VM - 10 - Valores, Deveres e Ética Militares
VM - 10 - Valores, Deveres e Ética Militares
VM - 10 - Valores, Deveres e Ética Militares
ao
Boletim
do
Exército
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO
SEPARATA AO BE Nº 44/2016
COMANDANTE DO EXÉRCITO
PORTARIA Nº 1.392, DE 25 DE OUTUBRO DE 2016.
Art. 2º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pag.
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1. Finalidade..........................................................................................................................……… 4
2. Referências........................................................................................................................………. 4
3. Generalidades....................................................................................................................………. 5
CAPÍTULO II - VALORES MILITARES
- Patriotismo..........................................................................................................................……… 6
- Civismo...............................................................................................................................…….... 6
- Fé na missão do Exército....................................................................................................………. 7
- Amor à profissão.................................................................................................................………. 7
- Espírito de corpo.................................................................................................................………. 8
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1. FINALIDADE
2. REFERÊNCIAS
b. Lei nº 6.880, de 4 de dezembro de 1980, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares (E1-80);
c. Portaria nº 012-DEP, de 12 de maio 1998, que aprova a Conceituação dos Atributos da Área
Afetiva;
d. Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002, que aprova o Regulamento Disciplinar do Exército (R-
4);
b. Esse documento, por ser didático e de fácil entendimento, deve ser utilizado, também, como
subsídio para os comandantes de OM, em suas alocuções nas solenidades e formaturas diárias; nas
instruções voltadas para a área afetiva e para os conteúdos atitudinais; na avaliação das propostas de
concessão das honrarias; e eventos cívico-militares, em especial do seu cerimonial militar.
A CARREIRA MILITAR
“A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples emprego, uma
ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que nos condiciona e autolimita até o fim. Ela não nos
exige as horas de trabalho da lei, mas todas as horas da vida, nos impondo também nossos destinos. A
farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que adere à
própria alma, irreversivelmente para sempre.” (General Octavio Costa)
CAPÍTULO II
VALORES MILITARES
Patriotismo
Civismo
Fé na missão do Exército
Amor à profissão
Espírito de corpo
Aprimoramento técnico-profissional
(Fonte: Art. 27 do Estatuto dos Militares)
soberania;
integridade territorial;
unidade nacional; e
paz social.
o dever militar; e
“servir à Pátria”; e
Cultuar:
os Símbolos Nacionais;
Amar o Exército.
defender a Pátria;
“O Exército do presente é o mesmo povo em armas do passado: o braço forte que garante a, soberania
a mão amiga que ampara nos momentos difíceis.” (Autor desconhecido)
entusiasmo;
motivação profissional;
consciência profissional;
Separata ao Boletim do Exército nº 44, de 4 de novembro de 2016. - 7
espírito de sacrifício;
É orgulhar-se:
do Exército Brasileiro;
da sua profissão;
de seus companheiros.
O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus integrantes.
Exteriorizar esse valor por meio de: canções militares, gritos de guerra e lemas evocativos; uso de
distintivos e condecorações regulamentares; irretocável apresentação e, em especial, do culto aos valores e
às tradições de sua Organização.
Um exército moderno, operacional e eficiente exige de seus integrantes, cada vez mais, uma elevada
capacitação profissional.
“Por mais que evoluam a arte da guerra, a tecnologia das armas e a sofisticação dos equipamentos, a
eficácia de um exército dependerá, cada vez mais, de seus recursos humanos. Soldados adestrados,
motivados e bem liderados continuarão sendo o fator decisivo para a vitória.” (Autor desconhecido)
Há coisas na vida que foram feitas mais para serem sentidas do que explicadas.
Pode-se perguntar:
“Que tipo de estímulo o leva a entregar-se aos sacrifícios sem a contrapartida de maior recompensa
senão o de sentir-se realizado com a missão bem cumprida?”
Ou então:
“O que o leva a saltar de paraquedas, escalar montanhas, embrenhar-se na selva e na caatinga, cruzar
os pantanais, vadear os rios e atravessar os pampas, indo a toda parte que a Pátria lhe ordenar, sem
reclamar de nada?"
Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos morais e jurídicos que ligam o militar à
Pátria e à Instituição.
Dever moral é o que se caracteriza por ser voluntariamente assumido, havendo ou não imposição legal
para o seu cumprimento.
Dever legal é o imposto por leis, regulamentos, normas, manuais, diretrizes, ordens, etc.
a fé no destino do país; e
“... heróis a lutar, por um Brasil maior, na paz como na guerra, honrando as tradições de nossa terra.”
(canção da Academia Militar das Agulhas Negras).
O culto aos Símbolos Nacionais, em especial à Bandeira e ao Hino, é expressão básica de civismo e
dever de todos os militares.
O culto à Bandeira Nacional é exteriorizado, normalmente, mediante: honras e sinais de respeito a ela
prestados nas solenidades; o tradicional cerimonial de Guarda-Bandeira; a sua posição de destaque nos
desfiles; o seu hasteamento diário nas nossas Organizações Militares e, também, o modo de guardá-la
quando não estiver em uso.
O respeito ao Hino Nacional é traduzido: pelas honras que lhe são prestadas nas solenidades
militares; pelo seu canto, com grande entusiasmo e também pela postura que o militar toma quando ouve
os seus acordes.
(Hino à Bandeira)
É honrar o solene juramento de cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver
subordinado.
Resista com seu Pelotão, na defesa desse ponto forte, por duas horas, pois é o tempo da nossa
Companhia chegar em reforço.
A missão tem que ser cumprida a qualquer custo. Alguma dúvida?
Tenente:
- Não senhor. Asseguro-lhe que a missão será cumprida.
(Duas horas depois)
Capitão:
- Seu Pelotão resistiu bravamente. Parabéns pela missão bem cumprida. A Companhia está assumindo
a Zona de Ação a partir de agora!
- “Brasil!”
Tenente:
- "Acima de tudo!”
(Diálogo em combate)
Trato do subordinado com bondade, dignidade, urbanidade, justiça e educação, sem comprometer a
disciplina e a hierarquia.
Incentivo ao exercício da liderança autêntica que privilegie a persuasão em lugar da coação e que seja
conquistada não pelo paternalismo, mas pela competência profissional, aliada à firmeza de propósitos e à
serenidade nas atitudes.
Não confundir rigor com mau trato, nem bondade com “bom-mocismo”.
(Compromisso militar)
14 - Separata ao Boletim do Exército nº 44, de 4 de setembro de 2016.
“A vocação é a fonte de todas as virtudes militares”.
CAPÍTULO IV
ÉTICA MILITAR
É o conjunto de regras ou padrões que levam o militar a agir de acordo com o sentimento do dever, a
honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe.
Sentimento do Dever
Honra Pessoal
Pundonor Militar
Decoro da Classe
II - Exercer, com autoridade e eficiência, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo.
IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades a que
estiver subordinado.
V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados.
VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da missão comum.
XV - Conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar.
XVI - Abster-se de fazer uso do grau hierárquico para obter facilidades pessoais de qualquer natureza
ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros.
XVII - Abster-se do uso das designações hierárquicas em atividades que venham a comprometer o bom
nome das Forças Armadas.
A violação dos deveres, valores e ética militares constitui, normalmente, crime ou transgressão
disciplinar e é fator impeditivo para a concessão de condecorações.
“Os povos que desdenham as virtudes e não se preparam para uma eficaz defesa do seu território, de
seus direitos e de sua honra, expõem-se às investidas dos mais fortes e aos danos e humilhações
consequentes da derrota.” (Barão do Rio Branco)