anteprojetoABEMEC-nov2012
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PREFEITURA xxxxxx
I. Disposições Gerais
Art. 1º- A instalação, funcionamento, manutenção e emissão de laudo de inspeção de
aparelhos de transporte vertical no Município de Porto Alegre serão regidos pelas
disposições da presente Lei.
Art. 2º- São os seguintes os aparelhos de transporte vertical abrangidos por esta Lei:
1 - elevadores de passageiros;
2 - elevadores de carga;
3 - monta-cargas;
4 - esteiras transportadoras de passageiros;
5 - escadas rolantes;
6 - planos inclinados;
7 - elevadores residenciais unifamiliares;
8 - elevadores para garagem, com carga e descarga automática;
9 – elevador maca;
10 – plataforma de acessibilidade vertical ou inclinada;
11 – quaisquer equipamentos eletromecânicos de transporte vertical, destinados ao
transporte de pessoas ou para atender a acessibilidade de edificação pública ou privada;
12 - teleféricos;
PARÁGRAFO ÚNICO - Esta Lei não se aplica aos seguintes aparelhos:
1- guinchos usados em obras, para transporte de material;
2 - guindastes;
3 - empilhadeiras móveis;
4 - elevadores para canteiros de obras de construção civil;
5- pontes rolantes;
6 - pórticos;
7 - empilhadeiras fixas;
8 – esteiras de bagagem e de carga;
9 – elevadores de ônibus
10 - outros, não relacionados nos incisos 1a 12 do caput deste artigo.
Art 3º – A instalação, funcionamento, manutenção e emissão de laudo de inspeção dos
aparelhos de transporte vertical somente poderá ser executada por empresas e
profissionais devidamente registrados na Prefeitura.
§ 1º - O executivo municipal poderá estabelecer requisitos técnicos mínimos para efetivar
o registro das empresas e dos profissionais.
§ 2º - O registro dos profissionais fica limitado, conforme legislação profissional vigente,
aos engenheiros da área mecânica.
Art. 7º - O pedido de Alvará de Instalação deverá ser instruído com projeto executivo da
instalação do equipamento, contendo: memorial descritivo do tipo de equipamento e da(s)
norma(s) técnica(s) da ABNT atendida(s), demonstrativo do cálculo de tráfego conforme
norma técnica da ABNT, diagrama unifilar das instalações elétricas do equipamento,
plantas da instalação e ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – referente a
instalação de aparelho de transporte vertical.
§ 1º - Poderá o Executivo estabelecer a obrigatoriedade de apresentação de outros
documentos além daqueles relacionados neste artigo.
§ 2º - Juntamente com o Alvará de Instalação será fornecido o número de identificação de
registro, na Prefeitura, do aparelho de transporte vertical, o qual deverá ser identificado
em local visível no equipamento.
§3º A expedição do Alvará de Instalação fica condicionada ao pagamento da
correspondente Taxa de Licença de Instalação.
§4º Para os aparelhos de transporte vertical já instalados não é necessário o Alvará de
Instalação.
§5º O projeto executivo da instalação, a ser submetido à aprovação para emissão do
alvará, deve prever, quando aplicável, o atendimento dos requisitos de ACESSIBILIDADE
predial, conforme normas técnicas da ABNT adotadas oficialmente pela prefeitura.
Art. 9º - O pedido do Alvará de Funcionamento deverá ser instruído com a respectiva ART
de manutenção e conservação do aparelho de transporte vertical, identificando a empresa
conservadora e o profissional responsável técnico legalmente habilitado conforme
legislação profissional vigente.
§1º Nenhum aparelho de transporte vertical poderá funcionar sem assistência e
responsabilidade técnica de empresa conservadora e responsável técnico, registrados na
Prefeitura e no CREA-RS - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
do RS.
§2º A expedição do Alvará de Funcionamento fica condicionada ao pagamento da
correspondente Taxa de Licença, com validade de 12 (doze) meses.
§3º - O cancelamento da taxa somente poderá ocorrer, a pedido do proprietário, com a
definitiva desativação do aparelho de transporte, comprovada em regular processo
administrativo.
§4º - A paralisação temporária de aparelho de transporte não dispensa o proprietário do
pagamento da respectiva Taxa de Licença.
§5º - Em caso de substituição da empresa conservadora, o proprietário ou responsável
pelo edifício deverá solicitar um novo alvará de funcionamento.
§6º - A ART referente à conservação e manutenção do(s) aparelho(s) de transporte
vertical deverá estar com sua taxa paga quando da instrução do pedido do alvará de
funcionamento.
§7º - A ART referente à conservação e manutenção do(s) aparelho(s) de transporte
vertical poderá ser múltipla, respeitando as normas próprias definidas pelo CREA-RS.
Art. 10º - O Alvará de Funcionamento conterá uma ficha para registro da revisão mensal,
devendo o mesmo ser fixado junto aos aparelhos e à vista do público, sendo assinado
mensalmente pelo técnico da empresa responsável pela sua conservação e manutenção.
§1º - Em edifícios residenciais, que contenham portaria ou recepção, é facultada a guarda
do alvará de funcionamento junto a essas.
§2º - O Alvará de Funcionamento conterá, no mínimo, a denominação e endereço do
edifício, número de identificação de registro municipal do aparelho, sua capacidade, sua
velocidade, identificação da empresa conservadora com endereço e telefone, número da
ART e identificação do engenheiro responsável técnico, campo para registro da data da
revisão mensal, campo para registro da identificação e assinatura do técnico que
executou os serviços no respectivo mês.
§3º - O proprietário ou responsável pelo edifício deverá renovar o alvará de
funcionamento a cada 12(doze) meses.
§4º - A revisão mensal consiste nas atividades de conservação e manutenção dos
aparelhos de transporte vertical.
§5º - O município emitirá o Alvará de Funcionamento mediante solicitação do proprietário,
que deverá ser encaminhada em até 30 (trinta) dias antes do vencimento do Alvará
anterior, através de formulário eletrônico a ser regulamentado pelo poder executivo.
Art 12º - A conservação e manutenção dos aparelhos de transporte vertical deverá ser
executada no mínimo uma vez por mês (revisão mensal), sendo registrada em formulário
específico da empresa com identificação e assinatura do técnico que executou o serviço e
do proprietário ou responsável no edifício, sendo arquivada na empresa e entregue uma
cópia ao proprietário.
§1º - O formato do formulário pode ser arquivo eletrônico ou papel impresso.
§2º - O formulário deve conter o registro das principais atividades realizadas naquele mês,
a data e horário de início e término da manutenção, indicar a necessidade de reparos ou
substituição de peças e informar qualquer irregularidade verificada no equipamento.
§3º - O formulário preenchido e assinado deverá ser arquivado pela empresa
conservadora por período mínimo de 24(vinte e quatro) meses.
§4º - No caso de formulário eletrônico, a cópia do mesmo pode ser enviada ao cliente em
até 30(trinta) dias após a realização dos serviços, no caso de papel impresso, o formulário
preenchido pode deve ser entregue na conclusão dos serviços.
§5º - Qualquer irregularidade que comprometa a segurança dos usuários deverá ser
imediatamente informada ao proprietário e deverá ser desligado o equipamento, mantido
fora de uso até a regularização da situação de risco.
§6º - A realização da revisão mensal deverá ser registrada no campo específico do Alvará
de Funcionamento, com identificação da data de execução, nome e assinatura do técnico.
Art 14.º - Além das demais exigências a serem estabelecidas em regulamento, o registro
de empresas instaladoras ou conservadoras dependerá da indicação e do registro, junto à
Prefeitura, de engenheiro(s) responsável técnico, capacitado(s) e regularmente
habilitado(s), nos termos da legislação federal e das normas próprias expedidas pelo
CREA-RS.
§ 1º - Os engenheiros responderão solidariamente com as empresas instaladoras ou
conservadoras pelo cumprimento desta Lei, sendo passíveis das mesmas
responsabilidades e penalidades em que as empresas incorrerem em virtude de
infrações.
§ 2º - As empresas instaladoras ou conservadoras poderão ter mais de um engenheiro
responsável inscrito na Prefeitura, mas pela instalação ou conservação de cada aparelho
de transporte apenas um engenheiro responderá.
§ 3º - A indicação e identificação do engenheiro responsável técnico pela Instalação e
pela Conservação dos equipamentos serão através da emissão da ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica, identificando o proprietário, o(s) aparelho(s) de transporte
vertical, a empresa e o engenheiro responsável técnico.
§ 4º - A emissão da ART atenderá as normas estabelecidas pelo CREA-RS.
Art 18º - Para ser considerado engenheiro autônomo, o profissional em questão não
poderá ser responsável técnico pela instalação e/ou conservação de aparelhos de
transporte vertical e também não poderá ser responsável técnico por empresa de
instalação e/ou conservação de aparelhos de transporte vertical.
§ 1º - Para fins de verificação desta condição serão considerados os últimos 24(vinte e
quatro) meses de exercício profissional do engenheiro autônomo
Art 20º - O prazo máximo para obtenção do primeiro Laudo de Inspeção Periódica dos
aparelhos de transporte vertical deverá atender os prazos a seguir:
I – até seis(6) meses para edifícios públicos e escolas,
II – até doze (12) meses para edifícios com destinação comercial e mista,
III – até dezoito (18) meses para edifícios com destinação residencial,
VIII. Da responsabilidade
Art. 25º - Os proprietários dos aparelhos de transporte vertical são responsáveis:
1 - pela escolha e contratação de empresa legalmente habilitada e credenciada para
manter e conservar seus aparelhos de transporte vertical;
2 – pela autorização para que sejam procedidos os serviços de conservação e manutenção
corretiva e preventiva, ou serviços necessários de consertos, reparos e reformas que
dependam de seu consentimento expresso, usando, se necessário, serviços de assessoria
técnica de profissionais habilitados;
3 - pela interferência de pessoas e empresas não habilitadas e não registradas no Órgão
Municipal competente na manutenção e conservação de aparelho de transporte vertical,
ficando terminantemente proibida a intervenção de porteiros, zeladores e outras pessoas do
prédio nos mesmos, especialmente nas portas de pavimentos, utilizando-se de chave de
emergência;
4 - pelo uso indevido de casas de máquinas, caixas ou do próprio aparelho de transporte
vertical ou pela sua não manutenção em condições adequadas para as finalidades;
5 - pela não comunicação ao Órgão Municipal competente da falta de cumprimento, pela
empresa responsável pela Instalação e/ou manutenção/conservação do aparelho de
transporte vertical, de suas obrigações contratuais ou regras desta Lei;
6 - pela obtenção do laudo técnico de inspeção periódica dos aparelhos de transporte
vertical, podendo escolher e contratar a própria empresa responsável pela manutenção e
conservação do equipamento ou engenheiro autônomo.
7 - pelos danos causados a terceiros, quando permitirem que os aparelhos de transporte
vertical funcionem sem responsabilidade de empresa instaladora ou conservadora
registrada no Órgão Municipal competente e/ou quando permitirem interferência de
terceiros sem anuência da empresa responsável pela manutenção do aparelho de
transporte vertical.
8 - pela alteração das condições de acesso ao aparelho de transporte vertical que dificultem
a sua manutenção ou a liberação de passageiros presos em seu interior.;
9 – pela comunicação ao Órgão Municipal competente da ocorrência de acidente
envolvendo o aparelho de transporte vertical, podendo delegar esta comunicação à
empresa responsável pela manutenção e conservação do equipamento;
10 – pela imediata paralisação do aparelho de transporte vertical quando da ocorrência de
acidente, independente da existência de danos materiais e/ou pessoais;
11 – pela obtenção do Alvará de Instalação do aparelho de transporte vertical, quando
referente a novos equipamentos;
12 – pela obtenção do Alvará de Funcionamento do aparelho de transporte vertical;
Art 27º - Pela infração ao disposto na presente Lei, serão aplicáveis ao proprietário as
seguintes multas:
Infração Multa
1- Falta de Alvará de Instalação ou de Conservação. ................ 3 UFM
2 - Permissão de Instalação ou conservação de aparelho de transporte 3 UFM
por empresas não registradas na Prefeitura...............
3 - Utilização Indevida de aparelho de transporte. ................. 3 UFM
4 - Funcionamento de aparelho de transporte sem ascensoristas (ou 1 UFM
operador) nos casos em que tal é obrigatório............
5 - Permissão de instalação ou funcionamento de aparelho de transporte 3 a 7 UFM,
desprovido de adequadas condições de segurança......... dependendo da
gravidade da
falta
6 - Paralisação injustificada de aparelho de transporte, por mais de 36 3 UFM
horas.....................................................
7 - Desrespeito a auto de interdição ou embargo de aparelho de 10 UFM
transporte........................................................
Art 29º - A qualquer outra infração a dispositivos legais ou regulamentares, não indicada
expressamente nos artigos 27º e 28º, corresponderá multa de 1 (uma) UFM, renovável,
na persistência da falta a cada 30 (trinta) dias, e aplicável em dobro nas reincidências.
§1º - As multas, quando for o caso, serão aplicadas em relação a cada aparelho de
transporte.
§ 2º - Nas reincidências as multas serão aplicadas em dobro.
§ 3º - Na persistência da infração, as multas serão renovadas a cada 30 (trinta) dias,
exceto na hipótese do inciso VII do artigo 27º, e do inciso VIII do artigo 28º, em que a
renovação será diária.
X. Disposições Finais
Art 32º - A observância do disposto nesta Lei não desobriga os responsáveis do
cumprimento de quaisquer outras disposições legais ou regulamentares.
Art 33º - Esta Lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.