Fonseca MG DR Jabo Int
Fonseca MG DR Jabo Int
Fonseca MG DR Jabo Int
CÂMPUS DE JABOTICABAL
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
CÂMPUS DE JABOTICABAL
2018
Fonseca, Mayara Gonçalves
F676m Mangalarga Marchador : estudo morfométrico, cinemático e
genético da marcha batida e da marcha picada / Mayara Gonçalves
Fonseca. – – Jaboticabal, 2018
vii, 73 p. : il. ; 29 cm
CDU 619:636.082:636.1
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação – Diretoria
Técnica de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
Muito obrigada!
i
SUMÁRIO
Páginas
Cinemática ................................................................................................. 4
Morfometria ............................................................................................... 8
3. Referências ........................................................................................ 12
3. Resultados e discussão...................................................................... 23
4. Conclusões ......................................................................................... 39
5. Referências ........................................................................................ 40
Highlights .................................................................................................... 43
1. Introdução .......................................................................................... 43
4. Conclusões ......................................................................................... 50
5. Referências ........................................................................................ 50
Highlights .................................................................................................... 54
1. Introdução .......................................................................................... 54
3. Resultados ......................................................................................... 57
4. Discussão ........................................................................................... 60
5. Conclusão .......................................................................................... 62
Agradecimentos .......................................................................................... 62
6. Referências ........................................................................................ 63
APÊNDICES.............................................................................................................. 65
APÊNDICE A – PADRÃO DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR ........ 66
breed standard. Was found a relationship between the gait pattern and the different
genotypes of DMRT3 (AA or AC) in the MP of ridden MM horses. AC individuals had
lower diagonal advanced at lift-off and presented greater proportion of diagonal
supports and therefore appeared to present distribution of support phases closer to
that described as ideal in breed standard when compared to AA subjects. The GWAS
results revealed that, unlike the MP phenotype that is apparently determined by single
gene (DMRT3) in which the A allele of g.22999655C> A controls the characteristic, MB
seems to be controlled by a greater number of genes. It was concluded that
morphometry and genetic aspects interfere with the gait pattern of MB or MP
Mangalarga Marchador horses.
1. Introdução
2. Revisão de Literatura
Cinemática
Apesar do padrão atual ser mais detalhado que o primeiro ao descrever a sequência
de apoios desejada e as características ideais, as marchas batida e picada foram
englobadas em um mesmo grupo, sem definição de suas distinções. Dessa forma, a
classificação entre os dois tipos de marcha se torna subjetiva e sujeita à experiência
dos avaliadores. Avaliações cinemáticas são necessárias para quantificar essas
características descritas no Padrão, facilitando a avaliação zootécnica dos animais da
raça.
Morfometria
padrão de movimento dos equinos dessa raça, o que é essencial para orientar na
escolha de exemplares para competição e para seleção genética.
Entre as raças brasileiras genotipadas por Promerová et al. (2014) está a raça
MM. Dos 22 animais avaliados, apenas 5 apresentaram o genótipo AA e 10
apresentaram o genótipo AC. Nesse estudo, porém, não houve distinção entre os
animais que apresentavam marcha batida ou marcha picada, sendo considerados um
grupo único. A relação do alelo A do gene DMRT3 com os tipos de marcha (MB e MP)
na raça MM foi então descrita por Patterson, Staiger e Brooks (2015), que genotiparam
81 animais (marcha batida n=44 e marcha picada n=37). Os resultados desse trabalho
mostraram que os genótipos CC e AA estão associados aos tipos de marcha batida e
picada, respectivamente. O genótipo heterozigoto (AC) está presente tanto em
animais de marcha batida quanto de marcha picada. Entretanto, equinos de marcha
picada apresentaram maior proporção de heterozigotos.
3. Referências
ANDERSSON, L. S.; LARHAMMAR, M.; MEMIC, F.; WOOTZ, H.; SCHWOCHOW, D.;
RUBIN, G-J.; PATRA, K.; ARNASON, T.; WELBRING, L.; HJÄLM, G.; IMSLAND, F.;
PETERSEN, J. L.; MCCUE, M. E.; MICKELSON, J. R.; COTHRAN, G.; AHITUV, N.;
ROEPSTORFF, L.; MIKKO, S.; VALLSTEDT, A.; LINDGREN, G.; ANDERSSON, L.;
KULLANDER, K. Mutations in DMRT3 affect locomotion in horses and spinal circuit
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CABRAL, G. S.; ALMEIDA, F. Q.; QUIRINO, C. R.; PINTO, L. F. B.; SANTOS, E. M.;
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RICARD, A. Does heterozygosity at the DMRT3 gene make French trotters better
racers? Genetics Selection Evolution, v. 47, n. 10, p. 1-16, 2015.
1
Esse artigo foi escrito nas normas do periódico Journal of Equine Veterinary Science
no formato de “Regular Paper”.
18
1. Introdução
2. Material e Métodos
Após a afixação dos marcadores, uma câmera GoPro© HERO3+ Black Edition
foi posicionada em tripé a um metro de altura do solo e a cinco metros de distância do
cavalo. Foi capturada imagem do equino em posição quadrupedal (Figura 1) para
posterior avaliação utilizando a ferramenta de transferidor do programa Tracker©
versão 4.11.0. Avaliaram-se os seguintes variáveis morfométricas angulares,
conforme descrição de Santiago et al. [11]: I) Escápulo-solo (marcadores 4 e 5 em
relação à horizontal); II) Escapuloumeral (marcadores 4, 5 e 6); III) Umerorradial
22
3. Resultados e discussão
ACER 0,15 -0,04 0,17 0,05 -0,01 0,14 -0,18 -0,16 0,52* -0,17 0,19 -0,32 0,15 0,19 0,03
ADOR 0,09 -0,11 0,14 0,13 -0,13 0,04 -0,12 -0,16 0,50* -0,21 0,22 -0,32 0,29 0,16 0,18
AGAR -0,17 -0,23 -0,02 0,25 0,02 0,27 0,03 0,13 0,61* -0,16 0,35 -0,27 0,04 -0,11 -0,09
LPEI -0,30 -0,38* 0,01 0,37* -0,02 0,24 -0,05 -0,02 0,13 0,06 0,30 0,09 0,03 -0,17 -0,48
LGAR 0,03 -0,30 0,25 0,28 0,10 0,00 0,31 0,31 0,10 -0,16 0,18 -0,09 -0,22 -0,09 -0,21
CCAB 0,20 -0,20 0,34 0,19 0,06 0,05 0,28 0,11 0,19 -0,29 0,23 -0,26 -0,11 0,12 0,11
CPES 0,01 -0,25 0,24 0,26 0,11 0,25 -0,02 -0,18 0,09 -0,35 0,36 -0,29 0,34 0,27 0,08
CESP -0,05 -0,05 0,02 0,05 -0,21 0,01 -0,23 -0,09 0,47* 0,14 0,12 -0,06 0,14 -0,17 -0,09
CDOR -0,18 -0,13 -0,14 0,11 -0,01 0,04 0,20 0,30 0,36 0,08 -0,11 -0,37 -0,23 -0,14 -0,14
CGAR -0,23 -0,18 -0,12 0,16 0,33 0,23 0,27 0,46* 0,37* -0,17 0,21 0,08 -0,36 -0,23 -0,28
CCOR -0,29 -0,10 -0,24 0,10 -0,08 -0,06 0,05 0,20 0,11 0,06 0,16 0,11 -0,29 -0,22 -0,21
CBRA -0,10 -0,07 -0,07 0,08 -0,10 0,10 0,45* 0,22 0,39* 0,07 0,09 -0,02 -0,12 -0,33 0,03
CANT 0,36 0,01 0,36 0,00 -0,25 0,03 -0,09 -0,34 0,25 0,21 -0,04 -0,11 0,11 0,02 0,04
CCAT -0,19 -0,20 -0,09 0,19 -0,44* -0,26 -0,04 -0,28 0,03 0,10 -0,12 -0,02 0,54* 0,04 -0,05
CQT -0,28 -0,11 -0,19 0,11 -0,02 0,18 -0,22 -0,02 0,34 0,15 0,17 0,18 -0,02 -0,25 -0,18
CCOX -0,03 0,05 -0,06 -0,05 -0,05 0,05 -0,03 -0,10 -0,02 -0,15 0,09 -0,29 0,49* 0,15 -0,07
CPER -0,03 0,13 -0,17 -0,12 0,06 0,13 -0,42* -0,21 0,22 -0,02 0,07 -0,16 0,12 0,16 0,04
CCAP 0,02 -0,04 0,06 0,04 0,09 0,01 0,21 0,31 0,36 -0,31 0,06 -0,20 -0,10 0,04 0,25
CQP -0,40* -0,17 -0,30 0,18 -0,03 0,16 -0,04 0,16 0,36 0,16 0,13 0,19 -0,06 -0,37* -0,23
ÂESC 0,10 0,24 -0,11 -0,26 -0,20 -0,29 -0,06 -0,05 0,20 0,10 -0,53* 0,01 0,24 0,09 0,10
ÂEU -0,22 0,14 -0,37* -0,14 -0,29 -0,46* 0,07 0,15 -0,22 0,32 -0,63* 0,19 0,18 -0,19 0,01
ÂUR -0,17 0,16 -0,33 -0,17 -0,20 -0,24 0,13 0,32 -0,45* 0,24 -0,27 0,12 0,16 -0,34 -0,05
ÂMCF -0,35 -0,21 -0,18 0,24 0,20 0,03 -0,36 -0,20 0,05 -0,14 0,22 0,43* -0,13 0,12 0,06
ÂPEL 0,20 0,00 0,18 -0,01 -0,27 -0,31 0,31 0,05 0,03 0,11 -0,15 0,03 -0,18 -0,11 0,28
ÂCF -0,01 -0,02 0,05 0,03 0,11 0,00 0,27 0,16 -0,13 -0,03 -0,01 0,14 -0,09 -0,09 -0,11
ÂFT -0,05 -0,04 0,02 0,05 0,23 0,13 0,26 0,16 -0,18 -0,11 0,14 0,07 -0,13 -0,06 0,01
ÂTT -0,06 -0,20 0,17 0,20 -0,26 -0,23 -0,24 -0,15 -0,12 0,37* -0,14 0,20 -0,23 -0,16 -0,03
ÂMTF 0,04 0,17 -0,14 -0,16 0,31 0,29 -0,22 0,01 0,28 -0,35 0,19 -0,02 0,04 0,20 0,25
Características das passadas: VEL = velocidade, FREQ = frequência, COMP = comprimento, DUR =
duração, DID = dissociação diagonal de decolagem, DIAP = dissociação diagonal de apoio; Tipos de
apoio: QUA= quadrupedal, TRIT = tríplice torácico, TRIP = tríplice pélvico, DIAG = diagonal, LAT =
lateral, BI-P = bipedal pélvico, M-T = monopedal torácico, M-P = monopedal pélvico, SUS = suspensão.
Alturas: ACER = na cernelha, ADOR = no dorso, AGAR = na garupa, ACOS = de costado; Larguras:
LPEI = de peito, LGAR = de garupa; Comprimentos: CCAB = de cabeça, CPES = de pescoço, CESP =
de espádua, CDOR = de dorsolombo, CGAR = de garupa, CCOR = de corpo, CBRA = de braço, CANT
= de antebraço, CCAT = de canela torácica, CQT de quartela torácica, CCOX = de coxa, CPER = de
perna, CCAP = de canela pélvica, CQP = de quartela pélvica; Ângulos: ÂESC = escápula-solo, ÂEU =
escapuloumeral, ÂUR = umerorradial, ÂMCF = metacarpofalângico, ÂPEL = pelve-solo, ÂCF =
coxofemoral, ÂFT – femorotibial, ÂTT = tibiotarsicometatársico, ÂMTF = metatarsofalângico. * P ≤ 0,05.
36
Características das passadas: VEL = velocidade, FREQ = frequência, COMP = comprimento, DUR =
duração, DID = dissociação diagonal de decolagem, DIAP = dissociação diagonal de apoio; Tipos de
apoio: TRIT = tríplice torácico, TRIP = tríplice pélvico, DIAG = diagonal, LAT = lateral, M-T = monopedal
torácico, M-P = monopedal pélvico. Alturas: ACER = na cernelha, ADOR = no dorso, AGAR = na garupa,
ACOS = de costado; Larguras: LPEI = de peito, LGAR = de garupa; Comprimentos: CCAB = de cabeça,
CPES = de pescoço, CESP = de espádua, CDOR = de dorsolombo, CGAR = de garupa, CCOR = de
corpo, CBRA = de braço, CANT = de antebraço, CCAT = de canela torácica, CQT de quartela torácica,
CCOX = de coxa, CPER = de perna, CCAP = de canela pélvica, CQP = de quartela pélvica; Ângulos:
ÂESC = escápula-solo, ÂEU = escapuloumeral, ÂUR = umerorradial, ÂMCF = metacarpofalângico,
ÂPEL = pelve-solo, ÂCF = coxofemoral, ÂFT – femorotibial, ÂTT = tibiotarsicometatársico, ÂMTF =
metatarsofalângico. * P ≤ 0,05.
38
4. Conclusões
5. Referências
[1] Clayton H. The dynamic horse. A Biomechanical guide to equine movement and
performance, 1st ed. Mason: Sport Horse publications; 2004.
[3] Hussini CA, Wissdorf H, Nicoletti JLM. Variações da marcha em equinos da raça
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[8] Santiago JM, Rezende ASC, Fonseca MG, Abrantes RGP, Lage J, Lana AMQ.
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kinematics of a single foot marker in hoofed animals. Peer J 2015; 3:e783; DOI
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[11] Santiago JM, Rezende ASC, Lana AMQ, Fonseca MG, Abrantes RGP, Lage J,
Andrade JM, Resende TM. Comparação entre as medidas morfométricas de equinos
Mangalarga Marchador de marcha batida e marcha picada. Arq Bra Med Vet Zootec
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[12] Pinto LFB, de Almeida FQ, Quirino CR, de Azevedo PCN, Cabral GC, Santos EM,
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Mangalarga Marchador horses of marcha batida or picada gaits. J Animal Sci
2017;95:2488-95.
2
Esse artigo foi escrito nas normas do periódico Research in Veterinary Science no
formato “Short Communication”.
43
Highlights
1. Introdução
O gene DMRT3 (“doublesex and mab-3 related transcription factor 3”) é um dos
principais fatores genéticos relacionados ao padrão de locomoção dos equinos.
Recentemente, alguns estudos tentaram associá-lo a características biomecânicas,
determinadas por meio de inspeções visuais ou por classificações realizadas pelas
associações de raças. Tais estudos mostram que o alelo mutante (A) está presente
em frequência maior nas raças marchadoras (ou “gaited”) e naquelas selecionadas
para corridas de arreio (trotadores ou “pacers”), embora não seja o único responsável
44
2. Material e métodos
3. Resultados e Discussão
Os quatro ciclos de passada e os dois genótipos (AC e AA) não diferiram (P >
0,05) quanto à duração, comprimento, frequência e velocidade da passada. Os
valores de mediana (mínimo – máximo) gerais (considerando os quatro ciclos de
passadas e os dois genótipos) foram de 0,5057 (0,4406 – 0,5448) s, 1,79 (1,61 – 2,33)
m, 1,97 (1,80 – 2,29) passadas por segundo e 13,12 (10,85 – 14,71) km.h-1,
respectivamente. Os resultados da porcentagem de distribuição do tempo dos apoios
podem ser visualizados na Tabela 1, e as dissociações diagonais relativas de apoio e
de decolagem e duração da fase de apoio são mostradas na Tabela 2.
47
laterais. Isso seria indesejável ao andamento marcha picada, pois os apoios diagonais
devem ser maiores que os laterais (ABCCMM, 2000). Dessa forma, indivíduos AC
parecem apresentar distribuição de tempos de apoio mais próximo ao descrito como
ideal no padrão da raça quando comparados aos indivíduos AA. Sendo assim, pode
ser estratégico selecionar o genótipo AC em cavalos de marcha picada para
competição e reprodução. Esses resultados são similares a outros estudos, em que o
genótipo AA foi associado à qualidade inferior subjetiva dos andamentos passo, trote,
cânter e galope (Kristjansson et al., 2014; Jäderkvist Fegraues et al., 2015a,b).
4. Conclusões
5. Referências
ANDERSSON, L.S., LARHAMMAR, M., MEMIC, F., WOOTZ, H., SCHWOCHOW, D.,
RUBIN, G-J., PATRA, K., ARNASON, T., WELBRING, L., HJÄLM, G., IMSLAND, F.,
PETERSEN, J. L. MCCUE, M.E., MICKELSON, J.R., COTHRAN, G., AHITUV, N.,
ROEPSTORFF, L., MIKKO, S., VALLSTEDT, A., LINDGREN, G., ANDERSSON, L.,
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53
3
Esse artigo foi escrito nas normas do periódico Journal of Equine Veterinary Science
no formato de “Short Communication”.
54
Highlights
1. Introdução
2. Material e Métodos
3. Resultados
23
ECA 2,31
BIEC2_620109 22.967.656 A G Alel. 0,78/0,22 1/0
23 x10-7
4. Discussão
5. Conclusão
Agradecimentos
6. Referências
[4] Andersson LS, Larhammar M, Memic F, Wootz H, Schwochow D, Rubin G-J, et al.
Mutations in DMRT3 affect locomotion in horses and spinal circuit function in mice.
Nature 2012;488:642–6.
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APÊNDICES
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I - APARÊNCIA GERAL:
1 - Porte médio, ágil, estrutura forte e bem proporcionada, expressão vigorosa e sadia,
visualmente leve na aparência, pele fina e lisa, pelos finos, lisos e sedosos,
temperamento ativo e dócil.
2 - Altura: Para machos a ideal é de 1,52m, admitindo-se para o registro definitivo a
mínima de 1,47m e a máxima de 1,57m.
Para fêmeas a ideal é de 1,46m, admitindo-se para o registro definitivo a mínima de
1,40m e a máxima de 1,54m.
II - CABEÇA:
1 - Forma: triangular, bem delineada, média e harmoniosa, fronte larga e plana;
2 - Perfil: retilíneo na fronte e de retilíneo a sub-côncavo no chanfro;
3 - Olhos: afastados e expressivos, grandes, salientes, escuros e vivos, pálpebras
finas e flexíveis;
4 - Orelhas: médias, móveis, paralelas, bem implantadas, dirigidas para cima, de
preferência com as pontas ligeiramente voltadas para dentro;
5 - Garganta: larga e bem definida;
6 - Boca: de abertura média, lábios finos, móveis e firmes;
7 - Narinas: grandes, bem abertas e flexíveis;
8 - Ganachas: afastadas e descarnadas.
IV - PESCOÇO:
De forma piramidal, leve em sua aparência geral, proporcional, oblíquo, de
musculatura forte, apresentando equilíbrio e flexibilidade, com inserções
harmoniosas, sendo a do tronco no terço superior do peito, admitindo-se, nos machos,
ligeira convexidade na borda dorsal - como expressão de caráter sexual secundário -
crinas ralas, finas e sedosas.
V - TRONCO:
1 - Cernelha: bem definida, longa, proporcionando boa direção à borda dorsal do
pescoço;
2 - Peito: profundo, largo, musculoso e não saliente;
3 - Costelas: longas, arqueadas, possibilitando boa amplitude torácica;
4 - Dorso: de comprimento médio, reto, musculado, proporcional, harmoniosamente
ligado à cernelha e ao lombo;
5 - Lombo: curto, reto, proporcional, harmoniosamente ligado ao dorso e à garupa,
coberto por forte massa muscular;
6 - Ancas: simétricas, proporcionais e bem musculadas;
7 - Garupa: longa, proporcional, musculosa, levemente inclinada, com a tuberosidade
sacral pouco saliente e de altura não superior à da cernelha;
8 - Cauda: de inserção média, bem implantada, sabugo curto, firme, dirigido para
baixo, de preferência com a ponta ligeiramente voltada para cima quando o animal se
movimenta. Cerdas finas, ralas e sedosas.
VI - MEMBROS ANTERIORES:
1 - Espáduas: longas, largas, oblíquas, musculadas, bem implantadas, apresentando
amplitude de movimentos;
2 - Braços: longos, musculosos, bem articulados e oblíquos;
3 - Antebraços: longos, musculosos, bem articulados, retos e verticais;
4 - Joelhos: largos, bem articulados e na mesma vertical do antebraço;
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VIII - AÇÃO:
1 - Passo: andamento marchado, simétrico, de baixa velocidade, a quatro tempos,
com apoio alternado dos bípedes laterais e diagonais, sempre intercalados por tempo
de tríplice apoio.
Características ideais: regular, elástico, com ocorrência de sobrepegada; equilibrado,
com avanço sempre em diagonal e tempos de apoio dos bípedes diagonais pouco
maiores que laterais; suave movimento de báscula com o pescoço; boa flexibilidade
de articulações.
2 - Galope: andamento saltado, de velocidade média, assimétrico, a três tempos, cuja
sequência de apoios se inicia com um posterior, seguido do bípede diagonal colateral
(apoio simultâneo) e se completa com o anterior oposto.
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Características ideais: regular, justo, com boa impulsão, equilibrado, com nítido tempo
de suspensão, discreto movimento de báscula com o pescoço, boa flexibilidade de
articulações.
IX – ANDAMENTO:
Marcha batida ou picada – é o andamento natural, simétrico, a quatro tempos, com
apoios alternados dos bípedes laterais e diagonais, intercalados por momentos de
tríplice apoio.
Características ideais: regular, elástico, com ocorrência de sobrepegada ou
ultrapegada, equilibrado, com avanço sempre em diagonal e tempos de apoio dos
bípedes diagonais maiores que laterais, movimento discreto de anteriores,
descrevendo semicírculo visto de perfil, boa flexibilidade de articulações.
X - PONTOS DE DESCLASSIFICAÇÃO:
1 - EXPRESSÃO E CARACTERIZAÇÃO:
Quando se distingue da raça.
2 - DESPIGMENTAÇÃO:
2.1 - Pele (Albinismo)
3 - TEMPERAMENTO:
Vícios considerados graves e transmissíveis.
4 - ORELHAS:
Mal dirigidas (Acabanadas)
5 - PERFIL DA FRONTE:
Convexilíneo
6 - PERFIL DO CHANFRO:
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Convexilíneo ou concavilíneo
7 - LÁBIOS:
Com relaxamento das comissuras (belfo)
14 - ANDAMENTO:
14.1- Andadura
14.2- Trote
14.3- Marcha trotada
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