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ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM ACADEMIAS

MÓDULO I
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM ACADEMIAS
Prof. Dra. Fernanda Donner
Prof. Dra. Fernanda Donner
Currículo do Docente
Texto
Fernanda Donner Alves @fernanda.donner

•• Conteúdo
Nutricionista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
• Mestre e Doutora em Cardiologia pela UFRGS.
• Pós-doutora em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Ciências da Saúde (UFCSPA).
• Pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva pelo IPGS.
• Antropometrista ISAK nível 3.

• Atuação profissional em Clubes: S.C. Internacional, Clube de Regatas do Flamengo, Grêmio Náutico União; Confederações
Brasileiras: CBDA, Rugby, Remo, Esgrima, Hóquei; e Centros de Treinamentos e Academias.
• Analista de Produção Acadêmica na Diretoria de Pesquisa da Ânima Educação.
• Docente em cursos de Graduação e Pós-Graduação em Nutrição.
• Sócia e idealizadora da Smart Nutrition @smart.nutrition_
CONTEÚDOS
Texto DO CURSO

•• MÓDULO
ConteúdoI: Avaliação nutricional do praticante de exercício físico: aspectos diferenciais para
uso de inquéritos alimentares na avaliação de consumo; avaliação de gasto energético;
avaliação da composição corporal.

• MÓDULO II: Prescrição nutricional para perda de peso, redução de gordura corporal, e melhora
de parâmetros bioquímicos.

• MÓDULO III: Prescrição nutricional para hipertrofia e força; melhora de desempenho.

• MÓDULO IV: Suplementos e recursos ergogênicos conforme exercício praticado e objetivo


nutricional.
Texto
• Conteúdo

• MÓDULO I: Avaliação nutricional do praticante de exercício físico: aspectos


diferenciais para uso de inquéritos alimentares na avaliação de consumo;
avaliação de gasto energético; avaliação da composição corporal.
Texto ANTES DE COMEÇAR…
• Conteúdo DE QUEM ESTAMOS FALANDO ?
Saúde e qualidade de
Composição corporal Desempenho
vida
Texto
• Conteúdo

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
para praticantes de exercício
O QUE INCLUI A AVALIAÇÃO NUTRICIONAL – ACADEMIA ?
Texto
• Conteúdo Estado de saúde geral

Exames bioquímicos

Composição corporal

Exercícios praticados

Objetivos (estéticos, saúde, performance)

Consumo energético, alimentar e de suplementos

Medicamentos
ANAMNESE
Texto
MOTIVO DA CONSULTA: Entender bem os objetivos do cliente: ganho de massa

• Conteúdo
muscular, definição muscular, perda de gordura corporal, aumento de peso...

EXERCÍCIO: histórico de prática de exercício, oscilações, prática atual: frequência,

duração, intensidade

HISTÓRICO DE SAÚDE E USO DE MEDICAMENTOS: avaliar diagnósticos prévios, exames,

uso de medicamentos e hormônios

ROTINA E CONSUMO ALIMENTAR: entender horários de treino e fracionamento das

refeições

USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES: já usados e atuais

DIETAS DA MODA: avaliar estratégias já usadas ou relação com dietas da moda


INQUÉRITOS
Texto ALIMENTARES
• Conteúdo
• Recordatório de 24h

• Consumo habitual
• Registro alimentar
• Registro alimentar com pesagem
• Questionário de frequência alimentar
AVALIAÇÃO DE CONSUMO

+ ferramentas para avaliação de consumo ou comportamento:


miniaturas, porções, livros, cartas, aplicativos.
Fixar questões para não esquecer sobre consumo alimentar próximo do
horário do treino: pré-pós treinos.
COMPOSIÇÃO CORPORAL
Texto
• Conteúdo
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

@smartnutrition.consult
@fernandadonner.nutri

BIOIMPEDÂNCIA DEXA ANTROPOMETRIA ULTRASSOM


COMPOSIÇÃO CORPORAL
Texto
• Conteúdo
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

BIOIMPEDÂNCIA DEXA ANTROPOMETRIA ULTRASSOM


COMPOSIÇÃO CORPORAL
Texto
• Conteúdo

CUIDADOS PRÉ-EXAME: “PADRÃO OURO” - PADRONIZAÇÃO FALTA VALIDAÇÃO


- HIDRATAÇÃO - TREINAMENTO AVALIADOR DEPENDENTE
- JEJUM 4H ALTO CUSTO - INTERPRETAÇÃO TREINAMENTO
- HORÁRIO DIA - PROTOCOLOS USA POLLOCK 7 DOBRAS
- SEM TREINO FALTA DE PRATICIDADE - VALORES DE REFERÊNCIA ? PARA %GC
- PERÍODO MENSTRUAL
ACESSO PERCENTUAL DE GORDURA X
MARGEM DE ERRO SOMATÓRIO DE DOBRAS
REPETIÇÃO ?
Texto
• Conteúdo
ANTROPOMETRIA
• A antropometria é definida como o estudo das medidas de
tamanho e proporções do corpo humano.
Texto PADRONIZAÇÃO EM ANTROPOMETRIA
• Conteúdo
• Existem diferentes protocolos de padronização de medidas antropométricas e entre eles podemos citar
os indicados pelo COI para avaliação no esporte: Lohman e a da ISAK.

• International Society for Advancement of Kinanthropometry (ISAK). O método é baseado em um


modelo australiano de estandardização das técnicas de medidas antropométricas. O controle de
qualidade das medições é reforçado principalmente pela descrição detalhada das técnicas e pela
tolerância de erro permitida entre medidas repetidas. A aplicabilidade dessa formação possibilita que o
avaliador/antropometrista ofereça aos seus clientes qualidade e confiança, desde as coletas de dados até
a análise final dos resultados obtidos. Existem 4 níveis de antropometristas ISAK.
Texto
• Conteúdo

USO DOS DADOS


COLETADOS
SOMATÓRIO DE DOBRAS CUTÂNEAS
Texto Uso cada vez mais indicado para não depender de equações generalizadas.

• Conteúdo

• Σ 6 DOC (TR, SUBES, SUPRAESP, ABD, CX, PANTURR)


EQUAÇÕES PREDITIVAS DE %GC
Texto
• Conteúdo
• Validadas em sua maioria com pesagem hidrostática

• Avaliam DENSIDADE CORPORAL (DC)

• Algumas levam em consideração fatores que influenciam na


quantidade de gordura corporal: sexo e idade

• Precisam de outra fórmula para converter a DC em % GC

– Siri (1961): %GC = (495 / D) - 450


MÉTODO DE 4 COMPARTIMENTOS
Texto "E S TR ATÉ GIA DE ROS E ”
• Conteúdo
• Avalia massa corporal (kg) e altura
• %GC → transforma em kg
• Calcula massa óssea em m (MO) pela fórmula de Von Dobeln modificado por Rocha, 1974:
3,02 x (estatura2 x diâmetro biestilóide x diâmetro femoral x 400)0,712

• Calcula massa residual (MR) em kg pela fórmula de Wurch, 1974


Massa corporal x 24,1/100 (homens)
Massa corporal x 20,9/100 (mulheres)

• Calcula massa muscular pela estratégia de Rose e Guimarães, 1984


Massa muscular = massa corporal – (MO+MR+MG)
Texto
CLASSIFICAÇÕES
• Conteúdo
CLASSIFICAÇÕES
Texto
• Conteúdo
Texto VARIAÇÕES ENTRE AS FÓRMULAS...
• Conteúdo

Durnin & Womersley, 1974

Lewis et al., 1978

Katch & McArdle, 1973


Exemplo:
Sloan, Burt & Blyth, 1962
- Mulher
- 1,64 m
Thorland et al., 1984
- 64 kg
Wilmore & Behnke, 1970

Withers et al., 1987

Jackson & Pollock, 1978

Petroski et al., 1995


BALANÇO ENERGÉTICO
Texto
• Conteúdo CONSUMO GASTO

➢ Emagrecimento
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

➢ Manutenção
➢ Ganho de peso
GASTO BASAL
Texto
• Conteúdo Energia requerida pelo organismo em repouso absoluto (após
12h) e à temperatura constante, que é a energia mínima que
necessitamos para nos mantermos vivos.
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

Idade
Gênero
Composição corporal Influenciam na TMB
Estado nutricional
Saúde
GASTO ENERGÉTICO
Texto
REGRA GERAL...
• Conteúdo
Essa regra não se aplica para
praticantes de exercício com
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

alta demanda energética!

Gasto com exercício MAIOR!!!!

15 – 50% do gasto total...

Costa AAA et al. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 11. n. 66. p.788-794. 2017.
ESTIMATIVAS
Texto DE GASTO

• Conteúdo
• Fórmulas de estimativa (erros...)

• Avaliação do estado nutricional atual x relato alimentar BEM


AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

DETALHADO e CONFIÁVEL

• Consumo atual x habitual x variações

Erros de 11 – 44%
Relato x gasto
Texto
• Conteúdo

Dos 1.624 estudos identificados, 18 foram elegíveis para inclusão.

Estudos comparando a ingestão de energia autorreferida (IE) com o gasto de energia avaliado por meio
de água duplamente marcada foram agrupados para comparação (n = 11) e demonstraram que a
média de IE (ingestão de energia) foi subestimada em 19% (-2793 1134 kJ/dia) .

Esta revisão sistemática revelou que há estudos robustos limitados avaliando métodos de avaliação em
atletas. A literatura existente demonstra a variabilidade substancial entre métodos, com
subnotificação e erro de relato da ingestão sendo frequentemente observados. Há uma necessidade
clara para validação cuidadosa de métodos de avaliação dietética, incluindo inovações técnicas
emergentes, entre as populações de atletas.
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

Texto
• Conteúdo
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

Texto
• Conteúdo
RECOMENDAÇÕES DIRETRIZ 2016 PARA INDIVÍDUOS
Texto
FISICAMENTE
• Conteúdo
ATIVOS:
• Gasto basal: Cunningham ou Harris-Benedict

• Gasto do exercício: METS (Equivalentes Metabólicos de Tarefas)

• Ou gasto detalhado METS

OPÇÃO 1: calcular todo gasto diário por METS


OPÇÃO 2: calcular o gasto basal + (atividades dia FATOR ATIVIDADE - OPCIONAL) + GASTO COM
EXERCÍCIO por METS
± objetivo: (ganho / perda de peso / aumento de massa)
ACSM, ADA 2016
ESTIMATIVA DE GASTO COM EXERCÍCIO → MET
Texto
• Conteúdo

Med Sci Sports Exerc. 2011 Aug;43(8):1575-81.


AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

2011 Compendium of Physical Activities: a second update of codes and MET


values.

Ainsworth BE1, Haskell WL, Herrmann SD, Meckes N, Bassett DR Jr, Tudor-Locke
C, Greer JL, Vezina J, Whitt-Glover MC, Leon AS.
CALCULANDO OS METs:
Texto
• Conteúdo
Peso X MET X tempo
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

Peso: 70kg; Futebol: 7; Duração: 1 hora

70 kg X 7 X 1 = 490 kcal
Texto
• Conteúdo
AVALIAÇÃO DE GASTO ENERGÉTICO

Cuidados importantes:
- Não superestimar gasto
- Avaliar bem o tempo de execução de cada exercício
- Cuidar intensidade do exercício (velocidade, competição x treino)
- Velocidade: milhas por hora → converter: 1 milha = 1,6 km
Texto
• Conteúdo
AVALIAÇÃO DE

DÉFICIT DE ENERGIA
TRANSTORNOS
Texto ALIMENTARES ou
COMER TRANSTORNADO
• Conteúdo
- Maior prevalência no ambiente esportivo
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS
COMER TRANSTORNADO
Texto
• Conteúdo
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

Texto
• Conteúdo
TRÍADE DA MULHER ATLETA
Texto
• Conteúdo
1. distúrbios alimentares (ou déficit energético),
2. amenorreia
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

3. osteoporose

Possuem maior risco as adolescentes e mulheres


que praticam esportes nos quais um baixo peso
corporal é importante para o desempenho ou por
razões estéticas.
RED-S
Texto
• Conteúdo
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

• Homens também são afetados


• Déficit energético possui mais
consequências do que apenas a tríade
da mulher atleta
• Avaliação de risco
Texto
• Conteúdo
• “Funcionamento fisiológico prejudicado causado por deficiência de energia, e
inclui, mas não se limita a comprometimentos da taxa metabólica, função
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

menstrual, saúde, imunidade, síntese proteica e saúde cardiovascular.”

Gasto com
treinamento
BAIXA Ideal > 45 kcal/kg MLG
DISPONIBILIDADE Consumo < 30 kcal/kg = riscos
DE ENERGIA calórico

Consumo alimentar (kcal) - gasto com exercício (kcal)


MLG (kg)
Texto
• Conteúdo

BAIXA
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

DISPONIBILIDADE
DE ENERGIA
Texto
• Conteúdo
Texto
• Conteúdo
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

Logue D et al. Sports Med. 2018 Jan;48(1):73-96


PROBLEMA NA PRÁTICA
Texto
•• Conteúdo
Avaliar massa livre de gordura (DEXA? BIA? DOC?)
• Avaliar gasto energético do exercício
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

• Relato alimentar fidedigno


• Composição da dieta não é levada em consideração?
• Low carb x performance
• Consumo proteico adequado
• Micronutrientes
MARCADORES
BIOQUÍMICOS

Lee EC et al. Journal of Strength and Conditioning Research; 31(10), 2017


Texto AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM ACADEMIAS
• Conteúdo TAKE-HOME MESSAGE

A alimentação e o foco dos exercícios físicos realizados na academia devem estar


DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

diretamente ligados aos objetivos dos clientes: estéticos ou performance.

Entender a demanda de exercício, em academias se tem um público muito variado.


Avaliar se a prática da academia é complementar a outras atividades.

O nutricionista deve auxiliar os clientes para alcançar um melhor desempenho e os


resultados esperados de maneira saudável e sem causar prejuízos ao corpo.

Avaliar riscos de transtornos de imagem ou alimentares.


Texto ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) •Calcule
Conteúdo
o gasto energético basal pelas duas equações do exemplo a seguir e observe se haverá muita
diferença entre elas:
Homem, idade do paciente: 38 anos, peso: 70kg, altura; 178cm, massa livre de gordura: 60kg.
Harris-Benedict: 66 + (13,7 X P) + (5 x E) – (6,8 x I) [P=peso, E=estatura em cm, I=idade]
DÉFICIT DE ENERGIA E TRANSTORNOS

Cunningham: 500 + 22 x massa livre de gordura kg (MLG)

2) Procure no Compendium of Physical Activities: a second update of codes and MET values 2011, os valores de
MET que correspondem ao treinamento de força. Calcule o gasto de 1,5 (1 hora e meia) para o mesmo exemplo
acima.
Equação MET: Valor MET x peso x tempo

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