Frequência de Penal
Frequência de Penal
Frequência de Penal
Definições importantes
● Neocriminalização - quando o comportamento, considerado anteriormente
irrelevante no direito penal, passa a ser crime.
● Descriminalização - quando a conduta criminosa é completamente apagada do
“catálogo” das incriminações penais do ordenamento juridico.
● Despenalização - estamos num intermedio entre a neocriminalização e a
descriminalização. Ou seja, trata-se dos casos em que as ações deixam de ser
crimes e passam apenas a ser contraordenações. Existe assim uma degradação
da dignidade do comportamento proibido, ou seja, o comportamento continua a
ser proibido e sancionado pela ordem jurídico-penal concebida como a “ciência
do direito penal total” só que já não é punido com uma pena criminal, sendo
punido com uma coima. A conduta deixou de ser penalizada passando a ser
coimada.
● Despenalização relativa - quando o legislador diminui os mínimos e os máximos
da moldura penal abstrata.
O “texto-norma” e a “norma-texto”
● É preciso ter presente a ideia matriz de que a interpretação jurídico-penal, tal
como qualquer outra interpretação, só é possível se estiverem reunidas as
condições dessa possibilidade.
● O texto-norma é, por conseguinte, aquilo que se apresenta ao intérprete como o
texto da lei, isto é : a palavra do legislador.
● O texto-norma deve ser apreensível pelo destinatário, a sua significação deverá
ser imediatizada de forma, tanto quanto possível,clara.
● Ao mais direito e imediato “texto-norma” subjaz sempre a correspondente
“norma-texto”.
● A “norma-texto” assume-se como o significado intrínseco da norma, a revelação
do imperativo ou proibição legal que esta traduz, resultado de uma interpretação
hermenêutica e metodologicamente fundada e assente nos princípios reitores do
ordenamento jurídico-penal.
● Podemos, deste modo, afirmar que ao potenciar-se a interpretação na linha
metodológica fundada no princípio da legalidade que avançamos, estaremos a
deixar transparecer não só a verdadeira significação axiológica mas também o
sentido da norma penal historicamente situada através da “norma-texto”.
Princípio da ofensividade
● A ofensa a um bem jurídico é a chave que permite a intervenção do detentor do
ius puniendi (Estado), enquanto única entidade suscetível de cominar,
legitimamente, penas criminais. Deste modo, de acordo com o princípio da
ofensividade, terá de existir, ao menos, um perigo de lesão de um bem jurídico
para que se deva encontrar legitimada a intervenção do Estado.
● Em termos jurídico-penais, se o bem é atingido na sua estrutura nuclear ou até
na sua específica intencionalidade jurídico-normativa,dá-se, para todos os
efeitos, uma ofensa ao bem jurídico em causa.
● O valor da vida é impensável sem o correspondente corpus. Todavia, se a
cristalização do valor coincide, neste caso, com a exigência de uma res extensa,
a ofensa ao bem jurídico vida, passa, em juízo de necessidade, pela ofensa a
essa unidade normativa e material-intencional que a vida representa. O primeiro
patamar da ofensividade que podemos perceber de um ataque a um
determinado bem jurídico pode surpreender-se na chamada nadificação, ou
seja, no total aniquilamento do próprio bem jurídico.
● Um bem jurídico singularmente imaterial pode ser ofendido violentamente, mas
por mais forte e aguda que se concretize essa violação ela nunca poderá chegar
à nadificação.
● Um bem é ofendido sempre que a sua jurídico-normativa intencionalmente se
não cumpre por mor de uma ação humana responsável.
● Existe um segundo grau de ofensividade. O exemplo paradigmático desse
segundo grau de ofensividade está, quanto a nós, no colocar,concretamente, em
perigo um bem jurídico. Utilizando a mesma nomenclatura dogmática, pode por
isso defender-se que um bem jurídico é concretamente posto em perigo quando
a sua normatividade intencionalidade é perturbada por força de uma ação
humana responsável.
● Os crimes de perigo abstrato, enquanto terceiro grau de ofensividade, não
enfeitam de qualquer vício de inconstitucionalidade.
Tipos de tipicidade
● Os tipos de tipicidade correspondem ás formas sistemáticas de perceção da
arrumação dos tipos legais de crime, tendo em conta as suas características
comuns.
● Contudo, o principio da legalidade exige ainda que todos os tipos legais de crime
devem determinar no texto-norma o autor,a conduta proibida e o bem jurídico
protegido. Se bem que a determinação do bem juridico é obvio, não tenha de ser
levada a cabo de um moco explicito.
Quanto á conduta
● Os crimes de ação são aqueles em que existe por parte do agente uma atuação
positiva, enquanto que nos crimes de omissão se trata de o agente não realizar
o que lhe é juridicamente imposto, abstendo-se de qualquer atividade.
● Os crimes de omissão podem ser divididos em : crimes de omissão pura (crime
de omissão de auxilio) , crimes de omissão impura.
● Os crimes de realização livre são aqueles em que o resultado proibido pelo tipo
é independente da sua forma de realização.
● Os crimes de mera atividade são aqueles em que o agente executa um
comportamento proibido, não revelando a circunstância de se ter produzido um
resultado.
Quanto ao sujeito
● Os crimes comuns admite como autor qualquer pessoa enquanto que os crimes
específicos apenas admitem que uma pessoa com certas qualidades ou sobre
qual recai um dever especial ao autor do crime.
● Os crimes específicos podem ainda ser puros ou impuros.