Pan Africano PDF
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Hakim Adi1
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Universidade de Chichester, Chichester, West Sussex, Reino Unido. E-mail:
[email protected]. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4778-9320.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, Vol. 13, N.02, 2022, p.830-860.
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Resumo
O presente artigo pretende analisar a relação entre Pan-Africanismo e
Internacionalismo, visando delinear o importante papel desempenhado pelo trabalho
Pan-Africano em 1945, particularmente nas conferências fundadoras da organização
World Federation of Trade Unions (WFTU) [Federação Sindical Mundial], bem como em
outros eventos e nos preparativos para o Congresso Pan-Africano de Manchester. Ponto
ápice do movimento Pan-Africano este Congresso formulou uma política unitária de luta
anti-imperialista, anti-colonialista e antirracista. Os representantes do trabalho Pan-
Africano argumentaram que “o trabalhador de pele branca não pode emancipar-se onde
o trabalhador de pele negra é marcado com ferro em brasa”.
Palavras-Chave: Pan-Africanismo; Internacionalismo; África; Diáspora.
Abstract
This article aims to analyze the relationship between Pan-Africanism and
Internationalism, in order to outline the important role played by Pan-African work in
1945, particularly at the founding conferences of the organization World Federation of
Trade Unions (WFTU), as well as in other events and in preparations for the Pan African
Congress in Manchester. High point of the Pan-African movement, this Congress
formulated a unitary policy of anti-imperialist, anti-colonialist and anti-racist struggle.
Pan-African labor representatives argued that “Labour cannot emancipate itself in the
white skin where in the black it is branded”.
Keywords: Pan-Africanism; Internationalism; Africa; Diaspora.
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1. Introdução
1Em língua inglesa, a frase na qual Karl Marx se referia ao movimento trabalhista nos Estados Unidos,
encontra-se no capítulo The Working Day (A Jornada de Trabalho), da seguinte forma: “In the United States
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of North America, every independent movement of the workers was paralysed so long as slavery disfigured
a part of the Republic. Labour cannot emancipate itself in the white skin where in the black it is branded”.
2 Du Bois organizou o primeiro Congresso Pan-Africano em Paris em 1919. O termo “Conferência Pan-
Africana” foi usado pela primeira vez para descrever um encontro majoritariamente afro-americano
realizado em Chicago em 1893.
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3 Durante a guerra, o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, provocou protestos furiosos quando
afirmou que o direito à autodeterminação não se aplicava aos países coloniais.
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4 Interessante notar que nesse período (1930-1940), o Pan-Africanismo teve forte influência em diversas
outras realidades, em países como o Brasil, por exemplo, conformando verdadeira conexão latino-
americana. A Frente Negra Brasileira, fundada em 1931, e sua publicação A Voz da Raça, foram centrais
nesse processo até o seu ulterior banimento pela ditadura Vargas em 1937. Cumpriu importante papel a
Frente Negra Socialista e a União Negra Brasileira, assim como a realização do Congresso Juvenil Afro-
Campinense (1938), o Teatro Experimental do Negro (1944), a Associação de Negros Brasileiros e o Afro
Comitê Democrático Brasileiro (1945). Por outro lado, duas Convenções Negras Nacionais foram realizadas
em 1945 e 1946, a Confederação Nacional dos Negros foi convocada em 1949 e em 1950 foram realizados o
I Congresso Nacional do Negro Brasileiro e o Conselho Nacional de Mulheres Negras.
5 Bryan Goodwin, membro do Conselho Legislativo da Rodésia do Norte, representou o Sindicato dos
Mineiros da Rodésia do Norte e seis delegados representaram três centros da África do Sul: o Conselho de
Comércio e Trabalho da África do Sul, a Federação dos Sindicatos do Cabo e o Conselho de Sindicatos da
Província Ocidental. Os delegados desses dois países representavam sindicatos cujos membros eram de
origem europeia. Isso refletia a segregação e o apartheid de fato que existiam nos assuntos sindicais nesses
países. No entanto, deve-se ressaltar que o Sindicato dos Mineiros da Rodésia do Norte também sofreu
severas repressões. Em 1942, F. S. Maybank, o secretário geral do sindicato e um de seus colegas foram
detidos e depois deportados para a Grã-Bretanha por atividades sindicais, e só foram autorizados a retornar
à colônia em 1945. Os representantes dos chamados sindicatos não europeus da África do Sul foi impedida
de participar da conferência pelas ações do governo sul-africano, que se recusou a conceder a eles as
permissões de viagem necessárias.
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6Em relação ao Chicago Defender (CD), ver, por exemplo, o artigo intitulado: “British Imperial Rule Defied by
African Unions at World Parley”. No Associated Negro Press (ANP), ver os artigos de Rudolph Dubar:
“Negroes Make History at World Trade Union Congress: They Fight Imperialism”; “Nigerian Delegate Makes
Brilliant Speech at World Trade Union Conference”; e “African Trade Unionist Tells World Labor Meet Needs
of Colonial Workers”.
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9 Nos referimos ao artigo “Pan-African Conference Set For Paris in Fall”, de Henry Lee Moon e ao artigo “Call
for Pan-African Parley in Paris Drafted by British Colonial Leaders”, de George Padmore. O comitê
organizador planejava enviar o manifesto à NAACP nos EUA e aos representantes de organizações africanas
e do Caribe. Eles também pretendiam convidar observadores para o Congresso, oriundos de países árabes,
assim como da China e da Índia.
10 O artigo publicado em WAP intitulado “Pan-African Confab” é de autoria de George Padmore.
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Gray, do American Red Cross Club. Learie Constantine, o futuro Barão Constantine de Maraval e Nelson, que
nesta época trabalhava como oficial de bem-estar do Escritório Colonial. Foi a partir de um relatório desta
reunião no Chicago Defender que Du Bois ouviu pela primeira vez sobre os preparativos para o Congresso
Pan-Africano. Padmore explicou que o Manifesto e os planos para um PAC haviam surgido apenas como
resultado da presença na Grã-Bretanha dos delegados coloniais na conferência da WFTU. Ele enfatizou a
importância da composição das delegações sindicais e o fato de elas estarem “preocupadas principalmente
com os trabalhadores e camponeses, que devem ser a força motriz de qualquer movimento que os
intelectuais de classe média possam estabelecer”. “Hoje”, Padmore enfatizou, “as massas africanas, o povo
comum, estão acordadas e não estão olhando cegamente para médicos e advogados para lhes dizer o que
fazer” (APTHEKER, 1976, vol. 2, pp. 63-65). Cf. Versão de Padmore sobre os eventos (PADMORE, 1956, pp.
154-156).
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14 No Inside The Empire, nos referimos ao artigo “The Nigerian Workers' Movement”, de T.A. Bankole.
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15A Conferência também clamou por direitos democráticos para a “minoria negra na América”. Os artigos
de Padmore intitulados, “Subject Peoples Form International Movement” e “Subject Peoples” Conference in
London Plan Formation of “Colonial International”, foram publicados, respectivamente, em Pittsburg
Courier e Public Opinion. O artigo de P. Abrahams, intitulado “The Congress in Perspective”, aparece na
publicação de Padmore “Colonial and Coloured Unity”.
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16 Para maiores detalhes, ver “Background to the 1945 Manchester Pan-African Congress” (ADI;
SHERWOOD, 1995). Evidências adicionais da crescente unidade anti-imperialista eram evidentes no apoio
em larga escala na Grã-Bretanha à Greve Geral da Nigéria, que começou em junho de 1945.
17 A hostil Federação Americana do Trabalho (AFL) se recusou a participar da fundação da WFTU, mas
enviou o afro-americano Charles Collins como um de seus observadores para a conferência de Paris.
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Small continuou explicando por que, em sua opinião, havia o que ele chamou de
“essa forte representação colonial e de cor” na conferência. Segundo ele, isso se baseou
em parte nas esperanças levantadas pelo fato de que a Conferência de Londres já havia
resolvido não apenas acabar com o colonialismo, mas também com “toda forma de
discriminação política, econômica ou social baseada em raça, credo, cor ou sexo”
(Report of the World Trade Union Conference-Congress, p. 171).
Toda a verdade é que o mundo de cor olha hoje para esta Conferência de
Paris para livrar a humanidade do passado fascista. A verdade é que o
“perigo amarelo” e o choque de cores ainda são questões vivas dessa luta
de classes contra o imperialismo e o fascismo; são graves ameaças à paz e à
liberdade. O Trabalho Mundial não pode ignorar o fato crucial de que a
questão colonial, em seus aspectos sociais, econômicos e industriais, afeta
igualmente mais de um bilhão de negros e pessoas de cor na África, nas
Índias Ocidentais, na Índia, nos EUA, na América Latina e no Extremo
Oriente e Oriente Médio (Ibidem, p. 172).
18 Ver “Africans Protest Hillman's Anti-Negro Move In Paris”, Chicago Defender, 6 de outubro de 1945, p. 1 e
“CIO Leader Answers Betrayal Charges”, Pittsburgh Courier, 7 de outubro de 1945.
19 Em relação ao PC nos referimos ao artigo “Negro Labor Leaders Face Odds at World Meet”. Por sua vez, o
artigo em WAP, assinado por George Padmore, é intitulado “Open Conflict Develops Between Colonial
Delegates and British Representatives”.
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20 Em relação ao PC nos referimos ao artigo “West Indian Delegate Scores British Imperialism”. O artigo em
NL é intitulado “What Colonial Workers Demanded at World TUC”.
21 Respectivamente, “Less Talk more Action Now” Ken Hill Tells Citrine” e “Ken Hill Warns Citrine”.
22 Nos referimos a “Resolutions of the Standing Orders Committee of the WFTU”. Tanto Ken Hill quanto
Wallace-Johnson foram eleitos como membros suplentes do Comitê Executivo da WFTU no Congresso. Em
relação ao NL ver “What Colonial Workers Demanded at World TUC”. Em CD ver “Paris Delegates of WFTU
Back Labour Equality”.
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23 Em relação a PO nos referimos ao artigo “British Colonials Rally to Nations in East Indies”. Em TS nos
referimos ao artigo “Subject Peoples' Conference”. A conferência aprovou duas resoluções: uma condenou
o uso de tropas britânicas e indianas na supressão do Movimento da Liberdade dos Povos Anamitas; a outra
foi transmitida graças aos portuários de Sydney, na Austrália, que se recusaram a carregar tropas
holandesas e navios de munição que estavam sendo enviados para suprimir o governo de Sukarno na
Indonésia.
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7. Conclusão
Talvez por causa das atividades do TUC e do Escritório Colonial, muitos dos sindicatos
das colônias inicialmente permaneceram leais à WFTU e críticos das ações do TUC. Em
1949, por exemplo, na época da cisão na WFTU, os funcionários do Escritório Colonial
receberam um relatório sobre a atitude do TUC de Trinidad e Tobago em relação ao TUC
britânico e sua intenção de permanecer leal à WFTU. Ficou claro que, desde 1945, os
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8. Fontes Primárias
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Sobre os autores
Hakim Adi
Doutor em História pela SOAS University of London. Professor de História da África e
da Diáspora Africana, na Universidade de Chichester – Reino Unido. É membro
fundador da Associação de Estudos Negros e Asiáticos em Londres. Autor de
inúmeras obras, dentre as quais: “Africanos ocidentais na Grã-Bretanha 1900-1960:
Nacionalismo, Pan-Africanismo e Comunismo (1998)”, “História Pan-Africana: Figuras
Políticas da África e da Diáspora desde 1787 (2003)”; “Pan-Africanismo e Comunismo:
A Internacional Comunista, África e a Diáspora, 1919-1939 (2013)”, “Pan-Africanismo:
uma história (2018)”, e outras. E-mail: [email protected]
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