Teoria Jurídica Do Direito Penal

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TEORIA JURÍDICA DO

DIREITO PENAL
Profª Lorena Vale
CONCEITO DIREITO PENAL

 O Direito Penal é uma disciplina do Direito Público dotado de grande responsabilidade


perante a sociedade.

 Segundo Damásio de Jesus Direito Penal é o conjunto de normas que ligam ao crime,
como fato, a pena como consequência, e disciplinam também as relações jurídicas daí
derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e a tutela do direito
de liberdade em face do poder de punir do Estado.
DIREITO PENAL OBJETIVO E
SUBJETIVO
FONTES DO DIREITO PENAL

 As fontes do direito são as formas por meio das quais se originam a norma jurídica. No
âmbito do direito penal, tem-se que as fontes podem ser formais ou materiais.
 Formais: São responsáveis por exteriorizar o direito penal e lhe dar forma, e se dividem
em Imediatas ou Diretas e Mediatas ou Indiretas.
 Imediatas ou diretas: É a lei, a qual será responsável pela criação do crime e a
cominação da sanção correspondente.
 Mediatas ou Indiretas: Referem-se aos costumes, doutrina e jurisprudência.
 Materiais: Em regra, somente a União pode produzir normas penais. Porém, não pode a
União legislar arbitrariamente. O fundamento da Lei deve estar em consonância com a
moral vigente, com as mudanças sociais ocorridas e os anseios sociais. No entanto,
excepcionalmente, lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas de Direito Penal.
ESTRUTURA DO CODIGO

 CODIGO PENAL ESTÁ DIVIDIO EM DUAS PARTES:

 PARTE GERAL: Conceitos genéricos a serem aplicados a todos os crimes previstos na


parte especial e leis;

 PARTE ESPECIAL: que prevê quais são os bens jurídicos tutelados e descreve as
respectivas penas para a prática de crimes que afrontem os seguintes bens jurídicos: vida,
integridade corporal, saúde, liberdade, patrimônio, organização do trabalho, sentimento
religioso, respeito aos mortos, costumes, família, incolumidade e saúde públicas, fé pública
e administração pública.
 E a CF que estabelece a competência privativa da União para legislar sobre o Direito Penal
e que institui princípios e regras de segurança individual e coletiva.

 As demais normas que constituem o Direito Penal são as chamadas normas


infraconstitucionais, e podem ser Leis Ordinárias (que compreendem os decretos-leis e os
decretos) ou Leis Complementares.
MODALIDADES DE INTERPRETAÇÃO
DA LEI PENAL
 a) Quanto às fontes:
 Autêntica: A interpretação é feita pelo próprio Poder Legislativo, o qual emanou a lei.
Exemplo: Art. 327 do CP.
 Jurisprudencial: É a interpretação feita pelos Tribunais a partir da reiteração das decisões
judiciais relativas a determinada norma.
 Doutrinária: É a interpretação feita por doutrinadores a partir do estudo técnico de
determinada norma.
 b) Quanto aos meios:
 Gramatical: É a interpretação feita de acordo com o sentido literal da norma, isto é,
baseada no significado das palavras que a compõem.
 Histórica: A interpretação é feita tendo como base a origem da lei. Tal modalidade é
importante para se compreender os fundamentos e a razão da norma e dos institutos nela
consagrados.
 Teleológica: Interpreta-se a norma baseando-se na finalidade por ela proposta.
 Sistemática: Interpreta-se a lei levando-se em consideração o ordenamento jurídico como
um todo.
 Progressiva: Interpreta-se a norma levando-se em consideração todos os avanços sociais,
tecnológicos, medicinais, etc.
 c) Quanto aos resultados:
 Declarativa: Essa modalidade expressa o sentido literal da norma, isto é, o texto contém
exatamente aquilo que o legislador quis dizer.
 Extensiva: Ocorre quando a lei diz menos do que o legislador pretendeu, razão pela qual é
necessário ampliar o alcance do texto legal.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

 1) Princípio da reserva legal ou da legalidade: Encontra-se previsto no art. 1°, do CP, e


no art 5°, inciso XXXIX, da CF, que assim prevê: “Não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia cominação legal”. No latim “nullum crimen nulla poena sine
lege”.
 a – princípio da anterioridade da lei penal: não há crime nem pena sem lei prévia (art. 2°
do CP).
 B - princípio da taxatividade: o crime deve ser definido de forma clara e precisa, pois a
norma penal deve ser estrita e certa.
 2) Princípio da intervenção mínima: o Direito Penal, enquanto sistema formal de
controle social do delito, deve ser reservado para os casos de grave ofensa ou ataque aos
bens jurídicos considerados mais relevantes. Ou seja, o Direito Penal deve ser a última
medida adotada pelo Estado para coibir a prática de atos delituosos e proteger os bens
jurídicos (ultima ratio).
 3) Princípio da lesividade ou ofensividade: segundo esse princípio, só poderá ser objeto
de punição o comportamento que no mínimo coloque em perigo bem jurídico relevante
tutelado. Condutas internas ou individuais, embora sejam pecaminosas, imorais,
escandalosas ou diferentes do senso comum, estão destituídas de lesividade e, portanto,
não estão aptas a legitimar a intervenção penal.
 4) Princípio da humanidade: decorre do mesmo processo histórico que originou os
princípios da legalidade e da intervenção mínima, e tem como fim a racionalidade e a
proporcionalidade da pena aplicada, devendo ser observado tanto na fase de cominação e
aplicação da pena quanto na fase de execução. Dispõe a Constituição Federal, em seu art.
5°, inciso XLVII, que não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,
nos termos do art. 84, inciso XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de
banimento; e) cruéis.
 5) Princípio da Culpabilidade: De modo simples, pode-se dizer que o princípio da
culpabilidade impõe uma análise subjetiva da responsabilidade penal, isto é, se o resultado
advém de dolo ou culpa. Tal princípio consiste numa vedação à responsabilidade penal
objetiva.
 6) Princípio da intranscendência: A pena não pode passar da pessoa do acusado. A
responsabilidade penal é sempre pessoal (art. 5°, inciso XLV, CF).

 7) Princípio da individualização da pena: É a individualização judicial, a


obrigatoriedade de que a pena aplicada considere a pessoa individualmente e
concretamente, levando em consideração o comportamento, as experiências sociais e as
oportunidades do acusado ou condenado, quando em fase de cumprimento da pena.
 Bons estudos!

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