L Insalubridade IEDS R00 30-07-20

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IEDS Laudo de Insalubridade

Laudo de Insalubridade

IEDS– INSTITUTO ESTADUAL


DE DERMATOLOGIA
SANITÁRIA

Emissão inicial –30/07/2020


IEDS Laudo de Insalubridade

ÍNDICE

1 IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO ................................................................................................................................ 3


2 LOCAL DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS / AVALIAÇÃO ........................................................................................... 3
3 OBJETIVO DESTA REVISÃO .................................................................................................................................. 3
4 CARACTERÍSTICAS DA UNIDADE .......................................................................................................................... 3
5 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 4
6 EMPREGADOS DA FUNDAÇÃO SAÚDE LOTADOS NA UNIDADE, EM 29/07. ......................................................... 4
7 IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO E DOS RISCOS EXISTENTES / PROVÁVEIS ......................................... 5
8 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................................................................................................................. 5
8.1 - ENFERMEIRO GERAL (SETOR: CLINICA MEDICA) ..................................................................................................... 5
8.2 - FARMACÊUTICO HOSPITALAR (SETOR: AMBULATÓRIO) ................................................................................................ 6
8.3 - FONOAUDIÓLOGO - FONOAUDIOLOGIA/GERAL (SETOR: AMBULATÓRIO) ......................................................................... 6
8.4 - MEDICO – CLINICO GERAL/MEDICINA INTERNA (SETOR: CLINICA MEDICA) ..................................................................... 7
8.5 - MEDICO - DERMATOLOGIA (SETOR: ABULATÓRIO) ..................................................................................................... 8
8.6 - NUTRICIONISTA - NUTRIÇÃO (SETOR: CLINICA MEDICA) .............................................................................................. 8
8.7 - TÉCNICO DE ENFERMAGEM (SETOR: CLINICA MEDICA) ................................................................................................ 8
8.8 – TECNICO EM SAUDE BUCAL - ODONTOLOGIA (SETOR: CLINICA MEDICA) ............................................................ 9
9 PRINCIPAIS REFERÊNCIAS LEGAIS E BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................10
10 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DO LAUDO ........................................................................................................10
10.1 – RECONHECIMENTO DOS LOCAIS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ...................................................................................... 10
10.2 – ENTREVISTAS COM OS PROFISSIONAIS ...................................................................................................................... 11
10.3 – VERIFICAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS RISCOS E DAS PROTEÇÕES DISPONIBILIZADAS................................................................. 11
10.4 AVALIAÇÃO DAS PROTEÇÕES INDIVIDUAIS DISPONÍVEIS .................................................................................................. 13
10.5 - APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO.................................................................................................................................... 15
10.6 - CONSULTA À JURISPRUDÊNCIA ................................................................................................................................ 16
10.7 - AVALIAÇÃO DAS PROTEÇÕES INDIVIDUAIS DISPONÍVEIS................................................................................................. 16
10.8 – DEFINIÇÃO DE PERMANENTE.................................................................................................................................. 16
11 CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................17
11.1 – QUADRO CONCLUSIVO ......................................................................................................................................... 17
12 - ENCERRAMENTO ..........................................................................................................................................18

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1 IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO

Razão social: Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro.


CNPJ: 10.834.118/0001-79
CNAE – Atividade Principal: 84.11-6-00 - Administração pública em geral.
CNAE – Atividades Secundárias: 72.20700 – Pesquisa e desenvolvimento experimental em
ciências sociais e humanas; 85.99604 – Treinamento em desenvolvimento profissional e
gerencial.
Natureza Jurídica: Cód. 114-7126-0 - Fundação Pública de Direito Privado Estadual ou do
Distrito Federal.
Grau de risco: 1.
CNES: 2269678.
Endereço: Avenida Padre Leonel Franca, 248 – Gávea – Rio de Janeiro - RJ.
Telefone: (21) 2334-5010.

2 LOCAL DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS / AVALIAÇÃO

Razão social: Secretaria de Estado de Saúde – SES.


Nome fantasia: INSTITUTO ESTADUAL DE DERMATOLOGIA SANITÁRIA
CNPJ: 42.498.717/0014-70
CNAE - 86.10 – 1-01 Atividades de Atendimento Hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades
para atendimento a urgências.
CNAE – Atividades Secundárias: não informada.
Grau de Risco – 3.
Natureza Jurídica: Cód. 102-3 - Órgão Público do Poder Executivo Estadual ou do Distrito
Federal.
CNES: -
Endereço: Rua Godofredo Viana, 64, Tanque – Jacarepaguá – RJ

3 OBJETIVO DESTA REVISÃO

Esta é a primeira emissão do laudo de insalubridade da unidade em relação aos


empregados da FSERJ ali lotados, perante os dados identificados quando do levantamento
ambiental para a elaboração da Análise Global do Documento Base do PPRA do IEDS, Revisão
0 de 29/07/2020.

4 CARACTERÍSTICAS DA UNIDADE

A unidade é formada por um conjunto arquitetônico de pavilhões e casas que se


destinam para atividades administrativas, hospitalares e residenciais. O Complexo Comunitário
passou por um processo de regularização fundiária, no ano de 2010, onde foi concedido pelo
ITERJ – Instituto de Terras de Estado do Rio de janeiro a promessa de concessão de uso das
casas resididas pelos remanescentes na época da compulsória e seus descendentes. A área
hospitalar é formada por um prédio administrativo, um prédio hospitalar, pavilhão de

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fisioterapia, ambulatório de dermatologia, sala de curativo, três pavilhões asilares e três


pavilhões moradia.
Hoje, O Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária – IEDS atua como referência para
todo o estado nos casos de Hanseníase que necessitem de internações de média e/ou baixa
complexidade. Além de atuar em outras doenças dermatológicas, como psoríase e vitiligo,
participamos do calendário anual da campanha de prevenção do câncer de pele da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.

5 INTRODUÇÃO

O artigo 189 da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1.977 considera as Atividades ou


Operações Insalubres como aquelas que “, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
– LT - fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos
seus efeitos”. Sendo limite de tolerância a concentração ou a intensidade máxima ou mínima,
relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à
saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Para fins de regulamentação, o artigo 194 da mesma lei determina que a caracterização
do merecimento de adicional de insalubridade é feito exclusivamente pela Norma
Regulamentadora nº 15 - Atividades e Operações Insalubres, da Secretaria Especial do
Trabalho do Ministério da Economia. No entanto, a simples constatação de ambientes de local
insalubres não resulta diretamente no direito à percepção de adicional de insalubridade, pois o
seu artigo 191 dispõe que a insalubridade poderá ser neutralizada ou eliminada nas seguintes
condições:
“I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. ”
Embora a lei 6.514/77 vincule as atividades ou operações insalubres exclusivamente
aos Limites de Tolerâncias, a NR-15 faz uso de meras avaliações qualitativas para
determinados agentes. Ou seja, a simples exposição à determinados agentes já poderá
caracterizar as condições insalubres de trabalho.
A citada NR considera, para fins de percepção ao adicional de insalubridade, a
exposição habitual, permanente. Porém, a avaliação de agentes biológicos restringe o
merecimento de adicional apenas para profissionais que possuam exposição permanente. Tal
restrição contraria a súmula jurisprudencial nº47 do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e o
entendimento jurídico que consideram que a exposição intermitente, por si só, não pode
afastar o direito à percepção do respectivo adicional.

6 EMPREGADOS DA FUNDAÇÃO SAÚDE LOTADOS NA UNIDADE, EM


29/07.

Qtd.
Função Setor CBO Total
p/setor

1 ENFERMEIRO GERAL CLINICA MEDICA 6 2235-05 6

2 FARMACEUTICO HOSPITALAR AMBULATÓRIO 1 2234-05 1

3 FONOAUDIOLOGO AMBULATÓRIO 1 2238-10 1

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Qtd.
Função Setor CBO Total
p/setor

MEDICO - CLINICO
4 CLINICA MEDICA 1 2231-15 1
GERAL/MEDICINA INTERNA

5 MEDICO - DERMATOLOGISTA AMBULATÓRIO 2 2251-35 2

6 NUTRICIONISTA - NUTRICAO CLINICA MEDICA 1 2237-10 1

7 TECNICO DE ENFERMAGEM CLINICA MEDICA 15 2237-10 1

TECNICO EM SAUDE BUCAL -


8 CLINICA MEDICA 1 3222-05 15
ODONTOLOGIA

Total 28

7 IDENTIFICAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO E DOS RISCOS


EXISTENTES / PROVÁVEIS

O Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária – IEDS atua como referência para todo o
estado nos casos de Hanseníase que necessitem de internações de média e/ou baixa
complexidade. Além de atuar em outras doenças dermatológicas, como psoríase e vitiligo,
participamos do calendário anual da campanha de prevenção do câncer de pele da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.

8 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

8.1 - ENFERMEIRO GERAL (SETOR: CLINICA MEDICA)

- Realizar plano de cuidados de enfermagem e supervisionar a continuidade da assistência


prestada aos pacientes;
- Supervisionar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem;
- Realizar escala diária de atividades dos funcionários;
- Avaliar criteriosamente, ao realizar a escala de atividades diárias, funcionários do grupo de
risco para COVID-19;
- Conferir o material permanente e psicotrópicos do setor;
- Priorizar o atendimento aos pacientes dependendo do grau de complexidade clínico;
- Checar materiais e equipamentos necessários a assistência;
- Manter ambiente seguro tanto para o paciente quanto para a equipe multiprofissional;
- Recepcionar o paciente no setor, certificando-se do correto preenchimento dos impressos
próprios do prontuário, pulseira de identificação e exames;
- Executar rotinas e procedimentos pertinentes à sua função;
- Realizar avaliação de desempenho da equipe, conforme norma da instituição;
- Prever e prover o setor de materiais e equipamentos;
- Orientar, supervisionar e avaliar o uso adequado de materiais e equipamentos, garantindo o
correto uso dos mesmos;

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- Cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas pelo setor de CCIH para prevenção de
contaminação oriunda da assistência;
- Realizar cuidados diretos de enfermagem nas urgências e emergências clínicas, fazendo a
indicação para a continuidade da assistência prestada;
- Prescrever a assistência de Enfermagem;
- Realizar cuidados diretos a pacientes com risco de morte;
- Realizar cuidados de maior complexidade técnica;
- Realizar treinamento para utilização adequada de EPI’s no caso de pacientes em isolamento;
- Fiscalizar o uso correto e adequado dos EPI’s (gorro, máscara cirúrgica, máscara N95 ou
similar, óculos de proteção, capote descartável de mangas longas e luvas);
- Orientar e fiscalizar o descarte adequado dos EPI’s utilizados no cuidado aos pacientes;
suspeito/confirmado de COVID-19 ou qualquer outra enfermidade infectocontagiosa;
- Orientar e fiscalizar o adequado preparo do corpo após o óbito de pacientes de COVID-19 de
acordo com as orientações do Ministério da Saúde;

8.2 - FARMACÊUTICO HOSPITALAR (SETOR: AMBULATÓRIO)

- Controle de estoque de medicamentos;


- Registro no livro de psicotrópicos;
- Dispensação de medicamentos;
- Atendimento Programa Pacientes de Lupos e Hanseníase;
- Atendimento ambulatorial.

8.3 - FONOAUDIÓLOGO - FONOAUDIOLOGIA/GERAL (SETOR: AMBULATÓRIO)

- Atuam nos diferentes âmbitos da fonoaudiologia em todos os setores da instituição:


Pavilhões, bloco Hospitalar e Ambulatório. É função destes profissionais, além da avaliação
diagnóstica e ação terapêutica junto aos pacientes, o trabalho de promoção de saúde,
orientação e formação continuada de outros profissionais.
- No ambiente ambulatorial:
- Atender pacientes e clientes para prevenção, habilitação e reabilitação dos mesmos,
utilizando protocolos e procedimentos específicos de fonoaudiologia;
- Tratar de pacientes e clientes. Efetuar avaliação e diagnóstico fonoaudiólogo;
- Orientar pacientes, clientes, familiares, cuidadores e responsáveis. Desenvolver
programas de prevenção, promoção da saúde e qualidade de vida no âmbito
ambulatorial.
- Coordenar equipes e atividades;
- Assumir a responsabilidade técnica sobre setores específicos;
- Exercer demais atribuições pertinentes à especialidade, à função e ao local de trabalho;
- Disponibilizar informações a fim de subsidiar registro ao setor de faturamento de todas
as atividades e procedimentos realizados pelo profissional utilizando o instrumento
correto, assim como compatibilidade de CID (Código Internacional de Doenças) e CBO
(Código Brasileiro de Ocupações) evitando glosas ou perdas.
- No ambiente hospitalar/Pavilhões:

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- Avaliar e oferecer terapia da deglutição e das estruturas do sistema estomatognático;


- Indicar condutas quanto a via e modo de alimentação e estabelecer prognóstico para a
deglutição orofaríngea;
- Promover funções estomatognáticas de sucção, mastigação e deglutição;
- Promover, juntamente com a equipe, condutas que auxiliem desmame da cânula de
traqueostomia;
- Avaliar e realizar terapia de voz, fala e linguagem no paciente internado;
- Reabilitar o paciente à execução de suas funções mentais superiores, visando compreensão
da palavra falada;
- Realizar estimulação miofuncional de pacientes crônicos;
- Orientar familiares, equipe e paciente;
- Desenvolver atividades de formação continuada para outros profissionais;
- Disponibilizar informações a fim de subsidiar registro ao setor de faturamento de todas as
atividades e procedimentos realizados pelo profissional utilizando o instrumento correto, assim
como compatibilidade de CID (Código Internacional de Doenças) e CBO (Código Brasileiro de
Ocupações) evitando glosas ou perdas.

8.4 - MEDICO – CLINICO GERAL/MEDICINA INTERNA (SETOR: CLINICA MEDICA)

Prestar assistência Médica ao indivíduo, família e comunidade mediante:


- Avaliação do estado de saúde do indivíduo através da consulta médica;
- Realização e interpretação testes complementares de diagnósticos;
- Diagnóstico, classificação do caso e prescrição do tratamento, indicando o esquema
terapêutico conforme normas estabelecidas, enfatizando as doses supervisionada;
- Diagnóstico e avaliação do grau de incapacidade, e a conduta pertinente a cada caso;
- Avaliação clínica neurológica e laboratorial;
- indicação de alta;
- Prescrição do tratamento das rações Hansênicas e prescrição do tratamento de complicações
da doença de base, além de outras comorbidades associadas;
- Atendimento de intercorrências clínicas;
- Realização e acompanhamento de transferência de pacientes para outras unidades, quando
necessário;
- Atendimento em abrigo e pavilhões, quando necessário. Execução de visita domiciliar
conforme prioridades;
- Assistência hospitalar aos pacientes internados;
- Execução de visita domiciliar conforme prioridade;
- Participação nas ações que compõem a mobilização da comunidade e a participação social da
mesma nas atividades de controle de hanseníase. Desenvolvimento de ações de controle de
acordo com as diretrizes da Política de Controle de Hanseníse, do Ministério da Saúde,
Fundação Nacional da Saúde, mediante; e
- Planejamento da assistência do paciente com ênfase no levantamento epidemiológico e
operacional do problema da hanseníase.

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8.5 - MEDICO - DERMATOLOGIA (SETOR: ABULATÓRIO)

- Atendimento ambulatorial e cirúrgico de pacientes com doenças de pele, sendo essas


doenças de caráter infectocontagioso (fungos, vírus e/ou bactérias), autoimune, inflamatórias,
neoplásicas e tumorais.
- Atendimento e acompanhamento de pacientes diagnosticados com Hanseníase (Lepra).
- Realização de cirurgias para elucidação diagnóstica e terapêutica de doenças de pele de
caráter neoplásico, infeccioso ou inflamatório.

8.6 - NUTRICIONISTA - NUTRIÇÃO (SETOR: CLINICA MEDICA)

- Antropometria: Medição dos diversos compartimentos corporais, através da verificação de


dados que inclui peso, altura, pregas cutâneas e circunferência dos membros.
- Exame Físico: Realizado de forma sumária, utilizando a palpação e a inspeção. Tem como
objetivo a avaliação subjetiva da perda de gordura, massa muscular e presença de líquido no
espaço extracelular (edema tornozelo, sacral e ascite), além dos sinais de deficiência de
nutrientes que possam chamar a atenção.
- Lidam diária e diretamente com pacientes e, seguindo nossas atribuições, realizamos visitas
(em leito) e diagnóstico nutricional, o que inclui exames físico e antropométrico. Nestes
hospitais, parte da população atendida apresenta doenças infectocontagiosas.

8.7 - TÉCNICO DE ENFERMAGEM (SETOR: CLINICA MEDICA)

- Participar da programação da assistência de enfermagem;


- Executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro;
- Participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
- Participar da equipe de saúde.
- Assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência
de enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis;
d) na prevenção e no controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a
pacientes durante a assistência de saúde;
- Prestar assistência de enfermagem segura, humanizada e individualizada aos pacientes, sob
supervisão do enfermeiro, assim como colaborar nas atividades de ensino e pesquisa
desenvolvidas na Instituição;
- Auxiliar o superior na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral, em
programas de vigilância epidemiológica e no controle sistemático da infecção hospitalar;
- Preparar pacientes para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização
dos mesmos;
- Colher e ou auxiliar o paciente na coleta de material para exames de laboratório, segundo
orientação;

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- Realizar exames de eletrodiagnósticos e registrar os eletrocardiogramas efetuados, segundo


instruções médicas ou de enfermagem;
- Orientar e auxiliar pacientes, prestando informações relativas a higiene, alimentação,
utilização de medicamentos e cuidados específicos em tratamento de saúde;
- Verificar os sinais vitais e as condições gerais do paciente, segundo prescrição médica e de
enfermagem;
- Preparar e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea,
intramuscular, endovenosa e retal, segundo prescrição médica, sob supervisão do Enfermeiro;
- Cumprir prescrições de assistência médica e de enfermagem;
- Realizar a movimentação e o transporte de pacientes de maneira segura;
- Auxiliar nos atendimentos de urgência e emergência;
- Realizar controles e registros das atividades do setor e outros que se fizerem necessários
para a realização de relatórios e controle estatístico;
- Efetuar o controle diário do material utilizado, bem como requisitar, conforme as normas da
instituição, o material necessário à prestação da assistência à saúde do paciente;
- Controlar materiais, equipamentos e medicamentos sob sua responsabilidade;
- Manter equipamentos e a unidade de trabalho organizada, zelando pela sua conservação e
comunicando ao superior eventuais problemas;
- Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização de materiais e equipamentos, bem
como seu armazenamento e distribuição;
- Propor a aquisição de novos instrumentos para reposição daqueles que estão avariados ou
desgastados;
- Auxiliar na preparação do corpo após o óbito;
- Participar de programa de treinamento, quando convocado;
- Fazer uso adequado de EPI’s (gorro, máscara cirúrgica, máscara N95 ou similar, óculos de
proteção, capote descartável de mangas longas e luvas), aplicando técnica correta de uso,
retirada e descarte, quando em atividades com pacientes em isolamento;
- Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função.

8.8 – TECNICO EM SAUDE BUCAL - ODONTOLOGIA (SETOR: CLINICA MEDICA)

- Ações assistenciais:
- Polimento coronário;
- Raspagem supragengival;
- Inserção e condensação de material restaurador;
- Antissepsia do campo operatório antes e após procedimento cirúrgico;
- Remoção de sutura;
- Isolamento do campo operatório;
- Preparo do usuário para atendimento no leito ou no consultório;
- Instrumentação à quatro mãos;
- Manipulação de materiais odontológicos.

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-Ações de prevenção:
- Realização de levantamento epidemiológico;
- Promoção da saúde e prevenção de doenças bucais;
- Higienização oral e aplicação tópica de flúor;
- Visitas nos leitos e abrigos;
- Atividades clínicas nas visitas.

9 PRINCIPAIS REFERÊNCIAS LEGAIS E BIBLIOGRÁFICAS

 CRFB/88, art. 7º, XXII e XXIII;


 Lei 6514/77 - Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho,
relativo à segurança e medicina do trabalho e dá outras providências;
 NR-15 – Atividades e Operações Insalubres;
 PL 6787-B de 2016 – Reforma Trabalhista;
 Jurisprudências (dentro dos limites da Reforma Trabalhista, PL 6787-B);
 Documento Base PPRA IEDS e suas Análises Globais; e
 Laudo de Insalubridade IEDS, Rev. 0.
 Saliba, T. M.; Corrêa, M. A. C., Insalubridade e Periculosidade: Aspectos Técnicos e
Práticos, Ed. 17, 2019.

10 ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DO LAUDO

10.1 – RECONHECIMENTO DOS LOCAIS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Edificação Andar Setor Descrição

Piso: cimentício; Parede: alvenaria


revestida com tinta; Iluminação:
1º Andar Odontologia Natural e artificial; Ventilação: natural e
artificial; Teto: Laje maciça revestida
Edificação com tinta.
Principal
Piso: azulejo; Parede: alvenaria
revestida com tinta; Iluminação:
Farmácia - Serviço
Natural e artificial; Ventilação: natural e
Farmácia
artificial; Teto: Laje maciça revestida
com tinta.
Piso: azulejo; Parede: alvenaria
revestida com cerâmica; Iluminação:
Farmácia – Sala de
Natural e artificial; Ventilação: natural e
Manipulação
artificial; Teto: Laje maciça revestida
com tinta.
Piso: azulejo; Parede: alvenaria
2º Andar revestida com tinta; Iluminação:
Sala de dispensação Natural e artificial; Ventilação: natural e
artificial; Teto: Laje maciça revestida
com tinta.
Piso: azulejo; Parede: alvenaria
revestida com tinta; Iluminação:
Sala de Enfermagem Natural e artificial; Ventilação: natural e
artificial; Teto: Laje maciça revestida
com tinta.
Piso: azulejo; Parede: alvenaria
revestida com tinta; Iluminação:
Sala de Nutrição
Natural e artificial; Ventilação: natural e
artificial; Teto: Laje maciça revestida

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Edificação Andar Setor Descrição


Edificação com tinta.
Principal

Piso: cimentício; Parede: alvenaria


revestida com tinta; Iluminação:
3º Andar 5 salas de Enfermaria Natural e artificial; Ventilação: natural e
artificial; Teto: Laje maciça revestida
com tinta.
2º Edificação Térreo Fonoaudiologia Iluminação: natural e artificial;
Piso: placas cerâmicas altamente
deterioradas; Parede: alvenaria
revestida com tinta com divisórias em
3º Edificação Térreo Ambulatório Dermatologia
gesso; Iluminação: Natural e artificial;
Ventilação: natural e artificial; Teto:
Laje maciça revestida com tinta.
Construções prediais em formatos
Pavilhões Variados Variados variados para abrigarem os pacientes e
suas famílias.

10.2 – ENTREVISTAS COM OS PROFISSIONAIS

A coleta de dados foi feita com entrevista da chefia de cada setor e com base nos PPRA
antigos da unidade. Este levantamento tem como base os dados levantados na emissão da
análise global do PPRA de Revisão 0.

10.3 – VERIFICAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS RISCOS E DAS PROTEÇÕES DISPONIBILIZADAS

10.3.1 . Proteção Coletiva

Não identificado.

10.3.2 . Exposição aos Riscos e Proteções Individuais

Principais
Principais
Meios de
Tipo de Proteções
Função Setor Principais Fontes Propagação e
Exposição Disponibilizadas
Formas de
/ Aplicáveis
Contágio
- Jaleco; -
Máscara
descartável; -
Biológicos
Luva de
Habitual e Microrganismos Respiratória
1 ENFERMEIRO GERAL CLINICA MEDICA procedimento
Permanente –vírus e Dérmica
estéril e não
bactérias
estéril; -
Máscara
PFF2/N95.
FARMACEUTICO
2 AMBULATÓRIO - - - -
HOSPITALAR
Biológicos
Habitual e Microrganismos Respiratória Sem EPI
3 FONOAUDIOLOGO AMBULATÓRIO
Permanente –vírus e Dérmica disponível
bactérias
Biológicos
MEDICO - CLINICO
Habitual e Microrganismos Respiratória
4 GERAL/MEDICINA CLINICA MEDICA Não informado
Permanente –vírus e Dérmica
INTERNA
bactérias

Elaboração Levantamento de Campo / Suporte Técnico Data Revisão


Renan Torres - EST - 30/07/2020 0 11/18
IEDS Laudo de Insalubridade

Principais
Principais
Meios de
Tipo de Proteções
Função Setor Principais Fontes Propagação e
Exposição Disponibilizadas
Formas de
/ Aplicáveis
Contágio
Biológicos
MEDICO - Habitual e Microrganismos Respiratória
5 AMBULATÓRIO Não informado
DERMATOLOGISTA Permanente –vírus e Dérmica
bactérias
Biológicos
NUTRICIONISTA - Habitual e Microrganismos Respiratória
6 NUTRIÇÃO Não informado
NUTRICAO Permanente –vírus e Dérmica
bactérias
- Jaleco; -
Máscara
descartável; -
Biológicos
Luva de
Habitual e Microrganismos Respiratória
7 TECNICO DE ENFERMAGEM CLINICA MEDICA procedimento
Permanente –vírus e Dérmica
estéril e não
bactérias
estéril; -
Máscara
PFF2/N95.

-Jaleco; -
Biológicos Máscara
Microrganismos descartável; -
TECNICO EM SAUDE Habitual e Respiratória
8 CLINICA MEDICA –vírus e Luva de
BUCAL - ODONTOLOGIA Permanente Dérmica
bactérias e procedimento
Químicos estéril e não
estéril;

O uso do jaleco é obrigatório para todos os Profissionais envolvidos diretamente com a


assistência aos pacientes.
Para o caso de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas transmissíveis por
aerossóis (ou com suspeita dessas doenças), é disponibilizado o respirador purificador de ar
PFF2.
As proteções são disponibilizadas, mas não obrigatoriamente utilizadas em todos os
atendimentos. A utilização é feita conforme a necessidade. Podem ser utilizadas proteções
além ou aquém do registrado.
Sempre que identificada a possibilidade de contaminação pelas vias respiratórias, deve-
se fornecer proteção respiratória.
Observação:
Onde está escrito "pacientes", leia-se: "Pacientes e materiais utilizados por eles e neles,
antes da esterilização."
São listadas as proteções disponibilizadas, sendo o uso feito de acordo com a
necessidade, ou seja, além ou aquém do descrito.

Nota –
Empregadas que atuem com exposição ou com possibilidade de exposição à radiação ionizante e/ou a
quimioterápicos e/ou a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem ser afastadas destas
fontes de risco, desde a suspeita da gravidez até o término do período de amamentação (em caso de
confirmação) exercendo, durante esse intervalo, atividades alternativas, a serem determinadas por seu
supervisor imediato, em conjunto com os demais responsáveis aplicáveis, da Unidade.

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Observação 1:
As proteções individuais aplicáveis não são, necessariamente, EPI – touca e máscara cirúrgica não são
EPI, pois não são listados no Anexo I da NR-6.
Observação 2:
Deve-se utilizar capote quando do contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas (ou
com suspeita destas doenças), como meningite, SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e
tuberculose além da proteção respiratória específica (máscara PFF2).

10.4 AVALIAÇÃO DAS PROTEÇÕES INDIVIDUAIS DISPONÍVEIS

Fabricante / CA ou Registro
EPI / Dispositivo Validade Aprovado para
Importador ANVISA
Luva Para Descarpack Proteção Das Mãos Do
1 Procedimentos Descartaveis Do 36964 05/01/2021 Usuário Contra Agentes
Não-Cirúrgicos Brasil Ltda Biológicos
Luva Para Proteção Das Mãos Do
2 Procedimentos Targa Sa 36973 12/11/2020 Usuário Contra Agentes
Não-Cirúrgicos Biológicos

Máscara Cirúrgica Cadastro Anvisa


3 INNOVA 24/06/2024 ---
102969000822
Proteção Dos Olhos Do
Usuário Contra Impactos
De Partículas Volantes,
Óculos de DVT COMERCIO,
Contra Raios Ultravioleta
4 proteção IMPORTACAO E 27772 10/07/2025
(U) E, No Caso Das Lentes
EXPORTACAO LTDA
Cinza E Incolor Com
Revestimento Espelhado,
Contra Luz Intensa (L).
Respirador
Purificador De Ar Proteção Das Vias
Tipo Peça Ksn - Protecao Respiratórias Do Usuário
5 Semifacial 8357 25/02/2022
Respiratoria Eireli Contra Poeiras, Névoas E
Filtrante Para Fumos (Pff2).
Partículas Pff2

Touca TALGE Qualidade Reg. MS


6 Out/2024 ----
e Segurança 80605410011
Propé HNDESC Materiais Reg. Anvisa M.S
7 Descartavel --- ---
Descartáveis 80719720006
*N/A – não aplicável.
1-Todo EPI tem que ter CA – Certificado de Aprovação –, emitido pelo MTE – Ministério do Trabalho e
Emprego -, dentro da validade.
Caso não tenha CA, ou este esteja com a validade expirada, aquele Órgão considera como se não
houvesse o fornecimento do dispositivo para o empregado.
2-Excepicionalmente neste ano, a PORTARIA Nº 11.347, DE 6 DE MAIO DE 2020 do Ministério da
Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho autorizou o uso de EPI sem necessidade
específica de emissão C.A. desde que sejam cumpridas as demais exigências da portaria em questão.

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10.4.1 . Exposição aos agentes biológicos insalubres

Os riscos biológicos mais presentes no ambiente são as doenças transmitidas por


aerossóis. Estão listadas abaixo segundo o tipo de transmissão e o período de isolamento das
doenças mais comuns presentes no ambiente:

Infecção/Condição/Microrganismo Tipo de Transmissão Período de isolamento


Vias aéreas superiores (mucosa
Hanseníase nasal e orofaringe) + Contato Não se aplica
próximo e prolongado
Covid-19 Vias aéreas + Contato 15 dias ou enquanto persistir a
doença
Psoríase Não contagioso Não se aplica
Vitiligo Não contagioso Não se aplica

Fonte: Ministério da Sáude, 2020, disponível em http://saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase;


Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia, Psoríse, 2020, disponível em
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/psoriase/18/#tratamento;
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia, Vitiligo, 2020, disponível em
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/psoriase/18/#tratamento;

10.4.2 . Exposição aos agentes químicos

A NR15 possui quatro anexos referentes aos agentes químicos no ambiente de trabalho.
Os Anexos XI e XII listam os produtos químicos que possuem limites de tolerância definidos.
Portanto, os agentes listados nestes anexos exigem rigoroso levantamento quantitativo da
concentração destes agentes no ar do ambiente para averiguar possíveis condições insalubres.
Já os anexos XIII e XIII possuem em sua maioria orientações de análises qualitativas para a
verificação da insalubridade. Deste modo, dependendo do agente químico, a avaliação poderá
necessitar de levantamentos quantitativos e/ou qualitativos.
A primeira etapa para avaliação dos agentes químicos é o levantamento de cada
produto químico existente no local. Assim, é possível verificar se os produtos são descritos na
NR15 como agentes insalubres e se estes produtos químicos possuem limites de tolerância, ou
exigem apenas uma analise qualitativa. Abaixo está o inventário de produtos levantados.

Levantamento de Produtos Químicos


Nome Setor
1 Óxido de zinco Odontologia
2 Eugenol Odontologia
Paramonoclorofenol
3 Odontologia
líquido

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Levantamento de Produtos Químicos


Nome Setor
Cimento à base de
4 Odontologia
oxifosfato de zinco
Cloridrato de
5 Odontologia
lidocaína
6 Lidocaína spray Odontologia
7 Clorexidina 0,12% Odontologia
8 Soda clorada Odontologia
9 Adesivo odontológico Odontologia
10 Ácido fosfórico 37% Odontologia
Resina composta
11 Odontologia
fotopolimerizável
Resina acrílica
12 Odontologia
autopolimerizável

10.5 - APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO

10.5.1 . Normatização aplicada aos agentes biológicos

Aqui será feito uma numeração nos itens do anexo 14 da NR15 para facilitar o vínculo
do profissional à exposição expressa no anexo. Para simplificação do laudo, será transcrito
neste item apenas os itens utilizados no laudo.
ANEXO XIV -AGENTES BIOLÓGICOS
BMax.1 “trabalho ou operações, em contato permanente com pacientes em isolamento
por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados; ”
BMax.2 “trabalho ou operações, em contato permanente com carnes, glândulas,
vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); ”
BMax.3 “trabalho ou operações, em contato permanente com esgotos (galerias e
tanques); e”
BMax.4 “trabalho ou operações, em contato permanente com lixo urbano (coleta e
industrialização). ”
BMed.5 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com
material infecto-contagiante, em hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios,
postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana
(aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);”
BMed.6 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com
material infecto-contagiante, em hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros
estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao
pessoal que tenha contato com tais animais);”

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BMed.7 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com


material infecto-contagiante, em contato: em laboratórios, com animais destinados ao preparo
de soro, vacinas e outros produtos; ”
BMed.8 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com
material infecto-contagiante, em laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-
só ao pessoal técnico); ”
BMed.9 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com
material infecto-contagiante, em gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia
(aplica-se somente ao pessoal técnico); ”
BMed.10 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou
com material infecto-contagiante, em cemitérios (exumação de corpos); ”
BMed.11 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou
com material infecto-contagiante, em estábulos e cavalariças; e”
BMed.12 “trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou
com material infecto-contagiante, em resíduos de animais deteriorados. ”
Por ser um hospital, o principal agente de insalubridade é o biológico. O adicional por
exposição a agentes biológicos é devido em grau médio aos cargos especificados no quadro
abaixo. O IEDS é um hospital referência em Hanseníase sendo que a exposição à esta doença
é o principal risco ocupacional dos trabalhadores. Se enquadrando no item Bmed.5.

10.6 - CONSULTA À JURISPRUDÊNCIA

Embora a norma informe que o adicional por agentes biológicos é merecido apenas para
contato permanente. O entendimento da maioria dos Juízes trabalhistas considera que o
contato intermitente não pode, por si só, afastar o adicional de insalubridade. Este
entendimento é corroborado pela Súmula Jurisprudencial de nº 47 do TST. Deste modo, a
interpretação literal da norma pode gerar diversos problemas jurídicos futuros.

10.7 - AVALIAÇÃO DAS PROTEÇÕES INDIVIDUAIS DISPONÍVEIS

A NR 6 prevê alguns EPI disponíveis para o frio, como japonas, gorros, luvas e botas
com proteções térmicas. No local de trabalho da câmara fria existe apenas uma japona sem
capuz. A ausência dos demais EPI expõe os profissionais ao frio que é mais danoso nas
extremidades do corpo conforme aponta a ACGIH. Portanto, a FSERJ não dispõe dos EPI
necessários para neutralizar o agente frio.
Não foi constatado EPI que possam neutralizar a exposição aos agentes Biológicos.
Conforme consta na página no item 13. 3. do livro Insalubridade e Periculosidade de T. Saliba
e M. Corrêa, 17ª edição de 2019: “A insalubridade por agentes biológicos é inerente a
atividade, isto é, não há eliminação com medidas aplicadas ao ambiente nem neutralização
com o uso de EPIs. A adoção de sistemas de ventilação e o uso de luvas, máscara e outros
equipamentos que evitem o contado com agentes biológicos podem apenas minimizar o risco.
Portanto, mesmo que os EPI não afastem a insalubridade da atividade, eles ainda assim
são extremamente importantes para preservar da melhor forma possível a integridade física e
mental dos profissionais.

10.8 – DEFINIÇÃO DE PERMANENTE

Para trabalhos com materiais biológicos, a portaria n.º 12, de 12/11/1979 diz em seu
Parágrafo único que “Contato permanente com pacientes, animais ou material infecto-
contagiante é o trabalho resultante da prestação de serviço contínuo e obrigatório, decorrente

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de exigência firmada no próprio contrato de trabalho, com exposição permanente aos agentes
insalubres.”
Visto que todo o profissional aqui listado possui contato resultante da prestação de
serviço contínuo e obrigatório decorrente de exigência firmada no próprio contrato de trabalho,
considerou-se permanente os seus contatos com os agentes encontrados no ambiente de
trabalho.

11 CONCLUSÃO

Por ser um hospital, o principal agente de insalubridade é o biológico. O adicional por


exposição a agentes biológicos é devido em grau médio aos cargos especificados no quadro
abaixo. O IEDS é um hospital referência em Hanseníase sendo que a exposição à esta doença
é o principal risco ocupacional dos trabalhadores.

11.1 – QUADRO CONCLUSIVO

Referência
legal (Esta
Faz jus ao
coluna é
Função Setor adicional de Grau
associada
insalubridade?
com o item
10.5)
Máximo
40%
1 ENFERMEIRO GERAL CLINICA MEDICA Sim¹ Durante Bmax.1
a
pandemia

2 FARMACEUTICO HOSPITALAR AMBULATÓRIO Não³ N/A N/A

Médio
3 FONOAUDIOLOGO AMBULATÓRIO Sim² Bmed.5
20%

MEDICO - CLINICO Médio


4 CLINICA MEDICA Sim² Bmed.5
GERAL/MEDICINA INTERNA 20%

Médio
5 MEDICO - DERMATOLOGISTA AMBULATÓRIO Sim² Bmed.5
20%

Médio
6 NUTRICIONISTA - NUTRICAO CLINICA MEDICA Sim² Bmed.5
20%

Máximo
40%
7 TECNICO DE ENFERMAGEM CLINICA MEDICA Sim¹ Durante Bmax.1
a
pandemia

TECNICO EM SAUDE BUCAL - Médio


8 CLINICA MEDICA Sim² Bmed.5
ODONTOLOGIA 20%

¹ Os profissionais de enfermagem possuem contato direto com pacientes de Covid-19 terão


direito ao adicional de grau máximo enquanto durar a pandemia. Pois, a Covid-19 é uma
doença altamente infectocontagiosa que precisa manter os pacientes em isolamento enquanto
não houver vacina, ou cura para a doença.
² O adicional é merecido em grau médio aos funcionários que possuem contato intermitente,
ou permanente com pacientes de Hanseníase, pois ela é uma doença infectocontagiosa. O

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adicional em grau máximo é afastado, pois esta doença não necessita de isolamento do
paciente para o tratamento da doença.
³ Sem contato permanente com pacientes, ou produtos químicos que gerem adicional de
insalubridade.

12 - ENCERRAMENTO

Este laudo de insalubridade foi impresso em 18 (Dezoito) páginas (com anexos inclusos),
todas rubricadas, em uma só face, sendo datada e assinada na página 18/18 devendo ser
reavaliada caso haja alguma alteração significativa na Unidade, como inclusão ou exclusão de
cargos e/ou setores, ou assim que as ações identificadas como necessárias ao atendimento da
legislação de SSO forem concluídas, ou em até 12 (doze) meses da data de sua conclusão.

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2020.

__________________________________
Renan de Souza Torres
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Elaboração
MAT. 8221-2
CREA 2014126322

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