Aglomeracao Desaguamento e Tratamento Unidade III
Aglomeracao Desaguamento e Tratamento Unidade III
Aglomeracao Desaguamento e Tratamento Unidade III
E TRATAMENTO
UNIDADE III
DESAGUAMENTO
Elaboração
Cristiane Oliveira de Carvalho
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
DESAGUAMENTO.................................................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 1
MECANISMO DE DESAGUAMENTO........................................................................................................................................ 6
CAPÍTULO 2
ESPESSAMENTO.......................................................................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 3
DIMENSIONAMENTO DOS ESPESSADORES..................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................19
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DESAGUAMENTO UNIDADE III
Objetivos da Unidade
» Entender o processo desaguamento.
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CAPÍTULO 1
MECANISMO DE DESAGUAMENTO
Essa mesma referência ressalta que diversos equipamentos são utilizados para a operação
de desaguamento, e, entre eles, estão:
» classificadores espirais;
» cones desaguadores;
» ciclones desaguadores;
» centrífugas;
» espessadores;
» filtros a vácuo.
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DESAGUAMENTO | UNIDADE III
Figura 18. Equipamentos citados de acordo com o tamanho da partícula que será separada.
Prensas de
Tubo
Movimento Pressão alta
circular
Alimentação Pressão média
Filtros de Pressão
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UNIDADE III | DESAGUAMENTO
Luz et al. (2010) descrevem alguns fatores que devem ser ponderados em uma operação
de separação sólido-líquido.
Capacidade desejada
O equipamento utilizado em separação sólido-líquido precisa ser selecionado de acordo
com a capacidade de processo desejada.
O parecer pela operação unitária mais adequada a ser usada no processo está vinculado
também aos dispêndios operacionais. Relacionando os custos operacionais, os espessadores
têm uma maior vantagem sobre os filtros, pois seu custo operacional é baixo e não
necessitam de grande demanda operacional e de manutenção, apesar de ocuparem
extensas áreas na instalação.
Ainda é importante ressaltar que, quanto mais finas são as partículas presentes na
polpa a ser beneficiada, menores serão a capacidade e a eficiência na separação, e mais
limitada será a seleção do equipamento.
Além disso, deve-se atentar para a distribuição de tamanho de partículas com uma
menor faixa de partículas ultrafinas. Estas são mais simples de serem tratadas do que
as que são dotadas de distribuição mais ampla.
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DESAGUAMENTO | UNIDADE III
Para esse caso, é possível citar como exemplo as polpas do minério de ferro, que, por
causa da granulometria grossa e da alta densidade do minério, aglomeram-se no fundo
dos espessadores, dificultando a remoção.
Se é preciso realizar a floculação das partículas, vale ressaltar que polpas que possuem
uma concentração de sólido alta não exibem comportamento exemplar sobre a floculação;
já aquelas polpas que são mais diluídas possibilitam uma floculação mais eficaz, com
flocos que são mais fácies de sedimentar e também de realizar o desaguamento.
A título de exemplo, é possível citar uma planta de lavagem de finos de carvão com alta
concentração de sólidos na polpa, impossibilitando o processo de floculação das partículas,
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UNIDADE III | DESAGUAMENTO
Esse problema pode ser resolvido com diluição da polpa antes do processo de floculação,
usando o líquido clarificado do próprio espessador.
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CAPÍTULO 2
ESPESSAMENTO
Luz et al. (2010) esclarecem que a sedimentação é um dos processos fundamentados nas
diferenças entre as densidades dos compostos que estão presentes em uma suspensão.
Nesse processo de separação sólido-líquido, ocorre a eliminação das partículas que estão
na corrente líquida pela atividade do campo gravitacional, promovendo baixo dispêndio
e trivialidade operacional.
» executar a recuperação de água para reciclo na indústria – nos dias atuais, grande
parte dos espessadores de concentrado e de rejeito utilizado;
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UNIDADE III | DESAGUAMENTO
Chaves (2004), Luz et al. (2010) e Orsine (2014) esclarecem que o espessamento é
processo que foi concebido fundamentado na análise de sedimentação de partículas
sólidas em polpas diluídas, baseando-se nos ensaios em tubos longos ou curtos que
apresentam graduação.
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DESAGUAMENTO | UNIDADE III
Quando começa o teste, o tempo é igual a zero (t=0), a polpa se encontra homogênea, e a
concentração de sólidos é uniforme em todos os pontos presentes na proveta. Decorrido
algum tempo, as partículas dotadas de maiores dimensões iniciam a sedimentação
formando uma camada delgada de sólidos no fundo da proveta.
Essa camada delgada é composta por partículas mais pesadas e com grande velocidade
de sedimentação e é conhecida como região de compactação (RC).
Por sua vez, as partículas mais finas se sedimentam mais vagarosamente e não têm
nenhuma interação (somente existe a resistência da fase líquida), concebendo a região
intermediária, chamada de região de sedimentação livre (RSL), em que a concentração
de sólidos é constante.
Espessadores
Conforme Chaves (2004), os espessadores são formados basicamente de um tanque
cilíndrico-cônico. A alimentação desses equipamentos é realizada pelo centro da superfície
interior, em poço de alimentação.
A sedimentação das partículas sólidas acontece, e estas são removidas pelo fundo, no
ápice da porção cônica (undeflow). Já o líquido sobrenadante (fase clarificada) excede
e derrama, sendo apanhado pela calha que envolve o tanque (overflow).
A estrutura apresentada acima ainda possui um rastelo (rake) que conduz os sólidos
sedimentados para o sistema de saída central.
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UNIDADE III | DESAGUAMENTO
Tubo de alimentação
Mecanismo de rotação
Poço de alimentação Canaleta do “overflow”
Região do líquido clarificado
Mecanismo
de raspagem da lama Região de sedimentação livre Descarga do líquido
clarificado ou “overflow’’
Rastelos, ancinhos ou
“rakes”
Região de Descarga da lama
compactação ou “underflow’’
» contínuo convencional;
» lamelas.
Orsine (2014) ainda afirma que, além dos três espessadores citados acima, existem:
» tipo pasta;
» bandeja;
» hidrosseparador.
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CAPÍTULO 3
DIMENSIONAMENTO DOS ESPESSADORES
Luz et al. (2010) afirma que, para dimensionar um espessador convencional e contínuo,
é necessário que realize o cálculo da sua altura e área transversal, e isso é fundamentado
em dados de operação de sedimentação em batelada. Portanto, a curva de sedimentação
que exibe a variação da altura da interface de sólidos com tempo apresenta dados
importantes ao projeto da unidade contínua, como:
» taxa de sedimentação;
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UNIDADE III | DESAGUAMENTO
Seção transversal
Para um espessador contínuo em operação, a região de líquido clarificado que não
possui sólidos pode ter o balanço de massa para as fases sólidas e líquida, conforme as
equações abaixo.
Balanço de massa
Sólido:
s Qa C a s QC s Qe C e , Eq. 3 e
L.C
LI
C e Eq. 4
Em que:
ρs: densidade da fase sólida;
Q: vazão de suspensão descendente;
c.: concentração volumétrica de sólidos;
L: altura de uma seção transversal;
“a” e “e” são subíndices relativos à alimentação e ao espessado.
Líquido:
f Qf 1 C f Qe 1 C e Eq. 5
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DESAGUAMENTO | UNIDADE III
𝐜𝐜𝐚𝐚 𝐙𝐙𝟎𝟎
Z0 Eq. 11 𝐜𝐜 =
𝐙𝐙𝐢𝐢
Zi 𝐙𝐙𝐢𝐢 𝐙𝐙𝟎𝟎
Eq. 12 𝐕𝐕 =
Z0 𝛉𝛉
Z Z
Figura 22. Simplificado de Biscaia Jr. (1982) apud Luz et al. (2010).
𝐿𝐿 𝑍𝑍0
Z0 Eq. 13 ( ) =
𝐴𝐴 𝑝𝑝𝑟𝑟𝑜𝑜𝑗𝑗 𝜃𝜃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
Zi
θmin tempo
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Altura do Espessador
O cálculo da altura do espessador deve ser realizado com a soma das zonas de espessamento:
H= H1+ H2+ H3 (LUZ et al., 2010; ROBERTO, 2018).
H1
H2
𝐜𝐜𝐚𝐚 𝐙𝐙𝟎𝟎
H3 𝐙𝐙𝐢𝐢
𝒕𝒕
H1: altura da região de líquido clarificado, que varia entre 0,45 a 0,75 m;
4 L a C a t s f
H2
Eq.14
3 As esp.
f
Em que:
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REFERÊNCIAS
CHAVES, Arthur Pinto. Teoria e prática do tratamento de minérios. 2 ed. São Paulo: Editora
Signus, 2004.
JANUZZI, Aércio. Análise da aglomeração a frio no processo Hps (hybrid pelletized sínter)
com ênfase nas matérias-primas envolvidas. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica e de
Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.
LARA, Ana Flávia Morais de. Espessamento e transporte de pasta mineral. Dissertação (Mestrado)
– Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2011.
LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 5ª edição. Rio de Janeiro:
CETEM/CNPq, 932p. 2010.
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Referências
VILELA NETO, Gil Ribeiro. Maximização do desaguamento dos rejeitos minerais gerados
pela concentração do minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica,
Materiais e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.
Referência Ilustrativa
Figura 3
Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/voce-sabe-o-que-e-pelotizacao.aspx.
Figura 4
Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/voce-sabe-o-que-e-pelotizacao.aspx.
Figura 25
Fonte: http://www.enobrasil.com.br/br/equipamento/11-5-1-filtro-rotativo-a-vacuo-sv.
Figura 28
Fonte: http://www.mausa.com.br/?pagina=produtos-detalhes&id=16.
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