Histórico Da Implantologia e Bases Biológicas - Set 2019

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Histórico

da Implantologia
Prof. Eduardo Dias
ESTÉTICA

Materiais Homólogos e Aloplás;cos


ü Dentes: de humanos e animais
ü Osso esculpido
ü Pedaços de marfin
ü Pérolas
Dr. Wilson Popenoe - 1931

Playa de los muertos


Honduras
Cultura Maia
600 A. C.
Univ. Harvard
Dr. Wilson Popenoe - 1931

Playa de los muertos


Honduras
Cultura Maia
600 A. C.
Univ. Harvard
Dr. Wilson Popenoe - 1931

Playa de los muertos


Honduras
Cultura Maia
600 A. C.
Univ. Harvard
Charles Allen - 1685

Transplantes de dentes

ü Humanos
ü Animais:
– cães, ovelhas, cabras e macacos
Maggiolo - 1807

üFrança
ü1ª raiz metálica
üOuro
Edwin F. Greenfield 


1ª patente

CaracterísJcas diferentes
de um dente
(Irídio e PlaJna)
Edwin F. Greenfield 


ü Modificou o desenho
ü Paredes paralelas
ü Perfuração com trefina
Irmãos Strock (1930-1940)

ü Parafusos ortopédicos

ü Vatallium Cirúrgico

ü Cães (5 meses)

ü Reabsorção óssea

ü Em humanos o implante rodava


Formiggini - 1946
ü Teoria de Strock
ü Parafuso helicoidal

ü Aço inox ou tântalo


Chercheve

Modificou o implante de
Formiggini

ü Técnica de inserção
ü Mais práJcos
ü Mais bem sucedidos
ü Vitallium
Chercheve

Kit cirúrgico
Chercheve 1958
Sleep away

ü Parafuso oco e rosca


interna
ü Após cicatrização era
colocada a prótese
ü Pouco sucesso
Michel, Rafael Chercheve e

Parafusos de transfixação
usados na região anterior de mandíbula
Stefano Tramonte
Parecidos com parafusos ortopédicos

cabeça

Corpo
Garbaccio
Parafuso bicorJcal
Ponta mais delgada e Sem rosca (guia)
Giordano Muratori
1963-Prótese parafusada 1967- Prótese cimentada
Leonard Linkow 1963

Vent implant
(Titânio)
Jacques Scialon 1960
Agulhas de tântalo

Boa estabilidade
Muito uJlizado
Jacques Scialon 1960
Agulhas de tântalo
Jacques Scialon 1960
Agulhas de tântalo
Leonard I. Linkow 1967
“Blade vent”- laminas de Jtânio
Idealizado para osso em lamina de faca
Leonard I. Linkow 1967
Blade vent - laminas de Jtânio
Muito uJlizado de várias maneiras em todas as
regiões da boca
Fibro-Osseointegrados

Agulhados, Parafusos bicorJcais e


sub periósteos, são encontrados até os dias
de hoje em função.

Muitos estudiosos lançaram seus sistemas,


uns com sucesso e outros não.
P.I. Branemark
ü Década de 50, câmaras de
Jtânio, união inJma ao osso.

ü Mandíbula de cães, avaliou


com diferentes espaços de
tempo com microscopia.

ü Inflamação marginal não se


estendia para o osso ao
redor do implante
Osseointegração
“Conexão direta, estrutural e funcional entre
o osso vivo e ordenado e a superfície de um
implante submetido a cargas funcionais”
Nobel Guide
Nobel Guide
Nobel Guide
Nobel Guide
Nobel Guide
Nobel Guide
NECESSIDADE CLÍNICA DE
IMPLANTES DENTÁRIOS

www.richmonddetalcare.com
FATORES QUE INFLUENCIAM A
NECESSIDADE DE IMPLANTES
ü Aumento da expectativa e qualidade de vida da população
ü Perda dentária relacionada a idade

ü Consequências das falhas da prótese fixa

ü Consequências anatômicas do edentulismo

ü Performance ruim das próteses removíveis

ü Aspectos psicológicos das perdas dentárias


ü Resultados previsíveis, a longo prazo, dos implantes

ü Avanços das próteses implantossuportadas

Adaptado de Misch, CE, 2006


Reposição de apenas um dente : Prótese Parcial fixa

ü Vida média estimada (50%) é de 10 anos

ü Causa mais comum de falha da PPF: Cárie dentária

ü Cerca de 15% dos pilares necessita tratamento endodôntico

ü Falha dos dentes pilares da PPF é de 15% em 10 anos e 30% em


15 anos.

ü Cerca de 8% dos dentes vizinhos aos ausentes têm pouca ou


nenhuma restauração.

ü Os tratamentos para repor próteses fixas nos EUA representam


7% do reembolso anual das cias de seguro
Implantes Unitários: Vantagens

ü Altas taxas de sucesso (superior a 97% em 10 anos)


ü Menos risco de cáries e problemas endodônticos nos
dentes adjacentes
ü Higienização melhorada
ü Menos sensibilidade ao frio e calor nos dentes adjacentes
ü Vantagem psicológica

ü Menos perda dentária do pilar


Consequências da perda óssea em pacientes
totalmente edêntulos

ü Largura e altura óssea diminuídas

ü Crista oblíqua interna e milo-


hioídea proeminentes, com pontos
dolorosos localizados

ü Diminuição progressiva da
superfície de mucosa queratinizada

www.anatomiafacial.com.br
Consequências da perda óssea em pacientes
totalmente edêntulos

ü Tubérculos genianos superiores


proeminentes, com pontos
dolorosos e movimento aumentado
da prótese

ü Inserção muscular próxima à


crista

ü Elevação da prótese em função


da contração dos músculos milo-
hióideo e bucinador, servindo como
suporte posterior
Consequências da perda óssea em pacientes
totalmente edêntulos

ü Adelgaçamento da mucosa, com


sensibilidade à abrasão

ü Parestesia devido a deiscência


do canal neurovascular mandibular

ü Papel mais ativo da língua


durante a mastigação
Consequências da perda óssea em pacientes
totalmente edêntulos

ü Efeito na aparência do terço


inferior da face

ü Maior risco de fratura mandibular


devido a perda óssea avançada

ü Maior movimentação da prótese e


pontos dolorosos durante a função,
causados pela perda da crista
anterior e da espinha nasal
Consequências do edentulismo
nos tecidos moles

ü A gengiva queratinizada
inserida é perdida a medida
que o osso reabsorve

ü A mucosa flácida para


suporte da dentadura causa
aumento dos pontos
dolorosos

ü A espessura dos tecidos


diminui com a idade e a
doença sistêmica
Consequências do edentulismo
nos tecidos moles

üA língua aumenta de
volume, o que diminui a
estabilidade da prótese

ü A língua é mais ativa na


mastigação, diminuindo a
estabilidade da dentadura

ü O controle
neuromuscular diminui
com a idade
Consequências estéticas da Perda Óssea

ü Altura facial diminuída

ü Perda do ângulo
labiomentoniano

ü Aprofundamento das
linhas verticais no lábio e na
face

ü rotação do mento para


frente, dando a uma
aparência prognática
Consequências estéticas da Perda Óssea

ü Diminuição do ângulo
horizontal do lábio durante o
sorriso, deixando o paciente
com aparência infeliz

ü Perda do tônus da
musculatura facial

ü Adelgaçamento da
vermelhidão dos lábios
proveniente da perda do tônus
muscular
Efeitos Psicológicos das perdas dentárias

ü Variando do efeito mínimo à neurose

ü A perda dentária afeta situações românticas

ü Os “inválidos orais” são incapazes de usar suas próteses

ü 80 % dos pacientes queixam-se de alguma dificuldade


com a fonação, e 25% têm problemas significativos

ü Pacientes gastam mais de US$ 200 milhões por ano com


fixadores para prótese
Performance diminuída das
próteses removíveis

ü Força de mordida diminuída de 200 para 50psi (1/4)

ü Força de mordida dos usuários de prótese há mais de 15


anos reduzida para 6psi

ü Eficiência mastigatória diminuída

ü Aumento do uso de medicamentos para desordens


gastrointestinais

ü Possível diminuição do tempo de vida


Conseqüências das PPRs
ü Taxa de sobrevida de 60% após 4 anos, e 35% após 10
anos

ü Reparo em 60% dos dentes pilares após 5 anos, e 80%


após 10 anos

ü Mobilidade aumentada , acúmulo de biofilme,


sangramento à sondagem e cárie nos dentes pilares

ü Perda do dente pilar em 44% dos casos durante 10


anos

ü Perda óssea acelerada ra região edêntula com uso de


prótese parcial removível (PPR)
Vantagens das Próteses Implantossuportadas
ü Manutenção do osso

ü Restauração e manutenção da dimensão vertical de oclusão (DVO)

ü Manutenção da estética facial (tônus muscular)

ü Melhora estética – posicionamento dos dentes vs movimento


reduzido da prótese

ü Fonética melhorada

ü Oclusão melhorada

ü Melhora ou recupera parcialmente a propiocepção oral

ü Mais sucesso da Prótese


Vantagens das Próteses Implantossuportadas

ü Performance mastigatória melhorada e manutenção dos


músculos da mastigação e da expressão facial
ü Redução do tamanho das próteses – flanges e palato
ü Estabilidade de retenção melhorada nas próteses
removíveis
ü Aumento do tempo de sobrevida das próteses
ü Eliminação da necessidade de alterar dentes adjacentes
ü Melhora da saúde psicológica
BASES BIOLÓGICAS DA
IMPLANTODONTIA

Prof: Eduardo Dias


“ EXISTE UMA GRANDE CHANCE DE QUE TENHAMOS
DESCOBERTO QUE O TITÂNIO É ACEITO PELO SISTEMA
IMUOLÓGICO COMO SE FOSSE A PRÓPRIA SUBSTÂNCIA
BIOLÓGICA DO OSSO”
1952 – Inicio dos estudos do Dr. Brånemark

1965 – Primeiro implante instalado em humano –


Gosta Larsson

1977 – Publicação da técnica e dos resultados

1985 – Publicação da definição de Osseointegração


OSSEOINTEGRAÇÃO

Conexão direta, estrutural e funcional entre o


osso vivo e ordenado e a superfície de um
implante com cargas funcionais
PROTOCOLO PARA OBTER A
OSSEOINTEGRAÇÃO

ü Material biocompatível,
com superfície livre de
contaminantes

ü Mínimo trauma cirúrgico

ü Cicatrização livre de
carga – mínimo de 3 meses
PROTOCOLO PARA OBTER A
OSSEOINTEGRAÇÃO

ü Material biocompatível,
com superfície livre de
contaminantes

ü Mínimo trauma cirúrgico

ü Cicatrização livre de
carga – mínimo de 3 meses
OSSEOINTEGRAÇÃO

1965 – GÖSTA LARSSON

PRIMEIRO PACIENTE A
RECEBER IMPLANTES
OSSEOINTEGRADOS

IMPLANTE ORIGINAL BRANEMARK


Lindhe, 2005
Lindhe, 2005
CILÍNDRICO
CILÍNDRICO CÔNICO CÔNICO
Conexão
Conexão Cônica Conexão Interna
Externa
Critérios para sucesso dos implantes
Albrektsson et al., 1986
Critérios para sucesso dos implantes
Albrektsson et al., 1986

ü Ausência de mobilidade quando clinicamente testado

ü Ausência de qualquer evidência de radiolucidez


perimplantar

ü Perda óssea vertical menor que 0,2mm após o primeiro ano


em função

ü Ausência de sinais e sintomas de dor, infecção neuropatias,


parestesia ou violação do canal mandibular

ü Taxas de sucesso de 85% em cinco anos e 80% em 10 anos


Smith & Zarb, 1989
OSSEOINTEGRAÇÃO

ESTUDOS
LONGITUDINAIS

Ø ADELL et al., 1981


Ø VAN STEENBERGHE et al., 1990
Ø ADELL et al., 1990
ü TECIDO ÓSSEO

ü SUPERFÍCIE DO IMPLANTE

ü INTERFACE OSSO-IMPLANTE
TECIDO ÓSSEO
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

Jones, J., 2001


SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES
A formação de novo osso

depende de:

Topografia

Composição da
Energia de superfície
superfície

Jones, J., 2001


COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE

TITÂNIO:
ü Nono elemento mais abundante da crosta terrestre
ü Metalurgia muito difícil (alto custo)
ü Encontrado na forma de óxido (TiO2, TiO, Ti2O5)
ü Alta resistência à corrosão
ü Forma liga com todos os metais, exceto Cromo e
Alumínio
ü Baixa condutividade elétrica

Brånemark, 2005 Elias, CN et al., JOM. 2008 60(3):46-49


COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE

TITÂNIO

ü Baixa tendência a formação de íons e a corrosão

ü Implante/prótese só um tipo de metal (evitar


fenômenos galvânicos)

ü Baixo coeficiente de expansão térmica

Brånemark, 2005 Elias, CN et al., JOM. 2008 60(3):46-49


COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE

TITÂNIO:

PASSIVAÇÃO

ü Fenômeno que se caracteriza pela sua extrema


afinidade com oxigênio em temperatura ambiente em
brevíssimo tempo (capa de óxido)

ü Proteção de agressões exteriores (corrosão)

ü Emissão de íons reduzida proporcionando


diminuindo efeitos tóxicos e alérgicos
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE

TITÂNIO – CAMADA DE ÓXIDO:


ü Imediatamente ao meio externo (corte)
ü Ti2O5, TiO e TiO2 (mais importante)
ü Biocompatibilidade
ü Espessura 15 a 50 Ǎ alcançando 2000 Ă em 6 anos
ü Alterações de pH – ácidos (< 3) e meios altamente
alcalinos
ü Reduz a taxa de corrosão e a difusão de íons
metálicos no tecido
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE
CAMADA DE ÓXIDO
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE
CAMADA DE ÓXIDO
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE
CAMADA DE ÓXIDO
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE

TITÂNIO– CAMADA DE ÓXIDO:


Mas só
tem o
titânio??
Mas só
tem o
titânio??
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE

Schult et al. Concept and testing of the Tubingen immediate


Implant. Dtsch Zahnarztl Z. 1978 May;33(5):319-25.
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE
ZIRCÔNIA:
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE
ZIRCÔNIA:
COMPOSIÇÃO DA SUPERFÍCIE
ZIRCÔNIA:

Biofilme
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

USINADA RUGOSA
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

USINADA
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

USINADA RUGOSA
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

USINADA RUGOSA

ADIÇÃO SUBTRAÇÃO
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

USINADA RUGOSA

ADIÇÃO SUBTRAÇÃO

• TPS
• OXIDAÇÃO
ANODIZADA
• HA
• BIOMIMÉTICO
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

USINADA RUGOSA

ADIÇÃO SUBTRAÇÃO

• TPS • ATAQUE ÁCIDO


• OXIDAÇÃO • JATEAMENTO
ANODIZADA • SLA
• HA • LASER
• BIOMIMÉTICO
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES

IMPLANTE SUPERFÍCIE USINADA (LISA):

ü Corte de usinagem

ü Macroscopicamente polido

ü Microscopicamente apresenta micro ranhuras (adesão


celular – produção de matriz protéica – osseointegração)

ü NÃO TEM POLIMENTO FINAL


SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES
IMPLANTE SUPERFÍCIE USINADA:

MEV 4700X
Rug. 5µm
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES
SUPERFÍCIES RUGOSAS

EFEITOS DA TEXTURIZAÇÃO:

ü Angiogênese, migração, alinhamento, adesão,


orientação e atividade de produção protéica e função
celular

ü Desenvolvimento e estabelecimento da osseointegração

ü Quantidade de matriz óssea depositada na superfície do


implante
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES
SUPERFÍCIES RUGOSAS

PLASMA SPRAY DE TITÂNIO - TPS


SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES
SUPERFÍCIES RUGOSAS

PROCESSO DE TEXTURIZAÇÃO A LASER:


HIDROXIAPATITA
SUPERFÍCIE DOS IMPLANTES
SUPERFÍCIES RUGOSAS

SLA
Oxidação Duplo
anódica ataque
ácido
INTERFACE OSSO-IMPLANTE
ESTABILIDADE PRIMÁRIA
X
ESTABILIDADE SECUNDÁRIA
ESTABILIDADE PRIMÁRIA

É influenciada pela:
✓ Técnica cirúrgica
✓ Macrogeometria dos implantes
✓ Densidade óssea
ESTABILIDADE SECUNDÁRIA

✓ É decorrente da formação de osso na


superfície do implante

✓ Tende a aumentar com o tempo


✓ Sofre influência direta da microgeometria
do implante (superfície)
Estabilidade

Tempo
Estabilidade

Primária

Tempo
Estabilidade

Secundária

Primária

Tempo
Estabilidade

Secundária

Primária

Carga Tempo
Dinâmica da Osseointegração
Dinâmica da Osseointegração
“ Porque ninguém deveria morrer com seus
dentes em um copo com água…”

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