Medida Provisória Minha Casa, Minha Vida
Medida Provisória Minha Casa, Minha Vida
Medida Provisória Minha Casa, Minha Vida
Art. 1º O Programa Minha Casa, Minha Vida tem por finalidade promover o direito à cidade
e à moradia de famílias residentes em áreas urbanas e rurais, associado ao desenvolvimento urbano e
econômico, à geração de trabalho e de renda e à elevação dos padrões de habitabilidade e de qualidade
de vida da população.
Art. 3º Os objetivos do Programa serão alcançados por meio de linhas de atendimento que
considerem as necessidades habitacionais, tais como:
I - provisão subsidiada de unidades habitacionais novas em áreas urbanas ou rurais;
Art. 5º O Programa atenderá famílias residentes em áreas urbanas com renda bruta
familiar mensal de até R$ 8.000,00 (oito mil reais) e famílias residentes em áreas rurais com renda bruta
familiar anual de até R$ 96.000,00 (noventa e seis mil reais), consideradas as seguintes faixas:
a) Faixa Urbano 1 - renda bruta familiar mensal até R$ 2.640,00 (dois mil seiscentos e
quarenta reais);
b) Faixa Urbano 2 - renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 (dois mil seiscentos e
quarenta reais e um centavo) até R$ 4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais); e
c) Faixa Urbano 3 - renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 (quatro mil e quatrocentos
reais e um centavo) até R$ 8.000,00 (oito mil reais); e
a) Faixa Rural 1 - renda bruta familiar anual até R$ 31.680,00 (trinta e um mil seiscentos e
oitenta reais);
b) Faixa Rural 2 - renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 (trinta e um mil seiscentos e
oitenta reais e um centavo) até R$ 52.800,00 (cinquenta e dois mil e oitocentos reais); e
c) Faixa Rural 3 - renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 (cinquenta e dois mil e
oitocentos reais e um centavo) até R$ 96.000,00 (noventa e seis mil reais).
§ 1º Para fins de enquadramento nas faixas de renda, o cálculo do valor de renda bruta
familiar não considerará os benefícios temporários de natureza indenizatória, assistencial ou
previdenciária, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação
Continuada - BPC e benefício do Programa Bolsa Família, ou outros que vierem a substituí-los.
§ 2º A atualização dos valores de renda bruta familiar será realizada mediante ato do
Ministro de Estado das Cidades.
Art. 6º O Programa será constituído pelos seguintes recursos, a serem aplicados com
observância à legislação específica de cada fonte e em conformidade com as dotações e disponibilidades
orçamentárias e financeiras consignadas nas leis e nos planos de aplicação anuais:
I - dotações orçamentárias da União;
II - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS, de que trata a Lei nº 11.124,
de 2005;
VIII - doações públicas ou privadas destinadas aos fundos de que tratam os incisos II, III, IV
e V; e
§ 7º A gestão operacional dos recursos de que trata o inciso I do caput será efetuada pela
Caixa Econômica Federal, quando destinados a:
Art. 7º O disposto nos art. 20 a art. 32 da Lei nº 11.977, de 2009, que tratam do FGHab, e
nos art. 42 a art. 44-A da Lei nº 11.977, de 2009, que tratam de custas e emolumentos cartorários, aplica-
se, no que couber, às operações de que trata esta Medida Provisória.
Art. 9º A subvenção econômica destinada à pessoa física no ato da contratação que tenha
por objetivo proporcionar a aquisição ou a produção da moradia por meio do Programa será concedida
apenas uma vez para cada beneficiário e poderá ser cumulativa com os descontos habitacionais
concedidos nas operações de financiamento efetuadas nos termos do disposto no art. 9º da Lei nº 8.036,
de 1990, com recursos do FGTS, vedada a sua concessão à pessoa física que:
III - tenha recebido, nos últimos dez anos, benefícios similares oriundos de subvenções
econômicas concedidas com recursos do orçamento geral da União, do FAR, do FDS ou provenientes de
descontos habitacionais concedidos com recursos do FGTS, excetuados as subvenções e os descontos
destinados à aquisição de material de construção e o Crédito Instalação, disponibilizados pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, na forma prevista em regulamentação específica.
I - tenha tido propriedade de imóvel residencial de que se tenha desfeito por força de
decisão judicial há, no mínimo, cinco anos;
II - tenha tido propriedade em comum de imóvel residencial, desde que dele se tenha
desfeito em favor do coadquirente há, no mínimo, cinco anos;
III - tenha propriedade de imóvel residencial havida por herança ou doação, em fração ideal
de até quarenta por cento, observada a regulamentação específica da fonte de recurso que tenha
financiado o imóvel;
VI - tenha nua propriedade de imóvel residencial gravado com cláusula de usufruto vitalício
e tenha renunciado ao usufruto;
VII - tenha tido o seu único imóvel perdido em razão de situação de emergência ou
calamidade formalmente reconhecida pelos órgãos competentes; e
§ 3º A subvenção econômica de que trata o caput poderá ser cumulativa com aquelas
concedidas por programas habitacionais de âmbito federal, estadual, distrital ou municipal e, ainda, com
financiamento habitacional com recursos do FGTS, observada regulamentação específica.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica aos contratos de financiamento firmados com
recursos do FGTS.
Art. 12. A participação dos agentes do Programa será regulamentada pelo Ministério das
Cidades, conforme a linha de atendimento, que poderá ser estabelecer instrumento contratual no qual
sejam estabelecidos direitos e obrigações entre os partícipes e sanções aplicáveis após o devido processo
administrativo, respeitados os princípios do contraditório e da ampla defesa.
§ 3º A malversação dos recursos do Programa pelos agentes, por culpa ou dolo, ensejará
a devolução do valor originalmente disponibilizado, acrescido de juros e de atualização monetária a serem
estabelecido em regulamento do Ministério das Cidades, sem prejuízo das penalidades previstas na
legislação.
§ 4º Os participantes privados que descumprirem normas ou, por meio de ato omissivo ou
comissivo, contribuírem para a aplicação indevida dos recursos poderão perder a possibilidade de atuar
no Programa, sem prejuízo do dever de ressarcimento dos danos causados e da incidência das demais
sanções civis, administrativas e penais aplicáveis.
II - aquisição de imóveis;
III - regularização fundiária urbana, nos termos do disposto na Lei nº 13.465, de 11 de julho
de 2017;
VI - requalificação de imóveis;
XVI - administração de obras sob gestão de entidade privada sem fins lucrativos; e
§ 3º A União poderá destinar bens imóveis a entidades privadas sem fins lucrativos para
oferta de benefícios habitacionais, dispensada autorização legislativa específica, desde que o
atendimento contemple prioritariamente famílias da Faixa Urbano 1 e observe o disposto na Lei nº 9.636,
de 15 de maio de 1998, e na regulamentação específica.
Art. 14. Na hipótese de destinação de imóvel da União de que trata o § 3º do art. 13, o
destinatário do imóvel poderá permitir a locação ou o arrendamento de parcela do imóvel não prevista
para uso habitacional, desde que o resultado auferido com a exploração da atividade econômica reverta-
se em benefício do empreendimento.
Art. 15. Na produção de unidades imobiliárias novas em áreas urbanas, sem prejuízo das
demais garantias obrigatórias exigidas na legislação, nos termos de regulamentação do Ministério das
Cidades, poderá ser exigida do empreendedor responsável pela construção a contratação de apólices, tais
como:
Art. 16. Os requisitos técnicos aplicáveis ao desenvolvimento dos projetos, das obras e dos
serviços serão objeto de regulamentação do Ministério das Cidades, respeitados os regulamentos
específicos de cada fonte de recursos e a necessária vinculação às linhas de atendimento, observados os
seguintes aspectos:
III - remuneração devida aos agentes operadores e financeiros para atuação no âmbito do
Programa, quando couber; e
IV - metas e formas de aferição de redução de gases de efeito estufa associada aos projetos
financiados.
II - critérios de habilitação de entidades privadas sem fins lucrativos para atuação nas linhas
de atendimento do Programa;
Art. 19. A Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 221. ....................................................................................................
.....................................................................................................................
..............................................................................................................” (NR)
Art. 20. A Lei nº 8.677, de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 5º .......................................................................................................
.....................................................................................................................
§ 4º-A Na falta da convocação para a reunião ordinária pelo Presidente, de que trata
o § 4º, qualquer um dos membros do Conselho Curador poderá fazê-lo, com antecedência
mínima de quinze dias.
............................................................................................................” (NR)
Art. 21. A Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
.........................................................................................................................
Art. 22. A Lei nº 10.188, de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º .......................................................................................................
.....................................................................................................................
§ 4º Os imóveis produzidos com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial
poderão ser destinados por cessão, doação, locação, comodato, arrendamento ou venda,
em contrato subsidiado ou não, total ou parcialmente, para pessoa física ou jurídica,
conforme regulamentação do Ministério das Cidades, sem prejuízo de outros negócios
jurídicos compatíveis, com prioridade para:
……....................................................................................……………..” (NR)
Art. 23. A Lei nº 11.977, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
§ 5º ............................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
“Art. 8º-A O Ministério das Cidades, nas situações enquadradas nos incisos VI e VII
do parágrafo único do art. 7º, deverá notificar, no prazo de sessenta dias, as instituições ou
agentes financeiros para:
.....................................................................................................................
..........................................................................................................” (NR)
.....................................................................................................................
.........................................................................................................” (NR)
.....................................................................................................................
“Art. 17-A. As instituições financeiras que atuem com crédito imobiliário autorizadas
a celebrar instrumentos particulares com caráter de escritura pública e os partícipes dos
contratos correspondentes poderão fazer uso das assinaturas eletrônicas nas modalidades
avançada e qualificada de que trata esta Lei.” (NR)
Art. 25. A Lei nº 14.382, de 27 de junho de 2022, passa a vigorar as seguintes alterações:
“Art. 6º .......................................................................................................
§ 1º .............................................................................................................
.....................................................................................................................
...........................................................................................................” (NR)
Art. 27. A partir da data de publicação desta Medida Provisória, todas as operações com
benefício de que trata o art. 3º integrarão o Programa Minha Casa, Minha Vida.
Art. 28. O Ministério das Cidades fica autorizado a convalidar atos administrativos
preparatórios de operações futuras, praticados sob a vigência da Lei nº 11.977, de 2009, e da Lei nº
14.118, de 2021.
Parágrafo único. O disposto nesta Medida Provisória poderá ser aplicado na convalidação
de que trata o caput, desde que em benefício da operação e que não colida com as diretrizes previstas no
art. 4º.
a) os § 2º e § 17 do art. 6º-A;
b) o art. 25.
Art. 30. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.