianças menores de dois anos.
<http://nutricao.saude.gov.br/nutricao/docs/geral/enpacs_10passos.pdf >Acesso em:
05AGO2010.
6. BIRCH LL & FISHER JO. Development of Eating Behaviors Among Children and
Adolescents. Pediatrics. 101 No. 3 Supplement March, 1998; 539-549.
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