nt06 Segurança Estrutural
nt06 Segurança Estrutural
nt06 Segurança Estrutural
NORMA TÉCNICA No 6
SEGURANÇA ESTRUTURAL DAS EDIFICAÇÕES
1 OBJETIVO
Esta Norma Técnica estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos
estruturais e de compartimentação que integram as edificações para que, em
situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para
possibilitar o atendimento das prescrições contidas nas disposições preliminares da
Lei de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Tocantins.
2 APLICAÇÃO
2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações e áreas de risco onde for
exigida a segurança estrutural contra incêndio, conforme exigências da Lei de
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Tocantins.
2.2 Na ausência de Norma Nacional sobre dimensionamento das estruturas em
situação de incêndio, adota-se o Eurocode em sua última edição, ou norma
similar reconhecida internacionalmente. No momento da publicação de norma
nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos termos desta Norma
Técnica.
4 DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica
que dispõe sobre a terminologia de proteção contra incêndio e pânico.
5 PROCEDIMENTOS
5.1 Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) são aplicados aos
elementos estruturais e de compartimentação, conforme os critérios
estabelecidos nesta Norma Técnica e em seu ADENDO “A”.
5.2 Para comprovar os TRRF constantes desta Norma Técnica são aceitas as
seguintes metodologias:
a) execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;
b) atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em ensaios de
resistência ao fogo;
c) modelos matemáticos (analíticos) devidamente normalizados ou
internacionalmente reconhecidos.
5.3 Método do Tempo Equivalente:
5.3.1 Para edificação com altura menor ou igual a 6,00m, admite-se o uso do método
do tempo equivalente de resistência ao fogo em substituição aos TRRF
estabelecidos nesta norma, conforme metodologia descrita no ADENDO “C”.
5.3.2 Para edificação com altura superior a 6,00m, admite-se o uso do método acima
descrito, contudo, fica limitada a redução de 30 min dos valores dos TRRF
constantes da Tabela A do ADENDO “A”, desta Norma.
5.3.3 Na utilização do método do tempo equivalente, os TRRF resultantes dos
cálculos não poderão ter valores inferiores a 30 minutos.
5.3.4 O método do tempo equivalente não pode ser empregado nas condições
abaixo:
a) edificações do grupo L (explosivos);
b) edificações de divisões M1 (túneis); M2 (parques de tanques); e M3 (centrais
de comunicação e energia);
c) edificações com estruturas de madeira.
5.3.5 No dimensionamento desse método, adotar módulos de no máximo 500 m 2 de
área de piso. Módulos maiores podem ser utilizados, quando o espaço
analisado possuir características construtivas e cargas de incêndio uniformes.
Será considerado o TRRF de maior valor obtido (observar item 5.15 desta
Norma, quando se tratar de ocupação mista).
5.4 Ensaios:
Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos, de acordo com as
normas técnicas nacionais ou, na ausência destas, de acordo com normas ou
especificações estrangeiras internacionalmente reconhecidas.
5.5 Dimensionamento de elementos estruturais em situação de incêndio:
5.5.1 Elementos estruturais de aço e elementos estruturais mistos de aço e
concreto:
Devem ser calculados de acordo com a NBR 14323 – 1999 - Dimensionamento de
estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento.
5.5.2 Elementos estruturais de concreto:
Devem ser calculados de acordo com a NBR–15200 – 2004 - Projeto de estruturas
de concreto em situação de Incêndio – Procedimento.
5.5.3 Outros materiais estruturais:
Na ausência de normas nacionais, poderão ser utilizadas normas ou especificações
estrangeiras internacionalmente reconhecidas.
5.6 Cobertura:
As estruturas das coberturas que não atendam aos requisitos de isenção do
ADENDO “A” devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF das estruturas principais da
edificação.
A2.5 O TRRF das vigas secundárias, conforme item 5.17 desta norma, não
necessita ser maior que:
a) 60 minutos para as edificações de classes P1 a P4;
b) 90 minutos para as edificações de classe P5.
A2.5.1 Estas condições não se aplicam às edificações com altura superior a 80
metros.
A2.6 A opção de escolha pra determinação do TRRF conforme item 5.3 (tempo
equivalente) fica a critério do responsável técnico, não podendo haver em qualquer
hipótese sobreposições de isenções, em função do item A2 e sub itens ou em
função de aços não convencionais.
GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS
PALÁCIO ARAGUAIA
(*) Paredes sem função estrutural ensaiadas totalmente vinculadas dentro da estrutura de concreto armado, com dimensões 2,8m x 2,8m totalmente expostas ao fogo (em uma face)
(**) Ensaio encerrado sem ocorrência de falência em nenhum dos três critérios de avaliação.
ADENDO “C” À NORMA TÉCNICA No 6 (normativo)
Método do tempo equivalente de resistência ao fogo
teq = qfi n s K W E
Onde:
Tabela C1 - Fator K
b= c K
(J/m s2 1/2
C) (min . m2 / MJ)
b i Ai
b=
At - A
Onde:
bi – é o fator b do elemento de compartimentação i;
Ai – área do elemento de compartimentação i (m2);
At – área total do compartimento (piso, teto e paredes) (m2);
A – área de ventilação vertical (janelas, portas e similares) (m2).
Obs.: Não computar forros e revestimentos que possam ser destruídos pela ação do
incêndio.
4
A
v
0 ,3 90 0 ,4 f
6 0 ,62 A 0 ,5
W
H A A
1 v h
10
12 ,5 1 A A
f f
Área do
compartimento Altura da edificação (m) - s1
(m2)
6 < h 12 < h 23 < h 30 < h
Térrea h6 12 23 30 80
H > 80
750 1.00 1.00 1.10 1.20 1.25 1.45 1.60
1000 1.05 1.10 1.15 1.25 1.35 1.65 1.85
2500 1.10 1.25 1.40 1.70 1.85 2.60 3.00
5000 1.15 1.45 1.75 2.35 2.65 3.00 3.00
7500 1.25 1.70 2.15 3.00 3.00 3.00 3.00
10000 1.30 1.90 2.50 3.00 3.00 3.00 3.00
20000 1.60 2.80 3.00 3.00 3.00 3.00 3.00
65000 3.00 3.00 3.00 3.00 3.00 3.00 3.00
Aheq
V=
At