Políticas de FDC - UFBA
Políticas de FDC - UFBA
Políticas de FDC - UFBA
Política de Formação e
Desenvolvimento de Coleções
do Sistema de Bibliotecas da UFBA
Salvador
2010
Universidade Federal da Bahia
Reitora
Dora Leal Rosa
Gabinete do Reitor
Chefe de Gabinete: Fernando Luiz Trindade Rêgo
Vice-Reitor
Luiz Rogério Bastos Leal
Pró-Reitoria de Administração
Paulo César Vilaça de Queiroz
Colaboração
Bibliotecários(as) do SIBI/UFBA – alunos(as) do Módulo IV do Programa de Capacitação para Bibliotecários do
SIBI/UFBA - 2009
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 PROCESSO DE SELEÇÃO
2.1 FONTES PARA SELEÇÃO
2.1.1 Tipos de material informacional
2.1.1.1 Fontes primárias
2.1.1.2 Fontes secundárias
2.1.1.3 Fontes terciárias
3 PROCESSO DE AQUISIÇÃO
3.1 MODALIDADES DE AQUISIÇÃO
3.1.1 Compra
3.1.2 Doação
3.1.2.1 Formas de doação
3.1.3 Permuta
3.1.4 Intercâmbio
3.1.5 Depósito legal
3.2 PRIORIDADES DE AQUISIÇÃO
4 DESBASTAMENTO
4.1 RESPONSABILIDADE PELO DESBASTAMENTO
4.2 MODALIDADES DE DESBASTAMENTO
4.2.1 Descarte
4.2.1.1 Critérios para o descarte de livros, folhetos e periódicos e trabalhos de conclusão de
curso
4.2.1.2 Critérios para o descarte de material especial
4.2.1.3 Critérios para o descarte de periódicos
4.2.1.4 Critérios para descarte de material não-convencional
4.2.2 Remanejamento
4.2.2.1 Critérios para o remanejamento de livros, folhetos, periódicos
4.2.2.2 Critérios para o remanejamento coleções especiais
4.2.2.3 Critérios para o remanejamento para restauração
5 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO
ANEXOS
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
f) gravação de som: gravações onde as vibrações sonoras são registradas por processo
mecânico ou eletrônico, sob um suporte no qual o som possa ser reproduzido
posteriormente. Podem ser apresentados em: disco, CD, fita em cartucho, fita
cassete, meios magnéticos;
O acervo deve sempre ser o resultado de uma ação planejada norteadora do processo
de aquisição. Para garantia de um plano sistemático e racional de desenvolvimento de
coleções com qualidade, a qualidade do material a ser adquirido deve ser o fator
preponderante para decisões referentes à alocação do orçamento. Para tal, é necessária a
observação de alguns pontos-chave do processo de seleção:
O documento eletrônico não difere em nada dos demais quando pensado enquanto
mais um suporte do conhecimento registrado, não fossem duas características que lhe são
fundamentais: a grande capacidade de armazenamento e a facilidade de manipulação de
dados, recursos de edição e recuperação de dados em questão de segundos e, o que é mais
importante, sem a necessidade de deslocar-se fisicamente para obtê-los. (WEITZEL, 2000).
Visando atender às presentes e futuras demandas da Universidade quanto aos
conteúdos informacionais digitais, inclusive ao atendimento de necessidade de fontes para
os cursos de Ensino à Distância, (EaD) serão aplicados os seguintes critérios:
b) atualidade: se o autor não informa esses tipos de dados, não há como saber se o que
está disponível é realmente o que há de mais recente. St. Norbert College e de
Alexander & Tate (apud WEITZEL, 2000) recomendam o seguinte roteiro:
- qual é a data de criação? Quando foi feita a última atualização?
- existem apontadores para o material obsoleto?
- existem apontadores para a informação mais antiga e a mais recente?
- as referências listadas são correntes?
- o conteúdo do documento é atual?
c) cobertura/conteúdo: o conteúdo diz respeito ao tema/tópico em si, tratado no
documento. A cobertura está relacionada com a extensão do tema/tópico tratado no
documento, isto é, se o tema foi abordado em profundidade ou superficialmente.
Segundo a St. Norbert College e Alexander & Tate, devem ser avaliados:
- que informações estão incluídas?
- contém informações originais ou possui apenas apontadores para outros documentos
eletrônicos?
- a informação está disponível em quais formatos?
- a informação é única ou está disponível em outras fontes?
- a informação possui um valor real?
- a informação foi escrita para qual nível?
- qual o nível de profundidade explorado?
- quais tópicos foram explorados?
f) acesso: o fato de a informação estar disponível na rede mundial nem sempre significa
que é acessível para todos na velocidade desejada. Os seguintes itens são avaliados
pela St. Norbert College, 1999:
- são exigidos alguns softwares ou hardwares em particular para acessar os dados da
página ou sítio?
- a página ou sítio foram formatados para o uso de um browser específico ou existe a
alternativa do acesso direto ao texto?
- a página ou sítio levam muito tempo para carregarem?
- a página ou sítio são estáveis ou estão freqüentemente ocupados para acesso ou fora
do ar?
- o acesso é gratuito?
- é necessário o cadastramento para acessar, mesmo que o uso do sítio ou da página
seja gratuito?
- se o acesso é cobrado, os procedimentos para assinatura e pagamento estão claros, e
o preço é justo e adequado aos objetivos da biblioteca?
g) aparência: conceito bastante amplo e tanto pode estar relacionado com a estética
quanto com a disposição das informações em termos de organização dos conteúdos.
Também pode se associado ao design e à arquitetura da informação. A St. Norbert
College sugere que se observe os seguintes procedimentos:
- foi feito um bom uso do leiaute da tela, cores, gráficos etc.?
- o texto foi revisado?
- é de fácil leitura e “navegabilidade”?
- o arranjo é claro, lógico e útil?
h) características especiais:
- as ferramentas de busca: basta observar se as ferramentas de busca podem pesquisar
páginas ou sítios fora do contexto dado,
- a presença de anúncios e propagandas: para orientar essa análise, é imprescindível
consultar as premissas do critério objetividade, anteriormente examinado,
- a suscetibilidade de alteração: o aspecto positivo está relacionado com a própria
natureza da informação disponibilizada em um formato eletrônico. Vários aspectos
negativos: possibilidade de contrair vírus, de estar à mercê de hackers e sujeitos à
alteração, perda e reprodução ilegal de conteúdo (segurança do sistema e direitos
autorais),
- qualidade das páginas com apontadores direcionados à página ou ao sítio original:
relacionado com o critério de conteúdo/cobertura. Mesmo em se tratando de
indicações de outras páginas ou sítios que não se relacionam organicamente à
instituição ou ao autor da página ou sítio, devem ser observados os aspectos
qualitativos destas escolhas,
- estratégia de impressão: facilidade para operacionalizar os procedimentos
necessários para imprimir textos e imagens. O respeito ao direito do autor pode ser
considerado um excelente indicador de qualidade,
- uso de frames: estritamente relacionado com os critérios de aparência e objetividade.
O Repositório Institucional (RI) da UFBA foi instituído pelo Magnífico Reitor, através
da Portaria nº. 024, de 7 jan. 2010. Seu objetivo é reunir em um único local o conjunto de
publicações científicas da Instituição contribuindo para ampliar a visibilidade, a acessibilidade
e o impacto da pesquisa desenvolvida. Além de agregar, portais com conteúdos já disponíveis
– Portal de Periódicos da UFBA e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – o RI
disponibiliza: artigos, relatórios, working papers, conteúdos acadêmicos de disciplinas, dentre
outros.
As características dos materiais submetidos no Repositório pelo Sistema de
Bibliotecas são descritas a seguir:
a) os documentos deverão ser produzidos pela comunidade científica institucional,
constituída por seus docentes, pesquisadores, colaboradores pesquisadores e alunos
graduandos e pós-graduandos;
e) os detentores dos direitos de autor devem estar disponíveis e capacitados para dar à
UFBA o direito de preservar e distribuir digitalmente o documento através do
Repositório;
3.1.1 Compra
3.1.2 Doação
3.1.3 Permuta
a) cursos de graduação;
b) títulos da literatura básica;
c) cursos com maior número de alunos matriculados;
d) títulos que atendam mais de um curso;
e) aquisição da edição mais nova;
f) títulos inexistentes na UFBA;
g) implantação de novos cursos;
O material descartado poderá ser doado, permutado ou eliminado. Para que isso seja
feito, cada Comissão de Biblioteca deverá compor sua lista, a qual seguindo os princípios e
fundamentos da UFBA, pelos critérios já definidos na política, após análise, tomará a decisão
correta.
4.2.1 Descarte
Descarte é o processo pelo qual se retira do acervo ativo, títulos e/ou exemplares, parte
de coleções, motivada pelos critérios determinados pela instituição em questão. Deve ser um
processo contínuo e sistemático, para manter a qualidade da coleção. O descarte deverá ser
feito periodicamente conforme o que estipular a política de seleção, visando manter a
qualidade do acervo.
1
Consultar o documento: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, 1987.
2
Obras fundamentais, de valor permanente e aquelas que oferecem um modelo de investigação.
b) títulos duplicados, com baixa demanda: havendo vários exemplares de títulos cuja
demanda não é expressiva e que comprometem o uso adequado do espaço e dos
recursos disponíveis, pode-se conservar três exemplares de cada na coleção;
c) obras obsoletas: o fator tempo (idade da obra) varia conforme a área ou campo de
conhecimento. Estudos realizados demonstram que, devido às “peculiaridades da
informação” em cada área, a adoção de critérios deve ser diferenciada. Através da
avaliação qualitativa da coleção poder-se-á comprovar a obsolescência (de
conteúdo) da obra;
d) obras em idiomas inacessíveis à comunidade: são as maiores candidatas ao
descarte, excetuando-se os títulos da área de Letras;
e) edições ultrapassadas: obras desatualizadas que foram substituídas por edições
mais recentes ou não consideradas obras de valor histórico, deve-se conservar três
exemplares de cada edição;
f) doações indesejadas ou não solicitadas;
g) obras cujos assuntos não são adequados aos interesses dos usuários;
h) obras com baixa freqüência de uso: aplicação deste critério requer estudos de
avaliação de uso da coleção, baseados na coleta de dados estatísticos do empréstimo
domiciliar (circulação externa), da consulta local (circulação interna), do
empréstimo entre bibliotecas e da comutação. A divulgação permanente do acervo é
condição indispensável para que se possa adotar este critério;
i) coleções de periódicos com fascículos esparsos e isolados, periódicos de interesse
geral;
j) obras remanejadas para depósito e não consultadas por cinco anos;
l) trabalhos de Conclusão de Curso, monografias de Especialização: mediante
avaliação por parte da Comissão de Biblioteca da Unidade, que deverá fixar o tempo
de permanência desse tipo de material no acervo, de acordo com a sua área de
conhecimento.
3
Obras que oferecem uma contribuição relevante dentro de uma tradição já existente.
Devido às especificidades desse material, em alguns casos, critérios de descarte não se
aplicam. No entanto, sempre que a Comissão de Biblioteca julgá-los passíveis de aplicação
deverão ser adotados aqueles propostos no item 4.2.1.1
Os critérios para a seleção do material a ser remanejado deverão basear-se nos critérios
gerais de Aquisição e ser efetuada pelo bibliotecário-chefe da Unidade/Órgao com assistência
da Comissão de Biblioteca.
Os principais critérios para identificação das coleções ou documentos que devem ser
remanejados para outro espaço físico são:
a) idade do documento;
b) o uso do documento;
c) a necessidade de mais espaço para novos materiais.
Avaliação no seu sentido lato é o ato ou efeito de medir uma atividade ou objeto
Lancaster (2004, p. 1). O autor coteja os vários aspectos relacionados à avaliação que,
combinados, permitem uma melhor compreensão do termo: o relacionamento com a pesquisa,
a relevância no processo de tomada de decisão e o consequente suporte da avaliação para
alocação de recursos por parte dos administradores.
Por tudo isso, se depreende que a avaliação do acervo é um procedimento
administrativo e estratégico que através de métodos e técnicas científicas busca mensurar o
conjunto das publicações, documentos e materiais que compõem uma biblioteca objetivando a
melhoria dos seus serviços, considerando que é a partir de seus acervos que as bibliotecas
cumprem sua missão.
É falso pensar que a avaliação dos acervos está a serviço do desbaste visando o descarte
para permitir o crescimento do acervo. Essa pode vir a ser uma conseqüência da avaliação,
porém o seu alcance transcende esse aspecto. Dentro da política de formação e
desenvolvimento de coleções a avaliação é uma condição essencial para que os custos
aplicados para aquisição dos insumos possam ser traduzidos em produtos eficazes que tragam
benefícios conforme Lancaster (2004 p. 2-6).
Os critérios para realização da avaliação dos acervos são variados, pois, devem refletir
as necessidades de cada instituição. O intervalo de tempo para mensuração do acervo de uma
biblioteca que atende a um curso, que será avaliado pelo Ministério da Educação objetivando
sua certificação, deverá ser diferente do de outros cursos que já ultrapassaram essa etapa. O
critério norteador para a avaliação é que a mesma deve considerar os objetivos da instituição e
ter caráter sistemático, flexível e dinâmico.
Os métodos utilizados é que fornecem validade à avaliação. As políticas de formação e
desenvolvimento de coleções consultadas e referenciadas no final da apresentação são
unânimes em citar os métodos quantitativos e qualitativos para avaliar os acervos. As
estatísticas de uso da coleção se apropriam dos dados que cotidianamente são levantados nas
bibliotecas através da circulação de materiais.
A Biblioteca deverá proceder a avaliação do seu acervo sempre que necessário, sendo
empregados métodos quantitativos e qualitativos, cujos resultados serão comparados e
analisados, assegurando o alcance dos objetivos da avaliação da coleção. Caberá à Comissão
de Bibliotecas determinar os métodos de avaliação e sua periodicidade que poderão ser:
a) distribuição percentual por área: através de estatísticas serão estabelecidos
percentuais de materiais existentes em cada área do conhecimento e comparados
com os cursos oferecidos e pesquisas em desenvolvimento. A análise dos resultados
demonstrará quais os cursos que devam ter a sua coleção implementada e quais as
áreas de pesquisa desprovidas que necessitem de providências especiais;
b) estatísticas de empréstimos e consultas: a análise de estatísticas de uso do material
permitirá a determinação dos títulos que requerem duplicações e daqueles cuja
duplicação é desnecessária.
Ressalta-se a necessidade de levantar através de estudos e dados estatísticos da UFBA
as relações de proporcionalidade entre Número de Cursos X Alunos de graduação e pós-
graduação X Número de docentes X Estatísticas de uso (Empréstimo e Consulta)
considerando a criação/ampliação de novos cursos como no caso dos Bacharelados
Interdisciplinares criados recentemente
6 REVISÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
A cada dois anos, a política de desenvolvimento de coleções deverá ser revisada por
Comissão específica, com a finalidade de garantir a sua adequação à comunidade
universitária, aos objetivos da Biblioteca e aos da própria Instituição.
REFERÊNCIAS
MONTEIRO, Yara Darcy Police. Licitação: fases & procedimentos. São Paulo: NDJ, 2000.
OLIVEIRA, Nirlei Maria. A biblioteca das IES e os Padrões de qualidades do MEC: uma
análise preliminar
RECEBIMENTO DE DOAÇÕES
DECLARAÇÃO DE DOAÇÃO
Eu,________________________________________, RG nº______________,
residente na rua__________________________________,cidade
de____________estado de _______,
Abaixo assinado, por este instrumento transfiro incondicionalmente à Biblioteca Central da
UFBA, situada na Rua Barão de Geremoabo, s/n, Campus de Ondina – Salvador –BA, todos
os direitos sobre os materiais doados nesta data, conforme relação em anexo.
Declaro também ter tomado ciência e estar de acordo com a política adotada pela biblioteca
em relação às doações.
Salvador,
Assinatura
ANEXO B – PORTARIA DO GABINETE DO REITOR Nº 332/2002