Lei 11-2011

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2388 Diário da República, 1.ª série — N.

º 80 — 26 de Abril de 2011

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA GPS entre centros de inspecção, excepto nos concelhos


com mais de 150 000 eleitores e menos de 300 000 elei-
tores, caso em que a distância mínima deverá ser de 5 km
Lei n.º 11/2011
medidos em linha recta por pontos de coordenadas GPS
de 26 de Abril entre centros de inspecção, e nos concelhos com mais de
300 000 eleitores, caso em que a distância mínima deverá
Estabelece o regime jurídico de acesso e de permanência na activi- ser de 2,5 km medidos em linha recta por pontos de coor-
dade de inspecção técnica de veículos a motor e seus reboques denadas GPS entre centros de inspecção.
e o regime de funcionamento dos centros de inspecção e revoga
o Decreto-Lei n.º 550/99, de 15 de Dezembro.
CAPÍTULO II
A Assembleia da República decreta, nos termos da
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Acesso e permanência na actividade de inspecção
técnica de veículos
CAPÍTULO I Artigo 3.º
Disposições gerais Direito ao exercício da actividade de inspecção de veículos

Artigo 1.º 1 — A actividade de inspecção de veículos só pode


ser exercida por entidades gestoras que, na sequência de
Objecto celebração de um contrato administrativo de gestão com o
1 — A presente lei estabelece o regime jurídico de Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P.
acesso e de permanência na actividade de inspecção téc- (IMTT, I. P.), adquiram o direito ao respectivo exercício,
nica de veículos a motor e seus reboques e o regime de em centros de inspecção aprovados nos termos do ar-
funcionamento dos centros de inspecção. tigo 14.º, e em conformidade com o disposto na presente lei.
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior, 2 — Para os efeitos do disposto no número anterior,
entende-se por: entende-se por «entidade gestora de centro de inspec-
ção» a pessoa singular ou colectiva que, na sequência da
a) «Actividade de inspecção» o conjunto de acções e celebração de um contrato de gestão, é titular do direito
de procedimentos necessários ao controlo técnico e de ao exercício da actividade de inspecção de veículos nos
segurança dos veículos a motor e seus reboques, com termos da presente lei.
observância das disposições técnicas e regulamentares
aplicáveis; Artigo 4.º
b) «Centro de inspecção técnica de veículos» ou «centro
Acesso e permanência na actividade de inspecção
de inspecção» o estabelecimento constituído pelo conjunto
formado pelo terreno, edifício, área de estacionamento, 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 2.º, o acesso e a
equipamentos e meios técnicos onde é exercida a actividade permanência na actividade de inspecção técnica de veícu-
de inspecção técnica de veículos. los dependem da verificação das condições de capacidade
técnica e de idoneidade da entidade gestora fixadas nos
Artigo 2.º números seguintes.
Instalação de centros
2 — A capacidade técnica é analisada em função de:

A actividade de inspecção técnica de veículos a motor a) Recursos humanos, designadamente os inspectores,


e seus reboques pode ser exercida por qualquer pes- o director da qualidade, o director técnico e o gestor res-
soa, singular ou colectiva, que cumpra o disposto na ponsável perante o IMTT, I. P., nos termos da presente lei;
presente lei, devendo a abertura de novos centros de b) Recursos tecnológicos e equipamentos, nos termos
inspecção respeitar, obrigatoriamente, todos os critérios definidos em portaria do membro do Governo responsável
seguintes: pelo sector dos transportes.

a) Pode ser autorizada a abertura de novos centros de 3 — Só podem ser entidades gestoras de centro de ins-
inspecção técnica de veículos em qualquer concelho com pecção as pessoas singulares ou colectivas que não se en-
mais de 30 000 eleitores inscritos desde que o rácio entre o contrem em nenhuma das situações referidas no artigo 55.º
número de centros de inspecção já existentes ou aprovados do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-
nos termos do artigo 14.º e o número de eleitores inscritos -Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, com a redacção dada
no concelho em causa não exceda um centro de inspecção pelo Decreto-Lei n.º 278/2009, de 2 de Outubro.
por cada 30 000 eleitores inscritos; 4 — Para comprovação da inexistência do impedimento
b) Pode também ser autorizada a abertura de um centro constante da alínea e) do artigo 55.º do Código dos Contra-
de inspecção em qualquer concelho com um número de tos Públicos, podem as entidades interessadas requerer que
eleitores inscritos inferior a 30 000 desde que no conce- a apresentação da respectiva certidão seja dispensada, nos
lho em causa e nos concelhos limítrofes não exista nem termos do Decreto-Lei n.º 114/2007, de 19 de Abril.
esteja aprovado nos termos do artigo 14.º nenhum centro 5 — Para efeitos de comprovação da capacidade téc-
de inspecção; nica o interessado apresenta, perante o IMTT, I. P., um
c) Não poderão ser autorizados novos centros de inspec- projecto de centro de inspecção técnica de veículos, donde
ção em localizações cuja distância a centros de inspecção constem as respectivas características técnicas, incluindo
já existentes ou aprovados nos termos do artigo 14.º e localização e respectivos acessos, instalações, circulação e
situados dentro dos limites do concelho seja inferior a sinalização, equipamentos, organização, recursos humanos
10 km medidos em linha recta por pontos de coordenadas e certidão emitida pela respectiva câmara municipal com-
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provativa de que o local reúne as condições necessárias b) Candidaturas para centro de inspecção que se situe a
para instalação de um centro de inspecção. maior distância de centro de inspecção já existente ou já
6 — Para os efeitos do disposto no presente artigo, aprovado nos termos do artigo 14.º, medida em linha recta
entende-se por: por pontos de coordenadas GPS, dos centros geográficos
dos respectivos terrenos;
a) «Director da qualidade» o técnico nomeado pela en- c) Subsistindo igualdade de condições das candidatu-
tidade gestora para gerir o sistema de gestão da qualidade; ras, após a aplicação dos critérios definidos nas alíneas a)
b) «Director técnico» o técnico nomeado pela entidade e b), de acordo com a data de apresentação das candi-
gestora para assegurar o cumprimento de toda a regula- daturas.
mentação técnica aplicável à actividade de inspecção de
veículos a motor e seus reboques; 6 — A decisão sobre as candidaturas é proferida pelo
c) «Gestor responsável» o técnico nomeado pela enti- IMTT, I. P., no prazo de 90 dias a contar da respectiva
dade gestora responsável perante o IMTT, I. P., por todas apresentação, sob pena de indeferimento.
as matérias relacionadas com o contrato; 7 — As candidaturas são rejeitadas quando:
d) «Inspector» o técnico devidamente habilitado pelo
IMTT, I. P., para o exercício da actividade profissional de a) Não reunirem as condições de capacidade técnica e
inspecção técnica de veículos a motor e seus reboques. de idoneidade referidas nos n.os 4 e 5 do artigo 4.º;
b) Não respeitarem os critérios e os limites referidos
Artigo 5.º nos artigos 2.º e 5.º da presente lei.
Limites à instalação de centros de inspecção
8 — O contrato de gestão regulado no capítulo seguinte
Sem prejuízo do disposto no artigo 2.º da presente lei, é celebrado no prazo de 10 dias após a decisão de apro-
das leis e dos regulamentos aplicáveis em matéria de con- vação.
corrência, comunitários e nacionais, nenhuma entidade 9 — O IMTT, I. P., publicita e mantém actualizados
gestora, individualmente ou mediante participação directa no respectivo sítio da Internet o mapa dos centros de ins-
ou indirecta noutras entidades, pode exercer a actividade pecção em funcionamento, os centros aprovados em cada
de inspecção em mais de 30 % dos centros de inspecção concelho ao abrigo do artigo 14.º e as candidaturas em
em funcionamento numa mesma região, considerando-se apreciação, num prazo máximo de vinte e quatro horas
para este efeito as matrizes de delimitação geográfica da após a sua apresentação, com a respectiva data de entrada
Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatís- e localização proposta.
ticos, de Nível II (NUTS II), estabelecidas no Decreto-Lei
n.º 46/89, de 15 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei Artigo 7.º
n.º 244/2002, de 5 de Novembro. Início da actividade

Artigo 6.º A actividade de inspecção de veículos só pode ser ini-


ciada após a aprovação do centro de inspecção nos termos
Procedimentos prévios à celebração dos contratos de gestão
do artigo 14.º, com excepção dos centros de inspecção
1 — A celebração de contratos administrativos de gestão existentes à data de entrada em vigor da presente lei.
para abertura de novos centros de inspecção é realizada
através de procedimento iniciado a pedido do interessado. Artigo 8.º
2 — Podem apresentar candidaturas todas as entidades
Deveres da entidade gestora
que reúnam as condições de capacidade técnica e de idonei-
dade enunciadas no artigo 4.º desde que estejam cumpridos 1 — Compete à entidade gestora no exercício da sua
os critérios e os requisitos referidos nos artigos 2.º e 5.º actividade:
3 — As candidaturas são apresentadas por requerimento
do interessado dirigido ao IMTT, I. P., e instruídas com a) Gerir e supervisionar a actividade de inspecção de
os documentos de comprovação das condições de capa- veículos;
cidade técnica e de idoneidade referidas nos n.os 4 e 5 do b) Cobrar tarifas pelos serviços prestados;
artigo 4.º, bem como com uma declaração comprovativa c) Manter as infra-estruturas, equipamentos e siste-
do cumprimento do artigo 5.º mas de informação em bom estado de funcionamento
4 — Após a apresentação da primeira candidatura para e assegurar o regular funcionamento do centro de ins-
um determinado concelho, só podem ser apresentadas pecção;
outras candidaturas para o mesmo concelho nos 30 dias d) Cumprir todas as disposições legais, contratuais, re-
subsequentes, findos os quais todas são apreciadas pelo gulamentares e técnicas relativas ao exercício da actividade
seu mérito. e à inspecção de veículos;
5 — No caso de terem sido apresentadas várias candi- e) Facultar ao IMTT, I. P., e às entidades fiscalizadoras
daturas para determinado concelho, todas cumprindo os e de investigação a entrada nas suas instalações e o acesso
requisitos referidos na presente lei, a sua ordenação com aos seus sistemas informáticos, sem quaisquer restrições
vista a seleccionar a ou as entidades com que se celebram no tocante às actividades de inspecção de veículos, bem
os contratos de gestão em causa atende aos seguintes cri- como fornecer-lhes as informações e os apoios que por
térios sucessivos: aquelas entidades lhe sejam solicitados;
f) Manter o quadro de pessoal e assegurar a sua formação
a) Candidaturas para centro de inspecção que preste ao contínua e o aperfeiçoamento técnico;
utente o conjunto de serviços de inspecção de veículos mais g) Manter acreditada a actividade de inspecção reali-
alargado em termos de tipos de inspecção e categorias de zada num centro de inspecção, pelo Instituto Português de
veículos a inspeccionar; Acreditação, I. P. (IPAC, I. P.)
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2 — No exercício da actividade de inspecção, a entidade salvo se tal acreditação não for obtida por motivos não
gestora e o pessoal ao seu serviço devem ainda: imputáveis à entidade gestora.
a) Usar de isenção no desempenho da actividade de
inspecção técnica de veículos; Artigo 10.º
b) Cumprir todas as disposições legais, regulamentares Cessão da posição contratual ou subcontratação
e técnicas relativas ao exercício da actividade de inspecção da gestão do centro de inspecção
de veículos, bem como as normas de segurança, higiene e 1 — A cessão da posição contratual da entidade ges-
saúde nos locais de trabalho; tora e a subcontratação da gestão do centro de inspecção
c) Manter o centro de inspecção em condições de reali- ficam sujeitas a autorização do conselho directivo do
zar inspecções durante o horário de funcionamento; IMTT, I. P., a qual depende do cumprimento pelo ces-
d) Assegurar a manutenção, a calibração, o controlo sionário ou subcontratado das condições previstas nos
metrológico e o normal funcionamento dos equipamentos artigos 4.º e 5.º
de inspecção; 2 — A autorização deve ser emitida no prazo de 45 dias
e) Assegurar que não sejam realizadas inspecções em a contar do pedido de autorização, sob pena de indeferi-
número superior aos limites legais estabelecidos por ins- mento.
pector.
Artigo 11.º
3 — Para os efeitos do disposto no presente artigo,
Prazo
entende-se por «acreditação» a actividade efectuada pelo
organismo nacional de acreditação na acepção dada pelo 1 — O contrato é celebrado pelo prazo de 10 anos,
Regulamento (CE) n.º 765/2008, do Parlamento Europeu prorrogável por iguais períodos, desde que se mantenham
e do Conselho, de 9 de Julho. as condições a que se referem os artigos 4.º e 5.º
2 — A prorrogação do contrato é requerida pela entidade
gestora ao IMTT, I. P., com a antecedência de seis meses
CAPÍTULO III relativamente ao termo do contrato, mediante a apresen-
Regime do contrato de gestão tação de requerimento instruído com todos os documentos
comprovativos da verificação das condições e dos requi-
Artigo 9.º sitos previstos no número anterior.
Contrato Artigo 12.º
1 — O contrato de gestão, cuja minuta é aprovada e Cessação do contrato
publicitada pelo IMTT, I. P., tem por objecto a atribuição
do direito e a definição dos termos e das condições de exer- 1 — São causas de cessação do contrato:
cício da actividade de inspecção de veículos e de gestão de a) A caducidade;
centro de inspecção, bem como a delegação do exercício b) O acordo entre as partes;
do poder público de inspecção de veículos nos termos da c) A resolução.
alínea g) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 44/2005,
de 23 de Fevereiro, que altera o Código da Estrada. 2 — Sem prejuízo de outras causas previstas na lei, o
2 — Do contrato devem constar, designadamente: IMTT, I. P., pode resolver o contrato, nos seguintes casos:
a) O tipo de centro de inspecção e a sua caracterização, a) Quando haja lugar a incumprimento, nos termos do
incluindo localização, acessos, instalações, equipamentos, artigo 333.º do Código dos Contratos Públicos;
organização e recursos humanos, de acordo com o projecto b) Em caso da não manutenção das condições de
referido no n.º 5 do artigo 4.º; capacidade técnica e de idoneidade previstas no ar-
b) Os procedimentos de articulação com o IMTT, I. P.; tigo 4.º;
c) A contrapartida financeira, referida no número se- c) Por violação do disposto no artigo 5.º;
guinte, que reverte para o IMTT, I. P.; d) Quando haja incumprimento dos deveres a que a en-
d) As condições de exercício de outras actividades nos tidade gestora está obrigada, designadamente os previstos
centros de inspecção; no artigo 8.º;
e) O prazo e as condições de prorrogação do contrato; e) Quando seja anulada ou suspensa a acreditação por
f) As sanções por incumprimento contratual. motivos imputáveis à entidade gestora;
f) Pela falta de autorização prevista no artigo 10.º;
3 — A contrapartida financeira a que se refere a alínea c) g) Pela falta das autorizações previstas nos n.os 2 e 3
do número anterior é de 5 % da tarifa de cada inspecção do artigo 16.º;
realizada, fixada nos termos do artigo 21.º h) Quando sejam efectuadas alterações aos centros de
4 — O contrato caduca: inspecção não aprovadas, nos termos do artigo 15.º;
i) Em caso de suspensão cautelar de uma linha ou do
a) Se a entidade gestora não assegurar a aprovação do centro pela terceira vez no período de dois anos civis;
centro de inspecção, nos termos do artigo 14.º, no prazo j) Quando tenha sido aplicada a sanção acessória de
de um ano a contar da celebração do contrato; interdição do exercício da actividade;
b) Se o pedido de acreditação, ou de alterações do âm- l) Por motivo de interesse público, devidamente fun-
bito de acreditação, não for concedido no prazo máximo de damentado, caso em que a entidade gestora tem direito a
um ano contado a partir da data de início da actividade de indemnização determinada nos termos do artigo 334.º do
inspecção ou após aprovação de alterações pelo IMTT, I. P., Código dos Contratos Públicos.
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3 — A resolução do contrato nos termos do número e os documentos a apresentar para efeitos de aprovação
anterior é precedida da audição da entidade gestora e, dos centros de inspecção e suas alterações.
quando aplicável, pela concessão de um prazo, de 30 dias, 5 — Os requisitos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 2
para que cesse o incumprimento e sejam restabelecidas as do artigo 4.º são de verificação permanente, devendo a
condições para o exercício da actividade. falta de qualquer deles ser suprida no prazo de 30 dias, sob
4 — Sem prejuízo de outras causas previstas na lei, a pena de aplicação das sanções administrativas previstas no
entidade gestora pode resolver o contrato nos casos e nos artigo 25.º e ou de resolução do contrato de gestão.
termos previstos no artigo 332.º do Código dos Contratos
Públicos. Artigo 15.º
Alterações nos centros de inspecção
CAPÍTULO IV 1 — Quaisquer alterações que impliquem o alargamento
Funcionamento dos centros de inspecção ou a redução do âmbito da actividade dos centros de ins-
pecção ou a mudança de instalações, incluindo a instalação
Artigo 13.º de novas linhas, dependem de aprovação do respectivo
projecto pelo IMTT, I. P., sem prejuízo do disposto no n.º 6.
Centros de inspecção 2 — Para efeito do número anterior, entende-se por «li-
1 — Os centros de inspecção são classificados de acordo nha» o espaço físico equipado com meios necessários para
com o tipo de inspecções que realizam, numa das catego- a realização integral de uma inspecção sem haver necessi-
rias seguintes: dade de manobras para o posicionamento do veículo.
3 — As alterações não podem diminuir as condições de
a) Categoria A — centros de inspecção onde se realizam segurança nem constituir risco para a saúde e a higiene do
as inspecções para verificação periódica das características pessoal do centro de inspecção ou dos seus utilizadores,
e condições de segurança dos veículos; devendo ser encerradas as instalações sempre que tais
b) Categoria B — centros de inspecção onde se realizam condições não possam ser garantidas.
todos os tipos de inspecção a veículos, nomeadamente as 4 — Não pode ser autorizada a mudança de instalações
inspecções para aprovação do respectivo modelo, para quando daí resulte violação do disposto nos artigos 2.º e 5.º
atribuição de matrícula, para aprovação de alteração de 5 — As alterações referidas no n.º 1 devem constituir
características constitutivas ou funcionais, para verifica- pedido de alteração do âmbito de acreditação.
ção periódica das suas características e das condições de 6 — As entidades gestoras que, nos termos da pre-
segurança. sente lei, adquiram o direito ao exercício da actividade
de inspecção de veículos não podem requerer a redução
2 — Nos centros de inspecção podem ser realizadas do âmbito da actividade ou a mudança de instalações dos
inspecções facultativas, por iniciativa dos proprietários, novos centros de inspecção durante o período de duração
para verificação das características ou das condições de do primeiro contrato.
segurança de veículos.
3 — Nos centros de inspecção não podem ser realiza- Artigo 16.º
das outras actividades, salvo as previstas no contrato ou Interrupção da actividade
expressamente autorizadas pelo IMTT, I. P.
1 — A interrupção da actividade de um centro de ins-
Artigo 14.º pecção deve ser de imediato publicitada aos utilizadores,
através de publicação em sítio da Internet e mediante afi-
Aprovação dos centros de inspecção xação em local acessível ao público, e comunicada ao
1 — A aprovação dos centros de inspecção compete IMTT, I. P., indicando expressamente o motivo justifica-
ao IMTT, I. P., e depende, nomeadamente, dos seguintes tivo de tal encerramento, bem como a data previsível de
elementos: reabertura.
2 — As interrupções superiores a 10 dias ficam sujei-
a) Vistoria a realizar pelo IMTT, I. P., para verificação tas a autorização, a emitir pelo IMTT, I. P., no prazo de
do cumprimento dos requisitos referidos na alínea b) do 48 horas, após comunicação, considerando-se tacitamente
n.º 2 do artigo 4.º e da execução do projecto constante deferido quando ultrapassado aquele prazo.
do contrato de gestão referido na alínea a) do n.º 2 do 3 — O reinício da actividade do centro de inspecção, no
artigo 9.º; caso previsto no número anterior, fica sujeito a prévia au-
b) Apresentação de comprovativo, emitido pelo IPAC, I. P., torização do IMTT, I. P., a ser emitida no prazo de 10 dias
de que estão reunidas as condições documentais necessárias sob pena de deferimento tácito.
para avançar com as fases subsequentes de avaliação do
pedido de acreditação. Artigo 17.º
Período de funcionamento dos centros de inspecção
2 — O IMTT, I. P., dispõe do prazo de 60 dias para
efectuar a vistoria solicitada pela entidade gestora. 1 — O período de funcionamento do centro de inspec-
3 — Se a vistoria não for realizada, a entidade gestora ção, ou qualquer alteração ao mesmo, deve ser comunicado
fica obrigada a entregar termo de responsabilidade assinado ao IMTT, I. P., publicitado em sítio da Internet e afixado
pelo gestor responsável, pelo director de qualidade e pelo em local acessível ao público.
director técnico do centro, no prazo de 15 dias, sob pena 2 — Não pode ser recusado sem causa justificativa
de caducidade do contrato. qualquer pedido de inspecção obrigatória de veículo den-
4 — Sem prejuízo do disposto no n.º 1, o conselho di- tro do período normal de funcionamento do centro de
rectivo do IMTT, I. P., define o procedimento a observar inspecção.
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CAPÍTULO V a) Um director da qualidade, responsável pela acredi-


tação;
Pessoal técnico dos centros de inspecção b) Um director técnico em permanência em cada centro
de veículos de inspecção, responsável pelo cumprimento das dispo-
sições legais, técnicas e procedimentais, relativas às ins-
Artigo 18.º pecções de veículos.
Inspectores
4 — O director da qualidade e o director técnico devem
1 — A inspecção de veículos só pode ser realizada por possuir bacharelato ou licenciatura na área da mecânica,
inspectores certificados pelo IMTT, I. P. nomeadamente em engenharia mecânica, engenharia au-
2 — O número mínimo de inspectores por centro de tomóvel ou similar ou possuir experiência comprovada
inspecção não pode ser inferior a dois e a cada linha em no exercício efectivo desses cargos de pelo menos seis
funcionamento corresponde um inspector, podendo um anos.
destes ser o director técnico do centro de inspecção. 5 — As funções de gestor responsável perante o IMTT, I. P.,
3 — No caso dos centros de inspecção da categoria B, de director técnico do centro de inspecção e de director da
ao número mínimo de inspectores a que se refere o nú- qualidade podem ser acumuladas se a entidade gestora possuir
mero anterior é acrescido um inspector qualificado para a apenas um centro de inspecção.
respectiva área complementar, entendendo-se esta como 6 — As funções de director da qualidade e de gestor
a zona específica dos centros de inspecção da categoria B responsável perante o IMTT, I. P., podem ser acumuladas.
destinada à realização de ensaios não incluídos nas ins- 7 — Nas faltas e nos impedimentos do director técnico,
pecções periódicas. a sociedade gestora deve designar um substituto de entre
4 — Nos centros com áreas destinadas exclusivamente os inspectores.
a inspecção de motociclos, de ciclomotores, de triciclos e 8 — A designação do director técnico, bem como a do
de quadriciclos, as inspecções podem ser realizadas pelos seu substituto, é nominal, devendo ser afixada na área de
inspectores afectos às linhas de inspecção. recepção para conhecimento dos utilizadores e comunicada
5 — Cada inspector só pode realizar diariamente, no ao IMTT, I. P., no prazo de 48 horas.
seu período normal de trabalho, um número máximo de 9 — O director técnico que tenha exercido o cargo num
inspecções a definir pela portaria a que se refere a alínea b) centro de inspecção cujo contrato tenha sido resolvido, nos
do n.º 2 artigo 4.º termos do artigo 12.º, em virtude de incumprimento pela
6 — As condições de acesso, de formação e de avalia- entidade gestora das suas obrigações legais ou contratuais,
ção dos inspectores e emissão de certificado de inspector não pode ser designado para o mesmo cargo noutro cen-
são as definidas no Decreto-Lei n.º 258/2003, de 21 de tro durante um período de dois anos, no caso de ficar
Outubro. demonstrado no procedimento de resolução do contrato
que o mesmo foi responsável por factos que determinaram
Artigo 19.º essa resolução.
Deveres dos inspectores
Constituem deveres dos inspectores: CAPÍTULO VI
a) Desempenhar as suas funções com isenção; Inspecção de veículos
b) Cumprir todas as normas legais, regulamentares e
técnicas relativas à inspecção de veículos; Artigo 21.º
c) Esclarecer os utilizadores sobre os fundamentos téc-
nicos do resultado da inspecção, nomeadamente sobre as Tarifas
consequências das deficiências; 1 — As tarifas das inspecções e das reinspecções são
d) Usar de urbanidade na sua relação com os utiliza- de valor fixo, estabelecido em função do tipo de inspec-
dores. ção e da categoria do veículo, actualizadas anualmente
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
Artigo 20.º áreas da modernização administrativa, da economia e pelo
sector dos transportes.
Responsáveis pela actividade de inspecção de veículos
2 — As tarifas são adequadamente publicitadas, desig-
1 — A entidade gestora deve ter um gestor responsável nadamente, através de afixação nos centros de inspecção,
perante o IMTT, I. P., por todas as matérias relacionadas em local de fácil acesso ao público e nos termos do n.º 1
com o contrato e pelo cumprimento das normas em vigor do artigo 33.º
aplicáveis à actividade de inspecção de veículos, designa-
damente as previstas no Decreto-Lei n.º 554/99, de 16 de Artigo 22.º
Dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 107/2002, de
Processamento da informação
16 de Abril, 109/2004, de 12 de Maio, 136/2008, de 21 de
Julho, e 112/2009, de 18 de Maio, e pela Lei n.º 46/2010, 1 — A informação não nominativa relativa às inspec-
de 7 de Setembro. ções deve ser processada informaticamente, devendo
2 — Caso a entidade gestora seja titular de mais de manter-se actualizados todos os dados relativos aos veí-
um centro de inspecção, ao gestor responsável perante o culos inspeccionados, donde constem, designadamente,
IMTT, I. P., compete também a coordenação e a harmo- o tipo de inspecção, a matrícula, o número de quadro, a
nização da actividade de inspecção de todos os centros. data, o resultado e a validade de cada inspecção efectuada,
3 — A entidade gestora de centro de inspecção deve ter bem como os elementos que se mostrem relevantes para
em efectividade de funções: o esclarecimento das decisões tomadas.
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2 — Por deliberação do conselho directivo do IMTT, I. P., 4 — O resultado da repetição da inspecção a um veículo
são fixadas as estruturas de dados, as normas técnicas a que integrada numa acção de fiscalização prevalece sobre o
as mesmas devem obedecer e a periodicidade de transmis- resultado das observações e das verificações anteriormente
são da informação ou a forma de lhes aceder. feitas.
3 — Todos os dados são confidenciais, não podendo 5 — Para a realização das suas competências, o IMTT, I. P.,
as entidades gestoras fazer deles qualquer uso para fins fica autorizado a recorrer à colaboração de outras entidades
comerciais, salvo para informar sobre prazos e periodici- públicas, nos termos legais.
dade das inspecções.
4 — O IMTT, I. P., tem acesso ao sistema de informa- Artigo 25.º
ção dos centros de inspecção tendo em vista o seu acom-
Suspensão cautelar
panhamento, o seu controlo e a sua fiscalização e pode
exigir às entidades gestoras a disponibilização e o acesso 1 — No âmbito de uma acção de fiscalização pode ser
às informações necessárias ao esclarecimento do resultado determinada a suspensão cautelar da actividade de um
das inspecções e da transmissão de dados. centro de inspecção quando se verificar que não se mantêm
5 — Todos os elementos relativos às inspecções devem os requisitos de capacidade técnica de acesso à actividade,
ser conservados por um período mínimo de dois anos, bem como os requisitos técnicos necessários ao funciona-
devendo as entidades gestoras dispor de arquivo próprio mento do centro, nos seguintes casos:
para o efeito.
6 — O sistema de informação deve obedecer aos re- a) O centro de inspecção não disponha do número mí-
quisitos exigidos pela legislação de protecção de dados nimo de inspectores estabelecido no artigo 18.º;
pessoais, assegurando-se a privacidade dos cidadãos e b) Os equipamentos de inspecção não se encontrem
dos seus dados. disponíveis, operacionais ou não tenham sido submetidos
às verificações metrológicas legalmente previstas;
c) Os equipamentos de inspecção não se encontrem
Artigo 23.º
calibrados ou forneçam resultados incorrectos devido a
Incompatibilidades anomalia ou a deficiente manutenção;
As entidades gestoras não podem inspeccionar, nos d) A informação relativa a inspecções não seja proces-
centros de inspecção onde exerçam a actividade, veí- sada ou transmitida nos termos previstos no artigo 22.º,
culos que: salvo por motivos não imputáveis à entidade gestora.

a) Sejam da propriedade dos sócios, dos gerentes ou 2 — A suspensão a que se refere o número anterior pode
dos administradores, das entidades gestoras de centros abranger todo o centro de inspecção, uma ou mais linhas ou
de inspecção, dos directores, dos responsáveis técnicos áreas de inspecção, consoante as irregularidades detectadas.
e demais pessoal ao seu serviço ou que por estes tenham 3 — A suspensão cautelar referida no presente arti-
sido comercializados, fabricados ou reparados; go deve ser confirmada ou levantada, no prazo máximo
b) Sejam da propriedade ou tenham sido comercializa- de três dias úteis após o seu decretamento, por decisão do
dos, fabricados ou reparados por empresas que detenham conselho directivo do IMTT, I. P., face ao relatório ela-
participações nas entidades gestoras; borado pelos técnicos de fiscalização e ouvida a entidade
c) Sejam detidos em regime de contrato de aluguer, de gestora, considerando-se levantada a suspensão se não
locação financeira ou de outro regime que legitime a posse houver decisão naquele prazo.
do veículo, pelas pessoas singulares ou colectivas a que se 4 — Confirmada a suspensão cautelar nos termos do
referem as alíneas anteriores. número anterior, a entidade gestora só pode requerer ao
IMTT, I. P., autorização para reinício da actividade após
preenchimento dos requisitos em falta, que deve ocorrer no
CAPÍTULO VII prazo de 30 dias úteis imediatamente após a confirmação
Fiscalização e regime contra-ordenacional da suspensão cautelar.
5 — Se a entidade gestora do centro de inspecção não
Artigo 24.º proceder às alterações necessárias no prazo estipulado no
número anterior, há fundamento para a resolução do con-
Fiscalização trato, salvo por motivos que não lhe sejam imputáveis.
1 — A fiscalização do cumprimento das obrigações no
âmbito da actividade de inspecções de veículos, de acordo Artigo 26.º
com o disposto na presente lei, na regulamentação comple- Contra-ordenações
mentar e no contrato de gestão, cabe ao IMTT, I. P.
2 — As entidades gestoras, através dos seus representan- 1 — O exercício da actividade de inspecção técnica de
tes, dos directores técnicos dos centros de inspecção, dos veículos por entidade que não disponha de contrato válido
inspectores e demais pessoal, devem prestar aos técnicos para o efeito, nos termos do artigo 9.º, é punível com coima
do IMTT, I. P., em funções de fiscalização, o apoio neces- de € 1500 a € 3740 ou de € 10 000 a € 30 000, consoante
sário ao exercício das suas funções e todas as informações se trate de pessoa singular ou colectiva.
por estes solicitadas para o efeito, facultando-lhes, ainda, 2 — Constituem contra-ordenações, imputáveis à enti-
o livre acesso às instalações, aos equipamentos e aos res- dade gestora e puníveis com coima de € 1500 a € 3740 ou
pectivos procedimentos. de € 4000 a € 12 000, consoante se trate de pessoa singular
3 — No âmbito da fiscalização a que se referem os nú- ou colectiva:
meros anteriores, pode ser repetida a inspecção a qualquer a) A continuação do exercício da actividade quando
veículo, ficando o proprietário do veículo inspeccionado tenha havido alteração aos centros de inspecção sem a
obrigado a nova inspecção. aprovação a que se refere o artigo 15.º;
2394 Diário da República, 1.ª série — N.º 80 — 26 de Abril de 2011

b) A continuação do exercício da actividade quando te- 3 — A interdição do exercício da actividade e a sus-


nha havido suspensão cautelar ou revogação da aprovação pensão do certificado de inspector têm a duração máxima
do centro de inspecção; de dois anos.
c) A realização de inspecções a veículos em incumpri-
mento do disposto no artigo 23.º Artigo 28.º
Instrução do processo e aplicação das coimas
3 — Constituem contra-ordenações, imputáveis à enti-
dade gestora e puníveis com coima de € 1000 a € 3000 ou 1 — A instrução dos processos por contra-ordenações
de € 2000 a € 6000, consoante se trate de pessoa singular previstas na presente lei compete ao IMTT, I. P.
ou colectiva: 2 — A aplicação das coimas previstas na presente lei é
da competência do conselho directivo do IMTT, I. P.
a) A recusa de inspecção em incumprimento do disposto
no n.º 2 do artigo 17.º; Artigo 29.º
b) O exercício da actividade de inspecção com inspec-
tores não certificados ou em incumprimento do disposto Produto das coimas
no artigo 18.º; A afectação do produto das coimas faz-se da forma
c) O exercício da actividade de inspecção em incum- seguinte:
primento do disposto no artigo 20.º;
d) O exercício de outras actividades nos centros de a) 60 % para o Estado;
inspecção sem autorização; b) 40 % para o IMTT, I. P.
e) A cobrança de tarifas em valor inferior ou superior
ao fixado nos termos do artigo 21.º;
f) O incumprimento dos deveres a que se refere o n.º 1 CAPÍTULO VIII
do artigo 8.º; Disposições finais e transitórias
g) O não processamento da informação em conformi-
dade com o disposto no artigo 22.º Artigo 30.º
4 — Constitui contra-ordenação imputável ao director Requisição civil de centros de inspecção
técnico, punível com coima de € 1000 a € 3000, o incum- Os centros de inspecção e respectivos trabalhadores
primento dos deveres a que se refere o n.º 2 do artigo 8.º podem ser objecto de requisição civil, nas condições pre-
5 — Constituem contra-ordenações imputáveis aos ins- vistas na lei.
pectores de veículos:
a) O incumprimento dos deveres a que se refere o ar- Artigo 31.º
tigo 19.º, puníveis com coima de € 750 a € 2000; Livro de reclamações
b) A não anotação ou a classificação incorrecta, na ficha
de inspecção, de deficiências do tipo 2 ou 3, conforme Os centros de inspecção de veículos devem possuir livro
previsto nas normas regulamentares sobre classificação de reclamações, nos termos do Decreto-Lei n.º 156/2005, de
de deficiências de veículos, punível com coima de € 600 15 de Setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 371/2007,
a € 2000. de 6 de Novembro, 118/2009, de 19 de Maio, e 317/2009,
de 30 de Outubro.
6 — Constitui contra-ordenação imputável ao apresen-
tante do veículo a inspecção, punível com coima de € 250 Artigo 32.º
a € 500, a recusa de repetição de inspecção a que se refere Desmaterialização de actos e procedimentos
o n.º 3 do artigo 24.º
7 — A aplicação das contra-ordenações previstas no 1 — Todos os pedidos, comunicações e notificações
presente artigo não prejudica a responsabilidade civil e entre o IMTT, I. P., as entidades gestoras, os centros de
criminal a que houver lugar. inspecção ou os utilizadores destes são efectuados por
8 — A tentativa e a negligência são sempre puníveis, meios electrónicos, através da plataforma electrónica de
sendo os limites máximos e mínimos das coimas reduzidos informação do IMTT, I. P., referida no artigo seguinte.
a metade. 2 — Todos os procedimentos administrativos previs-
tos na presente lei para cuja instrução ou decisão final
Artigo 27.º seja legal ou regulamentarmente exigida a apresentação
de certidões ou declarações de entidades administrativas
Sanção acessória estão abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 114/2007, de 19
1 — Com a aplicação das coimas pelas infracções pre- de Abril.
vistas no n.º 1 do artigo 26.º e nas alíneas c) do n.º 2 e
b) e e) do n.º 3 do mesmo artigo pode ser decretada a Artigo 33.º
sanção acessória de interdição do exercício da actividade Plataforma electrónica de informação
desde que tenha havido anterior condenação pela prática
da mesma infracção. 1 — O IMTT, I. P., desenvolve e gere uma plataforma
2 — Pode ser decretada a sanção acessória de suspensão electrónica de informação da qual devem constar as se-
guintes matérias:
do certificado de inspector nas situações previstas no n.º 5
do artigo anterior se este tiver praticado cinco infracções a) Agendamento electrónico;
objecto de decisão sancionatória definitiva e estas tiverem b) Informação sobre a data limite da inspecção dos
ocorrido no decurso de dois anos consecutivos. veículos;
Diário da República, 1.ª série — N.º 80 — 26 de Abril de 2011 2395

c) Período de encerramento temporário dos centros de Artigo 37.º


inspecção técnica de veículos; Norma revogatória
d) Período de funcionamento de todos os centros de
inspecção técnica de veículos; 1 — São revogados:
e) Tabela de tarifas em vigor.
a) O Decreto-Lei n.º 550/99, de 15 de Dezembro;
b) Os n.os 1.º a 3.º, 12.º e 15.º a 41.º da Portaria n.º 1165/2000,
2 — A plataforma electrónica prevista no número an-
de 9 de Dezembro, bem como o seu anexo III.
terior deve estar disponível ao cidadão e às empresas, até
1 de Janeiro de 2012, sendo a sua execução definida nos
termos e condições a estabelecer por protocolo a celebrar 2 — As referências ao Decreto-Lei n.º 550/99, de 15 de
entre a Agência para a Modernização Administrativa, I. P., Dezembro, constantes das normas que se mantêm em vigor
e o IMTT, I. P. na Portaria n.º 1165/2000, de 9 de Dezembro, consideram-
3 — A plataforma electrónica de informação inclui uma -se feitas para as correspondentes disposições da presente
área de comunicação entre os centros de inspecção e o lei.
IMTT, I. P., bem como ligação acessível a partir do Portal
do Cidadão e do Portal da Empresa. Artigo 38.º
Entrada em vigor
Artigo 34.º
A presente lei entra em vigor 90 dias após a respectiva
Centros de inspecção existentes publicação.
1 — As entidades que, à data de entrada em vigor da Aprovada em 11 de Março de 2011.
presente lei, exercem a actividade de inspecção técnica de
veículos em centros de inspecção aprovados têm direito O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
a celebrar um contrato de gestão regulado no capítulo III Promulgada em 7 de Abril de 2011.
com o IMTT, I. P.
2 — A celebração do contrato a que se refere o número Publique-se.
anterior deve ocorrer no prazo máximo de dois anos a O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
contar da data de entrada em vigor da presente lei.
3 — Para efeitos de celebração dos contratos previstos Referendada em 8 de Abril de 2011.
no n.º 1, bem como nas respectivas renovações, não é tido O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
em conta o disposto nos artigos 2.º e 5.º da presente lei. de Sousa.
4 — As entidades a que se refere o n.º 1 podem requerer
a mudança de instalações num raio não superior a 5 km da
sua localização actual, medido em linha recta por pontos Resolução da Assembleia da República n.º 92/2011
de coordenadas GPS.
5 — Findo o prazo a que se refere o n.º 2 sem que tenha
sido celebrado o contrato, por motivo imputável às entidades Criação da Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega e medidas
urgentes para o Hospital de Chaves
autorizadas, caduca a autorização concedida, procedendo-
-se ao encerramento dos respectivos centros de inspecção. A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5
6 — Os responsáveis técnicos e os directores da qua- do artigo 166.º da Constituição da República, recomendar
lidade de centros de inspecção, já designados à data de
ao Governo que:
entrada em vigor da presente lei, podem continuar a exercer
esses cargos durante o período de duração do primeiro 1 — Crie a Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega,
contrato, na qualidade de director técnico e de director da na qual estejam integrados os diferentes estabelecimen-
qualidade, respectivamente. tos e serviços locais de saúde do Alto Tâmega (Unidade
Hospitalar de Chaves, Centros de Saúde dos municípios
Artigo 35.º de Boticas, Chaves, Montalegre e Valpaços, Unidades
de Cuidados Continuados e Sector Social de Saúde dos
Taxas
municípios citados), possuindo como área territorial de
1 — Por portaria conjunta dos membros do Governo influência a área do antigo Hospital Distrital de Chaves,
responsáveis pela área das finanças e dos transportes é que consubstancie as seguintes fases:
fixada a taxa pela apresentação e apreciação das candida-
turas à abertura de centros de inspecção. a) Constituição de uma comissão, no período má-
2 — As taxas a que se refere o número anterior, bem ximo de 30 dias, sob coordenação do Ministério da
como a comparticipação financeira prevista no n.º 3 do Saúde, e integrando representantes do conselho de
artigo 9.º, constituem receita própria da IMTT, I. P. administração do CHTMAD (um), do ACES do Alto
Tâmega e Barroso (um) e das Câmaras Municipais
Artigo 36.º do Alto Tâmega (seis), com o objectivo da criação
Regulamentação da Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega, com os
seguintes objectivos:
1 — A presente lei deve ser regulamentada no prazo de
60 dias após a sua entrada em vigor. i) Estudar e propor, no prazo máximo de 90 dias, a natu-
2 — Sem prejuízo do número anterior e até à publicação reza administrativa e financeira e os estatutos da Unidade
da referida regulamentação, aos requisitos estabelecidos Local de Saúde do Alto Tâmega;
na alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º aplicam-se os anexos I e ii) Estudar e propor, no prazo máximo de 90 dias, os
II da Portaria n.º 1165/2000, de 9 de Dezembro. níveis e conteúdos, que podem ser diversos, de articulação

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