167308-Texto Do Artigo-394951-1-10-20200303
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DE MÉTODOS E TÉCNICAS
Isaias Custódio*
SÍNTESE
A avaliação de Sistemas de Informação apresenta uma série de dificuldades, dado o conjunto de variáveis que deve ser levado em
conta para se caracterizar o valor de um sistema. Neste artigo é apresentada uma análise de quatro métodos de avaliação: valor eco-
nômico da informação, custo-benefício, custo-eficácia e percepção de valor.
Ao final, é analisado e discutido um modelo contingencial desenvolvido pelo autor para a seleção do método de avaliação mais
adequado, face à natureza do sistema, dos objetivos e do momento da avaliação.
Diante de uma situação em que existem vários cursos A partir da matriz apresentada é possível se situar os
de ação, o tomador de decisão tem que optar por um deles Sistemas de Informação da empresa, em termos de sua par-
ou uma combinação deles, em decorrência de certas limita- ticipação no processo gerencial e quanto ao tipo de decisão
ções ou restrições. que deve atender, com relação à informação a ser gerada.
a definição de sua participação no processo decisório, é a 4. A avaliação das inferéncias com respeito aos objetivos
seguinte: e metas da organização e escolha de um curso de ação
1. Uma fonte consistindo em atividades físicas e objetos 5. A tomada de uma decisão, levando à execução de um
que são relevantes à empresa curso de ação.
2. A observação, mensuração e registro de dados dessa Conforme a representação abaixo, o sistema poderá
fonte ser abrangente o máximo possível, incluindo todas as ati-
3. O estabelecimento de inferéncias e predições a partir vidades previstas ou apenas parte delas:
dos dados
PREDIÇÕES VALORES
FONTE DADOS E E AÇAO
1 INFERÉNCIAS ESCOLHAS
Se considerada dessa maneira, tal aplicação deveria Os sinais ou mensagens gerados pelos sistemas de in-
ser feita apenas após a determinação dos benefícios que tal formação procuram representar os vários estados ambien-
empreendimento poderia gerar para a empresa, em relação tais, de modo a permitir ao tomador de decisão escolher a
aos desembolsos incorridos para obter tais benefícios. melhor ação dentro do conjunto de ações disponíveis, isto
é, optar por aquela que apresenta melhor resultado ou ga-
Dentro dessa visão, um sistema somente merecerá
consideração se ele apresentar um saldo positivo de benefí- nho, em face dos estados ambientais identificados.
cios em relação aos custos, ou ainda, se apresentar uma ta- Dessa maneira, um sistema de informação procura
xa de benefícios/custos maior ou no mínimo igual a 1. transmitir ao tomador de decisão conhecimentos dos esta-
dos ambientais futuros. Este conhecimento é imperfeito,
Contudo, os argumentos mais comuns contra essa téc-
ou pode ser imperfeito, à medida que:
nica dizem respeito à dificuldade de se avaliar de maneira
quantitativa o maior benefício que um Sistema de Informa- a) A estrutura do sistema de informação falhe em diferen-
ção pode apresentar, que é a melhoria das decisões com ba- ciar os estados ambientais
4
se nas informações geradas. o) As mensagens geradas pelo sistema estejam sujeitas a
erros
A complexidade da avaliação dos Sistemas de Infor-
c) Todo o conjunto de atividades do sistema — voltado
mação pode ser atribuída às dificuldades na escolha de me-
para a coleta, processamento e disposição da mensagem
didas, à multiplicidade de interação de fatores que influen-
ao tomador de decisão — consome tempo
ciam os impactos desses sistemas, à inabilidade de se con-
d) Existe um hiato entre a tomada de lima decisão, isto é,
trolar alguns desses fatores e à variedade de critérios para se
a escolha de um ação, e a obtenção de seus resultados.
julgar esses impactos (Carlson, 1974).
Esta abordagem, apesar de ser eminentemente teóri-
Além da análise de custo-benefício existem outros
ca, permite uma visão integraiiva e abrangente das variá-
métodos e técnicas para se avaliar os Sistemas de Informa-
veis que afetam a avaliação de um Sistema de Informação.
ção. Um estudo aprofundado sobre eles pode ser encontra-
do em Custódio (1981).
Dentro desse espectro pode-se encontrar também Tal fato introduz um paradoxo na análise de custo-be-
os sistemas ditos processadores de transações como, por nefício: ela é feita para se decidir sobre o desenvolvimento
exemplo, um sistema de folha de pagamento, escritura- ou não de um sistema ou conjunto de sistemas. Contudo, a
ção fiscal etc. estimativa dos custos e até mesmo dos benefícios exige que
se faça um certo investimento prévio para se conceber um
Os benefícios gerados por tais sistemas podem ser sistema ou sistemas, até um determinado nível de análise
inferidos a partir dos reflexos diretos que apresentam no em que se possa obter esta estimativa (Radford, 1973).
Quando o sistema está dirigido para funções de con- Os erros na estimativa da vida útil, bem como no
trole operacional, pode ser também possível se obter uma comportamento do fluxo de custos e benefícios gerados
estimativa dos benefícios, através do resultado obtido com ao longo desse tempo, afetam a quantificação final dos ga-
base em ações tomadas sobre os ativos ou recursos da em- nhos líquidos a serem gerados pelo investimento.
presa, em termos de redução de quantidade, diminuição de Esta questão permite introduzir um outro ponto crí-
riscos com seu manuseio ou sua utilização mais eficiente. tico na condução de uma análise de custo-benefício, que é
Como não é possível aplicar, nesses casos, um valor a determinação de uma taxa de desconto a ser aplicada aos
específico às informações fornecidas pelo sistema, obtém- custos e benefícios gerados ao longo da vida útil do investi-
se um valor indireto ou um preço-sombra, a partir dos im- mento. A aplicação dessa taxa de desconto permite trazer
pactos que o sistema possa ter sobre o uso desses recursos os fluxos de custos e benefícios, avaUados monetariamente,
ou ativos. Uma redução nos prazos de entrega dos produtos a um valor atual.
a um cliente, decorrente de mudanças no sistema de expe- De acordo com King & Schrems (1978), a escolha de
dição, pode ser um exemplo típico. uma taxa de desconto para os custos e os benefícios deve
levar em conta o custo do capital para a empresa. No entan-
À medida que o uso das informações esteja menos
to, a determinação desse custo é extremamente difícil,
afeto ao processo operacional, fica mais complicada a ob-
conforme demonstra Horne (1974).
tenção daquele valor. Como atribuir, por exemplo, um va-
lor monetário a um benefício rotulado de melhoria na to- A escolha de uma taxa adequada é, portanto, uma
mada de decisão? Nestas circunstâncias, a saída tem sido a outra questão em aberto na aplicação da análise de custo-
de considerar tais benefícios como intangíveis. Os efeitos -benefício a Sistemas de Informação.
colaterais da decisão sobre outros fatores não diretamente
Uma vez identificados os custos e benefícios, e tam-
ligados a ela seriam considerados como "externalidades" e bém determinada a taxa de desconto.a ser utilizada, faz-se
mensurados à parte, necessária a adoção de um ou mais critérios de avaliação, os
Apesar da análise de custo-benefício procurar reduzir quais podem ser os seguintes: período de "cutoff", período
todos os seus fatores e valores monetários, seja através de de "pay back", método do valor atual, taxa interna de re-
fixação de preços de mercado ou ainda com o uso de preço- torno, taxa de benefício-custo.
-sombra dos custos e benefícios gerados por um projeto, Um confronto entre os conceitos aplicados à análise
existem situações em que essa tangibilidade se torna prati- de custo-benefício, segundo a teoria econômica e a que se
camente impossível de ser atingida, pratica na avaliação de sistemas, mostra que o método não
Uma das maiores críticas que se faz à aplicação da tem sido explorado em todos os seus aspectos. Sua utiliza-
análise de custo-benefício a Sistemas de Informação reside ção tem sido limitada a sistemas onde os benefícios e os
exatamente neste ponto: o método não fornece instrumen- custos são mais facilmente mensuráveis, e mesmo nessas
tos práticos para quantificar certos benefícios que, em de- circunstâncias, a tendência tem sido a de se demonstrar um
terminadas circunstâncias, são intuitivamente percebidos otimismo exagerado quanto aos benefícios e aos custos,
como os mais valiosos. Este é o caso típico de sistemas que superestimando-se os primeiros e subestimando-se os segun-
geram informações para tomada de decisões estratégicas. dos (King & Schrems, 1978).
A Análise de Percepção de Valor Certamente, este método tem uma boa dose de subje-
tividade, pois indivíduos diferentes, com características cog-
Nas abordagens apresentadas nos tópicos anteriores, o nitivas diferentes, em situações de incerteza ou de ambigüi-
tomador de decisão é tido como um ser eminentemente ra- dade, tenderão a atribuir valores diferentes a um determina-
cional, sendo que as considerações quanto às suas diferenças do sistema ou conjunto de Sistemas de Informação. Mas
pessoais geralmente não são destacadas. apesar das dificuldades práticas, em termos de tempo e cus-
to envolvidos na sua utilização, essa se apresenta como uma
Tomando por base o modelo de Mason & Mitroff
das abordagens mais promissoras para se avaliar sistemas,
(1973) para a caracterização de um sistema de informação,
pois ninguém melhor do que o próprio usuário da informa-
pode se destacar que na determinação do valor de um siste-
ção para atribuir um valor a ela.
ma de informação devem ser consideradas também as carac-
terísticas pessoais do tomador de decisão. Sem dúvida, como as demais técnicas analisadas, esta
também apresenta suas limitações. Contudo, é de se esperar
Tais características dizem respeito aos determinantes
que novas pesquisas, que venham a ser desenvolvidas, pos-
básicos de sua personalidade, que trazem, como conseqüên-
sam aprimorar os instrumentos de coleta de dados, bem
cia, diferenças na sua percepção dò valor ou utilidade do sis-
como ampliar a própria natureza desses dados coletados,
tema e nas atitudes que ele toma ao perceber o sistema co-
incluindo variáveis quanto às características pessoais do
mo mais valioso ou não.
tomador de decisão que está avaliando o sistema, como
Diversas pesquisas realizadas nos últimos tempos no também quanto aos demais elementos que caracterizam um
campo de Sistemas de Informação demonstram que o valor Sistema de Informação, de acordo com a taxonomia apre-
atribuído a um sistema depende, em última análise, da sua sentada por Mason Jr. & Mitroff (1973).
utilização pelos tomadores de decisão na empresa (Lucas
Jr., 1973,1974,1975; Guthrie, 1974; Driver & Mock, 1975;
UM MODELO PARA A SELEÇÃO DE MÉTODOS E
Schewe, 1976; Barkin & Dickson, 1977; Ein-Dor & Segev,
TÉCNICAS DE AVALIAÇAO DE SISTEMAS
1978b; Lucas Jr. & Nielsen, 1980).
Dessa maneira, pode-se considerar que o valor de um A fim de situar adequadamente o contexto em que
Sistema de Informação depende do quão bem ele atende às operam os Sistemas de Informação e permitir sua avaUação
necessidades objetivas de seus usuários, em face de uma si- de forma mais objetiva, foi analisado o seu papel no proces-
tuação de decisão também objetiva, como também às neces- so de gestão da empresa.
sidades subjetivas geradas pela estrutura de personalidade e Tal análise foi conduzida partindo-se da premissa de
processo cognitivo dos tomadores de decisão. que as funções gerenciais se caracterizam, em sua essência,
por um processo contínuo de tomada de decisões.
A característica central dessa abordagem diz respeito
à possibilidade de se obter uma avaliação de Sistemas de Essas decisões, por seu turno, se diferenciam entre si,
Informação a partir da percepção de valor atribuído pelos tanto pelo tipo de envolvimento na gestão da empresa quan-
usuários de um sistema. to pela sua complexidade em termos de grau de estrutura-
ção.
Dentro desse enfoque, os usuários reais ou potenciais
de um Sistema de Informação devem manifestar suas posi- A tomada de decisões é suportada, em maior ou me-
ções sobre o quão importante e valioso sentem um sistema, nor grau, por Sistemas de Informação que visam reduzir as
em face dos seus atributos, ou dos atributos das informa- incertezas que cercam essas decisões. Para se aplicar recur-
ções que esse sistema gera. sos ao desenvolvimento desses sistemas, procura-se adotar
Estruturada
Semi-estruturada J^^EF1CACIA _
' ^ —~
Não Estruturada
Os sistemas que podem ser enquadrados dentro de Desta maneira, o sistema vai gradativamente se utili-
cada célula da matriz possuem características próprias em zando de modelos matemáticos, permitindo a simulação das
termos de tipos de informação que devem gerar, em face da decisões e a avaliação de seus impactos, a qual possibilita a
função gerencial que atendem e do tipo de decisões que são quantificação mais objetiva do valor das informações que o
tomadas. sistema gera.
Quanto mais próximo das atividades operacionais da Quando o sistema se limita a fornecer dados a um to-
empresa, mais facilmente se percebe o impacto do uso das mador de decisão, sem uma maior influência na escolha da
informações em termos monetários. E quanto mais se dis- ação a ser tomada, fica mais difícil se determinar objetiva-
tancia das funções operacionais e das decisões estruturadas, mente o seu valor.
mais difícil fica essa percepção. Desta forma, a escolha do método vai estar direta-
À medida que o processo decisório se toma mais com- mente ligada ao tipo de sistema que pode permitir maior ou
plexo , maior é a importância que os Sistemas de Informa- menor possibilidade de avaliação objetiva dos benefícios. O
ção podem assumir. gráfico abaixo procura representar este fato.
Por outro lado, à medida que as decisões se tornam (Observar Gráficos na página seguinte)
menos estruturadas, a determinação do valor da informa-
ção utilizada, em termos monetários, fica mais difícil, dada 4) Finalidade da avaliação:
a inter-relação de outros fatores que influem nessas decisões As situações que se apresentam, em termos de avalia-
e nos resultados alcançados. ção de sistemas, podem ser colocadas em quatro grandes
Outros elementos como: grupos:
a) Avaliação de um sistema de "per si", visando determinar
a) informações coletadas, por meios menos formais, sobre o
ambiente da empresa (por exemplo, informações obtidas se o seu desempenho atende aos objetivos prefixados,
através de espionagem industrial); quando da elaboração da definição inicial do projeto pa-
ra o seu desenvolvimento, seja em relação às informações
b) o nível de sensibilidade à questões estratégicas, desenvol-
que o sistema deverá gerar, seja quanto aos custos a se-
vido pelo executivo de alto nível, ao longo de sua vivên-
rem incorridos na sua concepção, implantação e opera-
cia profissional, com certeza deve influir significativa-
mente sobre a tomada de decisão e seus resultados. ção.
b) Avaliação de um sistema em relaçao a um outro alterna-
Dessa maneira, a determinação do valor do sistema
tivo, de modo a se tomar uma decisão sobre qual deles
passa a depender muito mais da percepção que os executi-
adotar. Esta avaliação visa determinar quais dos sistemas
vos tém de sua utilidade para a tomada de decisão, do que
atende melhor às necessidades da empresa em termos de
de uma mensuração executada com base em elementos mais
informação, apresentando ainda a melhor relação bene-
objetivos.
fício-custo num dado momento.
Assim, ao se colocar os Sistemas de Informação da
c) Dado um conjunto de sistemas, a partir de uma avaliação
empresa dentro das células da matriz, poder-se-á perceber
do impacto de cada um para a empresa, estabelecer uma
qual tipo de método de avaliação deve ser utilizado com
escala de prioridade para o desenvolvimento do conjunto
destaque.
como um todo. Tal situação é encontrada na formulação
3) O tipo de sistema a ser avaliado: de planos de longo prazo.
Segundo a tipologia de Mason Ir. &Mitroff (1973), ci- d) Poder-se-á classificar como um quarto grupo a avaliação
tada anteriormente, os sistemas podem ser diferenciados em de sistemas em relação aos custos e benefícios de outros
função do seu grau de participação no processo decisório. investimentos alternativos que a empresa poderia fazer.
Esta participação deve ser entendida não em termos de inte- Seria o caso, por exemplo, de se avaliar projetos de inves-
ração com um tomador de decisão, mas sim quanto à pro- timento voltados para o aprimoramento do processo de
gramação das decisões e sua conseqüente incorporação ao fabricação em uma empresa, em relação aos projetos de
sistema. sistemas visando o aprimoramento do processo decisório.
À medida que se amplia o escopo da avaliação, mais correção a ser aplicado ao resultado. Ambas as soluções se-
difícil fica a identificação dos benefícios e dos custos decor- riam pouco práticas. Neste caso, um estudo de custo-eficá-
rentes do investimento em sistemas. cia poderia ser mais adequado, em razão de sua maior flexi-
No caso da avaliação de um conjunto de sistemas, a bilidade.
definição das prioridades não pode levar em conta apenas os 5) A dependência da escolha do método em relação à época
benefícios propiciados pelos sistemas isoladamente. Exis- da avaliação:
tem alguns outros fatores que afetam a composição do
Outro esquema classificatório pode ser feito, em ter-
"mix" ideal dos sistemas a serem desenvolvidos no decorrer
mos de avaliação, quanto ao momento em que ela é realiza-
do tempo, tais como:
da. Dessa forma, a avaliação pode ser feita num contexto
a) Necessidade de integração dos sistemas "ex-ante", ou "ex-post"
b) Capacidade da empresa de absorção de inovação.
A avaliação feita "ex-ante" busca fornecer subsídios
Ao se hierarquizar a seqüência de desenvolvimento sobre uma decisão de aplicar ou não recursos no desenvolvi-
dos sistemas, deve-se levar em conta que apesar de um siste- mento de um ou mais sistemas.
ma apresentar de "per si" um ganho imediato maior do que
A avaliação "ex-post" tem por objetivo permitir uma
um outro, pode ser que tecnicamente haja necessidade de se
decisão sobre reescalonamento de prioridades, em termos
desenvolver primeiro o que apresenta menor benefício ini-
de desenvolvimento de novos projetos, alterações em um
cial, devido à necessidade de se integrar os dois sistemas.
sistema em funcionamento, visando a melhoria de seu de-
Um sistema orçamentário, por exemplo, pode ter que ser
sempenho ou ajustamento a novas situações, ou até mesmo,
precedido de um sistema de apropriação de mão-de-obra.
i uma decisão visando à sua desativação, em face dos resulta-
A capacidade da empresa absorver mudanças é outro dos obtidos e da contribuição percebida para o atendimento
elemento importante. Existem inúmeros aspectos culturais do processo gerencial da empresa.
e organizacionais na empresa que podem implicar uma fixa-
As análises de custo-benefício e custo-eficácia podem
ção de prioridades não tão boas em termos de ganhos.
ser usadas para avaliar um sistema antes dele ser concebido,
Desenvolver de imediato sistemas sofisticados, na su- em função de tratarem a questão de forma razoavelmente
posição de que eles apresentem resultados ótimos, pode ser objetiva, enquanto que análise de percepção de valor não se
um erro, se não for levado em conta o nível de maturidade adequa a esta finalidade, visto que é desejável que aqueles
da empresa como um todo e de seus executivos para traba- que vão atribuir os valores já tenham tido alguma vivência
lhar com tais sistemas (Bio, 1976). com o sistema.
Se fosse feita uma análise de custo-benefício, por Tal argumento decorre do fato de que, à medida que
exemplo, seria necessário: ou se quantificar tal aspecto e in- o executivo aprende a usar as informações geradas pelo sis-
clui-lo na avaliação ou então transformá-lo num fator de tema, sua percepção de valor se toma mais apurada.
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