L Insalubridade IEDS R00 30-07-20
L Insalubridade IEDS R00 30-07-20
L Insalubridade IEDS R00 30-07-20
Laudo de Insalubridade
ÍNDICE
1 IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO
4 CARACTERÍSTICAS DA UNIDADE
5 INTRODUÇÃO
Qtd.
Função Setor CBO Total
p/setor
Qtd.
Função Setor CBO Total
p/setor
MEDICO - CLINICO
4 CLINICA MEDICA 1 2231-15 1
GERAL/MEDICINA INTERNA
Total 28
O Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária – IEDS atua como referência para todo o
estado nos casos de Hanseníase que necessitem de internações de média e/ou baixa
complexidade. Além de atuar em outras doenças dermatológicas, como psoríase e vitiligo,
participamos do calendário anual da campanha de prevenção do câncer de pele da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.
8 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
- Cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas pelo setor de CCIH para prevenção de
contaminação oriunda da assistência;
- Realizar cuidados diretos de enfermagem nas urgências e emergências clínicas, fazendo a
indicação para a continuidade da assistência prestada;
- Prescrever a assistência de Enfermagem;
- Realizar cuidados diretos a pacientes com risco de morte;
- Realizar cuidados de maior complexidade técnica;
- Realizar treinamento para utilização adequada de EPI’s no caso de pacientes em isolamento;
- Fiscalizar o uso correto e adequado dos EPI’s (gorro, máscara cirúrgica, máscara N95 ou
similar, óculos de proteção, capote descartável de mangas longas e luvas);
- Orientar e fiscalizar o descarte adequado dos EPI’s utilizados no cuidado aos pacientes;
suspeito/confirmado de COVID-19 ou qualquer outra enfermidade infectocontagiosa;
- Orientar e fiscalizar o adequado preparo do corpo após o óbito de pacientes de COVID-19 de
acordo com as orientações do Ministério da Saúde;
- Ações assistenciais:
- Polimento coronário;
- Raspagem supragengival;
- Inserção e condensação de material restaurador;
- Antissepsia do campo operatório antes e após procedimento cirúrgico;
- Remoção de sutura;
- Isolamento do campo operatório;
- Preparo do usuário para atendimento no leito ou no consultório;
- Instrumentação à quatro mãos;
- Manipulação de materiais odontológicos.
-Ações de prevenção:
- Realização de levantamento epidemiológico;
- Promoção da saúde e prevenção de doenças bucais;
- Higienização oral e aplicação tópica de flúor;
- Visitas nos leitos e abrigos;
- Atividades clínicas nas visitas.
A coleta de dados foi feita com entrevista da chefia de cada setor e com base nos PPRA
antigos da unidade. Este levantamento tem como base os dados levantados na emissão da
análise global do PPRA de Revisão 0.
Não identificado.
Principais
Principais
Meios de
Tipo de Proteções
Função Setor Principais Fontes Propagação e
Exposição Disponibilizadas
Formas de
/ Aplicáveis
Contágio
- Jaleco; -
Máscara
descartável; -
Biológicos
Luva de
Habitual e Microrganismos Respiratória
1 ENFERMEIRO GERAL CLINICA MEDICA procedimento
Permanente –vírus e Dérmica
estéril e não
bactérias
estéril; -
Máscara
PFF2/N95.
FARMACEUTICO
2 AMBULATÓRIO - - - -
HOSPITALAR
Biológicos
Habitual e Microrganismos Respiratória Sem EPI
3 FONOAUDIOLOGO AMBULATÓRIO
Permanente –vírus e Dérmica disponível
bactérias
Biológicos
MEDICO - CLINICO
Habitual e Microrganismos Respiratória
4 GERAL/MEDICINA CLINICA MEDICA Não informado
Permanente –vírus e Dérmica
INTERNA
bactérias
Principais
Principais
Meios de
Tipo de Proteções
Função Setor Principais Fontes Propagação e
Exposição Disponibilizadas
Formas de
/ Aplicáveis
Contágio
Biológicos
MEDICO - Habitual e Microrganismos Respiratória
5 AMBULATÓRIO Não informado
DERMATOLOGISTA Permanente –vírus e Dérmica
bactérias
Biológicos
NUTRICIONISTA - Habitual e Microrganismos Respiratória
6 NUTRIÇÃO Não informado
NUTRICAO Permanente –vírus e Dérmica
bactérias
- Jaleco; -
Máscara
descartável; -
Biológicos
Luva de
Habitual e Microrganismos Respiratória
7 TECNICO DE ENFERMAGEM CLINICA MEDICA procedimento
Permanente –vírus e Dérmica
estéril e não
bactérias
estéril; -
Máscara
PFF2/N95.
-Jaleco; -
Biológicos Máscara
Microrganismos descartável; -
TECNICO EM SAUDE Habitual e Respiratória
8 CLINICA MEDICA –vírus e Luva de
BUCAL - ODONTOLOGIA Permanente Dérmica
bactérias e procedimento
Químicos estéril e não
estéril;
Nota –
Empregadas que atuem com exposição ou com possibilidade de exposição à radiação ionizante e/ou a
quimioterápicos e/ou a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem ser afastadas destas
fontes de risco, desde a suspeita da gravidez até o término do período de amamentação (em caso de
confirmação) exercendo, durante esse intervalo, atividades alternativas, a serem determinadas por seu
supervisor imediato, em conjunto com os demais responsáveis aplicáveis, da Unidade.
Observação 1:
As proteções individuais aplicáveis não são, necessariamente, EPI – touca e máscara cirúrgica não são
EPI, pois não são listados no Anexo I da NR-6.
Observação 2:
Deve-se utilizar capote quando do contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas (ou
com suspeita destas doenças), como meningite, SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e
tuberculose além da proteção respiratória específica (máscara PFF2).
Fabricante / CA ou Registro
EPI / Dispositivo Validade Aprovado para
Importador ANVISA
Luva Para Descarpack Proteção Das Mãos Do
1 Procedimentos Descartaveis Do 36964 05/01/2021 Usuário Contra Agentes
Não-Cirúrgicos Brasil Ltda Biológicos
Luva Para Proteção Das Mãos Do
2 Procedimentos Targa Sa 36973 12/11/2020 Usuário Contra Agentes
Não-Cirúrgicos Biológicos
A NR15 possui quatro anexos referentes aos agentes químicos no ambiente de trabalho.
Os Anexos XI e XII listam os produtos químicos que possuem limites de tolerância definidos.
Portanto, os agentes listados nestes anexos exigem rigoroso levantamento quantitativo da
concentração destes agentes no ar do ambiente para averiguar possíveis condições insalubres.
Já os anexos XIII e XIII possuem em sua maioria orientações de análises qualitativas para a
verificação da insalubridade. Deste modo, dependendo do agente químico, a avaliação poderá
necessitar de levantamentos quantitativos e/ou qualitativos.
A primeira etapa para avaliação dos agentes químicos é o levantamento de cada
produto químico existente no local. Assim, é possível verificar se os produtos são descritos na
NR15 como agentes insalubres e se estes produtos químicos possuem limites de tolerância, ou
exigem apenas uma analise qualitativa. Abaixo está o inventário de produtos levantados.
Aqui será feito uma numeração nos itens do anexo 14 da NR15 para facilitar o vínculo
do profissional à exposição expressa no anexo. Para simplificação do laudo, será transcrito
neste item apenas os itens utilizados no laudo.
ANEXO XIV -AGENTES BIOLÓGICOS
BMax.1 “trabalho ou operações, em contato permanente com pacientes em isolamento
por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados; ”
BMax.2 “trabalho ou operações, em contato permanente com carnes, glândulas,
vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); ”
BMax.3 “trabalho ou operações, em contato permanente com esgotos (galerias e
tanques); e”
BMax.4 “trabalho ou operações, em contato permanente com lixo urbano (coleta e
industrialização). ”
BMed.5 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com
material infecto-contagiante, em hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios,
postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana
(aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);”
BMed.6 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com
material infecto-contagiante, em hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros
estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao
pessoal que tenha contato com tais animais);”
Embora a norma informe que o adicional por agentes biológicos é merecido apenas para
contato permanente. O entendimento da maioria dos Juízes trabalhistas considera que o
contato intermitente não pode, por si só, afastar o adicional de insalubridade. Este
entendimento é corroborado pela Súmula Jurisprudencial de nº 47 do TST. Deste modo, a
interpretação literal da norma pode gerar diversos problemas jurídicos futuros.
A NR 6 prevê alguns EPI disponíveis para o frio, como japonas, gorros, luvas e botas
com proteções térmicas. No local de trabalho da câmara fria existe apenas uma japona sem
capuz. A ausência dos demais EPI expõe os profissionais ao frio que é mais danoso nas
extremidades do corpo conforme aponta a ACGIH. Portanto, a FSERJ não dispõe dos EPI
necessários para neutralizar o agente frio.
Não foi constatado EPI que possam neutralizar a exposição aos agentes Biológicos.
Conforme consta na página no item 13. 3. do livro Insalubridade e Periculosidade de T. Saliba
e M. Corrêa, 17ª edição de 2019: “A insalubridade por agentes biológicos é inerente a
atividade, isto é, não há eliminação com medidas aplicadas ao ambiente nem neutralização
com o uso de EPIs. A adoção de sistemas de ventilação e o uso de luvas, máscara e outros
equipamentos que evitem o contado com agentes biológicos podem apenas minimizar o risco.
Portanto, mesmo que os EPI não afastem a insalubridade da atividade, eles ainda assim
são extremamente importantes para preservar da melhor forma possível a integridade física e
mental dos profissionais.
Para trabalhos com materiais biológicos, a portaria n.º 12, de 12/11/1979 diz em seu
Parágrafo único que “Contato permanente com pacientes, animais ou material infecto-
contagiante é o trabalho resultante da prestação de serviço contínuo e obrigatório, decorrente
de exigência firmada no próprio contrato de trabalho, com exposição permanente aos agentes
insalubres.”
Visto que todo o profissional aqui listado possui contato resultante da prestação de
serviço contínuo e obrigatório decorrente de exigência firmada no próprio contrato de trabalho,
considerou-se permanente os seus contatos com os agentes encontrados no ambiente de
trabalho.
11 CONCLUSÃO
Referência
legal (Esta
Faz jus ao
coluna é
Função Setor adicional de Grau
associada
insalubridade?
com o item
10.5)
Máximo
40%
1 ENFERMEIRO GERAL CLINICA MEDICA Sim¹ Durante Bmax.1
a
pandemia
Médio
3 FONOAUDIOLOGO AMBULATÓRIO Sim² Bmed.5
20%
Médio
5 MEDICO - DERMATOLOGISTA AMBULATÓRIO Sim² Bmed.5
20%
Médio
6 NUTRICIONISTA - NUTRICAO CLINICA MEDICA Sim² Bmed.5
20%
Máximo
40%
7 TECNICO DE ENFERMAGEM CLINICA MEDICA Sim¹ Durante Bmax.1
a
pandemia
adicional em grau máximo é afastado, pois esta doença não necessita de isolamento do
paciente para o tratamento da doença.
³ Sem contato permanente com pacientes, ou produtos químicos que gerem adicional de
insalubridade.
12 - ENCERRAMENTO
Este laudo de insalubridade foi impresso em 18 (Dezoito) páginas (com anexos inclusos),
todas rubricadas, em uma só face, sendo datada e assinada na página 18/18 devendo ser
reavaliada caso haja alguma alteração significativa na Unidade, como inclusão ou exclusão de
cargos e/ou setores, ou assim que as ações identificadas como necessárias ao atendimento da
legislação de SSO forem concluídas, ou em até 12 (doze) meses da data de sua conclusão.
__________________________________
Renan de Souza Torres
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Elaboração
MAT. 8221-2
CREA 2014126322