EBook TopicosEmergentesEmNutricao Finalizado
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Muito obrigada!
Dra. Daniela Miotto Bernardi
Nutricionista
PREFÁCIO
para que mais essa publicação, a segunda em dois anos, fosse lançada
que, por ser construída por várias mãos, contém temas atuais, além da
Capítulo 2 [ p. 19 ]
A NUTRIÇÃO NA SENESCÊNCIA DA VIDA COMO PROCESSO BIOLÓGICO
Marianela Díaz Urrutia, Amanda Gemelli,
Thais Mariotto Cezar, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 3 [ p. 36 ]
NUTRIÇÃO, INFLAMAÇÃO, IMUNOLOGIA E A INFLUÊNCIA DOS
COMPOSTOS BIOATIVOS POR MEIO DO MANEJO DIETÉTICO
Paula Silveira Prado, Vanessa Cristina da Silva,
Thais Mariotto Cezar, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 4 [ p. 56 ]
A IMPORTÂNCIA DOS MICRONUTRIENTES NO
CONTROLE DO ESTRESSE OXIDATIVO
Marianela Díaz Urrutia, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 5 [ p. 77 ]
ALIMENTOS FUNCIONAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS:
LEGISLAÇÃO E ESTUDOS COM FOCO NAS PROPRIEDADES FUNCIONAIS
RELACIONADAS À ATIVIDADE ANTIOXIDANTE
Ana Carolina Lunkes, Mirely Scharlau, Suzana Segalla Menegaz,
Caroline Zanatta Maciel, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 6 [ p. 100 ]
CÂNCER:
FATORES DE RISCO RELACIONADOS A ALIMENTAÇÃO
Gabriela Yasmin Porfirio, Giovana Maria Martinasso dos Santos, Rayssa Alves Pimentel, Débora
Regina Hendges Poletto Pappen, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 7 [ p. 119 ]
SÍNDROME METABÓLICA E OS SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE HUMANA
Marcia Machado, Millena Tureta, Rafael Dewes Lenz,
Débora Regina Hendges Poletto Pappen, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 8 [ p. 136 ]
O AUXÍLIO DAS TERAPIAS NUTRICIONAIS NO CONTROLE
E TRATAMENTO DA OBESIDADE, UMA EPIDEMIA MUNDIAL
Marina Horst, Natália Miorando, Renan Sebben,
Nanci Rouse Teruel Berto, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 9 [ p. 155 ]
PAPEL DA POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO (PNAN) NOS DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Luana Schwarz, Débora Carneiro Teixeira, Jean Carlos Sarturi,
Jaciara Reis Nogueira Garcia, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 10 [ p. 181 ]
GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Camila Meurer Walter, Thamiris Rodrigues de Freitas, Teresa Souza Ferrari,
Adriana Hernandes Martins, Daniela Bernardi Miotto
Capítulo 11 [ p. 207 ]
COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Ana Caroline Dos S. Fanegas, Mariana Barbara Moreira Garbuio,
Tatiani Deisy Becario, Caroline Zanatta Maciel, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 12 [ p. 219 ]
ROTULAGEM NUTRICIONAL
Allan Eduardo Vidal, Larissa de Carvalho Zimmermann, Rafaela Menegusso,
Sabrine Zambiazi Silva, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 13 [ p. 235 ]
QUALIDADE E LEGISLAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
Ana Luiza de Souza Melo Fabris; Tássia Fernanda Sacks; Vanessa da Cruz,
Adriana Hernandes Martins, Daniela Miotto Bernardi
Capítulo 1
____________________
NECESSIDADES E
RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS
NA VIDA ADULTA:
COMO SE PREPARAR
PARA O FUTURO?
Jamile Milena Lotici Zago
Alessandra Hitsue Inumaru
Fabiana Rodrigues de Lima
Nutricionistas pelo Centro Universitário da Assis Gurgacz
desnutrição nos EUA, foi solicitado a Academia Nacional de Ciências para que este
DRI’s surgem com quatro especificações de referência que abrangem uma faixa
5
de estimar o tamanho das porções. Fazendo com que ocorram erros de
AFFOLTER, 2006; RIST, WENZEL e DANIEL, 2006; ZHANG, YAP e WEI, 2008).
genômica nutricional.
6
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ADULTOS
Nutrição (do inglês Food and Nutrition Board - FNB), e do Instituto de Medicina
saudável.
da população sadia.
3. Ingestão Adequada (do inglês: Adequate Intake – AI) equivale a estimativa das
necessidades diárias recomendadas. São utilizadas quando determinado
de nutrientes.
7
Figura 1: Classificações das Recomendações de Nutrientes de
acordo com a ingestão dietética de referência – DRI.
ingestão, portanto, mesmo que determinado nutriente não possua sua RDA
definida, o uso da AI de acordo com IOM (2005) ainda se encontra dentro dos
al., 2012), sendo que para a ingestão destes nutrientes, o IOM criou uma
recomendação de Faixas Aceitáveis de Macronutrientes (do inglês Acceptable
8
Macronutrients of Distribution Ranges – AMDR) que indica uma faixa segura
para reduzir riscos de doenças crônicas (IOM, 2005).
energética de um indivíduo, a qual pode ser feita por diferentes métodos, como
Energética Estimada (do inglês Estimated Energy Requirement -EER), o qual visa
9
distribuição proteica aceitável na dieta de indivíduos saudáveis é de que perfaça
oficiais para a ingestão lipídica, bem como para a ingestão dos ácidos graxos
de gorduras saturadas não deve exceder 10% da ingestão calórica total, enquanto
10
para adultos é de que a ingestão seja de 38 g para homens e 25 g para mulheres
(IOM, 2005).
11
CONSUMO ALIMENTAR X RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
alto valor calórico, que, aliado ao sedentarismo, está produzindo uma geração
faixa etária mínima era de dez anos, com moradores do sexo feminino e
masculino, das cinco maiores regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e
residentes do Porto, no qual foi avaliado 2389 indivíduos (61,6% mulheres), com
12
o objetivo de verificar a prevalência de ingestão inadequada de macronutrientes
inadequada 17,1% nas mulheres e 21,0% nos homens (OLIVEIRA et al., 2008).
GENÔMICA NUTRICIONAL
13
bioativos, portanto, como ciência ela estuda os efeitos de nutrientes e
14
física e produtos farmacêuticos. Vendo que os profissionais vão utilizar
consciência que essa ainda é uma área incipiente, os mecanismos não estão
bioativos é necessário ter cautela, pois estes podem atuar de formas distintas
15
ciência da nutrição avance no sentido de que uma nutrição realmente
personalizada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
se utilizado das mesmas como um padrão a ser seguido para todos, sem
possível comprovar que cada ser humano possui uma necessidade específica
geneticamente.
de doenças crônicas.
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18
Capítulo 2
____________________
A NUTRIÇÃO NA
SENESCÊNCIA DA VIDA
COMO PROCESSO
BIOLÓGICO
Por outro lado, durante este ciclo da vida, também acontecem mudanças
mortalidade, sendo que, esta mudança muscular pode estar ou não associada
21
A obesidade em idosos está fortemente relacionada a agravos
depressão (MOTSINGER et al., 2012) e por outro lado, sabe-se que, aliada a
CICLO VITAL:
IDOSOS
idosa brasileira no ano 2050, alcançará 49% do total dos habitantes no país, sendo
No Brasil, este cenário irá gerar uma sobrecarga, tanto nos sistemas de
aos processos que ocorrem neste estágio da vida, com uma visão
doenças crônicas, pois é a maneira mais eficaz de promover e manter uma boa
Pessoa Idosa (PNSPI), que tem por objetivo atender as demandas da população
23
estudo que analisou os processos de trabalho no cuidado do idoso em um
relação à PNSPI. Por outro lado, observaram o despreparo dos profissionais que
fazem parte da equipe que cuida dos idosos, concluindo que seria necessária
população.
FISIOLOGIA NA VELHICE
chamado de senescência, que tem início aos 30 anos de idade e que pode ser
JENTOFR et al., 2017). Sendo que, um consumo adequado diário de proteínas, pode
24
São considerados os atributos da fragilidade: vulnerabilidade, pela
Em estudo de Blair et al. (2015), cerca de 58% dos idosas avaliadas estavam
com mais de 40 anos realizam a prática de atividade física. Ainda assim, estudos
25
indicam que idosos em estado de risco de desnutrição apresentam peso superior
apresenta uma relação direta com a sarcopenia, que por sua vez é
atrial, classificados pelo estado nutricional, que essa patologia está associada a
26
Em um estudo observacional realizado por Beasley et al. (2013) foi
avaliada a relação entre função física, por auto relato e consumo de proteína,
em que a ingestão de proteínas era menor do que 16% do valor calórico total
estudos, Raef et al. (2011), destacam que há uma conjugação de vários fatores que
alimentos fonte de cálcio, inatividade física e a deficiência de vitamina D, que por sua
vez, relaciona-se com a falta de exposição da pele ao sol (GLOTH et al., 1995) e
et al. (2012) que associou a saúde mental e transtornos de humor com os níveis
deficientes de vitamina D sérica em mulher idosas, concluíram que a carência
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
27
finalidade a intervenção nutricional quando necessário. Os questionamentos
D - Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda nos últimos três meses?
0 = sim 2 = não
E - Problemas neuropsicológicos
28
Quadro 3: Modelo adaptado da Mini Avaliação Nutricional (MNA ®) – Avaliação Global
G - O doente vive na sua própria casa (não em instituição geriátrica ou hospital) 1 = sim 0 = não
J - Quantas refeições faz por dia? 0 = uma refeição 1 = duas refeições 2 = três refeições
K - O doente consome:
pelo menos uma porção diária de leite ou derivados (leite, queijo, iogurte)? ( ) sim ( ) não
0.0 = nenhuma ou uma resposta «sim» 0.5 = duas respostas «sim» 1.0 = três respostas «sim»
L - O doente consome duas ou mais porções diárias de fruta ou produtos hortícolas? 0 = não 1 = sim
( ) total
( ) total
P - Em comparação com outras pessoas da mesma idade, como 0.0 = pior 1.0 = igual
considera o doente a sua própria saúde? 0.5 = não sabe 2.0 = melhor
( ) total
( ) total
29
Estudo de Hedman, Nydahl e Faxen–Irving (2016), apontou que a MNA
não foi tão eficaz por não distinguir claramente os resultados dos idosos em
MNA e avaliando os riscos de fragilidade dos idosos, mostraram que o MNA foi
altura²) para classificar o estado nutricional em: < 22 kg/m² baixo peso; ≥ 22
utilizadas, ainda que associado a outros métodos, não foi possível chegar num
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
– DRI) do Instituto de Medicina (do inglês: Institute of Medicine – IOM) (2005) dos
Estados Unidos é de 0,8 gramas de proteínas por kg de peso por dia e 130
gramas de carboidratos por dia, sendo que esta referência não determina uma
30
Por outro lado, quanto ao consumo de proteína em idosos, estudos
afirmam que o consumo recomendado deveria oscilar entre 1,0 - 1,3 g/kg/dia,
homens. Por outro lado, o consumo energético total diário foi superior nas
outras regiões do país com 51,1% do VET e em 14,5% dos idosos o consumo foi
uma ingestão excessiva de gorduras, que por sua vez foi superior à
31
idosos, deve atingir 1.200 mg e 10 mcg, respectivamente, sendo que a partir dos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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35
Capítulo 3
____________________
NUTRIÇÃO, INFLAMAÇÃO,
IMUNOLOGIA E A
INFLUÊNCIA
DOS COMPOSTOS BIOATIVOS
POR MEIO DO MANEJO
DIETÉTICO
situações ela se torna crônica, dando início a doenças inflamatórias como por
sobre um organismo, tecido e/ou célula) nos alimentos, os quais podem atuar
Existem CBA que têm sua ação nas vias de sinalização pró e anti-
obtido a partir da cúrcuma (Curcuma longa L.). Segundo Gupta et al. (2012),
vários estudos com modelos in vitro, demonstraram que este CBA apresenta
36
regulação de moléculas causadoras), antioxidantes, cicatrizante e
em alimentos.
corresponde à respostas imediatas que geram uma defesa inicial por meio de
37
gerando uma defesa mais especializada e eficaz contra infecções, sendo que seus
imunidade inata, sendo que elas são responsáveis pela comunicação entre
inflamação são Fator de Necrose Tumoral (TNF), IL-1, IL-12, Interferon Gama
As citocinas estão sendo cada vez mais usadas na medicina, para induzir
38
em altas concentrações ele causa anomalias patológicas do choque séptico (baixo
garantindo assim, que não haja uma resposta inflamatória induzida pela dieta
(BARREA et al., 2018). Existe também a inflamação induzida pela idade, que ainda
não tem seus agentes etiológicos bem elucidados, porém existe relação entre ela,
39
Diversas formas de prevenir e tratar a inflamação são percebidas, sendo
entre eles alguns tem caráter nutricional, tais como o excesso de peso, Diabetes
Dietary Inflammatory Index - DII). Inicialmente, o DII foi desenvolvido por Cavicchia
et al. (2009), onde 3 valores eram utilizados para classificar cada artigo com base
no efeito do alimento ou componente especifico na inflamação, o valor de -1 foi
níveis de IL-1 β, IL-6, TNF-alfa ou CRP ou diminuição da IL-4, IL-10), artigos com
diminuição significativa nos níveis de IL-1 β, IL-6, TNF-alfa ou CRP ou aumento dos
novo método de cálculo do DII e descreveram que ele pode ser utilizado em
40
Doenças cardiovasculares, por exemplo, mostraram aumento da
mais que a média de ingestão por sexo (seis) de legumes, frutas, nozes, peixe,
recebia um ponto caso sua ingestão estivesse abaixo da média de consumo por
autoimunes que são causadas por uma autoimunidade, caracterizada por uma
resultado observado foi que a aplicação de uma dieta FMD baixa em proteínas
41
retorno ao seu número normal depois da realimentação, sugerindo uma
inflamação, como dito anteriormente, existem fatores que podem evitar ou/e
que essa mesma dieta diminuiu marcadores inflamatórios (IL-6, PTN C reativa
cereais, leguminosas, peixes, vinhos e frutas, nas quais estas últimas, são fontes de
que estão presentes em raízes, folhas e caules (SCHIASSI et al., 2018). O consumo
42
inflamação, processos neurodegenerativos e atuam na atividade antiviral e
avaliação foi através de: coleta de sangue para analisar índices inflamatórios
com escore para adesão à dieta “Abordagem dietética para parar a hipertensão”
patologias.
43
Tabela 2: Estudos científicos que utilizaram como base compostos bioativos (curcumina,
resveratrol ou catequinas) e seus efeitos (positivo ou negativo) na inflamação.
Concentração e forma de uso
CB * Modelo Efeito** Referência
do CB
Schwingshackl e
Fenólicos Humanos Dieta Mediterrânea +
Hoffmann, 2014
Topcu-
100mg/kg de curcumina por via
Curcumina Ratos Wistar + Tarladacalisir et
intragástrica
al., 2013
Gulcubuk et al.,
Curcumina Ratos 100ml/kg via intragástrica +e-
2012
Sciberras et al.,
Curcumina Humanos 500mg de Meriva® via oral +e-
2015
Ratos Sprague ‐ Soetkino et al.,
Curcumina 75mg/kg /dia via gavagem +
Dawley 2013
Walker et al.,
Resveratrol Humanos 2g/dia via oral +
2018
Palsamy e
Resveratrol Ratos Wistar 5mg/kg via oral +e- Subramanian,
2011
Larrosa et al.,
Resveratrol Ratos 1mg/kg/dia ingestão oral +
2009
300ml/dia (vinho) por ingesta Noguer et al.,
Resveratrol Humanos +
oral 2012
EGCG***
Ratos 50mg/kg via intraperitoneal + Xiao et al., 2014
CURCUMINA E INFLAMAÇÃO
alimentícios, é constituída por até três elementos, sendo: a curcumina (CUR) que
44
Índia, a curcumina já é comercializada em forma de cápsulas, pomadas e
cremes, e por isso os efeitos da mesma dependem de como e o local que foi
infecções por parasitas. O mesmo autor explica que para o NF-Kβ ser ativado
interrupção da apoptose.
45
Gulcubuk et al. (2013) investigaram os resultados do tratamento com
também tardia da doença. O grupo dos animais que foram tratados com a
a inibição da NF-Kβ. Por outro lado, a IL-6 e TNF-α, não foram reduzidas e/ou
Foram onze atletas, do sexo masculino com idade máxima de 35 anos, nos quais
500mg de Meriva® no horário do almoço por três dias e outra dose de 500mg
46
A nefrectomia 5/6 é um procedimento cirúrgico muito utilizado em
divididos em três grupos, sendo: grupos não tratados (NX); grupos tratados com
curcumina (75 mg/kg /dia, via gavagem) e grupos tratados com fármaco
do estudo foi concluído, que tanto o grupo tratado com curcumina e o grupo
concentração de Nrf-2 e controle dos níveis de Keap-1, sendo que estes dois
RESVERATROL E INFLAMAÇÃO
derivado das plantas e está presente nas uvas e no vinho tinto, sendo conhecido
47
desenvolveram um estudo com o trans resveratrol e seus possíveis efeitos
nefropatia. Esse estudo utilizou ratos Wistar que recebiam estreptozotocina para
diminuídas no grupo de ratos diabéticos; houve redução dos danos renais causado
marcadores inflamatórios Nf-kβ, IL-6 e TNF-α nos animais diabéticos. Nos casos
dos animais que não tinham a DM, não houve diferença significativa dos níveis de
misturada à ração padrão por 25 dias anterior a colite induzida e mais 5 dias
48
de marcadores inflamatórios: prostanglandina E sintaxe, ciclo-oxigenase 2 –
sem álcool por humanos durante uma semana, obtiveram através do mesmo, o
presente no vinho tinto sem álcool não se observou nenhum efeito antioxidante
CATEQUINAS E INFLAMAÇÃO
secagem das folhas das plantas que anulam a enzima polifenol oxidase (DIAS,
49
e absorção de gordura hepática. Os animais recebiam 50mg/kg (injetado via
no estudo de Bogdanski et al. (2012). Esse estudo teve como modelo indivíduos
forma de cacau foi usada no estudo de Gu, Yu e Lambert (2014), para avaliar os
diferenciada, sendo: de baixo teor de gordura (10%) e alto teor de gordura (60%)
50
mesma dieta e o outro igualmente, porém, suplementada com 80g/kg de cacau
CONSIDERAÇÕES FINAIS
e estratégias nutricionais.
que o uso dos compostos não apresentou efeito significativo esperado sobre a
51
Pesquisas futuras podem abordar o tema de forma mais específica, onde
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55
Capítulo 4
____________________
A IMPORTÂNCIA DOS
MICRONUTRIENTES
NO CONTROLE DO ESTRESSE
OXIDATIVO
57
de muitos fatores, porém uma alimentação com aporte adequado em
fatores antioxidantes.
ESTRESSE OXIDATIVO
sequenciais, até resultar em uma molécula de água (H2O) como produto final,
58
o O2 é reduzido e forma superóxido (O2-), para logo receber mais um elétron (e-
formar H2O, por ser interrompida em quaisquer das etapas (Figura 2), EROs com
emparelhamento estável dos elétrons de uma molécula de O2, onde dois pares
59
Figura 3: Emparelhamento de elétrons de do oxigênio molecular (O 2).
60
SISTEMAS ANTIOXIDANTES
observam-se as enzimas antioxidantes SOD, CAT, GPx e GR, e o seu efeito sobre
61
Figura 4: Mecanismo de ação das enzimas antioxidantes endógenas Superóxido
dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa peroxidase e Glutationa reduzida (GR)
sobre as espécies reativas de oxigênio (EROs).
SOD: Superóxido dismutase; CAT: Catalase; GPx: Glutationa peroxidase; GR: Glutationa redutase.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
H2O2 (Figura 3) (CALLEJO et al., 2003; HARVEY e FERRIER, 2011). No citosol da célula,
a SOD apresenta Cu2+ como centro redox e Zn2+ como um elemento da sua própria
estrutura, onde a sua atividade não é afetada pelo estresse oxidativo. Entretanto a
SOD presente na mitocôndria apresenta Mn2+ como centro redox e a sua atividade
Fe3+ a O2, assim, por sua vez, o Fe2+ resultante desta reação pode reduzir o H2O2
OH- (Figura 3) (CÉSAR, 2015), que constitui o radical com maior capacidade de
62
provocar prejuízo oxidante, pois altera a função biológica da membrana das
selênio no organismo para a sua síntese (ROTTA, 2007), assim, a deficiência deste
Em relação à GR, trata-se de uma enzima não tem uma ação direta na
63
indicador se apresentou aumentado nos animais, tanto do grupo alimentado
com uma dieta hiperlipídica a base de gordura saturada (HFS) como no grupo
SOD, no mesmo tecido, foi superior nos animais do grupo HFS-OP, quando
comparado aos grupos CON e HFS, que por sua vez não diferiram entre si.
tratamentos (CON, HFS e HFS-OP) diferiram entre si, sendo que o grupo
verificando que houve uma correlação entre o aumento da atividade da CAT nos
64
Em um ensaio clínico, Coutinho (2003) avaliou os efeitos da
atividade da GPx sanguínea de ratos Wistar. Assim, verificaram, que não houve
apresentado pela GPx, pois os aminoácidos das dietas também poder ter
com dieta balanceada como naqueles com dieta hipercalórica. Porém houve
relação à SOD, a sua atividade foi superior nos grupos que receberam a dieta
65
dos extratos no excesso calórico diminuiu a ação dessa enzima. A avaliação da
enzima CAT, determinou que os extratos aplicados nos animais tratados com a
produzir, portanto, devem ser obtidas por meio da dieta, para atuarem
neutralizar até dois radicais peroxila. Logo, para que esta reação seja
66
Figura 5: Complexo antioxidante vitamina E / ascorbato contra a lipoperoxidação.
um efeito protetor contra o estresse oxidativo induzido nos ratos com aplicação de
respiração mitocondrial.
67
Quanto a atividade isolada da vitamina C, esta acontece como
neutralizar o OH-, posto que nenhuma das enzimas que o compõe é capaz de
68
alimentos vegetais, tais como, frutas e verduras, foi substancialmente maior no
apresentam uma alta atividade antioxidante por sequestrarem EROs, por meio
2018), sendo que este último é o mais encontrado nos vegetais e os seus principais
69
lipoperoxidação. Os resultados mostraram que, os extratos suplementados,
Nesse sentido, Burneiko et al. (2006) em um estudo com ratos Wistar que
71
níveis do mesmo parâmetro na Amostra 2 em relação a Amostra 1. Quanto aos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
sistemas antioxidantes, e por outro lado à prática de atividade física regular que
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76
Capítulo 5
____________________
ALIMENTOS FUNCIONAIS
E COMPOSTOS BIOATIVOS:
LEGISLAÇÃO E ESTUDOS COM
FOCO NAS PROPRIEDADES
FUNCIONAIS RELACIONADAS
À ATIVIDADE ANTIOXIDANTE
Ana Carolina Lunkes
Mirely Scharlau
Suzana Segalla Menegaz
Nutricionistas pelo Centro Universitário Assis Gurgacz
organismo, além das suas funções nutricionais, podem ser denominados como
alimentos funcionais.
78
quais podem atuar no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções
dos alimentos.
ALIMENTOS FUNCIONAIS:
CONCEITOS E LEGISLAÇÃO
(2016), teve início nos anos de 1980 no Japão e se estendeu para o mundo, com
terapêutica está na união de uma dieta moderada e com poder que as ervas
79
No Brasil, a legislação brasileira não define alimentos funcionais, mas
funcionais e/ou de saúde” (ROSA e COSTA, 2016). Nesse sentido, em 1999, por
80
2013 foi instituído o Grupo de Trabalho, por meio da Portaria nº 811 com a
81
incentivando a comunidade científica a desenvolver pesquisas que comprovam
benefícios à saúde que são atribuídos aos compostos bioativos presentes nos
indústria alimentícia.
janeiro de 2002, que define como substâncias bioativas “os nutrientes e não
BLOMM, 2012). Portanto, devido a sua função fisiológica e ação contra radicais
em alimentos, bem como dos efeitos de seu consumo são objetos de muitos
82
para a curcumina, serão abordados a seguir, além disso na Tabela 4 estão
atividade antioxidante.
Tabela 4: Estudos Utilizados para as Comprovações Científicas das Alegações Associadas aos Compostos Bioativos .
Condição
Compostos
Modelo fisiológica ou Efeito demonstrado Referência
bioativos
patológica
Obesidade
Carotenoid induzida por Diminuição dos níveis de colesterol total e Silaste et al.,
Ratos
es dieta rica em colesterol LDL no plasma. 2007.
gordura.
Homens
Não produz alterações nos marcadores
Carotenoid e Salazar-Lugo
Saudáveis hepáticos e renais, o que demonstrou sua
es Mulhere et al., 2016.
segurança na função hepática e renal.
s
Moreira e
Compostos Ratos Mancini-
Saudáveis Atividade antioxidante
Fenólicos Wistar Filho, 2004.
Hipercolestero Penumathsa
Resveratrol Ratos Função protetora infarto do miocárdio
lemia et al., 2007.
Davis et al.,
Curcumina Ratos Saudável Melhorar a performance física
2007.
84
CAROTENOIDES
eles podem ser encontrados em vários seres vivos, desde microrganismos até
lagosta, siri), aves (flamingo) e peixes (truta e salmão), esses pigmentos são
85
ressaltar que estudos experimentais propõem a divisão da carcinogênese em
Silaste et al. (2007) demonstram em seus estudos feitos com ratos, que
86
que não detectou diferenças no ganho de peso com a ingestão de molho
que uma elevação significativa dos níveis plasmáticos de licopeno está bem
que teve como resultado, de acordo com as análises bioquímicas realizadas nos
87
COMPOSTOS FENÓLICOS
em condições patológicas.
88
de cacau, no chocolate em pó e no chocolate amargo quando comparado a
89
variedades de mamão, sugerem que a vitamina C e os compostos fenólicos
90
antiparasitárias, com relevância ao seu potencial antioxidante, identificando a romã
de vida, entre outros fatores, também pode contribuir para menor risco de
concentrações que variam de < 0,1 a > 100 µmol/L. Os níveis fisiológicos
frações de ácidos fenólicos obtidos das folhas de alecrim e seus efeitos sobre
canela e erva-doce) para avaliar o efeito dos seus compostos fenólicos sobre o
91
administrada isoladamente contra infarto do miocárdio em ratos com
Curcumina
na Crocus sativus utiliza a flor, porém, ambas são utilizadas na culinária com o
e isolada no século XIX. Possui cor amarela e é responsável por suas ações
92
agregação de plaquetas, inibição da produção de citocinas inflamatórias e inibição
foi possível encontrar estudo realizado por Davis (2007), onde se observou que
Em estudo realizado por Jang et al. (2008) foi analisado que, curcumina
em hamsters possui ação positiva na redução dos níveis de ácidos graxos livres,
mudanças sobre o perfil lipídico. Após a suplementação foi visto que a redução
favorecendo a vasodilatação.
93
triglicerídeos e colesterol total, além da elevação no HDL-c. O estresse oxidativo
lúpica, esse resultado foi comparado com pré e pós ingestão de açafrão nos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
como suplementos.
94
melhor esclarecer os mecanismos de ação e comprovação dos benefícios
certificações.
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99
Capítulo 6
____________________
CÂNCER:
FATORES DE RISCO
RELACIONADOS À
ALIMENTAÇÃO
101
PRINCIPAIS COMPOSTOS CARCINOGÊNICOS
literatura uma variedade de estudos e por sua vez, uma enorme variedade de
causas. De acordo com Dusman et al. (2012), a principal porta de entrada dos
que podem ter ação carcinogênica é importante apontar que alguns são
(SGARBIERI, 1999; NEHLIG, 1994; PRADO, 2003), neste sentido mais adiante
impostas pelo ambiente e substâncias ingeridas no dia a dia (EL-ZEIN et al., 2005),
do ciclo celular, pois o material genético é definido por uma ordem específica na
102
chumbo), sendo o câncer de pulmão o mais frequente em estudos com
Acrilamida
103
composto (ALBALAWI et al., 2017). As caspases são proteases que possuem
1998). A ativação das caspases ocorre por duas vias principais: uma via
cancerígenas em ratos, sendo que para o estudo foram utilizados 200 animais,
104
32 publicações até o referido ano, e calculado o risco relativo sumário (RR) de
cada local de câncer para o nível mais alto versus o mais baixo de ingestão e
resultados foram ordenados por local do câncer (de acordo com a Classificação
renal (RR 5 1,20; 95% de confiança intervalo, IC, 1,00–1,45). Entre os nunca
endometrial (RR 5 1,23; 95% IC, 1,00–1,51) e câncer de ovário (RR 5 1,39; IC95%,
105
Neste sentido, ainda são necessários mais estudos que considerem a
Compos
Modelo Efeito Referência
to
É capaz de minimizar a neurotoxicidade induzida pela
Extrato acrilamida, e promover assim regeneração neuronal no
de Ginko Camundong hipocampo do tratamento com acrilamida em ratos. A Huang et al.,
biloba os Kunming acrilamida é um produto químico altamente hidrofílico, 2017.
que tem toxicidade média nos nervos, e ainda assim, a
mesma pode danificar os nervos por inúmeras rotas.
Atenuaram o efeito tóxico pela normalização das células
Ratos
L- de apoptose, a acrilamida induziu impacto negativo em Zamani et al.,
albinos
Cartinina cromossomos, micronúcleos na medula óssea e 2017.
Swiss
anormalidades morfológica em espermas.
Foi administrado 10mg/kg/bw de acrilamida, e
100mg/kg/bw de vitamina E. A administração de vitamina
E pode reduzir o estresse oxidativo pelo aumento da
capacidade antioxidante em um estudo com femeas
Sprague. A taxa de administração significante de
Vitamina Femeas Erdemli et al.,
malondialdeído (MDA), levou aos tecidos renais em fetos
E Sprague 2019.
diminuírem a quantia de catalise (CAT) e perfil
antioxidante (TAS), enquanto a administração de vitamina
E aumentou os níveis de glutationa redutase (GSH) e TAS
e diminuíram os níveis de MDA, que são produtos da
oxidação
Ratos A utilização de quercetina pode melhorar o perfil da
Querceti Yang et al.,
machos acrilamida (ACR) ingerida, pois induz a redução do
na 2016.
Wistars estresse oxidativo.
A acrilamida induz a nefrotoxicidade pelo aumento de
Óleo de Fêmeas Ghorbel et al.,
malondialdeído, hidróxido de hidrogênio, proteína
oliva Wistars 2016.
carbonil e pela diminuição de glutationa, vitamina C.
Fonte: adaptada de KOSZUCKA et al., 2019.
106
Aminas heterocíclicas
pela urina e/ou pela bile, porém nesse processo, são formados compostos capazes
de acarretar danos ao DNA e promover estresse oxidativo, que, por sua vez, se não
Hidrocarbonetos aromáticos
107
podem estabelecer o processo carcinogênico, principalmente em órgãos como
pulmão, trato gastrointestinal e mama (PAZ et al., 2017). Pode ser encontrado
Alimentos ricos em lipídios são promissores dos HPAS, uma vez que, eles
antes da extração do óleo (no Brasil esse método é uma prática comum), a
aromatizantes para defumação artificial (0,03 µg/kg), porém não há uma legislação
desse composto em óleos vegetais (BRASIL, 2003; BRASIL, 2007; BRASIL, 2011).
108
assados em forno a gás é menor do que nos alimentos assados usando carvão
109
sobre o uso deles. Sendo assim, os mesmos não podem conferir odor, cor ou
Nitrito e nitrato
GUEDES, 2017).
110
e tem sido alvo de estudos, essa reação é beneficiada em pH ácido, as
(HUERTAS, 2017).
TÉCNICAS DE PREPARO
111
reduzir os níveis de acrilamida nos alimentos, entretanto nenhum deles
Um estudo realizado por Jing et al. (2019), analisou o efeito dos extratos
mostraram que os pães com menor teor de acrilamida foram tratados com
COMPOSTOS BIOATIVOS
GUTTERIDGE, 1990).
112
e ácidos fenólicos, utilizados em um estudo realizado por Huang et al. (2017)
78,2%, respectivamente.
o centro heterocíclico. Está presente em plantas, tais como frutas, vegetais, chás
(ANTUNES et al., 2004). Quando aliada a outros compostos que podem prevenir
113
CONSIDERAÇÕES FINAIS
de alimentos.
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118
Capítulo 7
____________________
SÍNDROME METABÓLICA E
OS SEUS EFEITOS SOBRE A
SAÚDE HUMANA
Marcia Machado
Millena Tureta
Rafael Dewes Lenz
Nutricionistas pelo Centro Universitário Assis Gurgacz
apresentar pelo menos três dos seguintes fatores de riscos: deposição central
120
(HAN e LEAN, 2016). O surgimento desses fatores pode estar relacionado com o
121
bem estar e saúde da população, tais como o distúrbio do sono e ansiedade,
pelo acúmulo excessivo de gordura corporal para um nível tal que compromete
Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 Kg/m2 ou mais, sendo que muitos outros
processo inflamatório que ocorre quando tecido adiposo, secreta citocinas pró-
resistência à insulina .
122
geral, sejam em crianças, adolescentes e adultos e está intimamente ligada a
todos os outros fatores associados a essa síndrome que pode ser notada de
por sua vez, resulta em inflamação, isso ocorre porque o tecido adiposo, secreta
estresse oxidativo. Foi encontrado uma relação direta entre obesidade e outras
câncer e DM Tipo II, conforme será discutido mais adiante. Além disso, sabe-se
que geralmente está associada à SM, pois se correlaciona com estilo de vida e
123
elevação da taxa de mortalidade mediada por outras influências como o stress
oxidativo que atua como fator principal tanto na etiologia quanto nas
alimentares, caracterizada neste caso pela ingestão excessiva de sódio que tem
relação direta com o aumento da pressão pois tem efeito sobre a volemia e
124
consequentemente sobre o débito cardíaco, além de influenciar na ativação de
PRESCRIÇÃO DIETOTERAPICA
% do valor calórico total diário), proteínas (10-35% do valor calórico diário total)
Carboidratos: Recomendação de 50% - 60% das calorias totais. O total de porções diárias desse grupo
de alimentos varia de acordo com o VCT do plano alimentar prescrito. Considere que uma porção e
carboidratos corresponde a uma fatia de pão de forma, ou meio pão francês, ou uma escumadeira de
arroz ou macarrão.
Fibras: Recomendação de 20g – 30g/dia. Selecionar alimentos integrais ou com baixo índice glicêmico.
Gordura total: Recomendação de 25% - 35% das calorias totais. Devem ser evitados alimentos
gordurosos em geral como carnes gordas, embutidos, laticínios integrais, frituras, gordura de coco,
molhos, cremes e doces ricos em gorduras e alimentos refogados e temperados com excesso de óleo
ou gordura.
Ácidos graxos saturados (AGS): Recomendação de < 10% das calorias totais. Incluem ácidos graxos
saturados (C8-C16) e os ácidos graxos trans. Recomendar até 7% se LDL-colesterol for > 100mg/dl.
Ácidos graxos poliinsaturados (AGPI): Recomendação de até 10% das calorias totais. Incluem os ácidos
graxos ômega-3 os quais são encontrados em peixes como salmão, sardinha, cavala e arenque.
125
Ácidos graxos monoinsaturados (AGMI): Recomendação de até 20% das calorias totais. O azeite de
oliva possui 77% de AGMI e seu consumo é predominante na dieta Mediterrânea.
Colesterol: Recomendação <300 mg/dia. Alguns indivíduos com LDL-colesterol > 100mg/dl podem se
beneficiar com uma ingestão diária de colesterol de 200 mg/dia.
Proteína: Recomendação 0,8 a 1,0 g/kg peso atual/dia ou 15% das calorias totais. Corresponde a duas
porções pequenas de carne magra/dia, que podem ser substituídas pelas leguminosas (soja, grão de
bico, feijão, lentilha, etc.) e duas a três porções diárias de leite desnatado ou queijo magro. O consumo
de peixes deve ser incentivado por sua riqueza em ácidos graxos n-3. Os ovos também podem ser
utilizados como substitutos da carne, respeitando o limite de duas gemas/semana, em função do teor
do colesterol. Excessos proteicos devem ser evitados.
126
indivíduos com SM, devem ter como foco principal a abordagem constante de
gorduras (variando entre 35% a 45% do teor calórico total da dieta, das quais a
127
Lapointe (2006) e Covas (2007), também apontam que Dietas ricas de
podem ser explicados pelo fato de que leguminosas são ricas em proteínas,
128
13.368 homens participantes do Physicians' Health Study, e verificou-se uma
redução de 19% no risco de HA, nos pacientes que realizavam o consumo diário
de cereais, com uma relação positiva mais forte com grãos integrais do que com
folato, magnésio, potássio e fibra, presentes nos cereais integrais, podem ser
em maior quantidade este tipo de produto (1,1 vs. 1.6 porções ao dia e 0,6 vs. 0,8
129
Na Tabela 7, encontram-se expostas de forma resumida os modelos
atividade física e 29,3% ativos. Concluindo que a falta de atividade física, pode
contribuir para o agravamento desta patologia (SANTOS et al., 2005). Portanto pode
131
se afirmar que a prática regular da atividade física demonstra resultados benéficos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nesta revisão sobre SM, verificou-se que tal patogênese, é
pode prevenir e/ou tratar essa síndrome com eficiência, evidenciando ainda
132
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135
Capítulo 8
____________________
Marina Horst
Natália Miorando
Renan Sebben
Nutricionistas pelo Centro Universitário Assis Gurgacz
de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões obesos
137
indicadas de forma combinada ou não, de acordo com a gravidade do problema
obesidade para indivíduos com o IMC igual ou superior a 30 Kg/m². O IMC fornece
para ambos os sexos e para adultos de todas as idades. Porém, deve ser
considerado como um valor aproximado, uma vez que pode não corresponder
atletas, onde o IMC pode apontar valores altos, porém o indivíduo possui mais
massa magra do que gordura corporal. Em relação às crianças, deve ser levada
138
Sem dúvidas os números e as estatísticas mostram que a obesidade é
um problema atual de saúde pública, que atinge cada vez uma maior parcela da
conseguem ter disciplina alimentar e que cedem diante das "tentações" ou que
vontade para a prática regular de exercícios físicos, e colocando assim, sua vida
maioria dos indivíduos obesos era do sexo feminino. Verificaram ainda que 52%
(do inglês: Fast Foods), onde 40% dos participantes relataram que não
ainda, que 32% dos participantes realizaram apenas três refeições ao dia, e 22%
quatro refeições. O consumo mensal de óleo, por pessoa, era de 66% acima do
139
embutidos, guloseimas, sucos em pó e bebidas alcoólicas foram os mais
Rosa (2016), apontam que a curta prazo, a ingestão de leite e derivados (uma a
Rosa e Alves (2017), por outro lado, avaliaram mulheres adultas, entre 18
a atividade física, 78,3% das mulheres informaram que não a fazem, e ainda
140
inflamatórias, que são influenciadas por polimorfismos de único nucleotídeo
Bonadeo, Vogt e Chielli (2015), em seu estudo, onde foram avaliados 149
141
REDUÇÃO DO RISCO DA OCORRÊNCIA DA OBESIDADE
142
levando em consideração os fatores ambientais que favorecem ou dificultam a
grupo amostral que foi composto por 40 crianças, sendo 26 (65%) do sexo
particular e pública de ensino infantil. No estudo foi possível verificar que dentre
as crianças que receberam algum tipo de alimento além do leite materno antes
do 6º mês, a maioria (47,8%) foi classificada como acima do peso. Com base nos
Amamenta e Alimenta Brasil", criada em 2012 pelo PNAN, que busca reforçar e
143
incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável das
a orientação do Nutricionista.
144
a ingestão de calorias consumidas durante o dia e aumentar o gasto calórico
por meio dos exercícios parece uma combinação ótima para diminuir a gordura
criadas pelo PNAN buscam promover a reflexão, que são elas que impedem que
excedem 30% e ingestão extra de fibras. Existem várias estratégias que podem
obesidade.
145
No estudo de Alves e colaboradores (2018), que foi realizado no
Em outro estudo, Honicky et al. (2017), onde foram avaliados 171 crianças
146
integrativa, realizada com 10 artigos originais publicados em português no
147
peso, acompanhada de melhora na composição corporal e no perfil bioquímico,
eram do sexo feminino, com faixa etária entre 41 e 50 anos, sendo que 71,3%
148
Em outro estudo, onde foram avaliados pacientes, do sexo feminino com
individual, a forma como cada indivíduo consegue lidar com suas emoções e até
alimentação diária, mas alguém com quem possa ter um diálogo e que o apoie
149
conhecimento em saúde, a relação prescritor-paciente, os aspectos
de Maringá - PR, com idade média de 39 anos, verificou que 58,89% dos
por meio de anúncio de jornais, rádio e televisão, de ambos os sexos, com idades
final do estudo, foi verificado uma taxa de desistência superior a 50%, porém 40%
150
Tabela 8: Intervenções Nutricionais realizadas em estados do Brasil
Local do estudo no
Terapia que mostrou eficiência Referência
(cidade-Estado) participantes
Orientações Nutricionais e Plano ALVES et al.,
Belém-PA 1
Alimentar 2018.
Plano Alimentar individual e HONICKY et al.,
Guarapuava-PR 171
Orientações Nutricionais 2017.
Oficinas Culinárias e Palestras ALMEIDA et al.,
Passos-MG 35
Educativas 2018.
MAGALHÃES et
- 10* Educação Alimentar e Nutricional
al., 2019.
Belo Horizonte- Intervenção Nutricional e prática de DEUS et al.,
124
MG regular de exercícios 2015.
Oficinas de Educação Alimentar e FERNANDES et
Florianópolis-SC 135
Nutricional al., 2018.
Intervenção Nutricional e de exercício MATOS et al.,
Manaus-AM 30
físicos 2018.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo ela, uma doença crônica multifatorial e que pode levar o indivíduo a
Pública, que se não tratado adequadamente pode tomar uma proporção tão
controle dos resultados que se obterão em cada uma dessas ações. Diante
Nesse sentido, mais uma vez o papel de uma equipe multidisciplinar nesse
151
de diversos profissionais para conseguir compreender, aceitar e desenvolver o
combinação de diversos fatores e para que haja um tratamento eficaz ela seja
se que apesar dos inúmeros artigos existentes sobre o tema em questão, ainda
passa, para chegar à fase mais aguda da obesidade. E, verificar também, como
esse organismo fica após o tratamento dessa doença, em relação a sua fisiologia
e metabolismo.
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Capítulo 9
____________________
PAPEL DA POLÍTICA
NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
(PNAN) NOS DISTÚRBIOS
ALIMENTARES
Luana Schwarz
Débora Carneiro Teixeira
Jean Carlos Sarturi
Nutricionistas pelo Centro Universitário Assis Gurgacz
saudáveis, apoio para que seja possível a proteção à saúde de forma a evitar a
exposição dos indivíduos a práticas não saudáveis. Para tanto, as políticas públicas
156
empoderamento dos indivíduos. O conjunto de estratégias para a promoção da
população. Assim,
nutricionais na população.
secundária quando causada por doenças que não são de origem nutricional tais
disso, a DEP pode causar alterações hormonais, tais como hormônio do cortisol,
158
reprodutivos, tireoidianos, metabolismo da glicose e insulina e, hormônio do
células. A deficiência ocorre quando há redução das taxas de ferro corporal com
159
apresenta alto predomínio em populações carentes (ALVES e JAIME, 2011;
hábitos alimentares, sendo que quando as necessidades mínimas de iodo não são
uma alimentação saudável e adequada deve ser apropriada nas diferentes fases
neste capítulo.
160
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E NUTRICIONAL
alto valor calórico, que, aliado ao sedentarismo, está resultando em uma geração
arterial e câncer. A principal via para evitar o aparecimento cada vez mais precoce
80% no país (FILHO, 2003; LANG, 2009; TARDIDO, 2006; FLORES et al., 2013).
161
refeições, dando espaço para alimentos industrializados, e realização das
na transição nutricional, de forma que nos próximos anos seja possível vivenciar
162
problemas de saúde pública no país, como a evolução epidêmica da obesidade,
a saúde (BRASIL, 1990a). Por isso, as ações relacionadas a alimentação devem estar
163
história, os valores e as relações sociais que inferem diretamente sobre a
Por ser uma Política estruturante para a promoção da SAN, a PNAN deve
164
criação de documentos como o Guia Alimentar e Nutricional para População
(BRASIL, 2013a). A seguir serão discutidos aspectos importantes sobre cada uma
165
Reforma Sanitária (Pares), inicia a implantação de um projeto experimental
à saúde do SUS foi reforçada pela Portaria nº 154/2008, que cria os Núcleos
Esta ação também é uma das diretrizes da PNAN, que tem como enfoque
166
e desenvolvimento humano e a qualidade de vida. Existem princípios básicos que
e garantia da SAN.
167
Guias Alimentares: São ferramentas oficiais que determinam as diretrizes
multifatorial, que pode trazer risco à saúde devido aos agravos metabólicos que
tais como:
cenário, algumas medidas já foram e estão sendo tomadas, por exemplo para
foi aberto consulta pública sobre rotulagem frontal, também foram implantadas
práticas abusivas.
169
PREVENÇÃO E CONTROLE DE AGRAVOS NUTRICIONAIS
Deficiência de Iodo
bócio (crescimento da glândula tireoide). Ainda, está relacionado com altas taxas
partir dos anos 50, a Lei nº 1.944/1953 tornou obrigatória a iodação de todo sal
(BRASIL, 2014b):
consumo humano;
170
Implantação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e
mobilização social.
obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico e, a promoção
171
Fortificação das farinhas de trigo e milho: De acordo com Santos et al. (2016) o
obrigatória à fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico.
sinais dos efeitos prejudiciais uma carência isolada, por exemplo, a DVA
parto.
172
Deficiência de vitamina B1
Desnutrição
Brasil, a prevalência foi reduzida, porém não de forma homogênea, sendo maior
173
prevenção de deficiências nutricionais como as citadas anteriormente,
174
Pesquisas geram avanço do conhecimento, além da geração de evidências e
promover seu acesso aos direitos sociais básicos, melhoria da qualidade de vida
básicas de saúde.
175
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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180
Capítulo 10
_______________________
GUIA ALIMENTAR DA
POPULAÇÃO BRASILEIRA
forma que passou a ficar evidente que a saúde não se limitava apenas a
Como parte das ações propostas pela PNAN, surgiu o Guia Alimentar
para a População Brasileira, que foi elaborado pelo Ministério da Saúde e teve
182
nas doenças crônicas não transmissíveis, e para enfrentar este cenário são
Brasil, muitos outros países desenvolvem estes materiais com para orientar a
Básico dos Sete Alimentos (do inglês: Basic Seven Food Guide) baseado nas
Research Council), porém foi considerado inadequado por ser complexo para o
entendimento da população (ANDRADE et al., 2016).
nutriente, recomendação diária para cada faixa etária e gênero com base na
184
visual didático, porém não continha muitas informações. Como a população
continuava com dúvidas, em 2003 foi lançado uma versão do Guia Alimentar
dietas calculadas de acordo com o valor energético total de 1.300, 2.200 e 3.000
Jamaica (do inglês: Food based dietary guidelines for Jamaica), foi publicado em
185
gorduras e óleos, somado ao baixo consumo de frutas e vegetais. Ao início do
Suécia (do inglês: Food patterns and dietary recommendations in Spain, France and
186
de vida mais saudável pelo seu alto teor de frutas, legumes, peixes, azeites com
utilizado na Espanha é a Nova Roda de Alimentos (do espanhol: Nueva Rueda de los
além disso, a atividade física e água estão no eixo da roda, enfatizando que são
lupa. Parte do PNNS era desenvolver esses diretrizes nutricionais, que agora são
considerados conselhos nacionais na França. Até agora, o PNNS tem sido muito
187
Tabela 9: Nove regras do Guia Alimentar da França
Óleos vegetais, peixe oleoso e São preferidos, assim como os métodos de cozimento
nozes que exigem pouca gordura;
Álcool (vinho, cerveja, champanhe Dois copos padrão para mulheres e três para homens
ou licor)
2002) foi o primeiro guia elaborado no Brasil, sendo uma iniciativa do Ministério
gráfica. A figura escolhida foi a pirâmide alimentar que ilustra os três principais
futura. Este instrumento pode ser manuseado tanto nas casas, em unidades de
189
1) Alimentação é mais que ingestão de nutrientes: O modo de comer, as
feito uma explicação sobre o que foi considerado para esta classificação. Ao
190
De acordo com o Guia Alimentar para a população brasileira (BRASIL, 2014):
saborosas;
essencialmente com a adição de sal ou açúcar (ou outra substância de uso culinário
Nilson et al. (2012) apontam que no Brasil se deve atuar para que se
refeições. Sendo que essas orientações são baseadas nas refeições consumidas
por uma parcela da população brasileira que ainda baseiam sua alimentação em
são feitas com esses tipos de alimentos. São apresentadas várias fotos de pratos
também sobre o prazer que a refeição proporciona. Três regras que este
E, além disso, possui de uma forma sucinta dos “Dez passos para uma
192
1 - Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da
alimentação.
2 - Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar
e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
3 - Limitar o consumo de alimentos processados.
4 - Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
5 - Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que
possível, com companhia.
6 - Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura ou
minimamente processados.
7 - Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
8 - Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
9 - Preferir, quando fora de casa, locais que servem refeições feitas na hora.
10 - Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre
alimentação veiculadas em propagandas comerciais (BRASIL, 2014)
feitos de farinha de trigo, água e sal e leveduras usadas para fermentar a farinha
(BRASIL, 2014).
193
Apesar de haver generalizações, é um equívoco dizer que todos os
densos, ricos em gorduras ruins, amidos refinados, açúcar livre e sal e pobres
muitos países desenvolvidos e estão cada vez mais presentes nos países
194
Alimentos ultraprocessados relacionados com a dieta brasileira, mostrou
são saudáveis. Esses alimentos são chamados de “comidas rápidas”, porque são
ano de 1982, os quais foram identificados para entrevista domiciliar, onde foi
além disso, também foi observado que o consumo destes alimentos foi
195
relacionado ao maior consumo energético, de gorduras totais, colesterol e
sódio, por outro lado foi relacionado com menor consumo de carboidratos,
saturadas e trans, bem como menor teor proteico, de fibras e certos minerais
Outro dado interessante apontado por Louzada et al. (2015) é que o teor
açúcar, gordura total, saturada e trans e sódio, bem como para as menores
196
possível verificar que a redução no consumo de alimentos ultraprocessados
5,8 g por indivíduo. Desse volume de sal, mais da metade eram advindos da
ele vai contra as normas e leis que classificam os alimentos com termos que não
ITAL (2019) ainda demonstra que o termo “passa por diversas etapas e
Brasileira (BRASIL, 2014), pode ser debatido por profissionais da área, já que não
197
há graus de processamento, mas sim alguns tipos e métodos diferentes de
entre outros, e todas essas técnicas empregadas nos alimentos, não interfere na
o fato dele passar por um processo ou não que irá determinar se ele é rico em
fibras, vitaminas, minerais. Por exemplo, existem pães que possuem farinha
“embora cada aditivo utilizado nesses produtos tenha que passar por testes e
brasileira ele não reflete impacto do processamento per se, uma vez que de
198
ultraprocessado, isso por que não é o “processamento” fator de diferenciação
alimentos com altos teores de açúcares simples, alimentos com altos teores de
concentrações de aditivos.
sustentável para os próximos anos (GREEN et al., 2016). Neste contexto, o Guia
199
organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer
significativa. Esse resultado maior na maçã orgânica, pode ter sido maior devido
200
Segundo um estudo realizado por Inumaru e Martins (2019), na cidade
alimentação que podem ser incluídas em uma nova versão do Guia Alimentar para
Sugestões sobre temas gerais levantadas acerca do contexto geral do Guia Alimentar:
agricultura familiar.
hidropônicos.
201
Alterar o título desse princípio para Educação Alimentar e Nutricional (EAN).
educação popular.
agricultura familiar.
hidropônicos.
educação popular.
alimentar e DHAA.
Mais.
e ultraprocessado.
longo do capítulo.
três refeições.
desse consumo.
estado.
sugestões e os exemplos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
204
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206
Capítulo 11
_______________________
COMPORTAMENTO
ALIMENTAR
208
o comportamento alimentar de indivíduos e grupos populacionais é estudado
COMPORTAMENTO ANIMENTAR:
DEFINIÇÕES E A INFLUÊNCIA DO MERCADO
envolvidos com o ato de se alimentar ou com o alimento em si. De acordo com este
estilo de vida e abrange não apenas a escolha dos alimentos em si, mas tudo que
Não existe uma decisão racional, estudos apontam que a decisão é emocional
209
Um dos fatores que podem dificultar as escolhas alimentares saudáveis
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL:
UM CENÁRIO INFLUENCIADO PELO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
210
Além do sobrepeso e da obesidade, a transição nutricional também é
e precisam ser reposicionados para não apenas ofertar alimentos, mas sim
promover dietas mais saudáveis e sustentáveis para todos (JAIME et al., 2011).
211
(PNAN), desde 1999, tem atuado e contribuído por meio da implementação de
ao passo que, não são considerados por outras, como também os alimentos
mesma maneira que outros hábitos. Tendo isso em vista, é importante apontar
que esse comportamento tem a total influência dos pais/responsáveis pela criança,
já que ela ainda não é capaz de escolher seus próprios alimentos (BIRCH et al.,
2014). Estudo realizado por Vaz e Bennemann (2014), afirmou que as influências
que a criança passa a realizar as refeições da mesma forma que a família, assim
212
familiar que são inicialmente geradas as práticas de expressão de valores e crenças
adquiridos pelo grupo onde estão colocados, assim alterando as escolhas por
Com isso, pode se observar que se tem desencadeados cada vez mais o
as causas de TCAP, pois tem forte influência sobre os níveis de cortisol, o qual
SOARES, 2019). A busca pela magreza, também é um fator que pode afetar
NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL:
UMA ESTRATÉGIA PARA A PRÁTICA CLÍNICA
Algumas estratégias que podem para ajudar na prática clínica são: terapia
realidade”; estratégias de comer com atenção plena e comer intuitivo (CI), que
podem ser aplicadas para ajudar os pacientes a distinguir suas emoções como
angústia, ansiedade, tristeza, tédio e para aprender a lidar com isso sem ter que
vista como uma estratégia fundamental para enfrentar os novos desafios nos
o profissional nutricionista, porém muitas vezes tem que ser usado com outras
215
CONSIDERAÇÕES FINAIS
alimento, que envolvem, desde a escolha até a ingestão, bem como tudo a que
comportamento alimentar é uma tarefa complexa, que para ter sucesso precisa
profissional de destaque.
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218
Capítulo 12
_______________________
ROTULAGEM NUTRICIONAL
a todo alimento embalado na ausência do cliente, pronto para ser oferecido aos
para um consumo adequado dos mesmos. Como princípio geral, os rótulos dos
220
feita exclusivamente nos estabelecimentos, onde ocorre a sua elaboração ou
de revisão bibliográfica.
serem acessíveis, são apontados pela população como uma das principais fontes
Colômbia, Emirados Árabes Unidos (EAU), Zimbábue, Brasil, Suécia, Chile, Irã,
escore médio da legibilidade foi de 5,6, sendo maior no Canadá, Brasil e Suécia.
Vinte e nove por cento (29%) das embalagens continham algum tipo de alegação
87% das embalagens tinham alguma técnica de marketing, sendo que 40%
222
de rótulos de alimentos no sentido de qualificar as escolhas alimentares dos
Brasil e Nova Zelândia, a pesquisa de campo foi realizada por meio da coleta e
legislações dos países Brasil e Nova Zelândia, sendo que se verificou que havia uma
223
Quadro 6: Comparativo entre legislação Brasileira e de da Nova Zelândia e Codex Alimentarius
Declarações Fibras
obrigatórias
Sódio Sódio
Nutriente sobre o qual
Nutriente sobre qual seja realizado um
Nutriente sobre qual seja
seja feito um apelo apelo específico ou
feito um apelo especifico.
especifico. considerado
necessário pela
224
legislação nacional
vigente.
Cereais que contenham Cereais que
Glúten
glúten contenham glúten.
Crustáceos e
Crustáceos e derivados Crustáceos e derivados
derivados.
Ovos e derivados Ovos e derivados Ovos e derivados.
Peixes e derivados Peixes e derivados Peixes e derivados.
Amendoim, soja e Amendoim, soja e Amendoim, soja e
derivados derivados derivados.
Leite e derivados Leite e derivados Leite e derivados.
Castanhas, nozes, avelã,
amêndoa e Castanhas e nozes. Castanhas e nozes.
macadâmias.
Alergênicos
Látex, pistaches, pecãs,
pinoli.
Sulfito em concentrações
superiores a 10mg/kg. São
ingredientes que também
Sulfito em
devem ter a presença
concentrações
Corante amarelo informada: pólen de
superiores a 10mg/kg
tartrazina abelha, aspartame,
quinina, guaraná,
fitosteróis, ésteres,
própolis, cafeína e leite
com baixo teor de
gordura.
O rótulo do alimento
irradiado deve indicar
Alimentos em sua
que o alimento foi
totalidade ou que
submetido a este tipo
contenham algum É proibida a irradiação de
de tratamento.
ingrediente tratado por alimentos ou ingredientes
Quando se tratar de
Irradiação irradiação, deve a menos que o produtor
um ingrediente
apresentar um alerta receba autorização para tal
utilizado, esta
referente a este
indicação deve constar
processo impresso no
após o nome do
rótulo.
mesmo na lista de
ingredientes.
Fonte: Peyerl e Matos, 2012.
sejam feitas com maior consciência, ou seja, uma boa rotulagem dos alimentos
pode ajudar a reduzir problemas de saúde futuros, pois pode contribuir para
crescimento e expansão das comidas rápidas (do inglês: fast foods) tem
apontaram que tem sido fornecido ao público alimentos com alta densidade
açúcares, com alto índice glicêmico e baixo teor de fibras. Além disso, mostram
226
para prevenir o sobrepeso e a obesidade, sustentadas em dois pontos
legislativas, mediante duas leis que visam prevenir o excesso de peso e a obesidade
a 10 para energia (kJ), açúcar total (g), ácidos graxos saturados (g) e teor de sódio
(mg). Pontos negativos (0–5) são atribuídos para frutas, legumes e nozes,
central para evitar a divisão dos alimentos entre bons e ruins. As letras foram
227
tem sido utilizado de maneira voluntária nos EUA e diversos países da Europa. Está
A este recurso de rotulagem está associado um código de três cores (verde, amarelo
(GOUVEIA e MAIA, 2018). Assim, de forma a facilitar e a tornar a leitura dos rótulos
228
Figura 7: Semáforo Nutricional
das normas pela indústria, com o objetivo de deixar os dados nutricionais mais
229
Figura 8: Modelo de selo de advertência para 3 nutrientes no Brasil
Uma pesquisa realizada pelo IDEC (2014), teve como objetivo avaliar o
230
aparentemente compreendida por grande parte das consumidoras não é muito
utilizada no dia a dia por várias razões, dentre elas, a dificuldade de leitura.
Alegre, verificou-se que 86% não possuem o hábito fazer a leitura de rótulos,
disso, 90% acreditam que a informação nutricional disposta nos rótulos poderia
não faz de forma correta sendo necessário maior clareza e incentivo aos
231
nutricionais, é considerado mais rápido e de destaque na embalagem, bem
CONSIDERAÇÕES FINAIS
uma ferramenta efetiva na decisão de compra dos alimentos, pois a maioria dos
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234
Capítulo 13
_______________________
QUALIDADE
E LEGISLAÇÃO NA
PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS
a vigilância sanitária, que teve sua origem na Europa dos séculos XVII e XVIII,
enquanto que no Brasil surgiu nos séculos XVIII e XIX, com o aparecimento da
noção de “polícia sanitária”, que tinha como objetivos vigiar a cidade para evitar a
a essa competência está o fato de ser dotado de poder policial, que estende os
236
redigir avisos e emitir pareceres e julgamentos técnicos relacionados a esse
de produção de alimentos.
e discutidas algumas das legislações brasileiras que tem enfoque geral nas
237
manipuladores, limpeza e desinfecção, controle de pragas e vetores, e
sanitárias do alimento preparado, porém ela foi alterada e atualizada para RDC nº
52/2014 (BRASIL, 2004a; 2014a). Alguns atos relacionados também fazem parte da
238
comercialização de alimentos e bebidas preparadas com vegetais, a fim de
legislação de alimentos2.
1
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/
2
http://sistemasweb.agricultura.gov.br//sislegis/loginAction.do?method=exibirTela
239
Tabela 10: Legislações e guias de interesse no setor de alimentos no Brasil
Legislação/Guia Assunto
Lei nº 9.782/1999 Definindo o Sistema Nacional de Vigilância sanitária.
Decreto-Lei nº
Instaura normas básicas sobre alimentos.
986/1969
Procedimento de petições submetidas à análise pelos setores técnicos da
*RDC 23/2015
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
*RES 17/1999 Avaliação de risco e segurança dos alimentos.
Guia nº 23, versão 1, Guia para Comprovação da Segurança de Alimentos e Ingredientes.
2019
*RES 18/1999 Análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas
em rotulagem de alimentos.
*RDC 241/2018 Requisitos para comprovação da segurança e dos benefícios à saúde dos
probióticos para uso em alimentos.
Guia nº 21, versão 1, Guia para Instrução Processual de Petição de Avaliação de Probióticos para
2019 Uso em Alimentos.
Portaria nº Regulamento técnico para inspeção sanitária de alimentos.
1.428/1993
*RDC 275/2002 Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados
aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos
e a lista de verificação das *BPF em estabelecimentos
produtores/industrializadores de alimentos.
*RDC 49/2013 Dispõe sobre a regularização para o exercício de atividade de interesse
sanitário do microempreendedor individual, do empreendimento familiar
rural e do empreendimento econômico solidário.
*IN 2/2015 Dispõe sobre os produtos para saúde, produtos de higiene, cosméticos e/ou
alimentos cuja fabricação em instalações e equipamentos pode ser
compartilhada com medicamentos de uso humano, obedecendo aos
requerimentos da legislação sanitária vigente, independente de autorização
prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Portaria *SVS/MS Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de BPF* para
326/1997 estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.
Portaria *MAA Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de BPF* para
368/1997 estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos.
*RDC 352/2002 BPF* para estabelecimentos produtores/industrializadores de frutas e ou
hortaliças em conserva.
*RDC 172/2003 BPF* para estabelecimentos industrializadores de amendoins processados e
derivados.
*RDC 218/2005 Procedimentos higiênico-sanitários para manipulação de alimentos e
bebidas preparados com vegetais.
*RDC 52/2014 Boas Práticas de Fabricação para Serviços de Alimentação.
*RDC 10/2014 Critérios que categorizam os Serviços de Alimentação.
*RDC 43/2015 Eventos em massa- prestação de Serviços de Alimentação.
Atividade de interesse sanitário do microempreendedor individual, do
*RDC 49/2013 empreendimento familiar rural e do empreendimento econômico solidário e
dá outras providências.
*BPF: Boas Práticas de Fabricação; RDC: Resolução da Diretoria Colegiada; IN: Instrução Normativa;
SVS/MS: Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde; MAA: Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.
240
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM OUTROS PAÍSES:
REGULAMENTAÇÃO
Unidos da América (EUA), China e muitos outros, por isso serão abordadas a
seguir algumas das leis vigentes desses países sobre produção de alimentos.
Em relação aos EUA em 1958, o FDA (do inglês: Food and Drug
Lei de Proteção à Qualidade dos Alimentos. Este ato deu à Agência de Proteção
Modernization Act - FSMA) é uma lei do órgão FDA assinada pelo Presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, em 04 de janeiro de 2011. O FSMA se encarregou
241
Embora todas as regras descritas sejam claras e explícitas nos Estados
causada por agentes etiológicos não especificados por ano. As maiorias desses
alimentos são descritas pelo Conselho da União Europeia (do inglês: European
(do inglês: Food Standards Agency - FSA) em 2001, reunindo várias agências
242
A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos presta apoio
de emergência regulares sejam insuficientes. Sempre que tal caso seja identificado,
alimentar da China (do inglês: Understanding China’s Food Safety Law – USCBC),
produtos relacionados. Esse registro deve ser mantido por um período de seis
243
Supervisão, Inspeção e Quarentena da Qualidade (do inglês: Quality
rebaixados ou demitidos.
acabado que chega para o consumidor final (SIQUEIRA et al., 2008). Adiante
processamento de alimentos.
244
De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS (2019) mais de 60%
Valencia (2012), onde foi avaliado fatores de risco para adquirir DTAs em uma
falta de higiene.
245
armazenamento de matéria-prima e dos alimentos avariados, como a maioria
Lacerda et al. (2018) e Bastos et al. (2018) têm como foco para a aplicação
246
dentro da fiscalização não somente do técnico responsável, mas também a
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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