Manual de Padronização de Atos Administrativos Normativos
Manual de Padronização de Atos Administrativos Normativos
Manual de Padronização de Atos Administrativos Normativos
Ato administrativo normativo é aquele manifestado unilateralmente pela Administração Pública, com o intuito de disciplinar de forma geral e abstrata o funcionamento interno, a aplicação da legislação federal e
regulamentar as obrigações e direitos dos agentes públicos vinculados à instituição. Os atos administrativos possuem características próprias:
Competência – para praticar um ato administrativo, o agente deve estar investido de competência e ter capacidade para tanto. A competência é elemento vinculado do ato administrativo. Assim, se for
praticado por autoridade incompetente, o ato será nulo. A competência está estabelecida no Regulamento Administrativo do Senado Federal (RASF) ou em atos extravagantes. A competência pode ser
delegada ou avocada.
Finalidade – todo ato administrativo deve ser voltado a um interesse público determinado em lei. Deve-se sempre verificar se o ato está realmente voltado ao interesse público ou se, por trás dele, há um
negócio ilícito, pois pode haver favorecimento pessoal.
Forma – é a maneira pela qual se exterioriza o ato. Há várias formas:
1. Atos escritos;
2. Ordem dada aos servidores;
3. Atos pictóricos (placas de sinalização);
4. Atos mímicos (sinais).
Motivo – circunstância de fato ou de direito que acarreta a formação do ato. Exemplo: a falta de um material é motivação para abrir licitação.
Conteúdo – todo ato administrativo é uma modalidade de ato jurídico, e o conteúdo do ato visa ou adquirir ou outorgar direitos, estabelecer obrigações, extinguir direitos, reconhecer ou extinguir obrigações
etc.
Causa – adequação entre a motivação e o conteúdo. Deve haver uma sequência lógica entre a motivação, o conteúdo e a finalidade do ato. Se a consequência não atender à causa principal do ato, ou se for
utilizado um meio inadequado em face da motivação, não se atinge a finalidade específica.
Os atos administrativos podem ser classificados de acordo com vários critérios. Quanto aos destinatários do ato, eles podem ser:
a) Individuais – atos que têm destinatários certos, determinados. Homologação de licitação é de caráter individual, porque especifica qual o sujeito que vai ser contratado.
b) Gerais – não especificam as pessoas. O universo de destinatários é muito amplo, como ocorre com o edital de licitação, que é dirigido a várias e indeterminadas pessoas. São voltados para situações
específicas, mas sem pessoas determinadas.
c) um poder – que é uma atitude de realizar um resultado jurídico, mediante uma determinada atividade;
I - Atos: destinam-se a regulamentar matéria de caráter geral ou estabelecer diretrizes e normas de procedimento, de competência da Comissão Diretora do Senado Federal, dos seus membros individualmente ou
do Diretor-Geral;
II - Instrução normativa: norma editada pelos dirigentes de órgãos administrativos com o objetivo de:
Técnica Legislativa
O conceito de técnica legislativa é bem sintetizado por Kildare Carvalho (2003, p. 31), quando diz que: “A técnica legislativa consiste no modo correto de elaborar as leis, de forma a torná-las exequíveis e eficazes.
Envolve um conjunto de regras e de normas técnicas que vão desde a necessidade de legislar até a publicação da lei.”
O responsável pela elaboração de atos administrativos deve ter conhecimento da legislação federal brasileira e do corpus legislativo da Casa para que os novos atos se insiram harmonicamente no ordenamento
jurídico pré-existente.
De todas as características do ato administrativo normativo, talvez a mais importante seja a clareza. Não só a clareza semântica (uso adequado de língua portuguesa), mas também a clareza normativa (expressão
clara da vontade do legislador). Impedir dúvidas é de boa prudência legislativa. Não pode haver dúvida sobre o alcance do ato administrativo normativo que se publica, ou sobre os dispositivos que se pretende
alterar ou revogar, por exemplo.
Parte Preliminar
A parte preliminar compreende a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas. A epígrafe indica a espécie do ato, a identificação da
unidade ou autoridade administrativa emitente, o número e o ano.
A ementa explicita, de modo conciso e sob a forma de título, o objeto do ato normativo. Todos os atos administrativos normativos devem ter ementa para que possam passar ao leitor precisa ideia de seu conteúdo.
Para Flávio Roberto Collaço, os atos sem ementa são atos envergonhados. As ementas bem feitas são um passo a mais no aperfeiçoamento do ordenamento jurídico administrativo. A elaboração de ementas deve
seguir o seguinte conjunto de requisitos (GUIMARÃES, 2004): AFIRMAÇÃO: estabelecimento de uma regra direta de conduta. Assim, ao invés de fazer menção à não-aplicabilidade de dado dispositivo a
servidores contratados há menos de cinco anos, deve a ementa referir-se à aplicabilidade do dispositivo apenas a servidores contratados há mais de cinco anos; PROPOSIÇÃO: enunciado completo (com sujeito,
verbo e complementos); CORREÇÃO: adequação às normas gramaticais; SELETIVIDADE: a ementa é síntese do tema fundamental do documento, onde devem estar presentes todas as questões jurídicas
abordadas no texto; INDEPENDÊNCIA: a ementa deve ser compreensível por si mesma, atuando como documento independente do texto completo do ato normativo.
Exemplos:
Aprova o Programa de Gestão por Resultados do Senado Federal (PRORESULTADOS-SF). Dispõe sobre a afixação de peças publicitárias nas áreas externas do complexo arquitetônico do Senado Federal.
Regulamenta a Resolução nº 42 de 12 de agosto de 2010, que “cria o Programa Senado Jovem Brasileiro no âmbito do Senado Federal”
Formatação:
Privacidade - Termos
A ementa será alinhada à direita e será grafada utilizando-se o estilo itálico.
O recuo de parágrafo à esquerda deverá ser de 5 cm; Não deve ser utilizada indentação de parágrafo para a primeira linha
A ementa deverá ter uma frase iniciada por um verbo na terceira pessoa do singular ou plural do presente do indicativo;
Quando for alterar ou revogar algum ato normativo, a ementa do ato modificador deve reproduzir (entre aspas) a ementa do ato alterado ou revogado;
Quando o ato normativo é publicado com incorreção, deverá ser remetido para republicação, contendo um (*) do lado direito da epígrafe do ato e com a seguinte observação abaixo: “Republicado por haver saído
com incorreção do original, publicado no BASF nº ...., de..... de ...... de 200.....; Não utilize siglas. Se forem necessárias devem estar acompanhadas do respectivo nome por extenso.
O preâmbulo enuncia o fundamento legal, quando necessário, e a promulgação do ato pela autoridade competente.
O preâmbulo inicia-se com a denominação do órgão emitente (ou do cargo da autoridade signatária) do ato administrativo normativo, seguida da fundamentação legal da competência para a emissão do ato, e
encerra-se com a apresentação da ordem de execução.
Formatação:
O espaço entre a ementa e o preâmbulo deverá ser de 1 cm;
A denominação do órgão emitente ou a da autoridade signatária do ato deverá ser completa e sem abreviações, escrita em caixa alta e negrito, precedida do artigo definido a ela adequado e junto à margem
esquerda;
O fundamento legal da competência para a emissão do ato deverá separar-se por vírgula da denominação do autor;
A ordem de execução consistirá na palavra RESOLVE escrita em caixa alta e seguida de dois-pontos;
Privacidade - Termos