Apostila ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
Apostila ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
Apostila ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
ALIMENTAO ESCOLAR
X
Entendimento do que saudvel
Comportamento Alimentar:
Influncias familiares
alimentar
podem
do
formar
indivduo.
Assim,
esses
um
vicioso
que
ciclo
fatores
leva
ao
Final de mamada
Avaliao Nutricional
possui
maior
preciso.
Preferncia Alimentar
Transtornos Alimentares
10-25% das crianas apresentam algum
transtorno alimentar.
No estudo de Cerro e col. em 2002, destaca-se que 45% dos pais queriam
mudar hbitos dos filhos, 51% deles ofereceram recompensas, como o
oferecimento de alimentos substitutos de baixo valor nutritivo e 69%
faziam uso da persuaso. Desta forma, pode-se dizer que a criana associa
que, se ela no comer, obter sempre o que deseja.
11
Adolescncia
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atingidas, e que qualquer outra forma fora deste padro deve ser
considerada feia e reprovvel.
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Exposio repetitiva:
Busca a familiaridade com o alimento,
desde os primeiros anos da criana,
condicionando-a consumi-lo atravs
de uma apresentao de 12 a 15 vezes
(pelo menos) deste alimento, de
Sabor-Sabor:
Associar os sabores menos preferidos com os mais preferidos, j que
temos uma preferncia inata pelo sabor doce, por exemplo. Neste caso,
podemos fazer o uso de sucos mistos tais como cenoura com laranja;
maa, cenoura e gengibre; bolo de cenoura com chocolate meio amargo, e
assim por diante.
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Nutriente- Sabor:
desconhecido.
Fazendo
um
link
com
esta
proposta,
Consistncia Alimentar:
Recomenda-se a incluso de texturas variadas
no cardpio alimentar infantil, pois favorece a
maturao da fase oral da deglutio. As
texturas pouco consistentes levam falta de
capacidade muscular e a um ciclo vicioso entre a mastigao deficitria e
as alteraes produzidas por ela.
Outro aspecto importante a ser considerado e que interfere no processo
de aprendizagem alimentar que algumas situaes podem causar o
bloqueio do autocontrole alimentar e natural da criana e o
desenvolvimento de reaes de oposio aos alimentos oferecidos, tais
como:
Forar ou coagir a criana a comer, j que as crianas gostam menos
dos alimentos consumidos por coao;
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estudo das variveis que interferem nesse processo, cada vez mais o
nutricionista precisa desenvolver habilidades e competncias bsicas para
a compreenso e o aconselhamento nutricional, tanto voltado a um olhar
na teraputica nutricional individual quanto na coletiva.
sociabilizadores,
como
tambm
responsveis e pertencentes
formao do hbito alimentar
do grupo social relacionado ao
meio em que est inserido.
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Objetivos do PNAE:
Oferecer uma Alimentao com qualidade, buscando a promoo da
Segurana Alimentar e Nutricional;
Suprir uma parte das necessidades nutricionais dirias dos alunos,
durante o perodo escolar e o ano letivo;
Reduzir a evaso e melhorar o rendimento escolar (Educao);
Atendimento na tica do Direito Humano Alimentao.
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responsveis
se
preocupam
inicialmente
de
maneira
24
registrar
essa
responsabilidade
tcnica,
atravs
do
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27
29
Repasse
O repasse do recurso calculado com base do nmero de alunos de
acordo com o Censo Escolar do ano anterior, multiplicado pelo nmero de
dias de atendimento 200 dias e o valor per capita para cada aluno, a
depender da modalidade de ensino no qual ele se enquadra.
R$ 0,30 para EF, EM e EJA;
R$ 1,00 para creches;
R$ 0,50 para PE;
R$ 0,60 para escolas de educao bsica localizadas em reas
indgenas e em reas remanescentes de quilombos;
R$ 0,90 para Programa Mais Educao;
R$ 0,50 para alunos do contra turno AEE;
EJA Semipresencial 20% do EJA Presencial.
30
Aa
Acar
Amido de milho
Arroz
Biscoitos (no
recheados)
Caf
Canjiquinha e canjica
Carne bovina
Carne suna
Frango
Farinha de mandioca
Farinha de fub
Farinha de tapioca
Farinha de trigo
Fcula de batata
Feijo
Frutas
Gro de bico
Legumes
Leite em p
Leite fluido
Lentilha
Macarro
Mandioca e outros
tubrculos
Manteiga
Margarina
Mel de abelha
Melado de cana
Milho verde
leo de soja
Ovos
Po
Pescados e
sardinha
Queijo
Sal
Sagu
Verduras
Agricultura Familiar
A agricultura familiar responsvel por
aproximadamente 70% dos alimentos
produzidos que chegam mesa do
brasileiro. Nessa concepo, no mnimo
30% desses recursos descentralizados e
recebidos do FNDE devero ser
utilizados para aquisio desses gneros
especficos, sendo dispensado neste
caso o uso licitao, vinculando-o com a
realizao de um processo de Chamada
Pblica.
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Exemplo:
34
descrevendo
nutricionais
respalda
nutricionista,
das
necessidades
dirias
que
devero
ser
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O Controle social a ao
exercida, de forma organizada,
sistemtica
individualizada,
Objetivo principal:
Identificar as irregularidades na execuo do programa. Sua nomeao
dever ser feita por Portaria, tendo a definio de um Presidente e um
Vice-presidente e deve se compor por uma estrutura mnima prevista em
lei: representantes do Poder Executivo, dos docentes, dos discentes, de
pais e alunos e das entidades civis organizadas.
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prprios
CONSEAs
municipais e estaduais.
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Recapitulando:
Constatamos os inmeros avanos na legislao do PNAE, caracterizando
sua complexidade na execuo e a necessidade de ramificao do
profissional nutricionista atuando em outras reas. Essa ramificao do
programa ocasiona, no incomumente, a necessidade do nutricionista se
aperfeioar nessa rea da Educao e da Gesto pblica, por exemplo, e
trabalhar em conjunto com outros parceiros e profissionais habilitados.
Observamos que o quantitativo de municpios brasileiros com
nutricionistas responsveis pelo programa de Alimentao evoluiu muito
nos ltimos anos, mas que ainda h desigualdade nessa distribuio no
pas, o que impossibilita definirmos um perfil harmnico na efetividade de
atuao profissional perante o programa.
Por ltimo, observando a complexidade, mas tambm a qualidade das
propostas e das Diretrizes do PNAE podemos observar que as mesmas
podem ser adequadas ao Modelo de Educao privada, nas suas
singularidades. Assim o nutricionista, poder atuar nas escolas
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Elaborao de fichas
tcnicas
Realizao de testes de
aceitabilidade
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QUILOMBOLAS
INDGENAS
EDUCAO
BSICA
45
PROGRAMA MAIS
EDUCAO
46
Aa
Acar
Amido de milho
Arroz
Biscoitos (no
recheados)
Caf
Canjiquinha e canjica
Carne bovina
Carne suna
Frango
Farinha de mandioca
Farinha de fub
Farinha de tapioca
Farinha de trigo
Fcula de batata
Feijo
Frutas
Gro de bico
Legumes
Leite em p
Leite fluido
Lentilha
Macarro
Mandioca e outros
tubrculos
Manteiga
Margarina
Mel de abelha
Melado de cana
Milho verde
leo de soja
Ovos
Po
Pescados e sardinha
Queijo
Sal
Sagu
Verduras
Verduras e Legumes
(cenoura, abobrinha,
abbora, alface, rcula,
vagem, chicria, agrio,
repolho, acelga, batata
doce, batata inglesa, car,
mandioca....)
Leite em p
Leite fluido
Macarro caseiro
Manteiga
Iogurte
Mel de abelha
Melado de cana
Milho verde
Po caseiro (milho, batata,
trigo, integral....)
Queijo, salame,
Doce de jabuticaba, figo,
uva
Suco de uva, laranja,
maracuj
Alho
Polpa de tomate
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50
VETADO
Chs
prontos,
RESTRITO
bebidas
ou Embutidos,
enlatados,
doces,
concentrados
alimentos
em
ou
desidratados.
(LIMITE DE 30%)
51
52
TESTE DE ACEITABILIDADE
55
56
preparao
produzida
distribuir
aos
participantes.
57
0% - Comeu
Tudo
25%
50% comeu
75%
100% - no
Total
comeu nada
metade
Participantes
T1
Total (1)
% restos (2)
T2
Particip. X
Restos
% ACEITAO= T2 100
T1
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Quantidade
Qualidade
Permanncia
Sustentabilidade
Modicidade
Prticas
Saudveis
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Perigos
biolgicos:
bactrias,
vrus,
parasitas
toxinas
micriobianas.
60
61
62
Esses
compostos
qumicos
quando
consumidos
em
quo
mais
indiscutivelmente
importantes,
saudveis
com
maior
fitoqumicos,
e saborosos
so
concentrao
fibras,alm
de
de
serem
estes alimentos,
micronutrientes
alimentos
que
Marketing
A publicidade, principalmente no universo
alimentar, atinge primeiramente o pblico
infanto-juvenil,
pblico
precoce
no
aos
filhos
os
precocemente.
Nesse
cenrio,
mesmos
tornam-se
observamos
independentes
surgimento
dos
pois
interfere
69
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Em um estudo em 2001, os pesquisadores expuseram as crianas prescolares, com idade entre 2 at 6 anos, aleatoriamente, a vdeos com
desenhos animados com e sem comerciais inseridos.
As crianas expostas aos vdeos com comerciais escolheram com
frequncias significantemente maiores os artigos anunciados, do que as
crianas que viram a mesma fita sem os comerciais. Assim, comprovou-se
que o hbito de assistir TV est diretamente relacionado a pedidos,
compras, consumo de alimentos anunciados na televiso e consequente,
ao desenvolvimento da obesidade e de outras doenas crnicas.
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Estima-se que nos prximos anos, a
obesidade ser a principal causa de morte
evitvel em todo o mundo.
limitado
lembravam-se
para
das
seu
propagandas
lazer,
de
73
oferecimento
desses
brindes
recompensas 12,5%.
Publicidade Televisa
Estudo realizado em escolas de Massachussets observaram como
resultado a diminuio do nmero de horas passadas diante da televiso e
da prevalncia de obesidade no grupo interveno.
A publicidade desenfreada de alimentos contraria as garantias e os
direitos fundamentais previstos na Constituio Federal, tais como:
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Direito sade;
Direito educao;
Direito informao adequada;
Direito proteo integral da infncia;
Direito prioridade absoluta da infncia e da
juventude.
individuo.
75
lanou
uma
Consulta
Pblica,
em
2006,
sobre
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Cantina Escolar
A Cantina escolar uma dependncia dentro do estabelecimento de
ensino, destinada a fornecer servios de alimentao aos alunos,
professores e demais funcionrios, mediante o seu pagamento.
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81
A partir de 9-10 anos o interesse se torna maior por bens que valorizem o
meio social, tais como computador, eletrnicos, cmeras digitais, sendo
um fato em comum nas pesquisas realizadas.
Da mesma forma, Veloso e Hildebrand, em 2013, perceberam que o ramo
de supermercado e lojas de brinquedos so os mercados mais procurados
pelas crianas e em 2009, Oliveira avaliou a compreenso superficial das
crianas perante as suas escolhas inadequadas, caracterizando as suas
prprias compras (de bolachas e doces) como besteirinha e porcaria.
Terminologias utilizadas pelas prprias crianas.
Legislao para Cantinas Escolares
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87
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HENRI WALLON
Trabalhou com crianas especiais (deficincia mental);
Psicologia do Desenvolvimento Infantil e Problemas de
Aprendizagem;
Influncia do meio social
+
Fator fisiolgico sobre o desenvolvimento
humano
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Emoo e afetividade:
Primeira forma de sociabilidade da criana;
As conquistas afetivas contribuem para o desenvolvimento
cognitivo e vise-versa
Jogos e Brincadeiras:
Desenvolvimento: intelectual, comportamental e motor;
Oportunidade de vivenciar e incorporar atitudes e sentimentos,
conceitos e aes tipicamente humanas, em decorrncia das
oportunidades disponibilizadas no decorrer da atividade.
LEV VYGOSKY
Nasceu na Bielorrsia;
Professor e pesquisador contemporneo de
Piaget;
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PIAGET
Nasceu e faleceu na Sua;
Prope uma Teoria de conhecimento, no
mtodo de ensino interpretao diferente
com conseqentes propostas didticas
diferenciadas;
Transmisso
de
conhecimento
sem
imposio;
A diferena primordial entre o entendimento do conhecimento entre
Vygostky e Piaget, que Piaget entende que a influncia que as relaes
sociais exercem sobre as aes variam de acordo com a fase ou etapa do
desenvolvimento em que se encontra a criana.
SKINNER
Base filosfica: Behavorismo;
Bastante influenciado por Pavlov;
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Sugesto de leitura: A escola com que sempre sonhei sem imaginar que
pudesse existir. www.rubemalves.com.br
Escola e alimentao
Fracasso escolar no uma relao unicausal;
Desnutrio um dos fatores que impede o desenvolvimento do
potencial mximo do sistema nervoso e gera instabilidade emocional;
Carncia alimentar crnica diferente da Fome do dia;
Fome a necessidade bsica e Fome do dia= merenda;
Desnutrio: fome se mantm em intensidade e tempo;
Criana desnutrida tem potencial rebaixado (limitaes fsicas,
cognitivas e atrasos motores, perceptivos e emocionais). Para manter o
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Panorama brasileiro:
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ESCOLA X ALFABETIZAO
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Marcos regulatrios
Lei n 11.947/2009;
Portaria Interministerial n 1.010/2006;
Resoluo n 26/2013;
CFN n 465/2010.
Marco de referncia de educao alimentar e nutricional para as
polticas pblicas (2011).
EAN
100
Resoluo n 26/2013
Art 2.: Diretrizes do PNAE
101
Lei n 11.947/2009
Artigo 17.: Compete aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municpios:
Promover a Educao Alimentar e Nutricional, Sanitria e
Ambiental nas escolas sob sua responsabilidade administrativa,
com o intuito de formar hbitos alimentares saudveis aos alunos
atendidos, mediante a atuao conjunta dos profissionais de
o
Resoluo n 26/2013
103
104
105
106
devemos
responsabilidade
retomar
do
sobre
nutricionista.
a
O
107
n = 499 escolares
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Para finalizar, sugiro que vocs consultem o site IDEIAS NA MESA. Trata de
uma rede virtual de compartilhamento e troca de aes em EAN em
diversos mbitos de atuao. O interessante que podemos realizar
consultas restringindo palavras chaves, locais de atuao, faixa-etria do
pblico alvo e temas trabalhados nas aes. Muito interessante esse
instrumento tanto para consulta quanto para nossas trocas de
experincias.
http://www.ideiasnamesa.unb.br/
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111
Referncias:
ACHTERBERG, C. ; CLARK, K.L. A Retrospective Examination of Theory Use
in Nutrition Education. Journal of Nutrition Education. 24(5), 227-33,
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infncia. Centro de Estudos em Educao, Tecnologia e Sade. Revista do
Instituto Politcnico de Viseu, n. 38, p. 283-298, jun./2010.
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alimentos direcionadas ao pblico infanto-juvenil. Rev. Nutrio Brasil,
Rio de Janeiro, v. 5, n. 3, maio/junho de 2006.
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preferences of preschoolers. Am. Diet. Assoc., v. 101, p. 42-46, 2001.
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feeding practices. Soc Sci Med.;16:1757-65, 1982.
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