Cenarios e Diagnosticos Setoriais de Mercado 1
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Cenarios e Diagnosticos Setoriais de Mercado 1
1.2 Estratégia
O cenário globalizado atual, cada vez mais competitivo, exige que as empresas se
reorganizem estrategicamente, desenvolvendo novos projetos que estejam alinhados com
seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adequar
para garantir a competitividade e sustentabilidade. Neste cenário, os projetos começam a
extrapolar o ambiente interno da empresa e passam a se relacionar com o negócio, havendo
a necessidade de uma avaliação mais ampla da estratégia da organização, do mercado, dos
stakeholders, de sua cadeia produtiva e de sua viabilidade financeira. Considerando este
ambiente, a organização deve conhecer claramente sua estratégia, pois ela se transformará
em parâmetros para definição e seleção de investimentos e outros projetos. A partir disso,
vamos estudar nessa unidade os conceitos de estratégia, gestão estratégica, planejamento
estratégico e vantagem competitiva e sua importância num cenário competitivo.
A única certeza em relação ao futuro, é que ele será diferente, posto que quando o
quadro atual mudar, a empresa precisará modificar seus comportamentos de acordo com a
realidade. A dificuldade encontrada por muitas empresas é o tempo que levam para conse-
guir desenvolver uma estratégia conveniente e tomar uma atitude quando um cenário muda,
levando em consideração o futuro incerto do mercado.
Essa lentidão pode ser muito custosa para a empresa, em muitos casos pode leva-la
a perder sua posição no mercado, por esse motivo a reação rápida da empresa após uma
mudança significativa do ambiente é primordial. Todavia, isso só será possível a partir do
momento que a empresa estiver preparada para o que é imprevisível, ou melhor, ela deve
visualizar uma gama de futuros alternativos, denominados cenários, e desenvolver, com ba-
se em cada possibilidade, as estratégias correspondentes a cada situação. (FERREIRA, TEI-
XEIRA e GUIMARÃES, 2021)
Serra et al. (2014, p. 5) afirma que “a palavra strategia (...) significa a qualidade e a
habilidade do general; ou seja, a capacidade de o comandante organizar e levar a cabo as
campanhas militares”. O dicionário Bueno (2000, p. 330) define estratégia como a “arte de -
raçar os planos de uma guerra”. Enquanto Di Sério e Vasconcellos (2009, p. 175) a descreve
como uma “arte originariamente militar, de planejar e executar movimentos e operações
visando alcançar ou manter posições favoráveis ao alcance de objetivos previamente defini-
dos”. A estratégia sempre teve relação com a disputa de um objetivo, desde os tempos de
guerras até hoje no campo empresarial em que se elaboram planos de ação para se vencer
uma disputa num determinado ambiente. As organizações passaram a criar planos estratégi-
cos para melhorarem sua posição no mercado e, ainda, serem melhor que seus concorrentes,
conquistando seus propósitos.
Porter define estratégia como metas e meios que a organização deve estabelecer
para atingir competitividade estratégica e retornos acima da média. Ademais, Porter afirma
que estratégia competitiva é ser diferente ou fazer as coisas de maneira diferente de seus
rivais. E acrescenta que a estratégia não é estática, tendo que sofrer ajustes para que seja
diferenciada e sustentável.
a) Estratégia como plano – a estratégia é criada antes das ações na qual ela será
aplicada, de forma consciente e proposital. Seriam vários caminhos pré-
estabelecidos para lidar com uma determinada situação;
b) Estratégia como pretexto – “apenas uma manobra‟ específica para superar
um oponente ou concorrente” (MINTZBERG, et al. 2006, p. 24). Ela decorre de
defesas e ataques num ambiente competitivo;
c) Estratégia como padrão – “[...] por essa definição, estratégia é consistência
no comportamento, pretendida ou não” (MINTZBERG, et al. 2006, p. 24). Ou se-
ja, é elaborada por meio de um padrão de comportamento;
d) Estratégia como posição – a estratégia é definida de acordo com a posição
que a entidade ocupa no ambiente, levando em consideração o ambiente interno
e externo. Assim, é feita uma análise de como a organização está inserida no
mercado diante de seu concorrente;
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e) Estratégia como perspectiva – além da posição escolhida, a estratégia é
também uma forma de visão futura compartilhada por todos os membros da or-
ganização, em questão de objetivos e ações.
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Wright e Kroll (2000, p. 28) descrevem brevemente o surgimento da administração
estratégica nas escolas de administração:
Deste modo, a gestão estratégica utiliza-se de todas as disciplinas citadas para defi-
nir os passos a serem seguidos para que sejam alcançadas as metas determinadas, e assim,
obter vantagem competitiva.
Para ser fonte de vantagem competitiva, um recurso ou uma capacidade deve possi-
bilitar à empresa (1) executar uma atividade de forma que proporcione um valor su-
perior ao fornecido pelos concorrentes ou (2) executar uma atividade que crie valor,
que os concorrentes não possam concluir. Somente sob essas condições uma empre-
sa cria valor para seus clientes e tem a chance de capturar esse valor.
Logo, é essencial que toda empresa que almeja obter vantagem competitiva tenha
recursos e capacidades diferenciados e, na maioria das vezes, exclusivos. Recursos são in-
sumos utilizados no processo produtivo de uma empresa como máquinas e equipamentos, as
aptidões dos empregados, patentes, ativos financeiros e gerentes talentosos” (HOSKISSON
et al, 2009, p. 17). Podem ser tangíveis, ou seja, palpáveis e quantificáveis, como por exem-
plo, máquinas e equipamentos de produção, fábricas. E intangíveis quando não são palpá-
veis e apresentam valor por terem sido acumulados com o tempo e com a história da organi-
zação, são eles: conhecimento, relações entre gerentes e funcionários, marcas, patentes,
capacidades científicas, entre outros. Geralmente, os recursos tangíveis não são fontes de
vantagem competitiva por serem mais fáceis de serem imitados pelos concorrentes (SERRA
et al, 2014, p. 149).
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“Recursos são insumos utilizados no processo produtivo de uma empresa como má-
quinas e equipamentos, as aptidões dos empregados, patentes, ativos financeiros e gerentes
talentosos” (HOSKISSON et al, 2009, p. 17). Podem ser tangíveis, ou seja, palpáveis e quan-
tificáveis, como por exemplo, máquinas e equipamentos de produção, fábricas. E intangíveis
quando não são palpáveis e apresentam valor por terem sido acumulados com o tempo e
com a história da organização, são eles: conhecimento, relações entre gerentes e funcioná-
rios, marcas, patentes, capacidades científicas, entre outros. Geralmente, os recursos tangí-
veis não são fontes de vantagem competitiva por serem mais fáceis de serem imitados pelos
concorrentes (SERRA et al, 2014, p. 149).
No entanto, não são todos os recursos que são fontes de vantagem competitiva.
Segundo Serra et al. (2014, p. 149) para serem fontes de vantagem competitiva, os recursos
devem ser:
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A vantagem competitiva sustentável está ligada a essas estratégias de difícil acesso
pelos oponentes. De acordo com Serra et al. (2014, p. 153-154) para garantir a durabilidade
dessa vantagem deve-se considerar alguns fatores importantes:
Barreiras à imitação – buscar adquirir algum tipo de fator que dificulte a imi-
tação pelos concorrentes, a patente é o fator mais comum que restringe a imita-
ção;
Incapacidade de imitar habilidades organizacionais e de gestão – algu-
mas empresas possuem habilidades e recursos que outras empresas são incapa-
zes ou há muita dificuldade de imitar. Como, por exemplo, uma tecnologia pro-
prietária, que inibe os concorrentes e garante por mais tempo a vantagem com-
petitiva;
Limite aos competidores – os limites dos concorrentes em aspectos como:
compromissos prévios realizados pela empresa, alto investimento em uma tecno-
logia, falta de flexibilidade para fazer mudanças e falta de capacidade e conhe-
cimento em novas tecnologias, impedem que os mesmos imitem e prejudiquem a
empresa que possui vantagem competitiva;
Dinamismo da indústria – empresas que são dinâmicas, que inovam seus
produtos e serviços e têm sempre novas práticas de relacionamento com o clien-
te são mais difíceis de serem imitadas, pois no contexto de rápida mudança é di-
fícil analisar o que é realmente relevante para investir no futuro.
Logo, para se obter uma vantagem competitiva sustentável é preciso que os esfor-
ços dos concorrentes em alcançar e copiar a empresa fracassem. Pois a velocidade com que
os concorrentes conseguem copiar a estratégia da organização determina quanto tempo a
vantagem competitiva se sustentará. Assim, é necessário conhecer o ambiente em que a
empresa atua, tanto o geral quanto o setorial, e dessa forma, formular as estratégias possí-
veis para manter-se preparada para qualquer mudança ambiental que possa intervir em sua
sobrevivência.
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e implementação das estratégias. A formulação das estratégias inicia-se no processo de es-
colha das várias possibilidades de estratégias a serem adotadas, ajustadas às necessidades
da empresa; requer procurar obter respostas para os problemas, através da sistematização
das funções de planejamento e análise. Nesse sentido, o planejamento estratégico serve
como ferramenta para a busca dessa vantagem competitiva, pois por meio dele, é possível
analisar concorrentes, ambiente externo e interno, pontos fortes e fracos da empresa, traçar
ações a fim de alcançar os objetivos determinados nele, avaliar e controlar as atitudes da
organização.
Autoestudo
b) A fim de evitar o controle das organizações pelos níveis superiores, o planejamento estra-
tégico prega que apenas a base da organização está encarregada de tomar decisões estra-
tégicas.
c) Como o planejamento estratégico é dinâmico, ele deve ser monitorado com frequência.
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Um hospital geral de médio porte localizado no interior de São Paulo com atendimento reali-
zado ao SUS e convênios, contratou um novo gestor para reverter a crise institucional da
organização. Crise decorrente, principalmente, por problemas financeiros que o setor enfren-
ta. Tendo a sobrevivência da organização como objetivo primordial, o novo gestor hospitalar
apresentou à assembleia geral da mantenedora um plano de recuperação que evidencia uma
gestão moderna, defendendo como prioritário o desenvolvimento de planejamento estratégi-
co, envolvendo investimentos na ampliação do hospital, aumento do atendimento a convê-
nios, bem como a revitalização financeira. Paralelemente, realizou diversas reuniões internas,
identificando problemas de conflito entre colaboradores, colaboradores e lideranças, absen-
teísmo, alta taxa de turnover, reclamações de clientes, taxa de ocupação hospitalar reduzida,
problemas de infraestrutura entre outros. Pode-se considerar que planejamento estratégico
se constitui em ferramenta imprescindível ao gestor hospitalar, sendo uma forma de pensar
no futuro, de maneira integrada ao processo decisório e articulada aos resultados.
c) No planejamento estratégico, não há preocupação com o ambiente externo, uma vez que
sua função é permitir a avaliação de oportunidades e ameaças internas.
II. É voltado para o presente, sendo o curto prazo seu horizonte de tempo.
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III. Um primeiro passo a ser dado pela empresa, na implantação de um processo de admi-
nistração estratégica, é a análise dos ambientes, externo e interno, para um levantamento
de seus recursos, capacitações e competências essenciais.
IV. É uma forma de aprendizagem organizacional, pois se orienta para a adaptação da orga-
nização ao contexto ambiental.
a) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
5. A Gestão Estratégica é uma técnica, que tem como base estruturante a Administração
Estratégica e o Planejamento Estratégico, adicionando, na sua implementação, a perspectiva
administrativa da Mudança Organizacional. Entretanto, os modelos de mudança organizacio-
nal, desenvolvidos nos últimos anos, têm sido elaborados para o gerenciamento de mudan-
ças gerais das organizações, e não possuem uma abordagem específica para o gerenciamen-
to e implementação do Planejamento Estratégico e as mudanças provocadas pelo mesmo,
isto é, não são modelos com foco direto na Gestão Estratégica. Assim, este trabalho, teve
como objetivos desenvolver um Modelo de Gestão Estratégica e um Modelo de Mudança
Organizacional, que, tornem eficiente a Gestão das Organizações. A partir disso quais dos
benefícios relacionados a seguir pode resultar do uso de um sistema de administração estra-
tégica eficiente?
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Gabarito
1) C. 2) B. 3) E. 4) D. 5) A.
Referências bibliográficas
HOSKISSON, Robert E. et al. Estratégia competitiva. São Paulo: Cencage Learning, 2009.
SERRA, Fernando Ribeiro. et al. Gestão estratégica: conceitos e casos. São Paulo: Atlas,
2014.
WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administração Estratégica: conceitos.
São Paulo: Atlas, 2000.
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