GCE4
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GCE4
Sistemas Lóticos:
- Gestão de linhas de água em meios agrícolas:
.recuperação e gestão das zonas ribeirinhas;
.alteração e gestão da drenagem;
.construção e gestão de charcos;
.modificação das valas e canais.
- Gestão dos cursos de água e zonas ripícolas:
.redução das perdas de nutrientes da bacia;
.proteger a biodiversidade.
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1
Recuperação e gestão das
zonas ribeirinhas
Vegetação ripícola:
- filtro biológico de nutrientes e de
outras substâncias poluentes;
- retenção de sedimentos;
- estabilização das margens;
- conservação de habitats;
- regulação biofísica do meio;
- qualidade cénica da paisagem.
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71
2
Construção e gestão de
charcos
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3
Recuperação e gestão dos
cursos de água e zonas ripícolas
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Recuperação e gestão dos
cursos de água e zonas ripícolas
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5
Recuperação e gestão dos
cursos de água e zonas ripícolas
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Ligações
verticais
entre o
curso de
água e o
nível
freático –
em zonas
de diferente
clima ou em
diferentes
estações do
ano
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Requalificação de Cursos de Água
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81
7
Requalificação de Cursos de Água
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8
Requalificação de Cursos de Água
Declive das margens / tipo de intervenção a
utilizar
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9
Requalificação de Cursos de Água
Correcção de talude e vegetação
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Correcção de talude e vegetação
Materiais:
- Plantas autóctones adaptadas ao regime de
velocidades ou a outras condições locais;
- Sementes, fertilizantes e matéria orgânica adequadas
Instalação:
- o período deverá ter em conta a época de propagação
da vegetação a instalar, assim como o período de
reprodução das espécies-chave de fauna aquática;
- o solo retirado do local deverá ser armazenado para
que seja reutilizado nas etapas finais da
requalificação. Evitar escoamento superficial para a
linha de água;
- são aconselhadas estacas vivas com mais de 3cm
diâmetro e 30cm de comprimento;
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11
Correcção de talude e vegetação
Vantagens:
- Constitui uma técnica de estabilização das margens
com impacto visual benéfico;
- É considerado um dos melhores no que se refere à
melhoria dos habitats aquáticos e terrestres;
- Promove uma melhoria estética da paisagem
acrescentada pelo estabelecimento natural de uma
melhor e mais extensa área ripária.
Limitações:
- Só é praticável em áreas com bons acessos;
- Período de tempo alargado até à estabilização
resultante do estabelecimento das raízes da
vegetação;
- As razões mais comuns para o seu insucesso
reportam-se à ocorrência de cheias anteriores à
colonização estável da vegetação.
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Aplicação de geotêxtil
Características técnicas e funcionais:
- Absorvem a energia cinética produzida pela partícula
erosiva da chuva, vento e neve que, ao chocarem
contra a manta, resultam na divisão em múltiplos e
pequenos vectores de menor força erosiva que
contribui para que a partícula do solo em movimento
se fixe entre a manta, evitando as perdas naturais,
impedindo a sua colmatação, aumentando a
capacidade de filtração da água no terreno e
diminuindo definitivamente todos os riscos de
inundações;
- Aumentam a capacidade da retenção de água no solo
ao evitar a sua perda por evaporação;
- Regulam a temperatura do solo ao amortecer a sua
exposição ao frio e ao calor;
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Aplicação de geotêxtil
Características técnicas e funcionais (cont.):
- Podem ser biodegradáveis, constituindo assim um
elemento que se incorpora no solo formando com este
um horizonte orgânico, resultando numa melhoria da
taxa de sobrevivência das plantas;
- Incorporam plantas de zonas húmidas (usualmente
como rebentos ou estacas) em que as raízes se
entrelaçam com as fibras do geotêxtil;
- Quando são utilizadas pedras na base da margem,
estas e o geotêxtil actuam em conjunto e produzem
substratos adaptados a um grande número de
organismos aquáticos.
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Aplicação de geotêxtil
Aplicações:
- Controla a erosão e ajuda a restabelecer a vegetação
em taludes e solos pobres, estabilização de praias,
dunas em perigo de erosão e parques urbanos.
Também pode ser utilizado para a construção de
diques em linhas de água e criação de muros verdes;
- Quando os objectivos principais para os rios incluem a
diversidade de habitats, controlo da erosão e a
estética, incluindo também a diversidade de plantas
ao longo da margem;
- Pode ser usada individualmente mas é provavelmente
melhor quando usada em conjunto com outras;
- Em solos altamente erodíveis, o geotêxtil é muitas
vezes necessário debaixo das estruturas como os
gabiões e o enrocamento do tipo “rip rap” para
suportá-los e protegê-los contra a erosão.
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Aplicação de geotêxtil
Materiais:
- Podem ser de malha de palha, malha de coco, malha
de palha de coco, anti-ervas de materiais naturais ou
sintéticos. A opção mais durável dos naturais é a tela
de fibra de coco;
- Estacas de madeira e Grampos em forma de “U”;
- Plantas e sementes de herbáceas colocadas no
interior da manta.
Instalação:
- Semear a margem com herbáceas nativas, podendo
ser necessário acrescentar solo e fertilizantes para
preparar a margem para a sementeira. A superfície da
margem deve ser uniforme e livre de pedras ou
troncos;
- Escavar dois fossos, um na base da margem e outro
no topo para ancorar o geotêxtil. Devem ter 30cm de
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14
Aplicação de geotêxtil
Instalação (cont.):
profundidade e 15 a 20cm de largura. O fosso no topo
da margem deve ser localizado pelo menos a um
passo da borda;
- As mantas devem ser estendidas de maneira a cobrir a
zona de instabilidade e devem estender-se desde a
parte de baixo do nível da água até ao topo da
margem ou acima da marca máxima de água. As
mantas devem ser desenroladas na margem para
baixo se o declive for maior do que 35º ou
perpendicularmente se o declive é menor que 35º;
- Deve ser colocada na margem com as suas pontas
dentro do fosso para que a manta toque os 3 lados do
fosso. Deve ser usada uma estaca de madeira para
segurar a manta ao fundo do fosso;
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15
Aplicação de geotêxtil
Instalação (cont.):
- Sobrepor as pontas da manta aproximadamente
100mm, pregá-las com grampos em forma de “U” (o
seu tamanho depende da estrutura do solo da
margem e das condições do local) e fixá-las com
estacas de madeira. Estas últimas de madeira têm um
espaçamento triangular de 61cm. A ponta de baixo da
manta deve estar ligada ao fosso final. As mantas
devem ser molhadas depois de colocadas para se
adaptarem à forma da margem;
- Encher os fossos com o solo que foi escavado e
compactá-lo, ou utilizar pedra para encher os fossos;
- Proteger o geotêxtil contra o escavamento e o
desmoronamento é essencial para o sucesso, pelo
que se protege a base da margem.
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Aplicação de geotêxtil
Vantagens:
- Favorece o estabelecimento de cobertura vegetal
controlando a erosão do solo em 100%;
- Reduz os custos de conservação ao evitar o
entupimento dos canais de drenagem;
- Consegue um elevado nível de acabamento nas obras
e uma melhor e mais rápida integração paisagística;
- As sementes podem instalar-se e crescer durante todo
o ano;
- O custo do sistema é muito mais acessível em
comparação com os de outros sistemas para
resultados similares, pois não é necessário
equipamento pesado e a instalação é relativamente
simples;
• Beneficia os habitats dos peixes fornecendo alimento e
abrigo, graças à sua proximidade à margem.
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Aplicação de geotêxtil
Limitações:
- O uso dos geotêxteis é limitado às linhas de água que
tenham uma corrente razoável e consistente. Se são
efémeras, os geotêxteis irão secar e as plantas a ele
associadas irão morrer;
- Para situações em que as velocidades da corrente
excedem valores críticos para os solos das margens é
necessário a utilização de protecções de pedras;
- O pisoteio e o pastoreio podem ser prejudiciais,
principalmente quando têm vegetação aquática, logo
o seu uso deve ser limitado em áreas em que esteja
concentrado o tráfego humano ou onde seja permitido
o pastoreio.
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Empacotamento de ramos
Características técnicas e funcionais:
- Utiliza um entrelaçado de ramos de ripícolas ao longo
do declive da margem erodida. Os ramos vivos
formarão raízes, estabilizando a margem através da
sua densa matriz;
- A eficácia do empacotamento é superior à do geotêxtil,
porque a rede dos ramos é mais eficiente em retardar
ou prevenir a erosão. O empacotamento pode crescer
e fornecer abrigos para plantas e as pequenas
cavidades criadas pela sobreposição retêm as
sementes de plantas nativas permitindo que elas
germinem e cresçam. Durante as correntes rápidas, o
empacotamento retém os sedimentos e
eventualmente o crescimento das plantas na margem
estabilizada fornecerá habitats e alimentos para os
peixes, aves, pequenos mamíferos, insectos e outros
organismos.
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Empacotamento de ramos
Aplicações:
- É geralmente utilizada quando os objectivos principais
incluem a diversidade de habitats, controlo da erosão
e estética. O empacotamento fornecerá uma
protecção natural para a margem assim como a
retenção dos sedimentos. São aplicados em margens
que são ameaçadas com inundações antes do
estabelecimento da vegetação;
- Os factores mais importantes na escolha do sítio de
instalação dos empacotamentos são a condição de
sombra e o tipo de substrato, tendo os
empacotamentos maior sucesso em locais bem
iluminados. Quanto ao substrato, o material não
coesivo, como a areia ou o limo podem limitar a
ancoragem devido à fraca fricção. Assim, as estacas
que seguram os empacotamentos têm que ser mais
compridas nesses locais.
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18
Empacotamento de ramos
Materiais:
- Ramos finos e flexíveis de salgueiros ou outras
espécies ripícolas com o comprimento de 150 a
300cm, que podem ser amarrados uns aos outros
com corda ou arame. Os ramos devem ter um
diâmetro entre 1,5 e 4,0cm;
- Para segurar o empacotamento à margem podem ser
utilizadas estacas, vivas ou não, que tenham entre 5 e
10cm de diâmetro por 60 a 90cm de comprimento
(dependendo do tipo de solo), faxinas vivas, podendo
também ser necessária a utilização de pedras;
- As pontas dos ramos são colocadas num fosso na
base do declive e são ancoradas com paliçadas. Para
segurar o empacotamento à margem são utilizadas
redes de arame e estacas de madeira.
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Empacotamento de ramos
Instalação:
- Preparar o declive da margem limpando os restos de
ramos de árvores. Poderá fazer sentido não remover
os restos dos ramos que se encontram no leito do rio,
porque eles fornecem um importante habitat para a
fauna aquática;
- O empacotamento é provavelmente mais eficaz em
declives inferiores a 2:1;
- Escavar um fosso horizontal, com 20 a 30cm de
profundidade, na base da margem ao longo da
extensão da área a ser tratada;
- Colocar os ramos de salgueiro no fosso. Assegurar
que as pontas dos ramos chegam ao fundo do fosso;
- Espalhar os ramos ao longo da face dos declives até
atingir uma espessura de 2,5 a 10cm;
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Requalificação de Cursos de Água
Empacotamento de ramos
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Empacotamento de ramos
Instalação (cont.):
- Colocar uma rede de 60 a 90cm de comprimento
fixada com estacas de madeira sobre o
empacotamento a cada 90 a 120cm. Em solo menos
coesivo usar estacas mais longas;
- Segurar o empacotamento usando um arame
galvanizado ou uma corda, atando em carreiras
horizontais e depois diagonalmente entre cada fila de
estacas. Amarrar o arame às estacas, de tal forma
que, se o arame se partir entre duas estacas, se
mantenha a integridade das restantes;
- Depois de atar os ramos, cravar as estacas para
favorecer a compressão dos ramos e para que estes
fiquem apertados contra as margens;
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Requalificação de Cursos de Água
Empacotamento de ramos
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Empacotamento de ramos
Instalação (cont.):
- Construir um entrelaçado em toda a extensão da área
a ser tratada. Assegurar que os entrelaçados estão
firmemente apertados uns aos outros. Colocar os
entrelaçados no fosso sobre as pontas dos ramos do
empacotamento. Segurar os entrelaçados com
estacas de 45 a 120cm, a cada 150cm. Em solos
menos coesivos usar estacas mais longas. Nalguns
casos, em vez de entrelaçados, pode ser usado
enrocamento base para ancorar as pontas do
empacotamento;
- Preencher os espaçamentos dos entrelaçados e do
empacotamento usando o material que foi retirado do
fosso e assegurando a colocação do solo nos ramos.
Ligar a ponta de cima do empacotamento e do
entrelaçado na margem para prevenir que as
correntes altas passem por trás do empacotamento.
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Requalificação de Cursos de Água
Empacotamento de ramos
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Empacotamento de ramos
Vantagens:
- Os empacotamentos podem ser instalados sobre as
plantas com raízes e estacas vivas que estão
plantadas na margem;
- À medida que o tempo passa e que as plantas se vão
estabelecendo, diminui a necessidade de manutenção
do empacotamento;
- Quando a vegetação atinge uma determinada altura
pode fornecer sombra para o rio, diminuindo a sua
temperatura, oferecendo protecção contra os
predadores e melhorando os habitats dos peixes;
- Podem também fornecer um controlo da poluição
difusa interceptando sedimentos com os poluentes
associados vindos das margens ou da linha de água.
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Empacotamento de ramos
Limitações:
- Os empacotamentos requerem grandes quantidades
de material vegetal. A disponibilidade deste tipo de
material deve ser cuidadosamente avaliada antes de
incluir esta técnica num projecto de revegetação;
- Não devem ser usados em declives que tenham
grandes quantidades de movimentos de massa ou
outro tipo de instabilidade;
- Apenas se adaptam a declives com inclinação máxima
de 2:1;
- O regime hidrológico tem que manter o interior do
empacotamento molhado durante a maior parte da
estação de crescimento.
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Enrocamento (Rip Rap)
Características técnicas e funcionais:
- O sucesso da aplicação deste tipo de estrutura está
dependente da manutenção da drenagem, a qual é
facilitada pelas cavidades e porosidade do material e
pela camada de material mais grosseiro que protege
o Rip Rap;
- Nenhuma instalação de Rip Rap deverá ser
considerada permanente. A inspecção e rotina de
manutenção deverão ser conduzidas pelo menos
anualmente ou após cada ocorrência do nível de
cheia, de forma a assegurar a aptidão da estrutura. A
estabilidade só se verificará num declive suave das
margens, devendo, quando necessário, proceder-se
ao nivelamento/correcção da margem, promovendo
uma adequada fundação prévia à construção.
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Enrocamento (Rip Rap)
Materiais:
- Quantidade adequada de pedra angular, densa,
resistente, de dimensões diferentes e apropriadas, de
coloração igual à do material do rio, liberta de
substâncias tóxicas;
- Material drenante (geotêxtil);
- Estacas de salgueiros (ou de outra espécie ripícola de
rápido enraizamento).
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Enrocamento (Rip Rap)
Instalação (cont.):
de transportar. Este deverá ser duas a cinco vezes
maior do que o seu tamanho médio;
- Uma camada de material filtrante deverá ser colocada
entre o Rip Rap e o solo da margem, em locais em
que a margem seja constituída por material erodível.
- O filtro deverá ser constituído por gravilha ou areia
grosseira ou por uma manta sintética com esta
propriedade, possuindo uma espessura de 15 a 25%
da espessura do Rip Rap;
- A base da margem que seja composta de material
erodível deverá ser obrigatoriamente provida de
qualquer tipo de protecção, apesar desta ser uma
característica frequentemente inerente a este tipo de
estrutura;
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Requalificação de Cursos de Água
Enrocamento (Rip Rap)
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Enrocamento (Rip Rap)
Exemplo prático – Oliveira (2006)
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Enrocamento (Rip Rap)
Exemplo prático – Oliveira (2006)
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Requalificação de Cursos de Água
Gabiões com vegetação
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Gabiões com vegetação
Características técnicas e funcionais (cont):
modificações nas estruturas originais, realizadas de
forma simples e rápida. Além disso, a estrutura
resultante conserva inalterada as suas características
de homogeneidade e resistência;
- Devido aos materiais que empregam, permitem a
construção manual ou mecanizada em presença de
água, em qualquer condição climática ou em locais de
difícil acesso;
- Em função dos revestimentos concebidos pelos
arames que compõem a rede metálica, como também
pelo comportamento da estrutura que se colmata em
função do tempo, as estruturas em gabiões resistem
ao tempo de vida útil para as quais foram
dimensionadas.
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Gabiões com vegetação
Especificações:
- Os gabiões podem ter três formas básicas: - o gabião
caixa, o gabião saco e o gabião colchão. Todos os
três tipos constituem invólucros em malha de arame
preenchidos com pedras arredondadas ou seixos.
Gabião Caixa - os gabiões tipo caixa são elementos
com a forma de prisma rectangular constituídos por
uma rede metálica de malha hexagonal e dupla
torção. Em todas as extremidades a rede é reforçada
com fios de diâmetro maior que aquele usado na rede
para fortalecer a armação metálica e facilitar a sua
colocação. É admitida uma tolerância nas medidas do
gabião de ± 3% no comprimento e largura e de ± 5%
na altura.
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Gabiões com vegetação
Especificações (cont.):
- Malhas - hexagonais com arame de diâmetro >=2mm,
zincado a quente e revestido por uma bainha contínua
de polivinil (PVC) com espessura >= 0,4 mm;
- Arame - o arame dos tirantes e da cozedura é
galvanizado. Por cada metro cúbico é necessário
cerca de 0,5kg;
- Pedra - deverá ser originária de rocha sã e estável,
apresentando os mesmos requisitos qualitativos
exigidos para a pedra britada destinada à confecção
de concreto com granulometria uniforme. Excluem-se
materiais friáveis e aconselha-se a utilização de
material resistente e de elevado peso específico.
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Requalificação de Cursos de Água
Gabiões com vegetação
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34
Gabiões com vegetação
Limitações:
- A malha de arame das caixas pode eventualmente ser
deteriorada se ficar sujeita a fricção e/ou desgaste,
assim como a pHs extremos;
- São difíceis de reconstruir e frequentemente a custo
elevado;
- Solução dispendiosa quando necessita de ser
substituída;
- Não apropriados em rios com grande capacidade de
desgaste pois poderão ocorrer problemas de abrasão.
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Gabiões com vegetação
Exemplo prático – Oliveira (2006)
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Caixas Revestidas
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Caixas Revestidas
Vantagens:
- A aplicar em margens muito degradadas e
sujeitas a intensa pressão humana;
- Podem ser instaladas em declives elevados
substituindo com vantagem estética os
enrocamentos ou gabiões;
- Permitem proteger mais eficazmente
urbanizações e caminhos que se situem no
leito de cheia com impacto visual muito
reduzido;
- Obra rapidamente colonizada por vegetação,
propiciando um aumento da biodiversidade;
- Taxas de sucesso elevadas e relativamente
independentes da viabilidade da colonização
vegetal.
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Caixas Revestidas
Limitações:
- É necessário construir uma fundação
sólida;
- É uma solução dispendiosa e requer
mão-de-obra relativamente
experiente, bem como material
lenhoso adequado;
- Quando destruída a sua reconstrução
é complexa e morosa.
142
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38
Deflectores de corrente tipo asa
Características técnicas e funcionais:
- São caracterizados como uma estrutura triangular
sólida que reduz a razão entre a largura e
profundidade (W/D) do leito do canal: reduzindo a
largura do canal aumenta-se a velocidade da
corrente. A forma do deflector é importante, pois não
só direcciona a corrente, com um nível de água baixo;
- Os deflectores de asa podem ser colocados como
estruturas simples, em séries alternadas ou duplos:
- Individualmente, podem aumentar a meandrização do
canal e concentrar o fluxo em direcção ao centro,
promovendo a formação de pools que podem
constituir abrigos para a fauna aquática e riffles que
representam zonas de alimentação;
- Num canal amplo e pouco profundo devem ser
colocados alternadamente em cada margem,
separados de uma distância igual de 5 a 7 vezes a
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39
Deflectores de corrente tipo asa
Características técnicas e funcionais (cont):
Exemplos da colocação dos deflectores de asa:
a) duplos, b) individual, c) em séries alternadas
(scour - acção erosiva no fundo do canal provocando
um escavamento, produzido pela corrente).
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Deflectores de corrente tipo asa
Aplicações (cont.):
- Os deflectores devem ser apenas utilizados para rios
com baixa corrente. Para cursos com correntes
elevadas os deflectores são desaconselhados, pois
podem agravar a erosão do canal e a sua
instabilidade;
- O comprimento dos deflectores deve ser tal que
permita que estes estejam projectados acima da
superfície da água na corrente baixa e submersos na
corrente alta;
- As pedras utilizadas nos deflectores são densas e
angulares e devem ser suficientemente grandes para
se manterem estáveis durante períodos de correntes
elevadas. As pedras maiores devem estar colocadas
perto da ponta do deflector. As reentrâncias das
pedras dos deflectores devem ser preenchidas com
solo para posterior vegetação.
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41
Deflectores de corrente tipo asa
Instalação:
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Deflectores de corrente tipo asa
Instalação (cont.):
- A estrutura deve estender-se 1,2 a 2,5m dentro da
margem.
- Os deflectores de asa construídos com pedras são
ideais em canais que têm largura entre 5 e 10m. Para
a sua colocação:
- É necessário escavar um fosso no leito do canal e
nas margens para criar um perfil de forma triangular e
colocar duas camadas de pedras grandes ao longo da
aresta superior assegurando que elas fiquem juntas;
- As pedras maiores devem ser colocadas na ponta e
as pedras de tamanho médio podem ser usadas nos
bordos sendo o interior preenchido com pedras mais
pequenas. O tamanho das pedras diminui do topo da
margem para o final;
- As fendas podem ser preenchidas com o material
em excesso das margens - instalação de vegetação
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43
Deflectores de corrente tipo asa
Vantagens:
- Aumentam a profundidade e a velocidade da corrente
e assim criam pools e melhoram os habitats dos
peixes;
- O efeito de refluxo causado pela constrição do canal
facilita a deposição de gravilha acima do deflector e
assim melhora os habitats de desova para os peixes;
- São relativamente fáceis de construir, não são caros;
- Adaptam-se facilmente às condições do local e são
também ajustáveis para serem usados em conjunto
com outras técnicas;
- Têm uma aparência natural e são fáceis de manter
quando construídos num tipo de canal apropriado.
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Deflectores de corrente
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45
Requalificação de Cursos de Água
Recomendações (cont.):
- Evitar, na medida do possível, retirar a vegetação
autóctone que reveste as margens – a preservação
da vegetação faz manter o input de matéria orgânica
e evita a excessiva temperatura e crescimento da
vegetação aquática;
- Minimizar a remoção de árvores para o acesso das
máquinas, a qual deverá ser criteriosa e incidir caso
necessário nas espécies exóticas (e.g. acácias). O
operador de máquinas deverá receber instruções
claras relativamente à conservação e valorização da
vegetação;
- Não utilizar qualquer produto químico para a
desmatação, mesmo que sistémico;
- Conduzir os trabalhos de jusante para montante e no
acesso à circulação de máquinas deve haver o
cuidado de precaver os interesses dos proprietários.
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Máq. Escavadora Giratória
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Limpeza de valas
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Arrozais
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Passagens para Peixes - PPP
No dimensionamento das PPP devem ser
consideradas as condições
hidrodinâmicas – sobretudo a velocidade
da água e o regime de escoamento – à
entrada e no interior do dispositivo, para
além de conhecimentos sobre a
fisiologia, ecologia e comportamento no
processo migratório das espécies-alvo. A
generalidade dos autores considera
cinco tipos principais de PPP: passagens
por bacias sucessivas, passagens ou
deflectores do tipo Denil, eclusas,
ascensores e passagens naturalizadas.
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56
Deflectores ou
passagens do tipo Denil
Declive de
12 a 20%
Deflectores +- a 45%
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Eclusas
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57
Ascensores
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Passagens naturalizadas
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