Origem e Evolução Da Auditoria Interna em Moçambique
Origem e Evolução Da Auditoria Interna em Moçambique
Origem e Evolução Da Auditoria Interna em Moçambique
DISCENTE: DOCENTE
DISCENTE: DOCENTE
2.0 Objectivos....................................................................................................................3
4.0 Generalidades..............................................................................................................4
5.0 Conclusão....................................................................................................................7
Para o caso de Moçambique, a auditoria interna foi assumida como uma ferramenta que ajudaria
na melhoria da gestão deficitária das finanças públicas que se registava no país. É por essa razão
que a auditoria interna foi incorporada na Estratégia Global da Reforma do Sector Público –
EGRSP (2001-2011) como uma actividade que contribuiria para a ampliação da transparência e a
responsabilidade na gestão financeira e no uso dos recursos públicos (CIRESP, 2001).
Com este trabalho pretende-se debruçar sobre a origem e a evolução da auditoria interna em
Moçambique, trazendo a reflexão sobre os processo e sentimentos que levaram a sua aceitação
como um instrumento valioso para examinar cientificamente de uma forma sistemática dos
livros, contas, comprovantes e outros registros financeiros das companhias, com propósito de
determinar a integridade do sistema de controle interno contábil das demonstrações financeiras,
de forma a melhorar a eficácia e eficiência dos processos de gestão.
2.0 Objectivos
2.1 Objectivo geral
Para a materialização deste trabalho de pesquisa bibliográfica sobre a relação existente entre
administração pública e governação foi necessário o uso dos seguintes matérias: esferográfica,
bloco de nota, computador para digitação do trabalho, impressora para imprimir e manuais que
contenham o conteúdo referente a este trabalho de revisão bibliográfica.
3.2 Métodos
Além disso, a Lei n.o 09/2002 de 12 de Fevereiro que cria o Sistema de Administração
Financeira do Estado (SISTAFE) e o respectivo regulamento, aprovado pelo Decreto n .o 23/2004
de 20 de Agosto orientam para o estabelecimento, implementação e manutenção de
procedimentos de auditoria interna internacionalmente aceites.
Com a reforma, pretendia-se, que o sector público fosse transparente, tanto no que diz respeito à
utilização dos bens e recursos públicos, bem como no que se refere aos procedimentos e
melhoria no sistema de prestação regular de contas (CIRESP, 2001).
Estes objectivos foram reforçados com as acções que tinham sido definidas para a Fase II da
Reforma do Sector Público (RSP) que previam a “consolidação da auditoria interna nos
ministérios, províncias, distritos e municípios” (ANFP, 2006).
Durante a implementação das actividades concernentes a FASE II, o governo realizou em 2008 o
balanço da implementação do Programa da RSP. Em termos de resultados, este balanço apontou
para a melhoria da eficiência da gestão financeira do Estado, a supervisão e prestação de contas
na administração pública (MFP, 2009).
De igual modo, o Balanço da Estratégia Global da Reforma do Sector Público (BEGRSP)
realizado em 2012 apurou que, com a implementação das reformas registou-se resultados
significativos, dos quais, o fortalecimento da capacidade do Estado de promover uma gestão
rigorosa dos fundos públicos, através de um sistema de planificação, orçamentação e execução
orçamental íntegro e eficaz (MFP, 2012). Estes resultados foram atingidos devido a
implementação de um conjunto de medidas, incluindo a auditoria interna (MFP, 2012).
Apesar do quadro acima nos conduzir para uma indicação de melhoria dos processos
relacionados com gestão nas organizações públicas, o fortalecimento de mecanismos
institucionais e aprovação de um pacote de legislação visando assegurar a integridade, o combate
a corrupção e uma maior responsabilização e prestação de contas na administração pública, a
prática mostra que os instrumentos e mecanismos legais acima indicados e no caso concreto da
auditoria interna ainda não constituem um meio eficaz e eficiente para o controlo da má gestão,
sobretudo no que concerne ao desvio de fundos nas instituições públicas.
Esta situação ficou evidente aquando da publicação nos últimos anos pela media2 de alguns
casos de má gestão e desvio de fundos, o que mostra que ainda há fragilidades no processo de
auditoria interna nas organizações públicas.
Dutra et al. (2017, p. 2) explica que, “os principais problemas que atingem as organizações
públicas são os desvios, erros e fraudes, que são denominados de corrupção, procedimento este
que está relacionado com a falta de controle adequado sobre um determinado processo,
implicando em um conjunto de actos que provocam a utilização indevida do processo e dos
recursos pertencentes às entidades públicas, seja para benefício próprio ou de terceiros”.
5.0 Conclusão
Depois de tanta reflexão através de debate teórico chegou-se a conclusão que a auditoria interna
surge no processo da Reforma do Sector Público que teve a sua maior expressão com o
lançamento da Estratégia Global da Reforma do Sector. Para tal, foram traçados os seguintes
objectivos: Assegurar a regularidade e abrangência das acções de auditoria e dos exames
financeiros; Elaborar legislação que modernize os instrumentos e procedimentos da gestão
financeira pelas unidades de administração directa e institutos públicos do Estado.
No que tange a evolução foi antecedida por reformas que visam reduzir os níveis de corrupção e
desvios dos fundos públicos, com destaque para a Lei nº 9/2002 de 12 de Fevereiro que cria o
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), uma plataforma electrónica que
permitiu o estabelecer e harmonizar regras, procedimentos de programação, gestão, execução e
controle dos recursos públicos por todo pais .
6.0 Referências bibliográfica
Autoridade Nacional da Função Pública - ANFP (2006). Programa da Reforma do Sector Público
- Fase II (2006-2011).
Pinheiro, J. L. (2014). Auditoria Interna – Manual Prático para Auditores Internos. Uma
abordagem proactiva e a Evolução Necessária. 3a ed. Lisboa: Reis dos Livros.