Introdução À Psicomotricidade FABRAS
Introdução À Psicomotricidade FABRAS
Introdução À Psicomotricidade FABRAS
Psicomotricidade
1. Noções Básicas de Psicomotricidade 4
Definindo Psicomotricidade 7
Elementos Básicos da Psicomotricidade 10
Esquema Corporal 10
Lateralidade 11
Estruturação Espacial 11
Orientação Temporal 12
Pré-escrita 12
A Importância da Estimulação Psicomotora 12
Sugestões de Atividades Como Base
Para o Atendimento Psicomotor Global,
Com Vista a Uma Boa Aprendizagem 14
Linguagem 15
Esquema Corporal 15
Relações Espaço-temporais 16
Coordenação Viso-motora 16
Funções Intelectuais 16
Relaxamento 16
Preparação para a Escrita, a Leitura e o Cálculo 17
2. Desenvolvimento Motor 19
O Desenvolvimento Motor na Infância 20
3. A Psicomotricidade Relacional 25
O Objeto de Estudo 26
A Formação do Psicomotricista Relacional 27
5. Referências Bibliográficas 37
02
03
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
S egundo Chiviacowsky et al
(2005), a capacidade de pro-
cessar informações de forma mais
causa disso podem ser consideradas
menos precisas e velozes no reco-
nhecimento de padrões tanto espa-
ou menos eficiente está relacionada ciais quanto temporais (capacidade
a alguns aspectos importantes como de reconhecer uma determinada
o conhecimento básico da memória situação).
e as estratégias de utilização desse A aprendizagem e o desem-
conhecimento, que se refletem tanto penho de habilidades motoras estão,
na velocidade quanto na qualidade dessa forma, estreitamente relacio-
do processamento. nados com o nível de desenvol-
Adolescentes e adultos já a- vimento motor e, por consequência,
prenderam, através de experiências à capacidade de processar infor-
passadas, quais estímulos são rele- mações.
vantes para uma resposta particular Estas informações são nosso
e quais não o são. As crianças são mote e justificativa para introduzir a
mais limitadas nesse aspecto. Por
4
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
5
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
6
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
7
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
8
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
9
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
10
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
11
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
12
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
13
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
14
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
to Machado) que de certo modo música com letra que fale das partes
abrirão espaço na investigação de do corpo, incentivando a criança a
como se dá a aprendizagem nas acompanhá-la cantando. Também
crianças que apresentam dificulda- útil é a identificação das pessoas que
des de aprendizagem, considerando estão na sala de aula, assim como a
o seu desenvolvimento psicomotor, identificação da utilidade das coisas.
o estilo de aprendizagem dessas cri-
anças, e o que representarão exercí- Esquema Corporal
cios desse estilo, na aprendizagem.
Dentre os itens selecionados, Sugerem-se exercícios que tra-
iniciaremos com a linguagem oral, balhem a consciência e a educação
pelo seu vínculo com a leitura e a da respiração. A experiência mostra
escrita o que também, para os avali- que na medida em que o educador
adores, é um indício importante, que trabalha o controle respiratório, vai
pode se revelar sob a forma de atra- melhorando a concentração da cri-
so. Para Nascimento (1986), é de ança, o controle de seus movimentos
suma importância para a linguagem e exercitando o relaxamento. Outro
o desenvolvimento harmonioso da exercício proveitoso para o desen-
psicomotricidade. volvimento do esquema corporal é o
de fazer bolhas de sabão soprando
Linguagem em um canudo. Igualmente útil é o
exercício de inspirar e expirar,
Os exercícios voltados à lin- inclusive com a emissão de sons.
guagem podem ser iniciados com a O exercício do movimento do
execução de ordens simples e ordens corpo ajuda a criança a ter cons-
complexas. O educador primeira- ciência das partes do corpo e o
mente dá ordens para a criança, educador ou interventor pode proce-
mandando que ela abra a porta, der com vários exercícios, tais como,
apague a luz, apanhe os óculos e andar de joelhos, andar de joelhos
depois dá ordens mais complexas para a frente e para trás, rolar livre-
envolvendo duas ações, a exemplo mente. Para dar o conhecimento da
de: abra a porta e traga a chave. cabeça, pescoço, tronco, dos mem-
Um outro exercício que muito bros superiores e inferiores, o edu-
ajudará a criança é o de fazer com cador inicia pedindo para a criança
que ela nomeie as partes do corpo, sentar no chão, com as costas apoia-
os objetos e as pessoas que a cercam. das na parede e dá ordens para que
Uma outra atividade é através de ela vire a cabeça para um lado, para
15
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
16
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
17
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
2. Desenvolvimento Motor
O desenvolvimento motor na
infância caracteriza-se pela a-
quisição de um amplo espectro de
também servem a propósitos lúdi-
cos, tão caracteres- ticos na infância.
A cultura requer das crianças, já nos
habilidades motoras, que possibilita primeiros anos de vida e particu-
a criança um amplo domínio do seu larmente no início de seu processo
corpoem diferentes posturas (estáti- de escolarização, o domínio de
cas e dinâmicas), locomover-se pelo várias habilidades.Não raro, essas
meio ambiente de variadas formas habilidades denominadas básicas
(andar, correr, saltar, etc.) e mani- são vistas como o alicerce para a
pular objetos e instrumentos diver- aquisição de habilidades motoras
sos (receber uma bola, arremessar especializadas na dimensão artísti-
uma pedra, chutar, escrever, etc.). ca, esportiva, ocupacional ou indus-
Essas habilidades básicas são reque- trial (TANI et al, 1988). Essa relação
ridas para a condução de rotinas de interdependência entre as fases
diárias em casa e na escola, como de habilidades básicas e de habili-
19
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
20
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
ela possa interagir apropriadamente estudiosos tem sido pelo papel dos
com o meio ambiente em que vive e padrões motores no curso de desen-
é sobre a infância que a maioria dos volvimento humano, o que, particu-
estudos sobre desenvolvimento mo- larmente, também pode ser detec-
tor se concentram. Por se tratar de tado pelas investigações realizadas
um momento de grandes mudanças no contexto nacional (GIMENEZ,
comportamentais, profissionais de 2001; MANOEL; PELLEGRINI,
diversas áreas como pediatras, psi- 1985; MARQUES, 1995, 2003; OLI-
cólogos, pedagogos e profissionais VEIRA, 1997).
de educação física têm-se interes- Entretanto, é preciso ressaltar
sado pelo estudo do desenvolvi- que a adequação e estruturação de
mento motor (CLARK & WHITALL, ambientes e tarefas motoras aos es-
1989; WHI-TALL, 1995). tágios de desenvolvimento é crucial
Dentre as razões que têm leva- para os profissionais de educação
do o interesse crescente pelos co- física, na medida que eles necessi-
nhecimentos acerca do desenvol- tam de informações para o desenvol-
vimento motor, destacam-se: vimento do seu trabalho (OLIVEI-
a. os paralelos existentes entre o RA; MANOEL, 2004), em particu-
desenvolvimento motor e o desen- lar, a partir da segunda metade da
volvimento neurológico, com impli- segunda infância, quando se eviden-
cações para o diagnóstico do cresci- cia o início de um trabalho sistema-
mento e desenvolvimento da tico com o objetivo de abordar a
criança; relação entre vários tipos de restri-
b. o papel dos padrões motores ções que a criança é submetida na
no curso de desenvolvimento huma- sua vida diária. As restrições da
no, com implicações para a educa- tarefa, do organismo e do ambiente,
ção da criança bem como para reabi- são exemplos que afetam o processo
litação de indivíduos com atrasos ou de desenvolvimento de padrões fun-
desvios de desenvolvimento; damentais de movimento e que se
c. adequação e estruturação de bem relacionadas favorecem o surgi-
ambientes e tarefas motoras aos mento de novas formas de execuções
estágios de desenvolvimento, de motoras das crianças.
forma a facilitar e estimular esse O termo desenvolvimento nos
processo. remete a uma reflexão sobre os
muitos estudos já produzidos e as
Na literatura internacional te- teorias empregadas para interpretar
mos visto que o interesse dos este fenômeno.
21
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
22
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
23
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
3. A Psicomotricidade Relacional
A Psicomotricidade Relacional
visa desenvolver e aprimorar
os conceitos relacionados ao enfo-
relacionais, interferindo de forma
clara, preventiva e terapeuticamen-
te, sobre o processo de desenvol-
que da Globalidade Humana. Busca vimento cognitivo, psicomotor e só-
superar o dualismo cartesiano cor- cio-emocional, na medida em que
po/mente, enfatizando a importân- estão diretamente vinculados a fato-
cia da comunicação corporal, não res psicoafetivos relacionais.
apenas pela compreensão da organi- Não se trata de uma psico-
cidade de suas manifestações, mas terapia que põe em jogo a persona-
essencialmente, pelas relações psi- lidade do sujeito através da análise
cofísicas e sócio emocionais do sujei- de sua problemática inconsciente,
to. Preza por uma abordagem pre- mas sim, de uma decodificação de
ventiva, com uma perspectiva quali- seus comportamentos atuais, evi-
tativa e, portanto, com ênfase na denciando suas significações simbó-
saúde, não na doença (VIEIRA, licas e as necessidades que expres-
2005). sam.
É uma pratica que permite à Define-se dessa forma, como
criança, ao jovem e ao adulto, a um método de trabalho que propor-
expressão e superação de conflitos ciona um espaço de legitimação dos
25
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
26
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
27
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
28
29
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
Dos Princípios
imagem. O presente Código de Ética
reúne as diretrizes que devem ser Art 1º - A Psicomotricidade é uma
observadas em sua ação profissio- ciência que tem como objetivo, o
nal, para atingirem padrões éticos estudo do homem através do seu
cada vez mais elevados no exercício corpo em movimento, em relação ao
de suas atividades. Reflete a identi- seu mundo interno e externo, bem
dade cultural e os compromissos como suas possibilidades de per-
que assumem no mercado em que ceber, atuar, agir com o outro, com
atuam. os objetos e consigo mesmo. Está
Abaixo apresentamos alguns relacionada ao processo de matu-
dos pontos que consideramos mais ração, onde o corpo é a origem das
importantes de fixação por parte aquisições cognitivas, afetivas e
desse profissional, não obstante orgânicas. Psicomotricidade, por-
todos sejam significativos. tanto, é um termo empregado para
30
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
31
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
32
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
33
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
34
INTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
CAPÍTULO IX
É vedado ao Psicomotricista:
35
36
IINTRODUÇÃO À PSICOMOTRICIDADE
5. Referências Bibliográficas
ACOUTURIER, B. LAPIERRE, A. A sim- FERNANDES, Eliane Dutra. Psicomotrici-
bologia do movimento: psicomotricidade dade: um passo para vencer as dificulda-
e educação. 3ª ed. Curitiba: Filosofart e des de aprendizagem. REVISTA DO UNI-
CIAR, 2004. PÊ, ano XIII, nº 2, 2009.
AGUIAR, Oscar Xavier de; SIMAO, Lara FONSECA, V. da. Aprender a aprender:
Maria Oliveira. PSICOMOTRICIDADE E educabilidade cognitiva. Porto Alegre:
SUA RELAÇÃO COM A INTELIGÊNCIA E Artes Médicas, 1998.
A EMOÇÃO REVISTA CIENTÍFICA ELE-
TÔNICA DE PSICOLOGIA – ISSN: 1806- FONSECA, V. da. Manual de observação
0625 Revista Científica Eletrônica de Psi- psicomotora: significações psiconeuroló-
cologia. Disponível em: gicas dos fatores psicomotores. Porto
www.revista.inf.br Alegre: Artes Médicas, 1995.
37
03
8